Discurso durante a 151ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Balanço do desempenho do PMDB nas eleições de 2014, que obteve o maior número de governadores, senadores e deputados estaduais eleitos.

Autor
Valdir Raupp (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Valdir Raupp de Matos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
REFORMA POLITICA, ELEIÇÕES, CORRUPÇÃO.:
  • Balanço do desempenho do PMDB nas eleições de 2014, que obteve o maior número de governadores, senadores e deputados estaduais eleitos.
Publicação
Publicação no DSF de 29/10/2014 - Página 157
Assunto
Outros > REFORMA POLITICA, ELEIÇÕES, CORRUPÇÃO.
Indexação
  • ANALISE, RESULTADO, ELEIÇÕES, ELOGIO, MAIORIA, CANDIDATO ELEITO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), DEFESA, NECESSIDADE, UNIÃO, PAIS, REFORMA POLITICA, REFORMA TRIBUTARIA, COMBATE, CORRUPÇÃO.

            O SR. VALDIR RAUPP (Bloco Maioria/PMDB - RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Anibal Diniz, Srªs e Srs. Senadores, senhoras e senhores ouvintes da Rádio Senado e telespectadores da TV Senado, minhas senhoras e meus senhores, com a divulgação dos resultados das eleições para Presidência da República e para Governador de Estado, em segundo turno, temos de retomar urgentemente o enfrentamento das questões nacionais e locais. As eleições terminaram, e o País começa a pensar novas soluções para suas questões internas. Também devemos repensar soluções anteriores para outras questões ainda não bem resolvidas e que demandam ajustes. O que vai bem pode e deve continuar sendo realizado, mas com aprimoramentos.

            Enfim, o momento é de união de forças em prol do benefício comum do povo brasileiro, desse projeto monumental chamado Brasil. Digo isso, Sr. Presidente, pois sei o quanto as eleições, instrumento democrático inafastável, pode separar as pessoas. Vimos isso acontecer nas redes sociais com uma carga emocional nunca antes sentida em nosso País.

            Os ânimos se acirraram não apenas entre a população, mas a classe política também teve seus momentos de profunda divergência e de desentendimento. Em eleições, nem sempre o bom argumento pode ser ouvido ou aceito com isenção, mas com elas findas, as eleições, nos pautaremos, certamente, pela discussão bem-argumentada, bem-construída e, sobretudo, contínua.

            Ainda nesse escopo, não se deve esquecer da importantíssima participação da sociedade civil organizada, que considero obrigatória. No entanto, devemos considerar que essas últimas eleições foram mais uma mostra do valor da democracia que construímos no Brasil, democracia plena em uma sociedade aberta.

            Os resultados demonstram que nosso povo detém um impressionante poder de escolha, que dividiu corações e mentes no pleito, mas que, concluído o processo eleitoral, certamente voltará a unificar a nós todos como Nação. Isso é mais que necessário. É fundamental! Superemos as divergências! Um País dividido não se mantém de pé.

            Elegemos em Rondônia, Sr. Presidente, 3 Deputados Federais do Partido e cinco Deputados Federais da coligação. Foram 8. E 9 Deputados Estaduais. Elegemos também o Governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão; do Rio Grande do Sul, Ivo Sartori; de Alagoas, Renan Filho; de Sergipe, Jackson Barreto; do Espírito Santo, Paulo Hartung e, do Tocantins, Marcelo Miranda. Ainda elegemos 4 Vice-Governadores: de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira; de Minas Gerais, Antônio Andrade; de Pernambuco, Raul Henry e, de Alagoas, Luciano Barbosa. Elegemos também, Sr. Presidente, 66 Deputados Federais. Temos a segunda maior Bancada da Câmara Federal e continuamos com a maior Bancada no Senado Federal, com 19 Senadores. Elegemos também mais de 140 Deputados Estaduais, somando a maior quantidade de Deputados Estaduais em todo o Brasil.

            Então, o PMDB se firma como a terceira maior força em votos, porque, em números de Parlamentares, podemos dizer que é a primeira, porque temos 4 cadeiras a menos do que o PT na Câmara Federal. Mas somos o Partido que elegeu mais Governadores, mais Deputados Estaduais, mais Senadores, perdendo apenas, repito, por 4 cadeiras na Câmara Federal.

            A vitória da Presidente Dilma Rousseff e do seu Vice-Presidente, Michel Temer, pertencente aos quadros o PMDB, além da eleição de um número considerável de governadores, também pelo PMDB, com menção especialíssima para o Governador reeleito de Rondônia, Confúcio Moura, continua evidenciando a alta capilaridade do Partido e aponta, quero crer, para uma candidatura própria nas próximas eleições presidenciais de 2018.

            Eu sempre tenho falado que chegou a hora de o PMDB deixar de ser coadjuvante nas eleições e lançar apenas o Vice-Presidente da República, ou às vezes nem lançando em algumas eleições passadas, para disputar novamente a Presidência da República. Nós temos, hoje, estrutura suficiente para disputar a Presidência da República em 2018. O apoio que o PMDB vem emprestando à Base do Governo, sempre entendendo que projetos propositivos devem ser implementados, se são para o bem do povo brasileiro, é um viés que permite que se diga isso sem o risco de ofender a todos - e a cada um - que desejam um Brasil cada vez melhor.

            Do meu ponto de vista, temos dois grandes embates em duas largas arenas, nos quais será importante trabalhar: a reforma política e a reforma tributária. O Congresso deve à Nação brasileira essas duas reformas, que não podem mais ser postergadas. Nesses temas, sem evidentemente descurar dos outros, colocarei minha atenção e meus melhores esforços, por entender que precisamos, com urgência, estabelecer balizas mais atualizadas e eficientes.

            Vejo com otimismo tais alterações, pois acredito que, se forem bem elaboradas e executadas, podem servir de alavancas para o crescimento econômico do Brasil e fortalecer a luta contra a corrupção.

            Finalmente, congratulo-me com todos os candidatos eleitos. Aqueles que não se elegeram certamente tiveram seus projetos apenas adiados. Quem nunca perdeu uma eleição? São poucos os políticos de carreira longa que não perderam, em um momento ou outro, uma eleição. Assim foi com Abraham Lincoln, que perdeu cinco eleições para se tornar Presidente dos Estados Unidos da América. Assim foi com o Presidente Lula, que perdeu várias eleições para se tornar também Presidente. Foram quatro eleições. Perdeu três, para na quarta chegar à Presidência da República e se tornar um dos melhores Presidentes do nosso País.

            A responsabilidade que terão os eleitos não está apenas circunscrita à Lei de Responsabilidade Fiscal ou a ditames legais outros. Suas responsabilidades devem abarcar, sobretudo, o aspecto ético de suas atuações, defendendo o Estado democrático de direito e as conquistas sociais.

            Afinal, nosso povo é gente, é sujeito construtor da nossa história.

            Era o que tinha, Sr. Presidente. Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/10/2014 - Página 157