Pela Liderança durante a 26ª Sessão Solene, no Congresso Nacional

Sessão solene destinada a comemorar os 26 anos do Dia Nacional de Combate ao Câncer e da Saúde do Homem.

Autor
Valdir Raupp (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Valdir Raupp de Matos
Casa
Congresso Nacional
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
HOMENAGEM, SAUDE.:
  • Sessão solene destinada a comemorar os 26 anos do Dia Nacional de Combate ao Câncer e da Saúde do Homem.
Publicação
Publicação no DCN de 04/11/2014 - Página 11
Assunto
Outros > HOMENAGEM, SAUDE.
Indexação
  • COMEMORAÇÃO, ANIVERSARIO, DIA NACIONAL, PREVENÇÃO, COMBATE, CANCER, ORGÃO HUMANO, SAUDE, HOMEM, COMENTARIO, RELEVANCIA, NECESSIDADE, CONSCIENTIZAÇÃO, REFERENCIA, REALIZAÇÃO, DIAGNOSTICO, MOTIVO, ANTECIPAÇÃO, TRATAMENTO MEDICO, REGISTRO, APROVAÇÃO, PROJETO DE LEI, SENADO, AUTORIA, ANTONIO CARLOS VALADARES, SENADOR, ESTADO DE SERGIPE (SE), OBJETIVO, GARANTIA, EFETIVAÇÃO, LUTA, DOENÇA.

    O SR. PRESIDENTE (Waldemir Moka. Bloco Maioria/PMDB - MS) - Muito obrigado, Dr. Carlos Eduardo, Presidente da Sociedade Brasileira de Urologia.

    Quero chamar para fazer uso da palavra o Senador que fala pela Liderança do PMDB, Senador Valdir Raupp. O SR. VALDIR RAUPP (Bloco Maioria/PMDB - RO. Pela Liderança. Sem revisão do orador.) - Exmo Senador Waldemir Moka, que preside a presente sessão, Exma Sra Senadora Ana Amélia, signatária da presente sessão pelo Senado Federal, Exmo Sr. Deputado Dr. Jorge Silva, signatário da presente sessão pela Câmara dos Depu- tados, Presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, Dr. Carlos Eduardo Corradi, Presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, idealizadora da campanha Novembro Azul, Sra Marlene Oliveira, Presidente do Instituto On- coguia, Sra Luciana Holtz, demais autoridades presentes, Sras e Srs. Diplomatas, Embaixadores, Sras e Srs. Sena- dores, Deputadas e Deputados, esta sessão é dedicada a comemorar os 26 anos do Dia Nacional de Combate

ao Câncer - Saúde do Homem.

    Nesse dia, Sr. Presidente, faz-se uma verdadeira cruzada contra a doença. Por meio de campanhas volta- das ao público em geral, divulgam-se informações sobre a evolução do câncer no corpo humano, sobre meios de prevenção e sobre formas de tratamento e se contraditam os diversos mitos que existem a respeito dessa doença que é uma das que mais causam mortes no mundo. Só em 2012, foram 8,2 milhões, segundo a Orga- nização Mundial da Saúde - OMS.

    Pois eu, hoje, gostaria de aproveitar esta sessão solene para falar sobre um tipo específico de câncer, o câncer de próstata, que é o alvo de uma campanha neste mês: o Novembro Azul.

    A Organização Mundial da Saúde estima que, em 2012, o câncer de próstata tenha afligido 1,1 milhão de homens em todo o mundo, causando a morte de 307 mil pacientes. Trata-se, segundo essa instituição, do quarto tipo de câncer mais comum entre os dois sexos; e do segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele.

    Entre os brasileiros, a doença expande-se em ritmo assustador. Como bem lembrou a Senadora Ana Amélia, em pronunciamento recente, a estimativa para o ano de 2014, no Brasil, é de 68 mil e 800 novos ca- sos, o que equivale a um diagnóstico a cada 8 minutos. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer, o Inca, que hoje em dia tem o nome de Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva, uma homenagem justíssima ao nosso saudoso Vice-Presidente da República, que foi um guerreiro lutando contra essa doença.

    Srªs e Srs. Senadores, senhoras e senhores, o câncer é um mal traiçoeiro que se vale da capacidade de re- produção das células para expandir-se no interior do corpo humano. Tal enfermidade se fortalece em silêncio, muitas vezes manifestando sintomas apenas quando já é tarde demais para o tratamento.

    Esse é, sobretudo, o caso do câncer na próstata, que é um órgão que cresce naturalmente com o passar dos anos, mas que nos pacientes de câncer cresce em demasia, na forma de tumor.

    É por isso que atividades de consciência e prevenção se fazem fundamentais no combate ao câncer de próstata. Para reduzirmos a incidência e a mortalidade dessa doença no Brasil, precisamos incentivar os brasi- leiros a adotarem hábitos saudáveis na dieta e no estilo de vida: comer com equilíbrio, beber com moderação, exercitar-se, não fumar e, ainda, buscar informações sobre saúde masculina, consultar o médico, fazer exames periodicamente. Isso vale muito a pena, Srªs e Srs. Senadores. Afinal, caso o diagnóstico se dê no início da do- ença, como já foi dito aqui, as chances de cura são altas: variam entre 80 e 90%.

    Assim, iniciativas como o Dia Nacional de Combate ao Câncer e o Novembro Azul são extremamente benéficas à sociedade porque lembram os cidadãos da necessidade de cuidar da saúde.

 

    

    Gostaria de falar um pouco mais sobre o Novembro Azul. Essa é uma campanha mundial, em que entida- des e cidadãos engajados dedicam o mês de novembro à causa da prevenção e combate ao câncer de próstata. A inspiração é a campanha do Outubro Rosa, que tem feito grande sucesso na conscientização da sociedade a respeito do câncer de mama.

    Como já foi dito aqui, também, as mulheres são mais organizadas, propagam mais, divulgam mais, fazem mais campanhas do que os homens. Ainda bem que os homens estão começando a entrar nessa onda também.

    Antes de concluir o meu pronunciamento, Sr. Presidente, gostaria de destacar aqui alguns avanços no combate ao câncer no meu Estado de Rondônia, onde se tem feito um esforço heróico contra essa doença. São estabelecimentos como a construção do Hospital de Câncer da Amazônia, que, sob o cuidado diligente do Dr. Jean Negreiros, atenderá pacientes de toda a Região Norte do Brasil e inclusive da Bolívia. Hoje já funcio- na como um hospital chamado Barretinho, uma extensão do Hospital de Barretos, na cidade de Porto Velho, atendendo toda aquela região.

    Esse hospital é um projeto da Fundação Pio XII, que é mantenedora do Hospital de Câncer de Barretos, um centro de excelência no País, sob o comando do Dr. Henrique Prata. O objetivo é reforçar a capacidade da região de atender os seus pacientes, para que estes não tenham que ir a localidades distantes como Barretos.

    É triste, Sr. Presidente, senhoras e senhores, ver que essa doença não prejudica apenas aquele que está acometido dela, mas toda a família. Toda a família sofre, e sofre muito. Muitos ficam sem nada, vendem tudo o que têm, para salvar o seu parente.

    Em torno da iniciativa, Sr. Presidente, formou-se uma grande parceria da sociedade civil rondoniense, envolvendo cidadãos, empresas, entidades de classe, entre outros atores.

    Há uma emenda de minha autoria à Lei Orçamentária Anual que destina R$1 milhão a esse projeto. Isso não é nada. Isso é apenas uma iniciativa, um começo, para uma obra que vai custar milhões e milhões de re- ais. A sociedade de Rondônia, o Governo do Estado, o Governador Confúcio Moura, que é médico, tem dado uma atenção e uma assistência especial ao Barretinho atual e agora ao Hospital de Câncer da Amazônia, como também a uma outra unidade sobre a qual passo a discorrer agora.

    Temos também, no Estado, o Hospital São Daniel Comboni, sob o comando da Drª Márcia Aparecida Oliveira , que já atendeu 2 mil pessoas em Cacoal, uma cidade no interior do meu Estado, em parceria com um grupo de médicos do Estado de Minas Gerais e em parceira também com o Hospital Regional de Cacoal, que é mantido pelo Governo do Estado. Uma parceria de sucesso, que está iniciando, mas já com resultados altamente positivos.

    Também saúdo a aprovação na última quinta-feira do PLS nº 34, de 2005, de autoria do Senador Antonio Carlos Valadares, já dito aqui pela Senadora Ana Amélia - e o Senador está aqui presente. O projeto aprova- do inclui a prevenção e o controle do câncer de próstata entre as atividades básicas de planejamento familiar. Além disso, determina que o Sistema Único de Saúde invista na capacitação constante de seus profissionais no tocante à doença. Por fim, estabelece que o SUS faça exames preventivos da próstata dos pacientes, se houver recomendação médica. Esses são grandes avanços, que fortalecem e muito o Programa Nacional de Controle do Câncer de Próstata.

    Sr. Presidente, Srªs e Srs. Parlamentares, a luta contra o câncer requer consciência individual e esforço coletivo - isso que está sendo feito aqui, neste momento, propagando para o Brasil inteiro, uma sessão para divulgar essa campanha. Temos lutado nessas duas frentes, seja por meio de campanhas, como o Dia Nacional de Combate ao Câncer, o Outubro Rosa e o Novembro Azul, seja por meio do investimento em capacitação e infraestrutura para o tratamento.

    Embora saibamos que ainda temos muito a fazer nesta batalha, é imprescindível que mantenhamos a confiança nesse projeto e nessas campanhas.

Era o que tinha, Sr. Presidente. Muito obrigado! (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DCN de 04/11/2014 - Página 11