O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco Socialismo e Democracia/PSB - SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Agradeço a V. Exª.

            É só para um registro histórico enquanto os Senadores estão votando.

            Eu acabei de recebei do Senador Alvaro Dias um e-mail que, para mim, tem uma significação histórica muito especial, Sr. Presidente. Ele relembra, o Senador Alvaro Dias, já que hoje a Presidenta vai decidir se veta ou não o que o Congresso decidiu a respeito do fator previdenciário, que, em 1999, quando a fórmula do fator previdenciário passou no Senado Federal, essa fórmula foi aprovada por 46 votos favoráveis e 22 contrários, sendo que, Sr. Presidente, dos 22 que votaram contra o fator previdenciário, que é considerado uma maldade, uma perversidade, um confisco contra o mais pobre, o trabalhador, desses 22 Senadores que votaram contra o fator previdenciário somente dois estão nesta Casa. Um, a modéstia me impede de dizer e o outro é o Senador Alvaro Dias. Só dois Senadores que votaram contra o fator previdenciário estão nesta Casa. Um deles está falando e o outro está sentado ali, a minha esquerda, o Senador Alvaro Dias, que votou com as esquerdas, ou seja, votou com o povo brasileiro mais pobre, que tem a sua remuneração, os seus proventos da aposentadoria todo mês confiscados em razão da aprovação, em 99, do fator previdenciário, que teve o combate, na Câmara dos Deputados, do Senador Paulo Paim e depois, aqui nesta Casa, com a apresentação de uma proposta alternativa ao fator previdenciário que nós votamos favoravelmente.

            Portanto, Sr. Presidente, eu quero relembrar esse fato histórico, que teve o apoio de vários Senadores, entre eles o Líder do PT na época, Senador José Eduardo Dutra, a Senadora Heloísa Helena, os Senadores Geraldo Cândido, do PT do Rio de Janeiro, Roberto Freire, do PPS de Pernambuco, Eduardo Suplicy, do PT de São Paulo, Roberto Saturnino, do PSB do Rio de Janeiro, Almir Lando, do PMDB de Roraima e, como eu já disse, Alvaro Dias, do PSDB do Paraná.

            Sr. Presidente, espero que a Presidenta da República, eleita que foi com a promessa e o compromisso de não prejudicar os trabalhadores, antes pelo contrário, de defender as suas grandes bandeiras, não vete a fórmula 85/95 para a aposentadoria dos trabalhadores.

            Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. Muito obrigado.