Discurso durante a 36ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Satisfação com a aprovação de projeto de lei que autoriza a utilização da fosfoetanolamina sintética e críticas ao posicionamento do médico Drauzio Varela sobre o tema.

Autor
Ivo Cassol (PP - Progressistas/RO)
Nome completo: Ivo Narciso Cassol
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SAUDE:
  • Satisfação com a aprovação de projeto de lei que autoriza a utilização da fosfoetanolamina sintética e críticas ao posicionamento do médico Drauzio Varela sobre o tema.
Publicação
Publicação no DSF de 23/03/2016 - Página 87
Assunto
Outros > SAUDE
Indexação
  • ELOGIO, APROVAÇÃO, PROJETO DE LEI DA CAMARA (PLC), OBJETO, AUTORIZAÇÃO, UTILIZAÇÃO, FOSFOETANOLAMINA, COMBATE, CANCER, CRITICA, OPINIÃO, DRAUZIO VARELLA, MEDICO.

    O SR. IVO CASSOL (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Obrigado, nossa Presidente, Senadora Rose de Freitas, que representa muito bem não apenas o Estado Espírito Santo, como também o nosso Brasil e, acima de tudo, as mulheres.

    Quero também agradecer, Presidente Rose de Freitas, a referência que V. Exª fez há pouco, na sua explanação, sobre a minha pessoa como Senador da República, como pai e como avô, representando o povo não apenas do meu Estado de Rondônia, mas do Brasil afora, especialmente na defesa da fosfoetanolamina.

    Quero hoje, na tribuna desta Casa, fazer um agradecimento especial, em primeiro lugar, a Deus. Quero agradecer a Ele por tudo que me propiciou na vida. Se meu mandato acabasse amanhã ou se a minha vida acabasse amanhã, eu pediria a Deus que me desse mais alguns dias até que a Presidente Dilma, Presidente do Brasil, sancionasse o Projeto de Lei nº 03, que veio da Câmara dos Deputados, liberando a fosfoetanolamina, a pílula do câncer, o medicamento do câncer, para que possamos, ao mesmo tempo, dar alento e um pouquinho de esperança para quem já está diagnosticado com câncer.

    Então, quero aqui agradecer a Deus por tudo, agradecer a todas as senhoras e senhores, as senhoras do círculo de oração, as lideranças religiosas que foram à igreja - ou mesmo em casa -, que em suas orações sempre pediram a Deus pelo Senador Ivo Cassol e por todas autoridades, pelos Senadores, para que chegássemos aqui hoje, mesmo contra alguns. Quem precisa, na verdade, está na expectativa, na esperança de que esse medicamento esteja à disposição.

    Agradeço ao nosso Presidente do Senado, Senador Renan Calheiros, e o Senador Jorge Viana, Vice-Presidente, que conduziram os trabalhos como verdadeiros Presidentes, como verdadeiras lideranças que fazem jus a seus cargos. Junto com as demais Lideranças no Senado, conseguimos convencer alguns que estavam contra a votação do projeto de lei sobre a liberação da fosfoetanolamina hoje por esta Casa.

    Portanto, quero agradecer ao Senador Renan Calheiros. Desde o primeiro dia, quando o projeto chegou a esta Casa, eu estive com ele, que me recebeu e se colocou à disposição para que a matéria tramitasse com urgência, indo direto para as comissões. Foi para a Comissão de Ciência e Tecnologia, sob o comando do Senador Lasier Martins, do Rio Grande do Sul, em que eu fui o relator, e nós o aprovamos na terça-feira da semana passada.

    Posteriormente, foi encaminhado para a CAS. Lá enfrentou alguns problemas, houve alguns embates, mas, graças a Deus, deixamos os embates de lado - agradeço a compreensão de todos os Senadores -, e hoje foi aprovado nesta Casa.

    E agora estamos na expectativa de que a Presidente Dilma possa, de uma vez por todas, sancioná-lo, já que a Presidente não apresentou nenhuma medida provisória quebrando todos os interstícios ou quebrando a burocracia estabelecida pela Anvisa.

    Nesta Casa, houve políticos que disseram: "Olha, eu não posso votar a favor porque eu ajudei a criar a Anvisa". Mas a Anvisa, do jeito que está, é uma vergonha nacional. Essa é a pura verdade. Ao mesmo tempo, aprovou um medicamento como o Yervoy e outro semelhante, que têm um efeito mínimo no tratamento do câncer, mas a um preço astronômico - aí sim a Anvisa aprova.

    Além de agradecer a todos aqui, também quero agradecer a um grupo de trabalho criado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, que disponibilizou laboratórios para a pesquisa. Esse grupo de trabalho concluiu que a fosfoetanolamina não é tóxica para o consumo.

    São três pesquisadores. Vou citar o nome de um deles, o Sr. Manoel Odorico de Moraes. Ele é o chefe responsável do laboratório do Ceará, que fez os estudos. De cem partes, ele pegou uma, tanto que foi contratado pelo grupo interministerial de trabalho dos Ministérios da Saúde e de Ciência e Tecnologia. Reprovou os testes clínicos da fosfoetanolamina realizados naquele laboratório, em que se utilizava metodologia de testes clínicos totalmente inadequada, reprovável pelos criadores da pesquisa da fosfoetanolamina. Ele é Conselheiro da Anvisa desde o ano de 2002. Observem: Conselheiro da Anvisa desde 2002. 

    Além disso, ele também é Diretor do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM/UFC).

    Então, o que a gente percebe é que muitos não têm interesse nisso tudo.

    Mas, ao mesmo tempo, além do agradecimento que vou fazer daqui a pouco, não poderia deixar de aproveitar, na tribuna desta Casa, de citar, desta vez com mais calma, o médico Drauzio Varella, que fez uma reportagem. Em uma coluna, ele coloca bem assim:

Dizem que Deus limitou a inteligência do homem para que não ousássemos invadir seus domínios. [Com certeza, o homem não pode jamais pensar e querer substituir Deus, porque Ele é soberano e único.]

Se assim foi, que mal haveria em ter limitado também a ignorância, já que fomos concebidos à sua imagem e semelhança? [Aí ele coloca:] Custaria?

Faço essa reflexão, porque a Câmara dos Deputados aprovou a liberação da fosfoetanolamina, droga que teria propriedades antineoplásicas, sem que nenhum estudo tenha sido submetido à apreciação da Anvisa, o órgão brasileiro encarregado de avaliar a atividade de medicamentos antes da comercialização.

    Portanto, a Anvisa só autoriza. Quem tem de fazer os estudos são os laboratórios, e os laboratórios não têm interesse em aprovar.

    Olha o que ele fala aqui do Senado:

A matéria irá a plenário. A julgar pela qualidade da formação científica e pela vocação populista de nossos senadores...

    Quero dizer aqui para o médico Drauzio Varella que não estou aqui só para aprovar projeto de lei que aumenta imposto para o Brasil; eu não estou aqui para aprovar só Orçamento da União; eu não estou aqui só para aprovar financiamento e aprovar autoridades, no Senado. Eu também estou aqui para poder fazer e trazer a esperança de vida às pessoas com câncer, que não têm mais outra oportunidade de tratamento e que podem utilizar esse medicamento.

    Então, não concordo quando o Sr. Drauzio Varella fala que "teremos no mercado uma droga para tratar seres humanos testada apenas em ratos". Não concordo com o senhor, Doutor Drauzio Varella. Existem mais de 40 mil pessoas que utilizaram esse medicamento. Tenho amigos meus. Ligou para mim a filha de um amigo meu esta semana, que está há dez dias sem o medicamento. O pai dela estava desenganado, estava em casa para morrer, conseguiu o medicamento, começou a tomar, começou as atividades normais no sítio, no travessão da linha 192 com a 96, no Município de Rolim de Moura. Está há dez dias sem o medicamento. Sabe para onde ele voltou, nossa Presidente Rose? Voltou de volta para cama. Ele tomava fosfoetanolamina.

    Então, não é verdade o que o Sr. Drauzio Varella escreveu, mais uma vez.

    Está na hora de esses oncologistas que estão só preocupados com o money, estão preocupados com a estrutura de quimioterapia e radioterapia que vocês publicaram...

    Diz aqui o seguinte, ainda por cima - olha o que Drauzio Varella, médico, conhecido, que faz muitas reportagens na televisão, diz -: "Tomo a liberdade de sugerir aos Srs. Senadores que se deem ao trabalho de procurar um único oncologista no Brasil que esteja a favor da liberação".

    Eu faço um desafio para o senhor, Dr. Drauzio Varella. Um oncologista me ligou no mês de setembro ou outubro do ano passado. Ele é dono de uma clínica no Estado de Santa Catarina. Eu atendi o telefone e junto, ao meu lado, aqui no plenário, Senadora Rose, estava o Senador Blairo Maggi. Eu falei com o proprietário dessa clínica e passei o telefone para o Senador Blairo Maggi, para que ele falasse também com esse médico, proprietário da clínica. Ele falou: "Cassol, eu estou te ligando para dizer que a fosfoetanolamina dá certo. Eu já atendi pacientes meus, amigos meus, e dei o medicamento e curaram de câncer. Várias pessoas". E ele falou para mim: "Só que eu tenho aqui a estrutura para tratamento de câncer, de quimioterapia, de radioterapia. Eu não posso vir a público".

    Eu falei: "Me deixa usar teu nome, deixe-me usá-lo na tribuna do Senado". Ele falou: "Não faça isso!". Porque o tratamento de câncer no Brasil tem de seguir as regras internacionais. Criança é São Judas Tadeu - quem é médico sabe disso. - e adulto é MD Anderson.

    Ele falou o seguinte: "Isso é igual a uma franquia do McDonald's; ou você segue a regra, ou você está descredenciado". Eu ouvi de um oncologista proprietário de uma clínica no Estado de Santa Catarina - não posso citar o nome dele.

    Não existe um só, há outros oncologistas. Aqui o Dr. Ribeiro, se eu não estou enganado, de Brasília, que esteve na nossa Comissão de Ciência e Tecnologia, em uma audiência pública - e ele fez parte do Conselho Nacional de Medicina - deu o depoimento de pessoas, de colegas que usaram a fosfoetanolamina.

    Então, isso aqui não é verdade. Está na hora de mudar, gente. Eu sei que a fosfoetanolamina não dá dinheiro, mas, gente, se nós formos fazer as coisas só pensando no dinheiro, o que será dos nossos carregadores quando nós morrermos?

    Todo mundo vai para o cemitério? O peso disso tudo, porque o dinheiro não vai junto, só vai o pedaço de madeira que é o caixão. Não vai mais nada. Então, temos de parar de pensar sobre o dinheiro.

    Eu sei que o medicamento fosfo é muito barato, e eu tenho amigos, eu tenho pessoas, eu conheço uma sobrinha por parte do meu concunhado, que considero sobrinha, que mora em São Paulo, que foi operada três vezes da cabeça, com tumor, com câncer na cabeça. O médico chamou a família, chamou o meu concunhado e seus filhos e disse que podia levar para casa porque não tinha mais jeito. Começou a tomar fosfoetanolamina no mês de novembro, e a pessoa está lá, andando nos quatro cantos do Estado de São Paulo, e o médico, há um mês e meio, nossa Senadora Rose, perguntou o que aconteceu. É milagre? Porque o tumor regrediu. Que medicamento foi? Foi a fosfoetanolamina.

    Eu tenho uma assessora que trabalha comigo, a Laura, que conseguiu o medicamento para a avó dela. Era câncer no pulmão, já tinha tomado conta do corpo. Quando ela pediu para o médico se podia tomar, o médico falou que não. E ela começou a tomar por conta. Há uns vinte dias ela foi a um hospital em Goiânia, o médico a examinou, e a paciente não tinha mais nada. Fez todos os exames e não tinha mais nada. E virou para ela: "O que é isso? É milagre?" Ela falou: "É milagre, mas, graças a Deus, à fosfoetanolamina que o senhor foi contra que eu estou curada hoje, que eu não tenho mais câncer".

    Eu não estou aqui falando contra os tratamentos convencionais. Eu estou aqui dizendo como ser humano, como pai, como ex-Prefeito, como ex-Governador e atual Senador. O câncer mutila as pessoas, o câncer tira da pessoa a dignidade e tira o brio. Eu tenho amigos meus que não sabiam que estavam com câncer, Senadora Rose, nossa Presidente, que, por causa do câncer, se escondem, especialmente as mulheres, porque elas têm o cabelo comprido. Os homens são carecas. Está aqui o Júnior, meu assessor, que é careca. Se amanhã tivesse um câncer não teria problema, mas as mulheres não são carecas. Perdem o cabelo, perdem a autoestima. Só de saber que está com câncer é uma depressão.

    E aí eu vejo alguns profissionais da saúde pensando só no dinheiro dos seus clientes. Eu quero dizer aqui para os profissionais que pensam desse jeito que, no dia em que vocês morrerem, lá no inferno, o calor é tanto que não sobra um tostão para vocês gastarem. Vocês não vão levar nada disso. O que a gente leva é o que a gente está vivendo. Por que tirar a esperança desses pacientes que não têm mais outra oportunidade, não têm mais outra chance, não têm mais onde se apegar? Por que tirar essa oportunidade dessas pessoas?

    Por isso eu falei, no começo do meu discurso, que, após a Presidente Dilma sancionar, eu fico feliz, porque é uma das maiores conquistas da nossa sociedade brasileira. Quando se fala aqui de cassação, de impeachment, de corrupção, de roubo... Quer um trem mais vergonhoso que essa roubalheira da Petrobras? Olha o prejuízo que deu! Que desgaste moral para o nosso povo, para a nossa sociedade! Olha que situação vive o Brasil? Liga a televisão, é só petrolão, é roubão, não sei o quê! Meu Deus do céu! E aí tem um projeto desse, e alguns ainda botam dificuldade.

    Mas aqui eu quero também agradecer. Eu quero aqui agradecer ao Dário Berger, de Santa Catarina, outro parceiro que defendeu; ao Senador Moka, que é médico, é químico, comprou essa briga também. Ele mesmo disse: "Por que tirar a esperança de quem quer e tem oportunidade?" Também, além do Moka, ao Blairo Maggi, esse outro guerreiro que me incentivou desde o começo. No primeiro instante em que comecei a comprar essa briga, ele falou: "Cassol, tu tens certeza do que tu estás fazendo?" Eu falei: "Tenho!" "Então, vai, que eu estou contigo!" É isso que nos dá energia, e nos dá garra, e que dá espaço para podermos trabalhar. Também ao Senador Paim; ao Senador Lasier; à Senadora Ana Amélia, outra guerreira que também comprou essa briga; ao Senador Magno Malta, como tantos outros; e também lá, na Câmara, ao Deputado Bolsonaro; às Deputadas que também compraram essa briga; ao Deputado Luiz Cláudio, que também, esteve junto, aprovou. Então, eu quero aqui fazer o agradecimento a cada um desses parceiros, desses amigos, que têm cargos e souberam utilizar seus cargos de Deputado e de Senador para aprovar este projeto de lei.

    Se nós aqui, no Senado, Drauzio Varella, não pudermos aprovar uma lei para a vida, o que nós estamos fazendo aqui, Senadora? Nós estamos aqui para quê? Para sermos usados como se nós fôssemos descartáveis? Nós estamos aqui para quê? Para aprovar só mais imposto ou aprovar o Yervoy, igual a Anvisa aprovou, para vocês venderem a R$240 mil cinco ampolas que não curam o câncer? É para isso que nós estamos aqui, fazendo papel de otários, para os bacaninhas ficarem ganhando dinheiro?

    Não, gente, nós não estamos aqui para isso. Nós estamos aqui para fazer o bem, nós estamos aqui para resgatar credibilidade, nós estamos aqui para resgatar confiança, nós estamos aqui para devolver a autoestima de quem se agarrou a tudo quando descobriu que estava com câncer e não conseguiu ser curado, porque os tratamentos convencionais, alguns curam, outros não curam. E aí aparece a fosfoetanolamina, aparece esse composto que vem ao encontro da expectativa, da esperança do câncer. Quantos enfermos!

    Eu chego, Senadora, ao aeroporto de Cuiabá, naquela redondeza que centraliza o norte do Mato Grosso, e as pessoas chegam e me perguntam como fazem para conseguir o medicamento.

    Estou no aeroporto em Porto Velho, eu estou no aeroporto em Brasília, eu estou no aeroporto da cidade de Cacoal, de Ji-Paraná, quando eu chego, as pessoas chegam e dizem: "Ivo, pelo amor de Deus, me ajude". Tenho cartas de pessoas que me escrevem; recebo, por dia, de 200 a 300 e-mails. E eu estava de mãos e pés atados, sem poder fazer nada, só esperneando para que pudesse vir à tona, e a população, os pacientes e os familiares pudessem ter acesso a esse medicamento.

    Então, fico feliz hoje por nós termos conseguido. Mas conseguimos, e fechou, zerou? Não! A luta continua, porque esse projeto de lei que aprovamos é em caráter excepcional, é em caráter excepcional; em caráter excepcional até que concluam as pesquisas. Mas não essas pesquisas fajutas que estão fazendo por aí; não essas pesquisas que estão aí combinadas com laboratórios para enganar todos os pacientes como se o resultado fosse negativo.

    Faço um desafio a vocês que só pensam no dinheiro, no money desses pacientes, dessas pessoas e de seus familiares. Eu conheço mais de 30 pessoas. Eu tenho depoimento de mais de 100 pessoas que fizeram o uso, que estão se tratando e, agora, estão no desespero porque estavam bem, igual a Bernadete, igual a tantos outros pacientes com câncer que estavam aqui na semana passada...

(Soa a campainha.)

    O SR. IVO CASSOL (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RO) - Sr. Presidente, mais dez minutos para eu terminar.

    E como tantos outros pacientes que estavam aí. E estavam tirando a oportunidade dessas pessoas.

    Quero aqui agradecer ao Senador Omar Aziz, que é o nosso Líder e coordenador da nossa Bancada, que veio ao plenário e comprou também esta briga, como o Senador Flexa Ribeiro e tantos outros. Flexa Ribeiro é outro guerreiro, que conseguiu, dentro do PSDB, que fosse aprovado hoje.

    Como disse o Omar, é como estar em um prédio que incendiou o primeiro, o segundo, o décimo andar, você está no vigésimo andar e há uma árvore embaixo, com uma copa grande. A única esperança é se jogar e cair em cima da árvore para ver se consegue salvar sua vida, caso contrário vai morrer queimado.

    É assim que os pacientes de câncer estão se vendo hoje. Eles já estão carimbados. Com o carimbo! Sabem que, em breve, infelizmente, não estarão mais no seio dos seus familiares. Estão com os dias contados. E, quando recebem esse medicamento, devolve-se a esperança. Você devolve a oportunidade e a expectativa de vida para esse paciente.

    E o resultado, gente, é fenomenal, o resultado é extraordinário.

    Eu quero fazer uma homenagem especial a um grande apresentador e comunicador de televisão. Eu fiz aqui, neste lugar, no mês de setembro ou outubro, o primeiro discurso, e chamei o Ratinho para comprar essa briga. O Ratinho veio e o Ratinho comprou essa briga no programa do SBT.

    Obrigado, Ratinho! Você emocionou o Brasil inteiro. Você levou pacientes e pesquisadores, você levou crianças que pediram, pelo amor de Deus, que nós, políticos, liberássemos, que as autoridades liberassem o medicamento. Eu não consigo entender como aquelas crianças, chorando, com as lágrimas correndo, não conseguiram sensibilizar alguns profissionais da saúde que ainda, com tudo isso, só pensam em dinheiro. Com certeza, alguns desses profissionais que só pensam em dinheiro não têm uma mãe com câncer, não têm um filho com câncer, não têm uma filha com câncer, não têm um irmão com câncer, porque, se tivessem, com certeza, também iriam se apegar a todos os tratamentos.

    Está aqui um exemplo, Senadora Rose, nossa Presidente. O Senador Blairo Maggi deu um depoimento aqui de que, quando a filha dele estava com câncer, ele se apegou a tudo que tinha pela frente, e ela conseguiu a cura, graças a Deus. É isso que emociona a gente, é a fé, e a fé move montanhas.

    Nós não podemos aceitar que alguns oncologistas pensem que nós estamos aqui no Senado só para aprovar o Yervoy, que custa R$240 mil e que não cura o câncer. Esse medicamento, Senadora Rose, foi aprovado. Há poucos dias foi aprovado um outro medicamento, cujo nome li aqui na semana passada e que custa não sei quantos mil reais uma ampola, que também não cura e que tem só 1% da fosfoetanolamina. Esse também foi aprovado, e custa R$4 mil ou R$5 mil uma ampola. A fostoetanolamina, que custa R$0,10 ou R$1 cada comprimido - a pessoa toma 60 por mês, e custará R$60 -, não pode, porque não dá lucro para os laboratórios, porque não dá lucro para algum oncologista, porque o doente vai deixar de fazer quimioterapia, radioterapia, vai deixar de fazer cirurgia.

    Os governantes estão preocupados, porque vão ter que pagar a aposentadoria para um público com mais idade, mas, se não pagam para quem tem direito à aposentadoria, vão pagar para os herdeiros, vão pagar para os dependentes. O governo vai continuar desembolsando dinheiro.

    Por que não termos uma média de idade mais avançada? Isso porque muitas pessoas idosas morrem de câncer. E quem de nós não quer continuar junto com nossos familiares? Quem de nós, de sã cabeça, não quer continuar junto com nossos amigos, com nossos parceiros?

    Foi isso que me motivou a comprar essa briga, ir à luta, fazer uma discussão pesada com colegas Senadores nas Comissões e também aqui, no plenário, e não porque quero ser maior ou melhor que ninguém - não quero ser nada disso, não, gente! -, mas para fazer jus ao meu mandato...

(Soa a campainha.)

    O SR. IVO CASSOL (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RO) - ... para fazer jus ao mandato que o povo do meu Estado de Rondônia me delegou - que é um dos Estados com maior índice de câncer no Brasil. Com esse mandato que o povo de Rondônia me delegou, poderemos ajudar o Brasil inteiro, todos os familiares e pacientes que têm câncer nos quatro cantos da Federação brasileira.

    Por que não exportar o nosso produto amanhã para que americanos, chineses, outros países comprem esse medicamento, e todo esse pessoal saia lucrando? E os pesquisadores? Falei com o Gilberto ontem, e ele me dizia o seguinte: "Cassol, o projeto está de acordo, queremos que os pacientes do SUS tenham esse medicamento à sua disposição." O que precisa é o Governo Federal, mesmo com essas dúvidas que tem, colocar esse medicamento à disposição, porque só o Ministério da Ciência e Tecnologia tem 16 ou 17 laboratórios no Brasil, o Exército tem laboratório, a Marinha tem laboratório. É só colocar esses laboratórios à disposição e começar a produzir gratuitamente para essas pessoas.

    Presidente Dilma, é o maior presente que a senhora pode dar ao povo brasileiro.

    Peço mais cinco minutinhos para depois encerrar.

(Soa a campainha.)

    O SR. IVO CASSOL (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RO) - Presidente Dilma, queria muito que a senhora tivesse feito a medida provisória, queria muito que a senhora tivesse encampado essa briga e colocado na prática isso.

    Infelizmente, esses puxa-sacos que ficam rodeando a senhora, que não produzem patavina nenhuma - desculpe-me a expressão, mas, quando era governador, o que não gostava e não queria era assessor puxa-saco, que só fica bajulando o dia inteiro -, bote-os no toco, enquadre-os, Presidente Dilma. A senhora, acima de tudo, além de ser a Presidente do Brasil, a nossa Presidente, é mulher, e, ainda, as mulheres são mais passíveis de câncer, têm câncer de seio. E a senhora, Presidente, teve um câncer.

    Para se ter uma ideia, nossa Presidente, Senadora Rose de Freitas, a Presidente Dilma utilizou um medicamento que - na época, foi divulgado nas redes sociais e na imprensa - a Anvisa não tinha autorizado, mas era a nossa Presidente do Brasil. Por que não importar e utilizar? Está certo. Por que tirar a esperança da nossa Presidente de utilizar um medicamento para ela poder se curar do câncer? E ela o utilizou e foi curada.

    Agora, Presidente Dilma, por que nós vamos tirar a esperança dos outros? Por favor, Presidente Dilma, eu queria que a senhora tivesse todos os méritos, os louros sozinha, mas, já que a senhora dividiu com os Deputados, com os Senadores e com todo mundo, então divida com todo mundo, mas não deixe o pessoal da Anvisa simplesmente remeter para a senhora o veto desse projeto de lei. Por favor!

    Não falo por mim, Presidente Dilma. A senhora pode me xingar, pode me chutar, pode me abandonar - eu ainda estou com saúde, e, com saúde e paz, a gente corre atrás -, mas, Srª Presidente, a senhora, além de ser mãe, é avó; além de ser avó, a senhora é a nossa Presidente do Brasil! Não deixe a Anvisa mandar parecer, nem vá atrás de conversa de alguns que estão defendendo laboratório. Eu não defendo laboratório, porque não ganhei dinheiro deles e nunca peguei um tostão deles! Eu não tive ajuda de laboratório e não tenho laboratório. Estou aqui defendendo a liberação desse medicamento do câncer. Mas é só esse? Não, gente! Se amanhã aparecer outro lá pelas matas amazônicas, vamos utilizar! Se vier da Mata Atlântica, vamos utilizar! Se vier de um outro composto, vamos utilizar! Por que não, gente? Agora, Presidente Dilma, compre essa briga!

    Eu queria aqui fazer um chamado para todo o povo que está com câncer no Brasil: vamos fazer um manifesto nacional; vamos fazer um encontro nacional aqui em Brasília. Nesse dia - vamos marcar depois da Páscoa, vamos ver qual é o dia em que a Presidente Dilma pode nos receber -, vamos fechar de mãos dadas os três Poderes, fazer um círculo, fazer uma corrente de energia positiva para que esse medicamento fique à disposição de todos os pacientes. E, aí, Presidente Dilma, a senhora, que é dura na Administração, nesse momento difícil que o País vive, com a economia em frangalhos... A economia - desculpe-me, pessoal - está aquilo mesmo. Não vou falar porque todo mundo sabe. Está uma porcaria mesmo. Está difícil! Desemprego para todos os lados. É impeachment para um lado e cassação para o outro. Vamos largar tudo isso de lado, mas vamos cuidar da vida. Vamos dar uma oportunidade para quem precisa, nesse momento, das nossas autoridades. A Câmara dos Deputados deu a sua contribuição. O Senado Federal - todos os Senadores aqui - deu também a sua contribuição. E agora nós esperamos que o Executivo também dê a sua contribuição...

(Soa a campainha.)

    O SR. IVO CASSOL (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RO) - ... sancionando esse projeto de lei e autorizando, precariamente, o uso da fosfoetanolamina, até que se complete o trabalho com uma pesquisa séria, com uma pesquisa decente. Leve junto os pesquisadores. Leve junto o Renato Menenguelo; leve junto o Durvanei; leve junto também o Gilberto, o Marcos Vinícius, o Salvador. Há mais um, que agora me fugiu da mente no momento. Chame esse pessoal, para que eles possam acompanhar, porque, de repente, quem não nos garante que estão colocando comprimido de placebo, feito de farinha, ou de giz, ou de qualquer coisa parecida, enganando os pacientes. Então, as pesquisas têm que ser feitas pelos pesquisadores. Não foi ontem que descobriram. Faz mais de 20 anos que descobriram.

(Soa a campainha.)

    O SR. IVO CASSOL (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RO) - Encontrei o Governador Geraldo Alckmin hoje. Ele falou: "Cassol, depois daquele dia, quando você falou para mim, eu comprei essa briga". Parabéns, Governador Geraldo Alckmin. Se o Governo Federal, com a Anvisa, e o pessoal estão contra, então faça o senhor a sua parte, uma vez que o Estado de São Paulo é o mais populoso da nossa Federação.

    É disso que nós precisamos. Nós precisamos de mais pessoas engajadas, independentemente do cargo e do Poder, porque, gente, o câncer, quando ele vem, quando ele ataca, não escolhe o cidadão de Bolsa Família, ele não escolhe o moreno, o preto, o amarelo ou o azul, ele simplesmente ataca, independentemente do cargo que nós temos. Aqui já morreu Senador, já morreu Deputado Federal, já morreram juízes, enfim, autoridades de tudo quanto é jeito.

(Interrupção do som.)

    O SR. IVO CASSOL (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RO) - Só para terminar aqui, para nós concluirmos, eu queria pedir só mais cinco minutinhos.

    Obrigado, nossa Presidente, Senadora Rose de Freitas.

    Agora estamos sob o comando do nosso Presidente, de Mato Grosso do Sul, Wellington.

    Por isso, quero aqui, mais uma vez, dizer que hoje as vítimas do câncer são essas pessoas que já foram diagnosticadas, são essas pessoas que, infelizmente, de alguma maneira ou de outra, descobriram e estão na expectativa da liberação do remédio. E quem não nos garante que amanhã, de repente, será alguém da nossa família? Quem não nos garante que amanhã, de repente, seremos nós a próxima vítima?

    Aqui, nos corredores do Senado, aqui, no Senado, quantos assessores vêm aqui e dizem: "Cassol, continue essa luta!" É de Senador a assessor, a terceirizados. É isso que me deu essa energia positiva.

    Eu comprei essa briga, e não desisto, e vou falar para vocês por quê: porque é a descoberta do século. A fosfoetanolamina, gente, dos pesquisadores, do Gilberto, do Durvanei, do Renato Menenguelo, do Marcos, de todo mundo, foi publicada em mais de cinco revistas internacionais. Não está escondida entre quatro paredes. Simplesmente não deram crédito, porque ela não dá lucro. Simplesmente não deram crédito, porque ela não dá resultado financeiro. Simplesmente não deram crédito, por quê, gente? Porque, mais uma vez, em muitos lugares, sobrepõe-se o dinheiro à vida. E quantos ricos, milionários já morreram de câncer sem poder ter acesso? E é um medicamento barato! Nem o dinheiro conseguiu resolver.

    Então, por isso, nosso Presidente, Senador Wellington, eu quero aqui agradecer esse carinho especial, essa gentileza de todos os nossos servidores da Casa. É um momento de gratidão, é um momento em que eu quero agradecer aqui e pedir desculpa a meus colegas, pedir desculpa a vocês que estão em casa, aos internautas que têm participado constantemente com os vídeos, aos pacientes, aos familiares se, de repente, por alguma maneira ou outra, eu os ofendi, mas eu não quis ofender ninguém: eu quis simplesmente mostrar ao público, da mesma maneira que a imprensa mostra como é que é o político.

    Então, não é justo alguns profissionais de saúde agirem de alguma maneira, e, na prática, agirem de outra. Da mesma maneira, eu quero aqui pedir desculpa de coração a algum profissional da saúde, se, de repente, de alguma maneira, eu o magoei, eu o machuquei, por ser verdadeiro, ou ser franco, mas eu fui puro, eu fui honesto, eu fui íntegro. Eu simplesmente aqui, do meu mandato como Senador, defendi a vida. Eu não defendi nada mais do que isso. Podia estar defendendo outros interesses, mas não: eu defendi a fosfoetanolamina, que é um direito que podemos dar a mais para aqueles pacientes que estão e que já foram diagnosticados com câncer.

    É por isso que, com humildade - mesmo o Drauzio Varella, que fez, mais uma vez, uma participação numa coluna, escreveu um monte de bobagem; desculpe-me a expressão, mas eu estou sendo verdadeiro -, mesmo assim, Drauzio, vamos juntos.

    Por que o senhor não compra essa briga? Por que o senhor, Drauzio Varella, não vem aqui, então, ao Senado, no dia da audiência pública, para debatermos? Vamos juntos conversar com os pacientes, conversar com os pesquisadores. Não acreditem em mim, não. Demais profissionais da saúde não acreditem em mim. Parem, sentem-se um pouquinho. E, nas suas orações - se, em casa, alguém de vocês pelo menos reza ou ora -, peça a Deus para que amanhã você não seja uma vítima de um câncer e você precise desse mesmo medicamento. Eu peço a Deus que dê saúde a todos nós. Por isso, aqui, Sr. Presidente, agradeço carinhosamente esse carinho especial de V. Exª e de todos os Senadores cujo nome eu citei aqui; e aos que eu não citei, desculpem-me. De repente, eu não citei o nome de alguns, porque a emoção é muita.

    Mas digo a V. Exª que eu fecho com chave de ouro nessa véspera de Páscoa. Nós estamos na véspera de Páscoa. É momento de reflexão, é nascimento de mais esperança e de mais saúde para todos nós. É neste momento de Páscoa, de ressurreição, que temos de pedir sempre a Deus que sempre nos dê mais saúde e mais vida. Eu acho que não tinha uma data mais importante para isso.

    Eu até sugiro à Presidente Dilma que aproveite essa oportunidade, já que a Câmara e o Senado aprovaram, e não escute a Anvisa nem alguns oncologistas que só estão pensando no money, no dinheiro, mas que sancione, Presidente, como vítima de câncer que a senhora já foi no passado. E, como Presidente do Brasil, dê esperança ao povo. São 7,5% de pessoas que têm câncer no Brasil. Imagine quantos milhões são 14 milhões de pessoas! Dê esse presente de Páscoa. Presidente Dilma, por favor, a senhora vem há quatro, cinco meses, sem me atender. Eu só queria pedir para a senhora que compre essa briga, que dê esse presente de Páscoa aos pacientes que estão enfermos e coloque o Ministério da Ciência e Tecnologia com o laboratório dele à disposição para produzir a fosfoetanolamina de graça para o povo. Economize, Srª Presidente, milhões de reais. Milhões de reais! Economize milhões de reais, dinheiro que gasta às vezes com quimioterapia, com radioterapia, pois, com certeza, com a fosfoetanolamina vai-se economizar esse dinheiro. Aí nós, no Senado, não precisamos nos desgastar com a sociedade, com o povo brasileiro, para aumentar mais um imposto e voltar a CPMF. Nós não precisamos voltar para trás. Vamos só olhar para frente. Vamos economizar esse dinheiro. "Ah, mas alguém tem aí uma estrutura de quimioterapia, de radioterapia." Que a carregue nos ombros e vá para o lugar que quiser com aquilo.

    Ele fez investimento como empresário. Ele fez investimento confiando na desgraça alheia. É igual - vou dar um exemplo para vocês aqui - ao homem da funerária. O que o homem da funerária faz? O que o proprietário da funerária faz? Ele compra um carro bom, compra um caixão bom, torcendo para que o próximo morra. É isso que o cara da funerária faz.

    Portanto, essa é a oportunidade que nós temos. É por isso que eu queria aqui fazer este pedido especial à Presidente Dilma: sancione essa lei, dê esse presente de Páscoa ao povo brasileiro.

    Senhora Presidente Dilma Rousseff, já que a senhora não conseguiu, de maneira nenhuma - nem a sua equipe -, trazer o povo brasileiro pela economia, pelo emprego e pela receita, traga o povo pelo coração. Traga o povo brasileiro para o seu lado pela emoção, pelo coração, pela vida.

    Com certeza, há quem fale: "O pessoal do Bolsa Família está com a Dilma, mas o pessoal da classe média não está". Mas os portadores de câncer, Presidente Dilma, são do menor ao maior, de mamando a caducando, do rico ao pobre, do preto ao branco, ou seja, todo mundo. É o momento que a senhora tem. Em cada residência em que houver um paciente com câncer, a senhora vai comover, no mínimo, mais cinco pessoas que fazem parte daquela família - mais cinco pessoas a senhora vai trazer para o seu lado.

    Então, não acredite no Senador Ivo Cassol. Não precisa bajular o Ivo Cassol. Faça só uma coisa: peça, amanhã, para sua equipe de puxa-saco, que só bajula, porque, no governo, existe isso - fui Prefeito, fui Governador, e o que não falta é puxa-saco -, se houver alguém bom lá, vir ao Senado, colocar o projeto de lei embaixo do braço e levar para lá. Sancione e publique no Diário Oficial de quinta-feira. Faça como fizeram com a nomeação do nosso ex-Presidente Lula. Fizeram uma publicação extra. Não fizeram uma publicação extra? Por que não podemos fazer uma publicação extra só para publicar a fosfoetanolamina? É a vida!

    Então, Presidente Dilma, manifesto o carinho especial que sempre tive pela senhora. A senhora é uma guerreira, uma lutadora. Sei que o momento é difícil, mas eu queria que a senhora agora abraçasse de vez essa causa e sancionasse esse projeto; aliás, não só sancionasse o projeto, mas também colocasse os laboratórios públicos da Ciência e Tecnologia, do Exército, da Aeronáutica, juntamente com os pesquisadores, para produzirem a fosfoetanolamina, a pílula do câncer, o medicamento de graça, a fim de que os pacientes que precisam disso tenham esperança de vida.

    Para encerrar, Sr. Presidente, eu quero pedir aqui encarecidamente aos amigos, às amigas que vão à igreja, ou mesmo em casa, nas suas orações: nós temos que continuar orando; nós temos que continuar rezando, cada um à sua maneira, agradecendo a Deus por tudo o que Ele nos deu. Além disso, temos que continuar pedindo a Ele que nos abençoe, que nos dê saúde, que continue nos cuidando. Ao mesmo tempo, que essa luta não pare aqui, porque outras virão, como está vindo a zika e não sei o que para lá e para cá, porque é tanta coisa nova que surge. E essa oportunidade nós temos todos.

    Quero aqui agradecer e pedir encarecidamente desculpas a todo mundo, mais uma vez, se em algum momento nessa caminhada eu magoei alguém. Eu fui verdadeiro, aqui está o Ivo Cassol, aqui está a pessoa que representa o povo do Estado de Rondônia e hoje representa o Brasil como Senador da República.

    Eu quero agradecer o carinho de cada Senador, dos Deputados, do Deputado Bolsonaro, do Deputado Luiz Cláudio e de todos os outros que nos ajudaram, de todos os Senadores, dos Senadores Blairo Maggi, Magno Malta, Flexa Ribeiro, Moka e tantos outros aqui. Obrigado, de coração. Não há dinheiro que pague tudo isso que foi feito.

    Em um último agradecimento, com certeza, eu peço e quero que nas suas orações vocês coloquem o meu nome para que Deus continue me abençoando, dando-me saúde e paz, porque do resto nós corremos atrás.

    Obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/03/2016 - Página 87