Fala da Presidência durante a 119ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro de reunião realizada com o Presidente interino Michel Temer e garantia, como Presidente do Senado Federal, de que o mesmo não tem interferência no processo de impeachment da Presidente afastada Dilma Rousseff.

Autor
Renan Calheiros (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AL)
Nome completo: José Renan Vasconcelos Calheiros
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL:
  • Registro de reunião realizada com o Presidente interino Michel Temer e garantia, como Presidente do Senado Federal, de que o mesmo não tem interferência no processo de impeachment da Presidente afastada Dilma Rousseff.
Publicação
Publicação no DSF de 03/08/2016 - Página 11
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL
Indexação
  • NEGAÇÃO, INTERFERENCIA, MICHEL TEMER, EXERCICIO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, PROCESSO, IMPEACHMENT, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA.

    O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB - AL) - Eu queria só pedir desculpas, porque nós estamos na Ordem do Dia. E aproveito para comunicar à Casa que hoje eu estive demoradamente com o Presidente da República, em um almoço do qual participou também o Líder da Bancada do PMDB, no Senado Federal.

    Nós conversamos bastante sobre conjuntura econômica, sobre expectativa da economia, sobre a pauta legislativa. Em nenhum momento - em nenhum momento! -, o Presidente Michel Temer falou da necessidade de antecipar o julgamento. E não falaria, porque, aos olhos do Brasil - e me permitam os Senado que eu possa aqui lembrar -, nós temos conduzido esse processo com absoluta isenção e cumprindo rigorosamente os prazos estabelecidos no julgamento anterior do processo de impeachment, da Constituição Federal, do Regimento do Senado Federal e da própria Lei do Impeachment, que é uma lei de 1950.

    E havia anunciado, no final do semestre passado, em um levantamento que aqui fizemos dos nossos trabalhos, que nós começaríamos provavelmente levando em consideração a possibilidade da pronúncia ser votada no dia 9, na terça-feira, aqui, no plenário do Senado Federal, e nós poderíamos começar o julgamento no dia 25, 26, porque vai depender da hora em que nós concluiremos a apreciação da pronúncia ou da impronúncia, se for o caso. Se nós votarmos no dia 9, cumprindo o prazo, nós poderemos até começar no dia 25. Se nós votarmos na manhã do dia 10, como aconteceu com a admissibilidade, aí nós vamos ter que começar o julgamento no dia 26. Mas não podemos, desde logo, estabelecer o que vai haver, quantas horas vai durar.

    No que depender de mim - e sequer vou presidir a sessão, que será presidida pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal -, nós concluiremos antes do final do mês de agosto, porque há uma impaciência com relação ao término desse julgamento.

    O SR. LINDBERGH FARIAS (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) - Uma impaciência do...

    O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB - AL) - Aliás, eu ouvi isso da própria Presidente Dilma Rousseff, na última vez em que estive com ela, de que esse processo era traumático, demorado demais, e que ela própria não me falou do que é que entenderia como resultado - e os jornais divulgaram isso, mas não é verdade -; ela própria gostaria que esse processo se encerrasse, fosse qual fosse o resultado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/08/2016 - Página 11