Discurso durante a 122ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Defesa da privatização do sistema elétrico nacional.

Autor
Valdir Raupp (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Valdir Raupp de Matos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ECONOMIA:
  • Defesa da privatização do sistema elétrico nacional.
Publicação
Publicação no DSF de 01/09/2017 - Página 27
Assunto
Outros > ECONOMIA
Indexação
  • DEFESA, PRIVATIZAÇÃO, SISTEMA ELETRICO, BRASIL, REDUÇÃO, PARTICIPAÇÃO, ESTADO, ECONOMIA NACIONAL, MOTIVO, MELHORIA, QUALIDADE, SERVIÇO, COMENTARIO, SETOR, TELEFONIA, RODOVIA, CRITICA, MONOPOLIO, COMBUSTIVEL, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS).

    O SR. VALDIR RAUPP (PMDB - RO. Sem revisão do orador.) – Senador Requião, Senadora Gleisi Hoffmann, antes de eu começar o meu pronunciamento...

    A SRª PRESIDENTE (Vanessa Grazziotin. Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – É Vanessa.

    O SR. VALDIR RAUPP (PMDB - RO) – Perdão. Senadora Vanessa Grazziotin, do nosso querido Estado do Amazonas.

    Antes do meu pronunciamento, gostaria de participar um pouquinho deste debate.

    A SRª PRESIDENTE (Vanessa Grazziotin. Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – Claro.

    O SR. VALDIR RAUPP (PMDB - RO) – Eu não sou um privatista, um entreguista, mas acho que o Estado tem que diminuir um pouco o seu tamanho. O Estado é um mau gestor. O Estado que digo é o Estado brasileiro, a Nação. Qualquer país do mundo sempre tem sido mau gestor.

    O Brasil deu um exemplo quando privatizou o sistema de telefonia e deu um salto de qualidade gigantesco com serviços quase que universalizados em todo o Brasil na área de telefonia, de comunicação. E é privatizado e barato também hoje. Naquela época, para se comprar um aparelho de celular, um telefone fixo ou qualquer coisa, tudo era muito caro e, com a privatização, baixou muito. O acesso das pessoas na área de telefonia, de comunicação foi extraordinário.

    Quando a Presidente Dilma baixou, meio forçadamente, 20%, se não me falha a memória, na tarifa de energia elétrica, praticamente quebrou o sistema. O sistema nunca mais se equilibrou depois dessa forçação de barra de baixar o preço da energia.

    Então, o Estado, repito, é um mau gestor. Eu não digo privatizar 100%, mas colocar o capital privado também na área de energia, como já vem sendo feito – inclusive, no governo do Presidente Lula e da Presidente Dilma, isso aconteceu; em pequena escala, mas aconteceu a venda de alguns ativos da área de energia elétrica –, não é de todo ruim. Da mesma forma, a área de transporte. Imagine se a área de transporte no Brasil ou em qualquer outro país estivesse só na mão do Poder Público. Não teríamos rodovias duplicadas, como há em São Paulo, como há no Rio Grande do Sul, como há em vários Estados brasileiros. As nossas rodovias têm que ser, sim, passadas para a iniciativa privada para haver rodovias de boa qualidade, com segurança no trânsito. Não adianta o Estado querer cuidar de tudo e cuidar muito mal, e ainda cobrando caro para cuidar da coisa pública. Eu acho que a participação do capital privado nessas áreas importantes do Brasil é bem-vinda. De que adianta ter a Petrobras e ter um dos combustíveis mais caros do mundo? O Brasil tem hoje o combustível mais caro do mundo, e a Petrobras é uma empresa estatal. Então, se tiver como entrar o capital, mesmo que seja estrangeiro, para abaixar o preço do combustível, para abaixar o preço da energia elétrica, para abaixar esse custo das coisas no Brasil, eu acho que seria importante. Nós temos que abrir um pouco. O Lula já dizia isso. Ele era ambientalista, mas desenvolvimentista. Ele queria o desenvolvimento do País. Assim foi o Fernando Henrique, foi o Presidente Lula. Temos que ter Presidentes com a mente mais aberta para poder abrir esse capital do nosso País.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 01/09/2017 - Página 27