Discurso durante a Sessão Solene, no Congresso Nacional

Sessão solene destinada a comemorar os 100 anos do Dia das Mães no Brasil.

Autor
Paulo Paim (PT - Partido dos Trabalhadores/RS)
Nome completo: Paulo Renato Paim
Casa
Congresso Nacional
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Sessão solene destinada a comemorar os 100 anos do Dia das Mães no Brasil.
Publicação
Publicação no DCN de 10/05/2018 - Página 22
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • SESSÃO SOLENE, CELEBRAÇÃO, CENTENARIO, DIA NACIONAL, HOMENAGEM, MÃE, COMENTARIO, ATUAÇÃO, MULHER.

     O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT-RS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente desta sessão, Deputado Federal JHC; senhora requerente da sessão, minha querida amiga Senadora Ana Amélia -- se eu não venho aqui, ela me telefona! --; senhor requerente da sessão, Deputado Federal Vitor Lippi; Sr. Presidente da Federação Brasileira das Associações Cristãs de Moços, Jorge Tsujino; Sr. Presidente da Associação Cristã de Moços do Rio Grande do Sul, Ênio Roberto Ferreira; Sra. Presidente da Associação Cristã de Moços de Brasília, Wanda Martchenko; representante da Associação Cristã de Moços de São Paulo, Sra. Marísia Donatelli; ex-Governadora e Deputada Federal Yeda Crusius; senhoras e senhores, boa tarde.

      Senadora, eu disse que falaria pouco, mas veja o tamanho do discurso! Mas eu retirei a maior parte e fiquei só com as primeiras folhas e o encerramento. O restante constará dos Anais.

      Todas as mães do mundo merecem ser reconhecidas, homenageadas, cumprimentadas, abraçadas e amadas. Como disse o Mário Quintana:

Mãe…

São três letras apenas,

As desse nome bendito:

Três letrinhas, nada mais…

E nelas cabe o infinito

E palavra tão pequena-confessam mesmo os ateus

És do tamanho do céu

E apenas menor do que Deus!

      A esmagadora maioria das mães do mundo enfrenta carências impostas pela realidade. No caso de muitas mães brasileiras, essas carências são numerosas.

      É mãe migrante, é mãe imigrante, é mãe negra, é mãe branca, é mãe cigana, é mãe índia, enfim, são mães trabalhadoras, mães corajosas, mães heroicas, mães pobres, mães de todas as etnias, de todas as raças.

      As mães somos nós mesmos no mundo todo. Mães desempregadas, mães pobres, mães da classe média e mães da classe mais abastada, que merecem também ser homenageadas. Todas são mães.

      Mães chefes de família, mães refugiadas, mães encarceradas, mães sem-terra, mães sem-teto, mães produtoras, mães que atuam na área do campo e da cidade.

      Eu quero aqui falar de todas as mães, sem discriminação alguma. Quero falar dessas mães brasileiras, muitas delas em condição de vulnerabilidade social.

      Hoje, aqui, Senadora, os Deputados e Senadores prestam homenagem.

      A mãe brasileira, antes de tudo, é uma forte, porque tem de aprender a ser mãe em um contexto de negação e de violação sistemática de direitos humanos.

      Termino dizendo, Senadora, que desejo a todos, do fundo do meu coração, que, em um futuro não muito distante, possamos celebrar sem hipocrisia, realmente celebrar um Dia das Mães em um País mais justo, mais solidário e mais acolhedor; em um Brasil mais humano, um País no qual sejam efetivamente garantidos os direitos das gestantes e das mães à integridade física, à segurança econômica e à liberdade política.

      Sou Relator de um projeto da Senadora Rose de Freitas que garante que a licença à gestante passe a ser de 180 dias. Sou Relator de outro projeto que diz que -- e aqui já foi citado -- a mulher tem que ter os mesmos direitos que o homem, quando ocupar a mesma função.

      Enfim, espero que um dia, neste País, qualquer mãe, todas as mães -- não importando a sua origem, repito, sua cor, sua condição econômica, suas circunstâncias políticas -- sejam respeitadas, valorizadas e homenageadas pelo simples e profundo fato de que é apenas por meio da maternidade que a vida humana persevera e se projeta em direção à eternidade.

      Felicidades a todas as mães do Brasil e do mundo! Felicidades àquelas mães que não geraram!

      Eu sempre digo, Senadora, que mãe mesmo, que pai mesmo é aquele que ama, aquele que cuida, aquele que acalenta. Não é importante se é adotada ou não a criança. A essas mães que adotam tantas crianças no Brasil e no mundo eu quero deixar também aqui as minhas homenagens. Mãe e pai são quem cuida, quem ama.

      Vida longa a todas as mães do mundo! (Palmas.)

      Um abraço, Senadora.


Este texto não substitui o publicado no DCN de 10/05/2018 - Página 22