Discurso durante a 118ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comentário sobre o momento eleitoral no País.

Agradecimento à população gaúcha pela reeleição de S. Exª ao Senado.

Autor
Paulo Paim (PT - Partido dos Trabalhadores/RS)
Nome completo: Paulo Renato Paim
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS:
  • Comentário sobre o momento eleitoral no País.
ATIVIDADE POLITICA:
  • Agradecimento à população gaúcha pela reeleição de S. Exª ao Senado.
Aparteantes
Hélio José, Raimundo Lira.
Publicação
Publicação no DSF de 10/10/2018 - Página 30
Assuntos
Outros > ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS
Outros > ATIVIDADE POLITICA
Indexação
  • COMENTARIO, ANALISE, PROCESSO, ELEIÇÃO, VOTO, PROTESTO, POPULAÇÃO.
  • AGRADECIMENTO, POPULAÇÃO, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), MOTIVO, REELEIÇÃO, ORADOR, SENADO.

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS. Pronuncia o seguinte discurso.) – Senador Pedro Chaves, Senador Hélio José, Senador Lira, que está no Plenário, de fato V. Exa. coloca, quando me chama à tribuna, o momento eleitoral. O Brasil todo foi pego meio que de surpresa diante do tsunami, Senador Hélio José, que despontou quase que de ponta a ponta no Brasil.

    Eu tenho feito uma reflexão comigo mesmo e tenho dito, Senador Pedro Chaves, que os partidos políticos e os homens públicos têm que fazer uma reflexão sobre isso que aconteceu. Não é só pela mudança de grande parte de Senadores e Deputados, mas o povo fez um voto de protesto, como ia dizendo, aos partidos políticos: "Essa forma de agir nós não queremos mais! Essa forma atrasada, arcaica, obsoleta de fazer política nós não queremos mais! Nós não queremos só um debate ideológico!". A população quer saber o que os homens públicos estão fazendo. O que estão fazendo no campo da educação? O que estão fazendo na segurança? O que estão fazendo para saúde? O que estão fazendo para distribuir renda? O que estão fazendo para gerar emprego? É isso o que a população quer saber. Eu espero que todos façam uma autocrítica diante do quadro que se apresenta.

    Senador Hélio José, e me perguntam como é que naquela Região Sul eu consegui voltar ao Senado com uma votação expressiva? Sabe como é que eu fiz a campanha, Senador Hélio José? Foi nesta linha: o que eu fiz como Senador? O que estou fazendo? E o que eu pretendo fazer? Falei aqui dos estatutos, que é uma alegria, eu digo, todos os senhores me ajudaram a aprovar e todos são leis: o Estatuto do Idoso, beneficiando 40 milhões de pessoas; o Estatuto da Pessoa com Deficiência, 46 milhões de pessoas; o Estatuto da Igualdade Racial e Social, que beneficia, no mínimo, no mínimo, 200 milhões de pessoas, porque, quando você combate os preconceitos, você está defendendo na verdade todas as pessoas de bem, sejam brancas, negras, índios, todos.

    Falei da política de salário mínimo, tiramos o salário mínimo de US$60 e levamos para US$320. Falei durante todo o tempo que leis, como Lei dos Autistas, que tive a alegria de ajudar na construção quando um grupo de senhoras e senhores com seus filhos me procurou, e construímos, de forma coletiva, Senadora Regina, na Comissão, aquela proposta da Lei dos Autistas. Falei da Lei dos Vigilantes, a Lei dos Carteiros, lei para os metalúrgicos, enfim, mostrei resultado no mandato.

    Falei, claro, da presença aqui em Brasília, que tenho ficado aqui o maior tempo possível, usando a tribuna, trabalhando nas Comissões, em torno de 150 audiências públicas por ano. Falei da parceria que eu tive aqui. Senador Hélio José, refiro-me novamente a V. Exa., quando apresentamos a CPI da Previdência. Conseguimos aqui, nós, 62 assinaturas, não houve um Senador – um – que nós procuramos e não assinou. Se nós tivéssemos chegado aos 81, seriam 81 assinaturas. Apresentamos a CPI para o Brasil, chamamos todos os setores para o debate, todos falaram e, no fim, provamos que não há déficit, provamos que o problema da previdência é de gestão, é de fiscalização, é de combate à sonegação, é acabar com esses Refis infindáveis que, na verdade, perdoam os grandes devedores.

    Chamamos os grandes bancos, todos os grandes bancos que estavam devendo para a nossa seguridade social. Falamos da Constituinte – eu fui Constituinte –, que lá nós colocamos que para manter bem a seguridade, em que a gente está com saúde, assistência e previdência, tinha que respeitar os princípios básicos que nós colocamos lá, com a contribuição de empregado, de empregador, tributação sobre lucro, faturamento, PIS/Pasep, toda vez que você vende ou compra alguma coisa tem que mandar dinheiro para a seguridade, Cofins. Enfim, é uma cesta composta por oito impostos que ajudam a seguridade social. Mostramos que o caminho é combater, por exemplo, a apropriação indébita, que o caminho é executar os grandes devedores que devem bilhões e bilhões, e não querer tirar o direito da aposentadoria do trabalhador, da nossa gente, do nosso povo.

    Aquela reforma que foi apresentada é infeliz, tanto que não foi aprovada, foi um tiro no pé do Governo Temer. Ele mesmo se deu um tiro no pé. Apresenta aqui uma reforma da previdência... Eu mostrava isso na tribuna, eu falando na tribuna e a TV, depois, no horário gratuito, mostrando. Eu dizia por exemplo: sabe quando o senhor vai se aposentar? Nunca, se essa proposta for aprovada! A média de emprego do brasileiro é nove meses, em doze, para fazer o cálculo, pegue o dia em que você assinou a carteira e tem que somar com 64,1; assinou a carteira com 20 anos, vai se aposentar com 84 anos; assinou a carteira com 30 anos, vai se aposentar com 94 anos. Acabava com a aposentadoria, as pessoas iam abandonar, iam para uma previdência privada ou mesmo iam botar o dinheiro na poupança. Aí, sim, a previdência ia falir, ia falir e ia acontecer como aconteceu aqui na Argentina, que está desesperada com esse pires na mão, ou como aconteceu na Grécia, ou como aconteceu no Chile, que até os já aposentados perderam parte do benefício.

    Voltamos por isso tudo, Senador Hélio José, que foi o Relator da CPI da Previdência. Aprovamos por unanimidade o relatório final, mesmo a base do Governo chegou à conclusão de que nós tínhamos razão. Por isso, se dizem para mim "Ah, mas vão voltar com a reforma agora, ainda este ano", não acredito. Seria uma covardia se fizessem isto: deixar passar as eleições para depois votar um crime contra o nosso povo, acabando com o direito da previdência. Não acredito que vão fazer isso, seria covardia, covardia e covardia. Vai haver muita peleia se tentarem fazer isso – vai haver. Não é questão de estar eleito ou não estar eleito, ou terminou, os homens têm que ter vergonha na cara, não podem ser covardes, têm que ser firmes, têm que ter coerência. Se não votaram antes das eleições, não vão querer votar agora. Ah, não vão votar. É uma incoerência total.

    O Sr. Hélio José  (Bloco Maioria/PROS - DF) – Um aparte, Senador Paulo Paim?

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Então, vamos deixar que o próximo Presidente eleito estabeleça o diálogo, o debate, para ver o que pode fazer em matéria de ajuste e em relação à reforma, sem tirar direito dos aposentados e dos futuros aposentados.

    Senador Hélio José, o aparte de V. Exa. sempre é bem-vindo. V. Exa. me permita que eu diga: V. Exa. foi injustiçado. V. Exa. tinha que ser, no mínimo, Deputado Federal, como se propôs, mas infelizmente...V. Exa. aqui hoje pode olhar de cabeça erguida, ciente do dever cumprido. V. Exa. fez sua parte, defendeu aqui todo o povo brasileiro. Uma lei aqui que a gente faz beneficia todo o Brasil. Não é uma lei para Brasília, não é uma lei para o Rio Grande do Sul. V. Exa. cumpriu a sua parte com inúmeros projetos que aprovou aqui, mas eu destaco principalmente o seu relatório, aprovado por unanimidade, na reforma da previdência.

    O Sr. Hélio José  (Bloco Maioria/PROS - DF) – Senador Paulo Paim, eu quero agradecer muito a Deus por todas as ações e por todos os caminhos que a gente toma, pelas decisões que são tomadas e pelos resultados.

    Eu fico muito lisonjeado de saber que o povo do Rio Grande do Sul soube reconhecer o trabalho de V. Exa., há mais de 32 anos, e recolocá-lo nesta Casa para representar com dignidade a nós, os brasileiros que têm realmente ficha limpa, que têm realmente história e que defendem as coisas corretas.

    Então, quero primeiro, na intervenção, neste aparte a V. Exa., agradecer ao povo do Rio Grande do Sul pelo seu retorno a esta Casa.

    Segundo, lamento, pois era para V. Exa. estar agora disputando a Presidência da República e por ter ganho no primeiro turno. Não foi. Isso é lamentável, porque seria o candidato ideal para o Brasil, mas teremos agora o plebiscito do segundo turno do bem contra o mal. Daqui a pouco, nós vamos conversar sobre isso e nós poderemos tratar do assunto.

(Soa a campainha.)

    O Sr. Hélio José  (Bloco Maioria/PROS - DF) – Com relação a V. Exa., o que eu quero dizer é que foi uma honra ter trabalhado com V. Exa. na CPI da Previdência, ter sido o Relator e V. Exa. o Presidente, em que nós pudemos demonstrar para o Brasil que a Presidência da República faltava com a verdade, ela e seus Ministros, com o povo brasileiro e que queria pôr goela abaixo uma reforma antipopulação, antipovo, conhecida como PEC da Morte, que nós derrotamos juntos. É um acinte, um absurdo, quererem agora falar em retorno dessa reforma da previdência no apagar das luzes de um Governo falido.

    É óbvio que um dos candidatos a Presidente do Brasil é capaz de fazer isso. O outro eu tenho certeza que não fará, caso ele ganhe as eleições. Eu acho que o fascista, se ele ganhar a eleição, é bem provável que ele esteja combinando isso com o Presidente da República para tentar retornar essa questão. Como eu não creio no Brasil do fascismo, nem no Brasil do nazismo, nem no Brasil antipovo – que espero que não ocorra –, espero que isso não volte.

    Eu só fiz o aparte primeiro para cumprimentar V. Exa., cumprimentar o povo do Rio Grande do Sul pelo retorno de V. Exa. e dizer que eu adorei poder estar aqui trabalhando com o senhor e poder trabalhar com o senhor mais esses três meses e pouco que restam do nosso mandato, para a gente trabalhar em prol do Brasil.

    Parabéns e os meus cumprimentos a V. Exa.!

    Obrigado.

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Obrigado, Senador Hélio José.

    Eu queria, Sr. Presidente, terminar, aproveitando para cumprimentar a Senadora Ione Guimarães, que já está no Plenário e vai, com certeza, colocar o seu ponto de vista para todos, logo que for chamada.

    O Sr. Raimundo Lira (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - PB) – Senador Paulo Paim, quando for da conveniência de V. Exa., eu gostaria de um aparte.

(Soa a campainha.)

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Senador Raimundo Lira, eu faço questão de dar um aparte já a V. Exa., que sabe o respeito e o carinho que eu tenho por V. Exa. V. Exa. tem dito – e eu agradeço – que a forma firme e clara de defender propostas é uma coisa. E é isso que, efetivamente, a população quer.

    O Sr. Raimundo Lira (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - PB) – Senador Paulo Paim, quero, nesta oportunidade, parabenizar V. Exa. pelo sucesso nessas eleições, que foram atípicas não só no Rio Grande do Sul, mas em todo o País. Foram eleições diferentes. Os eleitores, como se tivessem combinado, enganaram as pesquisas. Mas V. Exa., tendo prestado um grande serviço ao Rio Grande do Sul, nunca entrou em questões, em brigas ideológicas, mas sempre de forma objetiva, de forma pragmática, fazendo seu trabalho aqui, de segunda a sexta-feira, de segunda a quinta, um trabalho produtivo, um trabalho bom, e, com tudo isso, V. Exa. foi plenamente reconhecido pelo povo do Rio Grande do Sul.

    E mais ainda: nos Estados do Sul, do Sudeste e do Centro-Oeste, apenas V. Exa. foi eleito como Senador, representando o PT. Isso não é nenhuma restrição ao PT, mas uma restrição, sobretudo, a discursos radicais que a população não aceita mais. Pelo menos nessas eleições, a população não quis tomar conhecimento dessa questão ideológica.

    Portanto, eu quero, mais uma vez, parabenizar V. Exa. e dar-lhe as boas-vindas a esta Casa. E que V. Exa. seja feliz neste mandato novo que Deus e o Rio Grande do Sul lhe deram.

    Muito obrigado.

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Eu que agradeço, Senador Raimundo Lira.

    O SR. PRESIDENTE (Hélio José. Bloco Maioria/PROS - DF) – Senador Paulo Paim, só para V. Exa. ficar à vontade, vou lhe dar mais dez minutos para fazer seu discurso, o.k.?

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Senador Hélio José, eu não precisarei. Vou sintetizar minha fala.

    Primeiro, quero agradecer as considerações do Senador Raimundo Lira, as suas considerações, Senador Hélio José, e as considerações do Senador Pedro Chaves. Neste final, eu quero só agradecer. Quero agradecer, Senador Hélio José, a todo o povo brasileiro.

    O que tinha de gente no Rio Grande dizendo que estava recebendo do WhatsApp, telegrama, telefonema das pessoas que acompanharam não só o meu, mas o nosso trabalho aqui, pedindo para que os gaúchos votassem neste Senador, quando perceberam que havia um movimento diferente no Brasil. Era um movimento silencioso. Eu via nas portas de fábrica.

    Chegava à porta de fábrica, entregava o boletim, conversando pessoalmente com cada um, eu via que o pessoal pegava o boletim, botava no bolso, mas não dizia praticamente nada. A maioria não dizia nada. Quando eu ia para as praças, a mesma coisa. Havia um movimento silencioso. E esse movimento silencioso foi de protesto. E disseram: "Não. Política assim a gente não quer mais." Muita gente dizia: "Vou votar em você pelo seu trabalho." Eu ouvi muito isso. Eu ouvi, no mínimo, 2 mil, porque tu não chegas a todos nunca. Foram quase 2 milhões de votos. "Eu vou votar em você pelo seu trabalho."

    Então, eu queria, independente... Nós vamos ter agora o segundo turno. Cada um tem o seu candidato. Eu quero, primeiro, pedir que não haja violência – não tem que haver violência de parte nenhuma –; segundo, que os debates sejam no mais alto nível – e dá para fazer um debate no mais alto nível, quando cada um defende aquele em que acredita; e aquilo em que acredita –; e, terceiro: vamos fortalecer a democracia e respeitar o resultado das urnas, seja o que for.

    Todos sabem: cada um tem o seu candidato. Todo mundo sabe que o meu candidato é o Haddad, como sabe que o candidato de outros, neste Plenário, vai ser o Bolsonaro. Mas eu sempre lutarei, durante toda a minha vida, pelo direito de o outro dizer o que pensa. Eu posso discordar, mas ele tem todo o direito de dizer o que pensa, como eu tenho o direito de dizer aquilo que eu penso.

    E, por fim, Senador Hélio José, eu tinha preparado, Senador Raimundo Lira, o que é que eu diria no fim do pleito. E eu disse a seguinte frase... E a frase que eu ia dizer... Quando a imprensa procurou, disse: "Olha, Paim, foi reeleito! Beleza, não é?" E a frase que eu tinha era esta que eu vou repetir aqui: fiz o bom combate. Não ataquei um candidato, mesmo aqueles que me atacavam com fake news, as famosas fake news. Não respondia e não atacava; só mostrava o meu trabalho.

    Em resumo: fiz o bom combate, trabalhei muito. Vencido ou vencedor, terminado o pleito, eu guardo os meus instrumentos de luta, que é o argumento, que é a minha voz, que é o meu caminhar. E, com certeza, agradecerei, como agradeci a todo o povo gaúcho. Eu fico com a minha fé, a fé na liberdade, a fé na justiça e a minha fé em Deus. Era isso que eu ia dizer e foi isso que eu disse.

    Fomos vencedores em relação ao pleito para o Senado. Voltei mais uma vez para esta Casa. E aqui, Senador Hélio José, vou continuar atuando na mesma coisa: elaborando, construindo, fazendo propostas e apontando um caminho que fortaleça o nosso projeto de Nação, votando sempre tudo aquilo que for de interesse não só do povo gaúcho, mas de todo o povo brasileiro.

    Por fim, agradeço àqueles que rezaram. Eu sei que rezaram. Mandavam o áudio para mim, a família rezando. E não era só no Rio Grande do Sul. Então, eu queria agradecer a todo o povo brasileiro a forma como colaboraram. E, claro, especialmente ao povo gaúcho, independentemente de se votou em mim ou não. Quero até agradecer ao povo gaúcho pela oportunidade que me deu de eu fazer aquilo que eu mais amo, de que eu mais gosto: estar aqui, defendendo o interesse de toda a nossa gente.

    Senador Raimundo Lira, muitos dizem, e eu usei essa frase também na tribuna – para concluir, Senador Hélio José –, que o Sul é o Estado mais preconceituoso. Eu digo: vamos devagar, antes de falar do Rio Grande do Sul. Eu cheguei a dizer um termo mais forte: vamos dobrar a língua, antes de falar do Rio Grande do Sul, por ser de uma forma crítica, que é o Estado mais preconceituoso. O Rio Grande do Sul elegeu o primeiro Deputado Federal... O primeiro Presidente da Assembleia do Estado, que foi Carlos Santos. Foi eleito, no Rio Grande do Sul, o primeiro presidente de uma assembleia no Brasil, que foi Carlos Santos. O Rio Grande do Sul elegeu o primeiro governador negro, Alceu Collares, que está hoje com algo em torno de 92 anos. E reelege, por 32 anos, este Senador, porque é negro. Então, vamos devagar.

    Eu amo o Rio Grande e amo a todos, brancos, negros, índios, pequenos, médios, grandes empresários, que, como V. Exa., Senador Lira, têm responsabilidade com o social. É isso que é a vida. E, assim, a gente vai escrevendo uma história, abraçando a todos, do campo e da cidade, das mais variadas áreas.

    É assim que a gente faz uma caminhada, rumo a construir um País que olhe para todos, que respeite todos.

    E termino dizendo somente isto: com a democracia, tudo; sem a democracia, nada.

    Viva a liberdade! Viva a justiça!

    Obrigado, Senadores.

    Obrigado, Senador Presidente Hélio José.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/10/2018 - Página 30