Discurso durante a 69ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão Especial destinada a homenagear a Polícia Militar do Distrito Federal.

Autor
Wellington Fagundes (PL - Partido Liberal/MT)
Nome completo: Wellington Antonio Fagundes
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Sessão Especial destinada a homenagear a Polícia Militar do Distrito Federal.
Publicação
Publicação no DSF de 11/05/2019 - Página 57
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • SESSÃO ESPECIAL, HOMENAGEM, POLICIA MILITAR, DISTRITO FEDERAL (DF).

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT. Para discursar.) – Eu quero saudar aqui a Mesa em nome do proponente, o Senador Izalci Lucas, que demonstrou já aqui não só a sua sensibilidade humana, mas, principalmente, o reconhecimento ao papel da Polícia Militar no Brasil. Por isso, aqui, eu quero saudar a todos da Mesa, em nome do Ministro do Supremo Tribunal Militar Sr. Péricles Aurélio Lima de Queiroz e também da Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal, a Cel. Sheyla Soares Sampaio.

    Que boa esta Mesa com militares e com a presença das mulheres aqui! Parabéns! Tenho a certeza de que V. Sa. representa aqui todas as mulheres, com força e com garra, que querem fazer a transformação deste País em um País mais justo, com mais oportunidades. Com certeza, a presença de V. Sa. nesta Mesa representa também o chamamento das mulheres para o resgate, cada dia mais, das oportunidades e da luta, para que a gente consiga, não em 200 anos, mas quem sabe em 50 ou 80 anos, fazer com que as mulheres tenham condição de igualdade no Brasil. Historicamente, se não houver muitas Sheylas Soares à frente desse trabalho, isso ainda demorará, talvez, mais de cem anos; historicamente, seriam 200 anos, mas sei que, com as Sheylas da vida, nós vamos mudar isso. A mulher, hoje, no Brasil, com a mesma jornada de trabalho e com a mesma qualificação, de modo geral, ainda ganha muito menos que o homem.

    Quero cumprimentar também o Subcomandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal, o Cel. Sérgio Luiz Ferreira de Souza, e também o Chefe do Estado-Maior da Polícia Militar do Distrito Federal, o Cel. André Di Lauro Rigueira.

    A todos os que aqui estão presentes e a todos os brasileiros que nos assistem, quero dizer que fiz questão de vir a esta sessão em homenagem à Polícia Militar, com 210 anos de tradição no Brasil, porque sempre percebemos que, quando a comunidade respeita a Polícia Militar e tem a Polícia Militar e as polícias de um modo geral como amigas da comunidade, essa comunidade vive muito mais em paz. Então, há um trabalho conjunto a ser feito.

    Eu tenho certeza de que a disciplina e os exemplos de homens e mulheres neste Brasil afora, mesmo com tantas dificuldades... E hoje a gente percebe que aquele que está nos desvios, o narcotraficante, enfim, a bandidagem de modo geral, infelizmente, está mais equipado, mais informado, com melhores condições de exercer aquilo que está exercendo, e isso coloca em risco muito até a integridade física dos profissionais que estão aí para garantir a segurança de nós brasileiros. Então, eu falo aqui como cidadão comum também.

    Hoje se discute muito o porte de arma. Eu pessoalmente nunca usei uma arma. E essa discussão é muito complexa. Eu sou do Estado de Mato Grosso, um Estado também rural, onde às vezes o cidadão está lá, dentro da sua propriedade, e não tem a sua defesa. Por outro lado, a gente vê crimes às vezes tão banais, como no trânsito, e o cidadão despreparado portar uma arma também é algo extremamente perigoso. Por isso, eu não me julgo competente para discutir esse tema. Mais do que nunca, num tema como esse, é importante a participação e o posicionamento, inclusive, de quem está mais na ponta com o cidadão, que é a Polícia Militar. Então, nessa discussão, neste momento, eu gostaria, Senador Izalci, dada a sua liderança aqui nesta Casa, que V. Exa. até ajudasse a promover essa discussão com mais intensidade, porque o tamanho do Brasil... E eu, principalmente, falo aqui pelo Mato Grosso, um Estado que tem 720km de divisa seca e mais 300km de divisa em água. Ali, a intensidade do narcotráfico é muito grande, e o Estado não consegue estar presente.

    Por isso, eu quero aqui, neste momento, não só falar a vocês profissionais que aqui estão e que defendem a população brasileira, mesmo com essas dificuldades todas, mas muito mais chamar atenção para o valor da Polícia Militar no Brasil, que às vezes é até incompreendida, porque, quando vai abordar o cidadão, primeiro, recebe a reação, mas, às vezes, o cidadão não sabe avaliar o papel que desenvolve essa tão nobre profissão. Então, além das homenagens, do reconhecimento do papel de vocês, eu quero aqui também chamar atenção, neste momento que vive o Brasil, para as necessidades das transformações que nós aqui, no Congresso, estamos, inclusive, às vezes, a votar. E eu sempre tenho dito que uma lei, quando é feita na pressão, na opressão, normalmente não é uma boa lei. Então, nada melhor do que o preventivo e a discussão com quem sabe e conhece a realidade das áreas para poder aqui nos ajudar nessa tão nobre função de legislar.

    Quero também registrar o papel do Senador Izalci aqui na liderança, com todos nós, pela sua experiência – ele foi Deputado comigo vários mandatos. Estar aqui homenageando a Polícia Militar brasileira, Senador Izalci, eu acho que é um ato de V. Exa. não só de reconhecer, mas também, e principalmente, de chamar a atenção do Brasil para os profissionais que estão aqui nessa nobre função de defender o dia a dia do cidadão. Essa profissão tem que ser reconhecida por todos nós.

    Agora estamos falando da reforma da previdência. É outro tema em que às vezes muitos querem igualar a profissão de um militar com outras tantas profissões. Eu acho que é inigualável. A profissão do militar é sob tensão o tempo todo. Portanto, não dá para se discutir que a profissão dos militares de um modo geral deva ser tratada igual a outras tantas profissões.

    Por isso, eu quero aqui agradecer a oportunidade de estar aqui neste momento, em nome de todos os policiais do meu Estado, que eu reconheço, inclusive, como uma polícia que a cada dia mais tem evoluído. É uma polícia muito organizada que cumpre também um papel no desenvolvimento do nosso Estado – é importante destacar esse outro papel. Uma vez, eu ouvi uma palestra de um militar dizendo que a maioria dos crimes elucidados se dava exatamente com a participação da comunidade. Quando o cidadão tem um vizinho que chega com comportamentos diferentes, tem que ser avisada a Polícia Militar. Mais do que isso, o que eu quero dizer é que a Polícia Militar cumpre um papel social extremamente relevante, desde a educação, nos colégios militares, às iniciativas sociais – lá no meu Estado há muitas – ajudando também na educação, na saúde, no esporte... Então, o policial militar de um modo geral, pela sua preparação, enxerga à frente, vai à frente, é um partícipe real do processo de desenvolvimento socioeconômico do nosso País.

    Parabéns a todos vocês. Comemorem muito! O desafio é muito grande, mas eu tenho certeza de que homens preparados e mulheres preparadas como vocês podem – e podem muito – ajudar neste momento em que o Brasil passa por transformações.

    Muito obrigado. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/05/2019 - Página 57