Pela ordem durante a 117ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Pesar pela morte do jornalista Paulo Henrique Amorim e breve histórico acerca da carreira do jornalista.

Autor
Paulo Paim (PT - Partido dos Trabalhadores/RS)
Nome completo: Paulo Renato Paim
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Pesar pela morte do jornalista Paulo Henrique Amorim e breve histórico acerca da carreira do jornalista.
Publicação
Publicação no DSF de 11/07/2019 - Página 15
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, MORTE, JORNALISTA, ELOGIO, VIDA PUBLICA, ENFASE, ATUAÇÃO, TELEVISÃO, ORIGEM, RIO DE JANEIRO (RJ), APRESENTAÇÃO, PESAMES, FAMILIA.

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS. Pela ordem.) – Eu fiz, naquela semana em que morreu João Gilberto, um voto de pesar e assim fiz também quando da morte de um grande jornalista da Folha de S.Paulo e me vejo na obrigação, com a mesma coerência – e obrigação porque faço de coração –, de apresentar o seguinte requerimento, Sr. Presidente.

    Requeiro, nos termos do art. 221, I, do Regimento Interno do Senado Federal, a inserção em ata de voto de pesar pelo falecimento do grande jornalista Paulo Henrique Amorim, bem como a apresentação de condolências à mulher, a jornalista Geórgia Pinheiro, e à sua filha, Maria Amorim.

    O jornalista Paulo Henrique dos Santos Amorim nasceu no Rio de Janeiro, em 22 de fevereiro de 1942. Formado em sociologia e política, trabalhou em jornais, revistas, televisão, internet e publicou livros. Cobriu eventos de repercussão internacional: a eclosão do vírus ebola na África, 1975 a 1976; a eleição de 1992 e a posse do então novo Presidente norte-americano Bill Clinton, 1993; distúrbios raciais, 1992; terremoto de 1994 de Los Angeles; a guerra civil da Irlanda e a rebelião zapatista do México, em 1994.

    O primeiro emprego do jornalista foi no jornal A Noite, do Rio de Janeiro, em 1961, ano em que fez a cobertura para o jornal da renúncia do Presidente Jânio Quadros e a tentativa do Governador do Rio Grande do Sul de Leonel Brizola, com o qual formou a Cadeia da Legalidade, para garantir a posse do Vice João Goulart, que seria derrubado em 1964. Tudo isso Amorim acompanhou.

    Trabalhou em Nova York, nos Estados Unidos, como correspondente internacional. Foi contratado pela Editora Abril para ser repórter e correspondente internacional, primeiro, da revista Realidade, depois, da revista Veja, sendo o seu primeiro correspondente internacional. Passou pelas emissoras de TVs Manchete, Globo, tendo aberto sucursais para esses veículos em Nova York, passando parte da sua vida trabalhando no exterior.

    Em 1996, deixou a Globo pela Rede Bandeirantes, onde passou a apresentar o telejornal Jornal da Band e o programa político Fogo Cruzado, que, por adotar postura independente, já produziu desentendimentos com diversos políticos ao vivo. Em 1999, deixa a Band.

    No mesmo ano, a TV Cultura o contratou. Apresentou o talk show Conversa Afiada, que chegou a ser exibido também pela TVE Brasil e pela TV NBR. O programa durou até o final de 2002, quando terminou o contrato. Em 2003, foi contratado pela Rede Record, onde apresentou o telejornal noturno Jornal da Record – 2ª Edição, extinto em 5 de janeiro de 2007. De 2004 até o final de janeiro de 2006, passou a apresentar a revista eletrônica, exibida no final da tarde, Tudo a Ver. Em fevereiro de 2006, passou a apresentar o programa Domingo Espetacular.

    Terminando, Sr. Presidente.

    Prêmios recebidos: em 1972, ganha o Prêmio Esso na categoria Prêmio Esso de Informação Econômica pela reportagem "A Renda dos Brasileiros". Na revista Veja, em 1992, o programa Jornal da Band, apresentado por Amorim, ganhou o prêmio de melhor telejornal de 1998 da APCA. No mesmo ano, o programa Fogo Cruzado ganha o prêmio de Melhor Programa Jornalístico da APCA. Em 2016, o site Conversa Afiada ganha o Prêmio Influenciadores Digitais de 2016, na categoria economia, política e atualidades.

    Era isso, Sr. Presidente.

    Eu queria que esse voto de pesar fosse encaminhado à última emissora em que ele trabalhou e, naturalmente, aos seus familiares.

    Era isso.

    Obrigado, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/07/2019 - Página 15