Discurso durante a 132ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Comemoração do Dia Internacional da Juventude e reflexão sobre a importância da participação da juventude no debate político.

Considerações sobre a necessidade de melhora da infraestrutura, com políticas destinadas a portos, estradas e aeroportos, e da realização de reforma tributária eficaz..

Autor
Jorge Kajuru (PATRIOTA - Patriota/GO)
Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Comemoração do Dia Internacional da Juventude e reflexão sobre a importância da participação da juventude no debate político.
ECONOMIA:
  • Considerações sobre a necessidade de melhora da infraestrutura, com políticas destinadas a portos, estradas e aeroportos, e da realização de reforma tributária eficaz..
Publicação
Publicação no DSF de 13/08/2019 - Página 28
Assuntos
Outros > HOMENAGEM
Outros > ECONOMIA
Indexação
  • COMEMORAÇÃO, DIA INTERNACIONAL, JUVENTUDE, ASSEMBLEIA GERAL, ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU), COMENTARIO, IMPORTANCIA, PARTICIPAÇÃO, DEBATE, POLITICA.
  • REGISTRO, NECESSIDADE, MELHORIA, INFRAESTRUTURA, PORTOS, ESTRADA, AEROPORTO, COMENTARIO, IMPORTANCIA, REFORMA TRIBUTARIA, REDUÇÃO, IMPOSTOS, BUROCRACIA, OBTENÇÃO, RECURSOS FINANCEIROS, INVESTIMENTO.

    O SR. JORGE KAJURU (PATRIOTA - GO. Para discursar.) – Brasileiros e brasileiras, minhas únicas vossas excelências, meus únicos patrões, seu empregado público Jorge Kajuru sobe a esta tribuna em uma data especial, já que neste momento aqui eu vejo, diferente de nós dois, amigo respeitado Senador Plínio Valério, presidindo a sessão desta segunda-feira... Vamos usar da nossa sinceridade aqui: Reguffe é mais jovem, Marcos Rogério é mais jovem, Rogério Carvalho é mais jovem, Bittar também é mais jovem – mas nem tanto também, não é? Não vamos exagerar. (Risos.)

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. JORGE KAJURU (PATRIOTA - GO) – Mas hoje, gente, nesta semana em que o Senado da República se apresenta como protagonista do momento político brasileiro, quando, certamente, pontificará o tema da reforma da previdência, lembro que, nesta segunda, dia 12 de agosto, comemora-se, no mundo todo, o Dia Internacional da Juventude. Eis a importância do tema para o qual eu chamo a atenção da Pátria amada e da juventude de nosso País. Este dia é celebrado todos os anos nesta data, desde que a Assembleia Geral da Nações Unidas aprovou a recomendação feita pela Conferência Mundial de Ministros da Juventude, em 1999.

    Falar da juventude significa que vamos pensar em enorme contingente humano no contexto demográfico mundial.

    O Fundo de População das Nações Unidas nos informa que em torno de 16% da população do mundo têm entre 20 e 29 anos, mas essa faixa etária representa apenas 1,6% dos Parlamentares eleitos, sendo a maioria homens. Triste, não?! No Brasil, a situação não é melhor em termos de representatividade. Segundo dados da campanha por um plebiscito constituinte para a reforma política, enquanto os jovens de 16 a 35 anos representam 40% do eleitorado brasileiro, o Congresso Nacional – pasmem! – tem apenas 3% dos jovens.

    A inclusão da juventude nos debates políticos é um dos desafios mais fundamentais da sedimentação do processo democrático em todo o mundo. No Brasil, essa questão ganhou contornos especiais com as manifestações ocorridas em junho de 2013, quando milhões de pessoas foram às ruas, a maioria jovens, numa explosão social como há muito tempo não se via.

    Neste contexto, são de extrema relevância os debates levantados em todo o mundo neste Dia Internacional da Juventude. Um dos temas mais candentes e atuais foi levantado pelas Nações Unidas em edições passadas, ou seja, a participação cidadã da juventude.

    Entendo que a participação da juventude no debate político é condição indispensável para nós que pensamos numa renovação da política e dos políticos no Brasil. Em consequência, a ampliação da presença do jovem na esfera pública tem desafios a serem enfrentados nas duas pontas do processo. Senão, vejamos: se, por um lado, é necessário modificar a estrutura das instituições para que elas se tornem mais abertas para ouvir as demandas dos jovens, por outro, é igualmente fundamental fazer a juventude se interessar pela política, com a criação de uma cultura de participação.

    Mas, enfim, o que é participação política? Pergunto. Pela minha pouca experiência, a participação política envolve a possibilidade de influenciar, de forma efetiva, as políticas locais, regionais, nacionais e internacionais. Essa participação deve ser focada em ações intencionais, de forma a impactar a agenda pública, com inserção no sistema representativo, a partir de quê? A partir do voto nas campanhas, nas eleições e na estrutura legislativa.

    Pesquisa do Data Popular, feita há dois anos, revela que a juventude brasileira é mais informada que seus pais e tem peso decisivo nas escolhas eleitorais. Os resultados da pesquisa trazem recados muito claros para toda a classe política. Vejam: 92% dos jovens acreditam na própria capacidade de mudar o mundo; 70% acreditam que, pelo voto, pode-se mudar o País e; 80% reconhecem o papel determinante da política no quotidiano brasileiro.

    Entretanto, 59% dos jovens acreditam que o País estaria melhor se não houvesse partido político. Eles acham que as agremiações partidárias e os governantes não falam a linguagem deles. Essa é a geração D, conectada, para quem os políticos ainda são da geração analógica e eles são da geração digital. Mas essa geração digital, segundo a pesquisa, quer um Estado forte, com a eficiência do setor privado e que ofereça serviço público gratuito e de qualidade.

    Por fim, é fundamental que, ao falarmos da juventude, pensemos na estrutura demográfica da sociedade brasileira. Pela divisão de suas faixas etárias, o Brasil ainda vive seu bônus demográfico, até o ano de 2022, em que dispõe de uma juventude produtiva.

    Há dois anos, a revista Veja já antecipava, em editorial, aspas:

Para o Brasil efetivamente dar a passada final e entrar para o clube das nações ricas e civilizadas, será necessário aproveitar melhor e muito melhor e mais rapidamente as oportunidades do momento demográfico favorável, que é o bônus de termos uma população em idade economicamente ativa, que cresce acima da média e que, com o passar dos anos, o bônus vira ônus, e isso torna as arrancadas econômicas bem mais custosas, senão impossíveis. [Fecho aspas.]

    Para desfrutarmos o bônus, sem chegarmos ao ônus, precisamos melhorar a infraestrutura, com políticas para os portos, estradas e aeroportos. Também é necessário que tenhamos uma reforma tributária de verdade, que propicie carga tributária menor, impostos mais simples e menos burocracia. Assim, tanto a população quanto as empresas terão mais recursos para consumir e para investir. Impõe-se, igualmente, uma gestão pública mais eficiente, que ofereça mais qualidade nas áreas de educação, saúde e segurança. Fecho.

    Portanto, no Dia da Juventude, hoje, 12 de agosto, e na semana em que vamos iniciar o debate da reforma da previdência aqui no Senado, acordemos para o papel de protagonismo desta Casa. O Brasil espera muito de nós.

    Como sempre faço na segunda-feira, desejo paz, saúde e, especialmente, Deus a todos nós, Senadores e Senadoras, aos funcionários e funcionárias exemplares desta Casa e, especialmente, aos brasileiros e brasileiras.

    Agradecidíssimo, Presidente. E vamos trabalhar.

    Também agora sou integrante da Comissão de Direitos Humanos, que, como já disse aqui o Senador Paulo Paim, que faz reunião todo dia... Ele já começou lá, e eu preciso também participar, especialmente de um assunto chamado doenças raras, sobre o que faremos nos próximos dias uma audiência pública importante aqui.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 13/08/2019 - Página 28