Pronunciamento de Luis Carlos Heinze em 21/08/2019
Discurso durante a 141ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Manifestação de solidariedade com o Procurador da República, Deltan Dallagnol, membro cordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato.
- Autor
- Luis Carlos Heinze (PP - Progressistas/RS)
- Nome completo: Luis Carlos Heinze
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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MINISTERIO PUBLICO:
- Manifestação de solidariedade com o Procurador da República, Deltan Dallagnol, membro cordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato.
- Publicação
- Publicação no DSF de 22/08/2019 - Página 99
- Assunto
- Outros > MINISTERIO PUBLICO
- Indexação
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- MANIFESTAÇÃO, SOLIDARIEDADE, PROCURADOR DA REPUBLICA, COORDENADOR, OPERAÇÃO LAVA JATO.
O SR. LUIS CARLOS HEINZE (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/PP - RS. Para discursar.) – Sr. Presidente, colegas Senadores e Senadores, sinto a necessidade de vir à tribuna manifestar a minha solidariedade ao Procurador da República Deltan Dallagnol, que ganhou notoriedade por integrar e coordenar a força-tarefa da Operação Lava Jato, que investiga crimes de corrupção na Petrobras e em outras estatais. Só por isso ele já entra na galeria de brasileiros com valorosos serviços prestados à Nação.
Percebemos uma reação covarde dos grupos que alimentavam as quadrilhas de corrupção em nosso País. Os ataques do site The Intercept Brasil ao Ministro Sergio Moro e a Deltan Dallagnol fazem parte de uma tentativa que nasce fracassada. Sim, trata-se de um ataque de um hacker, ilegal na raiz da palavra. A intenção: manchar o nome de quem luta por um Brasil melhor.
Segundo dados do Coaf repassados à Polícia Federal, os tais hackers compraram dólares para adquirir armas. É preciso usar a estratégia adotada pela Lava Jato, que levou a um dos principais políticos e empresários para o banco dos réus: seguir o rastro do dinheiro.
Pauta levantada com profundidade por poucos veículos de comunicação.
(Soa a campainha.)
O SR. LUIS CARLOS HEINZE (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/PP - RS) – Ainda bem que temos publicações sérias, como O Antagonista e a revista Crusoé, que trazem à luz o que está por trás desses ataques.
Temos que descobrir quem foi o mandante de tais escutas. O Procurador da República Marcelo Ribeiro de Oliveira, que faz parte da Lava Jato, escreveu um belo artigo em que compara o atual momento ao que se sucedeu após as prisões da operação Mãos Limpas, na Itália.
Diz ele: "A exemplo do que se viu na sequência da operação Mãos Limpas, cria-se o risco de se verem as investigações, como a Lava Jato, entre outras, diminuídas, acuadas, com a geração de impunidade e descrédito do Estado". No fim da operação Mãos Limpas, a pauta passou a ser os supostos abusos da Justiça. O estratagema substituiu a pauta anticorrupção, e várias leis passaram a garantir a impunidade dos poderosos, corruptos por vocação.
(Soa a campainha.)
O SR. LUIS CARLOS HEINZE (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/PP - RS) – O resultado: a Itália segue com os maiores índices de corrupção da União Europeia.
O Desembargador Fausto de Sanctis, ex-juiz da operação Satiagraha, também está preocupado com o que considera ataques feitos a Deltan Dallagnol e a Sergio Moro na condução da operação Lava Jato. Em entrevista à revista Época, De Sanctis afirmou que a sobrevivência da Lava Jato é incerta e que os juízes estão sendo "massacrados" no Brasil. Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, disse recentemente: "o rolo compressor político quer o retrocesso". Tudo resumido em uma única frase: a corrupção está reagindo.
É por isso que estou aqui dando voz ao pedido de milhares de brasileiros que ecoa nas ruas, que mudou o Brasil nas últimas eleições. É por isso que faço parte do grupo de Senadores que quer a Lava Toga e investigações no Supremo. O movimento "Muda Senado, Muda Brasil", vai dar continuidade às pautas de mudança de que tanto precisamos.
A ética, a transparência e a eficiência na gestão pública são valores que não devem ser mais questionados. Por tudo isso, meu apoio ao Ministro Moro, a Dallagnol e à Operação Lava Jato.
Muito obrigado.