Pronunciamento de Jorge Kajuru em 13/05/2020
Breve comunicação durante a 9ª Sessão Deliberativa Remota (CN), no Congresso Nacional
Comentário sobre nota informativa divulgada pelo Ministério da Economia que prevê recessão no Brasil.
- Autor
- Jorge Kajuru (CIDADANIA - CIDADANIA/GO)
- Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
- Casa
- Congresso Nacional
- Tipo
- Breve comunicação
- Resumo por assunto
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ECONOMIA:
- Comentário sobre nota informativa divulgada pelo Ministério da Economia que prevê recessão no Brasil.
- Publicação
- Publicação no DCN de 14/05/2020 - Página 131
- Assunto
- Outros > ECONOMIA
- Indexação
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- COMENTARIO, MINISTERIO DA ECONOMIA, RECESSÃO, BRASIL, REDUÇÃO, PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), CORRELAÇÃO, PANDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19).
O SR. JORGE KAJURU (Bloco/CIDADANIA - GO. Para breve comunicação. Sem revisão do orador.) – Eu hoje quero falar sobre os efeitos da pandemia, tendo como gancho a nota informativa divulgada pelo Ministério da Economia, através da qual o Governo Federal passou a prever oficialmente a recessão no Brasil.
A estimativa é de que o Produto Interno Bruto irá recuar 4,7% ao ano, a maior desaceleração econômica da nossa história. Não chega a servir de conforto, mas é óbvio que não estamos sozinhos. A Covid-19 virou o mundo de cabeça para baixo. Informe produzido pela ONU, FAO, OMC, Banco Mundial e outros organismos constata que a crise causada pelo novo coronavírus é maior que o colapso dos bancos em 2008. Vivemos uma crise sem precedentes, em que tudo e todos seremos atingidos.
O documento produzido por mais de 30 organismos internacionais chama a atenção para o fato de que as decisões tomadas agora e nos próximos meses serão algumas das mais importantes adotadas em gerações. Abre aspas: "Elas afetarão as pessoas em todo o mundo nos próximos anos", – fecha aspas. E o cenário é rico em dúvidas.
Como acentua a nota produzida pelo Ministério da Economia, o crescimento passou a depender fundamentalmente da evolução de uma crise sanitária global que ainda suscita muita incerteza.
Não entendo de economia, Presidente, mas não precisa ser nenhum gênio para perceber que o desafio é gigantesco e que ninguém vai superá-lo sozinho, seja no plano nacional, seja no plano internacional.
Em nosso País, temos agravantes. Além da crise sanitária, que escancarou as desigualdades sociais com as quais vínhamos nos conformando, e da consequente crise econômica, flertamos com uma crise política, nada mais extemporâneo. O momento exige diálogo, não confrontação. É hora de somar, não dividir. O inimigo comum é invisível, traiçoeiro; sobre ele temos mais dúvidas do que certezas; e, para vencê-lo, é preciso uma ação coordenada, em que todos estejam conscientes de suas obrigações. Do jeito que a coisa está indo, como diz a sabedoria popular, Pátria amada, vamos dar com os burros na água. É preciso cair na real. Os chefes de Poderes precisam dialogar e assumir responsabilidades compartilhadas. O País não pode ficar à deriva. A classe dirigente tem a obrigação, que será cobrada pela história, de apontar um rumo para o Brasil.
Por fim, o amor ao meu País, a gratidão ao Estado de Goiás. Deus e saúde a todos e a todas.
E, Presidente, mãe, amor incondicional. Ontem, eu enviei uma mensagem ao senhor logo que tomei conhecimento. Deus, Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora Aparecida protegendo a sua mãe. Aliás, vi uma foto dela e desculpe: ela é mais jovem do que o senhor.