Discurso durante a 26ª Sessão Deliberativa Remota (CN), no Congresso Nacional

Considerações acerca da Sessão de Debates Temáticos na qual o Plano de Vacinação do Governo Federal e dos Governos Estaduais contra a Covid-19 foi discutido.

Autor
Esperidião Amin (PP - Progressistas/SC)
Nome completo: Esperidião Amin Helou Filho
Casa
Congresso Nacional
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SAUDE:
  • Considerações acerca da Sessão de Debates Temáticos na qual o Plano de Vacinação do Governo Federal e dos Governos Estaduais contra a Covid-19 foi discutido.
Publicação
Publicação no DCN de 24/12/2020 - Página 90
Assunto
Outros > SAUDE
Indexação
  • COMENTARIO, IMPORTANCIA, SESSÃO DE DEBATES TEMATICOS, DISCUSSÃO, PLANO NACIONAL, VACINAÇÃO, VACINA, GOVERNO FEDERAL, MINISTRO DE ESTADO, PANDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), ELOGIO, PRESIDENCIA, SENADOR, LEILA BARROS, GOVERNO ESTADUAL, MINISTERIO DA SAUDE (MS).

    O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP - SC. Para discursar. Sem revisão do orador. Por videoconferência.) – Sr. Presidente, eu procurarei ser muito breve hoje, mas eu tenho o dever de cumprimentar a Senadora Leila, que presidiu a sessão temática sobre o Plano Nacional de Vacinação, de operacionalização da vacinação contra a Covid-19.

    Quero cumprimentar a participação dos Senadores, que o Senador Izalci referiu rapidamente agora, mas ele sabe que foi uma reunião densa, com muito conteúdo.

    Quero cumprimentar o Ministro da Saúde, os seus assessores, o Secretário Arnaldo Medeiros, os dirigentes da Fiocruz, da Anvisa, os Presidentes dos Conselhos Nacional de Secretários de Saúde dos Estados e dos Municípios.

    Foi realmente uma sessão de gala. E por quê? Porque nós tivemos, inclusive, algumas informações que não tínhamos com a exatidão com que elas foram colocadas hoje.

    A Senadora Leila soube dar o espaço devido para todos os que quiseram divergir, especificar, esclarecer. Eu não posso dizer que todas as dúvidas tenham sido solucionadas. Usei até o exemplo da Operação Overlord, que foi o desembarque dos aliados na Normandia em 1944. Estava tudo organizado, até as camuflagens estavam organizadas, mas o dia, o Dia D só foi definido na última hora em função das condições climáticas. E agora nós continuamos com incógnitas: não temos nenhuma vacina homologada; já se noticia que o Butantan vai dar entrada, no dia 23 ou no dia 20, em um pedido formal, não se sabe se será para uso emergencial ou para homologação; mas no mesmo momento se editava a medida provisória dos 20 bilhões para comprar as vacinas, o que o Senador Izalci conseguiu arrancar na palavra do Ministro da Economia, na sexta-feira passada, de tarde, e hoje se concretizou – o Senador Eduardo Braga há pouco registrava.

    Enfim, foi uma reunião construtiva. Não posso deixar de registrar que, por sugestão do Senador Dário Berger e minha, nós tivemos também a participação de um médico infectologista, desses que ficam lá na frente, representando todo o pessoal da saúde, que se dedica e corre mais riscos do que a média para reduzir a nossa intranquilidade. O próprio Ministro se referiu à expressão que usou sobre ansiedade, justificando que essa talvez não fosse a expressão; que a expressão cabível seria – eu digo – a que está em Mateus 6:34, que diz "a cada dia a sua aflição". E nós vamos ter muitos dias de aflição, mas, sem dúvida alguma, com o clima de harmonia, de compreensão, de entendimento; o clima realmente federativo que nós passamos a viver nesse fim de ano, nas últimas horas – e eu espero que permaneça –, com a definição das obrigações do Governo Federal, dos Governos Estaduais e dos Governos Municipais, na forma como já preconizava a lei das imunizações, recepcionada pelo SUS.

    E, nesse particular, eu tenho que registrar: o Senador Marcelo Castro deu uma aula, na condição de ex-Ministro da Saúde; uma aula sobre o que o Brasil já construiu em matéria de plano de imunização, exorcizando esse complexo de vira-latas que muitas vezes assalta algumas pessoas. O Brasil tem plano de imunização como nenhum outro país tem. Nós aplicamos todos os anos mais de 300 milhões de vacinas. Sabemos fazer isso de maneira cooperativa. A compra centralizada dessas vacinas pelo Ministério da Saúde não levanta suspeitas. Entra governo, sai governo, ninguém fala em superfaturamento de vacina, nem de seringa, nem de agulha. Por quê? Porque a compra da commoditie é centralizada. A logística, com a participação das Forças Armadas, se for necessário, para mais vacinas, tipo da Pfizer, vacinas que exigem uma armazenagem a -70ºC, temos como fazer. Universidades, como a de Santa Catarina, são especialistas nisso, em geração de frio.

    Então, foi uma reunião muito ampla, muito densa e, acima de tudo, nos deu esperança. A esperança não suprime a ansiedade, a aflição, a angústia, a dor; não substitui as perdas, as perdas que teremos ainda, mas...

    Eu vejo que a Senadora Leila Barros está agora no vídeo. Eu queria mais uma vez cumprimentá-la pela forma correta, objetiva, disciplinadora, mas suave com que conduziu a reunião; uma reunião que sinceramente me orgulha, na condição de cidadão, na condição de Senador eventual, porque é um serviço que o Senado prestou, esclarecendo; não terminando com as dúvidas, mas reduzindo os elos mais fracos que nós tínhamos nessa cadeia, que eu posso chamar cadeia da esperança, com que nós queremos começar o ano de 2021.

    Até uso aqui uma expressão.

    No dia 21 de dezembro à noite, informam os astrônomos, nós vamos ter o privilégio de ver de novo a Estrela de Belém. Sabiam disso? A conjunção de Júpiter com Saturno vai dar brilho depois de 796 anos – a última vez que se viu a Estrela de Belém foi há 796 anos. A Estrela de Belém, principalmente para nós cristãos, mas para o mundo, representa a orientação para a Boa Nova. Eu espero que entre 21 e 25, quando a Estrela de Belém estiver visível para a humanidade, que nós possamos ter a fraternidade, a solidariedade e a esperança iluminando o ano de 2021.

    Com essas palavras, além de reiterar os meus cumprimentos ao Presidente Davi Alcolumbre, que eu já fiz ontem, de maneira pessoal e clara, eu quero desejar a todos que, apesar de toda a dor deste ano de 2020, nós possamos ter um 2021 promissor, com esperança e com respostas, e sempre com fraternidade e com solidariedade!

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DCN de 24/12/2020 - Página 90