Pronunciamento de Jorge Kajuru em 12/08/2021
Discurso durante a 89ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Considerações acerca da edição, pelo Presidente da República, da Medida Provisória (MPV) nº 1061, de 2021, que cria o Programa Auxílio Brasil em substituição ao Programa Bolsa Família.
Críticas às declarações do Presidente Jair Bolsonaro sobre supostas chantagens que resultaram na rejeição da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, na Câmara dos Deputados.
Críticas às justificativas do Presidente Jair Bolsonaro sobre o atraso da compra de vacinas contra a Covid-19.
- Autor
- Jorge Kajuru (PODEMOS - Podemos/GO)
- Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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Assistência Social,
Governo Federal:
- Considerações acerca da edição, pelo Presidente da República, da Medida Provisória (MPV) nº 1061, de 2021, que cria o Programa Auxílio Brasil em substituição ao Programa Bolsa Família.
-
Eleições,
Governo Federal:
- Críticas às declarações do Presidente Jair Bolsonaro sobre supostas chantagens que resultaram na rejeição da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, na Câmara dos Deputados.
-
Combate a Epidemias e Pandemias,
Governo Federal:
- Críticas às justificativas do Presidente Jair Bolsonaro sobre o atraso da compra de vacinas contra a Covid-19.
- Publicação
- Publicação no DSF de 13/08/2021 - Página 32
- Assuntos
- Política Social > Proteção Social > Assistência Social
- Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
- Jurídico > Direito Eleitoral > Eleições
- Política Social > Saúde > Combate a Epidemias e Pandemias
- Matérias referenciadas
- Indexação
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- COMENTARIO, EDIÇÃO, MEDIDA PROVISORIA (MPV), CRIAÇÃO, PROGRAMA, RENDA, BRASIL, SUBSTITUIÇÃO, BOLSA FAMILIA.
- CRITICA, DECLARAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, JAIR BOLSONARO, CHANTAGEM, REJEIÇÃO, PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO (PEC), VOTAÇÃO ELETRONICA, URNA ELEITORAL, IMPRESSÃO, VOTO, AUDITORIA.
- CRITICA, JUSTIFICAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATRASO, AQUISIÇÃO, VACINA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), PANDEMIA.
O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PODEMOS - GO. Para discursar. Por videoconferência.) – O meu pronunciamento hoje, Presidente, 12 de agosto de 2021, é duro e a Pátria amada, evidentemente, vai ficar dividida.
Eu começo com uma frase do Presidente Bolsonaro pronunciada em setembro de 2020. Abro aspas: "Até 2022, em meu governo, está proibido falar em Renda Brasil. Vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final." Fecho aspas.
Menos de um ano depois, o Chefe do Executivo entregou ao Presidente da Câmara Federal na segunda-feira a medida provisória que cria o Auxílio Brasil em substituição ao Bolsa Família.
Na data de ontem, dia seguinte à derrubada do voto impresso na Câmara, o Presidente Bolsonaro faltou de novo com a verdade e declarou que os Deputados que se posicionaram contra a PEC foram chantageados. Voltou, é claro, a atacar a Justiça Eleitoral.
Jair Messias deu uma banana para quem acreditou no que ele disse, por telefone, ao Deputado Arthur Lira, Presidente da Câmara, a quem prometeu acatar o resultado da votação em Plenário sobre o voto impresso. Bolsonaro simplesmente mentiu – mentiu –, como fez na semana passada, ao tentar, mais uma vez, justificar o atraso no combate efetivo à pandemia do novo coronavírus, Senador Oriovisto Guimarães, Senadora Zenaide Maia.
Aqui, em aspas: "Ninguém comprou vacina no ano passado", declarou, esquecendo, entre aspas: "Que em dezembro de 2020, Israel e Estados Unidos já vacinavam suas populações." O Presidente alinha uma mentira atrás da outra. Isso levou o STF, duas semanas atrás, a inverter a célebre frase do Ministro da propaganda da Alemanha nazista, Joseph Goebbels, para rebater o argumento falso de que o Supremo teria tirado poderes do Presidente no combate à covid-19. Afirmou o STF, em nota oficial, abre aspas: "Uma mentira contada mil vezes não vira verdade".
Encerro, dizendo para que os brasileiros acreditem. E equivoca-se quem apelida o Presidente da República de mito. Na verdade, o seu melhor apelido e verdadeiro é mitômano. Que procure no dicionário.
Obrigado, Presidente Rodrigo Pacheco.