Presidência durante a Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão Especial destinada a homenagear o médium Francisco Cândido Xavier.

Autor
Eduardo Girão (PODEMOS - Podemos/CE)
Nome completo: Luis Eduardo Grangeiro Girão
Casa
Senado Federal
Tipo
Presidência
Resumo por assunto
Homenagem, Religião:
  • Sessão Especial destinada a homenagear o médium Francisco Cândido Xavier.
Publicação
Publicação no DSF de 12/02/2022 - Página 32
Assuntos
Honorífico > Homenagem
Outros > Religião
Matérias referenciadas
Indexação
  • SESSÃO ESPECIAL, HOMENAGEM, FRANCISCO CANDIDO XAVIER, RELIGIÃO, ESPIRITISMO, COMENTARIO, ABORTO, JOGO DE AZAR.

    O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PODEMOS - CE) – Muitíssimo obrigado, Andreia.

    Eu tenho que agradecer aqui publicamente à Federação Espírita Brasileira, que está aqui representada pela nossa querida Marta, porque, nessas causas, que são causas extremamente humanas – aborto, jogos de azar, que é essa grande ameaça agora –, vocês fizeram uma nota técnica de muita coragem, com embasamento, mostrando um posicionamento. A gente precisa muito hoje na sociedade de posicionamento.

     Eu não tenho dúvida, Andreia, de que a gente deve levar à Federação Espírita também essa questão do plantio da maconha no Brasil, porque o lobby está atuando de forma sorrateira – realmente isso é verdade, e a qualquer momento pode entrar em votação –, para que a Federação Espírita também se posicione.

    Há uma frase que muito me estimulou a entrar na política. Na verdade, não é uma frase, é uma pergunta de O Livro dos Espíritos, se eu não me engano, a 942, que diz mais ou menos assim – perdoem-me –: Para agradar a Deus, basta não fazer o mal? A resposta é, de forma objetiva, dos espíritos: Não. Nós devemos fazer o bem no limite de nossas forças para que não sejamos responsáveis pelo mal decorrente do bem que a gente poderia ter feito, e a gente não fez.

    Então, isso é uma filosofia muito forte, que a gente está aqui para evoluir, para perdoar, para amar e para ajudar a construir uma sociedade mais fraterna, mais solidária, mais amorosa e mais saudável para os nossos filhos, para os nossos netos.

    Então a união, eu vou deixar isso muito claro aqui... Esta sessão não tem objetivo nenhum, absolutamente, de querer doutrinar ninguém. Esta sessão tem o objetivo de levar um conhecimento que conforta corações, que leva alento para as pessoas, esperança, na referência, a partir de um grande homem, de um grande brasileiro, com uma folha de serviços prestados para a nação fantástica, para a caridade, para o amor, que é Francisco Cândido Xavier.

    E é graças hoje aos católicos, aos evangélicos, aos espíritas e outras denominações religiosas que se juntam, se unem para enfrentar, aqui nesta Casa Legislativa, o avanço de projetos que vão atrasar a evolução do nosso país, que vão fazer famílias sofrerem, pessoas se perderem, é graças a essa união que hoje o aborto não é legalizado no Brasil, que a maconha não é legalizada no Brasil, que o jogo de azar não é legalizado no Brasil, enquanto em muitos países essa cultura da morte já chegou.

    Então vamos continuar vigilantes, atuando, como diz a questão 942, no limite de nossas forças, fazendo a nossa parte, que Deus faz a dele. Nós somos instrumentos – não é, Haroldo? –, imperfeitos, limitadíssimos, mas podemos fazer a diferença neste país maravilhoso que é o Brasil.

    Eu chamo agora, imediatamente, para dar sequência aqui, um homem que é ex-Deputado Federal desta Casa, pelo Estado da Bahia, que colocou em prática exatamente, na maior ameaça que nós tivemos aqui, em 2005, quando a conjuntura era toda favorável para se liberar o aborto, com muita coragem, junto com os evangélicos, junto com os católicos – ninguém faz nada sozinho –, e foi um momento importante, em que pude conhecer essa causa melhor... Esse homem tomou a frente, em âmbito nacional, chegou a ser perseguido por essa posição dentro da sua própria agremiação partidária, mas conseguimos ali barrar o Brasil da legalização do aborto.

    Eu tive, Luiz Carlos Bassuma – já o chamando para ocupar a tribuna para fazer o seu pronunciamento de dez minutos –, a benção de estar agora nos Estados Unidos, um mês atrás, com Congressistas americanos, Deputados e Senadores, para participar de uma reunião e recebi muita gratidão deles, um reconhecimento deles porque o Brasil – olha só o que eu vou dizer aqui hoje – é símbolo internacional pró-vida, de defesa da vida das crianças e das mulheres, porque são essas duas vidas que são devastadas com o aborto: a criança, porque não pode se defender, não tem como se defender, está no ventre materno; e a mulher, que fica com consequências psicológicas, emocionais, mentais e até físicas. É a ciência que diz isso. As estatísticas mostram que a mulher que faz aborto em relação à mulher que não faz aborto tem maiores problemas com crise de ansiedade, tem maiores problemas com síndrome do pânico, com envolvimento com álcool, drogas e suicídio. Então, é muito importante que a gente leve essa mensagem por onde a gente puder, mostrando que ali são duas vidas que estão em jogo.

    Bassuma, de pronto, como Presidente de uma sessão não deliberativa do Senado Federal, eu lhe agradeço, porque o seu exemplo no Congresso Nacional me inspirou também a entrar na política, a estar aqui hoje, tentando cumprir o meu dever como um cidadão brasileiro que quer justiça, que quer o bem de nossa nação. Então, muito obrigado pela sua coragem.

    O senhor tem dez minutos nesta sessão em homenagem a alguém que o senhor admira muito, porque o senhor sempre falou muito para mim, antes mesmo de eu me tornar espírita, porque foi uma benção na minha vida conhecer o espiritismo. Tudo mudou, tudo mudou na minha vida, ampliou a minha percepção do mundo, eu que era muito materialista, muito egoísta. A partir da dor, porque a dor é uma benção que Deus envia aos seus eleitos, a partir da síndrome do pânico, eu fui conhecer a obra do Chico Xavier, e ali a minha vida se transformou. Eu sou muito grato ao espiritismo por tudo isso.

    Dez minutos, com a palavra, Luiz Carlos Bassuma.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/02/2022 - Página 32