Presidência durante a 82ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão Especial destinada a comemorar a passagem dos 65 anos de existência da organização internacional ”Nova Acrópole”.

Autor
Eduardo Girão (PODEMOS - Podemos/CE)
Nome completo: Luis Eduardo Grangeiro Girão
Casa
Senado Federal
Tipo
Presidência
Resumo por assunto
Homenagem:
  • Sessão Especial destinada a comemorar a passagem dos 65 anos de existência da organização internacional ”Nova Acrópole”.
Publicação
Publicação no DSF de 16/07/2022 - Página 24
Assunto
Honorífico > Homenagem
Matérias referenciadas
Indexação
  • SESSÃO ESPECIAL, COMEMORAÇÃO, PASSAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, INSTITUIÇÃO BENEFICENTE, PROMOÇÃO, FILOSOFIA, CULTURA, SEDE, PAIS ESTRANGEIRO, BELGICA, COMENTARIO, FUNÇÃO SOCIAL, CLUBE, FUTEBOL.

    O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) – Muitíssimo obrigado, Sr. Ricardo Vela de Britto Pereira, Coordenador Nacional da Escola do Esporte com o Coração e membro do Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin – agora eu falei com mais segurança porque aprendi com você! Muito obrigado.

    Eu queria dizer também, Ricardo, que eu sou um apaixonado pelo esporte desde pequeno – o Giuliano sabe disso –, futebol especialmente, mas acredito que todos os esportes têm uma função fantástica.

    Amo profundamente o meu clube, que é o Fortaleza, e cheguei – nunca imaginei isso – a ser Presidente do clube em 2017. Uma coisa importante que eu aprendi foi a função social que tem o clube, o que ele pode passar de valores para as pessoas. Lá no Ceará, o clássico-rei, jogo entre o Fortaleza e o Ceará, que é o maior clássico do estado, tinha 5 a 6 mortes por jogo. Alguém via no terminal de ônibus um com a camisa do Fortaleza ou do Ceará, aí ia lá, partia para cima e... Vocês podem imaginar o que acontecia com arma de fogo, enfim, e havia 5 ou 6 mortes, estava uma situação insustentável.

    Primeira atitude minha como Presidente do Fortaleza foi visitar o Ceará, o Presidente do Ceará. Na época houve incompreensão de muita gente: "Poxa, você está se rebaixando, está indo lá no rival?". Aí nós iniciamos lá... Eu fui muito bem recebido pelo Presidente do Ceará, que até hoje é o Presidente do Ceará, o Robinson de Castro, e nós ali combinamos uma série de medidas pela cultura da paz, pela tolerância, pelo respeito. E, no primeiro clássico-rei que houve, ele me convidou para eu ir ao camarote do Ceará. Eu fui com a camisa do Fortaleza, ele estava com a camisa do Ceará, e a torcida ficou: "Poxa, o que é isso?". Nunca se tinha visto isso, e a gente lá assistindo ao jogo... Deus é tão bom, Deus é tão bom que empatou! (Risos.)

    Verdade! Olha a situação de constrangimento que podia ter, um chegar e: "Poxa, por que fui fazer isso?". Mas deu certo, foi 1 a 1, e ainda teve a comemoração dos dois... Assim, eu comemorando devagarzinho aqui no camarote dele, mas fui ali, ele também.

    Mas assim a gente começou a fazer... Conversamos com os jogadores, que foram fantásticos também, e entravam alternadamente. Um do Fortaleza, um do Ceará, um do Fortaleza, um do Ceará.

    Os mascotes, o do Fortaleza é o leão, o do Ceará é o vovô, entravam juntos. O mascote do Fortaleza com a bandeira do Ceará e o mascote do Ceará com a bandeira do Fortaleza. Isso deu um nó na cabeça de muita gente, mas o exemplo tem que vir de cima, não é?

    E aquilo ali, coincidência ou não, para mim não existe coincidência, fez com que reduzisse para zero a quantidade de mortes em dia de jogo. E o estado, o Giuliano sabe, a Aline sabe... Tem alguém do Ceará aqui? Mas mora no Ceará ou está aqui em Brasília? Cearense? Mora no Ceará, não? Mora aqui.

    Nós temos os índices de violência crescendo em todas as esferas lá. Tem famílias que não conseguem entrar em casa em determinado horário, têm que pedir autorização das facções criminosas. O Estado do Rio Grande do Norte tem muito isso também, mas o Ceará está numa situação muito delicada. O Brasil todo está numa situação, mas o Ceará está numa situação muito delicada.

    Mas, no esporte, as pessoas compreenderam. Então, a frase que ficou é a seguinte: nós podemos ser adversários no campo, e aí vale para a política também, no campo das ideias. Nós podemos ser adversários – o pessoal da direita, outro da esquerda; outro é o candidato fulano de tal, outro... E nós estamos vivendo um momento muito delicado de polarização. Nós podemos ser adversários, sim, não vejo problema, mas jamais seremos inimigos. E aí, é o diálogo. Ali é a compreensão, é o exercício da tolerância. E, afinal, nós somos irmãos, filhos do mesmo Deus.

    Então, o que aconteceu em Foz do Iguaçu, a gente precisa ter muita tranquilidade para refletir nesse momento. Nesses próximos 80 dias que a gente vai viver no Brasil, a gente vai precisar ter muita serenidade para evitar cair nessas armadilhas, que vão fazer famílias chorarem. Então, já tem muita tragédia. Vamos seguir por outro caminho.

    Os oradores inscritos, Senador Styvenson, já vou lhe chamar aqui para você assumir. Os nossos convidados inscritos para falar já falaram, mas eu queria quebrar um pouco o protocolo aqui. Eu queria quebrar o protocolo para que a gente possa...

    Uma das pessoas que eu queria ouvir, se ela puder, eu sei que não se preparou. Fique à vontade. Mas uma das pessoas que eu gostaria de ouvir é uma das pessoas com quem eu tive a oportunidade de ter aula lá em Fortaleza e eu fiquei muito feliz por ela estar aqui, que é a Renata Peluso. Cadê a Renata? (Palmas.)

    Renata, muito obrigado pela sua presença. Gratidão aí. Fique à vontade. Se quiser subir aqui à tribuna ou falar daí.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/07/2022 - Página 24