Discurso durante a 100ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Alerta para importância das Eleições Gerais deste ano. Críticas à suposta parcialidade do Tribunal Superior eleitoral (TSE) nas decisões de proibição de divulgação de notícias nas redes sociais.

Autor
Eduardo Girão (PODEMOS - Podemos/CE)
Nome completo: Luis Eduardo Grangeiro Girão
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Eleições, Poder Judiciário:
  • Alerta para importância das Eleições Gerais deste ano. Críticas à suposta parcialidade do Tribunal Superior eleitoral (TSE) nas decisões de proibição de divulgação de notícias nas redes sociais.
Publicação
Publicação no DSF de 12/10/2022 - Página 24
Assuntos
Jurídico > Direito Eleitoral > Eleições
Organização do Estado > Poder Judiciário
Indexação
  • COMENTARIO, IMPORTANCIA, ELEIÇÕES, CRITICA, ATUAÇÃO, TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE), DECISÃO, PROIBIÇÃO, DIVULGAÇÃO, INFORMAÇÃO, INTERNET.

    O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE. Para discursar. Por videoconferência.) – Muitíssimo obrigado, Presidente Rodrigo Pacheco, demais colegas, brasileiros que estão nos assistindo.

    Nós estamos vivendo uma das eleições presidenciais mais importantes desses 133 anos de história da nossa República. Não se trata apenas da avaliação de programas de governo ou dos números da economia. É muito mais que isso. É uma eleição que, acima de tudo, discute os reais valores que devem preponderar na sociedade brasileira, Sr. Presidente.

    Eu fui hoje a Sobral. Cheguei há pouco, aqui em Fortaleza. E fiquei impressionado, conversando com as pessoas no caminho, como a informação ainda não chega. Para você ter uma ideia, existem muitos cearenses que pensam que a vacina, por exemplo, foi dada pelo governo do estado; que pensam que as águas do São Francisco chegaram pelo governo do estado. Então, isso tudo, eu acredito, é fruto de 1,63 bilhão que foi dado, que foi pago com propaganda e publicidade do governo do Estado do Ceará nessa gestão. Então, isso é muito preocupante, o nível a que nós chegamos, não é? É como se fosse uma lavagem cerebral.

    Essa também é uma eleição nacional que não está sendo conduzida apenas pela força da grande mídia, com seus interesses econômicos, pois a comunicação via redes sociais permitiu ou permitiria uma maior participação e democratização na produção dos conteúdos por parte da população, de modo a mostrar o quem é quem de cada candidato, o que defende, o seu partido político, os seus apoiadores.

    Em função disso, o TSE, no meu modo de entender, deveria primar pela imparcialidade nas decisões sobre o que é verdadeiro e o que é falso, mas não é, infelizmente; o que temos assistido é outra coisa. Sempre se tenta calar um lado, a começar pela manutenção, ainda hoje, da decisão injusta e descabida de impedir o empreendedor do Brasil Luciano Hang de se comunicar com os seus 12 milhões de seguidores em plena campanha eleitoral, só porque ele tem um lado político e é um lado diferente do establishment. Isso não é correto. Se fosse do outro lado, eu também criticaria isso.

    Um dos exemplos mais gritantes que a gente tem visto – eu já falei isso, mas a gente precisa levantar, para que as pessoas percebam a gravidade disso – é a proibição de se falar de uma suposta relação, suposta relação existente entre facção criminosa, o assassinato do Prefeito Celso Daniel e o PT. Além do corajoso depoimento da Senadora Mara Gabrilli, uma Senadora da República, colega nossa, tais denúncias estão presentes nos autos do processo que condenou Marcos Valério, principal operador do esquema do mensalão. A pergunta é: essa censura influencia ou não as eleições?

    Outro caso muito estranho é a proibição da proximidade da relação entre o ex-Presidente Lula e o ditador da Nicarágua Daniel Ortega, que só não recebeu R$100 milhões do Governo Dilma porque o TCU cancelou, em cima da hora, a operação, que era repleta de irregularidades. Uma ditadura que persegue a Igreja Católica, prendendo e expulsando padres, além do fechamento de canais de televisão que denunciam os escândalos de corrupção. Então, o TSE calar isso, no meu modo de ver, é calar os conservadores, mais uma vez só para um lado, beneficiando o ex-Presidente Lula.

    Eu encerro, Sr. Presidente, mais uma vez alertando, sim, o povo cristão deste país. O próximo Presidente vai indicar, já em 2023, dois novos ministros ao STF. Ações em favor do aborto e das drogas tramitam no Supremo há anos, e o PT sempre foi e continua sendo grande defensor da legalização do aborto e da maconha, por exemplo, não é? O líder disso aí no Congresso Nacional é o Deputado Paulo Teixeira, do PT.

    Portanto, como se não bastassem todos esses escândalos de desvio, de corrupção nos Governos Lula e Dilma, esse é um motivo que, por si só, justifica, no meu modo de entender, uma definição clara para a Presidência da República no Presidente Jair Bolsonaro. Com todas as restrições que eu tenho, eu vou continuar fazendo o contraponto, visando a preservação de valores éticos e morais compatíveis com a nação justa, desenvolvida, que preserva a vida e a integridade da família, base fundamental de uma sociedade saudável.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/10/2022 - Página 24