Discurso durante a 29ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão especial destinada a comemorar o Dia Mundial de Luta Contra o Câncer.

Autor
Rodrigo Cunha (UNIÃO - União Brasil/AL)
Nome completo: Rodrigo Santos Cunha
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Data Comemorativa, Saúde:
  • Sessão especial destinada a comemorar o Dia Mundial de Luta Contra o Câncer.
Publicação
Publicação no DSF de 15/04/2023 - Página 69
Assuntos
Honorífico > Data Comemorativa
Política Social > Saúde
Matérias referenciadas
Indexação
  • SESSÃO ESPECIAL, COMEMORAÇÃO, DIA INTERNACIONAL, LUTA, COMBATE, CANCER.
  • ELOGIO, STYVENSON VALENTIM, SENADOR, DESTINAÇÃO, RECURSOS FINANCEIROS, EMENDA INDIVIDUAL, INSTITUIÇÃO BENEFICENTE, COMBATE, CANCER, CRIANÇA, ADOLESCENTE, MULHER.

    O SR. RODRIGO CUNHA (Bloco Parlamentar União Cristã/UNIÃO - AL. Para discursar.) – Senador Styvenson, que preside esta sessão tão importante, senhores e senhoras que fazem parte dessa mesa, todos que estão aqui presentes nos acompanhando, boa tarde. Boa tarde a todos que se envolvem diretamente numa rede de proteção pela luta contra o câncer. Esse dia, esse momento é importantíssimo para que essa Casa cada vez mais reflita no que é que nós podemos fazer para diminuir os impactos não só para o paciente, mas também para a família que se envolve quando alguém está com câncer.

    Então aqui, nesse momento, Senador Girão, eu sinto uma energia completamente diferente da grande maioria dos dias, uma energia muito boa, muito positiva, uma energia que é a energia do Senador Styvenson Valentim. E são impressionantes os depoimentos de quem o mencionou e de quem o conhece, que corroboram e sabem que ele não está aqui por acaso, que ele não está aqui pela busca do poder pelo poder, nem para fazer bens, mas ele está aqui para fazer o bem. Então, esses assuntos, Senador Styvenson, você pode ter certeza que o Brasil inteiro está acompanhando. O seu estado, nas palavras aqui também da Maria Gorette, sente orgulho do seu trabalho, de quem você é. É muito difícil – e V. Exa. tem – um político ter autonomia e independência e chegar dessa forma no Senado Federal. Então, permaneça firme, sempre como é: um grande lutador, que eu tenho certeza que ainda tem muita história para ser construída.

    Eu vou tentar fazer um paralelo da importância desse momento através dos seus exemplos, e um momento como esse também é de educação política, não é? As pessoas perguntam tanto o que é que um político faz, e uma das principais ações que um Senador faz é destinar recursos, que são as emendas que já foram mencionadas aqui. Essas emendas são discricionárias, ou seja, um Senador, como o Senador Styvenson, pode colocar uma emenda em alguma cidade para fazer um curral eleitoral, como muitos fazem, e o Prefeito ou então aquela liderança ali vai devolver em votos numa próxima eleição; pode colocar um recurso para pagar uma conta de uma campanha anterior ou para fazer um caixa para a próxima; ou pode colocar o recurso para fazer o bem. E aqui, quando o recurso é destinado para uma rede de proteção, que aqui é a Liga Norte Riograndense contra o Câncer, olha só a diferença que uma boa decisão faz. Então é esse o principal atributo também que um eleitor deve observar: qual é a destinação dos recursos que um Parlamentar faz. E não é só para onde, é como é feito.

    O Senador Styvenson tem a marca da fiscalização e inclusive chama as pessoas para fiscalizarem junto com ele no seu site, está ali acessível, de maneira transparente. Por isso é que, quando o Presidente da liga, Sr. Aldo da Cunha Medeiros, recebeu o apoio e a emenda do Senador Styvenson, ele viu ali a oportunidade, tenho certeza, de ver uma construção sendo feita, sabendo que ali não vai haver superfaturamento, não vai haver desvios, e sim que ali vai ser um local para salvar vidas e que vai funcionar. Então ninguém... O Senador Styvenson já tem até esse colchão de proteção: quem se associa sabe que ele fiscaliza os outros, imagina os recursos que ele coloca. Esse é um papel importantíssimo. Eu o parabenizo pela escolha de fazer com que uma entidade que trabalha e que se dedica, muitas vezes com voluntários, com os profissionais, os médicos e profissionais de saúde e os do setor administrativo, recebesse 100% das emendas impositivas, que foi o que o Senador Styvenson fez: pegou 100% da emenda de bancada impositiva, que quer dizer aquela que tem que pagar de qualquer jeito e não apenas para dizer: "Ah, a minha intenção era mandar o recurso, mas não tinha dinheiro no Governo Federal". Ele disse: "Esse aqui de que eu tenho certeza é esse que eu vou mandar para a Liga". E assim o fez. E olhe só onde nós estamos. Aqui é para comemorar, sim, um momento como este, chamando a atenção do Brasil inteiro para esse tema.

    Fazendo um paralelo, quando eu ouço aqui – quase todos falaram isso – que há uma estimativa de que, no próximo ano, se tenha 700 mil pessoas com câncer, eu pergunto: qual é a estimativa de quantas mil pessoas terão cura? Como é que se consegue isso? Eu paro e reflito também. Estou falando do Senador Styvenson, mas eu também, conversando com ele, em vários momentos, puxo esses desafios.

    Senador Girão, nós sabemos pelo menos como é que se faz com que mais pessoas tenham chance de cura no câncer. O câncer já foi – e aqui vários depoimentos demonstraram isso – uma sentença de morte. Hoje não é uma sentença de morte. O câncer tem cura. E, para que se tenha uma solução rápida, tem que se ter um diagnóstico precoce. Então, é a esse viés que eu também me dedico bastante.

    Fiz também uma atuação no meu estado. Nós ouvimos, agora há pouco, o Henrique Prata, que é o Presidente do Hospital de Amor de Barretos, que é uma das maiores referências também em toda a América Latina de proteção, diagnóstico e tratamento do câncer. Eu já fui conhecer pessoalmente e coloquei os recursos, quando tive oportunidade, também no meu estado. E hoje, em Arapiraca, que é a segunda maior cidade, é uma cidade-polo, somente no seu primeiro ano, 30 mil mulheres foram atendidas pelo Hospital de Amor que foi construído em Arapiraca com a nossa atuação.

    Então, tenho a felicidade de estar aqui hoje vendo também outros exemplos em outros estados, Senador Girão, Senador Styvenson, que têm também histórias para contar. Essas 30 mil mulheres dificilmente iriam fazer um diagnóstico precoce. E aí nós estamos salvando vidas, porque essas 30 mil mulheres foram atendidas naquela doença que mais mata mulheres, que é o câncer de mama. Então, um diagnóstico precoce, inclusive com qualidade e chegando o resultado rápido, consegue fazer com que as mulheres tenham uma chance muito maior de cura ou até de não ter um dano maior ao seu corpo. De lá nós também já investimos, e o Hospital de Amor, além do câncer de mama e do câncer de colo de útero, agora está atendendo também os homens, com especialidade no câncer de pele – eu acho que é o câncer mais presente no país inteiro – e no câncer de boca, que também é uma realidade lá no nosso estado.

    Além disso, há uma carreta, Senador Styvenson, que de maneira itinerante percorre 47 municípios, num raio de 200 quilômetros, para fazer essa busca ativa. Há um trabalho muito forte de educação ainda a ser feito, e é necessário a gente estar sempre buscando alternativas para fazer com que aquelas pessoas que não sabem que podem estar com a doença tenham um estímulo a fazer um exame, um diagnóstico. Nós vivemos aqui num país de grandes dimensões e essa foi uma alternativa muito interessante.

    Então, eu quis fazer esse paralelo, parabenizando todos vocês que aqui estão, todos que se envolvem voluntariamente, alguns pela dor, por ter alguém da família – o que eu acho que é a grande maioria dos casos –, outros realmente por ter uma sensibilidade. O Senador Styvenson aqui está demonstrando muito bem que isso é muito possível. Mas, mais do que isso, todos com grande objetivo de levar amor ao próximo, entender que a nossa função nesse mundo é trabalhar sim com caridade, trabalhar sim com atenção a quem não pode se defender sozinho.

    E aqui, já para fechar os elogios merecidos ao Senador Styvenson, eu pego uma frase que é dele mesmo – pelo menos assim estava no certificado que ele já disponibilizou – que diz que a grandeza não consiste em receber honras, mas sim em merecê-las. E V. Exa., Senador Styvenson, hoje, com certeza merece todas as honras, por tudo o que fez.

    Então, conte comigo, conte com este Senado, porque todos aqui o conhecem. Quem não conhecia, agora, nesses quatro anos, passou a conhecer. E quem o conhece o respeita. Então, vamos juntos trazer aqui melhorias para o nosso povo.

    Parabéns e conte comigo! (Palmas.)

    O SR. PRESIDENTE (Styvenson Valentim. Bloco Parlamentar Democracia/PODEMOS - RN) – Aí emociona. Emociona porque como eu disse aqui no início, Rodrigo, você estava presente, a gente entra aqui meio com desconfiança, não é? Meio querendo se afastar, com isolamento político, ainda mais de quem é novo na política, como eu em primeiro mandato, nunca tinha sido político antes, e entra logo para Senador da República, com a representação do estado como o meu, como o nosso, do Nordeste, que tem números cada vez mais alarmantes em todos os índices ruins. Não é uma ostentação, não é contra o Governo que atua, mas é uma população que sofre nisso tudo. E a gente se sente nessa obrigação, nessa responsabilidade de representar bem.

    Eu acho que o que a gente precisa fazer, e a gente faz, o senhor faz com eficiência, o Senador Girão faz, muitos Senadores aqui fazem, com muita precisão, cirúrgica, é o recurso que tem, porque essa é uma grande arma que o Parlamentar hoje disponibiliza é saber gastar, e gastar com precisão.

    O senhor deu exemplos, vários exemplos ruins de como gastar dinheiro público, porque talvez, Prof. Ivo, o problema deste país não seja o dinheiro não, o problema deste país seja competência para gerir ou caráter para poder manuseá-lo. Então, quando eu cheguei aqui, eu não tinha tantos amigos e os fiz. O Rodrigo, quando começou a falar me emociona, porque são quatro anos. E são quatro anos que quem está do lado de fora não enxerga. São quatro anos em que ninguém vê a sua luta, a sua dor. É o seu sofrimento, ainda mais quando a gente trata de assuntos de saúde pública, quando lida com crianças.

    O SR. RODRIGO CUNHA (Bloco Parlamentar União Cristã/UNIÃO - AL) – Senador Styvenson, permita-me aqui também só fazer um complemento. Eu até tinha anotado aqui, mas acabei esquecendo. Existe um nome difícil que se chama controle social, para algumas pessoas. E o que é isso? Para mim é o que vai fazer com que a política mude. Será quando as pessoas se envolverem diretamente, ou seja, passarem a exercer o controle social sobre os atos.

    E no seu exemplo aqui, com os recursos que V. Exa. colocou, conseguiu fazer uma diferença na vida de muitas famílias, no combate ao câncer, e V. Exa. está com uma campanha muito forte, porque outros recursos foram colocados no seu estado para salvar vidas. E V. Exa. não pode ficar sozinho de maneira alguma! Então, esse controle social, a participação da sociedade para saber onde foi que o Styvenson colocou o recurso, por que ele está agora gritando pelo mundo, colocando outdoor no seu estado dizendo: cadê o recurso que eu coloquei? Por que não sai a escola? Por que não sai o hospital? Não é seu, é do povo e tem que voltar para o povo! E a picuinha política é o que trava este país.

    Então, é o momento sim de cada um também chamar a sua responsabilidade e fazer isso, que é o controle social: cobrar, fiscalizar, porque senão as coisas não mudam!

    Já foi uma alternativa conseguir um parceiro e a gente fica muito feliz! Olha a festa que está sendo feita hoje! É porque encontrou um parceiro ideal para realizar o que nós queremos, o que está no nosso coração, no nosso íntimo, no nosso intelecto. Então a gente comemora isso.

    Agora, imagine como é desmotivante quando se coloca um recurso, no meu caso, em algumas cidades, para construir um campo de futebol, e, por você não fazer parte de um grupo político daquela cidade, aquele campo que seria o único de um município do Estado de Alagoas, numa cidade do Sertão alagoano, não vai haver, porque, senão, eu posso receber aplausos. Olha só que pensamento pequeno.

    Então o trabalho que V. Exa. faz, e eu acompanho pelas redes sociais, não pode ser sozinho. A sociedade inteira tem que acompanhar. Muitos aqui disseram, eu ouvi o depoimento de quantos acompanham o Senador Styvenson, que sabem do que eu estou falando... E daí a importância, sim, de falar de política de verdade, séria e comprometida. Então o caminho é esse.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/04/2023 - Página 69