Pela ordem durante a 32ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Apoio ao implemento do piso salarial da enfermagem.

Pedido de instalação de CPMI para apurar os atos do dia 8 de janeiro de 2023.

Autor
Cleitinho (REPUBLICANOS - REPUBLICANOS/MG)
Nome completo: Cleiton Gontijo de Azevedo
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
Remuneração, Saúde:
  • Apoio ao implemento do piso salarial da enfermagem.
Segurança Pública:
  • Pedido de instalação de CPMI para apurar os atos do dia 8 de janeiro de 2023.
Publicação
Publicação no DSF de 19/04/2023 - Página 35
Assuntos
Política Social > Trabalho e Emprego > Remuneração
Política Social > Saúde
Soberania, Defesa Nacional e Ordem Pública > Defesa do Estado e das Instituições Democráticas > Segurança Pública
Indexação
  • APOIO, PISO SALARIAL, ENFERMEIRO, ENFERMAGEM.
  • COMISSÃO PARLAMENTAR MISTA DE INQUERITO, DEPREDAÇÃO, EDIFICIO SEDE, EXECUTIVO, LEGISLATIVO, JUDICIARIO.

    O SR. CLEITINHO (Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/REPUBLICANOS - MG. Pela ordem.) – Pela questão de ordem, eu quero aqui primeiro dar total apoio à questão do piso da enfermagem. Como eu já cansei de falar aqui, gente, eu não sou aliado do Governo; sou aliado do povo e jamais vou atrapalhar um governo quando o que for fazer é para a população.

    Essa questão do piso da enfermagem é de suma importância para todos os profissionais da enfermagem. O próprio Senador Rogério diz que o Governo Federal agora vai anunciar quase R$7 bilhões. Aí, sim. Eu acho que lutei tanto quando era Deputado Estadual, a gente fez várias manifestações, pronunciamentos para defender a classe da enfermagem, e a gente tem que fazer isto: tem que sair da teoria e ir para a prática. A classe da enfermagem merece isso há muito tempo, e provou na questão da pandemia. Já passou da hora de esta Casa fazer isso.

    O que eu acho engraçado é o seguinte: quando é para benefício da classe política, em questão de segundos, questão de semanas, a gente consegue aprovar leis aqui. Quando é lei para o povo, fica essa lenga-lenga, essa ladainha, e não resolve, fala que não tem orçamento. O que mais tem neste país aqui é dinheiro, gente. O que mais tem neste país aqui é recurso. É só ver que o nosso país aqui é um dos países que mais pagam impostos. Olha a quantidade de imposto que a gente pagou até agora. Falar que não tem dinheiro? É questão de prioridade. Então, nessa situação o Governo vai ter todo o meu apoio.

    Mas eu queria falar uma situação que a gente está vendo – sobre a questão da CPMI eu vou falar daqui a pouco – e queria até, aqui, se puder, ter uma resposta do nobre Senador Kajuru, porque eu sei que o Kajuru é independente, é justo e eu acho que vai concordar comigo nessa situação da CPMI. O Kajuru, aqui, conversando com ele, disse: "Cleitinho, esse negócio temos que votar, acabar com isso, resolver". O que me chama a atenção é só isso aí, porque você não vai passar pano.

    Eu estava vendo a questão da comissão lá, da CCJ, para que foi convocado o Ministro da Justiça, o Flávio Dino. Nessa Comissão, a CCJ, o Kim Kataguiri, que é Deputado Federal, leu num documento que o Flávio Dino já sabia dessa situação. Está lá o documento que o Kim leu, eu estou falando o que o Kim falou. Eu queria a perguntar a V. Exa., Kajuru, que é muito justo, muito equilibrado – e eu acho que você vai concordar comigo –: se prenderam o Anderson Torres, se afastaram o Ibaneis aqui, não tinham de afastar também o Ministro da Justiça, o Flávio Dino?

    Eu acho que a CPMI é para isso. Eu acho que quem não deve não teme. Essas Casas são independentes. Esta Casa aqui tem que se posicionar. Esta Casa aqui... A gente fala muito em Comissão de Ética, e o que é ética? Ética, para mim, é o que o meu pai me ensinou desde pequeno: o que você falar você tem cumprir; você não é obrigado a prometer, mas o que você prometer você tem que cumprir.

    Aí eu faço uma pergunta. Está aqui o Girão, que está aqui comigo. Há quase um mês, nós estivemos na Presidência, junto com o Presidente Rodrigo Pacheco. Fizemos um vídeo, que rodou o Brasil inteiro, dizendo que, nesta data de hoje, seria instalada a CPI. Faço uma pergunta para V. Exas.: o que é que falta para instalar essa CPI?! Quem não deve não teme!

    Sabem o que me chama a atenção? Vou contar uma historinha para vocês. Tinha um amigo meu que estava me devendo, que me devia R$1.500. Ele pegou e conseguiu receber o salário dele de R$ 10 mil. Chegou a sexta-feira, ele virou para mim e falou...

(Soa a campainha.)

    O SR. CLEITINHO (Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/REPUBLICANOS - MG) – ... assim: "Cleitinho, te devo R$1,5 mil, não é? Vou te dar R$1 mil. Semana que vem, eu te pago os R$500". Eu falei: "Espere aí! Você já tem os R$1,5 mil, recebeu R$10 mil, pague tudo de uma vez".

    Por que a semana que vem, se nós temos esta semana para resolver isso aqui, se já foi falado que iam resolver isso aqui?! Esta Casa é cara, a produção dela precisa ser urgente. Faz quase 3 meses que nós estamos aqui, e olhem os projetos que nós vamos votar aqui hoje, gente! Com todo o respeito, olhem os projetos que a gente vai votar! Olhem os projetos que a gente votou na semana passada! E o que é que se precisa resolver nesta Casa, aqui no Congresso Nacional, com todo o respeito a V. Exas., a gente não resolve! O nosso salário está em dia! No mês passado, teve uma remuneração maior! Nós precisamos produzir nesta Casa!

    E por que a população brasileira clama? É o que todo mundo sabe aqui: essa CPMI. Quem não deve não teve. Por qual motivo ter medo de uma CPMI, gente? Que medo é esse de termos uma CPMI nesta Casa aqui?! É para mostrar que o que está errado está errado e o que está certo está certo. É isso o que a gente precisa fazer aqui.

    E, antes de falar qualquer coisa, hoje, eu estava conversando com um cidadão que estava aqui que estava me contando que a esposa dele está presa. A esposa dele nem participou do dia 8. Aí é justo...

(Interrupção do som.)

(Soa a campainha.)

    O SR. CLEITINHO (Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/REPUBLICANOS - MG) – Só mais um minuto, para concluir, Presidente.

    Tem pessoas que estão falando comigo, me ligando, dizendo que, quando foi contratado o ônibus, era só para ir lá fazer uma manifestação ordeira. O cara foi lá e alugou o ônibus. Se tem outros donos de ônibus que foram financiados e que fizeram bagunça, eles têm que pagar por isso. Agora, se tiverem 100 ônibus parados lá e 90 vieram para cá só para fazerem uma manifestação, é justo que esses caras fiquem com os ônibus presos, sem trabalhar?! Eu faço uma pergunta aqui para toda a Casa: é justo isso acontecer?!

    Estou falando... Um cara que está aqui para defender todo mundo, para defender a esquerda, para defender a direita, desde que seja para o bem comum. Agora, esta Casa tem que se posicionar, o Congresso Nacional precisa se posicionar. Tem inocentes pagando pelos pecadores! Os pecadores que paguem por isso! Sou a favor de que os pegadores paguem. Agora, os inocentes não podem pagar, não!

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/04/2023 - Página 35