Discurso durante a 133ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Elogios ao discurso proferido pelo Presidente Lula na cerimônia de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, na sede da ONU, em Nova York.

Autor
Jorge Kajuru (PSB - Partido Socialista Brasileiro/GO)
Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Governo Federal, Relações Internacionais:
  • Elogios ao discurso proferido pelo Presidente Lula na cerimônia de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, na sede da ONU, em Nova York.
Publicação
Publicação no DSF de 20/09/2023 - Página 16
Assuntos
Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
Soberania, Defesa Nacional e Ordem Pública > Relações Internacionais
Indexação
  • ELOGIO, DISCURSO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, CERIMONIA, ABERTURA, ASSEMBLEIA GERAL, ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU), LOCAL, PAIS ESTRANGEIRO, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA), CIDADE, NOVA YORK.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO. Para discursar.) – Primeiro, um abraço à voz mais apaixonada por Roraima, Senador Chico Rodrigues, meu companheiro Secretário da Mesa Diretora, do nosso histórico PSB (Partido Socialista Brasileiro), de Miguel Arraes, de Eduardo Campos, de Geraldo Alckmin, de Carlos Siqueira e de tantas outras reservas morais deste país.

    Quero só rapidamente avisar, em nome do histórico gaúcho Paulo Paim, Senador que ali está, que, amanhã, na Comissão de Esporte, que é uma CPI do futebol, da qual orgulhosamente sou Vice-Presidente – o Presidente é o meu irmão e ídolo Romário –, nós vamos aprovar, por unanimidade, um debate, uma audiência pública para discutirmos os erros, alguns criminosos, corruptos, que cheiram a manipulação de resultados, e outros erros técnicos que necessitam da qualificação da arbitragem no futebol brasileiro.

    O que aconteceu com o Grêmio, ontem, num empate de 4 a 4 com o Corinthians, foi de causar nojo: um erro do juiz que levou o técnico Renato Gaúcho a ironizá-lo e a dizer que nem o músico genial mundial Stevie Wonder deixaria de marcar e de ver esse lance do jogo de ontem.

    Presidente Chico, brasileiros e brasileiras, minhas únicas vossas excelências, o assunto nesta terça-feira, 19 de setembro de 2023, só pode ser um: o discurso de hoje do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, na sede da ONU, em Nova York, um discurso de estadista, que justificaria estourar aqui o meu tempo na tribuna para reproduzi-lo o máximo possível, mas, como sou disciplinado com o tempo, vou me ater apenas a alguns pontos, a meu ver, todos de enorme relevância.

    Destaco, primeiro, o fato de o Presidente Lula ter sido muito aplaudido, o que não vemos há algum tempo, ao dizer que o Brasil está de volta à cena internacional – o Girão não está aqui, espero que o Girão reconheça, ele e a oposição –, segundo ele, Lula, porque a democracia venceu, e, por isso, o país está se reencontrando consigo mesmo, com a nossa região, com o mundo e com o multilateralismo.

    O Presidente brasileiro começou sua fala com a reiteração do que ele afirmou 20 anos atrás, na primeira vez que discursou na ONU: confiança na capacidade do homem de superar desafios e evoluir para formas superiores de convivência.

    Ao manifestar solidariedade às vítimas do terremoto no Marrocos e das enchentes na Líbia e aqui, no Rio Grande do Sul, o Presidente Lula chamou a atenção para as mudanças climáticas, que hoje causam destruição em larga escala e impõem sofrimento, sobretudo aos mais pobres. Lula acentuou que os países ricos cresceram baseados em um modelo com alta taxa de emissão de gases danosos ao clima e que isso precisa ser revisto – um ponto de vista que o Brasil tem credibilidade para defender.

    Lula assinalou que o Brasil tem 87% de sua energia elétrica decorrentes de fontes limpas e renováveis, amplia a geração de energia solar, eólica, biomassa, etanol e biodiesel e tem enorme potencial de hidrogênio verde.

    Ao informar que o desmatamento na Amazônia brasileira já foi reduzido em 48% em oito meses de Governo, o Presidente Lula foi enfático (abro aspas): "O mundo inteiro sempre falou da Amazônia. Agora, [ela,] a Amazônia está falando por si". Fecho aspas.

    Lula puxou a orelha dos países ricos ao lembrar o Acordo de Paris para afirmar que a promessa de destinar US$100 bilhões por ano aos países em desenvolvimento permanece sem ter virado realidade – promessa mentirosa – e acrescentou que a demanda hoje chega à casa dos, pasmem, trilhões de dólares.

    O Presidente brasileiro também falou sobre a fome, outro tema que abordou lá atrás, em 2003. O problema se agravou, e hoje, pasmem, brasileiros da pátria amada, 735 milhões de seres humanos dormem toda noite sem saber se terão o que comer no dia seguinte, Senador Paim. Ao destacar que o Brasil voltou a enfrentar esse drama revoltante, retomando programas sociais abandonados nos últimos anos, Lula reiterou que é preciso colocar os pobres nos orçamentos e cobrar impostos dos mais ricos.

    Lula também foi contundente ao defender uma cultura de paz e criticar o fato de que as despesas com armas nucleares hoje chegam a US$83 bilhões, 20 vezes, senhoras e senhores, o orçamento da Organização das Nações Unidas (ONU). O Presidente Lula defendeu mudanças no Conselho de Segurança da ONU, que, para ele, perde credibilidade à medida que seus membros permanentes travam guerras não autorizadas em busca de expansão territorial ou de mudança de regime.

    Ao fim do discurso histórico, Luiz Inácio Lula da Silva acentuou que, para reduzir a desigualdade, o mundo precisa de mais indignação com a fome, com a pobreza, com a guerra e com o desrespeito ao ser humano. De acordo com o Presidente brasileiro, a ONU precisa cumprir seu papel de construtora de um mundo mais justo, solidário...

(Soa a campainha.)

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) – ... e fraterno, mas isso só vai acontecer se os seus membros tiverem a coragem de proclamar sua indignação com a desigualdade e trabalhar incansavelmente para superá-la.

    Enfim, Lula, hoje, para o mundo, apresentou um pronunciamento verdadeiramente espetacular.

    Agradecidíssmo, Presidente Chico Rodrigues.

    Deus e saúde à pátria amada.

    Meus agradecimentos a todos da TV Senado, da Rádio Senado, da Agência Senado e das redes sociais.

    Vamos trabalhar!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 20/09/2023 - Página 16