Pela ordem durante a 36ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem aos 30 anos do genial grupo pernambucano Chico Sciense e Nação Zumbi, do movimento cultural manguebeat.

Autor
Teresa Leitão (PT - Partido dos Trabalhadores/PE)
Nome completo: Maria Teresa Leitão de Melo
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
Cultura, Homenagem:
  • Homenagem aos 30 anos do genial grupo pernambucano Chico Sciense e Nação Zumbi, do movimento cultural manguebeat.
Publicação
Publicação no DSF de 11/04/2024 - Página 36
Assuntos
Política Social > Cultura
Honorífico > Homenagem
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO, GRUPO, CULTURA, ESTADO DE PERNAMBUCO (PE), CRIAÇÃO, PADRÃO, MUSICA.

    A SRA. TERESA LEITÃO (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PE. Pela ordem.) – Sr. Presidente, Srs. Senadores, Sras. Senadoras, eu gostaria de fazer uma saudação à cultura do meu estado e muito próxima à minha cidade de Olinda.

    Há exatos 30 anos, em abril de 1994, o disco Da Lama ao Caos foi lançado, marcando um momento significativo na música brasileira. Este álbum, o primeiro do genial grupo pernambucano Chico Science e Nação Zumbi, é considerado um clássico e um emblema no movimento manguebeat.

    Por tudo o que representa, considero fundamental deixar o registro nos Anais deste Senado.

    O manguebeat eclodiu em Recife nos anos de 1990, influenciou e continua influenciando o mundo artístico e cultural, é som, é música, é ritmo e é ainda mais do que isto. O manguebeat é um movimento cultural, um modo de ver o mundo e manifestar essa visão, tem a nossa raiz nordestina pernambucana, mas seus galhos reverberam visões e sonoridades cosmopolitas. O disco, a sonoridade, tem de tudo um pouco, mesclado com genialidade. Tem a cara de Recife e de Olinda, de Pernambuco, tem a cara do Nordeste todo, do Brasil e do mundo. É o novo que trouxe o tropicalismo, a MPB de Gilberto Gil, o nosso samba rock, o rock urbano, o rock mundial e o techno.

    Da Lama ao Caos impacta também pelas letras recheadas de críticas sociais. Tudo isso torna o disco uma referência mundial, uma verdadeira revolução sonora, um manifesto de qualidade reconhecida no mundo.

    A revista Rolling Stone classificou-o como o 13º melhor disco da história fonográfica do Brasil. Ainda hoje, suas músicas continuam a ressoar e inspirar artistas e ouvintes, mantendo viva a memória desse marco na história da música brasileira.

    Encerro essa breve homenagem citando um trecho, Presidente, da música que deu nome ao cultuado disco:

Com a barriga vazia, não consigo dormir.

E com o bucho mais cheio, comecei a pensar.

Que eu me organizando posso desorganizar.

Que eu desorganizando posso me organizar.

    Viva a cultura, viva Chico Science, viva a Nação Zumbi!

    Muito obrigada, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/04/2024 - Página 36