Discurso durante a 44ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Prestação de contas da atuação do mandato de S. Exa. em benefício do Estado de Roraima.

Autor
Chico Rodrigues (PSB - Partido Socialista Brasileiro/RR)
Nome completo: Francisco de Assis Rodrigues
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Atividade Política:
  • Prestação de contas da atuação do mandato de S. Exa. em benefício do Estado de Roraima.
Publicação
Publicação no DSF de 19/04/2024 - Página 10
Assunto
Outros > Atividade Política
Indexação
  • PRESTAÇÃO DE CONTAS, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, MANDATO PARLAMENTAR, ORADOR, BENEFICIO, ESTADO DE RORAIMA (RR).

    O SR. CHICO RODRIGUES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - RR. Para discursar.) – Obrigado, Sr. Presidente, nosso Líder Rodrigo Pacheco.

    Eu quero hoje fazer um pronunciamento aqui, uma rápida prestação de contas, Sr. Presidente, em relação ao nosso mandato, em relação às nossas ações. Desde meados do ano passado, eu tenho dedicado grande parte do meu trabalho, no meu Estado de Roraima, à entrega de materiais agrícolas, caminhões, tratores, tratoritos, implementos agrícolas.

    Eu acredito e defendo o pequeno produtor, representado pelas associações de produtores rurais, cooperativas, cooperativas de produtores rurais, associações de indígenas e agricultores familiares. Entendo que a transformação da sociedade vem das transformações feitas na base. Por isso, entendo que devemos dar apoio aos pequenos produtores, para que eles sejam agentes do destino deles, autônomos. São eles que, com o suor do seu trabalho, trazem alimento à mesa dos brasileiros.

    Nesse sentido, tenho percorrido Roraima para entregar equipamentos e implementos agrícolas às associações de desenvolvimento de moradores, associações de desenvolvimento agrícola de produtores rurais, associações de produtores agrícolas, associações de agricultores familiares, associações de pequenos produtores rurais, cooperativas de apicultores, cooperativas de agricultura familiar, cooperativas agropecuárias, cooperativas agropecuárias indígenas e a Sociedade de Defesa dos Índios Unidos de Roraima. A felicidade dessa gente humilde que trabalha e transforma a terra em alimentos com seu esforço e dedicação nutre o meu espírito e o meu trabalho e o desejo de realizar mais em prol do meu querido Estado de Roraima. O sorriso e a esperança esboçados em cada visita, em cada entrega enchem-me de energia e de vontade de continuar minha luta em prol do desenvolvimento de Roraima e da nossa gente.

    Às vezes, Sr. Presidente, meus colegas Senadores, Senadoras – e isso deve acontecer com alguns de vocês –, meus assessores me perguntam onde encontro tanta energia para percorrer todo o Estado de Roraima e ainda estar sempre presente nas atividades legislativas aqui em Brasília. São mais de 2,5 mil quilômetros de distância e quase quatro horas de voo de Brasília para Boa Vista. E, quando chego lá, percorro todo o estado de carro. Eu digo a eles que minha vitalidade vem da certeza de que o meu trabalho beneficiará todo o povo de Roraima, que me confiou o mandato que exerço, principalmente aqueles mais esquecidos, que vivem em comunidades mais afastadas, que recebem menos atenção. Meu trabalho não pode parar.

    Nesses últimos meses, tive a oportunidade de entregar 33 caminhões, dos quais 19 para associações, como, por exemplo, a Associação dos Agricultores Familiares da Vicinal 6, de São Luiz do Anauá; a Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Bananas do Entre Rios Sul, em Caroebe; a Associação dos Agricultores Familiares do Polo Produtivo São Francisco, no Bonfim; a Associação de Desenvolvimento dos Moradores do Tepequém, em Amajari, para ficar apenas em alguns.

    Oito caminhões foram entregues para cooperativas, como a Cooperativa Agropecuária Indígena de Pacaraima, a Cooperativa de Mulheres Agricultoras Independentes, em Boa Vista, a Cooperativa Agropecuária do Vale do Mau, em Normandia, e outros seis caminhões para prefeituras de municípios roraimenses.

    Eu não olho a quem, Sr. Presidente, colegas Senadoras e Senadores. Para mim, o Prefeito, os Vereadores e os Presidentes das Câmaras Municipais foram designados pela população do município para representar aquelas comunidades, e é a necessidade da população de cada município que me move e me motiva a atender as demandas que me chegam através de seus representantes eleitos.

    Entregamos tratores e implementos agrícolas para as prefeituras de Amajari, Boa Vista e São Luiz do Anauá. Para Amajari, entregamos mais dois caminhões para agricultura. Em São João da Baliza, entregamos fardamentos escolares. Em Cantá, entregamos equipamentos de saúde e caminhonetes para facilitar os trabalhos dos agentes de saúde.

    Da mesma forma, entregamos 21 tratores para associações de agricultores e produtores rurais, como a Associação dos Agricultores Familiares do Projeto de Assentamento Sucuriju, ou a Associação dos Produtores Rurais da Região da Serra do Tucano, para encurtar aqui essa descrição.

     Quando, Sr. Presidente, colegas Senadores e Senadoras, uma associação ou uma cooperativa dessa natureza teriam acesso a um caminhão, se dependessem apenas da sensibilidade dos gestores do Orçamento federal, se não fôssemos nós, que chegamos lá perto, para ouvir a demanda dos pequenos produtores e trazê-los para o Orçamento federal? E que diferença faz um caminhão, um equipamento na vida dessa gente trabalhadora. Testemunhei a alegria de uma comunidade produtora de melancia por ter um caminhão para levar a sua produção, para dar escoamento e para melhorar a renda da sua família. Ganham todos: pequenos produtores e nós consumidores.

    De nossas emendas, adquirimos ainda 45 motocultivadores ou tratoritos, implementos agrícolas e já entregamos a maior parte para as lideranças indígenas localizadas em comunidades, como Anauni, Truaru da Cabeceira, Sodiurr, Kawê, Popó, entre outras.

    Estive também na comunidade indígena Kawê, em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, entregando um trator e implementos agrícolas. Essa comunidade, além da agricultura de subsistência, está plantando café. Quem diria? Café em pleno extremo norte do Brasil, administrado por uma comunidade indígena! Eu diria que é um milagre, o milagre de um povo que quer ser senhor do seu destino, plantando e transformando a terra por meio do seu trabalho e do seu esforço.

    Fizemos ainda entregas de equipamentos para agricultura familiar indígena nas comunidades de São Pedro e Santo Antônio, além da comunidade de São José. Esses equipamentos serão compartilhados também com as comunidades Feliz Encontro, Mari-Mari, Vizela, Pacu, Cararual, todas no Município de Normandia.

    Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, nós defendemos a agricultura familiar, as comunidades indígenas, porque são elas que abastecem os grandes centros. Às vezes, eu vejo as pessoas e os moradores de grandes centros urbanos sem saber nem como o alimento chega à sua mesa. Às vezes, eles falam mal da existência de emendas parlamentares, como se fossem apenas um mecanismo pouco republicano. A distância da população mais necessitada faz com que não percebam que o Parlamentar está acessível à população e às suas necessidades mais imediatas, ao contrário de muitos burocratas que fazem a alocação dos recursos orçamentários distante da população mais carente e os submetem, quase que de uma forma rígida, à aprovação do Congresso. A voz dos trabalhadores, dos pequenos produtores, das associações de agricultura familiar, das comunidades indígenas, dos caboclos, muitas vezes, não consegue se fazer ouvir aqui em Brasília. Essas comunidades mais necessitadas, que precisam de um caminhão, um trator, um tratorito, implementos agrícolas, uma pequena ponte, melhorias nas estradas vicinais que facilitem seu acesso às cidades, contam com a voz do Parlamentar para se fazer ouvir, para que suas necessidades possam ser atendidas no Orçamento da União. É por meio de seus representantes eleitos que os mais necessitados se fazem presentes nas políticas públicas e no Orçamento federal.

    O Presidente da República define as grandes linhas do projeto político dominante...

(Soa a campainha.)

    O SR. CHICO RODRIGUES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - RR) – ... mas é o dia a dia do trabalho de um Senador da República ou de um Deputado Federal que faz chegar até Brasília as demandas e as dificuldades mais imediatas dos menos favorecidos.

    Por isso, Sr. Presidente, o meu trabalho não para. E tenho certeza de que todos aqueles do meu Estado de Roraima ou de qualquer outro estado da Federação brasileira que nos assistem, nos ouvem neste momento têm a consciência de que os seus representantes levam esses benefícios para atender essa demanda reprimida e uma carência enorme de um país de 8,5 milhões de quilômetros quadrados. Através do nosso braço, da nossa mão amiga, atendem-se essas demandas, para atender principalmente os pequenos produtores rurais. Por isso, eu gostaria de deixar este registro, para que este brado fosse, na verdade, divulgado em todos os veículos de comunicação...

(Interrupção do som.)

    O SR. CHICO RODRIGUES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - RR. Fora do microfone.) – ... do Senado da República.

(Soa a campainha.)

    O SR. CHICO RODRIGUES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - RR) – Essa é a minha mensagem de hoje, Sr. Presidente.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/04/2024 - Página 10