Discurso durante a 99ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemoração da Revolução Constitucionalista de 9 de julho de 1932.

Autor
Astronauta Marcos Pontes (PL - Partido Liberal/SP)
Nome completo: Marcos Cesar Pontes
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Homenagem:
  • Comemoração da Revolução Constitucionalista de 9 de julho de 1932.
Publicação
Publicação no DSF de 10/07/2024 - Página 53
Assunto
Honorífico > Homenagem
Indexação
  • COMEMORAÇÃO, REVOLUÇÃO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), Capital da Revolução Constitucionalista de 1932.

    O SR. ASTRONAUTA MARCOS PONTES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SP. Para discursar.) – O.k. Boa tarde. Boa tarde a todos.

    Sr. Presidente, hoje é 9 de julho. O dia 9 de julho é uma data importante para o Estado de São Paulo. É uma data importante para celebrar um dos marcos mais importantes da nossa história: a Revolução Constitucionalista de 1932, este momento glorioso, que nos enche de orgulho e reverência, e nos lembra do espírito indomável e da coragem inabalável dos paulistas, que se levantaram em defesa da democracia, da liberdade e da justiça. A memória desse movimento ecoa nos corredores do tempo como um testemunho da nossa determinação em construir um país mais justo e democrático.

    Em 9 de julho de 1932, homens e mulheres de São Paulo tomaram as ruas, os campos e as trincheiras, movidos por um desejo ardente de ver o nosso país regido por uma Constituição democrática. Foi um movimento que transcendeu as fronteiras, unindo não apenas paulistas, mas todos os brasileiros que aspiravam por um governo mais justo e representativo. Foi uma luta árdua, marcada por sacrifícios imensos, mas também por um profundo senso de dever e patriotismo.

    A revolução constitucionalista não foi apenas um confronto armado; foi, acima de tudo, um confronto de ideais. Nossos antepassados lutaram pela implementação de uma Constituição que garantisse direitos fundamentais e que representasse verdadeiramente a vontade do povo. Eles se ergueram contra a arbitrariedade e o autoritarismo, clamando por um governo baseado na lei e na ordem, em que cada cidadão tivesse voz e vez.

    Esse movimento nos ensinou que a verdadeira força de uma nação reside na sua capacidade de lutar pelos seus princípios e pelos seus valores. Os combatentes de 1932 nos deixaram um legado inestimável: eles nos mostraram que a luta pela liberdade e pela justiça é uma missão que exige coragem, perseverança e, muitas vezes, sacrifícios pessoais. Muitos perderam suas vidas, outros sofreram ferimentos graves, mas todos deixaram uma marca indelével na nossa história. É nosso dever honrar a memória e garantir que seus esforços não tenham sido em vão.

    Ao olharmos para trás e lembrarmos os heróis de 1932, somos inspirados a continuar a luta, a defender com unhas e dentes os princípios democráticos e a assegurar que o nosso país nunca mais caia nas garras do autoritarismo. Vivemos em tempos diferentes, mas os desafios da nossa democracia ainda persistem. Em um mundo cada vez mais polarizado e dividido, é fundamental que nos mantenhamos vigilantes e comprometidos com a preservação dos valores que nossos antepassados defenderam com tanto ardor.

    A revolução constitucionalista nos ensina que a verdadeira democracia é construída com a participação ativa de cada cidadão, que pode e deve ter sua voz respeitada, e não tolhida. É um processo contínuo que exige comprometimento, diálogo e, acima de tudo, respeito mútuo. Devemos lembrar que a diversidade de opiniões e a liberdade de expressão, de que tantas vezes a gente vem aqui para falar, são pilares fundamentais da nossa sociedade. Apenas através do debate aberto e do respeito às diferenças podemos construir um país mais justo e igualitário.

    Neste dia de celebração, rendemos nossas homenagens a todos que lutaram e deram suas vidas pela causa constitucionalista. Que suas histórias de coragem e sacrifício sirvam de exemplo para as futuras gerações. Que nunca esqueçamos o preço da liberdade e a importância de defendê-la a cada dia, todos os dias.

    Senhoras e senhores, a revolução constitucionalista de 1932 foi um grito de liberdade, uma declaração de independência democrática que ecoa até os dias de hoje – principalmente nos dias de hoje. Ao celebrarmos esse dia, renovamos nosso compromisso com os ideais que guiaram nossos antepassados. Reafirmamos nossa determinação em construir um Brasil onde a justiça, a liberdade e a igualdade sejam garantidas para todos.

    Que possamos, juntos, honrar a memória dos heróis de 1932, lutando por um país melhor, mais justo e mais democrático! Que a chama da Revolução Constitucionalista continue a nos inspirar e a nos guiar na construção de um futuro em que a voz de cada brasileiro seja ouvida e respeitada, por São Paulo e pelo Brasil! É isso que nós temos que comemorar hoje, neste dia 9 de julho. Que a liberdade de cada brasileiro seja respeitada por todos aqueles que não têm poder e, principalmente, por aqueles que têm poder para decidir, muitas vezes, a vida de pessoas que tiveram a coragem de expor a sua vontade, tiveram a coragem de opinar, tiveram a coragem de defender aquilo em que acreditam – e isso a gente nunca pode perder.

    Obrigado, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/07/2024 - Página 53