Discurso durante a 114ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro dos 439 anos de João Pessoa-PB, comemorado em 5 de agosto. Satisfação com a visita ao Estado da Paraíba da Comissão Temporária do Senado Federal em comemoração aos 200 anos da Confederação do Equador.

Autor
André Amaral (UNIÃO - União Brasil/PB)
Nome completo: Andre Augusto Castro do Amaral
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Homenagem:
  • Registro dos 439 anos de João Pessoa-PB, comemorado em 5 de agosto. Satisfação com a visita ao Estado da Paraíba da Comissão Temporária do Senado Federal em comemoração aos 200 anos da Confederação do Equador.
Publicação
Publicação no DSF de 14/08/2024 - Página 99
Assunto
Honorífico > Homenagem
Indexação
  • COMEMORAÇÃO, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, CIDADE, JOÃO PESSOA (PB), ELOGIO, VISITA, ESTADO DA PARAIBA (PB), Comissão Temporária Interna em Comemoração aos 200 (duzentos) anos da Confederação do Equador (CTI200CONFEQ), MOTIVO, BICENTENARIO, CONFEDERAÇÃO, REGIÃO.

    O SR. ANDRÉ AMARAL (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB. Para discursar.) – Sr. Presidente, jovem e brilhante Senador Rodrigo Cunha, Sras. e Srs. Senadores, Senador Erik Marinho.

    Nosso querido Senador Erik Marinho, com muito orgulho, nós dois somos suplentes do Senador eleito, em 2023, como o melhor Senador da República, o Senador Efraim Moraes.

    Efraim é um jovem decano que tem demonstrado muita competência nesta Casa, e não foi diferente quando foi Deputado Federal, Senador Erik. Com muito brilhantismo, foi Deputado Federal. E o meu filho, Presidente, o jovem ex-Deputado Federal, o mais jovem do Brasil à época, teve a felicidade de ter como Líder Efraim Filho, que cuidou dele como irmão mais novo, junto com o nosso querido Veneziano Vital do Rêgo, nosso querido Vené, hoje os dois na Casa maior, no Senado da República.

     Sras. e Srs. Senadores, a missão realizada pelo Senado Federal na Paraíba, pela Comissão Temporária interna, em comemoração aos duzentos anos da Confederação do Equador...

    Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, na semana passada, dois grandes eventos marcaram a Paraíba: no dia 5 de agosto, o aniversário de 439 anos da nossa querida João Pessoa. A capital paraibana tem sido cada vez mais procurada para o turismo e para moradia por propiciar um ambiente de belezas naturais, de qualidade de vida e de receptividade do povo amável da minha Paraíba a todos que lá chegam.

    O IBGE registrou em João Pessoa o maior crescimento populacional dos últimos 12 anos, entre as 20 maiores cidades do Brasil. Quem chega em João Pessoa, Presidente, Senador Erik, se apaixona, e aquelas águas que os banham nunca mais querem deixar. Aquele clima, que nem é quente nem é frio, ali é o aconchego, e todos lá querem morar.

    O grande segundo evento foi a missão da Comissão Temporária do Senado em comemoração aos 200 anos da Confederação do Equador, no período de 6 a 8 de agosto. Memorável evento! Grandes assessores deste Senado da República... E eu aqui olho, com muito orgulho – o Senador Efraim escolheu a dedo os melhores –, o Dr. Denio e o Dr. Gustavo. O Dr. Gustavo foi à Paraíba nos dar suporte nesse importantíssimo evento junto com demais colegas desta Casa; a Lenita, brilhante jovem, funcionária desta Casa, nos deu suporte com toda a TV Senado; e outros pares... Aqui eu sou traído pela memória, mas quero agradecer a todos, em nome de Gustavo e de Lenita.

    Para que todos entendam, a Confederação foi um movimento revolucionário ocorrido em 1824, no qual Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte se insurgiram contra D. Pedro I, que cassou o mandato de representantes eleitos pelo povo e indicou, arbitrariamente, os governantes das províncias, hoje estados, Senador Erik.

    A comitiva do Senado participou das reuniões com especialistas e visitou lugares históricos. Em João Pessoa, Presidente, foram realizadas reuniões com o Instituto Histórico e Geográfico Paraibano e com professores da Universidade Federal da Paraíba; em Campina Grande, com a equipe do Museu Histórico e Geográfico da Universidade Federal; e, em Itabaiana, com a Secretaria de Cultura do município e professores da rede pública. Itabaiana, terra maravilhosa, terra que sofre hoje com a carcinicultura perseguida pelo Equador, que entra aqui com camarão contaminado, e que é vizinha a Pilar.

    Quero mandar um abraço ao jovem Clodoaldo, brilhante Clodoaldo, que foi Prefeito de Cruz do Espírito Santo, São Miguel de Taipu, e brilha lá em Pilar.

    A Confederação do Equador, Presidente, não é apenas um episódio regional ou local da história do Brasil, após a Independência. A Confederação ajudou a moldar o que nós entendemos como república e federalismo. O movimento buscava a maior autonomia para as províncias, defesa dos princípios do liberalismo e uma constituição que fosse elaborada livremente por representantes eleitos. Os ideais de uma sociedade livre e democrática são o legado que nos deixaram os que lutaram, caíram e tombaram em 1824.

    No mesmo nível, Frei Caneca, no Pernambuco; Padre Mororó, no Ceará; na Paraíba, tivemos o grande Félix Antônio Ferreira de Albuquerque, líder político de Areia, Clodoaldo, de Pilar, de Itabaiana, terra de Sivuca, e demais vilas do interior.

    O movimento paraibano se deu em período anterior à proclamação da Confederação do Equador, em 2 de julho, Senador Erik, de 1824, tendo seu ponto máximo de tensão a Batalha do Riacho das Pedras, na cidade de Itabaiana, em 24 de maio de 1824.

    Estima-se que 2 mil soldados do Império se confrontaram com 1,5 mil valentes paraibanos, num evento que resultou em mais de cem mortes – fala-se –, mas há outras histórias, há outros entendimentos de mais de 200 perdas de vidas.

    Após a batalha, as tropas imperiais que tiveram mais baixas foram obrigadas a recuar à capital paraibana.

    O pioneirismo e o porte do movimento paraibano, infelizmente, são pouco lembrados nos livros didáticos. Lamentavelmente, Senador, os livros didáticos pouco falam, Senador Erik, da importância da Paraíba na Confederação do Equador, que foi decisiva.

    De outro local de importância na Paraíba poucos registros tem, poucos registros tem, Senadora Damares, essa mulher que orgulha as mulheres com a sua simpatia, competência e que tão bem representa a força da mulher.

    Pois bem, Senadora Damares, importantíssimo evento aconteceu na Paraíba, na Confederação do Equador, do qual nada e pouco falam, mas foi lá na Fazenda Acauã que o Frei Caneca ficou preso por dois anos. Lamentavelmente, esse registro não tem.

(Soa a campainha.)

    O SR. ANDRÉ AMARAL (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB) – Vou concluir, Presidente.

    Essa fazenda pertencia ao pai do imortal Ariano Suassuna, que teve parte de sua infância nessa fazenda, e que, nos registros da história importantíssima, não está lá, não consta. Isso é uma negligência à história, sobretudo seu rumo e sua verdade.

    A história não é com "h". Ela tem que ser história com "H" maiúsculo, "H" verdadeiro de história, porque a Paraíba teve importante papel nessa grande Confederação do Equador.

    Outro local de importância, que eu já falei, é a Fazenda Acauã, que sediava reuniões entre o Padre Correia de Sá, que era proprietário – depois veio a ser do pai de Ariano Suassuna –, e demais líderes da região do Sertão.

    Lá passou...

(Interrupção do som.)

(Soa a campainha.)

    O SR. ANDRÉ AMARAL (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB) – Vou concluir, Excelência.

    ... que foi preso em trânsito para o Recife.

    A fazenda pertenceu também ao pai de Ariano, Governador da Paraíba, João Suassuna – eu aqui já registrei –, tendo servido de inspiração para as suas memórias do Sertão – Ariano, com aquela mente fértil –, e ainda teve esses detalhes do Sertão nos cantos e recantos, em que a água é escassa, mas a inteligência do sertanejo é invejável, principalmente o sertanejo paraibano, como também o Seridó e o Brejo Paraibano rico de homens inteligentes.

    Gostaria de deixar o nosso agradecimento a todos que contribuíram com os trabalhos da Comissão, em especial ao nosso querido Senador Efraim Filho, autor do requerimento que viabilizou a missão...

(Soa a campainha.)

    O SR. ANDRÉ AMARAL (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB) – ... à Senadora Teresa Leitão, Presidente da Comissão; a André Amaral Filho – grande contribuição – ex-Deputado Federal, pelas suas contribuições na audiência pública; à Assembleia Legislativa e ao meu amigo Presidente, Adriano Galdino, pela cessão do espaço e pela sempre hospitalidade. Deputado Adriano Galdino, receba o nosso abraço e agradecimento em nome da Comissão, à qual o senhor gentilmente não só cedeu, como deu todo o suporte necessário.

    Agradecemos, ainda, a Jean Patrício, do Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba; à Profa. Serioja, da Universidade Federal de Paraíba, que nos presenteou com o seu livro; ao xará do saudoso Prof. Josemir de Castro, uma das maiores autoridades de água do mundo, o Prof. Josemir da UFCG...

(Interrupção do som.)

(Soa a campainha.)

    O SR. ANDRÉ AMARAL (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB) – Vou concluir, Excelência.

    Ao Diretor Ângelo Rafael, do Museu Histórico de Campina Grande; à Secretária Socorro, de Itabaiana; à Profa. Andreza dos Santos, que, de maneira didática, de maneira carinhosa, personalíssima, fazia um relato histórico – um relato histórico, Profa. Andreza. E aqui quero mandar ao povo de São José dos Ramos – hoje, São José do Pilar –, pela brilhante professora que tem, competentíssima e estudiosa... Meu muito obrigado à Profa. Andreza pela contribuição; e à equipe do Senado, da Consultoria Legislativa, da Secretaria da Comissão e lá do meu gabinete, gabinete que Efraim, dedo a dedo, um a um, escolheu carinhosamente, levando em consideração...

(Interrupção do som.)

(Soa a campainha.)

    O SR. ANDRÉ AMARAL (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB) – Na audiência da última quinta-feira, deixou uma reflexão que merece ser compartilhada. Disse ele: "Só tem história quem constrói a própria história". A Paraíba já construiu muitas histórias, falta apenas a gente valorizar.

    Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/08/2024 - Página 99