Pronunciamento de Izalci Lucas em 05/11/2025
Discurso durante a 22ª Sessão Solene, no Congresso Nacional
Sessão Solene destinada a homenagear Nossa Senhora de Nazaré e o Círio de Nazaré. Destaque para a importância do evento religioso como expressão de fé, cultura e união do povo brasileiro. Comentário sobre o reconhecimento da Unesco. Saudação aos devotos e comunidades que mantêm viva essa tradição religiosa que ultrapassa fronteiras regionais e religiosas.
- Autor
- Izalci Lucas (PL - Partido Liberal/DF)
- Nome completo: Izalci Lucas Ferreira
- Casa
- Congresso Nacional
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
Cultura,
Homenagem,
Religião:
- Sessão Solene destinada a homenagear Nossa Senhora de Nazaré e o Círio de Nazaré. Destaque para a importância do evento religioso como expressão de fé, cultura e união do povo brasileiro. Comentário sobre o reconhecimento da Unesco. Saudação aos devotos e comunidades que mantêm viva essa tradição religiosa que ultrapassa fronteiras regionais e religiosas.
- Publicação
- Publicação no DCN de 06/11/2025 - Página 44
- Assuntos
- Política Social > Cultura
- Honorífico > Homenagem
- Outros > Religião
- Matérias referenciadas
- Indexação
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- SESSÃO SOLENE, HOMENAGEM, RELIGIÃO, IGREJA CATOLICA, Círio de Nazaré, COMENTARIO, IMPORTANCIA, CULTURA, EVENTO RELIGIOSO, POPULAÇÃO, BELEM (PA), REGISTRO, RECONHECIMENTO, AMBITO INTERNACIONAL, ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO A CIENCIA E A CULTURA (UNESCO), PATRIMONIO CULTURAL.
O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF. Para discursar. Sem revisão do orador.) – Eu quero aqui não só cumprimentá-lo, mas também parabenizá-lo pela iniciativa desta homenagem, desta sessão solene, Deputado Joaquim Passarinho. Quero cumprimentar aqui também o nosso Deputado Federal Miguel Lombardi; o Revmo. Sr. Reitor do Santuário Mariano da Basílica Nossa Senhora de Nazaré e também Presidente e Diretor da Festa de Nazaré, Padre Francisco Assis Felintro de Oliveira; o Revmo. Sr. Reitor do Santuário Nossa Senhora da Saúde e Vigário Episcopal da Arquidiocese de Brasília, nosso querido Padre Rafael Santos; e o Sr. Diretor benemérito da Festa de Nazaré, Flávio Américo. Quero cumprimentar aqui todos os nossos Parlamentares, Deputados e Deputadas, Senadores e Senadoras, todos os nossos amigos, convidados e leigos.
Há um momento em que a cidade inteira parece respirar unida, em harmonia, momento em que o sagrado desce às ruas, toma forma de canto, de lágrima, de promessa. Assim é Belém do Pará no tempo do Círio de Nazaré.
Ali não há apenas uma celebração, há um reencontro do povo com sua a história, da fé com a cultura, da esperança com o cotidiano. Durante o Círio, o céu parece mais perto, as nossas preces parecem ir mais longe e cada passo dado nas procissões é uma oração que se move.
O Círio nasceu de um gesto simples de um caboclo humilde que encontrou, nas margens de um igarapé, a imagem de Nossa Senhora de Nazaré. E hoje, séculos depois, se tornou um encontro que, ao mesmo tempo em que é singelo, também é magnífico. De uma imagem surgiram séculos de devoção, de cultura e de amor.
Hoje o Círio não pertence apenas a Belém, pertence ao Brasil. É a fé que se multiplica em milhões de corações, é o Pará que se faz altar, é o Brasil inteiro que se reconhece na força de um povo que canta, chora e agradece.
Durante esses dias, Belém se transforma e o tempo parece aprender a esperar. O comércio silencia, as ruas se enchem, as casas se abrem e o que se vê é uma cidade inteira em oração, uma multidão que não caminha por costume, mas por amor.
O Círio é também um espelho da alma brasileira, é a nossa capacidade de crer, de celebrar, de resistir com alegria.
É cultura viva o cheiro do açaí, o sabor do tucupi, as cores, os sons, os gestos que misturam fé e festa, religiosidade e identidade. Tudo isso faz do Círio uma das expressões mais belas do que somos como povo.
Não por acaso, em 2013, a Unesco reconheceu o Círio como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, um título que confirma aquilo que o coração brasileiro já sabia. O Círio é uma herança espiritual que o Pará oferece ao mundo. Mas mais importante que o título é o que o Círio desperta. Ele comove quem é católico e quem não é. Emociona tanto o turista que visita Belém pela primeira vez quanto o paraense que nunca deixou de participar. Afinal, diante de tanta fé, não há como permanecer indiferente.
O Círio é o Brasil, ajoelhado e de mãos dadas, unido pela crença. É a certeza de que, mesmo em tempos difíceis, ainda sabemos caminhar juntos com fé, com esperança e com ternura.
Por isso, hoje, nesta Casa que representa os anseios do povo, prestamos a nossa homenagem à Nossa Senhora de Nazaré e a todos os que mantêm viva essa tradição, aos devotos, aos voluntários, às famílias, às comunidades que, ano após ano, renovam esse gesto de amor coletivo. Que Nossa Senhora de Nazaré continue a abençoar o povo do Pará, a inspirar nosso Brasil e a lembrar-nos sempre de que o verdadeiro milagre é o da fé que nos une e nos transforma.
Viva Nossa Senhora de Nazaré! (Palmas.)
Obrigado.