Notas Taquigráficas
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R | O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. PL - SP. Fala da Presidência.) - Boa tarde a todos! Declaro aberta a 2ª Reunião, de 2023, do Grupo Parlamentar Brasil-República da Coreia. Muito prazer por a gente ter esta primeira reunião técnica, propriamente dita, desse grupo. (Pronunciamento em língua estrangeira, aguardando posterior tradução.) (Soa a campainha.) Inicialmente, eu gostaria de cumprimentar as nossas autoridades presentes. Começo aqui com a composição da nossa mesa: João Paulo Kleinübing, Diretor-Presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - obrigado por estar conosco -; nosso Senador Esperidião Amin, aqui conosco, sempre uma voz muito ativa aqui no Senado a respeito das relações internacionais, especialmente voltadas aos negócios entre os países - obrigado, Senador, por estar aqui conosco também. |
R | Quero cumprimentar o nosso Ministro da Embaixada da República da Coreia no Brasil, Sr. Gun-Hwa Kim, aqui conosco também, e o nosso Embaixador Shri Suresh Reddy, da República da Índia, com quem eu tive muito prazer de trabalhar durante o tempo do ministério. Sem dúvida nenhuma, é uma relação muito importante a do nosso país com a Índia. Quero cumprimentar o Sr. Otavio Henrique de Carvalho também, da empresa MSB (Myoung Shin Brasil), que também vai fazer uma das apresentações. Quero cumprimentar todos os presentes aqui, o David ali, da Unispace, aqui conosco também, e cumprimentar todos que estão aqui conosco e aqueles que nos acompanham também através das redes sociais do Senado e também através da TV Senado. Nosso objetivo nesta reunião é tratar de três itens aqui. Inicialmente, nós vamos tratar a respeito da missão técnica que nós tivemos na Coreia recentemente, no semestre passado. O item 2 é a discussão sobre projetos inovadores e investimentos e colaboração entre os dois países, através da MSB, da empresa. O item 3 é a apresentação da proposta de trabalho do Grupo Parlamentar Brasil-República da Coreia. E item 4: discussão de assuntos gerais de interesse do Grupo Brasil-República da Coreia. Informo aos Parlamentares que desejarem compor o Grupo Parlamentar Brasil-Coreia do Sul que os termos de adesão estão disponíveis junto à Secretaria e na página do grupo, no site do Senado Federal. Informo também que esta reunião será interativa, transmitida ao vivo pela internet e aberta à participação dos interessados por meio do Portal e-Cidadania, em senado.leg.br/ecidadania, ou pelo telefone da Ouvidoria, 0800 0612211. É importante a participação do público sobre esses assuntos. Já falei sobre a composição da nossa mesa e gostaria inicialmente de dar algumas palavras aqui com relação à importância desse nosso encontro. Então, prezados colegas e convidados, é com grande satisfação que me dirijo a todos neste momento especial em que celebramos a parceria diplomática entre o Brasil e a República da Coreia. Quero expressar meus sinceros agradecimentos aos membros desse grupo parlamentar, cuja dedicação é fundamental para o avanço de nossas relações bilaterais. A presença do Ministro da Embaixada da República da Coreia, Gun-Hwa Kim, em representação ao Embaixador Ki-mo, é um privilégio que enaltece essa ocasião. Não há dúvidas de que a criação deste grupo parlamentar trará contribuições valiosas para estreitar ainda mais os laços entre as nossas nações. A aproximação entre países por meio de mecanismos como os grupos parlamentares é um passo vital para o progresso conjunto, seja nos âmbitos econômico, educacional ou cultural. O Congresso Nacional tem se destacado por seu compromisso em fortalecer relações já existentes. Com entusiasmo, eu percebo a conscientização deste grupo sobre o papel essencial que desempenharemos na promoção dessa relação bilateral. |
R | A República da Coreia é conhecida mundialmente por sua excelência acadêmica, seu rápido desenvolvimento econômico e sua rica herança cultural. Seu sucesso nos inspira e nos oferece uma referência para avanços em diversas áreas. Economicamente, a República da Coreia é uma potência global, tendo passado por uma notável transformação desde a década de 1960. De uma economia agrícola evoluiu para uma economia industrializada e, posteriormente, para uma baseada no conhecimento. Sua ênfase em pesquisa, inovação e exportações a tornou líder em setores como eletrônicos, automóveis e tecnologia. No campo educacional, a Coreia é reconhecida por seu sistema de alta qualidade, priorizando a educação como base para o seu desenvolvimento. Seu sistema competitivo e focado na excelência é um exemplo a ser seguido. Culturalmente, a Coreia possui uma história rica e diversificada que permanece viva até os dias de hoje. Tradições antigas como arquitetura, música e dança continuam a ser celebradas e preservadas. Presidir este grupo parlamentar é uma escolha baseada na inspiração que a Coreia nos proporciona. Sua trajetória de sucesso e o seu modelo de desenvolvimento são um farol para países em crescimento, em busca de avanços econômicos, educacionais e culturais. A República da Coreia é o segundo parceiro comercial do Brasil na Ásia. No último ano, nossas exportações ultrapassaram os US$5,54 bilhões e, nossas importações alcançaram US$5,1 bilhões. Esses números nos lembram da importância do acordo do comércio Mercosul/Coreia e da necessidade de atualizar as nossas posições. Diante disso, acredito profundamente que este Grupo Parlamentar Brasil/República da Coreia terá um papel crucial no fortalecimento de nossos laços bilaterais. A troca de experiências e conhecimentos será fundamental para aprofundar a nossa cooperação. Agradeço a todos pelo comprometimento e dedicação. Temos um longo caminho pela frente e juntos, eu tenho certeza, construiremos uma relação ainda mais sólida e produtiva. (Pausa.) Para iniciar, eu gostaria de passar a palavra para o Ministro da Embaixada da República da Coreia, Sr. Gun-Hwa Kim, que, neste ato, representa o Embaixador da República da Coreia, e muito nos honra e engrandece este evento. O senhor tem a palavra. O SR. GUN-HWA KIM - Boa tarde, senhoras e senhores. Sou o Ministro da Embaixada da Coreia. Estou muito feliz em ser convidado para este evento organizado pelo Senador Marcos Pontes e sua equipe maravilhosa. O Senador tem feito um grande esforço para aumentar as nossas relações bilaterais, especialmente na área de ciência e tecnologia. Este evento é parte do seu esforço. Espero que este evento traga um resultado frutífero para a futura cooperação entre o Brasil e a Coreia. Novamente, obrigado por este evento, Srs. e Sras. Senadoras. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. PL - SP) - Obrigado, Sr. Ministro. Para o uso da palavra, também gostaria de convidar o Senador Esperidião Amin para nos abrilhantar com as suas considerações iniciais. Por favor. |
R | O SR. ESPERIDIÃO AMIN (PP - SC) - Sr. Presidente, Srs. Embaixadores representando aqui a República da Coreia e a República da Índia no nosso país, mencionando os seus nomes e saudando-os, eu saúdo toda a equipe e os representantes também da iniciativa privada desses dois países e das duas embaixadas, além do corpo de servidores da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado. Eu quero apenas reiterar aqui as suas palavras, Presidente, que, muito bem e resumidamente, salientou a importância deste grupo parlamentar e fazer minhas as palavras também do Embaixador, do representante da Embaixada da República da Coreia, por dizer o quão útil e importante é esta relação. É uma relação que tem algumas prioridades que foram aqui salientadas, mas, acima de tudo, reúne três democracias que convivem com problemas internos, de desigualdade, de processo de desenvolvimento, mas que têm em comum algumas necessidades e prioridades absolutamente semelhantes. Educação tem sido, com sucesso, a prioridade da República da Coreia, é um esforço extraordinário da China - e a gente diz extraordinário alongando a palavra, por ser hoje o país mais populoso do mundo; nós estamos falando do país mais populoso do mundo -, e do Brasil, que também é um país de dimensões continentais, com perspectivas que só alcançarão o nosso sonho ou dele se aproximarão se a educação for valorizada com espírito de consequência. Nesse ponto, eu destacaria - além de ciência, tecnologia e todo aquele arcabouço que o nosso querido Senador Astronauta Marcos Pontes também definiu e atualizou na sua recente viagem, de que prestou contas ao Senado brasileiro -, salientaria que nós temos, como grande elo, como uma amálgama desta reunião, no caso, tripartite, de três países, esse grande compromisso com a educação. Nunca estaremos satisfeitos, nem mesmo a Coreia pode estar satisfeita com o índice alcançado, porque nunca estaremos atualizados com o amanhã. E o desafio é o amanhã. Então, eu celebro com isso a iniciativa da existência do grupo parlamentar e creio que ele está entregue às mãos competentes e à pessoa dedicada, atualizada e que ajuda muito o Senado a cumprir a sua tarefa, que é o meu amigo pessoal, Senador Astronauta Marcos Pontes, a quem eu, mais uma vez, cumprimento. E registro com satisfação a presença do ex-Deputado e Presidente atual do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul brasileiro, abrangendo, portanto, os estados do Sul, e que tem no seu portfólio muita coisa a contribuir, especialmente nos aspectos de inovação e tecnologia, para o entrosamento daquela região a que eu estou integrado e que é vizinha do estado representado aqui pelo Senador Astronauta Marcos Pontes. Muito obrigado. |
R | O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. PL - SP) - Obrigado, Senador. Eu gostaria de passar a palavra também para o Sr. João Paulo, para as suas considerações iniciais. O SR. JOÃO PAULO KARAM KLEINÜBING - Obrigado, Senador Astronauta Marcos Pontes. Quero saudar o Senador Esperidião Amin, o Sr. Ministro Conselheiro da Embaixada da República da Coreia, o Sr. Embaixador da República da Índia no Brasil, todos os colegas que estão aqui. Vim aqui a convite do amigo, colega Senador Esperidião Amin, até dentro do grande esforço que o BRDE e a nossa região têm feito, do ponto de vista da inovação tecnológica, da sua internacionalização, por ele também colocar a nossa região e o banco como agentes de desenvolvimento e integração nesse esforço que o grupo parlamentar faz e que o Brasil faz com esses dois grandes parceiros comerciais do Brasil, que são a Índia e a Coreia do Sul. Então, de forma muito breve, obrigado pela oportunidade de estar aqui, Senador. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. PL - SP) - Neste momento, Embaixador, se o senhor puder também nos abrilhantar com algumas palavras... Pode ser em inglês. Fiquei à vontade. O SR. SURESH K. REDDY - (Pronunciamento em língua estrangeira, aguardando posterior tradução.) O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. PL - SP) - Thank you, Mr. Embassador. Na sequência, eu gostaria também de registrar a presença - estou olhando aqui, está bem cheia aqui a nossa sala - do Secretário Econômico da Embaixada da Coreia, Hyunjin Kim - obrigado por estar conosco -; também o Presidente Executivo da Alanac, Henrique Uchio Tada; o Diretor Regional da Abimed, Felipe Dias Carvalho, aqui conosco também; o Diretor da Brint, Evandro Varonil; o Diretor-Presidente da Abrint também, Mauricélio Oliveira; o Diretor da Brazil China Chamber - obrigado por estar aqui -, o Marcelo Vianna; o CEO do Instituto Anexo, o Wister Alves - obrigado Wister por estar aqui conosco -; o assessor comercial representante da Associação Comercial de Marília, o Adriano Luiz Martins, aqui conosco também; o Account Director da Schlumberger, Augusto Carvalho, Diretor Financeiro da Schlumberger; o Chefe da Assessoria de Relações Institucionais e Comunicação da AEB, o André Luis Barreto Paes, aqui conosco; a assessora parlamentar do Gabinete do Deputado Federal Julio Lopes, Carolline Paixão; o perito de representação comercial da Rússia no Brasil, Kitag Tediev, aqui também - obrigado por ter vindo; o CEO da Hanin Today, Daniel Hanin; a Assessora Especial da Associação Brasileira da Indústria de Tubos e Acessórios de Metal (Abitam), Eliane de Souza Fontes - obrigado; quase que bateu o nosso sobrenome aqui -; do Coordenador de Estudos Estratégicos e Novos Negócios da Agência Espacial Brasileira, Fábio França Silva Araújo; do Assessor de Relacionamento Institucional do Comando de Aeronáutica, Major Aviador Vitor Almeida Freitas - muito obrigado por ter vindo -; de Péricles Carpin, da Agência Espacial Brasileira - Péricles, obrigado por ter vindo -; do empresário da ADL Invest, Marcos Lee - conosco também; obrigado -; do Brigadeiro-do-Ar Orlanil Mariano Lima de Andrade, da nossa Força Aérea Brasileira - obrigado, Orlanil -; do Grupo FarmaBrasil, representado pela Laura Maldonado - está conosco, ali atrás -; do Presidente-Executivo da Abimde, Aderico Mattioli - obrigado por ter vindo -; e do Grupo FarmaBrasil, representado pelo Joel de Hollanda - obrigado, Joel. |
R | Acaba de chegar o nosso Senador pelo PL, de Santa Catarina também, do mesmo estado do nosso querido Senador Esperidião Amin, Senador Jorge Seif, que está aqui conosco também. Novamente, eu agradeço a participação de todos que estão nos acompanhando via TV Senado e pelas redes sociais e novamente lembro que é possível a participação também nesta sessão via e-Cidadania. Passo, então, diretamente para o nosso item 1 da pauta, que é a respeito da visita à Coreia, no último mês de maio. E aqui eu vou simplesmente fazer um relato a respeito da visita, que foi uma pauta muito interessante, porque nós tivemos oportunidade, embora numa agenda bastante corrida, como eu gosto de fazer no exterior - primeiro, registro o agradecimento à Embaixada da Coreia; assim como à empresa Innospace, que nos assessorou durante o tempo todo lá; e à nossa Embaixada do Brasil na Coreia também, que fez um trabalho magnífico -, de visitar alguns pontos bastante importantes nesse relacionamento. Inicialmente, eu registro, por exemplo, a empresa Innospace. Para aqueles que não conhecem, a Innospace é uma empresa coreana na área de espaço. Ela realizou, aqui no Brasil, o primeiro lançamento de uma empresa privada estrangeira do Centro Espacial de Alcântara. É muito importante registrar isso. Aqui nós estamos justamente no Grupo Brasil-Coreia, e dá para ver a importância de uma relação como essa. Registro também a tecnologia aplicada pela empresa Innospace na propulsão desse foguete. É uma propulsão híbrida, que é um avanço muito grande no que a gente tem em termos de tecnologia de propulsão de foguetes atualmente, porque ela registra, vamos dizer assim, no mesmo tubo, tanto a parte sólida quanto a parte líquida para o controle do perfil de propulsão durante a subida. Esse é o primeiro de uma série de lançamentos de testes que a empresa vai realizar a partir de Alcântara. O Centro Espacial de Alcântara fica sob o controle do Comando da Aeronáutica, ao lado ali de São Luís, no Maranhão. E, também, é importante registrar, que toda a parte de certificação e regulação é a cargo da Agência Espacial Brasileira. E isso acontece, atualmente, graças ao trabalho feito durante o meu mandato também como Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, com a assinatura e aprovação aqui neste Congresso - assinatura dos Estados Unidos e aprovação no Congresso - do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas com os Estados Unidos, que permite, então, que foguetes de quaisquer países parceiros que tenham algum tipo de componente de empresa americana possam ser lançados do Centro Espacial de Alcântara. Obviamente, desde que essa tecnologia seja protegida para não haver nem vazamento de informações, nem o roubo dessa tecnologia. Então, dá para ver que o Centro Espacial de Alcântara, agora, segue um caminho bastante produtivo para o nosso país. É um centro que, se bem aplicado, e com a criação da empresa Alada, que tem sido já tratada pelo Comando da Aeronáutica com o Ministério da Defesa, vai permitir que uma parcela muito interessante do mercado internacional de lançamento de micro e pequenos satélites. É o Brasil participando nessa escalada, vamos dizer assim, que vai trazer mais recursos para o país, mais empregos, mais possibilidades de desenvolvimento para aquela região e, obviamente, para todo o país. A aplicação do programa espacial é, sem dúvida nenhuma, uma das prioridades que nós temos neste país. |
R | Eu fico muito feliz de que a Coreia, o estado da República da Coreia, esteja trabalhando com o Brasil nessa possibilidade. Então, obrigado, Davi, por estar aqui conosco. Parabéns pelo desenvolvimento. Outra coisa que eu gostaria de registrar. Durante a nossa visita na Coreia, foi feita uma visita às instalações da Samsung, a Samsung Biologics. É realmente impressionante o desenvolvimento da Samsung Biologics! Em 12 anos, eles conseguiram fazer o desenvolvimento e ser um dos maiores centros para a produção de medicamentos de origem biológica, o que é diferente de medicamentos químicos. Vale a pena ressaltar isso aí, não é simplesmente você misturar dois componentes químicos ou mais para produzir um medicamento, mas, sim, o desenvolvimento através de células, o crescimento de células para o desenvolvimento do medicamento em si. Eu fiquei muito impressionado e, agora, nós temos um trabalho grande para fazer, fazer uma conexão maior de parceria da Samsung Biologics com empresas nacionais e, também, o cuidado que precisa se ter com as PPBs, para que isso seja possível aqui no Brasil, o desenvolvimento dessa indústria também no Brasil. Outro ponto que eu gostaria de citar com relação a essa visita à Coreia foi com os nossos parceiros, que nós já tínhamos no ministério, o Stepi. O Stepi é a sigla de uma organização na Coreia que permite, então, a consultoria, a participação de consultores da Coreia com consultores aqui do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, nos quais, como resultado, nós tivemos um relatório de avaliação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação no país e, como o que foi feito na Coreia, pode ser utilizado aqui também para nos ajudar no desenvolvimento tanto da área de ciência, na área de tecnologia, na área de inovações e na educação associada. Nós temos aí, como foi na minha primeira leitura, a Coreia do Sul como um exemplo de desenvolvimento social e econômico baseado no conhecimento. É isso que a gente precisa ter aqui no Brasil. Nós tivemos, portanto, uma viagem bastante produtiva. Tem vários outros itens, mas eu gostaria de passar aqui à frente para que eu não fique falando simplesmente sobre isso e quero aproveitar a presença do Senador Jorge Seif também, que pediu a palavra para as suas considerações iniciais. Está contigo. |
R | O SR. JORGE SEIF (PL - SC) - Sr. Presidente, nosso eterno Ministro Astronauta Marcos Pontes, Sr. Embaixador Gun, da Coreia, Sr. Embaixador Suresh - sejam bem-vindos a esta Casa; obrigado pela presença -, senhoras e senhores que nos prestigiam hoje. Eu sempre tive uma ligação, Sr. Embaixador, muito forte com a Coreia. Já na minha infância praticava o tae-kwon-do. No meu quarto, sempre tinha bandeirinhas da Coreia. Eu tinha muita dificuldade de lembrar os tracinhos ali da... E somos admiradores da meritocracia que é praticada no país do senhor, como vocês levam ciência e tecnologia e inovação a sério e empresas, que hoje são reconhecidas mundialmente, pelo capricho, pela qualidade, como a Samsung, e tantas outras empresas que eu prefiro não mencionar para não diminuir nenhuma empresa. Então, quero agradecer ao senhor por essa parceria com o nosso país, pelos investimentos em nosso país e dizer que eu gostaria que o Brasil fosse 10% do que é a Coreia do Sul. Vocês são exemplo, para o Brasil e para o mundo, de trabalho, de dedicação, de seriedade, de ética. Então somos admiradores, especialmente também na área de biomédica: menos componentes químicos e mais biotecnologia, a ciência viva com células. Quantas vidas com o trabalho dos senhores, das empresas dos senhores, nós salvaremos agora, com a inteligência artificial? Vi uma reportagem, ainda nessa madrugada, sobre como a inteligência artificial está ajudando na detecção de câncer no seio e no colo do útero precocemente, salvando especialmente mulheres, e como isso tem evoluído. E como é importante que países como a Coreia do Sul tenham essa parceria conosco" E ajudam a humanidade de uma forma geral. Então, seja muito bem-vindo e muito obrigado por prestigiar esta nossa Comissão. Parabéns, Senador Marcos Pontes e Senador Esperidião Amin. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. PL - SP) - Obrigado, Senador Jorge Seif. Também quero registrar a presença do Vice-Presidente da Multiplan, Vander Giordano, aqui conosco. Obrigado. Antes de passar a palavra os convidados para nós iniciarmos a sessão aqui mais prática, vamos dizer assim - engenheiro gosta de coisa prática -, eu gostaria de ler aqui algumas das perguntas e comentários já enviados pelos cidadãos por meio dos canais e do e-Cidadania. Então, vou iniciar aqui. Vou deixar essas perguntas em suspenso, porque, depois, à medida que nós tivermos as apresentações, poderemos ter as respostas. Aí eu vou verbalizando ou vou pedir para alguns dos nossos convidados responderem. Então, inicialmente, da Rayane Reis, do Rio de Janeiro: "Quais os assuntos mais importantes foram destacados nessa visita técnica à República da Coreia?". Eu já passei por essa parte aqui e falei de alguns destaques, mas tem muitos outros ainda. Fábio Coura, do Distrito Federal: "A Coreia vem se destacando na indústria de defesa. O que o GP tem feito no sentido da cooperação conjunta dos países nessa área?". Isso é uma coisa interessante para gente também colocar como um dos assuntos. Francisco Alexandre, do Paraná: "Há previsão de algum acordo para instalação de alguma fábrica de microchips em solo brasileiro, havendo também transferência de tecnologia?". Também é outra área importante de desenvolvimento da Coreia os microchips e é uma possibilidade de conversar. |
R | Davi Correa Fontes, de São Paulo: "Há propostas de intercâmbio acadêmico entre [...] [os dois países]?". Também é uma coisa que a gente tem discutido bastante e é muito importante esse intercâmbio. Alex Ferreira, de Goiás, é um comentário: "A Coreia é um ótimo exemplo para o Brasil. Parabéns pelo tema". Lembro que continua aberta a possibilidade de participação da sociedade civil, através do e-Cidadania, e quero registrar também aqui a presença do Dustin Pozzetti, sócio da KPMG, aqui conosco. Obrigado, obrigado por ter vindo. Só para encerrar o item 1, eu acho que nós temos um vídeo para ser mostrado, que mostra - esse vídeo, só um momentinho - o encontro que eu tive na segunda-feira com alguns Deputados da Coreia que estiveram comigo em São Paulo, e nós estivemos juntos também ao longo da nossa visita lá na Coreia. Então, vou pedir para rodar esse vídeo. (Procede-se à exibição de vídeo.) O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. PL - SP) - Visto isso, vamos passar diretamente ao item 2. No item 2, eu quero chamar o Sr. Otavio Henrique de Carvalho para compor a mesa aqui conosco - o Otavio é da empresa MSB (Myoung Shin Brasil), é Diretor - e o Diretor da MSB Shai Yang Kim, para falar a respeito das possibilidades de negócios e investimentos do Brasil com o tema tecnologia de hot stamp. Ele vai explicar o que é essa tecnologia. E, de novo, a ideia deste grupo parlamentar, além de estreitar as relações entre os dois países nos diversos setores, é ter uma aplicação muito prática. E isso nós vamos falar, inclusive, num plano de atividades agora, para este semestre. Vocês vão ver que a maneira como eu gosto de trabalhar não é simplesmente colocar os temas, mas que a gente tenha resultados práticos e ações efetivas a partir de cada reunião. Então, da mesma forma que eu tratava no ministério a relação entre os países com uma finalidade prática de resultados para os dois países, a ideia é que nós possamos ter apresentações de negócios, de possibilidades de negócios, apresentação de possíveis parcerias, por exemplo, na educação, na saúde, etc. E, com tudo isso, a gente pode, a partir das informações que nós temos aqui no grupo, converter essas informações todas em ações práticas para colocar em andamento, para que, num período mais curto e de maneira mais eficiente, nós tenhamos os benefícios para os dois países. Então, sem mais delongas aqui, sem mais atraso, eu passo a palavra para o Otavio, que está aqui representando a empresa MSB. Otavio, você tem a palavra. Obrigado. O SR. OTAVIO HENRIQUE DE CARVALHO - Boa tarde. Gostaria de agradecer ao Sr. Senador Astronauta Marcos Pontes pela oportunidade. Não é sempre que nós temos a oportunidade de falar para tantas autoridades. Gostaria de agradecer ao Sr. KIM, Ministro da Embaixada da Coreia do Sul, ao Sr. Embaixador Suresh, Embaixador da Índia. |
R | Eu sou Otavio Carvalho, represento a MS Autotech aqui no Brasil. Nós viemos com o intuito de passar um pouco da nossa tecnologia de hot stamp. É uma tecnologia muito interessante, que eu vou apresentar aos senhores, com a possibilidade de redução de peso nos carros, hoje, na indústria automotiva, dando maior segurança e maior qualidade para todos os carros que são produzidos no Brasil. Essa é uma breve história da MS Autotech. Fomos fundados em 1982 e tivemos um crescimento muito rápido. Fundados em 1982, em 2007 começamos o fornecimento logo na Índia, com peças para a Renault. Após poucos anos, iniciamos uma segunda planta para fornecimento para os grupos da Nissan e da Mercedes, também na Índia. Com o tempo, fomos crescendo. Nós somos o principal fornecedor Tier 1 da Hyundai. Hoje somos referência em carroceria body in white. E, com a vinda do grupo Hyundai para o Brasil, nós nos estruturamos e viemos também para o Brasil. Hoje a MS Brasil está na cidade de Piracicaba, Estado de São Paulo, e lá representamos mais de 500 funcionários e produzimos toda a carroceria para o grupo Hyundai aqui no Brasil, nas produções dos carros HB20 e Creta. Com o passar dos anos e o crescimento da nossa empresa, nós abrimos um capital - nós somos uma empresa de capital aberto hoje na Coreia - na KOSDAQ, em 2010. Criamos algumas plantas na China e Estados Unidos. Em 2018, também abrimos uma nova planta da Simwon na China, uma outra empresa do nosso grupo. Ali nós produzimos peças para a Tesla. O ano de 2019 foi um marco muito importante para a nossa empresa, quando nós compramos uma planta da GM em Gunsan, e lá a nossa ideia é produzir carros elétricos. A partir de 2030, nós começaremos a trabalhar em novos projetos para produzir carros elétricos. Hoje a MS é uma estamparia Tier 1, mas nós entraremos no ramo de montadora também. Em 2020, nós abrimos capital na KOSPI, a bolsa de valores da Índia também. Essas são as nossas instalações hoje. Como os senhores podem ver, hoje nós temos plantas na Coreia, é claro, mas também temos plantas na Índia, no Brasil e nos Estados Unidos. Eu vou enfatizar nossas duas últimas, as montadoras Simwon Automotive e Simwon América. Ali nós produzimos peças estampadas para a Tesla, por conta da nossa tecnologia de hot stamp. Esse é um grande avanço, porque hoje o mundo só fala em carro EV, carro elétrico. Então, para a nossa empresa isso é realmente muito interessante. É um marco para uma estamparia conseguir fornecer para uma empresa que está crescendo como a Tesla; para a gente, isso é muito importante. Não que as outras não sejam, é claro. Esses são exemplos das nossas duas plantas na Coreia, uma em Gyeongju e a outra em Gunsan. Na primeira planta, nós temos mais de 371 funcionários e ali nós produzimos hot stamp para os veículos elétricos e para peças para Hyundai, o nosso principal cliente. Em Gunsan, nós produzimos baterias elétricas para algumas startups de carros elétricos nos Estados Unidos e também produzimos peças para a Hyundai. |
R | Quem nós somos? A MS, como eu disse, nós somos fundados lá em 1982. Temos mais de 40 anos, não é? Então, nós somos designer, desenvolvimento e produção em série. As nossas principais plantas são Estados Unidos, Índia, China, Brasil. E, do lado, são os exemplos dos carros que nós trabalhamos atualmente com as montadoras. Temos Hyundai, Kia, Renault, Nissan, Daimler. Hoje a MS não é uma simples... Hoje nós não fazemos só, nós desenvolvemos a tecnologia. Nós somos pioneiros na tecnologia de hot stamping, nós temos o primeiro forno de aquecimento híbrido do mundo, que remete à tecnologia de hot stamping, e a primeira prensa servo do mundo. Desenvolvemos tecnologia também para otimização de veículos e alívio de peso. Hoje, nas montadoras, só se fala em alívio de peso. Eu vou mostrar mais para a frente que o alívio de peso faz uma total diferença na composição de um carro. Nosso know-how é engenharia em desenvolvimento de produto. Também executamos as realizações de simulações e validações pelo mundo. Nós não apenas estampamos, mas nós testamos e nós verificamos todos os testes. No primeiro caminhão ali, é um teste simulando uma estrada, um caminhão passando por uma estrada para nós verificarmos como que é o comportamento da carroceria, se não vai ter nenhum atrito, se não vai quebrar ou algo do tipo. A nossa área de atuação é o setor automotivo, peças estampadas, body-in-white para carrocerias. Então, nós somos especialistas em engenharia, autopeças, hot pass, que é o hot forming e o hot stamping. Somos os detentores e desenvolvedores dessa tecnologia. Nós produzimos tudo que nós estampamos. Desde o maquinário, toda essa tecnologia compete à MS Autotech. E também somos especialistas em teto solar. Eu não sei se tem alguma pessoa aqui do ramo automotivo, mas é muito complicado fazermos uma montagem de um teto solar. Como são peças muito finas, quando nós rodamos, qualquer trepidação, qualquer problema até no delivery dessa peça acaba não montando no carro. E o nosso maior marco vai ser a produção de veículos elétricos. Hoje, como nós compramos a planta da GM, em Gunsan, estamos preparando para, em 2030, começarmos os nossos trabalhos internos. Temos alguns novos negócios nos Estados Unidos. Atualmente, estamos fabricando a capa de bateria para a LG. São baterias automotivas, o SOP ali em 2025. Hoje as nossas peças já estão em processo de validação, de Ppap, validação de projeto. Mas nós viemos aqui para falar de hot stamping, que é a nossa tecnologia e é isso que revoluciona o mercado automotivo hoje. Para eu falar um pouco de hot stamping, eu preciso apresentar para os senhores como que é composta a carroceria de um carro. Hoje temos um carro... O carro praticamente é 6% de componentes elétricos; 19%, chassi; 21%, powertrain, que é o que move o carro; 15% é o exterior, que nós vemos; 14% é o interior; e 25% do carro é a carroceria. E, quando nós falamos em carroceria, todas as OEMs, as montadoras, Tier 1 e produtores sempre falamos em redução de peso. Só que o que é reduzir peso? O que implica? O que é importante na redução de peso? Então, quando nós mexemos numa carroceria e falamos da redução de peso, eu estou falando que eu vou reduzir o material de uma peça. Então, a redução de peso implica custo de produção, implica segurança, custo com manutenção. Coloquei redução de peso ali porque é para ser redundante mesmo, para entender. Até quando eu reduzo o peso, eu reduzo o consumo de combustível, eu tenho uma mudança do designer, eu mudo a performance do carro e reduzo também a emissão de CO2. |
R | Então, esse é um ponto... Porque muitas pessoas falam assim: "Ah, mas é o custo, procuramos redução de custo...". Mas muda tudo. E até voltando para o nosso meio ambiente, a redução de peso é muito importante por conta disso. Eu vou explicar um pouco como funciona uma carroceria e qual é a função dela. O primeiro eslaide ali, da esquerda para a direita, simula uma colisão frontal, nós temos uma força de 100% na frente do carro; o de baixo simula uma colisão ali na diagonal, um pouco lateral, é um pouco dividida; e do lado é um impacto lateral. Por que é importante apresentar esse impacto? Porque hoje o carro é feito, claro, para nos levar em todos os lugares, ele tem que ser bonito, tem que ser esportivo, mas ele também é feito para nos trazer segurança. Então, o carro é dividido em zonas de colisões, uma zona segura. Na zona de colisão, o efeito dela em uma colisão ou em uma batida é reduzir e amortecer o impacto enquanto a zona segura vai manter a gente ali a salvo, é o cockpit. Então, eu vou explicar um pouco da resistência dos aços para vocês, para chegar até onde o hot stamping é importante. Falamos em alívio de peso e é a tendência global de todas as OMS. É um estudo, pelo Instituto Coreano de Ciência e Tecnologia de Informação, lá em 2020, que fez um estudo em que se nós reduzirmos em 10 quilos o carro - é um pequeno efeito, um leve efeito -, nós teremos uma eficiência de 2,8% em combustível, uma redução de 4,5% em CO2 e uma redução do Nox, composição da oxidação das peças e da emissão de CO2. Então, se eu transferir esses dados para 8 mil carros registrados, andando aí uma média de 50 quilômetros por dia e fazendo 12 quilômetros por litro, nós temos a redução e a economia de 160 mil litros de combustível por dia; é muita coisa, fora a redução de CO2. Pensando no nosso meio ambiente, nós reduziríamos 200 mil quilos de CO2 por dia. Pensando hoje na nossa camada de ozônio, isso é muito. A tendência das montadoras, desde 1990 a 2020, é realmente uma redução na carroceria. O primeiro ali, na parte básica ali, significa toda estrutura básica do carro, carroceria. Em 1980, ela compunha 86% do peso do carro; hoje ela compõe 75% do peso. Se nós vermos o peso total, ali no final, realmente o carro hoje ficou um pouco mais pesado, mas é por conta de segurança; mas em termos de carroceria ocorreu uma redução desse peso. Por que o hot stamping é importante e por que eu apresento para vocês a tecnologia coreana de hot stamping? Como a nossa ideia é em nível de peso, hoje, se eu tenho uma peça de aço com uma espessura de 2 milímetros, como eu poderei reduzir esse peso sem perder a resistência dela? Aí que ocorre o hot stamping. Desde 2010 a 2025, tem sido uma tendência a aplicabilidade de hot stamping. Com hot stamping, nós conseguimos fazer uma peça que tem um milímetro e com a resistência de uma peça que tem 3 ou 4 milímetros, por conta do seu processo de estampabilidade e de diferencial no aço. |
R | Com tudo isso, a redução de peso vai levar a menos emissão de CO2, vai levar a menor custo de combustível e maior segurança para as nossas famílias. Essa é uma carroceria contemplando hot stamping. A parte vermelha é a nossa tecnologia, são peças estampadas a quente, com uma espessura menor do que as peças comuns estampadas a frio, o que oferece uma segurança enorme. Ali estão mostrando a porcentagem de megapascal e resistência dos aços. Como vocês podem ver, hot stamping representa 1,5 mil megapascal. Então, eu consigo reduzir o peso do carro, emitir menos CO2, reduzir o combustível - eu consigo ter uma maior economia e uma maior segurança para as nossas famílias, utilizando um material muito mais fino. Essa é uma carroceria de hot stamping padrão. E essa é a carroceria do carro mais seguro do mundo, que é Volvo. Mais de 40% da carroceria é composta de hot stamping. Então, eventualmente, se eu tivesse uma colisão, se eu viesse a ter uma colisão com algum carro, eu escolheria estar dentro de um Volvo, porque, obviamente, o Volvo é um carro mais caro do que os comuns, mas eles são mais seguros por conta da tecnologia de hot stamping. E por que só a Volvo tem? Por que não disponibilizar essa tecnologia para os nossos carros, os que as pessoas comuns conseguiriam comprar? Hoje, esse é o mercado de hot stamping no Brasil. Nós temos apenas dois fornecedores. Essa é a disponibilização de peças para os carros. Da Hyundai, no ano de 2026, nós teremos o lançamento de um novo carro em que teremos sete peças de hot stamping. Os outros carros possuem dez. Isso não representa nem 8% da carroceria. É um oligopólio, hoje, isso no Brasil. E a nossa tecnologia - eu vou mostrar para vocês - é muito competitiva. Essa é a nossa carroceria de hot stamping de um carro da Tesla. Nós fornecemos todas essas peças. Hoje, nos carros elétricos, é muito comum eles utilizarem a tecnologia de hot stamping. Nós temos algumas iniciativas de montadoras de carros elétricos no Brasil, mas, por enquanto, as peças eles simplesmente montam - vêm todas importadas dos países de origem, e não é produzido nada aqui. Então, isso é por conta da dificuldade de eles encontrarem tecnologia nacional para poderem produzir as peças deles. E, quando encontram, o preço não é tão competitivo. Hoje, na MS, a gente produz em torno de 39 peças de hot stamping - isso só na Coreia. Nós temos algumas plantas nos Estados Unidos também. Essa é a nossa tendência. MSI e MSA, representam o hot stamping que nós produzimos para o mundo, simulando América, Índia e Coreia. E, aqui, eu gostaria de passar um pouco de como que é o processo, para os senhores entenderem. Depois, vai ficar muito mais fácil eu apresentar como é feito. (Procede-se à exibição de vídeo.) O SR. OTAVIO HENRIQUE DE CARVALHO - O robô pega o blank. Aí é a rastreabilidade - eu sei onde se está montando cada peça. Então, se um carro bater, eu sei quando foi produzida essa peça, e isso caracteriza segurança para o consumidor final. Passa no forno, tudo completamente robotizado. Prensa. Está pronto. Eu faço quatro peças em menos de um minuto. |
R | É realmente fantástico. Na verdade, para fazer o vídeo, nós atrasamos um pouco o robô, tá? Colocamos um delay no robô que está montando para poder reduzir um pouco, para melhor entendimento dos senhores. Esse é um exemplo de um forno nosso. Eu tenho um segundo. (Procede-se à exibição de vídeo.) O SR. OTAVIO HENRIQUE DE CARVALHO - Essa é a diferença. Eu consigo estampar um material de maior resistência com uma menor espessura por conta do calor, não é? É o hot stamping. Vocês podem ver que essas são operações subsequentes. Algumas peças necessitam de operações subsequentes, não é? E nós utilizamos prensa. Eu vou mostrar para os senhores, mais para frente, por que nós utilizamos prensa diferente de outras tecnologias que utilizam laser. Está pronto. É só colocar na carroceria, que vai garantir segurança e qualidade para os senhores. Aí, novamente, nós estamos marcando a rastreabilidade. Onde esse carro estiver, se esse carro tiver uma colisão, eu vou saber que foi a Myoung Shin que fez essa peça. A nossa eficiência, não é? Tem desenvolvimento de ferramental. Nós conseguimos produzir quatro peças em uma única estampagem, ou seja, uma economia enorme de energia e material. Tudo isso acaba diminuindo o extrativismo, a emissão de CO2. Eu vou ter um exemplo do nosso forno vertical. Nós somos a única empresa no mundo que possui um forno vertical. Isso se dá a nós mesmos sermos o produtor desse forno. Essa tecnologia é nossa, patenteada. Então, novamente, eu produzo quatro peças em menos de um minuto. Aumentando a produtividade, eu melhoro o preço. E isso impacta para quem? Para o consumidor final, para ele é muito importante isso. Foi pensando no consumidor final que nós desenvolvemos tecnologias. O robô pega um blank já aquecido, coloca esse blank na prensa. Esses tubos que os senhores estão vendo, vermelho e azul, representam o refrigeramento. Aí, passa uma água debaixo desse ferramental, que faz com que essa peça fique refrigerada. Ela começa quente, e, no final da estampagem, eu consigo pegá-la com a mão. (Pausa.) |
R | Vou explicar só um pouco do nosso forno. Nós mesmos criamos essa tecnologia. Os fornos convencionais, o primeiro forno usa gás, e com isso a queima de CO2 e a queima de combustível é muito agressiva ao meio ambiente. Os nossos fornos são via indução e eletricidade. Isso não agride o meio ambiente. Nós estamos já na terceira geração de fornos em que nós conseguimos reduzir até o cumprimento da linha. Então, em empresa, nós sabemos que até a área de montagem de cada ferramental é realmente muito importante. E isso custa dinheiro e espaço também - custa-nos muito dinheiro. Com isso, a gente reduz o investimento. Reduzindo o investimento, eu melhoro o preço. Nós temos um diferencial: nós produzimos também as nossas ferramentas. Nós não pedimos para... Nós não terceirizamos. Por conta disso, a gente consegue aumentar a nossa produtividade. Por conta de nós produzirmos os nossos ferramentais, nos nossos ferramentais a gente consegue fazer dois, quatro, oito peças ao mesmo tempo. Isso acaba impactando na economia de material, diminuindo bastante o extrativismo mineral. Esse é um outro exemplo em que, com um blank, uma chapa de aço, eu consigo tirar quatro peças. Isso reduz a sucata, que vai reduzir a queima desse aço lá no futuro. (Soa a campainha.) O SR. OTAVIO HENRIQUE DE CARVALHO - Eu vou mostrar para os senhores uma pequena diferença de uma linha de hot stamping comum e a nossa. A linha comum é muito manual - é a da esquerda -: passa o aço pela fornalha, aquece, prensa; depois dessa operação, nós temos algumas correções para fazer em algum formato. Hoje, todas as linhas utilizam o laser. Nós utilizamos outras prensas: prensas servo, que são muito mais fortes do que as prensas comuns. Por conta disso, nós conseguimos cortar esse material que é tão resistente. Isso reduz cycle time, reduz preço, reduz acidente e melhora a qualidade de todo o material. Estes são os exemplos de fornos. Cada forno nós conseguimos classificar para redução de alguma emissão e reduzir o impacto de CO2 no mundo. O primeiro é um forno maior, mas nós fizemos isso por conta do shape de alguma peça, e reduzimos energia; no segundo forno, reduzimos energia; no terceiro forno, que é para cortar peças iguais, conseguimos tirar mais peças, reduzimos a perda de material - outro ponto para o meio ambiente - e, com isso, a gente reduz lixo e CO2. A MSB é tecnologia, capabilidade de lotes, tecnologia de automação e velocidade de dez segundos em cycle time. Esse é só um exemplo de como é, mais detalhado: colocamos o blank no forno, o blank sai, é estampado, e está pronta uma peça segura. Então, MSB-Group Hot Stamping representa: alívio de peso, impactando na redução de combustíveis, emissão de gases e extrativismo; qualidade, pois a nossa peça vai trazer melhor segurança para o carro dos senhores em colisões, prezando pela vida do cidadão brasileiro; e competitividade. Por conta do nosso processo produtivo, nós queremos nos instalar aqui, para uma maior oferta ao mercado. Quanto maior a oferta, melhor o preço, reduzindo o preço do automóvel ao consumidor final, que hoje nós sabemos é muito alto. (Pausa.) |
R | O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. PL - SP) - Gostaria de agradecer ao Otavio e à MS, pela apresentação. Parabéns pela apresentação! Imagino que as pessoas que estão aqui estão bastante ligadas à engenharia. Também é importante esse tipo de encontro, e, como eu falei inicialmente, eu gosto de ter aplicações práticas, e é interessante conhecer esse tipo de tecnologia que nós podemos utilizar no país, para aumentar a produção e conhecer as diversas vantagens que nós vimos ali. O pessoal da empresa está aqui - logicamente, o Otavio está por aqui - e nós temos aí outros players, vamos dizer assim, de vários setores. Então, uma das ideias também de um encontro como este é ter este networking, ou seja, a possibilidade do contato com outras empresas que possam se tornar parceiras, e esse é justamente um dos objetivos de se ter encontros mais técnicos com este. Quero aproveitar este momento também para registrar a presença do Raniery Paulino, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) aqui conosco. Obrigado. São bastantes coisas de engenharia aqui. E, para algumas respostas, a pergunta do Francisco Alexandre, por exemplo, do Paraná, quando ele pergunta se há previsão de acordo de instalação de alguma fábrica de microchips. Por favor, Embaixador. (Pausa.) O Francisco Alexandre falou sobre se há possibilidade de instalação de alguma fábrica de microchips em solo brasileiro, incluindo transferência de tecnologia. Na verdade, já existe: essa empresa é a HT Micron Semicondutores, que está localizada em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Então, já é uma parceria com a Coreia, aí também. E, também, se existem já programas, o Davi Correa perguntou - sobre propostas de intercâmbio acadêmico entre países. Existem já vários programas, que pararam durante a covid, mas eles agora vão recomeçar também. E esse é um ponto que nós precisamos explorar aí dessa parceria entre os dois países. Eu gostaria de, antes de abrir para perguntas que eu vou abrir no final - e eu peço para que todos anotem as perguntas sobre isso, porque a gente pode depois chamar novamente o Otavio para responder às perguntas em conjunto -, para dar sequência aqui na nossa pauta, passar para o item 3 da pauta, que é uma proposta de plano de trabalho. Eu até dei uma introdução um pouco a respeito disso, mas este é um plano de trabalho para este semestre agora do nosso Grupo Parlamentar Brasil-República da Coreia, e a sugestão que nós temos - depois eu vou colocar ao final para apreciação - é de um plano de trabalho simples, mas eficiente, vamos dizer assim, para este momento do nosso Grupo, composto de dois itens principais. |
R | O primeiro item é a discussão do Acordo de Comércio Mercosul-República da Coreia, que é um item extremamente importante para os dois países. A ideia é discutir o Acordo de Comércio Mercosul-Coreia, que é um passo significativo para o aprofundamento da importante relação entre essas duas partes. Entendemos que os acordos de livre comércio são mecanismos efetivos na integração dos países às cadeias globais de valor e na promoção da melhoria e bem-estar econômico das populações, exercendo influência sobre temas como redução e eliminação de tarifas de importação, compras governamentais, propriedade intelectual, meio ambiente e regras de origem, melhorando o acesso das partes envolvidas a bens mais baratos e produzindo de forma mais eficiente. Então, nesse sentido, para esse primeiro item, para que nós analisemos essa relação Mercosul-República da Coreia, eu coloco, na proposta de trabalho, a realização de uma audiência pública - que eu vou colocar como requerimento aqui no âmbito da Comissão de Relações Exteriores, da qual eu faço parte - com os diversos atores envolvidos para a discussão do tema. Então, essa é a primeira proposta desse plano de trabalho. Nós faremos essa audiência pública exatamente neste mesmo local aqui. Isso trará uma série de componentes, vamos dizer, dos dois lados, de forma que a gente possa levantar o cenário que existe hoje em dia desta relação Mercosul-República da Coreia, como o Brasil se insere, obviamente, dentro de tudo isso, para procurar melhorar essa relação. E também, como item 2, há a proposta de cooperação educacional - que tem a ver com a pergunta que, inclusive, foi feita aqui - Brasil-República da Coreia. E, como ponto de foco do nosso trabalho, propor o início de estudos para que possamos criar uma trilha educacional Brasil-República da Coreia. Entendo que a República da Coreia tem muito a contribuir com o tema educação - essa é uma das coisas que nós já ressaltamos várias vezes -, e, nesse sentido também, a sugestão seria uma audiência pública, agora no âmbito da Comissão de Educação, de que eu também faço parte aqui no Senado, para iniciar esse trabalho. Inclusive, uma das propostas sobre a qual eu conversei com os Deputados ali em São Paulo - e eu já havia tratado disso também na Coreia - é a possibilidade de nós termos, junto com o Sistema S, da mesma forma que nós temos em São Paulo uma Escola Senai Suíço-Brasileira, o que é bastante importante... Eu também sou aqui o Presidente da Frente Parlamentar para o Ensino Profissionalizante e Tecnológico. Eu reputo como uma das partes essenciais para o desenvolvimento no Brasil termos mais técnicos formados e com as novas tecnologias. Então, da mesma forma que já existe uma escola suíço-brasileira, seria muito interessante nós termos uma escola de informação profissional entre a Coreia e o Brasil. Nós participamos da WorldSkills International - eu sou embaixador mundial de ensino profissionalizante, através da WorldSkills - e vemos os resultados da Coreia, que são sempre impressionantes. O Brasil está ali seguindo, e eu acho que essa parceria dá muito a ganhar, inclusive na parte de exchange de professores, instrutores, etc. Dessa forma, acho que a gente traz diretamente uma influência na formação profissional aqui no Brasil e também na Coreia, sem dúvida nenhuma, com a parceria das empresas. Um dos gargalos que nós temos é ter funcionários com qualificação adequada para o setor de tecnologia. Então, neste momento, feita essa proposta, e, antes de passar, vamos dizer assim, às nossas perguntas locais, nós também recebemos mais um grupo de perguntas do e-Cidadania, que eu vou colocar... É este aqui, um grupo, mais algumas perguntas do e-Cidadania que eu gostaria de passar aqui ao painel, de forma que nós possamos discutir em conjunto. |
R | Uma é do Luiz Borges, do Amazonas, que fala: "Como as relações econômicas entre Brasil e República da Coreia podem ajudar na relação diplomática?". Essa eu já vou até deixar com o Ministro aqui para responder, do setor diplomático. O João, de São Paulo: "[...] [Há] previsão de algum [...] incentivo fiscal ou acordo de cooperação para importação de produtos eletrônicos coreanos?". Ainda não temos; é algo para a gente imaginar se existe alguma possibilidade de ser feito. Tem uma do Carlos, de Alagoas, aqui é um comentário: "[O] Brasil e a Coreia do Sul completaram 60 anos de relações diplomáticas, e, nos últimos anos, tem-se destacado o fortalecimento das transações [entre os dois países]". Com certeza. Aliás, foi uma coisa importante de nós comentarmos aqui, são 60 anos de cooperação. (Intervenções fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. PL - SP) - De imigração, desculpe. São 60 anos da imigração, dos primeiros grupos de coreanos que vieram para cá, e eu tenho o prazer enorme de citar isso. São Paulo foi o ponto de início de toda essa migração, e agora nós temos, inclusive, o projeto de se ter, lá em São Paulo, no Bom Retiro, uma rua toda com a decoração e com temas da Coreia, o que eu acho que é muito justo e faz muito sentido. São Paulo é uma cidade multicultural. Nós temos lá, por exemplo, o bairro da Liberdade, com toda a parte do Japão, da imigração japonesa, e eu acho que faz todo o sentido nós termos também da Coreia. Então, conversei isso com o cônsul, lá em São Paulo. Sem dúvida nenhuma, eu vou ajudar por aqui, pelo Senado, para que isso se concretize e que nós tenhamos lá essa decoração toda. Então, passamos agora a uma área de um período de discussão sobre o que foi apresentado. Eu abro, então, a palavra para os nossos participantes aqui presentes. Alguma pergunta com relação ao que foi apresentado em termos da tecnologia de hot stamp, da MSB? (Pausa.) Está o.k. Também, se quiserem fazer algum comentário, fica a palavra aberta. Eu só peço para que se inscreva, levante, use o microfone e fale o nome e a organização que representa, para que todos nós possamos registrar. Obrigado. A SRA. ELIANE FONTES - Posso falar? Boa tarde. Eliane Fontes, representando a Associação Brasileira da Indústria de Tubos e Acessórios da Metal (Abitam), que fica lá no Rio de Janeiro. Gostaria de elogiar esta iniciativa deste diálogo parlamentar Brasil-Coreia e ficamos felizes de ver que um dos primeiros pontos do plano de trabalho é o acordo de livre comércio que está sendo negociado entre o Mercosul e a Coreia do Sul, cujas negociações foram iniciadas em 2017. No momento, estão um pouco paralisadas. Eu gostaria de fazer alguns breves comentários, que podem parecer críticos, mas que, na realidade, nós precisamos abordar com uma certa sinceridade. A Coalizão Empresarial Brasileira, capitaneada pela Confederação Nacional da Indústria, tem dirigido diversas correspondências ao Governo brasileiro, reiterando sua grande preocupação com o nível de ambição com que está sendo negociado esse acordo na parte de bens, porque existem três práticas "distorcivas" na Coreia do Sul que agravam a preocupação do empresariado brasileiro. |
R | A Coreia é, depois da China, o segundo país a que os demais membros da OMC aplicam medidas para conter práticas ileais de comércio - antidumping e subsídios. De 1995 para cá, tivemos 283 medidas antidumping e compensatórias aplicadas contra Coreia, sendo que, a partir de 2008, 148 - além do Brasil, Estados Unidos, União Europeia, Canadá, Austrália e Tailândia. Só no setor nosso de tubos de aço, são 24 medidas antidumping. Para quem não sabe, antidumping é você corrigir o preço predatório em que é vendido para... É exportado a preço abaixo daquele que você vende no seu mercado interno. O segundo ponto que também preocupa o empresariado da indústria é o não cumprimento pela Coreia do Sul dos direitos trabalhistas previstos nos compromissos internacionais, o que inclusive foi evidenciado em caso levado pela União Europeia à OIT. E o terceiro ponto é que o ambiente empresarial interno sul-coreano é de muito baixa competição; ele é concentrado em grandes conglomerados do mesmo controlador. A nossa balança comercial brasileira tem sido historicamente deficitária, na faixa de US$2 bilhões por ano. E, no setor de tubos metálicos, o que está acontecendo? Todas as tarifas da Coreia são zero, e a tarifa média do Brasil é entre 14% e 16%. Ou seja, zerar a nossa tarifa não nos trará vantagem nenhuma no mercado coreano. Ao contrário: os preços coreanos hoje estão muito abaixo das médias mundiais e estão praticamente a metade dos preços brasileiros. Então, nós vamos ter, na realidade, uma competição muito grande. E o mercado coreano é muito pequeno. Então, praticamente tudo que fabricam voltado para exportação. Então, o nosso setor estaria muito exposto. Eu vou ser breve, tentar, mas é porque o recado precisava ser dado, pelo menos no início desses trabalhos. A CNI fez uma simulação dos efeitos da liberalização comercial do Mercosul e Coreia - Mercosul com os quatro países - e concluiu que, num cenário ambicioso, ou seja, em que se desgrave bastante todos os produtos, em que a tarifa chegue a zero - o que não vai ser uma realidade no setor agrícola, porque a Coreia não abre seu setor agrícola totalmente -, isso pode gerar desemprego em 22 dos 28 setores industriais do Brasil e uma queda do PIB de 0,2%, mesmo assumindo que a abertura da Coreia viesse em alguns daqueles poucos setores agrícolas em que o Brasil pode ter ganhos relevantes, como, por exemplo, sementes oleaginosas e grãos - seriam praticamente o setor em que nós poderíamos ganhar. Agora, para termos uma ideia da diferença de tarifação dos setores agrícolas, o Brasil tem uma média hoje de tarifa de importação de 11%, sendo que a tarifa máxima é toda ad valorem, e a tarifa máxima é 20%. Pontualmente, nós temos um caso ou outro em exceção, como, por exemplo, veículos automotores, que estão em 35%, e um ou outro produto agrícola temporariamente elevado ao nível de 40% ou 55%, que é o máximo que o Brasil consolidou na OMC. |
R | Mas, na Coreia, nós temos: milho, 630%; soja, 487%; outras preparações alimentícias, 754%; sucos e vegetais, 754%; chocolate, 513%; arroz, 513%; limões e limas, 144%; o resto está muito na média de 60%. Ou seja, o setor agrícola tem tarifas altíssimas, e, quando a Coreia tem dado - nós temos observado outros acordos -, ela dá, muitas vezes, com uma cota, cota de dificílimo uso, porque ela é leiloada, ela tem preço, então é muito difícil para os países usarem. E o que está acontecendo nesse acordo? De uma forma inédita, a Argentina, que não viu vantagem para o seu país, se retirou da negociação. É a primeira vez que nós estamos negociando o Mercosul na modalidade três mais um, porque sempre foram quatro mais um. Então, a oferta de bens já foi feita, nós já estamos com sete rodadas negociadoras, as ofertas foram feitas, são sigilosas. O setor privado não consegue ter acesso às ofertas, nem do que o Mercosul fez, nem do que a Coreia apresentou. Numa primeira vertente, parece que se desgravaram 90% do comércio de lado a lado. Com a saída da Argentina, está havendo uma revisão da oferta, inclusive para poder retirar a acessibilidade da Argentina, e há um compromisso de que o Mercosul desgravaria 88% do comércio, ou seja, chegaria a zero, e a Coreia, 91%, sendo que, em muitos itens, a Coreia poderá dar com cota. O que é que está empacado nesse acordo? A Coreia não quer avançar no que nós chamamos de acordo de medidas sanitárias e fitossanitárias da OMC, o SPS. Ela tem medidas muito restritivas: ela dá com uma mão, mas tira na regra da barreira não tarifária. Então, esse é o ponto que está realmente em discussão. O Ministério da Agricultura teria muito interesse não só nesse acordo, como em Vietnã e Singapura, que também a indústria não quer, mas teria que realmente haver um esforço muito grande da Coreia em ser um pouco mais benevolente no setor, porque o acordo hoje, como ele está desenhado, não vai gerar nenhum ganho social nem econômico para o Brasil. Realmente precisamos buscar equilíbrio nessas concessões, para que possa haver um processo de ganha-ganha. Então, basicamente é isto: não está havendo um equilíbrio de ganho de agricultura com o que nós vamos perder na indústria, abrir sem ganhar nada, porque as tarifas são praticamente zeradas. Então, esse recado precisa ser dado, para que esse ponto 1 da agenda seja avaliado de forma a que possa realmente contribuir para que esse acordo, pelo menos do lado do Brasil, possa caminhar e chegar a um ganha-ganha, como é o que a gente pretende sempre em todos esses tipos de acordo. Obrigada e desculpe ter me alongado, mas eu precisava dar esse recado. O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. PL - SP) - Excelente. Obrigado pela participação, pelas colocações. Justamente esta é a ideia, a de nós termos discussões como essa, assim como nós teremos durante a audiência pública, que, pelo visto, pode não ser restrita a apenas uma, pode ser que nós prolonguemos isso, essa é uma possibilidade. E é importante justamente que nós tenhamos, durante essas audiências, membros de diversos setores, como você falou, do agro, da indústria, etc., para que as discussões sejam colocadas tanto do nosso lado quanto do lado da Coreia também, e que nós possamos usar esse espaço aqui de discussão, de audiência pública, para uma discussão pública, para que se tenha justamente a transparência necessária dos tipos de discussões e, aí, as informações coletadas daqui poderem ser usadas dentro do setor diplomático entre os dois países para que os acordos oficiais sejam executados. E, certamente, essa Comissão em que a gente está, a Comissão de Relações Exteriores, é justamente onde nós ratificamos ou não os acordos que são feitos pelo Brasil. É importante sempre levar em conta isso, aqui é uma Casa que representa a população do Brasil. |
R | Então, obrigado pela sua cooperação. Deixo a palavra aberta para o nosso Ministro também. O SR. GUN-HWA KIM - Obrigado pelos comentários e perguntas, muito críticas, não é? Depende sempre... A sua palavra é de que contém interpretação, depende de teoria, depende da filosofia da economia, depende do âmbito jurídico-técnico de todos os regulamentos internacionais, o que inclui também a OMC, não é? Agora não sou autorizado a responder oficialmente, é somente para ajudar você a entender bem, o.k.? Acho que o seu comentário é muito bom para "reempatizar" a importância do negócio de livre comércio entre o Mercosul e a Coreia. A meta, o alvo desse negócio é o interesse equilibrado, então, todo negócio de comércio tem esse alvo, você tem o seu interesse, a Coreia tem o seu interesse. Então, ao menos nós podemos concluir que esse comércio bilateral é importante para refletir nossos interesses. Nesse sentido, muito obrigado por abrir esse tema, mas, como disse, eu quero repetir: acordo de livre comércio sempre tem o objetivo de equilibrar, como o acordo entre a União Europeia e o Mercosul. Mas é preciso esse acordo, esse comércio. O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. PL - SP) - O.k. Obrigado, Ministro. Certamente as discussões vão ser mais aprofundadas aqui, durante as nossas audiências, e, certamente, isso vai ser benéfico para os dois lados se entenderem nos pontos onde possa haver um acordo, um equilíbrio que favoreça os dois lados. Essa é justamente a ideia. A palavra continua aberta. (Pausa.) Por favor, sempre pedindo para iniciar com o nome e a organização. O SR. MARCOS S. K. LEE - Bom, boa tarde, Senador. Meu nome é Marcos, eu represento a empresa ADL. A nossa empresa é uma empresa binacional, em certo ponto, só que foi criada no Brasil. Somos descendentes de coreanos que têm um processo inverso: não estamos trazendo produto da Coreia, estamos mandando para lá. A grande dificuldade que eu vejo - um ponto que ela colocou - não é só o problema de ordem, vamos dizer, de países. A dificuldade maior para o exportador é a política praticada do incentivo de exportação aqui no Brasil. Para a gente mandar um produto aqui no Brasil, tem uma série de barreiras, que são criadas pelo próprio sistema governamental, que dificulta. Comprar um material aqui para mandar para fora... Nos outros países, existe a devolução do imposto. Aqui deixa creditado para você tentar vender no mercado esse crédito, que, muitas vezes, é defasado e não tem condições de comercialização. |
R | (Intervenção fora do microfone.) O SR. MARCOS S. K. LEE - Eu acho que, se existe a política binacional, também há preocupação para que melhore a relação comercial entre os dois países, uma política em que possa ser facilitada a exportação, uma simplificação do processo de exportação aqui no Brasil. Por quê? Em todos os países no mundo, tem essa simplificação. Infelizmente, no Brasil, não tem. A nossa empresa fechou uma parceria, no mês passado, com a cidade de Registro, em São Paulo. Vamos receber 370 mil metros de área para construir um polo industrial somente com indústrias coreanas. Estamos tentando formalizar, estamos buscando alternativa de incentivo governamental tanto na seara federal, na qual o Senador poderia ser a nossa porta de auxílio, como na estadual e municipal, para trazer 80 indústrias de alta tecnologia e de outros diversos para se instalarem aqui no Brasil. A grande dificuldade é justamente esta: nós exportamos só matéria-prima e não exportamos material industrializado. Para industrializar, precisamos trazer a indústria para que possa exportar o material. Só que o incentivo para as indústrias entrarem aqui também é uma barreira muito grande devido a equipamentos que são instalados. Muitas vezes, a própria empresa tem dificuldade de trazer o equipamento, porque, em vez de dar uma isenção para reindustrializar o país, existe a dificuldade de fornecimento e importação desses equipamentos de qualquer lugar que seja. Eu acho que a própria Coreia conseguiu se industrializar em parte porque teve a iniciativa de facilitar a trazer os equipamentos, a tecnologia para dentro para ele evoluir e avançar para depois poder exportar com melhor qualidade. Eu acho que o Brasil tem um potencial gigantesco. Como o senhor é técnico, é prático, eu acho que seguir um sentido nesse caminho seria muito importante para avançar nesse processo da industrialização aqui do Brasil. O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. PL - SP) - Excelente. Excelente. E agora é um momento muito interessante, diga-se de passagem, para isso, já que a gente está, aqui no Senado, com a discussão da reforma tributária, embora ela não atinja, dentro do seu escopo atual, a parte de importação e exportação, mas, certamente, vamos estar tratando de tributos como um todo, ou seja, o assunto vai estar aqui dentro de uma forma bastante intensa. Uma coisa até que eu estou pedindo... Estou olhando aqui para a nossa assessoria para que tome nota e depois pegue mais detalhes sobre isso para que a gente abra essa discussão aqui dentro também, para que possamos falar e analisar como que isso pode ajudar dentro do processo que nós precisamos ter aqui no país. Aliás, esta é uma das partes das nossas discussões aqui: como melhorar a industrialização no país. E esse é um ponto certamente de grande interesse. Então, obrigado por trazer aqui para a gente. Vamos aprofundar... (Intervenção fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. PL - SP) - Pois não. Só o microfone. A SRA. ELIANE FONTES - O Governo brasileiro, há muito tempo, tem um programa que hoje é administrado pela Camex (Câmara de Comércio Exterior), que se chama Ex-Tarifário de Bens de Capital e de Bens de Informática e Telecomunicações e é um processo extremamente rápido. Hoje a tarifa de bens de capital, que é uma média de 14, está hoje em torno de 12,6, e a de bens de informática e telecomunicações, que é 16, está hoje também em torno de 12. Mas esse regime, que é de uma aprovação relativamente rápida, pode vigorar... Era o prazo de dois anos; agora o Mercosul autorizou, porque é o regime especial com que o Mercosul autoriza o Brasil, e está sem prazo de vigência e se reduz a zero a tarifa, desde que se comprove que não há produção nacional. Se não houver... Não é esse similar nacional, não é questão de preço, prazo e qualidade não, é não ter produção nacional. |
R | Então, se não houver produção nacional, a empresa entra com um processo, é um roteiro simples, com seus catálogos, é um mecanismo que dura no máximo três meses para a Receita Federal avaliar o catálogo, três meses para o Governo avaliar e três meses para o Gecex deferir. Então, no máximo em 90 dias, se não houver nenhuma contestação e não houver realmente produção nacional, você em 90 dias consegue uma redução a zero, de máquina e suas partes e peças também, desde que estejam grafados na tarifa externa comum com a sigla de BK, que é bens de capital, ou BIT, que é bens de informática e telecomunicações. Então, isso aí é para facilitar exatamente a importação... O SR. MARCOS S. K. LEE (Fora do microfone.) - Mas o problema maior é que hoje a indústria nacional... O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. PL - SP) - Por favor, acione o microfone, por favor. O SR. MARCOS S. K. LEE - A indústria, com os equipamentos... São equipamentos relativamente obsoletos e por causa disso ela trava a modernidade. Aqui se produz uma máquina que produz cem peças de uma unidade; lá fora temos tecnologia que produz mil unidades, que dá para baratear o custo no mercado. Por causa dessa barreira da industrialização aqui no Brasil, que nada mais é do que uma barreira de proteção que é feita no Brasil, como também é igual à Coreia, que foi pontuada... Essa barreira de impedir entrar uma nova tecnologia é uma coisa muito difícil. O Brasil... A SRA. ELIANE FONTES (Fora do microfone.) - Há um total diferencial de uma máquina para outra. É nesse diferencial que você tem que focar e provar que não tem na indústria nacional... O SR. MARCOS S. K. LEE - Uma coisa que nós vimos na prática, quando houve a posse do Presidente Collor, na época, quando abriu o mercado de automóveis, é que nós descobrimos realmente que estavam produzindo carroça, porque a tecnologia que veio depois da abertura da importação - porque, até aquela época, não permitiam a importação dos veículos de estrangeiros - fez uma revolução. Hoje nós temos a capacidade de poder utilizar carro elétrico e tudo mais, e foi graças a essa época. Só que para outros setores industriais, aqui no Brasil, por uma proteção de mercado... Isso infelizmente está gerando uma trava que precisa ser mudada. Se vai trazer só do acordo de Brasil e Coreia do Sul, também pode ser trazido do acordo de Brasil e Japão, Brasil e Estados Unidos, Brasil e China, de qualquer lugar do mundo. O importante é que o Brasil também tem essa dificuldade da proteção excessiva da indústria, que é uma indústria acomodada. Nós precisamos buscar alternativa, como o próprio Senado colocou. Aí no Space se conseguiu fazer o primeiro acordo civil para lançar o primeiro foguete híbrido aqui no Brasil. Se não tivesse essa iniciativa de quebrar esse monopólio, não teria acontecido isso, e a Embraer e outros setores não teriam a possibilidade de entrar no mercado brasileiro para desenvolver a indústria, para ter a oportunidade de exportar. A proteção é interessante quando nós temos uma alta tecnologia e queremos proteger nossa indústria tecnológica. Quando a gente produz carroça e a gente quer continuar a produzir carroça, não é proteção; é desandar com o sistema mundial. Essa é a preocupação nossa. |
R | O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. PL - SP) - Obrigado. Obrigado pelas considerações. (Intervenção fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. PL - SP) - por favor, só um minutinho. Você vê que é interessante quando existem as discussões, porque surge uma série de ideias novas e necessidades que nós precisamos adotar. E aqui é uma Casa muito interessante para isso, para que nós tenhamos essas discussões, de forma que a gente possa subsidiar inclusive o Executivo com relação às necessidades que se têm para melhorar esse setor. Eu sei dessa parte do setor de telecomunicações: grande parte dos equipamentos são importados. Eu era Ministro das Comunicações e a gente trabalhava com isso também. Isso ajuda ou é uma demonstração de que não existe uma empresa aqui para haver a competição. Mas eu concordo que, nessa área cinza do desenvolvimento da tecnologia aqui, do incremento tecnológico, vamos dizer assim, para que nós melhoremos as tecnologias existentes, vai haver um período de transição necessário para que isso não trave o desenvolvimento local, como aconteceu no caso dos carros. Obrigado pelas considerações. Isso é importante. Tudo está sendo gravado aqui também para análise e vai constar certamente de alguns relatórios que a gente vai colocar. Eu quero novamente abrir a palavra. Há mais alguém que queira falar sobre esse tema ou outros temas, lembrando que nós tivemos a apresentação... (Intervenção fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. PL - SP) - Microfone, por favor. A SRA. ELIANE FONTES - O Ex-Tarifário é muito flexível. Antigamente nós tínhamos o chamado sistema integrado. Esse nome morreu. Hoje você tem um conjunto de máquinas. Então, se, por exemplo, você quer trazer uma fábrica inteira, você a transforma num conjunto de máquinas. E aí provar a existência de produção nacional vai ser muito mais difícil, se ela realmente forma um conjunto integrado. É uma possibilidade. Vocês talvez estejam pedindo as partes isoladamente, e está havendo produção nacional, mas, se o conjunto de máquinas formar, inclusive com o sistema circuito integrado e tudo, um conjunto, você pode trazer como conjunto de máquinas e consegue obter a redução do Ex-Tarifário. O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. PL - SP) - Obrigado, aliás, depois eu recomendo que vocês tenham um contato direto aí para melhorar isso aí. (Risos.) Eu gostaria de registrar também a presença do Antônio Neto, CEO da B Games. Cadê o Antônio? Está lá atrás. Obrigado por estar aí com a gente também. Continua aberta a palavra para quem está aqui de forma presencial. (Pausa.) Pois não. O SR. ADERICO MATTIOLI - Sou o General Mattioli, Presidente-Executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança. É um setor bastante complexo, os senhores sabem disso. O Brasil busca autossuficiência de suas capacidades, e a Coreia se apresenta, sim, como uma boa possibilidade de parceria. Não é de hoje. É um tema que requer tempo. As confianças entre as partes devem ser estabelecidas, entre as empresas, e é uma relação que empenha muito Governo e Governo. Mas, nesse sentido, eu gostaria de parabenizar, em nome das nossas associadas, a iniciativa e deixar as portas abertas para aquelas iniciativas pontuais que, por ventura, desejem, tanto do lado da Coreia quanto do lado brasileiro, que sejam estimuladas. Nós estamos aqui para apoiarmos a nossa base industrial de defesa, para fazermos essa integração, de portas abertas. Então, é com satisfação que estamos aqui e podemos contribuir. |
R | Muito obrigado pela oportunidade. O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. PL - SP) - Muito obrigado. De fato, isto é muito importante: que nós tenhamos essa participação contínua, não é? E a ideia desse grupo é justamente isto: o grupo se colocar como uma porta de conexão para os diversos setores. Então, obrigado. Certamente nós podemos aí ajudar nesse envolvimento. Quero aproveitar também para registrar a presença do Dr. Edmundo Fraga Lopes, que é Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, um conhecido de bastante tempo, junto com a sua esposa aqui também - é muito bom ver vocês aqui, obrigado. Olha, a discussão pode se prolongar por muito tempo, mas estão avisando que, por causa do horário das 4h, a utilização, nós temos que encerrar. E o nosso Ministro também tem um outro compromisso agora. Mas isso é só a partida, vamos chamar assim, desse sistema. Deu para notar que nós temos a possibilidade do desenvolvimento prático de muitas ideias para se colocarem em andamento aqui através desse grupo. E esta é a ideia dessa primeira reunião prática de hoje: colocar pontos... Foi feita a apresentação aqui de uma tecnologia junto com a Coreia, no setor automotivo, que melhora muito esse setor; as possibilidades de negócios que podem ser feitos entre os dois países; as necessidades que nós temos. Foi colocado um plano de atividades para o segundo semestre aqui. Só na parte mais protocolar aqui, antes de encerrar, eu proponho a dispensa da leitura e aprovação da ata, que será composta pela lista de presença e pelas notas taquigráficas. Os senhores e senhoras - nós não temos os Parlamentares aqui, mas o pessoal está no quórum ali, protocolarmente - que aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) Então, eu dou como aprovada a ata. E, cumprida a finalidade, eu agradeço a presença de todos, o nosso Ministro, todos que estiveram aqui conosco, todos aqueles que nos assistem pelas redes do Senado e pela TV Senado. Quero agradecer muito a participação e dizer que nós estamos abertos a sugestões, ideias. Então, passem para nós aqui no Senado, através dos contatos e das redes do Senado, as ideias que vocês tenham, as relações. É justamente fazer esse network que nos interessa aqui para que nós possamos ter mais e mais a utilização prática desse grupo. Eventualmente, vamos dizer assim, em data propícia, nós vamos entrar em contato novamente para marcar a próxima reunião, em que nós tenhamos, então, outras apresentações e outras discussões, mas, de já, eu agradeço a participação de todos. Eu declaro, então, encerrada esta reunião e nos vemos no próximo encontro. Muito obrigado a todos. Um ótimo final de semana! (Palmas.) (Iniciada às 14 horas e 26 minutos, a reunião é encerrada às 16 horas e 03 minutos.) |