Notas Taquigráficas
Horário | Texto com revisão |
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R | O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA. Fala da Presidência.) - Meus queridos, boa tarde a todos, paz do Senhor Jesus. Uma alegria muito grande poder vê-los aqui. Sejam todos muito bem-vindos. E eu os convido, antes de abrir a sessão, para que fiquemos de pé e a gente ore ao Senhor nosso Deus pedindo a sua bênção sobre esta audiência pública, que tem um motivo muito especial para todos os ministros do Evangelho. Eu quero convidar, para fazer essa oração, o Pastor João Adair, por favor. Pode levantar aí o sonzinho, que é bem rapidinho, e já... O SR. JOÃO ADAIR - Cumprimento a todos, com a paz do Senhor. Então, vamos orar. Senhor nosso Deus, Pai Celestial, nós queremos, ó Deus, nesta tarde, te louvar, te agradecer por esta oportunidade que o Senhor nos concede de estarmos aqui juntamente com o Senador Zequinha Marinho, com os demais Senadores e Deputados que estarão chegando, Deus, para participar desta audiência pública. Nós queremos te louvar pela presença de todos que já chegaram e que o Senhor possa se fazer presente nesta audiência pública. Nós queremos te agradecer em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. |
R | O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Amém! Muito obrigado, Pastor João Adair. Havendo número regimental, declaro aberta a 32ª Reunião da Comissão de Educação e Cultura da 2ª Sessão Legislativa Ordinária da 57ª Legislatura, que se realiza nesta data, 12 de junho de 2024. Objetivos e diretrizes desta reunião. A presente reunião destina-se à realização de audiência pública com o objetivo de instruir o PL 4.029, de 2021, que institui o Dia Nacional do Pastor Evangélico, em atenção ao Requerimento nº 44, de 2024, da Comissão de Educação, de nossa autoria. Convido, para compor a mesa, os seguintes convidados... Poderiam se sentar todos? Eu fiquei em pé porque eu já estava em pé mesmo. Em pé ou sentado, eu não faço muita diferença. (Risos.) Quero convidar o ilustre amigo e parceiro de trabalho, que foi meu chefe de gabinete na Câmara Federal - não lembro mais o ano, mas nós dois somos jovens, não vamos pensar que faz tempo -, o Pastor e Deputado Distrital Daniel de Castro, por favor (Palmas.) - senta por aqui, Danielzinho, por gentileza, meu irmão. Quero convidar agora o Pastor Gibson Santos, Secretário Regional da Sociedade Bíblica do Brasil e Pastor Auxiliar da Assembleia de Deus em Sobradinho (Palmas.) - por favor, Pastor Gibson. Eu gostaria que o ajudassem a procurar... Quero convidar também a Pastora Cynthia Espírito Santo Soares Pereira (Palmas.) - Pastora em Espírito Santo até no sobrenome; que maravilha! -, Pastora da Igreja Vila da Graça. Convido ainda o Pastor Lourival Dias Neto, Presidente da Assembleia de Deus do Campo de Sobradinho - Ministério de Madureira. (Palmas.) Maravilha! Quero convidar... O Pastor Robson Rodovalho não chegou, o Bispo Robson. No lugar do Bispo Robson, quero convidar o Pastor Harbety, por favor. Se ele chegar, nós vamos dar um jeito aqui para ficar todo mundo junto, mas, como eu conheço o Rodovalho há uns 30 anos para cá, ele não vai chegar tão cedo. (Risos.) Vamos sentar todo mundo. Está todo mundo ficando em pé. Eu vou sentar também. Deixe-me seguir aqui. Antes de passar a palavra aos nossos convidados, comunico que esta reunião será interativa, transmitida ao vivo e aberta à participação dos interessados pelo Portal e-Cidadania, na internet, no endereço senado.leg.br/ecidadania, ou pelo telefone 0800 0612211. O relatório completo, com todas as manifestações, estará disponível no portal, assim como as apresentações que forem utilizadas pelos senhores expositores. Na exposição inicial, cada convidado poderá fazer uso da palavra por até dez minutos. |
R | Ao fim das exposições, a palavra será concedida aos Parlamentares inscritos para fazerem suas perguntas ou comentários. Bom, primeiro, gratidão a Deus e pela presença dos amados todos aqui. Esta audiência pública é bem formal de um lado, mas bem informal por outro. Agradeço a cada um e a todos vocês pela gentileza de, num horário, assim, meio complicado, poderem estar aqui. Mas é regimental, quando se tem um projeto de lei tramitando na Casa, se chamar o público interessado para discutir, debater, ouvir, a fim de que o projeto cumpra a sua missão, digamos assim, de movimentação dentro da Casa, a fim de que possa avançar. Então, é o PL que cria o Dia Nacional do Pastor Evangélico, um PL da nossa autoria, ainda lá de 2021, e a gente gostaria de que isso avançasse, se consolidasse, sendo - naturalmente, depois de aprovado nas duas Casas - sancionado pelo Presidente da República, a fim de que a gente possa ter um dia nacional para celebrar agradecendo a Deus e homenageando os amados pelo trabalho. Quanta gente ilustre, quanta gente que entregou a vida, tudo, tudo, tudo, e, de repente, cai num certo esquecimento entre nós mesmos. E a gente precisa corrigir esse tipo de ocorrência, porque a Bíblia diz: "[...] a quem honra, honra". Temos que honrar, honrar nossos pastores, aqueles que ministram sobre nós, que zelam, que choram e que lutam por nós. Isso deve ser uma atitude, no mínimo, que se possa fazer disso uma cultura, correto? Então, gratidão a Deus pela vida e pela presença de todos os senhores. E eu queria, antes de ouvir aqui os convidados que terão sua palavra, que o nosso Deputado Distrital, o Pastor Daniel Castro, usasse da palavra para externar seus sentimentos. O SR. DANIEL DE CASTRO SOUSA (Para expor.) - Obrigado, querido Presidente desta sessão, meu amigo bem particular, pessoa por quem eu nutro a maior satisfação de poder dizer que o senhor é meu amigo, Senador da República e de quem eu tive o prazer de ser chefe de gabinete, quando Deputado Federal. Eu sempre falo, por onde ando: eu conheço um pequeno grande homem, pequeno na estatura, mas grande na moral, na ética; no trabalho, nem se fala. Eu brincava com os pastores ali, ainda há pouco - não é, Pastor Lourival -: eu nunca trabalhei com um líder que trabalha como o Zequinha. Tive a oportunidade de acompanhá-lo nesse Pará, que é imenso, é enorme, nos seus trabalhos lá, e eu pude presenciar de perto o tanto que ele é disposto ao trabalho. Então, meus cumprimentos. Na pessoa de V. Exa., eu cumprimento toda a douta mesa aqui posta, é uma honra poder estar aqui. Cumprimento todas as autoridades aqui presentes nesta tarde deste dia tão especial para nós, de uma forma especial, todos os meus companheiros do Ministério de Madureira: Pastor Lourival, Pastor João Adair, Pastor Wellington, Pastor Gilson, que são os Presidentes de Campo do Ministério de Madureira, acompanhados dos seus pastores, que, nessa feita, todos eles representam aqui a maior autoridade dessa nação. Nosso querido Pastor Ivan Bonfim também, que é o Presidente do Campo de Cidade Ocidental. Ajude-me se tiver mais algum Presidente... Campo Madureira. |
R | Esses homens representam aqui neste momento o nosso querido Bispo Primaz, Dr. Manoel Ferreira; nosso Presidente Executivo Nacional, Bispo Dr. Samuel Ferreira; nosso Segundo-Vice-Presidente da Convenção Nacional do Ministério de Madureira, nosso Bispo Dr. Abner Ferreira, que é o Presidente do Estado do Rio de Janeiro; e também o nosso querido Terceiro-Vice-Presidente do Ministério de Madureira, Bispo Oídes José do Carmo, que é o Presidente da nossa igreja em Goiás. Esses homens representam esse ministério chamado Ministério de Madureira. E, pela ordem dos nossos bispos - e aí é a ordem mesmo -, nós estamos aqui representando esse digno ministério, que é o Ministério de Madureira, que tem crescido no Brasil e no mundo. Estamos presentes em 107 nações no mundo. Então, é uma honra fazer parte desse ministério. Sou Deputado em Brasília, Senador Zequinha, V. Exa. sabe disso. O meu gabinete é uma congregação do Ministério de Madureira na Câmara Legislativa do Distrito Federal, na qual sou Primeiro Secretário. O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA. Fora do microfone.) - É uma miniconvenção. O SR. DANIEL DE CASTRO SOUSA - É uma miniconvenção lá. Aliás, quem manda lá está aqui dentro, eu sou só um servo desses homens que estão aqui. Mas quero dizer dessa satisfação que eu tenho de acompanhar este dia, porque me incomodo. Vira e mexe a gente abre o zap, aí alguém está mandando para nós: "parabéns pelo seu dia". Que confusão que tem o Dia do Pastor! Domingo passado eu creio que muitos de nós comemoramos o Dia do Pastor, recebemos homenagem, mas eu creio que muitos aqui recebem homenagem em diversos dias. Então, quero parabenizar V. Exa. por estabelecer um dia específico. Talvez não sejam esses o momento ideal e o foro ideal, posto que já passou pela Câmara e já está na Casa decisória, mas quero, para todo efeito, a pedido dos nossos pastores que aqui estão, que compõem o Ministério de Madureira, que, se fosse possível, esse dia fosse estabelecido como o dia 30 de maio, em uma grande homenagem ao nosso maior líder, o Bispo Primaz Dr. Manoel Ferreira. É o dia do seu natalício. O dia em que ele completou, agora, 92 anos de idade. Tenho certeza de que, para o Brasil e para o mundo, uma referência mundial. O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA. Fora do microfone.) - São 92 de idade e 80 de ministério... O SR. DANIEL DE CASTRO SOUSA - É por aí. Já pensou? É muita lenha, não é? O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Pastor Firmino Gouveia. (Fora do microfone.) Já ouviu falar desse nome lá no Pará? O SR. DANIEL DE CASTRO SOUSA - Já. O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Esses dias nós o homenageamos porque ele completou 99 anos de idade e 65 de ministério e está lá. É claro que já fala algumas coisas assim... Mas eu fui lá à casa dele levar uma homenagem um dia desses, e foi muito bom poder ver uma pessoa... a pureza dele. Porque é o seguinte: a pessoa nasce uma criança e vai, vai, volta; aí depois você a encontra quase virando de novo uma criança, com toda aquela simplicidade, com todo aquele jeito. Mas fiquei muito feliz por vê-lo naquela situação. Eu tive a oportunidade - não interrompendo tanto você - de conviver aqui, em um mandato, com o Deputado Manoel Ferreira. O SR. DANIEL DE CASTRO SOUSA - Foi, foi. O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - A gente era muito amigo, e dou um testemunho particular aqui. Tinha dias em que a Câmara ia até 4h da manhã, em longos debates, naquela luta toda, e ele lá. Eu dizia: "Pastor, vá para casa". Não abria mão, não. Ficava até 4h da manhã conosco lá, desse jeito. Um guerreiro, uma pessoa de um espírito imbatível. |
R | Muito obrigado. Continue. O SR. DANIEL DE CASTRO SOUSA - Obrigado, Sr. Presidente. Obedecendo aqui ainda o meu tempo regimental, eu não estou conseguindo me localizar ali pelo... Ah lá, está ali. Recompôs. Cinco minutos eu tenho; 4min56. Mas eu falava sobre isto aqui: a honra que é pertencer a esse ministério e solicitar a V. Exa., se possível, considerar esse pedido em nome do Ministério de Madureira. Falo isso porque o nosso líder... o senhor acabou de falar o que ele representa. O mandato de Deputado Federal para ele, com a devida vênia, de Senador, de Presidente, é muito pequeno. Nosso líder é maior do que qualquer mandato desse que possa ser eletivo, porque ele já é eleito como um profeta de Deus aqui na terra. Eu lembro, João Adair, a gente estava junto, quando uma vez nós perguntamos para ele para que ele quis ser Deputado? Ele falou assim: "Eu queria dar uma orientação para os que vêm depois de mim, todos precisam ter. É preciso ter Parlamentares da Igreja nas Casas de Leis, para estar de frente, combatendo tudo que vem contra as nossas Igrejas, principalmente". E ele estava certo - não é, Pastor João Adair? -, porque no tempo que nós estamos vivendo, lá atrás, há mais de 15 anos, ele já falava sobre isso. Então ele falou assim: "Eu quero ser a porta de instrução, de orientação, de ensinamento, que os crentes precisam, sim, e ter atividade política". Tanto é que ele só disputou um mandato, finalizou o seu mandato, foi embora e deixou a porta aberta para todos quantos quiserem ser candidatos e instrui. Você vê que, nessa idade de 92 anos, ele faz questão de instruir a todos que nós precisamos exercer atividades parlamentares. Afinal de contas, sou fruto dessa instrução dele, tenho certeza de que este mandato que hoje exerço tem eminentemente a mão dos nossos bispos, de uma forma especial do próprio Bispo Primaz, tem o seu envolvimento. Os pastores aqui que estão no Ministério de Madureira sabem disso - não é, Nicol? -, do que ele fez. Ele saiu da sua residência no Rio de Janeiro e veio para Brasília, Senador, fazer campanha para esse Deputado aqui que vos fala, para o senhor ter ideia do que ele fez de orientação. Então louvo a Deus por fazer parte desse ministério. E quero parabenizar V. Exa. por trazer à pauta, à baila esse projeto para que a gente possa unificar e fazer uma grande comemoração, porque ser pastor é receber um convite especial de Deus. A Bíblia vai dizer, em Jeremias: "Dar-vos-ei, pastores, segundo o meu coração". A Igreja é do Senhor, mas o Senhor dá pastor para a Igreja. Olha a função do pastor! Então, sobre todos nós temos uma delegação de competência dada pelo próprio Deus de cuidar da Igreja dele. Então esses homens, pastores, pastoras, merecem mais do que nunca ter um dia especial e serem honrados nesses dias, porque são homens, são mulheres abnegadas que dedicam a sua vida, muitas vezes, muitos deles, até a família passa a ser secundária, posto que eles colocam o ministério acima de qualquer coisa, porque eles estão cuidando de algo que foi o próprio Deus que entregou na mão deles. Então eles merecem ser honrados. Ficam aqui meus parabéns a V. Exa. por essa propositura e que Deus abençoe a todos nós que estamos aqui nessa tarde. Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Muito obrigado, Deputado Daniel de Castro. Só registro mais uma vez a presença do Pastor Adair; do Pastor Cleyton Mariano; do Pastor Harberty, que está aqui conosco à mesa; Carlos Eduardo Oliveira; Ivan Bomfim; Isaac Bonfim; Pastor Vasconcellos; Pastor Elias Castilho; Mário Souza; Samuel dos Reis, Adalgiso Reis; Gilson Campos; Daniel de Castro, que está aqui, Pastor e Deputado Distrital; Lourival Dias; Antônio Oliveira; Adriano Oliveira; Marcos Antonio; André Gabriel... (Soa a campainha.) |
R | O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - ... Natan Cabral, José Davi, Josias de Oliveira, Wellington da Silva e Antônio Pereira. Daqui a pouco, com certeza, teremos mais registros aqui. (Pausa.) Pastor Marlan. (Pausa.) Quem tem uma esposa assim defende na hora. (Pausa.) Queridos, levando em consideração esse momento, em Timóteo, Capítulo 3, versículo 1, diz-se: "Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja". Sabemos da importância dos nobres pastores e das pastoras por esse Brasil. Instituir o Dia Nacional do Pastor Evangélico em lei federal é também valorizar a dedicação de todos os nossos líderes, em especial dos meus pastores do Pará e do Brasil. Muitas são as investidas contra a igreja, mas estamos aqui, firmes, mantendo a nossa fé em Cristo, buscando o reino de Deus. O IBGE já indica que, a partir de 2032 - não falta tanto tempo, não, é, Gilberto? -, seremos a maioria da população brasileira. Amém? (Palmas.) E como os nossos pastores, todo dia, têm uma importância maior nesse contexto da sociedade. Deus capacite cada um nesta missão de levar suas ovelhas a Cristo, com sabedoria, santidade e direção de Deus. Antes de passar aqui ao nosso querido Deputado Gilberto Nascimento, meu amigo, meu irmão, formos Deputados juntos e somos do mesmo partido, que está aqui conosco.... A gente vai dar um jeito aqui de esticar esta mesa, arrumar um jeito aqui. É coração de mãe esta mesa aqui. Minha querida Senadora, pastora pesada e militante, Pastora Damares está aqui também. Aos dois que chegaram agora... Vamos aplaudir os dois? (Palmas.) Muito bom. Eu gostaria de fazer um comentário rápido. Como a reunião, a audiência pública... Seja bem-vindo aqui, meu Deputado e pastor. Estamos esperando uma cadeira aqui, minha Senadora. (Intervenção fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Não, não, ela vai ficar aqui perto de mim. (Risos.) (Intervenção fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Só está faltando o milagre da cadeira. Vamos lá, algumas perguntas aqui rapidamente pelo e-Cidadania. Carlos, aqui do Distrito Federal, pergunta: "Quais seriam os impactos desse feriado no cotidiano do cidadão brasileiro?". Alguém falou em feriado aqui? Não, não é? (Manifestação da plateia.) O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Mas tudo bem, ele perguntou. Eu não vou responder nada aqui. São os expositores que, durante a exposição, vão se referir a essas perguntas e vão respondê-las. |
R | O Felipe, que é da terra aqui do Deputado Gilberto Nascimento, São Paulo da garoa, diz o seguinte: "Qual a base legal para esse ato e qual a relevância para a democracia brasileira? Esse projeto não esbarra na questão do Estado laico [...]?". Está vendo? Respondam, por favor, meus... Aí tem alguns comentários. Essas são duas perguntas. Comentários são os seguintes: a Márcia, aqui do Distrito Federal, diz o seguinte: "No meu ponto de vista, não deveria ser feriado religioso [...], acho [...] irrelevante e desnecessário". José, lá do Ceará. Tem algum cearense aqui? (Intervenção fora do microfone.) (Risos.) O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Diz que lá no Ceará não tem disso não, é verdade? Vamos lá. O José, lá do Ceará, diz: "Excelente iniciativa pra reconhecer esse papel tão importante na sociedade. Parabéns a todos os pastores e idealizadores dessa ação". Marcele, lá da Bahia: "O Estado é laico. Se criar o dia nacional do pastor evangélico, seria necessário criar um dia nacional [...] [para os outros líderes religiosos]". É claro, não é? A democracia está aberta. É só usarem seus representantes aqui. Então, esses são os comentários. Eu dou a palavra agora, começando pelo Pastor Gibson, Secretário Regional da Sociedade Bíblica do Brasil e pastor auxiliar da Assembleia de Deus em Sobradinho. Pastor, tem até dez minutos para a sua exposição. Muito obrigado. O SR. GIBSON SANTOS (Para expor.) - Muito obrigado. Saúdo a todos com a paz do Senhor Jesus Cristo. É muito bom estar aqui com os irmãos nesse momento tão solene e importante que propõe instituir o Dia Nacional do Pastor. Senador Zequinha Marinho, eu quero agradecer a Deus pela liderança e experiência que V. Exa. possui, porque são fundamentais para a discussão que vai ser proposta agora e vai tratar sobre a importância de instituir o Dia Nacional do Pastor. Eu vejo e a Sociedade Bíblica do Brasil também vê isso, o compromisso do senhor com a fé bíblica, com a sociedade e a sua visão de futuro também. Essa visão que o senhor tem é inspiradora, porque ela merece o nosso respeito. E, cumprimentando os senhores, eu também cumprimento a todos os Parlamentares, Deputados Federais, Senadores, Deputados Distrital, como nosso querido Deputado Daniel de Castro, também o cumprimento na sua pessoa. Pastor Lourival Dias, eu quero cumprimentar na sua pessoa todos os pastores da nossa querida Assembleia de Deus de Madureira, de que sou membro e com a qual também coopero em Sobradinho. Quero saudar todos os pastores, na sua pessoa, e agradecer a Deus pela sua presença aqui também. A sua liderança e a experiência pastoral que o senhor possui, elas são fundamentais para a discussão da importância do dia que nós iremos propor e debater hoje aqui. Senhoras e senhores, é com grande honra e responsabilidade que me dirijo a essa Comissão nesta tarde. Eu venho aqui defender uma figura essencial para a sociedade brasileira, o pastor. É um prazer estar aqui hoje para discutir sobre a relevância e a importância do Dia Nacional do Pastor. Esse tema nos oferece a oportunidade de tratar sobre a importância da figura do pastor tanto para a Igreja quanto para a sociedade brasileira também. Como líder religioso que sou também, é fundamental que eu aborde esse tema de forma teológica, bíblica e um pouco acadêmica, para que possamos entender a profundidade e o impacto que o pastor tem sobre a vida das pessoas. |
R | E aqui eu quero fazer uso da obra do Pastor Claudemir Pedroso, autor do livro Ministério Pastoral e Liderança. Ele vai nos oferecer uma história que nos ajudará a introduzir com clareza a relevância do ministério pastoral. Ele conta que, certo dia, na cidade de Londres, um jovem, tendo se deparado com uma encruzilhada vocacional, dirigiu-se ao grande Pastor e pregador Charles Spurgeon, em busca de uma orientação e um aconselhamento. E o jovem perguntou a Charles Spurgeon: "O senhor acha que devo me tornar um pastor, o senhor acha que devo me tornar um pastor?". Spurgeon respondeu: "Apenas se não puder evitá-lo". Embora a resposta do Príncipe dos Pregadores possa parecer rude aos nossos ouvidos, a resposta foi sábia, pois as joias mais caras do ministério pastoral são aqueles indivíduos que um dia sentiram que não poderiam fazer outra coisa senão atraídos que foram pelo chamado de Deus. Então, a vocação pastoral não é um chamado quando todas as outras portas se fecham, senhores, mas, segundo John Jowett, em seu livro O Pregador: sua Vida e Obra, vocação pastoral é quando todas as outras portas estão abertas, mas você só anseia entrar pela porta do ministério. A vocação pastoral são algemas eternas; a vocação pastoral é fogo no peito, é fogo no coração, mas nós precisamos atravessar melhor o aprofundamento sobre a importância do pastor e da sua vocação, porque não vai haver paz no coração de alguém chamado ao pastorado enquanto ele não se render à vocação de ser pastor. Não há, senhores, posição maior do que ser pastor. A vocação pastoral não é terrena, ela é celestial; a vocação pastoral é a mais sublime de todas as vocações. É por isso que não, simplesmente, para ser pastor, é suficiente o desejo de ser. Não há voluntariado no pastorado; há um chamado. Se alguém aqui neste recinto - e eu digo isso de forma muito respeitosa - ficar satisfeito sendo psicólogo, sendo jurista, professor, pedagogo ou até mesmo político, por favor, siga seu caminho e seja feliz, porque qualquer homem genuinamente vocacionado ficaria enfadado e impaciente se não seguisse a carreira que Deus lhe propôs. Isso é o pastorado. Se nós formos apenas aventureiros no ministério, poderemos estar certos de que seremos infelizes e incapazes de suportar o perfil abnegado exigido para um pastor, principalmente no Brasil. Sem vocação, o indivíduo ou desistirá da luta ou seguirá insatisfeito contaminando o rebanho e a sua própria vida. A vocação pastoral deve ser assunto da mais fervente oração, deve resultar da mais profunda reflexão. Qualquer homem ou mulher verdadeiramente chamado para o pastorado tem a capacidade de rejeitar as mais tentadoras ofertas de riqueza e comodidade por sua resolução do chamado do alto. É por isso que não é admissível confundir fantasia com inspiração, nem desejo infantil com o chamado do Espírito Santo. Se os senhores perceberem qualquer outro interesse que não seja a glória de Deus e a salvação das almas, se afastem de ser pastor ou pastora, porque o Senhor se aborrece da presença de vendedores e mercenários em seu templo. A vocação pastoral é totalmente desinteressada, mas, se a chama que aquece a sua chamada pastoral for de origem celestial, eu recomendo aos senhores: aceite o bordão e o cajado, apascente as ovelhinhas do Senhor Jesus Cristo. O Reverendo André Bueno, pastor quadrangular em São Paulo, diz que ser pastor é muito mais do que ser um pregado, está além de ser administrador de uma igreja, muito além de ser professor conferencista, ser pastor é algo da alma, não apenas do intelecto. É por isso que, a partir de agora, eu gostaria de tratar com os senhores aqui a relevância do pastor, e, em seguida, propor esse dia instituindo o Dia Nacional do Pastor no Brasil. |
R | Existe o critério do Novo Testamento, e, nesse critério, Jesus é o paradigma, é o modelo do serviço pastoral. Jesus jamais falou de si mesmo como pregador, senhoras e senhores, bispo ou presbítero, mas ele gostava de pensar em si mesmo como pastor, e a ideia de pastor estava sempre presente na mente de Jesus. O senhor Jesus se autodeclarou como o bom pastor. Ele disse em João, Capítulo 10, versículo 11: "Eu sou o bom pastor", e Ele se apresenta como um pastor modelo, cuja essência está em seu amor pelas ovelhas, a ponto de entregar a sua vida por elas. Ao contemplar as multidões que o seguiam, Ele as comparou com ovelhas que não têm pastor. Ao falar da sua vinda ao mundo, Ele dizia que tinha sido enviado como pastor a ovelhas perdidas da casa de Israel. Jesus não só escolheu esse título para si, mas Ele também o deu aos seus apóstolos. Isso é muito importante citar, dada a relevância do pastor aqui no Brasil. Para Pedro, por exemplo, um modesto pescador, Jesus lhe disse: "Apascenta as minhas ovelhas". E parece que Pedro aqueceu isso em seu coração e guardou em sua memória, tanto que ele registra em sua carta à Ásia Menor o seguinte: "Porque vocês estavam desgarrados como ovelhas; agora, porém, se converteram ao pastor e bispo da alma de vocês." Ou seja, a ideia de pastor que dá sentido ao Novo Testamento, que dá sentido à vida dos apóstolos, é o principal ofício que é resgatado na pessoa do Senhor Jesus Cristo. Então, o nosso ofício é supraimportante, porque o pastor modelo do Novo Testamento, que é Jesus Cristo, assumiu o título que nós estamos assumindo e defendendo hoje. No Antigo Testamento há algo importante a se citar. O eterno Deus é chamado de meu pastor. Ele é o pastor pessoal. Vale destacar que o pronome pessoal utilizado por David, aqui no Salmo 23, é um pronome possessivo, é o meu: Ele é o pastor pessoal; Ele é o pastor que se identifica com a ovelha. Se esse pastor está presente, é certo que nós seremos escoltados pelo vale da sombra da morte, mas com a presença desse pastor querido, que nos trará segurança em toda a caminhada. Existe uma pequena ilustração que relata um concurso público realizado por uma rádio americana. E, nessa rádio americana, o concurso público exigia que a competição fosse formulada através do Salmo 23. E muitas pessoas técnicas da oratória foram convidadas a declamar o Salmo 23. Todos declamaram com muita técnica, até que apareceu um pequeno senhor velhinho de voz arranhada... (Soa a campainha.) O SR. GIBSON SANTOS - ... e ele começou a declamar da forma como ele poderia fazer isso. Foi quando um dos competidores bateu no cotovelo do outro e perguntou: "Olha, o que acontece que a plateia passou a chorar quando esse velhinho de voz arranhada declamou o mesmo Salmo que nós estamos declamando? Foi quando outro colega dele disse: "Olha, nós conhecemos o Salmo do pastor, mas esse velhinho de voz arranhada conhece o pastor do Salmo.". Então, existe uma relevância pertinente à pessoa do pastor no Brasil. Existem pastores nesse momento que estão no Rio Grande do Sul, abrindo mão de seus recursos, abrindo as portas de suas igrejas para receber pessoas desabrigadas e, em socorro delas, saciar a necessidade física e a necessidade espiritual através de seus ministérios. Então, nesta tarde eu quero deixar claro aqui a relevância desse Dia Nacional do Pastor, que todos nós possamos aprová-lo. A Sociedade Bíblica do Brasil entende a relevância, e eu tenho certeza de que todos os pastores que estão aqui presentes também concordam com isso. Que Deus abençoe a todos, em nome de Jesus. (Palmas.) |
R | O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Amém. Excelente discurso. E, quando ele falou: "em nome de Jesus", era o 01; ali, acabou. A SRA. DAMARES ALVES (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF) - Presidente... O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Parabéns, meu querido Pastor. A Sociedade Bíblica do Brasil está muito bem representada. Senadora Damares, para suas considerações, comentários, enfim. A SRA. DAMARES ALVES (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF. Para interpelar.) - É só que quarta-feira é um dia muito complicado para todos nós no Senado: estão acontecendo inúmeras Comissões ao mesmo tempo, mas eu quero receber, com muito carinho, todos os pastores que estão aqui no plenário, receber com muito carinho todos os expositores. O Senador Zequinha Marinho escolheu a dedo os expositores. Parabéns. Amo todos vocês: o Pastor Gibson, que eu conhecia pouquinho; o Pastor Daniel, nosso Deputado, meu amigo, amigo de todas as horas, de campanha, de trio elétrico, de tudo; o Pastor Lourival, casado com a pastora mais linda do Brasil; o Pastor Harbety - Deus te abençoe! -; a Pastora Cynthia; todos que estão aqui. No plenário, eu queria fazer um destaque especial, Senador Zequinha, porque está conosco - com muita alegria a gente o recebe - o Pastor John David Martin, fundador da Igreja Verbo Vivo no Brasil. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Cadê ele? A SRA. DAMARES ALVES (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF) - Aqui. Esse grande líder nacional... O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Bem-vindo. A SRA. DAMARES ALVES (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF) - Fica aqui, inclusive, uma orientação para os pastores: quando estiverem cansados, desanimados, vão lá passar um dia com ele. Ele tem o ministério de cuidar de pastores também. Ele fez isso comigo recentemente, ele e a família - a Pastora Sara, a filha dele, que está aqui. Pastor John, é uma alegria recebê-lo aqui no Senado. E o meu Pastor João Adair também está aqui. Deputado, esta audiência pública acontece em cumprimento a uma norma que nos é imposta pela legislação. Para se instituir uma data nacional, a legislação nos obriga a ouvir o segmento, se o segmento concorda ou não com a data. Esse projeto de lei nasceu na Câmara dos Deputados. O autor do projeto de lei é o nosso querido Deputado João Campos, também da Assembleia de Deus. O projeto tramitou na Câmara por algum tempo, passou, veio para o Senado. E hoje o nosso Relator no Senado é o nosso Senador Zequinha Marinho - não podia ser outro senão o Zequinha Marinho. Mas eu preciso trazer a minha preocupação com relação ao projeto de lei, e a gente vai precisar falar sobre isso. Numa rápida busca aqui no Google, o Dia do Pastor na Igreja do Evangelho Quadrangular é 1º de outubro; o Dia do Pastor na Igreja Presbiteriana é 17 de dezembro; O Dia do Pastor na Igreja Batista coincide com a data do projeto, que parece que é o Dia do Pastor também na Assembleia de Deus; mas, na Metodista, é o 2º de domingo de abril. A gente vê que essas datas estão muito consolidadas nas suas denominações. A gente vai instituir um dia nacional e vai precisar ter muito essa preocupação com esse dia nacional, para que a gente não cause, lá na ponta, uma confusão na mente daquela criança que está na escola dominical e vai receber o calendário da escola, porque, um dia desse, instituído, vira dia oficial; não é feriado, mas é um dia oficial. Ela vai receber lá na escola um calendário, vão homenagear, vão falar do pastor lá na escola, mas, na igreja dela, não é aquele dia. |
R | Então, eu trago aqui as minhas preocupações, inclusive se a gente vai ouvir todas as denominações, se a gente vai continuar nessa direção. Qualquer modificação que a gente fizer aqui no Senado, este projeto de lei vai voltar para a Câmara e vai tramitar mais um tempo lá. O ideal seria não ter nenhuma modificação, para que ele fosse aprovado aqui, mas eu trago uma outra preocupação também: é que essa é uma nação... Na Igreja Quadrangular, por exemplo, que é a minha igreja de origem, mais de 58% são pastoras. Nós temos inúmeras denominações com pastoras. A própria Igreja Assembleia de Deus... Recentemente eu estive, este final de semana, com a Assembleia de Deus de Manaus, que está ordenando mulheres. A Batista já está ordenando mulheres. Eu sei que para nós, conservadores, "todos" é todos, tá? Então, a gente não usa "todos e todas", tampouco "todes", não é? E a gente se sente contemplado com o Dia do Pastor, mas eu fiz questão de indicar para a mesa uma pastora. Se a gente instituir o Dia Nacional do Pastor, seria redundância a gente homenagear e a gente colocar em homenagem essas mulheres aguerridas, que estão lá na ponta. E aí fica a minha sugestão, Senador Zequinha, que eu quero trazer aqui. Eu estou lá na ponta, o senhor está lá na região ribeirinha; a gente chega em cidades em que não tem um pastor, mas tem uma pastora. Essa é a realidade do Brasil. A gente tem diferenças teológicas de aceitar ou não pastoras em algumas denominações, mas elas existem e elas são milhares de milhares. Então, eu traria aqui esse levantamento de dúvida. Eu não tenho aqui uma certeza se todos nós ficaríamos contemplados com apenas a palavra "pastor". Inclusive, eu vi o auditório lotado de pastores e eu fiquei muito brava; eu queria isto aqui lotado de pastoras também. Faltou a gente fazer mais divulgação. Também não caberia, não é? Se a gente colocasse isso aberto, isto aqui ia explodir de pastores e pastoras, o Senado não ia comportar. Mas fica aqui, Senador Zequinha, a minha pergunta. Inclusive, eu quis fazer essa pergunta antes, porque os demais expositores vão falar. Eu vou precisar sair - tem uma audiência agora que fui eu, inclusive, que provoquei -, mas eu queria provocar o debate. Nós vamos ficar todos contemplados com o Dia Nacional do Pastor, ou a gente poderia homenagear essas mulheres incríveis com o Dia Nacional do Pastor e da Pastora, sem querer ir para uma ala ideológica, mas por homenagem, por reconhecimento. Mas, se a gente trouxe a palavra "pastora", vai ser uma emenda de redação, e aí não volta para a Câmara; ou, se a gente trouxe a palavra "pastora", muda o mérito e volta para a Câmara? Se voltar para a Câmara, eu recuo aqui na minha sugestão. E também há a minha preocupação com a data, Senador. A gente vai instituir o segundo domingo do mês de junho. Eu sei que a grande maioria da Igreja Evangélica é a Assembleia de Deus no Brasil. Vocês são a maioria esmagadora, mas as outras denominações não consideram esse dia. Então, fica aqui esse levantamento de dúvida, a minha sugestão e a minha provocação aos demais oradores. |
R | Claro que vou acompanhar o voto do Relator, o que o Relator decidir, porque quem manda aqui em mim é o Senador Zequinha. Em tudo, em todas as Comissões é ele meu Líder, que me orienta. Estamos juntos há muitos anos. Muitos anos atrás, ele era Vice-Governador. Em tudo o Senador Zequinha tem mais experiência, é o nosso grande Líder aqui na Casa. Então, eu gostaria de trazer as minhas colaborações para este debate, agradecer à Pastora Cynthia por ter aceitado o desafio de ser bem-aventurada e cumprimentar todas as pastoras, todos os pastores, especialmente os pastores que votaram em mim, que estão aqui, e os que não votaram não vão para o céu. (Risos.) Se for de Brasília e não tiver votado em mim, não vai para o céu. Que Deus abençoe todos vocês! Eu estou muito feliz com este evento. À Secretaria da nossa Comissão de Educação, obrigada pelo trabalho. Deus os abençoe. E continuem firmes, meus pastores. Ai do Brasil se não fossem os senhores. Ai desta nação se não fossem os nossos pastores e pastoras. Que Deus os abençoe! (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Muito obrigado, Senadora. Lá no Pará, não tem problema: quem não votou pode se redimir na próxima. Agora, o Bispo Rodovalho. Seja muito bem-vindo. Vamos aplaudi-lo? (Palmas.) Por favor, Bispo, chegue para cá. (Pausa.) ... Pastora Cynthia Espírito Santo - tudo a ver, não é, pessoal? Eu quero registrar - não sei se vou repetir, porque levaram a outra lista; ela sumiu aqui - a presença do Pastor Abner Santos. É da Madureira, Pastor Abner Santos? (Intervenção fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Tu vais concorrer com o outro? Com o Ferreira? (Intervenções fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Pastor Heder Henrique, Pastor Rodrigo Oliveira, Pastor Matheus Silva, Pastor Jackson de Jesus, Pastor Diego Armando - não é Maradona - Estevão, Pastor Josias de Oliveira Filho, Pastor Marcos Alcantara Arcanjo, Pastor André Luiz da Silva Felix, Pastor Ismael Almeida, Pastor Marco Antônio Oliveira, Pastor Marcos Aquino de Alencar, Pastor Rodrigo Pereira Nunes, Pastor João Ricardo de Oliveira Lemos, Pastor Joaquim Fernandes, Pastor... Está complicado aqui, mas é... Maquetum? (Intervenção fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Maquechetum. Era em reverência àquele cara lá do outro lado? (Intervenção fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Era. E aí botou no português aqui? Pastor Jackson Santana, Pastor Jobson Kassio da Silva... E aí tem um nome aqui difícil: Pastor Ben... (Intervenção fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Bentilho. Sintam-se todos bem-vindos, abraçados, a esta reunião. Meu querido Bispo Rodovalho, saudações aqui! |
R | Já ouvimos um dos apresentadores, expositores, e vamos ouvir - a nossa irmã Pastora Damares, Senadora, teve que sair para outra reunião - agora a Pastora Chyntia Espírito Santo. Está bem? (Intervenção fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Segure aí, pois o senhor é daqui a pouquinho. Registro ainda a presença do Pastor Egmar... Cadê o Pastor? Ei, rapaz, fique em pé direito! (Risos.) Vamos lá aplaudir o Egmar. (Palmas.) Deus abençoe. Eu não vou pedir para Madureira levantar o braço aqui, porque, senão, vai esmagar a gente. (Risos.) Deixe quieto, não é? Deixe quieto, deixe quieto. Pastora Cynthia. A SRA. CYNTHIA ESPÍRITO SANTO SOARES PEREIRA (Para expor.) - Meu querido, eu estou só um "tiquinho" preocupada. Posso externar a minha preocupação? É porque assim: Pastora e dez minutos é um negócio que... Eu não sei como é que nós vamos fazer, não! O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA. Fora do microfone.) - Corre que já... A SRA. CYNTHIA ESPÍRITO SANTO SOARES PEREIRA - Não! Pare esse trem aí que eu nem comecei. (Risos.) Eu trouxe humildemente uma apresentação a vocês, meus irmãos. Eu não sei nem se eu vou conseguir ler meus agradecimentos, porque o trem já está correndo. O Senhor vai ter que dar um jeito nisso, porque Deus é o Senhor do Tempo, não é? Então, Ele vai ter que me dar graça. Meu Bispo querido, eu vou começar pelo senhor... Para ser mais rápida, eu vou ler, porque, se eu falar, complica. Boa tarde a todos. Que a paz de Cristo esteja no coração de todos aqui neste lugar. É um prazer estar aqui com esse propósito hoje. Na pessoa do Bispo Rodovalho, eu cumprimento a todos os irmãos em Cristo que compõem este honroso dispositivo. E agradeço ao Senador Zequinha Marinho e à Senadora Damares pelo convite e pela oportunidade de ressaltar, em nome de todas as minhas irmãs que, assim como eu, estão na linha de frente do ministério de Jesus, levando a palavra da salvação, a relevância do cuidado, do amparo, do pastoreio que exercemos na grande comissão de Jesus Cristo em sua ordenança de levar as boas novas do Evangelho da paz. Eu vejo como a mão de Deus esta oportunidade. Por quê? A oportunidade que este projeto trouxe instituindo o Dia Nacional do Pastor como um momento de trazer a reflexão nesta minha fala justamente para trazer a consciência do papel, da importância e da legitimidade da mulher na Bíblia e na sociedade... Quando eu crescer, eu quero ser igual ao senhor, Pastor Gibson, para ser tão assertivo e tão rápido na sua colocação. E, antes de iniciar a minha apresentação, eu gostaria de fazer alguns agradecimentos, porque, sem essas mulheres de honra, essas mulheres de valor, eu não estaria aqui: é claro que eu tenho que começar pela minha mãe, a primeira geração da minha família a se converter, a D. Tânia, que é um exemplo de perseverança, de comprometimento com a família e com os valores do reino; à Missionária Maria de Lurdes e a seu esposo, ambos já na casa do Pai, por terem sido os mensageiros da palavra do Senhor e o meu primeiro contato com o corpo de Cristo; à Bispa Lúcia Rodovalho, que conheci ainda Pastora no início do seu ministério em Brasília, lá em 1992, na Asa Norte, a quem devo toda a iniciação no crescimento e conhecimento da palavra, igreja onde fui acolhida, discipulada e onde fui ordenada Pastora junto com meu marido, Pastor Marlan - Dia dos Namorados numa audiência pública, não é, bem? -, meu líder e companheiro há 37 anos; ao Ministério Sara Nossa Terra, Bispo, toda nossa gratidão e honra; à Senadora Damares, que já se ausentou, mulher que em 2001 foi usada por Deus para despertar a realidade do papel político da igreja no meu coração e juntas no Fenasp - não é, Bispo Alves? -, uma iniciativa louvável, mais uma vez, do Bispo Rodovalho, de envolver a igreja na responsabilidade que todos nós temos como cidadãos. Atuamos como voluntárias e colaboradoras, cada uma com seus talentos e dons a serviço do reino. |
R | Minhas irmãs de sangue, Tatiana, Maitê e Débora, que amo profundamente, vocês são admiráveis. Às minhas irmãs de causa do Flores de Aço, meu muito obrigada por todas as aventuras que temos vivido nessa jornada chamada vida. Minha querida Pastora e amiga Cláudia Mineu... E, para finalizar, minhas filhas, Luíza e Natália, minhas netas, Luna e Helena, é por vocês, nossa descendência, que seguimos na brecha para deixarmos um Brasil melhor. Eu quero registrar a presença da Apóstola Mary Angela Alves, fundadora e líder do Commfe (Conselho Federal de Mulheres Ministras do Evangelho e Femininas), que veio da Bahia especialmente para esta audiência. Esses agradecimentos são apenas uma introdução, somente para enfatizar que ninguém faz nada sozinho. E eu me sinto extremamente acolhida com tantos homens de valor, com tantos homens de honra aqui em defesa da família, em defesa das nossas crianças, em defesa da própria Igreja. Poderia me sentir um pouquinho constrangida, não é? Eu até cheguei a contar quantas mulheres tem aqui e eu falei: "Cadê as meninas, pelo amor de Deus", mas, vendo pelo lado da função e do papel de cada um de vocês de serem os provedores, de serem os protetores, eu me sinto extremamente segura e acolhida por esta audiência extremamente qualificada. Então, para começar - e eu vou ter que correr, correr, correr, correr -, eu gostaria de colocar... Onde que eu aponto? Para cá? Então, vamos falar rapidinho sobre a mulher na Bíblia. E, longe da abordagem acadêmica - tá, Pastor Gibson? -, eu quis ser o mais leiga possível, para que todas as pessoas pudessem entender. Trouxe algumas referências, trouxe fatos históricos somente para construir uma linha de raciocínio. Deus nos criou lá em Gênesis e nos disse: "enchei a terra, e sujeitai-a; dominai". À sua semelhança, Deus nos criou, não é? À semelhança de Deus, homem e mulher, Deus os criou. Deus viu que era bom. O que não era bom era que ele estivesse só, o homem. O homem... Deus nos tirou da costela de Adão, ou seja, ao seu lado. Não foi de outro órgão acima nem de outro órgão abaixo, foi ao lado. Por quê? Porque nós estamos juntos nessa missão. O engano veio. Existem teses diversas, não é? O fato é que Eva estava sozinha no momento do engano. A queda teve consequência para todos. Para a serpente, maldição, inimizade, a derrota. Para a mulher, nós sabemos, dores, muitas dores. Eu sou mãe de três, todos partos normais, foram difíceis para caramba, vivi isso aí na pele. Para o homem, a terra foi amaldiçoada: de dores, sofrimento, suor, trabalho, fadiga vem o sustento. Ou seja, pelo erro, todos somos afetados, mas Deus, em sua infinita misericórdia - espere aí, que aqui está na ordem errada -, trouxe o quê? Um plano de reconciliação com a humanidade através de uma mulher. Jesus teve que passar... Apesar de Deus, ele abriu mão de sua deidade e foi hóspede de Maria. Ele foi gerado pelo Espírito Santo, mas ele esteve nas entranhas de uma mulher. Ele passou pelo nascimento carnal, ele foi amamentado por Maria. |
R | E as mulheres no ministério de Jesus? Maria... Gente, vamos contextualizar... Olha lá aquilo: 2min40. Vai dar certo isso não, Zequinha. (Risos.) (Intervenção fora do microfone.) Vou correr. Maria aceitou o desafio. Se coloquem no lugar de uma menina de 16, 17 anos, uma criança praticamente, dentro já, prometida, e ela sabe que vai ser mãe e não mãe dentro de um contexto natural. Ela foi uma guerreira da fé. Para os que defendem o aborto, olha que coisa mais linda, o encontro de João Batista e Jesus ainda no ventre de suas mães. Isso é sobrenatural. Jesus, durante o ministério, existem várias passagens em que ele resgata meninas, ele resgata mulheres, ele traz, inclui para dentro, ele inclui para dentro da sociedade que, infelizmente, muitas vezes, as deixava de fora. Todos os irmãos aqui sabem, são várias as referências. As mulheres mantenedoras, nós temos aqui um grupo de mulheres que mantinham o ministério de Jesus, a importância delas desde sempre. As mulheres acompanharam a crucificação. Elas foram quem viram primeiro, não só os anjos, mas o próprio Senhor insurreto. E não é porque somos fofoqueiras, queridos, é porque nós temos mais sensibilidade para ver essas coisas. (Palmas.) Por favor, irmãs. Já falei. E o apóstolo Paulo coloca muito bem: "Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo". (Soa a campainha.) A SRA. CYNTHIA ESPÍRITO SANTO SOARES PEREIRA - "Mulheres, sujeitem-se cada uma a seu marido, como ao Senhor." "Marido, ame [...] a sua [...] [esposa], [...] como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela." Esse é o papel de cada um dentro, mas andamos juntos. Porque para Deus não há distinção entre homem e mulher. Nós fomos comissionados com a função do governo, ambos homem e mulher. Para reflexão. São todos os ministérios que o Senhor nos apresentou através de Paulo, em Primeira aos Coríntios. Ou seja, cada um tem o seu lugar, cada um tem a sua função dentro do ministério do Senhor: identificação de diversidade de dons, importância da unidade, hierarquia e ordem, chamada ao serviço, dependência mútua, valorização da diversidade. Vou deixar esse link para vocês conferirem depois. E o ministério feminino. Aqui entram vários atributos em que nós contribuímos: a formação e inclusão, o modelo de fé, empatia e sensibilidade. Tem coisas que só a mulher realmente tem: sensibilidade, tem como acolher, tem como se ter essa empatia realmente com tudo o que acontece; diversificação de perspectivas. Deus nos fez diferentes. Nós temos características diferentes e nós nos somamos, e, dentro dessa somatória, nós alcançamos a plenitude que Deus desejou. Mulheres inspiradoras, eu trouxe algumas para poder mencionar. Jarena Lee, uma evangelista afro-americana do século XIX; em 1819 foi a primeira a ser autorizada pela Igreja Metodista a pregar. Na sequência, vem Catherine Booth, que foi a cofundadora do Exército da Salvação, mãe do Exército da Salvação. Depois vai ficar disponibilizada essa apresentação para vocês conferirem. Antoinette Brown Blackwell, a sua ordenação foi um marco histórico, porque desafiou as normas da época - apesar de a Bíblia ter essa equidade, a gente sempre passou por preconceitos -, ela foi ordenada em 1853 na Igreja Congregacional, em South Butler, Nova York. Frida Vingren, não tem como falar de Assembleia de Deus sem falar da cofundadora Frida Vingren, ela se tornou uma das mais importantes líderes femininas. Aimee, aqui como a Senadora mencionou, a fundadora, uma evangelista da Igreja do Evangelho Quadrangular, em 1923. |
R | Aí entram algumas discrepâncias, gente, e aqui esta audiência mostra bastante o que esses números dizem. Éramos 18 mulheres e... Eu nem sei, na audiência é quanto a lotação aqui do Plenário, 80 pessoas? (Pausa.) Cem pessoas. Então, tirem aí: de 15 mulheres, o restante homens. Então, nós temos aqui 31% de representação da população brasileira - evangélicos, segundo o IBGE -, 58% são mulheres. Em algumas igrejas pentecostais, esse número chega a 69% da membresia. Em sua grande maioria, elas são pardas e negras, 48% recebem até dois salários mínimos. Isso é um retrato do Brasil, isso é um retrato da nossa comunidade cristã. Aqui eu vou incomodar a todos vocês, me perdoem. Não foi à toa que a Senadora falou que eu sou corajosa, porque é um dado muito importante. Nós precisamos de todos vocês, homens, homens de fé, homens de valor, para mudar esse panorama: 40% das mulheres vítimas de violência são cristãs. Não necessariamente os agressores sejam cristãos, existem vários casamentos mistos, mas a igreja é uma emergência. É uma emergência da alma. Nós recebemos pessoas de todos os estados - estados, que eu digo, emocionais. Dos 205 signatários da Frente Parlamentar Evangélica da Câmara dos Deputados, 25 são mulheres. Eu ouvi aqui o irmão falando do incentivo à representatividade da mulher, da representatividade no Parlamento. E eu pergunto: as igrejas estão incentivando as mulheres a isso? Nós precisamos desse olhar feminino, nós precisamos da alma feminina em todos os lugares. Aqui tem a matéria, tem o link. Dos 513 Deputados, 399 se identificam com confissão religiosa, 233 são católicos, 83 Deputados de identidade cristã, 76 são de confessionalidade evangélica. Isso é uma tendência também no Parlamento. Essa matéria, gente, é novinha, foi publicada hoje: "Perseguição a cristãos atinge níveis alarmantes em 2024". Quem são os mais vulneráveis nessa perseguição? Mulheres e crianças. Mulheres e crianças estão sendo mortas e assassinadas. Homens também, claro, mas aqui nós estamos falando de vulnerabilidade, de quem precisa ser cuidado. A coisa está feia, para resumir. A pesquisa sobre as mulheres na política. Toda essa nossa ambientação reflete na hora do voto também. Nós precisamos educar a nossa audiência, nós precisamos conscientizar as mulheres em relação à sua responsabilidade cidadã. Líderes cristãs da atualidade - eu vou passar rápido aqui -: Pastora Joyce Meyer; Apóstola Valnice Milhomens - eu preciso citar essas mulheres, elas são guerreiras, têm feito um trabalho fantástico ao longo dos anos, precisam de reconhecimento de vocês, homens, de todas as congregações -; Bispa Lúcia Rodovalho; Pastora Elizete Malafaia - infelizmente não tem como esgotar, são muitas, eu trouxe algumas para poder ilustrar -; Bispa Sônia Hernandes; Bispa Dirce Carvalho; Bispa Keila Campos; Pastora Ana Paula Valadão; Pastora Cassiane, que não poderia deixar de citar; Apóstola Mary Angela, que está aqui fazendo um trabalho fantástico com esse conselho; Pastora Damares Alves, eu acho que é inegável, eu não sei nem se eu preciso comentar sobre a vida, sobre a atuação dessa mulher ao longo desses últimos 30 anos, onde Deus a trouxe e como Deus tem usado sua vida. |
R | E aqui a minha homenagem singela a esta mulher, que é o exemplo de liderança cristã feminina... Se tem uma pessoa que sintetiza Provérbios 31, é a Michelle Bolsonaro, e ela tem impactado toda uma geração. Levem isso em consideração em suas pregações, em seus ensinos, nas escolas, porque a mulher tem, sim, um papel legítimo na Bíblia. E eu estou aqui justamente para dar uma cutucada, incomodar um tiquinho vocês, porque a gente precisa do apoio, do reconhecimento e da força de todos os homens, de todos os pastores. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Muito obrigado, Pastora Cynthia. Não tem problema, os homens perdoam todas as mulheres. (Risos.) A SRA. CYNTHIA ESPÍRITO SANTO SOARES PEREIRA (Fora do microfone.) - Obrigada. O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Obrigado pela sua participação. É muita honra tê-la aqui, a senhora representa aqui 52% da população brasileira. Eu queria que ficasse de pé, olhando para o público ali, nossa Apóstola Mary Angela, do Conselho Federal de Mulheres Ministras do Evangelho. Pode ficar em pé, Irmã. (Palmas.) Aí! A senhora veio de longe, não foi? Da Bahia? A SRA. MARY ANGELA BRITO ALVES (Fora do microfone.) - Feira de Santana O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Feira de Santana, na Bahia. Seja muito bem-vinda, sinta-se abraçada e acolhida. Eu quero também registrar a presença do Pastor John David Martin. É americano ou não é? (Pausa.) Saiu? Então tá. Bispo Alves. Dá-se a mão ali. Abençoado. O senhor o conhece, Pastor, Bispo... (Pausa.) Já o viu algumas vezes. Muito obrigado, meu amado. É uma satisfação e uma honra tê-lo aqui conosco neste momento. Meu querido Deputado Otoni de Paula, que está ali. Quem pode aplaudir o Deputado? (Palmas.) Bem-vindo, querido. O SR. OTONI DE PAULA (Bloco/MDB - RJ. Fora do microfone.) - Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Meus sentimentos. Que Deus continue te dando força e graça todos os dias. Reverendo Bispo Rodovalho, para a sua exposição nesta tarde. (Palmas.) Obrigado pela presença. É uma honra tê-lo aqui. Que Deus te abençoe todo dia mais. O SR. ROBSON RODOVALHO (Para expor.) - Eu quero, primeiramente, cumprimentar a todos os irmãos. Quero saudar o Presidente, Senador Zequinha, pela importante iniciativa deste dia, e também a Senadora Damares, que ainda falava quando cheguei. Quero cumprimentar todos os pastores, irmãos, missionários, apóstolos, bispos, como eu. Algumas igrejas têm uma terminologia um pouco diferente. Quero cumprimentar a Pastora Cynthia, na pessoa de quem eu cumprimento as pastoras; e a Pastora Mary também, que acabou de se apresentar. Quero cumprimentar nossos queridos Parlamentares cristãos, evangélicos que estão aqui presentes. E quero dizer que é extremamente importante aos meus olhos, Senador Zequinha, esta homenagem e este evento para homenagear essa categoria de profissionais. Não gosto desse título, porque a gente não está numa profissão; a gente está numa doação, numa missão - em parte, ela é profissão, mas, em parte, 90%, é coração. Todos nós somos missionários, todos nós sonhamos com uma causa, estamos aqui por amor ao nosso chamado. |
R | Quero cumprimentar alguns amigos - o Pastor Egmar e outros que aqui estão - e dizer, queridos, que, num momento como este, nós estamos provavelmente lutando a maior batalha espiritual do nosso século e do século passado. Nós não tivemos nenhum momento até hoje, desde o Avivamento da Rua Azusa, no qual nasceu a Assembleia de Deus e muitas das nossas igrejas que foram filhas, netas, bisnetas daquele mover de Deus, até hoje nós não tivemos um momento tão acirrado de guerra, batalha espiritual como o que estamos vivendo. Hoje, o número dos evangélicos é gigante, eu vi a estatística que a Pastora Cynthia trouxe - 31%, segundo os dados do IBGE -, mas eu pessoalmente discordo veementemente, Senador Zequinha, e quero deixar registrado aqui que eu tentei três vezes oficialmente, por órgãos oficiais, conseguir este índice de evangélicos da última pesquisa de 2022, cujo Presidente era Bolsonaro. Até hoje nós não temos esse índice, não saiu, não existe nada oficial, eles estão sobrestando esses números, não sabemos por que motivo - quer dizer, sabemos -, provavelmente a igreja é mais de 37%, talvez até 40%, e, por causa disso, não é bom que esse número venha à tona. Provavelmente a frente, Senador Zequinha, poderia fazer um gesto de convocar o Presidente do IBGE para que ele pudesse explicar por que é que esse número ainda não está disponível ao público. Nós tivemos um número de 150 mil igrejas e congregações, contra 70, 80 mil bares. E o dia em que eu vi isso, esse índice, eu quero dizer que eu chorei, porque a minha vida inteira, desde que eu me converti, na minha adolescência, eu jejuei e orei para um dia em que o Brasil tivesse mais igrejas que bares e boates, e esse dia chegou. (Palmas.) Graças a Deus esse dia chegou - e chegou oficialmente, e chegou oficialmente. O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - O senhor me permite um parêntese? O SR. ROBSON RODOVALHO - Pois não. O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Não é regimental interromper o discurso. O SR. ROBSON RODOVALHO - Não, pode falar. O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - O senhor conhece um pouco do Estado do Pará, não é? O SR. ROBSON RODOVALHO - Sim. O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Graças a Deus, tem uma igreja uma abençoada. Tem município no Pará em que nós somos mais da metade da população. O IBGE me traz um resultado dizendo que nós somos apenas 26,7% da população. Isso me deixou também... Queria aqui me solidarizar com o seu sentimento. O SR. ROBSON RODOVALHO - Muito obrigado. Eu acho que precisaríamos fazer algum movimento em direção ao IBGE e ao atual Presidente - embora isso não seja responsabilidade dele, porque o formulário foi feito no Governo do Presidente Bolsonaro, as pesquisas foram em campo naquela época, e eu falei com o Presidente Bolsonaro pelo menos umas três vezes sobre o cuidado -, porque esse índice é muito importante, esse índice estabelece todas as políticas públicas em que qualquer um dos ministérios - da Economia, da administração, da Cidadania, Ministério da Saúde - se baseia, verbas, inclusive, para convênios com entidades que nós não sabemos por que, qual a necessidade disso, qual é o público que isso representa. |
R | Enfim, eu acho que essa é uma batalha que a gente tem que tratar no âmbito da academia. Nós não queremos discutir religião. Nós queremos discutir integridade de órgãos governamentais. Nós queremos discutir política íntegra e imparcial num país que se diz laico, sem preconceito. O que aparentemente parece é que do outro lado não pode ter preconceito, não é? É proibido, é crime... Mas, contra os evangélicos, pode tudo: pode sobrestar números, pode fazer piada, pode fazer preconceito. Nós vencemos e estamos quebrando esse estigma contra o Evangelho no Brasil e vamos quebrar. Porque no ano de 2031... E agora eu quero falar um pouquinho até mais como matemático e físico que sou, e eu participei desse projeto. Já está estabelecido que em 2031, provavelmente entre os meses de julho e agosto, a curva de crescimento, se continuar como está, definitivamente... Isso é apenas estatística, não tem nada de torcida nem de fé. Em 2031, de junho a agosto, a Igreja Evangélica será mais de 50%, 50,3%, 50,5%, 50,8%. Então, tem dia e hora para isso acontecer. E nós precisamos avançar não só com um número, não adianta a gente avançar em números, em estatísticas, pelo trabalho missionário de cada um dos pastores, dos amigos, dos irmãos que aqui estão. E essa igreja é valente, entra em morros, sobe morro, entra nas favelas, vai para as prisões, vai para os hospitais. A igreja não tem limite. Ela não precisa de verba pública; ela precisa só de uma coisa: da graça de Deus e do poder do Espírito Santo. Então, eu quero deixar os parabéns pela sua excelente iniciativa. Por isso eu estou aqui e fiz um esforço de agenda, como muitos dos nossos irmãos que aqui estão. E quero dizer que a gente precisa ter momentos como este, para que a gente possa pensar o Evangelho. Outra coisa: pastores, amigos e irmãos de ministérios, não basta apenas nós termos o poder da fé e o poder da palavra em nossos templos. Nós temos que cuidar, Senador, também da educação cristã. Porque, se nós falamos na alma dos jovens, das crianças, do nosso povo, mas quem faz a cabeça deles é um professor da escola, da universidade esquerdista ou ateu, será que nós vamos ganhar essa guerra? Os meninos de 14 a 18 anos saem da igreja... Porque aí: "pai, você não manda mais em mim; pai, eu é que sei o que eu quero para mim; o meu professor falou que isso não é...". Eu, depois que saí da política, me entreguei no ministério, num chamado muito árduo, que é fazer uma participação na chamada Bíblia Científica, que é apenas trabalhar alguns pequenos ajustes nas linguagens das bíblias mais modernas e nas traduções, porque ficou algum gap do ponto de vista da ciência, e isso me preocupou demais. Gênesis: tarde e manhã, o primeiro dia; tarde e manhã, o segundo dia; tarde e manhã, o terceiro dia; mas o sol só aparece no quarto dia. Sem sol, você não pode falar que teve tarde e não pode falar que teve manhã. Isso descredibiliza cientificamente o Livro de Gênesis. É uma preocupação, simples, é apenas um problema de tradução... (Soa a campainha.) O SR. ROBSON RODOVALHO - Já encerro. A melhor palavra ali é "houve desordem" e "houve ordem", porque a palavra é idêntica. Podia colocar tanto "tarde" quanto "desordem", tanto "ordem" quanto "manhã". |
R | Enfim, eu acho que nós temos que pensar não com a nossa cabeça apenas. Vamos pensar no Evangelho para os meninos que têm 14 anos, 12 anos, 16 anos, 20 anos, que nasceram na Igreja e muitos estão saindo, vamos criar uma Igreja que tenha inteligência para liderar nossa geração. Nós não podemos nos dar por satisfeitos de termos números; nós podemos nos dar por satisfeitos para que tenhamos conhecimento, sabedoria e profissionais competentes para liderar nossa geração. Eu quero parabenizar as pastoras e dizer que ponha meu nome, Cynthia, no abaixo-assinado. Assino com você e com a Damares. A Damares passou aqui para pedir minha assinatura. (Palmas.) Eu falei: "Damares, minha mulher é pastora desde que eu fui. Nós fomos ordenados junto, as comunidades, não era nem Sara, estavam juntas nesse projeto de marido e mulher." Eu sei que nem todas as denominações têm esse costume e eu respeito profundamente, mas é uma benção ter uma mulher que enxerga junto com a gente, porque, às vezes, a mulher enxerga até mais que o marido. Senador, obrigado. Obrigado pela palavra. Desculpe passar alguns minutos. Deus abençoe. Deus abençoe todos e parabéns aos pastores. Levantem as mãos todos os pastores. Senhor, nós abençoamos nossos irmãos, nós abençoamos todos que gemem no altar, que trabalham levando a Sua palavra em nome de Jesus. Amém. Obrigado, meu Senador. O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Amém. Muito obrigado, Bispo Rodovalho. Obrigado mesmo por ter se esforçado tanto para chegar até aqui e estar conosco nesse momento. Deus o abençoe e recompense em tudo. Vamos avançar ouvindo agora nosso último expositor, Pastor Lourival Dias Neto, Assembleia de Deus Madureira de Sobradinho. O SR. LOURIVAL DIAS NETO (Para expor.) - Eu quero cumprimentar aqui o Senador Zequinha Marinho, Presidente desta Comissão. Cumprimento aqui todos os pastores e pastoras: as pastoras, na pessoa da Pastora Cynthia, que fez uso aqui da palavra; cumprimento aqui todos os pastores na pessoa do Pastor João Adair, Presidente da nossa Catedral Baleia. E quero dizer da minha alegria de ser voz aqui nesta tarde do nosso colegiado de bispo: Bispo Primaz Manoel Ferreira; Bispo Samuel, nosso Presidente Executivo; Bispo Abner Ferreira, da nossa Igreja Mãe; e o Bispo Oídes José do Carmo. Meus queridos irmãos, aqui está uma verdadeira Igreja. A criação de uma data específica para celebrar o Dia Nacional do Pastor se respalda num lastro muito grande de razões. Senão, vejamos: em 2010, segundo o IBGE, nós éramos 190 milhões de habitantes, uma população evangélica de 42 milhões de pessoas, ou seja, 22,16% da população, isso em 2010. Já em relação ao censo de 2022, os dados ainda estão em fase de apuração e análise, mas é perfeitamente plausível, com todas as ressalvas, afirmar que somos hoje no mínimo 30% da população. O Bispo Rodovalho projeta aí que nós estamos próximos dos 40%. Considerando a população já divulgada do censo de 2022, 203 milhões de habitantes, seríamos hoje nada menos do que 61 milhões de evangélicos, em um cálculo bastante conservador. Ainda segundo o IBGE, há 5.570 municípios no Brasil e não há um município sequer da nossa nação em que não tenha pelo menos uma igreja, um templo. Logo, há pastores em todo o território nacional. A julgar pelo número de evangélicos no Brasil, é incalculável o número de pastores atuando não apenas nas grandes cidades mas em todos os rincões da nossa nação. |
R | O ofício pastoral tem raízes milenares. Ele remonta às primeiras comunidades religiosas, especialmente no contexto do judaísmo e do cristianismo primitivo. No judaísmo, os líderes religiosos, como os sacerdotes e rabinos, desempenhavam funções pastorais, orientando a comunidade tanto em questões espirituais quanto em questões práticas. Esse ofício ganha expressão máxima na pessoa de Jesus Cristo, o Pastor dos Pastores, que falou de si mesmo: "Eu sou o bom pastor". Ao longo do tempo, o ofício pastoral sofreu o impacto das mudanças culturais e contextuais, mas preservando a sua essência quanto ao cuidado, orientação e ensino espiritual, que constituem os eixos da ação pastoral. Se fôssemos substituir a palavra "pastor" por outra expressão, com certeza, a palavra que melhor caberia seria "cuidador", porque pastor é cuidador por excelência. Mais do que um título, pastor é uma vocação, é um ofício designado por Deus como extensão do cuidado do próprio Deus com a sua criação. No cumprimento da sua árdua chamada, o pastor leva até as últimas consequências o desejo de servir a Deus e ao próximo. Servimos a Deus servindo ao próximo. Uma análise detida e cuidadosa nos fará entender que o mandato pastoral extrapola em muito a ideia do tempo, ou seja, a ação pastoral acontece todos os dias, todas as horas, nos mais diversos espaços e nas mais variadas situações. Quem não se lembra da pandemia? Foram tempos de aflição social em que os pastores se desdobraram para levar alento e conforto às famílias brasileiras. Vale lembrar que, no inconsciente coletivo, há uma ideia estereotipada de que pastor está dentro da igreja. Não, pastor anda, pastor escuta, pastor dialoga, pastor ora, pastor chora, pastor se cansa, pastor se alegra, pastor se envolve. Ser pastor é fazer parte do cotidiano das pessoas. O pastor é um ser anunciador das boas novas do Evangelho, que tem em si o poder de transformar vidas. Os nossos templos estão repletos de gente de todas as classes sociais que encontraram cura para a alma, sentido para a vida. A gratificação do ofício pastoral está em ver as pessoas se erguendo na vida. O pastor, acima de tudo, é um profeta, que, em suas palavras, anuncia tempos de esperanças. Ele não é um indivíduo pessimista, anunciador do caos, ele é o homem da esperança e o homem da fé. É um sonhador. Ele acredita que o amor e a justiça podem andar de mãos dadas. O pastor, acima de tudo, é um ser que se faz presente nos momentos de crises e de dificuldades por que as pessoas passam. Nesse sentido, ele é um conselheiro por excelência, que dá suporte e apoio espiritual, apoio emocional e psicológico aos membros da igreja. Quantos pastores, no desejo obsessivo de potencializar a sua ação pastoral, buscam formações complementares, como forma de atender melhor a sua comunidade? Os gabinetes pastorais são frequentados por gente machucada pela própria vida, que busca no pastor uma escuta empática, uma escuta qualificada e sabe que o pastor dedicará os melhores esforços para ajudá-la a encontrar uma resposta para a vida. Nas recentes catástrofes que abalaram o Estado do Rio Grande do Sul, houve uma cruzada muito grande de pastores daquele estado. Nós chegamos a enviar pastor ao Rio Grande do Sul para poder ajudar, junto com as comunidades locais, a fazer um trabalho voluntário, um trabalho de assistência às famílias desabrigadas. |
R | O pastor, muitas vezes, vai aonde o Estado não consegue ir. Ele sobe os morros, ele vai aos lugares mais terríveis, onde estão aqueles que o Estado às vezes deixou de lado. O pastor acredita: o pastor acredita que o traficante pode mudar; o pastor acredita que a pobreza pode ser transformada em riqueza. O pastor, na verdade, é um grande sonhador. Eu sou um desses sonhadores. Ser pastor é ser um visitador por natureza, visitar membros doentes, nos hospitais ou nas suas casas, oferecer apoio e conforto às famílias enlutadas. Na sua atuação, o pastor também é um agente que trabalha por justiça social, desenvolvendo projetos na área educacional. O pastor, mais do que ninguém, se preocupa com a juventude brasileira, trabalhando na prevenção das drogas. Concluindo a minha palavra, eu diria que é plausível afirmar que nenhum outro labor exige tanto do ser humano como a atividade pastoral. Não é sem razão que muitos pastores enfrentam cansaço, estresse, muitos enfrentam a síndrome de burnout, exatamente por conta de uma atividade extenuante. Por isso mesmo, ser pastor é um sacerdócio. Do nascimento à morte, o pastor se faz presente, acompanhando o rebanho, desde a apresentação de uma criança no altar até uma cerimônia fúnebre, lá está o pastor. Ou seja, ele cobre o ciclo da vida das pessoas, oferecendo orientação, amparo e conforto. Ter uma data dedicada, Sr. Presidente, Senador Zequinha Marinho, a celebrar o Dia Nacional do Pastor é um reconhecimento público do trabalho de um pastor, muitas vezes silencioso. Assim como outras profissões têm seus dias de celebração, os pastores fazem jus a um dia específico para o seu dia. Um dia para dar visibilidade ao trabalho de milhares de pastores anônimos, que trabalham dia e noite a serviço da vida. Concluo aqui a minha palavra com uma breve exposição, advogando aqui a iniciativa do nobre Deputado João Campos - que gostaria de estar aqui, falei com ele ao telefone antes de essa audiência se iniciar -, que propôs o PL 4.029/2021, que certamente está ancorada num profundo senso de justiça e de reconhecimento pelo trabalho do pastor na nossa nação. (Soa a campainha.) O SR. LOURIVAL DIAS NETO - Ao celebrarmos o Dia do Pastor, estaremos promovendo uma cultura de gratidão por aqueles que muito têm feito pelo bem-estar pessoal e coletivo de toda a nossa nação. Obrigado, Senador Zequinha, que tão bem tem conduzido esse tema tão importante e tão caro para todos nós. Deus o abençoe. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Muito obrigado, Pastor Lourival. Bela exposição, muito obrigado. Bela exposição. O SR. LOURIVAL DIAS NETO - Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Eu queria registrar a presença do Deputado Pastor Eli Borges, Presidente da frente parlamentar na Câmara Federal, e abrir a palavra para que V. Exa. pudesse se manifestar. O SR. ELI BORGES (PL - TO. Para expor.) - Meu querido Senador Zequinha, nas batalhas da nossa peregrinação neste Parlamento, eu tive o cuidado de estar aqui, mesmo atrasado, primeiro, para parabenizá-lo pela iniciativa desta convergência; segundo, também para dar um pitaco da minha participação nesse projeto, que acredito que o senhor está conduzindo aqui, uma vez que fui o Relator desse projeto na Câmara Federal, do nosso querido Deputado João Campos; e terceiro para dizer que a figura do pastor na rotina do ser humano é imprescindível. |
R | Às vezes, digo que nós temos pelo menos sete professores no mundo. O primeiro é o pai e a mãe. O segundo é um pastor, ou, dependendo da opção, um outro líder religioso, mas a igreja, onde a figura do pastor é imprescindível na orientação. Em terceiro lugar, naturalmente, nós temos a escola, que nos ensina muito. Em quarto lugar, nós temos o mais cruel dos professores, mas talvez um dos que muito ensina, quando as pessoas não se rendem aos três primeiros, que é o mundo lá fora - aí, com a decisão e a escolha, lições virão, positivas ou negativas. Em quinto lugar, naturalmente, nós temos a figura do cônjuge, a esposa, o esposo; a gente acaba se moldando mais ainda. Em sexto lugar, naturalmente, vêm os filhos, que mexem muito com a gente. Eu ainda não estou na fase dos netos, mas disseram que o sétimo professor são os netos. Mas, voltando aqui, à figura do pastor. Eu nasci em lar cristão, tenho 63 anos e conheço V. Exa. - éramos jovens pregando ali naquela região de Guaraí, Colmeia, Conceição do Araguaia -, que também é muito fiel a Deus. A figura do pastor presente em todas as convergências da igreja é um diferencial muito grande, primeiro, porque o pastor gera segurança - quando nós estudamos a figura da ovelha e do pastor que conduz a ovelha, o pastor promove a segurança dessa ovelha -; em segundo lugar, porque o pastor faz uma intermediação importante na questão do nosso relacionamento com Deus; e em terceiro lugar, o pastor também é esta figura que faz uma doação exemplar. Por isso que a Bíblia diz: "Eu vos darei pastores segundo meu coração", porque Deus, na sua essência e na sua grandeza, consegue penetrar na divisão da alma e do espírito e sabe quem deve cumprir esta missão. E aqui vou terminando, Presidente, até fazendo... Eu não sei, eu não chamar isso de desabafo, mas de um desejo que eu não cumpri. Quando pregávamos ali naquela região, eu queria ir para Pindamonhangaba virar... O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA. Fora do microfone.) - Era um sonho. O SR. ELI BORGES (PL - TO) - Era um sonho, não é? Pindamonhangaba. Eu acabei não indo e entrei no Banco do Brasil, como V. Exa. entrou no Basa. E eu me envolvi numa certa itinerância, andei pregando muito, etc., mas nunca pude efetivamente pastorear, a não ser líder de jovens por quase dez anos. Mas ali eu percebi como é importante a figura do zelo espiritual que um pastor dá para uma ovelha, ou que um líder, mesmo não sendo pastor, mas que, de alguma forma, na mesma função, faz quando se doa para ajudar alguém. |
R | Eu me lembro - e aqui termino com isto - de uma senhora em crise, em Goiânia, já tem muitos anos, e ela olhou para mim e disse: "Eu já sei o que você vai dizer, mas para mim não tem mais jeito". E eu disse: "Tem! Eu queria te chamar para você virar a sua atenção para a cruz de um Jesus que morreu". Ela disse: "Não adianta mais. Eu já estive envolvida nesse sentimento pastoral seu". Eu disse: "Espere, dê um tempo aí na sua alma, alguns segundos para o Espírito de Deus trabalhar". E, de repente, eu notei que o rosto dela se transformou, e ela disse: "Interessante, eu estou sentindo que ainda tem jeito para mim". É uma história que se repete aos milhares e aos milhões no Brasil. E aqui termino com... Aqui tem batistas ou outros pastores, mas, quando o nosso Daniel Berg foi convidado a adentrar as matas do Pará, ele foi porque uma irmã queria cantar um hino para ele, um hino que um anjo tinha cantado para ela - é uma história muito linda. Então, ele chegou lá, ele sabia, mas ela não sabia que aquele hino era cantado no mundo todo. E o hino era esse. Ela estava doente, sentia dores nas pernas, e ela disse: "Eu vou cantar para o senhor, missionário, um hino que um anjo cantou para mim". E ele disse: "Cante". Ela começou a cantar: "Mais perto quero estar, meu Deus, de ti - mais perto quero estar, meu Deus, de ti! -, inda que seja a dor que me una a ti". Então, o pastor é essa figura, vivendo muitos momentos: o momento em que a pessoa está partindo, o momento em que se apresenta uma criança, acaba sendo uma versatilidade muito grande, mas extremamente necessária. Uma pena que nós estejamos vivendo uma tentativa de destruir os valores cristãos do torrão pátrio e também da visão pastoral, sacerdotal. Mas uma coisa eu digo aqui - eu gosto da Bíblia, já li a Bíblia oito vezes, os senhores já devem ter lido muito mais -, eu me lembro de uma expressão: " E o semeador saiu a semear. E o semeador dormiu e o inimigo semeou o joio". Infere-se, portanto, que, se o semeador não dormir, o inimigo não semeia o joio. Por essa razão e essa atenção dos líderes religiosos do Brasil e de pessoas de Deus aqui neste Parlamento, nós vamos conseguindo romper no tempo de negror espiritual. E termino, meu querido, grande, Senador Zequinha, pedindo desculpas, porque eu tenho que sair, mas pedindo aos senhores que olhem pelo Brasil. Hoje à noite estaremos votando o projeto da urgência da assistolia fetal, que não se pode praticar nem em animais. Hoje se vota na CCJ a questão da proibição do uso de drogas. E vai indo assim. Aqui é assim, o Senador Zequinha sabe: toda semana a gente tem que vencer aqui umas duas ou três guerras. Não tem uma semana que é diferente. Então, eu estou lançando um projeto de clamor nacional acerca dessas pautas nossas para que a gente possa triunfar, tipo essa que temos hoje no Ministério da Justiça, em que querem proibir o proselitismo religioso, o que para nós é essência, convidar para aceitar Jesus. Meu querido Zequinha, que Deus o abençoe - meu querido pastor que comentou, em nome do meu querido Pastor João Adair, que sempre me recebe na Baleia, e não sei por que ele tem tanta coragem de me botar para pregar na Baleia, mas, sempre que vou lá, tem um espaço para eu pregar. Que Deus abençoe a todos. Muito obrigado, muito obrigado mesmo, e parabéns. Permita-me sair um pouco antes. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Gratidão, Pastor Deputado Eli Borges; obrigado mesmo. Estamos caminhando para o encerramento da nossa reunião, mas eu gostaria de facultar a palavra. Cadê o Egmar? O Pastor Egmar já saiu? (Pausa.) Saiu, não é? |
R | Pastor João Adair, o senhor pode ligar o microfone aí mesmo se quiser se manifestar. O SR. JOÃO ADAIR FERREIRA (Fora do microfone.) - Deixa eu transferir para o Pastor Harbety. O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Pode ser? O SR. JOÃO ADAIR FERREIRA (Fora do microfone.) - Pode. O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Então, pronto. A juventude está aqui. Tomem, pela fé, aí, a bênção. Pastor Harbety. O SR. HARBETY CARVALHO JÚNIOR (Para expor.) - Amém. Eu quero cumprimentar todos aqui com um boa-tarde na paz do Senhor Jesus, e, em especial, o Senador Zequinha Marinha, Presidente desta Comissão e desta sessão tão importante. Estou aqui falando como um jovem pastor que também é representado aqui. E estou debaixo da bênção dos nossos colégios de bispos do Ministério de Madureira, em especial, do meu líder direto, que é o Pastor João Adair Ferreira, que tenho o privilégio de ladear. Ele, como um legítimo pastor, se abstém da sua glória pessoal, investe em novos discípulos e, ao invés de ser honrado numa tribuna como esta, prefere preparar a próxima geração. O Dia do Pastor deve a sua importância a pastores legítimos, verdadeiros, como o meu pastor, João Adair, a quem agradeço pela honra desta participação e também aos nossos demais pastores do campo da Catedral Baleia, representados aqui pelo Pastor Heder Pains e pelo Pastor Davi Terto. Eu queria apenas, nesses minutos que me foram confiados pelo Pastor João Adair e pelo Senador Zequinha, dizer que a justificativa desse projeto de lei é realmente muito importante, está em conformidade com a Lei nº 12.345, de 9 de dezembro de 2010, que fixa critério para a instituição de datas comemorativas. Visto que, na participação online, buscaram saber da relevância do Dia do Pastor, nós vemos então que há legítima base legal e constitucional para essa data de suma importância. Então, nesse sentido, a gente afirma aqui a alta significação dos pastores para a sociedade brasileira, já que a população que se declara evangélica, como todos já disseram aqui, deve ultrapassar, pela primeira vez, o total de católicos no país a partir de 2032. Nós queremos ressaltar também que os pastores, também chamados de presbíteros, foram instituídos para substituírem os apóstolos com o intuito de cuidarem do rebanho como subpastores do Supremo Pastor, Cristo Jesus, até a sua volta. Inclusive, o próprio Apóstolo Pedro se intitula como pastor e, em sua primeira carta, dirigida aos cristãos perseguidos, confirma isso ao dizer: Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda coparticipante da glória que há de ser revelada: pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho. Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória. Então, nós percebemos a importância e a singeleza do ministério pastoral, que deve ser exercido de boa vontade, destacando-se seu aspecto voluntário. Inclusive, Jesus, o Supremo Pastor, nos diz a principal característica do pastorado ao descrever a si mesmo como aquele bom pastor que dá a sua vida por suas ovelhas. O papel do pastor, então, é o papel daquele que, como o Pastor Lourival nos disse, é um papel de cuidador; é aquele que conhece, cuida, caminha ao lado das ovelhas; aquele que se dedica à oração e ao ensino da palavra e que é chamado para alimentar o rebanho. O papel do pastor, além do mais, é sui generis, é singular, não é um papel administrativo apenas, não é terapêutico apenas, não é midiático, muito menos mercadológico. O pastor é o teólogo público de um povo específico, a Igreja do Senhor. Nesse sentido, o pastor também se revela como agente importante na sociedade brasileira. |
R | Para aqueles que ainda duvidam da relevância legal do Dia do Pastor, é importante que nós destaquemos o pastor enquanto instrumento de aplicabilidade, inclusive da Constituição, por exemplo, no trabalho desenvolvido por pastores no sistema prisional. Além de estar prevista na lei de execução penal, estudos apontam que a experiência religiosa nas prisões colabora para o reequilíbrio das personalidades desajustadas, auxiliando na recuperação de vícios e depressões. Ademais, a pesquisa sobre assistência religiosa em prisões do Rio de Janeiro, que é um estudo a partir da perspectiva de servidores públicos, presos e agentes religiosos, realizado pelo Iser, revelou que em 100 instituições com assistência espiritual aprovada pela Secretaria de Administração Penitenciária, 81 são igrejas evangélicas, 47 de denominação pentecostal, 20 de missão e 14 de outras origens. Ressalta-se, então, mais uma vez, a importância do pastor para a sociedade brasileira, ao cumprir seu papel como líder religioso, visto que, conforme afirma, inclusive, o Bispo Rodovalho, em um de seus livros, o físico e o Pastor Rodovalho diz que a ciência só pode responder às perguntas pontuais como o quê, quando e como. E, por mais investigativa que seja a ciência, ela não consegue a chegar ao porquê da existência nesse mundo. Os pastores, portanto, são agentes de transformação social, levando as pessoas ao seu propósito de vida. E, para encerrar, quero apenas falar um pouco sobre o segundo domingo de junho. Há um registro histórico sobre essa data, que está na edição de O Jornal Batista, em 14 de junho de 1981. E, nessa versão da revista e de O Jornal Batista, mostra-se, sobre o dia 5 de maio de 1955, em que foi publicado um artigo falando sobre o Dia do Pastor. O pedido que se fazia era de uma oferta especial para a caixa de socorros, para ajudar os pastores com sua aposentadoria pequena. E há outros que nem aposentadoria tinham na junta de beneficência. Constatando, então, a ineficácia do trabalho, sugeriram que se mudasse o nome Dia da Junta de Beneficência para Dia do Pastor, visto que tudo girava em torno dos chamados para a obra do ministério da palavra de Deus. E como o mês de maio era dedicado às mães, sugeriram, então, que se transferisse o Dia do Pastor para o segundo domingo de junho, e este, então, seria o mês do pastor. Percebe-se, então, que a própria data alusiva ao Dia do Pastor destaca o espírito altruísta do mesmo e visa honrar aqueles que dão a vida por suas ovelhas, a despeito de muitos não receberem ainda uma digna aposentadoria, posto que são voluntários. (Palmas.) Então, eu gostaria apenas, para encerrar, de fato, de dizer que nós devemos nos lembrar da orientação ao escritor aos hebreus, no Capítulo 13, versículo 7, que diz: "Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver". Então, a despeito de algumas datas alusivas a esse dia serem instituídas por cada denominação, ressalta-se a importância de um dia nacional unificado, que deu respeito e honra aos pastores. Como o apóstolo Paulo afirma: "Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja [...] [ser pastor], excelente obra deseja". Obra tão excelente que pastores estão dispostos a darem sua vida para completá-la com o seu ministério. Que o segundo domingo de junho, então, sirva para motivar os vocacionados à excelente tarefa do pastoreio, e que o pastor nunca se esqueça de seu modelo, Jesus Cristo, de modo que seja sempre sintonizado com as necessidades do mundo, movido por compaixão e comprometido em manifestar o amor de Cristo. |
R | Como diz Charles Bridges, se tivesse mil vidas, de boa vontade as gastarias no trabalho pastoral; e, tivera eu igualmente tantos filhos, de boa vontade os dedicaria a Ele. Que o Senhor Jesus abençoe a todos, que os Pastores sejam devidamente honrados e que, sobretudo, não sejamos apenas ouvintes da lei, mas sejamos praticantes da mesma. De modo que, se a legislação for instituída e os pastores não se derem o devido respeito de imitar o Supremo Pastor que é Cristo, a nossa relevância não será efetiva para a sociedade que carece da pregação do Evangelho liderada por nós. Muito obrigado. Que Deus abençoe a todos! (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Valeu. Parabéns! Muito bem, Pastor João Adair, o senhor escolheu um bom rapaz. Muito bom. Não esqueçam que os pais desse rapaz são lá da terrinha do açaí, o Pará, viu? Queridos, eu quero devolver a palavra ao Pastor Gibson, porque, em nome da SBB, ele gostaria de fazer algumas homenagens aqui rapidamente. O SR. GIBSON SANTOS (Para expor.) - Querido Senador, mais uma vez eu agradeço aqui, em nome da Sociedade Bíblica do Brasil, esta oportunidade que o senhor nos concede. Eu quero reiterar aqui o seu trabalho, o seu papel enquanto apoiador da causa da Bíblia. Já tomei conhecimento, inclusive, de que o senhor já recebeu uma certificação lá com o nosso querido Pastor e amigo Adriano Casanova, em Belém, numa bela festividade, honrando também o aniversário da Sociedade Bíblica do Brasil. O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA. Fora do microfone.) - Maravilha, exatamente! O SR. GIBSON SANTOS - Juntamente no Brasil, em várias Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas, a Sociedade Bíblica do Brasil realiza o seu aniversário. Neste ano, estamos celebrando 76 anos de fundação da instituição, mas nós sempre celebramos com a presença dos pastores e pastoras. Então, com a sua autorização, eu gostaria de celebrar aqui também, inclusive trazendo um certificado em reconhecimento ao seu trabalho. Eu tenho outros nomes aqui que eu quero também mencionar. Com a sua autorização, eu gostaria de convidar os Pastores Elias Castilho e Bruno Silva, que são membros da SBB, para me auxiliar aqui neste momento honroso, por favor. (Palmas.) Tenho aqui em mãos o certificado emitido pelo nosso Diretor-Executivo, Dr. Erní Seibert. O certificado diz o seguinte, para que todos tomem conhecimento: "A Sociedade Bíblica do Brasil e as igrejas cristãs expressam sua eterna gratidão ao Senador Zequinha Marinho pelos incansáveis anos de apoio à causa da Bíblia. A semeadura da palavra de Deus transformou e continuará transformando muitas vidas. Brasília, Distrito Federal, 12 de junho de 2024". O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA. Fora do microfone.) - Muito obrigado. O SR. GIBSON SANTOS - Pastor Elias, por favor. (Palmas.) Muito bem. Senador, parabéns! Deus abençoe o seu mandato. Muito bem. (Palmas.) Temos também, Senador, certificado e endereçado ao nosso querido Pastor João Adair Ferreira, nosso Presidente da Catedral Baleia. (Palmas.) Pastor Elias, por favor. E com toda a honra devida também! Vamos às fotos? (Pausa.) Muito bem. Parabéns, Pastor João Adair! O senhor tem o carinho da Sociedade Bíblica do Brasil também. Muito obrigado por ser acolhedor. |
R | E também a Pastora Cynthia Soares Pereira, representando aqui as pastoras evangélicas do Brasil, recebe o seu certificado. (Palmas.) (Intervenções fora do microfone.) O SR. GIBSON SANTOS - Muito bem. Parabéns, Pastora! E, não só porque eu sou uma ovelha obediente, mas em reconhecimento ao meu pastor, a Sociedade Bíblica do Brasil também concede o certificado de reconhecimento ao Pastor Lourival Dias Neto. Muito bem! (Palmas.) (Intervenções fora do microfone.) O SR. GIBSON SANTOS - E aqui também temos, em representação a todos os demais pastores que estão aqui... E eu peço que gentilmente vocês se sintam contemplados também, porque vocês formam a Sociedade Bíblica do Brasil. Eu quero prestigiar o Pastor Elias Castilho, nosso Presidente de Diretório, em nome de todos os pastores presentes, com o certificado também. (Palmas.) (Intervenções fora do microfone.) O SR. GIBSON SANTOS - Senador, muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Muito obrigado, Pastor Gibson. Eu gostaria de, neste momento aqui também de homenagens, registrar... Congresso Nacional, Senado Federal, certificado de voto de aplausos, por requerimento de nossa autoria: foi inserido em ata da sessão deliberativa do Senado Federal de ontem. Foi voto de aplausos à Sociedade Bíblica do Brasil, que completou 76 anos em 10 de junho de 2024 e se mantém firme em seu objetivo de promover a difusão da Bíblia e a sua mensagem como instrumento de transformação e desenvolvimento integral do ser humano. A Bíblia Sagrada é um verdadeiro manual para a vida, que promove desenvolvimento espiritual, cultural e social de todos. Então, eu quero aqui, em nome do Senado Federal, homenagear essa casa que para nós... Não é, Pastores? Se não fosse a SBB... Não é verdade? (Intervenções fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - É, foi uma semente de Deus que prosperou e que hoje abençoa não só o Brasil... Quantos países ainda lá fora? O SR. GIBSON SANTOS (Fora do microfone.) - São 149 países... O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - São 149 ou 148, pois um é o nosso. Ao redor do mundo, a SBB tem estendido as suas mãos e não só feito a impressão da palavra, mas também distribuído, incentivado e levado a mensagem do Evangelho, que é poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. Queira receber aqui - e transmita aos nossos diretores nacionais - a nossa homenagem e os aplausos do Senado Federal concedidos na data de ontem. (Palmas.) (Intervenções fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - PA) - Meus queridos, deixem-me voltar aqui às formalidades. (Pausa.) Eu quero aqui agradecer a presença dos nossos expositores que aqui vieram, alguns já tiveram que ir embora, mas nossa gratidão eterna a cada um e a todos pelo trabalho, pela consideração de estar neste momento aqui para que a gente possa instruir o projeto de lei a fim de que ele se torne uma realidade. Ele está na Comissão de Educação, em que sou Relator, e, por último, certamente passará pela CCJ. |
R | Aquelas considerações da Senadora Damares nós vamos discutir de que forma se fazem. Eu acho que cada denominação, pela sua história, pela história dos seus pastores... Não tem nenhum problema, nenhuma contradição ou não gerará nenhuma confusão comemorar, no nível daquela denominação, o dia do seu pastor. Eu acho que tem que continuar honrando, mas o Dia Nacional do Pastor será um, e aí todos os pastores de todas as denominações certamente nos uniremos para celebrar, agradecer a Deus e fazer a reflexão do papel do pastor e do papel da Igreja na sociedade. Só quero lembrar um fato, e nós temos bons professores aqui, não é? Nós temos um problema. Vamos ter que... Como disse o Deputado Eli Borges, tem dia em que você tem que matar um leão de manhã e outro de tarde. O Governo está trazendo aqui, para esta Casa, um projeto de lei que será o Plano Nacional de Educação para os próximos dez anos. De dez em dez anos, se aprova um plano de educação para o país. E foram feitas conferências estaduais. Dizem também que foi feita conferência municipal, mas eu não encontrei nenhuma. Mas tudo bem. Então, foram feitas conferências municipais, foram feitas conferências estaduais de educação e aqui, no dia 28 de janeiro - 28, 29 -, foi feita a Conferência Nacional. Nós não fomos lá, mas coletamos todas as informações possíveis a respeito do evento. E ficamos assim, assustados, com relação ao que ocorreu lá. Isso é muito desafiador para a Igreja - muito desafiador -, porque tem coisa que desafia o Governo, desafia um determinado segmento, mas essas coisas que impactam a sociedade... Como nós somos a Igreja, o sal da terra, a luz do mundo e tal, todo esse contexto que Cristo colocou... Preste atenção, nessa conferência não se tratou de educação, mas de militância política de alguns segmentos. Por exemplo, quem protagonizou uns dois ou três movimentos lá? Primeiro, o Movimento Sem Terra (MST). Claro que o MST tem pai de família lá, e pai de família certamente tem todo o direito de se manifestar sobre educação, é convidado, mas o MST em si... Eu fico meio preocupado, porque eu não sei o que o MST tem para ensinar a menino, a jovem, a ninguém, pelo menos de coisa boa, útil. É muito espantoso para todos nós. Todo mundo sabe a missão do MST. Não pode ter um CNPJ porque é clandestino - não é verdade? - e comete os seus crimes em nome de um movimento. Um outro movimento muito forte lá dentro e que foi para provocação, frente a frente, dizendo da necessidade de fazer a militância política para fortalecer a sua ideia, foi o movimento LGBTQIA não sei o que lá +. Então, a Conferência Nacional de Educação, protagonizada por entidades reconhecidamente de um comportamento que a gente tem dificuldades até para conviver... Então, esperem, daqui a uns dias, um grande debate. E aquele debate que não aconteceu nos municípios, para que a gente, o pai, a mãe, as associações, enfim, pudessem estar ali e contribuir, vai ter que acontecer aqui no Congresso Nacional, não é verdade? |
R | Vai ter que acontecer aqui. Então, quero dizer aos amados que certamente, na hora em que... Porque primeiro passa lá pela Câmara e depois passa aqui pela Casa revisora, e aí certamente estaremos convidando os irmãos para esses debates, porque isso nos afronta - isso nos afronta. Isso afronta a Igreja, afronta o cristianismo e traz um mal-estar geral. A minha expectativa é de que pelo menos - e aí tem uma proposta em andamento - se prorrogue o plano vigente, em vez de aprovar esse novo que está querendo chegar. Então, teremos que ter um posicionamento muito seguro, muito contundente com relação a isso, porque vocês sabem que a educação pega nosso menino com a cabecinha nova, e é muito fácil de jogar ali dentro tudo que não deve. Claro, a esquerda tem um projeto. É a mesma coisa, por exemplo, se no lugar desse prédio aqui eu tenho um projeto completamente diferente, um prédio com arquitetura completamente diferente, o que eu tenho que fazer com esse? Demolir. Tenho que demolir esse para construir o outro. E esse é o projeto posto, quer dizer, esse modelo de sociedade que temos, em que nascemos, vivemos, que queremos preservar, é objeto de demolição por parte de um outro projeto para que se construa no lugar dele alguma coisa esquisita. Então, nos preparemos para esse embate e, por favor, alertem as famílias da igreja, prestem atenção no que está acontecendo dentro do colégio, seja ele público ou privado. Antigamente o colégio privado tinha uma postura, mas hoje, lamentavelmente, tanto o público quanto o privado estão praticamente do mesmo jeito. Meus queridos, gratidão a cada um e a todos. Obrigado por tirarem parte do seu tempo para vir aqui, para estar com a gente. Gratidão aos nossos expositores, e que Deus os abençoe e os recompense. A sessão está encerrada. (Iniciada às 14 horas e 16 minutos, a reunião é encerrada às 16 horas e 10 minutos.) |