Notas Taquigráficas
| Horário | Texto com revisão |
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| R | O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO. Fala da Presidência.) - Havendo número regimental, declaro aberta a 20ª Reunião da Comissão de Serviços de Infraestrutura da 2ª Sessão Legislativa Ordinária da 57ª Legislatura, que se realiza nesta data, 4 de julho de 2024. |
| R | Objetivos e diretrizes da reunião. A presente reunião destina-se à realização de audiência pública com o objetivo de debater a implementação do BRT Eixo Sul e do BRT Eixo Norte com recursos previstos no novo Programa de Aceleração do Crescimento, o chamado PAC, em atenção ao Requerimento nº 46, de 2024, da Comissão de Infraestrutura, presidida pelo homem público, acima da média, Confúcio Moura. Esse pedido de audiência pública foi de minha autoria, em parceria com a Leila do Vôlei - eu, por Goiás; ela, pelo Distrito Federal. Convido para tomar lugar à mesa, por enquanto, os seguintes convidados: - Sra. Viviane Esse, Secretária Nacional de Transporte Rodoviário do Ministério dos Transportes. - Sr. Zeno José Andrade Gonçalves, representante do Secretário de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal. Obrigado, Zeno, querido. Atrasou-se um pouco, mas foi pouco. - Sra. Maria Caroline Fleury de Lima, Secretária de Estado do Entorno do Distrito Federal, que eu espero e de cujo atraso reclamo. (Intervenção fora do microfone.) Ah, desculpem-me, eu acabo de falar uma bobagem aqui. O Kajuru também fala bobagem. Ela foi a primeira a chegar. Já registrei, inclusive, a Maria Caroline. Abração para as duas. Muito obrigado pela presença. Ela está representando o Governo de Goiás. - Sr. Diego Sorgatto, que está chegando - ligou para mim ontem à noite, inclusive -, Prefeito de Luziânia. O Fábio... Na verdade, eu sempre erro o nome dele, mas sou amigo pessoal dele, da família dele. - Sr. Pábio Correia Lopes, Prefeito de Valparaíso de Goiás. Também me ligou ontem à noite, está chegando. - Sr. Josiel França Penha Neto, Administrador Regional de Santa Maria, Distrito Federal. Obrigado pela presença. Já chegou? (Pausa.) Quem for chegando pode vir à mesa, por gentileza, com o maior prazer. - Sr. Erinaldo Pereira da Silva Sales, Subsecretário de Acompanhamento e Fiscalização da Secretaria de Obras e Infraestrutura do Distrito Federal. São esses convidados por enquanto, e quem chegou primeiro fica na mesa. Se não couber, podem ocupar aqui as primeiras colocações deste nosso plenário. Mas, só para concluir, e antes de exibir aqui um vídeo do Ministro-Chefe da Casa Civil do Governo Lula, Rui Costa... E eu falava, quando a Ana estava aqui, que de todo filho bonito todo mundo quer ser pai. E, como eu não tenho papas na língua e já fui processado quase 200 vezes, mas nunca condenado, graças a Deus, eu fico indignado, porque esta é uma audiência pública do Senado Federal e, ao ver homens públicos desqualificados, na minha opinião... E podem mandar processo, até porque processo desses de quem eu vou falar representa, para mim, atestado de idoneidade. Eu coloco num quadro no meu gabinete. |
| R | Como a pessoa tem a cara de pau de gravar um vídeo e dizer que quem conseguiu, com o Presidente Lula e com o Ministro da Casa Civil, Rui Costa, essa obra histórica, que será concluída no Governo Lula, no entorno de Goiás, que tem, como primeira etapa, transporte de velocidade, e, posteriormente, como segunda etapa, trem-bala Brasília-Goiânia... Todo mundo sabe - e a imprensa toda informou - que o Presidente Lula gravou vídeo falando: "A autoria, o pai da criança se chama Jorge Kajuru, que foi o primeiro a me procurar para falar desse sonho dele e, especialmente, de Goiás". Eu prometi ser o melhor Senador da história do entorno, e vou ser, e Deus quer. Deus me ama, e eu mais ainda a Ele. E aí, concluindo: o Senador Wilder Morais - eu dou nomes - e a Deputada Federal Lêda Borges, esses dois "polichinclos"... Como nunca leram nem gibi, eles não vão saber o que significa "polichinclo", até porque não está no Aurélio. Para interpretar essa palavra, esse adjetivo, alguém "polichinclo", você tem que ler os diálogos de Nietzsche e Sócrates. Esses dois Parlamentares de Goiás certamente vão achar que é o Sócrates, ex-jogador da Seleção Brasileira; eu já lhes aviso, em função da ignorância de ambos, que se trata do Sócrates, filósofo grego. E o Nietzsche, se vocês não sabem, é o novo centroavante do Flamengo. Então, desculpem-me o desabafo, mas, felizmente, o Governo Lula tem palavra. O Estado de Goiás, então, tenha a certeza de que ninguém mais do que eu, por Goiás, orientado aqui, para fazer justiça ao meu amigo e irmão de 25 anos, pelo eterno Deputado Federal Elias Vaz, que me ajudou demais nessa conquista - o Ministro Flávio Dino também me ajudou muito - e a mãe da criança... Repito e deixo claro que ela também sofreu esse mesmo tipo de jogo sujo, aqui no Distrito Federal, onde também um ser "polichinclo", uma tal de Celina - parece-me que é Vice-Governadora, sei lá o que ela é e nem quero saber -, gravou vídeo dizendo que ela é que tinha conseguido com o Governo Lula. Agora, será que as pessoas não têm a mínima inteligência de que Parlamentares que chamam Lula de ladrão todo dia, que são da oposição... Como esses três conseguiriam solicitar ao Presidente Lula e ter o apoio total e a palavra dele para a realização desse sonho de todo o Estado de Goiás, iniciando especialmente pelo entorno? Então, Distrito Federal, mãe da criança: Leila do Vôlei. Ponto final. O vídeo, para abrirmos os trabalhos, para que não haja rigorosamente nenhuma dúvida e para que se mostre que este Governo tem comprometimento, está aqui. Vejam, por fineza, senhoras e senhores presentes e em todo o Brasil, especialmente no Estado de Goiás, numa audiência pública, aqui mesmo nesta Comissão de Infraestrutura, o que declarou, em função de uma pergunta feita por mim, o Chefe da Casa Civil, o baiano, Ministro Rui Costa. |
| R | (Procede-se à exibição de vídeo. ) |
| R | O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Obrigado, Ministro-Chefe da Casa Civil, Rui Costa. Antes de passar a palavra aos nossos convidados, comunico que esta reunião é interativa, transmitida ao vivo e aberta à participação dos interessados por meio do Portal e-Cidadania, que até já mandou perguntas na internet, no endereço senado.leg.br/ecidadania ou pelo telefone 0800 0612211. O relatório completo, com todas as manifestações, estará disponível no portal, assim como as apresentações que forem utilizadas pelos expositores. Na exposição inicial, cada convidado poderá fazer uso da palavra por até dez minutos, e eu sou tolerante, é evidente. Ao fim das exposições, a palavra será concedida aos Parlamentares inscritos, para fazerem suas perguntas ou comentários. Lembrando que, se aqui chegar Wilder Morais, Lêda Borges, a Vice-Governadora, eu apenas os cumprimentarei, se puderem, podem evitar me dar a mão, a minha mão ficará grata, mas, tenham certeza de que eles não farão parte desta reunião promovida por mim. Ponto final. Quero agradecer a chegada, atrasado, Prefeito, que é meu amigo pessoal, Prefeito histórico de Luziânia, Diego Sorgatto. Ele me ligou ontem à noite, falou que estaria às 9h, mas trabalha demais o homem, não é? O SR. DIEGO SORGATTO (Fora do microfone.) - É que ainda não tem o BRT. (Risos.) O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Olha o que ele falou, o Diego, ainda não tem o BRT lá. Seja bem-vindo, meu querido. Então, antes de passar a palavra aos nossos convidados... Não, já falei, não é? Aqui a Secretaria é eficiente, que me ajuda em tudo, até na questão minha visual, olha o tamanho da letra, 52, mas o Dr. Hiran, oftalmo e Senador, vai salvar a minha visão, principalmente porque Deus quer. (Pausa.) Só me dá a ordem, por fineza. Quero agradecer também a todas as minhas redes sociais e à minha equipe, tanto do YouTube como Instagram, Facebook, TikTok, enfim, Twitter, todas elas estão transmitindo ao vivo, sem parar, e competindo com a TV Senado. Desculpa, TV Senado, eu vou bater de chinelo na audiência com vocês hoje de novo. Brincadeira. Viviane Esse, Secretária Nacional de Transporte Rodoviário do Ministério dos Transportes, que foi a primeira a chegar, por fineza, o seu tempo, use à vontade. Grato, novamente, a você, que se tornou uma amiga, que eu considero como uma das mais eficientes mulheres do Governo histórico de Ronaldo Caiado. Fique à vontade para este dia 4 de julho de 2024, que eu creio vá ficar na história de Goiás, especialmente, por enquanto, e depois de Goiás todo, no entorno querido e tão abandonado. Fique à vontade. Vivi. A SRA. VIVIANE ESSE (Para expor.) - Bom dia a todos. Muito obrigada, Senador. É um prazer estar aqui com os senhores, só fazendo uma pequena observação. A primeira que chegou foi a Maria Caroline, eu fui a segunda a chegar, então tenho que ser justa. |
| R | Senador, é um prazer estar aqui. O Ministro Renan fez questão de que não só eu, como Secretária Nacional de Transporte e de Rodovias do Ministério dos Transportes e também os meus Diretores, tanto o Alan, que é Diretor de Obras Públicas, quanto a Fernanda, que é a Diretora de Outorgas, estivéssemos presentes... O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Viviane, desculpe-me, é rapidinho, por interromper - eu não gosto -, mas você citou o Ministro Renan Filho. A SRA. VIVIANE ESSE - Isso. O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Meu amigo pessoal, de uma competência insofismável. A ele, também, eu devo gratidão, porque quem não tem gratidão não tem caráter. Se não fosse por ele, não teria conseguido, com o Presidente Lula, porque ele foi até o Presidente Lula... A Ana Carolina se lembra disso, eu contei para ela, relatei a ela. Isso, já em 2023, no ano passado. Então, o meu abraço ao Ministro Renan Filho e a toda a equipe dele, que é uma das mais competentes e bem escolhidas do Ministério do Governo Lula. Pode seguir e perdoe-me pela interrupção. A SRA. VIVIANE ESSE - Obrigada, Senador. Certamente, falarei a ele as suas palavras, viu, Senador? Nós fazemos questão de estar presentes porque realmente essa é uma obra muito importante, não só para a população de Goiás, mas para a do Distrito Federal. Realmente, nós temos ali a Rodovia BR-040, que hoje está concedida - é uma concessão da terceira etapa - a uma concessionária que entrou num processo de devolução amigável. O que significa isso? Ela estava com um contrato estressado, enfrentou alguns problemas para a execução das obras e, utilizando um instituto legal, optou por devolver esse trecho à União. O Ministério dos Transportes, então, dividiu esse trecho em três segmentos. Um deles foi levado a leilão. O primeiro trecho a ser novamente concedido foi o trecho de Belo Horizonte até Juiz de Fora, que a gente levou a leilão na B3 no início deste ano, Senador - o nosso primeiro leilão deste ano e o terceiro leilão do Governo Lula. Nós, então, temos uma concessionária vencedora que está para assinar o contrato agora, no início de julho. Então, ela já vai assumir, já haverá a transferência desse trecho para a nova concessionária. O segundo trecho a ser concedido é o trecho de Belo Horizonte até Cristalina. Para esse trecho nós temos um leilão marcado agora no dia 29 de agosto, na B3. Temos uma quantidade significativa de empresas estudando, o que nos indica que haverá uma concorrência boa, o que para a gente é muito interessante por questão de justiça tarifária. Então, então está bem encaminhado. O último trecho, Senador, é o trecho mais relevante, é o trecho que nós estamos discutindo aqui por conta de interferência com o BRT, que é o trecho do Distrito Federal até Cristalina. Esse trecho ficou denominado de Pequi, é um trecho com a maturidade do estudo um pouco mais atrasada, então ele não é uma concessão prevista para este ano, é uma concessão prevista para o ano que vem. Como ele ainda está em estruturação, Senador, então nós estamos num momento oportuno de fazer os ajustes necessários. Hoje, o trecho opera em nível F. Não preciso nem explicar o que é nível F, todo mundo passa por lá e sabe que o nível de congestionamento ali é bastante significativo. A concessionária anterior tinha uma obrigação de fazer vias marginais; a nova concessionária também tem essa obrigação, parte utilizando o canteiro central - onde haveria, então, um conflito com as obras do BRT - e parte das obras utilizando, então, as vias marginais. |
| R | É comum utilizar, senhores, o canteiro central para evitar interferências com a área urbana, que é muito densa ali. Então, quando a gente utiliza o canteiro central, minimizamos essas interrupções, essa interferência, desapropriações, a retirada de postes, de toda a infraestrutura subterrânea como ligações de água e esgoto. Apesar de ser mais fácil, o que a gente sempre espera é o que é melhor para todos. Estamos à disposição. Se for um entendimento do projeto do BRT, o Ministério dos Transportes, Senador, está à disposição para discutir o cronograma para tentar adequar os projetos. Esse atraso nessa concessão, especificamente, acaba sendo positivo porque nós temos tempo para discutir. Mas é importante a gente deixar claro, senhores, que, mesmo que a gente não tivesse conflitos entre o BRT e a implantação de marginais nesses dois segmentos, nós ainda não teríamos o nível de serviço adequado. Então, mesmo com a implantação de marginais, a gente não melhora, de forma significativa, o nível de serviço nesse segmento. O que é um indicativo... Na verdade, não é nem um indicativo, é uma evidência de que a gente precisa de outras ações ali para melhorar o nível de serviço. Então, mesmo concedendo e mesmo executando as obras por meio da concessionária, de forma rápida e célere, não seria uma solução definitiva, Senador. Por isso, é muito importante que estejamos aqui todos juntos para a gente discutir uma melhor solução, para que a gente possa dar condições de deslocamento adequadas e seguras à população que trabalha e vive nos dois estados, o que é muito importante. A gente sabe o quanto é desgastante; nós acompanhamos a operação da concessão ali, que é bastante complexa, Senador. A gente tem um alto número de acidentes, a gente tem um número de atropelamentos bastante grande. Nós temos ali, fora o congestionamento, carros quebrados, número de acessos, que no passado a gente tentou disciplinar, mas é muito difícil, porque ali já é uma via urbana. Então, estamos muito felizes de estar aqui hoje, Senador, e mais uma vez agradeço a disponibilidade de conversarmos e, em comum acordo, chegarmos a uma boa solução, porque a população merece. Contem conosco no Ministério dos Transportes. (Palmas.) O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco Parlamentar Aliança/PP - SC) - Pela ordem, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Bom, eu queria quebrar o protocolo aqui, e vou dizer por quê. Porque a Secretária Viviane Esse, que é Secretária Nacional de Transporte Rodoviário do Ministério dos Transportes, que aqui veio representando o Ministro Renan Filho, deu um show de informações extraordinárias para o nosso entorno de Goiás. Eu tenho o privilégio de sempre dizer em entrevistas que sou um aprendiz de um homem público catarinense, apaixonado pela Santa Catarina querida, que é Esperidião Amin, uma reserva moral, uma reserva cultural deste nosso Congresso Nacional. Ele é catarinense, mas está aqui presente. Poderia estar aqui presente um goiano, um Deputado Federal, exceto quem eu falei, evidentemente, não é? De Senador também não vou falar, porque nenhum dos dois quis saber dessa obra. Ele é catarinense e está aqui nesta audiência pública. Então, eu queria, primeiro, também te aplaudir. (Palmas.) |
| R | O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco Parlamentar Aliança/PP - SC. Pela ordem.) - Muito obrigado. Mas eu faço questão de, por alguns momentos, estar aqui presente. Eu tenho que participar da Comissão que trata das questões do Rio Grande do Sul, cujo trabalho é do seu conhecimento também, mas fiz questão de passar aqui e flagrei a exposição da Secretária Viviane Esse, sem prejuízo da avaliação dos Prefeitos, que estão aqui por estarem no outro lado do balcão, mas seja por regulação, seja por compromisso com obra, representantes do Governo Federal e o representante de Goiás. Então, estou aqui, em primeiro lugar, em consideração ao cumprimento do dever público, político, que todos estão cumprindo e, segundo, para cumprimentar o Senador Kajuru, não apenas pela iniciativa, mas para cumprimentá-lo, apesar de ter arrebatado o comentário que eu ia fazer. O senhor for indelicado comigo, porque eu conheço a Secretária Viviane há mais de dez anos. Só não vou dizer que é muito mais do que dez anos porque pode comprometer uma noção equivocada sobre a... O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Ela falou aqui que é mais. O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco Parlamentar Aliança/PP - SC) - É há mais tempo, mas vamos deixar por... O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Sim, decano! O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco Parlamentar Aliança/PP - SC) - ... mais de dez anos. Eu a conheço desde momentos difíceis que enfrentamos numa obra que está por ser inaugurada: o Contorno Viário da Grande Florianópolis. É uma obra que deveria estar pronta em 2012 e, ao que tudo indica, será inaugurada no dia 2 de agosto deste ano, ou seja, daqui a menos de um mês. Estou aqui para trazer o meu testemunho sobre a competência, sobre a precisão das informações e, o que é o mais importante, pela prudência de não assumir compromissos extravagantes, o que a Secretária Viviane cultua ao longo da sua vida no serviço público. Portanto, em vez de ser o primeiro, estou secundando, mais uma vez, sendo um alegre sacristão de V. Exa., que já se antecipou pedindo aplausos. E faço meus os aplausos que o senhor pediu para a exposição da Secretária Viviane, para as demais intervenções e, especialmente, aos Prefeitos que clamam por essa obra que, sem dúvida alguma, é a modernização de um transporte interurbano, que é quase, podemos dizer, um transporte metropolitano, na verdade, e que exige, portanto, um investimento que o torne mais adequado, barato. Ainda que o investimento possa ser considerado alto, ele vai ter uma operação mais limpa e, certamente, mais democrática, pelo barateamento da tarifa de operação. Boa sorte. E a minha licença para me retirar, uma vez que a Comissão sobre o Rio Grande do Sul... O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - E eu faço parte dela. O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco Parlamentar Aliança/PP - SC) - ... que o senhor integra... O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - E eu queria te pedir... Porque, sempre, ouvir Esperidião Amin é uma aula. Eu queria te agradecer muito e também, irmão e amigo Amin, pedir que lá nessa nossa Comissão, da qual você, eu, Paim, Mourão, Ireneu, Leila do Vôlei, fazemos parte, de socorro ao Rio Grande do Sul... |
| R | Eu fico triste até de dar essa notícia - não cheguei a comentar contigo -, mas eu enviei, sem mexer nos recursos que tenho para Goiás, R$10 milhões, em duas parcelas. A primeira já está lá, de R$5 milhões, para a saúde do povo do Rio Grande do Sul, e agora vão mais R$5 milhões para a habitação, a reconstrução de casas. Além da doação daquela casa, do que eu fiz questão, em função daquela gaúcha, a D. Márcia, lá em Encantado, no Rio Grande do Sul. Na reunião a que você não pôde ir, porque você tinha um compromisso, eu fiquei emocionado com ela. Uma mãe que tem uma filha só, que vive com a madrinha, e ela e o marido não sabem onde dormir todos os dias: ou é ponte, ou é ginásio, ou é acampamento. E ela disse "A única coisa que eu queria ter na minha vida era a minha casinha e voltar a morar com a minha filhinha". Eu não aguentei e, evidentemente, do meu bolso, fiz a doação de uma casa de madeira para ela. Então, se possível, eu queria te pedir esse registro lá em relação aos primeiros R$5 milhões. Já enviei a cópia à Comissão. O Governo do Rio Grande do Sul já a recebeu e vai prestar contas de centavo por centavo. Agradecidíssimo, Senador Esperidião Amin. E só uma lembrança: o senhor cometeu também um ato indelicado comigo, porque eu tenho o privilégio também de ser chamado por ti de Kajuru Nasser. Hoje você só me chamou de Kajuru, querido. O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco Parlamentar Aliança/PP - SC. Fora do microfone.) - Mas eu me despeço de Kajuru Nasser. (Risos.) O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Um abraço. Obrigado. Bem, como o Amin falou sobre o outro lado do balcão, num pingue-pongue - eu pediria a compreensão de vocês, porque alguns chegaram mais cedo -, agora o que importa é o conteúdo que começou dessa forma absolutamente irretocável com a Secretária Viviane, o conteúdo desta audiência pública. Então, eu vou agora dar para o primeiro Prefeito do Entorno que chegou - repito, um Prefeito histórico na cidade de Luziânia -, que é o Diego Sorgatto, o uso da palavra inicial para explanação por dez minutos. Por fineza, Diego. Muito obrigado por estar aqui presente. E você sabe da luta que eu comecei, travada - obrigado, Amin, de novo - com um pedido seu, com um pedido de outro amigo pessoal meu, que é o Pábio Mossoró, histórico Prefeito também, de Valparaíso. Vocês dois me empurraram, vocês dois ficaram em cima o tempo inteiro, me ligavam duas, três vezes por semana, e daí a minha insistência com o Presidente Lula e com o Ministro Rui Costa para que acelerasse com o Ministro Renan Filho para que a gente desse para a população a certeza de que isso não é uma mentira e de que não é apenas uma promessa política, como tantas já foram feitas na história de Goiás. A Maria Caroline deve saber muito bem disso. Quantos Governadores chegaram a fazer inauguração e não aconteceu absolutamente nada? Com a palavra, Diego Sorgatto, Prefeito de Luziânia. O SR. DIEGO SORGATTO (Para expor.) - Bom dia, Senador. Quero cumprimentar aqui esta mesa, saudando o senhor, que é o autor do requerimento deste importante momento para a nossa população aqui do Entorno do Distrito Federal. Quero cumprimentar aqui o Fabiano, que representa a Secretaria de Mobilidade do GDF; a Carol Fleury, Secretária do Entorno do Distrito Federal, pelo Governo de Goiás, atuante e presente; saudar a Dra. Viviane, que representa aqui o Ministério dos Transportes; o meu colega Prefeito Pábio, da cidade de Valparaíso; e todos os demais convidados. Primeiro, Senador, agradeço a oportunidade de participar deste momento, desta discussão. Eu disputei uma primeira eleição lá em Luziânia no ano de 2008; portanto, 16 anos atrás, naquela ocasião para Vereador. E, nesses 16 anos, a gente sempre escutou falar que vai acontecer alguma coisa, que vai ter alguma melhora com relação ao problema de mobilidade, mas nenhum movimento sequer foi feito pelo poder público ao longo desses anos. |
| R | De lá para cá, a população perece com essa dificuldade, que é de ficar quatro, cinco, talvez seis horas, todos os dias, dentro de um transporte precário, aqueles que têm - e são dezenas de milhares de pessoas - a missão de desempenhar as atividades do dia a dia aqui no Distrito Federal e voltar para suas residências. Então, quero, aqui nesta audiência, iniciar agradecendo ao Senador Kajuru e agradecer, Senador, por ter compaixão com a nossa comunidade e propor esse que é, com certeza, talvez o mais importante benefício para a gente melhorar a qualidade de vida das pessoas que moram nas cidades de Luziânia, do Distrito Jardim Ingá, Valparaíso, Ocidental, Novo Gama, em se tratando aqui do Entorno Sul do Distrito Federal. Quero até agradecer aqui ao Prefeito Pábio, que iniciou uma importante intervenção lá em um trecho da BR-040, onde talvez ocorra o principal congestionamento, que é aquela obra importante do viaduto, Pábio, que, com certeza, vai colaborar muito para que a gente tenha uma melhor qualidade no tráfego ali. Quero também saudar o ex-Secretário, que iniciou esse projeto, o Marcus Vinicius, aqui presente, ex-Vereador da cidade de Valparaíso. Mas quero dizer, Senador Kajuru, que, se a obra do BRT, que parou ali em Santa Maria, se estender até para lá um pouco do trevo de Luziânia, será a ferramenta que vai nos permitir, de fato, resolver hoje o principal problema que nós temos na nossa região. Já foi, lá atrás, segurança pública, já foi saúde pública. Hoje, se se fizer qualquer pesquisa, não tenho dúvida de que o problema que mais atrapalha a qualidade de vida das pessoas que moram ali é o problema de mobilidade. Então, eu quero agradecer aqui a sua sensibilidade por propor a inserção dessa importante obra no Programa de Aceleração do Crescimento, como foi falado aqui pelo próprio Ministro da Casa Civil. A gente fica feliz. E, lá em Luziânia, nós iniciamos, ao final do ano passado, um programa no transporte público que é o Tarifa Zero. Hoje a gente tem lá várias linhas e horários no serviço de transporte, e essa é uma política que a gente empreitou lá atrás e conseguimos implementar na cidade de Luziânia. Quero trazer alguns números aqui para se ter a noção da grandeza desse programa. Antes de a gente implementar, que foi em novembro do ano passado, ainda pagando a tarifa, que, naquela ocasião, era de R$2,90, transportava-se nos ônibus do transporte público municipal, esse que nós temos a competência de regulamentar pela prefeitura, uma média de 5 mil pessoas por dia. Depois que a gente implementou esse programa da tarifa zero, hoje não tem nenhum dia em que andem menos que 17 mil pessoas no transporte público dentro da cidade de Luziânia. Para se ter uma noção, foi um programa que resolveu o problema de mobilidade. É um programa no transporte público e também é uma política social. Agora, guardadas as devidas proporções, pensem o que seria a gente conseguir, de fato, implementar e consolidar essa obra para toda essa comunidade que hoje, só no Entorno Sul, é de aproximadamente 1 milhão de habitantes. Então, eu quero dirigir uma pergunta aqui à Dra. Viviane, do Ministério dos Transportes, porque, ainda numa última audiência de que eu participei com o Lucas Vissotto, que estava naquela ocasião como Presidente da Goinfra - até o Deputado Cambão tinha me acompanhado -, ele tinha nos relatado que existiria, não sei se um convênio, mas algum instrumento entre o Governo do Estado de Goiás e o Ministério dos Transportes, uma espécie de convênio, em que o recurso, aproximadamente R$1 bilhão, seria enviado à Goinfra e essa obra seria licitada e executada por lá. Só que depois o Lucas saiu de lá, e eu não tive mais acesso às informações. |
| R | Falo isso até a título de esclarecimento com relação ao prazo de licitação do projeto, da obra em si, ou do início, como que está toda essa situação, porque a gente é abordado a todo momento pelas pessoas das nossas cidades, querendo saber sobre esse importante benefício. Mas quero aqui, de fato, agradecer ao Senador Kajuru. Também, Dra. Viviane, há uma importante questão que eu queria levantar aqui: a senhora falou com relação à concessão desse trecho que - eu não sabia, mas tem um nome sugestivo: o trecho Pequi - vai do Distrito Federal até a cidade de Cristalina; é justamente onde pega os municípios de que nós estamos aqui representando a população. Ali não tem mais hora, Senador Kajuru. Antigamente, era nesse período, no início da manhã, vindo para o Distrito Federal, e no sentido contrário, no final da tarde, que a gente tinha congestionamento. Hoje você passa ali por Santa Maria e por Valparaíso, pode ser de manhã, à tarde, à noite, toda hora, aquela rodovia está congestionada. É trânsito! Até peço desculpas pelo atraso. Foi porque, de fato, ali no Park Way, travou tudo e eu não consegui chegar a tempo. Então, é um problema que atrapalha a vida do cidadão do Entorno Sul do Distrito Federal, e a gente fica feliz de o senhor ter essa sensibilidade. Eu tenho certeza de que essa obra, de fato, depois de tantos anos, saindo do papel e começando a ser executada - de fato, acontecendo isso -, nós vamos ter que colocar uma estátua do senhor lá para a população saber. Como o senhor disse aqui: a gente tem que ter gratidão, dar a César o que é de César. E, de fato, hoje, eu não tenho dúvidas, é a principal obra necessária para poder melhorar a vida dos cidadãos das nossas cidades. O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Bom, como sempre preparado e apaixonado pelas boas causas, o Prefeito de Luziânia, Diego Sorgatto, acaba de fazer a sua explanação. Secretária Viviane Esse, do Transporte Rodoviário do Ministério dos Transportes, aqui representando o Ministro Renan Filho, é inquestionável a sua competência. O Prefeito fez uma observação, a senhora gostaria, por favor, de acrescentar? A SRA. VIVIANE ESSE - Claro, claro. O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Muito obrigado, fique à vontade. A SRA. VIVIANE ESSE (Para expor.) - Obrigada, Senador. Prefeito, obrigada pela explanação. Acho que o senhor colocou muito bem a situação que vive a população que utiliza esse trecho da rodovia. Isso nos incomoda muito também e estamos à disposição para ajudar. Nós temos hoje, no Ministério dos Transportes, 300 empreendimentos previstos no PAC, que é o Programa de Aceleração do Crescimento, mais de 180 bilhões em obras em execução. Mas essa, Prefeito, não é nossa, essa é do Governo do Estado de Goiás. O Lucas saiu realmente da Goinfra. Está no seu lugar agora o General Santos Filho, que é extremamente competente também e já trabalhavam juntos em parceria. Se o senhor quiser, a gente pode ir atrás das informações necessárias e a gente se coloca à disposição para qualquer ajuda, se tiver alguma interferência com alguma obra federal. O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Respondido, Prefeito Diego? O SR. DIEGO SORGATTO (Fora do microfone.) - Respondido. O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Muito obrigado, então. Vamos dar a sequência. Já pedi aqui a compreensão do querido Zeno e, aproveitando o Zeno aqui, quero dizer que, de vez em quando brinco, faço críticas ao Governador do Distrito Federal, o Ibaneis. Ibaneis, saiba que tenho divergências políticas com você, mas eu te respeito - pode ter certeza disso. E eu quero cumprimentá-lo porque acabou aquela bobagem inicial, no tempo do Governo Bolsonaro, de sua briga com o Ronaldo Caiado, do desentendimento. |
| R | Eu sei que prevalece em você a disposição honesta, o bem-querer ao próximo. Portanto, eu o aplaudo por estar junto com a gente e por querer ver, dentro do seu Governo, essa obra, como disse o Prefeito Diego Sorgatto, de Luziânia, que vai ser a mais importante da história do entorno, sem nenhuma dúvida. Então é claro que é importante ter a sua digital, a de Ronaldo Caiado, a minha, a da Leila do Vôlei. Então é isso que eu queria deixar bem claro aqui, para que o próprio Zeno transmita esse meu comentário, que é do fundo do meu coração, ao Governador do Distrito Federal, Ibaneis. Na compreensão do revezamento aqui, eu vou agora do Prefeito de Luziânia para a nossa Carol Fleury. Eu falo Carol porque tenho o maior respeito por ela, o maior carinho. Já jantamos juntos, já batemos papo. Nós e amigos, para ficar bem claro, não é? Nós temos vários amigos em comum. Ela que é uma das mais eficientes, insisto, mulheres do Governo Ronaldo Caiado, um Governo histórico, o maior da história de Goiás, sem dúvida alguma. À sua explanação, no tempo de dez minutos, querida. Fique à vontade. A SRA. MARIA CAROLINE FLEURY DE LIMA (Para expor.) - Bom dia a todos. Obrigada, Senador. Cumprimento ao Exmo. Sr. Senador Kajuru. Parabéns pela iniciativa! O senhor é sempre muito atuante, cuidando dessa população do entorno do Distrito Federal, que são municípios goianos, e que o senhor, enquanto representante de Goiás, tão bem o faz. Cumprimento, Viviane Esse. Eu falo... E a gente precisa ser justa: a gente, nessa briga por transporte, e, quando eu consegui falar com a Viviane, ela falou: "Pera aí, não - Isso foi no final de ano -, vamos montar agora um grupo de trabalho". E não é grupo de trabalho. Nessa conversa, quando se quer enrolar, "vamos fazer grupo de trabalho"; e, pelo contrário, é para a gente colocar todos os atores à mesa. E assim foi feito, depois dessa conversa com ela. E hoje está em andamento, de forma muito eficiente, esse grupo de trabalho que o Ministério dos Transportes coordena. A Viviane faz essa coordenação e a gente tem avançado bastante. Cumprimento o Fabiano, representante aqui do Zeno; o nosso Prefeito de Luziânia, Diego Sorgatto. E vai chegar até lá uma obra importantíssima, e, da mesma forma, o Prefeito Pábio Mossoró, que, além do Prefeito de Valparaíso é o Presidente da Amab, associação que há muito também levanta esse tema e o traz à discussão. E agora a gente, com esse esforço em conjunto, vê se tornar realidade. Realmente o Governo Federal o incluiu na obra do PAC. Foi um pedido do Governador Ronaldo Caiado. E, dos pedidos de Goiás, colocados foi o PAC de Santa Maria até Luziânia, e o Cora, o Hospital de Câncer, que também está sendo feito com o Governo Federal. Então, como é que está a situação? Até Prefeito Diego, como a Viviane coloca, essa obra do PAC já está sendo com o Ministério das Cidades. Hoje a Goinfra já entregou os primeiros estudos, os estudos preliminares, que o Ministério das Cidades já entendeu que foram suficientes, e já abriu a plataforma Transferegov. Então, agora, a gente está pronto para assinar um termo de compromisso entre o Estado de Goiás - que vai ser executado pela Goinfra, o representante será a Goinfra - e o Governo Federal. E a Goinfra está, nesse momento, fazendo os estudos de viabilidade necessários. Mas os pré-projetos já foram entregues e aceitos pelo Ministério das Cidades. Então a gente está no momento de a Goinfra terminar de entregar o estudo de viabilidade, para a gente celebrar o contrato. Mas isso já está proposto e já está no sistema. Então, já está bem encaminhado, para a gente conseguir realmente avançar com a obra do Entorno Sul, Santa Maria a Luziânia. Essa questão do BRT é fundamental para a 040. Nós estamos falando hoje de 224 mil pessoas, que fazem esse deslocamento do entorno para o Distrito Federal, e 70% disso são mão de obra. Então, são nossos servidores, como o senhor bem coloca, não é? No gabinete do senhor tem. |
| R | Hoje, aqui na entrada, ao anunciar, a colega já falou na hora: "pelo amor de Deus, nos ajudem, eu sou de Águas Lindas, eu passo horas...". Porque, como o Prefeito Diego bem coloca, se fizessem uma pesquisa anteriormente, seriam outros assuntos; hoje é transporte público, é mobilidade. A gente está falando da vida das pessoas, a gente está falando de as pessoas passarem um dia por semana dentro de um ônibus, porque elas gastam de quatro a cinco horas por dia. Então, a gente está falando de uma tarifa absurda e de um transporte de péssima qualidade, algo que a gente realmente precisa resolver. Agora, falando disso, nós temos que chamar aqui a atenção para a questão da governança, porque agora a obra de infraestrutura o Governo Federal realmente já colocou via Ministério das Cidades, Ministério dos Transportes, mas a grande questão é que vai fazer, que quer fazer - e o senhor foi fundamental nisso. Agora, depois, nós precisamos avançar. E o principal é que nós precisamos falar de governança, porque a gente está falando de um transporte interestadual. Por ser interestadual, hoje a responsabilidade é da ANTT. Como nós vamos integrar isso? Como nós vamos fazer essa operação realmente funcionar? Porque, senão, a gente gasta, só no BRT Sul - previsto -, R$1 bilhão, e como essa operação para em pé? Como a gente integra com o Distrito Federal? Não adianta a gente parar aqui. Como a gente vai fazer? Vai atravessar a rua, vai pagar outra passagem? Então, nós precisamos trabalhar a governança. E, para isso, nós precisamos avançar com o consórcio interfederativo, para que realmente seja uma autarquia criada, para que seja um transporte integrado. E aí, depois, sim, precisamos avançar na questão do subsídio. Nós temos a maior passagem para a população que mais precisa. Para Goiânia e região metropolitana, isso resolve. Funcionam muito bem com a tarifa subsidiada, uma tarifa que, desde o Governador Ronaldo Caiado, não tem aumento, está ali em R$4,30. O Distrito Federal tem os subsídios, e a nossa população - nós estamos falando de 1,5 milhão de pessoas - fica ali invisível, as pessoas ficam ali realmente no limbo. Então, a população que mais precisa hoje paga a passagem mais alta e de um transporte de péssima qualidade. Então, a gente não pode tirar... Avançando, é fundamental a obra de infraestrutura, porque, senão, não vai existir o BRT, mas nós precisamos avançar e nós precisamos aqui - eu peço muito - da ajuda do senhor e dessa intervenção junto ao Governo Federal - o senhor sempre faz essa interlocução do Governador Ronaldo Caiado com o Governo Federal - para que a gente consiga avançar na questão da governança. A gente precisa, depois, que essa operação realmente pare em pé, porque, senão, não tem como. Depois, essas linhas não se comunicam, e as pessoas ficam no meio da rua. Brasília, com toda razão, não pode de repente passar a receber mais 224 mil pessoas, se a gente levar só até o ponto nosso em Goiás, então a gente precisa ter essa questão muito forte. Se vai ser o consórcio interfederativo, se vai ser uma autarquia... Quem vai fazer essa gestão? Como será feita? Porque nós estamos falando de uma licitação. Como o DF vai licitar de uma forma e Goiás vai licitar de outra? Quem coordena isso? Porque hoje é um transporte que realmente está na mão da ANTT, e a gente não tem visto avanços nessa questão do cuidado e da qualidade com o transporte do Entorno. Então, a gente precisa... As obras, como eu disse - até esclarecendo ao Prefeito Diego Sorgatto -, do BRT Sul estão bem encaminhadas, nessa fase da Goinfra, já entregando os documentos; logo isso vai ser assinado pelo Governador Ronaldo Caiado - quem vai ser o representante por Goiás vai ser a Goínfra - junto ao Governo Federal. Então, isso está bem encaminhado, com os estudos avançando bem, mas depois a gente precisa... Tem essa preocupação muito séria com a governança. Outro ponto que eu trago aqui... Porque a gente fala do Entorno Sul, que é mais populoso. Isso já é PAC - foi o acordo com os Governadores -, mas a gente tem o PAC de Águas Lindas. A gente cadastrou a proposta no PAC Seleções, e não saiu ainda o resultado do PAC Seleções para mobilidade. Então, também peço muito essa ajuda junto ao Governo Federal, Senador, Viviane, para que saia no PAC Seleções a obra do BRT Águas Lindas. |
| R | A gente já cumpriu todas as diligências que o Ministério das Cidades nos apresentou. Nós estamos falando de uma obra também de R$778 milhões, previstos nessa proposta que a gente fez no PAC Seleções. Então, a gente pede essa sensibilidade para que, na seleção dos projetos, o BRT Águas Lindas também entre, porque a gente trabalha o BRT Entorno Sul, fundamental, mas também não podemos esquecer o lado norte. Inclusive, o senhor está indo para lá agora. Parabenizo-o. Está indo inaugurar duas excelentes obras, de que a população precisa muito. Também têm a digital do senhor. Então, Águas Lindas também precisa. Nós estamos falando da cidade que concentra a população do Entorno Sul, mas da nossa cidade mesmo, de mais de 225 mil habitantes, porque as pessoas também têm sofrido bastante. Agradeço muito a participação. Parabenizo muito o senhor por trazer este tema à tona, desta forma muito positiva, com a questão de as obras de infra estarem avançando. Agradeço muito ao Governo Federal por isso, à sensibilidade do Governo Federal em ter feito isso. O Estado de Goiás está fazendo a parte dele, na parte de documentação. Inclusive, o próprio Ministério das Cidades está falando que a gente está à frente de vários outros estados por conta da documentação, com cronograma, com o Goinfra fazendo todo o dever de casa. Veio já do Lucas Vizzotto. Agora, como Viviane bem falou, o general tem dado sequência com muita qualidade também. A gente está bastante otimista. Agora, peço, então, que o PAC Águas Lindas também saia no PAC Seleção. Chamo a atenção para o que a gente mais precisa hoje, visto que isso já avançou na parte de infra: a sensibilidade com a governança. A governança tem nos preocupado muito, tem sido o assunto tratado no grupo de trabalho junto ao Ministério das Cidades, porque, hoje, se se estalasse o dedo e o BRT estivesse pronto, a gente não conseguiria operacionalizar isso. Então, tem que ter cautela quando for conceder essa parte da 040, tem que estar previsto que já teremos o BRT, mas, principalmente, depois, a gente precisa fazer a operação parar em pé. Futuramente, primeiro, a governança mesmo para fazer a operação, mas, depois, nós não podemos esquecer de que a gente precisa subsidiar esse transporte. O transporte no mundo inteiro é subsidiado. Dessa parte, a gente tem que buscar as fontes alternativas de receita, para conseguir fazer isso. (Soa a campainha.) A SRA. MARIA CAROLINE FLEURY DE LIMA - Para encerrar, como o Governador sempre propôs dividir esse subsídio por três - GDF, Estado de Goiás e Governo Federal -, o grupo de trabalho vai apresentar o que é, porque, hoje, nós não sabemos nem quanto isso seria, qual é o preço ideal, qual seria esse custo extra, quanto a gente dividiria. Senador, parabéns. Obrigada. Siga nos ajudando, com o mandato do senhor, que é voltado para o povo. Isso vai ser um marco, e a gente transforma a região que tanto precisa. Faço só essas observações. O Governo está à disposição. O que for necessário, pelo Estado de Goiás, será feito, porque o Governador entende que são municípios goianos e que as políticas públicas que precisam chegar são as do Estado de Goiás. Quando a gente fala de mobilidade interestadual, é a ANTT, e a gente precisa dessa relação sempre de parceria com Brasília, nunca mais de dependência, não mais essa questão do nem-nem. É uma população cinturão de desenvolvimento do estado, tanto de Brasília quanto de Goiás. Muitíssimo obrigado. O estado está à disposição. O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Carol Fleury também é merecedora de palmas. (Palmas.) Mais uma mulher com esse preparo. Além de você ter, Carol, competência, você tem caráter. Agradeço aqui o seu reconhecimento de que eu, prazerosa e espontaneamente, sou o único intermediário entre o Governador Ronaldo Caiado e o Presidente Lula. |
| R | Em função de suas divergências políticas, eu mostrei ao Presidente, logo nos dois primeiros dias da posse dele, que isso teria que acabar, que ele teria que pensar na população do Estado de Goiás, que lhe deu quase 42% dos votos - isso não é fácil, sabemos -, e que o Governador Ronaldo Caiado é meu amigo pessoal, irmão, salvou a minha vida duas vezes: uma com um sujeito com um revólver na minha cara para me matar, o Dr. Volney Almeida, que está no colo de Deus - se não fosse o Caiado, eu não estaria aqui hoje -, e, depois, com aquela grave cirurgia, que eu fiz, de 13 horas, em função do diabetes. Então, fazer o que eu fiz foi só minha obrigação, porque eu provei ao Presidente Lula a diferença do Caiado em relação ao respeito. Você, para discordar de alguém, não precisa desqualificar ninguém. O Caiado é um homem de opinião própria, mas ele é um homem que não é oposição ao Governo Lula somente, ele é oposição aos fatos que acontecem, às vezes; agora, ele não é oposição ao Brasil e, principalmente, não é oposição ao Estado de Goiás. Por exemplo, o Presidente Lula ia hoje - e, graças a Deus, ele não foi, porque, se fosse, a gente não teria esta audiência pública hoje - a Goiânia e a Aparecida e me disse: "Toda vez que eu for para lá, quem vai comigo é você, Kajuru. Você vai ter que quebrar essa mania sua de não aceitar viajar em avião presidencial". Eu falei: "Tá, eu vou quebrar só por isso, só Goiânia, não me convide para ir para Nova York, para ir para Paris, que eu não vou, Presidente Lula. Estou fora!". Odeio avião da FAB e ir para lá para ficar igual a um bobinho. O Presidente faz tudo, e você fica igual a um bobinho, aí você tem que ir para shopping, para restaurante, gastar dinheiro público. Então, graças a Deus, na minha história aqui de cinco anos e meio de mandato, eu nunca usei o avião da FAB para esse tipo de viagem. Então, só para deixar claro que hoje o Governador Ronaldo Caiado estaria cancelando toda a sua agenda para receber, no hangar do aeroporto, o Presidente Lula, acompanhá-lo e, depois, pessoalmente, no palácio, iria fazer uma homenagem a ele e recebê-lo. Então, isso é para o Estado de Goiás entender o que é pensar no próximo e esquecer as divergências que existem entre todos os homens públicos. Portanto, eu tenho o prazer de continuar sendo o único intermediário entre Lula e Caiado pelo bem do estado, que amo e a que sou grato de forma impagável. Com a palavra agora, na explanação de dez minutos, dando sequência ao conteúdo belíssimo e riquíssimo desta audiência pública, um Prefeito, que é reconhecido em todo o Estado de Goiás - para mim, o maior da história de Valparaíso, assim como o Diego, de Luziânia; os dois foram os meus principais incentivadores para esse ato e para essa obra, que ficará na história para sempre -, Pábio Mossoró, da nossa querida e amada Valparaíso. Eu também falo dos outros Prefeitos do entorno. Todos eles têm o meu carinho e o meu respeito e sabem que eu os atendi em rigorosamente tudo. O Hospital de Águas Lindas, que é belíssimo, o Governador Ronaldo Caiado e eu inauguramos na semana passada, e eu consegui o custeio de saúde, que é o mais caro. Por isso, às vezes, as pessoas que têm inveja - inveja é um sentimento que ninguém confessa, essa é a minha definição sobre inveja, além de ser o mau hálito da alma - falam: "Mas como que o Kajuru conseguiu bilhões para Goiás?" |
| R | Vamos somar aqui - desculpem. Quanto essa obra vai custar? Certo? Quantos bilhões ela vai custar? O custeio de saúde de quatro hospitais em Goiás, que eu consegui. Custeio para o resto da vida! Não é custeio para quatro anos. Hospital Cora, com a pediatria que inaugura agora no final do ano. Consegui. Em Rio Verde, Hospital Materno Infantil, que já funciona há quatro meses e atende a 1 milhão de crianças em todo o sudoeste. Hospital de Águas Lindas. E amanhã inauguro, às 18h - e também consegui o custeio e a compra de equipamentos, todos por mim -, em Palmeiras de Goiás. Quanto custa, Pábio, quatro custeios de saúde? As pessoas ignorantes e, minimamente, com falta de cérebro são aquelas que acionam a boca e não ligam o cérebro, até porque não os têm. Aí querem saber como. Então vamos lá, seguindo. Kajuru conseguiu 18 rodovias para o Estado de Goiás. As duas primeiras já vão começar agora, em Formosa, e também aquela rodovia da morte - que é a BR-040 ou a BR-020? O SR. FABIANO DOS SANTOS CAMPOS GUIMARÃES (Fora do microfone.) - BR-070. O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - BR-070 - o Zeno me lembra aqui. Hã? O SR. FABIANO DOS SANTOS CAMPOS GUIMARÃES (Fora do microfone.) - BR-080. O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - BR-080! BR-080. E lá, aquele sonho de Formosa, que o Ministro Renan Filho anunciou em vídeo, na semana passada, comigo e com a Leila do Vôlei. Quanto custa isso? São 18 rodovias, 8 aeroportos para Goiás. Semana que vem já começa a obra do aeroporto de cargas de Anápolis, depois vai ser o de Alto Paraíso, e aí vai seguindo. Quanto custam 18 rodovias? Quanto custam 8 aeroportos? Custam milhões ou bilhões? Vamos lá. Isso tudo provado; não tem conversa fiada aqui. Se eu mentir, podem pedir a minha renúncia. Quase 10 mil casas - habitação. Quanto isso custa? Também quem conseguiu? Pergunte aos ministros, pergunte ao Presidente Lula. Um tal de Jorge Kajuru, que trabalha, que não brinca; esse é o problema dele. Eu não sou melhor do que ninguém; eu sou mais trabalhador do que os outros. Eu estou aqui todo dia, de segunda a sexta, chego às 7h da manhã, fico até o fim do dia; eu não tiro férias. Esse final de ano eu não tirei férias; eu fiquei aqui em 24 de dezembro, no Natal, passei o réveillon aqui. Para quê? Porque é nessa hora que você surpreende. Você chega a um ministro que acha que não tem nenhum Senador aqui, nenhum Deputado aqui, e aí ele fala: "Estou livre deles"; mas do Kajuru não fica livre. Aí eu vou lá, fico duas horas, pedindo dinheiro mesmo para Goiás, e consegui recurso na noite de Natal, consegui recurso no dia de réveillon. E neste ano eu estou passando de R$1 bilhão de recursos para Goiás, nos ministérios, nas emendas, em bancada, em tudo que eu tenho direito. E sem falar em oito institutos de autismo, que eu banco - não só inaugurei, eu banco o custeio deles -; quatro centros diabéticos, hospital de doenças raras, cirurgias de cataratas, que eu proporcionei até agora 3,6 mil. Quanto custa isso? É só somar, queridinhos, invejosos. Somem. E, lembrando o Zagallo, para terminar e não ser longo, aquela frase dele, eu respondo para ele o seguinte: gostem ou não gostem de mim, vocês vão ter que me engolir. Pronto. Eu vou deixar um legado, como o Caiado já me disse: "Kajuru, você vai ficar na história como o maior Senador da história do Estado de Goiás [e ele fala isso em todo discurso que ele faz - o Caiado], porque eu, Kajuru, nunca vi na minha vida [e olha o tempo que ele tem de Parlamentar] um Parlamentar goiano conseguir o que você conseguiu até hoje. É algo impressionante, Kajuru". |
| R | Isso é por causa de quê? É por causa de relacionamento, de trabalhar, de ir atrás. Não é porque tem prestígio, não. Não é porque é Vice-Líder do Governo Lula e Líder do Vice-Presidente Geraldo Alckmin; é porque a gente tem que trabalhar realmente, é a nossa obrigação. Não fazer oposição gratuita e não ficar xingando um Presidente da República significa o quê? Você criticá-lo, como eu às vezes critico o Lula na tribuna do Senado - ele sabe disso -, e critico às vezes até duramente, mas existe uma relação entre nós, de 35 anos... E eu não iria perder essa oportunidade de ser opositor a ele, por opositor, e perder a chance de ser o Parlamentar com mais recursos para o Estado de Goiás, perfeito? Então, é uma satisfação que eu quero dar para aqueles que não entendem. "Ah, Kajuru, você tinha que bater no Lula todo dia." Mas por quê? Eu tenho um bom relacionamento com todos, inclusive com o ex-Presidente Jair Bolsonaro. Toda terça-feira à noite - e a Carol sabe disso -, na minha casa, com dinheiro meu - que fique bem claro -, eu faço jantar para 14 Senadores bolsonaristas. Toda terça, eles vão à minha casa, com esposas, sempre levam a bebida, e eu forneço a alimentação. Na quarta-feira, eu faço com quem? Com os Ministros do Governo Lula e Senadores do Lula. Qual problema tem isso? Em relacionamento, a divergência existe; mas a gente combina bem, a gente se dá bem. A gente, à noite, vai ouvir música, vai bater papo, vai ter ideias, vai conversar de coisas boas. Então, para mim, a política serve para isso, porque, na verdade, o único prazer da política é você servir as pessoas, é você salvar vidas, porque o resto é frustrante. A vida aqui, no dia a dia, não é fácil, gente. Aqui, tem dia em que você, à noite, tem que tomar Dormonid. Não é fácil, Zeno. Você não queira ser Senador, não, porque você vai se preparar para terapia semanal, para psicanálise. Nesses dias aqui, o Senado viveu uma cena - pelo amor de Deus! - na discussão do aborto... porque tem colegas que defendem sabem o quê? Que, se uma mulher - prestem atenção - estuprada, tipo com 12 anos de idade, fizer aborto, a condenação dela será dez anos maior do que a do estuprador. Gente, vocês imaginavam que nós fôssemos ver isso no Senado Federal, no Plenário? E ainda uma mulher aqui fez a cena do feto, aos gritos. Vocês conseguem dormir bem com isso, vendo esse tipo de coisa, vendo o Senado discutindo cassino, jogo do bicho, bingo, questão de estuprador? Então, não é fácil o dia a dia aqui. Desculpe-me, meu amigo e irmão, Prefeito Pábio Mossoró. A palavra é sua, para sua explanação. Fique rigorosamente à vontade. É um privilégio ter você e ter o Diego como meus amigos pessoais. (Palmas.) O SR. PÁBIO CORREIA LOPES (Para expor.) - Bom dia a todos. Inicialmente, eu quero cumprimentar o meu amigo Senador Kajuru e, diante do Senado, das autoridades, quero agradecer pelos recursos, pelos maquinários, pelas emendas que o senhor destinou à cidade de Valparaíso. Estou acompanhado aqui do nosso ex-Secretário de Obras e do nosso pré-candidato a Prefeito, Marcus Vinicius. Quero saudar também o Jefferson, que trabalha na Casa e é morador de Valparaíso. Quero saudar o meu amigo Prefeito Diego; o Fabiano, representando o GDF; a Viviane, representando o Ministério dos Transportes; e a nossa amiga, competente, Carol, representando o Estado de Goiás. |
| R | É uma alegria poder participar dessa discussão, porque, há muitos anos, existiam promessas, mas, desde que Kajuru assumiu essa missão de poder defender o Entorno, principalmente na questão do transporte, da saúde, da segurança aqui no Senado... Porque às vezes as pessoas não entendem qual é o papel do Senador, e nós que estamos no meio político sabemos a importância de ter verdadeiramente um Senador que defenda o nosso estado. A maior demonstração está aí: o tanto de investimento que o senhor explanou aqui para o Estado de Goiás. Eu estou agora finalizando o meu segundo mandato. Desde que eu assumi a prefeitura, em 2017, o grande clamor da sociedade, da minha cidade de Valparaíso, que é cortada pela BR-040, é a questão do transporte. Há muito tempo, a região tinha uma concessão com a Anapolina, depois vieram outras empresas - até porque, devido a esse monopólio, não conseguiu se sustentar, e automaticamente a ANTT deu oportunidade para outras empresas -; mas não é só falar do transporte, nós temos que falar das condições para o transporte. E, com certeza, este vai ser um dos maiores investimentos do estado, a pedido do Senador Kajuru: a extensão do BRT de Santa Maria até a cidade de Luziânia. São milhares de pessoas. A cidade de Valparaíso é cortada pela BR-040; o Ingá, que é um distrito hoje com mais de 80 mil habitantes, também é cortado pela BR-040; e a própria cidade de Luziânia. Lá, Senador Kajuru, nesse trecho, nós tínhamos um dos maiores índices de acidente. Na nossa gestão à frente da prefeitura, nós conseguimos duas passarelas. Agora, com o senhor, a gente conseguiu liberar o destravamento - até porque quem está fazendo o investimento é a própria prefeitura - para poder investir, porque existe uma concessão da VIA 040 que precisa da autorização do Dnit. Há praticamente dois anos, tanto eu como o nosso Secretário Marcus Vinicius estávamos trabalhando na construção do viaduto, que é o viaduto de Valparaíso sobre a BR-040. Então, essa é a importância e a essência de ter um Parlamentar que realmente olhe pela nossa região, fora as emendas que tem direito a mandar. Esteve na minha cidade... Eu estava com um problema também com o Parque Anhanguera, o senhor atuou junto ao ministério, conseguiu destravar essa obra. Nós vamos agora licitar essa obra. Já iniciamos uma parte dessa obra lá no bairro Anhanguera, o senhor esteve lá comigo. Nessa questão do diabetes, nós criamos lá o primeiro centro de referência de diabetes da cidade. O senhor também já destinou recursos para essa finalidade. Sem dúvida nenhuma, Brasília também depende da região metropolitana do Entorno, com a mão de obra. O que nós temos que proporcionar aqui, como falou muito bem a Carol, e o próprio Diego, que hoje é uma referência na questão do transporte local... Inclusive, nós estamos agora com o processo licitatório para iniciar o transporte municipal na cidade de Valparaíso, porque estava na Justiça há muito tempo. Nós temos que garantir ao usuário que se desloca todos os dias para o Distrito Federal para ofertar uma mão de obra com qualidade a segurança e um transporte de qualidade. Uma das maiores obras do Governo Lula vai ser esse investimento. |
| R | Também temos que ressaltar a importância do Governo de Goiás. Essa parceria do Kajuru com o nosso Governador Ronaldo Caiado, tem trazido resultados positivos: o hospital, o recurso para manter a saúde... Mas, sem dúvida nenhuma, um dos maiores investimentos que o estado vai receber do Governo Federal é a extensão do BRT de Santa Maria até a cidade de Luziânia. Por quê? Porque são milhares de pessoas. Então, o Governo conseguiu enxergar isso. Goiás sabe dessa necessidade, até porque passou por vários Governadores que, na época, no período de eleição, prometiam que iriam colocar tarifa a R$1 e que iriam proporcionar transporte de qualidade. Prometeram, falando que estavam executando projeto executivo, e isso nunca saiu da promessa. Agora, nós temos garantido, no Orçamento da União, o recurso que vai iniciar esse importante processo. Eu acho que, mesmo finalizando o mandato - e agora nós vamos entrar no período eleitoral -, eu queria aqui deixar um pedido a essa ilustre mesa: que a gente possa montar uma Comissão com alguns Prefeitos, com o Ministério do Transporte, com o Governo de Goiás, através da Carol, e com o próprio Distrito Federal, porque há necessidade dessa integração. O primeiro passo é construir o BRT até Luziânia. E o segundo passo é realizar esse consórcio interfederativo, para que a gente possa proporcionar um transporte de qualidade e também barato, porque, às vezes, o empresário de Brasília não quer contratar mais a mão de obra do Entorno devido à taxação das tarifas. Então, já que nós temos o recurso garantido aqui pelo nosso Vice-Líder, Senador Kajuru, o que nós temos que fazer agora é arregaçar as mangas e trabalhar, em parceria com o Governo Federal, com os Governos de Goiás e do Distrito Federal e com o Senado, que é importante, porque, a partir do momento em que se monta esta Comissão e todo mundo se reúne uma vez no mês - esse grupo de trabalho -, nós vamos atuar para que esses projetos realmente possam definitivamente avançar e essa obra possa ser licitada o quanto antes. Você imagine que para eu executar uma obra de R$35 milhões, correr atrás de burocracia, de autorização do Dnit, de autorização de licença ambiental da VIA 040, que tem a concessão hoje da BR-040, foram quase dois anos! Então, o que nós temos que fazer é, a partir de agora, montar esta Comissão, pedir as licenças ambientais, as autorizações sobre a ferrovia, porque a ferrovia também corta a BR-040. E, com um pouco do nosso conhecimento, ou seja, do que eu tive que exercer para a autorização de apenas esses três viadutos que nós estamos executando lá - um sobre a BR-040 e dois sobre a ferrovia, que são as marginais que vão ligar até o distrito do Jardim Ingá -, que a gente possa realmente, daqui para frente, montar esse grupo de trabalho e realmente fazer valer o trabalho do nosso Senador Kajuru, que garantiu, junto ao Orçamento da União, esse recurso. Quero agradecer a todos e dizer que, com certeza, o dia de hoje é ímpar para a região do Entorno. A gente sabe que quem está defendendo, quem realmente lutou por esse recurso, quem fez audiência com o Ministro, com o Presidente Lula, foi o Senador Kajuru - porque agora, quando chegar esse período, vai aparecer um monte de pai e um monte de mãe querendo ser o dono da obra, porque é importante: mobilidade hoje é discutida nacionalmente. A gente que faz parte de grandes cidades e faz parte de associações - eu sou o Presidente da Amab, faço parte da Frente Nacional de Prefeitos - sabe que as grandes cidades e, principalmente, as regiões metropolitanas sofrem com o transporte. |
| R | E a nossa é diferenciada. Por quê? Não é uma região que está ligada à capital; ela está entre dois estados, o Distrito Federal e Goiás. E esse transporte é executado pelo Governo Federal. Só tem um caminho: união. E aqui a gente já tem o mais importante, que é o recurso que foi garantido pelo nosso Senador Kajuru. Então, Senador, a minha referência é o senhor. Conte com o meu apoio, conte com o apoio da cidade de Valparaíso. E, certamente, após o início dessa obra, a região será outra: antes do pedido do Kajuru e após o pedido do Kajuru. Obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Bom, eu só posso agradecer ao Prefeito Pábio Mossoró, da nossa amada cidade de Valparaíso. Eu sei do caráter dele, sei da postura dele, do exemplo que é como gestor, por isso que eu falo que ele e o Diego são meus amigos pessoais. O que é importante também na política é isto: você criar essas relações que são diferenciadas, com pessoas que você pode levar na sua casa, e eu também posso ir à casa delas. Você foi muito feliz em tudo o que falou, especialmente nessa sugestão da comissão. Eu já quero antecipar aqui que ela será acatada, eu tenho certeza, por todos nós. Falarei com os Ministros, falarei com o Presidente Lula, falarei com o Governador Ronaldo Caiano, com o Governador Ibaneis. Aproveitando, por falar em Distrito Federal, me mandam aqui, eu chego aqui... Olha como a vida é! Vieram dois recados aqui da Luma Paschoalato, minha competente assessora. O primeiro: a Senadora Damares Alves, admirável amiga e Senadora, que frequenta a minha casa, inclusive, que janta na minha casa sempre, está comandando uma outra audiência pública, mas mandou anunciar que ela gostaria de estar aqui presente, porque ela também quer ver, evidentemente, essa obra histórica sair do papel depois de décadas. E a outra notícia - aí vejam o que quer trabalhar -: mesmo eu estando aqui, eu consigo dinheiro. Eu estou aqui com vocês, mas tem gente minha já ligando: "Ministro, o Kajuru está falando daquele dinheiro". Só nesta semana, eu já anunciei, está nas redes sociais, para quem quiser ver, no Facebook do Kajuru, no YouTube do Kajuru, tudo e tal, só nesta semana, na terça-feira, que eu consegui R$282 milhões - só nesta semana! Isso porque os Parlamentares dizem a vocês, Prefeitos, que não têm mais emenda: "Olha, não adianta pedir, porque agora acabou". Para mim, nunca acaba! O Lula sabe que eu sou chato mesmo. Eu vou todo dia. Para mim, não tem esse negócio de acabou. Acabou o caramba! Não acabam os problemas das cidades, as necessidades das cidades, então eu vou atrás de dinheiro mesmo! O Lula sabe que não é bom ser inimigo do Kajuru. Aliás, todos sabem disso. É melhor ser amigo do Kajuru ou, então, suportá-lo, engoli-lo. Eu sou péssimo para ser inimigo! Eu não seria inimigo de mim mesmo. Aí chega, agora, a notícia aqui: o Ministério da Agricultura, Plano Safra, me mandou mais R$10 milhões. Então, R$292 milhões - isso em uma semana. Aí veio a outra notícia. Qual? Mais R$83 milhões a que eu tenho direito para: pontes vicinais, estradas vicinais, asfalto, recapeamento, maquinário, turismo, eventos. Então, só aí já são quase quantos milhões? Além dos R$700 que eu consegui, no começo do ano, nas emendas impositivas e nas emendas de bancada federal. |
| R | E assim eu vou continuar, não adianta aqueles que... Infelizmente, hoje, nas redes sociais, o clima é assim, lamentavelmente. Aqueles que desejam a minha morte, cuidado, porque eu vou enterrá-los. A notícia de Deus é que eu vou morrer de parto aos 120 anos. Então, eu vou conseguir muito mais dinheiro ainda, podem ter certeza. Eu tenho mais três anos de emendas, até 2027, e emenda para mim é todo dia. E, se eu for continuar na vida pública, o que eu não sei se vou, mas, se eu for continuar, imagine a que valor nós vamos chegar para salvar vidas e para ver o Estado de Goiás cada vez melhor. Eu gostaria, agora, de dar o direito para a explanação, com sua presença prazerosa aqui, a Fabiano dos Santos Campos Guimarães, Chefe da Unidade de Projetos da Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal. Fique à vontade, por fineza, querido! O SR. FABIANO DOS SANTOS CAMPOS GUIMARÃES (Para expor.) - Bom dia a todos! É um prazer estar nesta Casa democrática, onde as discussões importantes da sociedade são colocadas. E daqui, certamente, sairão as diretrizes e todo o empenho aqui das unidades federativas, de Goiás, do DF, e do próprio Governo Federal, para a gente poder avançar nessas melhorias para toda a população. Eu queria saudar a Maria Caroline, representante do Estado de Goiás, a Viviane Esse, o excelente Senador Jorge Kajuru, tão operoso, assim como o Prefeito Diego Sorgatto e o nosso Prefeito Pábio Mossoró, de Valparaíso. E vamos avançar nessas discussões. Nós do GDF estamos trabalhando em projetos do BRT Norte. Temos R$1,5 bilhão para poder lançar essa obra, que deverá estar concluída em três anos. Temos o BRT Sul, dos Eixos 3 e 4, que são obras que estão orçadas com valores de R$750 milhões. Nesse sentido, a gente sabe das grandes vantagens dos BRTs, que são obras de mobilidade que avançam dentro do Distrito Federal, com o Eixo Oeste, que já está em execução. Temos o BRT Sudoeste também, que está em projeto, e as melhorias. Toda a sociedade já conhece os benefícios desse modal de transporte, um modal que traz qualidade de vida, que agiliza todo o deslocamento da população, além de ter uma vantagem muito importante, que é a diminuição do número de acidentes, Senador. E também a própria emissão de gases poluentes nesse modal é bem menor do que nos outros; são veículos já com tecnologia Euro 6. E, nesse sentido, o Governo do Distrito Federal tem como meta fazer todos esses corredores de transporte, para que a gente possa melhorar a vida da comunidade. |
| R | Isso é uma determinação do Governador Ibaneis Rocha desde o início do seu mandato. E todos os órgãos de infraestrutura do Distrito Federal trabalham nessas obras estruturantes, obras que tendem a avançar. Já há muitas entregas, nós estamos com projetos avançados, e certamente a comunidade vai ter o seu reconhecimento, através dos seus pagamentos de impostos, por essas obras tão importantes. São obras que estão no PAC também, e todos os incrementos em nível de projeto estão avançados. E a gente tem certeza que, com a contribuição do Estado de Goiás junto ao BRT da 040, como tão bem explanaram os Prefeitos Diego e Pábio Mossoró, certamente teremos um grande benefício à população de todo o Distrito Federal, Goiás, já que hoje nós praticamente temos rodovias que estão dentro de características urbanas. São rodovias que, apesar de federais e mesmo rodovias distritais, hoje, com o avanço do perímetro urbano, a gente acaba tendo características urbanas dentro dessas rodovias. E o BRT é um modal que vem aí realmente para poder trazer essa melhoria à população, trazer essa rapidez para todo trabalhador, para toda a sociedade ter mais qualidade de vida. (Soa a campainha.) O SR. FABIANO DOS SANTOS CAMPOS GUIMARÃES - Agradeço a todos aqui a presença e a contribuição. Nós estamos abertos a perguntas. E é uma satisfação enorme estar nesta Casa. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Obrigado, eficiente Secretário Fabiano. Eu pediria a compreensão do Josiel e do Bruno, que são os dois últimos a completarem as explanações iniciais, e depois iremos às perguntas que estão sendo feitas inclusive pela internet, especialmente do Entorno e do Estado de Goiás: a Viviane tem um compromisso de uma reunião no Ministério dos Transportes, ela que aqui veio, a gente agradece imensamente a sua colaboração e agradecemos tudo que você trouxe para quem não sabia ainda. Apenas uma pergunta então para liberá-la: como serão coordenadas, Viviane, as ações entre o Governo Federal e os dois Governos estaduais na implantação do BRT? Qual é o papel de cada um desses entes na realização desse projeto? Qual é a quantidade prevista de criação de empregos com as obras do BRT? Quanto dessa mão de obra deve ser formada por trabalhadores e trabalhadoras locais? E, no que diz respeito à matriz energética empregada nos BRTs, qual é a previsão do uso de ônibus elétricos no sistema, tendo em vista a sustentabilidade ambiental? Para liberá-la, Viviane, e lhe agradecer, se você puder responder essas colocações, todos ficarão e todas ficarão contentes em todos os sentidos. |
| R | A SRA. VIVIANE ESSE (Para expor.) - Obrigada, Senador. Obrigada pela gentileza. Eu, realmente, peço desculpas aos senhores, mas eu tenho um outro compromisso e eu vou ter que me ausentar no final. Então, agradeço esta gentileza de me passar a pergunta antes. Sendo uma rodovia federal concedida, com o contrato agora próximo ao fim, mais próximo de um novo contrato, ainda permanece a obrigação de autorização conjunta para a implantação de qualquer obra num trecho federal. Para isso, a gente já tem uma parceria para discutir o projeto, para analisar em conjunto e, para a gente, será prioridade essa análise. É importante que a gente conheça o projeto. Eu já conversei com a Maria Caroline agora para que haja a disponibilização do projeto para que a gente já faça os ajustes necessários à implantação das faixas adicionais, que é uma previsão do nosso estudo para melhorar o nível de serviço, lembrando que, como eu disse inicialmente, mesmo com a implantação das faixas adicionais - sejam elas pelo canteiro central ou pelo lado externo à faixa de rolamento da rodovia -, ainda assim nós teremos um nível de serviço insuficiente para a localidade. Então, isso demonstra a necessidade de a gente ter outras ações, como o BRT, por exemplo. Então, nós estamos à disposição. Assim que recebermos o projeto, nós faremos, então, um estudo para analisar a adequação dos dois projetos, sempre priorizando a melhoria do nível de serviço. Talvez, em algumas localidades, a gente tenha que fazer uma alteração significativa no nosso projeto de faixas adicionais para que comporte o BRT, para que a gente tenha, senhores, como prioridade o mínimo de interferência necessário à população lindeira. O que significa isso? Como, em algumas localidades - em mais de 70% -, nós estávamos originalmente prevendo, para as vias marginais, a utilização do canteiro central para minimizar o impacto na comunidade lindeira, a gente vai ter que fazer algumas adequações. E aí a gente vê o que é melhor de fazer: se a gente vai trabalhar com faixa reversível nas localidades onde a gente não conseguiu implantar as vias laterais... A gente vai analisar em conjunto. Mas o primeiro grande passo é a gente ter o projeto. A gente está à disposição para estudar em conjunto e fazer todas as aprovações necessárias, já que é uma obra prevista no PAC, o que facilita imensamente a sua execução. A Maria Caroline vai ter as respostas das demais perguntas, porque eu acho que elas se referem muito mais ao projeto, mas saibam que estamos à disposição, porque o que a gente espera - e é o nosso objetivo conceder essa rodovia - é melhorar o nível de serviço, e a gente sabe que o BRT é extremamente importante para isso. Então, contem conosco. Assim que a gente receber o projeto, a gente já o analisa. Como palavra final, Senador, eu concordo plenamente com a Carol: a gente precisa de uma gestão integrada. Não é só apenas a execução de infraestrutura que vai resolver esse problema, um problema histórico é muito difícil de resolver; nós vamos realmente precisar pensar numa modelagem de gestão desse viário, porque ele é mais urbano - não tem muita característica de rodovia federal -, ele é uma ligação, uma artéria que liga regiões muito importantes, e nós vamos ter que , realmente, pensar no modelo de gestão, para além da infraestrutura implantada, que é o nosso primeiro desafio. |
| R | A gente precisa ter essas marginais, a gente precisa ter uma operação, a gente precisa ter uma concessionária atuando nesse trecho para a gente poder manter socorro médico e mecânico, senhores, que são serviços essenciais. Então é importante que a gente faça isso de forma célere para não impactar os nossos estudos de concessão, porque, saindo a concessionária daqui a 30 ou 40 dias, volta para o Dnit, e aí a gente perde algumas operações essenciais, como socorro médico e mecânico, que são muito importantes para essa região, para dar fluidez, para dar pronto atendimento no caso de acidentes. Então, é importante que a gente corra com esses estudos para que a gente faça essas adequações necessárias. Conte, Senador, sempre com o Ministério dos Transportes nessa parceria para o desenvolvimento do que é melhor para a população do entorno do Distrito Federal e de Goiás, que são regiões muito importantes. Contem conosco. Muito obrigada. O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Eu que lhe agradeço, Secretária Viviane. Vá para o seu compromisso e repita ao Ministro Renan Filho o meu agradecimento, a minha gratidão por ele, até porque eu virei amigo pessoal da mãe dele, a D. Verônica, e ela, de minha companheira. A mãe ligou para ele e falou assim: "Se você não cuidar bem do Kajuru, eu vou te dar umas chineladas!", (Risos.) e ele cuida muito bem de mim. Muito obrigado. A SRA. VIVIANE ESSE (Fora do microfone.) - Obrigada. O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - E vamos, então, dar sequência agora à penúltima fala das explanações iniciais e, depois, às últimas perguntas - que serão necessárias - desta histórica audiência pública sobre o entorno de Goiás e do Distrito Federal e, de forma geral, à segunda etapa que será o sonhado trem-bala Brasília-Goiânia. Por enquanto, estamos cuidando do BRT no entorno. Com a palavra, Josiel França Penha Neto, que é Administrador Regional da importante Santa Maria. Sua explanação, fique à vontade. Muito obrigado pelo tempo, pela paciência. Certamente, o Jó da Bíblia era mais afobado do que você. Desculpa. O SR. JOSIEL FRANÇA PENHA NETO (Para expor.) - Primeiramente, bom dia a todos. Quero cumprimentar a todos da mesa. Fico muito feliz em ver amigos aqui também. Senador, primeiro quero agradecer, primeiramente, como administrador e como morador, pela implantação da ampliação do BRT que liga Santa Maria a Luziânia, obra esta que é muito importante para a gente. A gente daquela região sabe da dificuldade de todos os moradores que frequentam essa via e que passam por ela. Como o nosso amigo Fabiano falou, são vias, essas, federais, que hoje estão dentro do Distrito Federal, que acabam sendo vias distritais. Lembrando, Senador, que essa obra, que vem acrescentar muito, pelo fato de a gente estar trabalhando - junto com o nosso amigo Fabiano - a ampliação do BRT de Santa Maria, que está para se iniciar a licitação - não é, amigo? -, e essa obra vem só acrescentar isto: essa questão de atender à população local. Sabemos de todas as dificuldades e, com isso, o Governo do Distrito Federal não tem parado. Tanto é que vai se iniciar - esperamos que este mês - esta obra, pedida pelo nosso Governador Ibaneis Rocha, junto com o DER, com intervenção da Deputada Jaqueline Silva: uma marginal próxima à 040, para tentar desafogar aquele trânsito ali que é uma coisa de louco, para ajudar todos os nossos trabalhadores, trabalhadores esses que vêm do nosso entorno do Distrito Federal para ganhar o seu ganha-pão diariamente. |
| R | Quero agradecer a todos e dizer, Senador, que fico muito feliz pelo seu empenho por toda a nossa população, não só do Goiás, mas também do Distrito Federal. E muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Josiel, eu que tenho que lhe agradecer, por favor, entre nós não há conta-corrente. Parabéns pelas suas posições. E eu gostaria de trazer uma novidade para vocês, especialmente para os Prefeitos que aqui estão, meus amigos pessoais, o Diego e o Pábio. Claro que isso vai aumentar ainda mais a inveja dos tolinhos. Nós não temos só, no caso eu, Kajuru, o sonho do BRT, que eu estou realizando, não; nós temos uma outra opção. Eu queria quebrar o protocolo aqui, Secretaria, que eu tanto respeito, porque ninguém faz isso em audiência pública, mas eu adoro fazer o que ninguém faz, ou seja, eu aprendi uma coisa na minha vida: Kajuru, às vezes, é melhor você fazer o contrário do que o outro faz, que dá certo. Então vou quebrar o protocolo. Minha assessora eficiente, Luma Paschoalato, venha até a mesa, por finesa. Ela vai ficar brava comigo, pode até pedir demissão depois, porque é tímida demais. E é como uma filha para mim. Eu a conheci quando ela nasceu, ela é da minha cidade de Cajuru e filha do meu melhor amigo de infância, o Celso Cajuru. Luma, objetivamente, dê essa notícia para todos aqui, especialmente para o Entorno, neste microfone. É sobre aquela nossa outra opção, que não custaria um centavo do dinheiro público, em relação ao transporte do Entorno. Por favor, aqui no microfone, não tenha vergonha. Você é uma mulher bonita, inteligente, vai ter vergonha de microfone? Para quê? A SRA. LUMA ROSA PASCHOALATO (Fora do microfone.) - Tenho não. O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Não tem, não. A SRA. LUMA ROSA PASCHOALATO (Fora do microfone.) - Mas hoje estão presentes aqui... O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Espere aí, só ligar. Pode falar. A SRA. LUMA ROSA PASCHOALATO - Hoje estão presentes aqui o Rodrigo e o Breno, que são os donos desse projeto. E eu acho que... O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Que é a nossa segunda opção. A SRA. LUMA ROSA PASCHOALATO - Segunda opção. E acho que eles teriam mais propriedade para falar. Posso colocá-los na fala aqui? O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Claro, evidentemente, por gentileza. Tem microfone onde eles estão ou não? A SRA. LUMA ROSA PASCHOALATO - Não. O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Não, então têm que vir aqui. Porque essa notícia é muito importante, para mostrar que 24 horas por dia, a gente só pensa nesse sonho histórico de mais de meio milhão de pessoas do entorno de Goiás e do Distrito Federal. Quem está vindo é o Rogério? É o Rogério? Não? (Pausa.) O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - O Breno que quer falar? Breno, por gentileza, fique à vontade. Muito obrigado pela nossa parceria, que se iniciou com várias reuniões já feitas. Já estivemos inclusive no Ministério dos Transportes, com o próprio Ministro Renan Filho, que viu com bons olhos tudo que vocês lá apresentaram, mas que ainda o Entorno não tinha conhecimento, tanto o Diego como o Pábio, como os demais Prefeitos das cidades goianas do Entorno. Fique à vontade, Breno. O SR. BRENO GONTIJO (Para expor.) - Bom dia, obrigado pela oportunidade, Senador. É uma honra estar presente aqui. Quebrando o protocolo, gostaria de dar um bom-dia também à Dra. Maria Caroline, Fabiano, Diego, Pábio, todos, o administrador aqui de Santa Maria, também presente, outros que falaram. As falas de todos demonstram a urgência e a necessidade de uma modificação do que existe hoje, para melhorar a vida da população da região do Entorno do Distrito Federal. E a partir da Lei 14.273, que foi promulgada agora em 2022, nós iniciamos um projeto de autorização privada de um pedido de concessão de autorização ferroviária para esse trecho, para ligar Luziânia até Brasília. |
| R | É um processo que está na ANTT, junto ao Ministério dos Transportes. Nós estamos fazendo toda a adequação e a promoção, o andamento desse processo, que será, se for realizado, custeado 100% com recursos públicos - perdão, com recursos privados. Então, o que nós pretendemos é modificar... O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Zero centavo público. O SR. BRENO GONTIJO - Exatamente. A nossa pretensão é grande, e é modificar o transporte dentro do Distrito Federal e do Entorno, sem utilização de recursos públicos. Para isso, a gente tem contado com a ajuda do Senador Kajuru, a ajuda da Senadora Leila, que têm sido muito importantes. Contamos com o apoio do Ministro Renan também, que tem nos atendido, tem nos solicitado. E estamos em andamento. Temos a confiança de que será um projeto de sucesso, que vai resolver muitos desses problemas, e torcemos para que seja um padrão pioneiro no Brasil, o de usar a ferrovia para desenvolver o transporte urbano, desenvolver as cidades e desenvolver a economia local. O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Muito obrigado, Breno. Eu pergunto ao Plenário: é merecedor de aplausos ou não? (Palmas.) Com a palavra, agora, o último integrante desta audiência pública, para darmos início, imediatamente, às perguntas - inclusive do e-Cidadania, de todo o Brasil, especialmente de Goiás - que já estão aqui. Bruno Almeida é Assessor da Secretaria de Obras e Infraestrutura do Distrito Federal. Mais uma vez, cumprimento o Governador Ibaneis pela parceria conosco, pelo entendimento de que estamos juntos, e mesmo na sua ausência, ele fez questão de enviar os seus dois competentes representantes. Bruno, à sua explanação, fique à vontade. Agradeço a sua paciência e principalmente a sua presença. O SR. BRUNO ALMEIDA (Para expor.) - Obrigado, Senador. Cumprimento a mesa; na pessoa do Senador Jorge Kajuru, a todas as autoridades que compõem a mesa posta. O que eu quero explanar para vocês, senhores? É importante a gente, antes de falar de mobilidade aqui, a gente falar, na verdade, de tempo. A grande demanda da sociedade é saúde, educação, segurança e tempo. A mobilidade nada mais é do que tempo. Eu sou servidor de carreira do DER, sou técnico, e eu vou falar para vocês quais são os desafios que a gente vai ter para poder enfrentar essa obra após a construção. Reza a lenda que Lúcio Costa, quando começou a fazer o planejamento de Brasília, viu as cidades americanas que funcionavam. Na cidade de Nova York, naquela época, a pessoa morava próximo de onde trabalhava, e ele viu que aquilo não estava funcionando, porque tinha um problema de segurança muito grande. Ele resolveu ligar todas as cidades através de rodovias, porque era assim que estava sendo feito em Boston e era assim que estava nascendo a cidade de Orlando. Então, Brasília teve essa questão de ser ligada, toda, através de veículos individuais. O problema é que, em 1970, para quem lembra, a gente tinha um discurso - um discurso, não -, um hino, durante a Copa, que era: "Noventa milhões em ação". Hoje o Brasil está com 210 milhões, ou seja, a gente mais do que dobrou. Então, as rodovias que a gente tinha implantado lá nas décadas de 50, 60, por Lúcio Costa e por Juscelino Kubitschek, não comportam mais. Foi muito bem colocado pela Viviane Esse: a gente está com uma quantidade de serviço "f", ou seja, horrível, para o transporte que a gente tem. |
| R | País desenvolvido não é aquele onde o rico anda de transporte individual, mas, sim, onde o pobre anda de transporte coletivo. A partir do momento em que a gente está colocando o BRT para ligar cidade-satélite cujo morador, quem mora lá, vem trabalhar aqui em Brasília ou vice-versa, a gente está dando essa oportunidade para a pessoa. Brasília, quando foi pensada, foi ligada toda por rodovias: 040 BRT Sul; 020 BRT Norte; 070 BRT Oeste. Eu sou executor, hoje, do BRT Oeste, em Brasília. Essa obra é de quando a gente passa aqui pela Epia. É uma obra de RS$165 milhões. Eu sou o executor dela, a gente está fazendo um transporte coletivo. Qual vai ser o desafio que a gente vai ter para implantar o BRT aqui em Brasília? Eu estou falando de construção, eu estou sendo técnico, eu sou engenheiro. Além de trazer toda a população para Brasília, a gente vai enfrentar uma questão de mobilidade durante a execução da obra. A gente vai precisar de um desvio de tráfico que seja eficiente, de uma segurança de tráfico que seja correta. A gente vai precisar explanar à sociedade não só o benefício, mas a dificuldade da construção durante aquela etapa, seja de um ano, seja de um ano e meio. A gente está falando de uma obra de um bilhão e alguma coisa. A gente tem um BRT Norte que está na casa de R$1,7, não é, Fabiano? O Fabiano falou R$1,7 bilhão. O SR. FABIANO DOS SANTOS CAMPOS GUIMARÃES - O BRT Norte, R$1,5 milhão; e R$750 milhões o BRT Sul, nos trechos 3 e 4. O SR. BRUNO ALMEIDA - Então, eu estou sendo bem categórico porque é o que a gente está enfrentando hoje em Brasília. Brasília virou um canteiro de obras, a gente sabe, devido ao Governador Ibaneis, que está trabalhando com mobilidade. Então, ao implantar o BRT, tanto o Sul quanto o Norte - o BRT Norte vai pegar Planaltina, vai pegar Sobradinho, Sobradinho I e II, a região da Fercal, toda a 020, e trazer para o centro de Brasília -, nós iremos enfrentar um desafio muito grande durante a construção. Porém, depois de construído, o legado que fica para a sociedade é muito bom, uma vez que a gente vai reduzir a quantidade de tempo. A pessoa vai ter tempo para poder estudar, a pessoa vai ter tempo para poder ficar com o filho, com a esposa. Então, a gente não está falando aqui apenas de mobilidade, a gente está falando, realmente, de tempo, que seria o quarto grande pilar que a gente tem. Então, eu agradeço. Foi uma explanação rápida, muito técnica. O que for relacionado à técnica, dentro do setor do Distrito Federal, eu estou apto a responder. Era essa a minha consideração para vocês todos. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Rápida, porém rica, Bruno. Muitíssimo obrigado. Também os nossos aplausos. (Palmas.) Bem, eu já fiz aqui questão, no início desta audiência pública, de registrar que, se não fosse ele, este dia histórico para Goiás - na primeira etapa, para o entorno, e, na segunda etapa, o trem-bala de Brasília a Goiânia -, sem ele, que é o Presidente desta Comissão de Infraestrutura, nós não estaríamos aqui hoje. Ele simplesmente cancelou várias audiências e disse: "Amigo Kajuru, a sua é extraordinária, é fundamental. Vamos fazê-la antes do recesso, agora, do dia 17 de julho, e não deixá-la para agosto". Então, aqui, publicamente, deixo um agradecimento do Estado de Goiás, que tem tudo a ver com ele, onde ele chegou para ser médico, para quem não sabe. Ele é amado no Estado de Goiás. Lá ele tem uma ex-Secretária que é a maior Secretária da história da educação no Estado de Goiás, a Fátima, que trabalhou com ele. Aliás, trabalhava com ele em reuniões até três horas da madrugada, ela e todo o secretariado. Ele é tudo isso que eu estou falando, mas também é o inventor da escravidão na vida pública. Reunião com ele, no Governo... Simplesmente, ele foi o maior Governador da história de Rondônia. Se quiser voltar, vai ser imbatível. Esse que é para mim uma das maiores referências da vida pública que eu tenho, o Senador Confúcio Moura. |
| R | O meu agradecimento sincero, que não é meu, que é do povo que o senhor tanto ama, o povo de Goiás, que o recebeu tão bem pelo tempo em que lá o senhor viveu. O SR. CONFÚCIO MOURA (Bloco Parlamentar Democracia/MDB - RO. Fora do microfone.) - Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Eu é que te agradeço. Ele é tão tímido, entendeu, que ele já fala obrigado... (Risos.) Mas é verdade. Esta audiência, se não fosse você, não teria acontecido. Bom, eu gostaria de dar prioridade aqui, no início, às perguntas feitas pela internet no portal nosso do Senado Federal, o e-Cidadania. Pergunta do Cícero, que é do entorno de Goiás. Ele questiona - e fique à vontade quem quiser responder -: "Quais medidas e mecanismos serão adotados [...] para evitar que ocorra superfaturamento e crimes de corrupção nessa obra [histórica do BRT]?". Quem pode responder? (Pausa.) O Zeno vai responder. Ah, o Breno. Desculpa, o Bruno. Perdão. O Bruno, que é do Governo do Distrito Federal. O SR. BRUNO ALMEIDA (Para expor.) - Hoje, quando se vai executar uma obra, temos, normalmente, uma comissão de executores por parte do Governo, de três, quatro. Numa obra de grande vulto como essa, a gente precisa de ter uma supervisora. A supervisora vai supervisionar o que a contratada está fazendo, ou seja, a empreiteira está fazendo. Hoje o serviço público conta com uma quantidade reduzida de laboratoristas e de pessoas que realmente... Tem quantidade insuficiente de pessoas para poder fazer o serviço de topografia. Então, normalmente, numa obra de grande porte, você faz uma contratação de uma supervisora. Depois dessa supervisora, que atesta o serviço, você, como executor de contrato, atesta o que a supervisora fez. Baseado nisso aí tudo, a gente ainda tem os órgãos de controle. Toda documentação e toda medição, que é o pagamento que a gente faz junto com as empreiteiras, a gente manda para os órgãos de controle, seja ele Tribunal de Contas, seja ele Ministério Público, seja ele CGDF. Então, essa é uma forma que a gente tem de minimizar e combater qualquer tipo de desvio de parte financeira de uma obra. Respondido? O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Sem nenhuma dúvida. O Cícero é aqui de Brasília, do Distrito Federal... Desculpa, o Bruno. O Cícero é do Entorno. O Bruno agora. Pergunta da internet: "Por que não...". Eu estou impressionado com o tamanho da nossa audiência tanto nas minhas redes sociais, como no grupo TV Senado, Rádio Senado, Agência Senado e Portal e-Cidadania. "Por que não investir em metrô? BRT para o norte do DF precisará de uma logística que vai além da ampliação de novas vias. [Aí ele coloca:] População grande." Quem pode responder? (Pausa.) Ah, sim. O Zeno, agora, que também é representante do nosso querido Governador Ibaneis do Distrito Federal. O SR. ZENO JOSÉ ANDRADE GONÇALVES (Para expor.) - Respondendo à pergunta do... É Bruno? O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Bruno. O SR. ZENO JOSÉ ANDRADE GONÇALVES - Bruno. Bruno, o BRT Norte já está sendo executado. Já estamos com um projeto que vai atender à mobilidade da área norte do Distrito Federal. Isso aí é uma prioridade do Governador Ibaneis, que foi colocada para nós. Esse BRT terá em torno, a princípio, de 14 estações. É uma obra de R$1,4 bilhão, mas nós já temos aí o recurso liberado pelo Governo Federal para a implantação dos terminais e de todas as estações para o BRT Norte. |
| R | Com relação ao metrô, há um investimento previsto muito grande. Nós estamos finalizando licitações agora, no final do ano, colocando o trecho de Santa Maria e também a expansão do metrô para a Ceilândia. Então, são investimentos com que o Governo do Distrito Federal ataca em todas as diretrizes, tanto nos modais como BRT, como metrô, como modais viários, como ciclovias. Então, há todo um trabalho, inserido até no nosso PDTU, que envolve essa melhoria e grandes investimentos por parte do Governo do Distrito Federal na mobilidade urbana. O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Bom, primeiro, o meu pedido de desculpas aqui. Eu não tenho compromisso com o erro. Quando eu erro, eu volto atrás. Foi o momento Kajuru burro. E olha que não é fácil o Kajuru burro, hein? O Kajuru leu mais do que viveu, graças a Deus! Mas quem está falando aqui é o Fabiano, o Fabiano representa o Zeno, que é outro homem servidor do Governo do Distrito Federal. Desculpe-me, Fabiano querido, e muito obrigado pela resposta. Tem uma pergunta do Pedro, também aqui do Entorno, que me parece já respondida: "Quais os prazos previstos, a divisão de investimentos e os impactos positivos esperados?". Isso já foi bem colocado aqui, não é? O Diego, também aqui do Distrito Federal, pergunta: "Não seria mais benéfico realizar obras de implantação de trens de alta velocidade e capacidade?". Fabiano. O SR. FABIANO DOS SANTOS CAMPOS GUIMARÃES (Para expor.) - Senador, são investimentos altos e, assim, em nível de... Nós precisamos de distâncias consideráveis para implantar um trem de alta velocidade. A gente entende que o metrô é o transporte de massa, é o transporte que faz as ligações em áreas urbanas e, certamente, também há a previsão, estudos para a implantação do veículo de alta velocidade, ligando Brasília a Goiânia. Agora, são investimentos altos que dependem de estudos de viabilidade e que estão sendo tratados em nível de Governo Federal e governos dos estados. O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Perfeito. Perfeito, Fabiano. A última pergunta, também do Entorno, vem da Amanda: "Como estão sendo asseguradas as medidas para evitar impactos negativos nas comunidades locais durante a fase de construção?". Bruno, responda por gentileza. O SR. BRUNO ALMEIDA (Para expor.) - Quando a gente tem uma obra de infraestrutura de grande impacto, a gente, normalmente, faz um cronograma de execução em que a gente verifica a cidade, o adensamento da cidade, e onde será feito aquele desvio para poder minimizar o transtorno para o transeunte. A gente faz reuniões normalmente com a Semob para verificar a parte de transporte coletivo, quanto a gente faz a verificação junto ao DER e ao Detran para poder verificar o transporte do veículo individual. Dessa forma, através de um cronograma, a gente faz pequenos lançamentos na mídia, falando: "Ó, a gente vai fazer o trecho tal. Então, durante um mês, a gente vai estar fechado e, em determinado pedaço da cidade, você vai ter que utilizar tal rota alternativa". Então, a forma como a gente tem de executar uma obra de grande vulto de infraestrutura como essa é, realmente, lançando na mídia e informando a sociedade. |
| R | Não tem jeito, gente! Quem trabalha com obras de infraestrutura não tem como não criar um impacto na sociedade; não tem como a gente fazer uma omelete sem quebrar um ovo. Não tem como, infelizmente! É uma situação que a gente vive, e, depois, fica o legado; depois que a gente consegue terminar, fica o legado. Mas, durante a execução da obra, a forma de a gente realmente minimizar é com um cronograma de execução e encaminhando para frente. Por exemplo, vou dar um exemplo rápido aqui: eu fui executor da obra do túnel de Taguatinga. Quando a gente estava na obra do túnel de Taguatinga, a gente precisou fazer um grande desvio. Esse desvio foi lançado durante uma ou duas semanas. Depois, realmente, precisamos fazer a intervenção. Não tinha como a gente começar a obra do túnel de Taguatinga e da Estrutural ao mesmo tempo. Então, como foi o cronograma da gente? Fizemos o túnel de Taguatinga, inauguramos a obra. Um mês depois, iniciamos a obra da Estrutural. A obra da Estrutural demorou menos de um ano - foi do dia 22 de dezembro até o dia 21 de dezembro do ano seguinte -, e, imediatamente, a gente começou e Epig, que é essa obra em que estou agora, do BRT Sul. Por mais que a população sofra durante aquele período de execução, a gente tem um planejamento, macro e micro, mas não tem como evitar qualquer tipo de transtorno. Se eu falar aqui que não vai ter transtorno, é uma mentira. Não tem como negar qualquer tipo de transtorno, porque não tem como fazer uma gemada, ou um omelete, sem quebrar o ovo. Tudo bem? O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Muitíssimo bem. Obrigado, Bruno. Bem, como, graças a Deus, sou um homem público que, em cinco anos e meio de mandato - e quem duvidar, entre agora no telefone celular, no Portal de Transparência do Senado Federal, e coloque lá: "Prestação de Contas, Senador Jorge Kajuru" -, o único da história do Brasil que, em cinco anos e meio de mandato, nunca gastou um só centavo dos R$126 mil por mês a que tenho direito em privilégios e mordomias. Nada! Auxílio-moradia, auxílio-alimentação... Nada! No meu gabinete, o café é dividido entre os assessores; nem o café eu aceito. Papel Chamex eu pago, graças a Deus. Eu pedi muito pouco a Deus, e Deus me deu em dobro. Eu ganhei muito dinheiro na televisão e continuo ganhando, então, não me custa nada fazer isso. Eu não tenho um periquito para criar. E, graças a Deus, só consigo namorar mulher rica, mulher que divide a conta comigo. É bom demais, não é, gente? Falem a verdade... Então, apenas nessa brincadeira, o tom sério é para pedir a compreensão de todos, porque eu tenho que viajar de carro, naturalmente, para Águas Lindas - se fosse para Tóquio, eu viajaria de avião por minha conta -, onde vou inaugurar uma obra lindíssima para atender milhares de crianças na entrada da cidade. Ela vai ser iniciada hoje. Eu tenho que estar lá até meio-dia e meia. Daqui até lá, Pábio, é uma hora de viagem, não é, saindo agora? Daqui a Águas Lindas, vou gastar uma hora, não é isso? (Pausa.) Mais ou menos. Então, eu vou inaugurar o Cmei e também a Apae lá, com o Prefeito Dr. Lucas e com toda a cidade. Eu quero justificar a ausência do Prefeito Diego Sorgatto, de Luziânia, que também teve compromisso. O meu irmão, Pábio Mossoró, o maior Prefeito da história de Valparaíso, também tem compromisso - eu também quero liberá-lo. E peço à Luma Paschoalato, minha assessora, por favor, que envie tanto ao Fabiano quanto ao Bruno todas essas perguntas que estão aqui ainda. Eles poderão responder no tempo deles, na hora deles. A gente encaminha e envia para cada um - tem o endereço, aqui no portal, deles, perfeito? - as respostas, para que ninguém, rigorosamente ninguém, fique sem qualquer tipo de satisfação e se estabeleça rigorosamente qualquer dúvida. |
| R | Eu sempre faço questão de registrar - eu sei que poucos fazem isso - o que é o sentido plural de um trabalho público. Nada para mim, em vida - aprendi com o Silvio Santos, o meu melhor patrão -, é singular. Tudo na vida é plural. Então, sem a eficiência da Secretaria desta Comissão de Infraestrutura, que esteve à minha disposição e de toda a minha equipe, nada disso estaria acontecendo. Há o carinho deles, em função da minha visão, enfim, de tudo, tudo, tudo. O Thales Roberto Furtado Morais; o Pedro - que sobrenome, hein Pedro?! - Kleinübing. Você é casado, Pedro? (Pausa.) Ele é casado? (Pausa.) Ele conseguiu se casar com esse nome? O Eduardo Leão, o Ricardo Ribeiro, o Valdir Júnior e, finalmente, uma mulher na Secretaria, a Kelem Severiano. Muito obrigado, de coração, pelo trabalho de vocês. Minha querida Carol Fleury, Secretária do entorno, representando o Governo histórico de Ronaldo Caiado, você deseja fazer alguma observação final? A SRA. MARIA CAROLINE FLEURY DE LIMA (Para expor.) - Só agradecer novamente, Senador, cumprimentar a todos e falar que, no Estado de Goiás, como a gente falou, a execução vai ser feita pela Goinfra, mas tudo isso é coordenado pela SGG, pelo nosso Secretário Adriano - e aqui estão os representantes da SGG; a Gleicia, aqui me assessorando também. O senhor falou bem do Elias, como nosso amigo... O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - E irmão, não é? A SRA. MARIA CAROLINE FLEURY DE LIMA - ... e irmão. Hoje ele é aniversariante, não é? O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - É, o Elias Vaz, eterno Deputado Federal por Goiás, faz aniversário hoje. Sem ele eu também não teria chegado a esse sonho realizado. A SRA. MARIA CAROLINE FLEURY DE LIMA - Não é? Quero agradecê-lo e cumprimentá-lo. O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Aliás, a esposa dele está aqui, não? É a Gleisi. A SRA. MARIA CAROLINE FLEURY DE LIMA - Exato. (Risos.) O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Bonita, não é? Como ela pode ter se casado com o Elias Vaz, com aquela cara tão derrubada dele, não é? É bonita, educada, amiga. Eu realmente não consigo entender. A SRA. MARIA CAROLINE FLEURY DE LIMA - Parabéns, Senador, por tudo. O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Obrigado, Carol. É a lábia, não é? Só pode ser lábia. E o Elias Vaz é bom de lábia. Ele é bom de tudo, não é? Alguém mais deseja fazer uso da palavra para o encerramento? Fiquem à vontade, Fabiano, Pábio, Bruno. Quem quiser. O SR. PÁBIO CORREIA LOPES (Para expor.) - É só para agradecer aqui ao nosso Senador Jorge Kajuru, a toda a sua equipe, ao Fabiano, ao Bruno, ao nosso Administrador ali de Santa Maria e também à nossa amiga Carol, ao próprio Diego e à Viviane, que estiveram aqui presentes nesta importante audiência. Mais uma vez, os nossos agradecimentos. Com certeza, saio daqui hoje muito confiante com a perspectiva dessa grande obra que vai revolucionar o estado e principalmente a nossa região do entorno. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Eu que agradeço, Pábio Mossoró. Saiba que você também é pai dessa criança linda que vai fazer a maior história do entorno de Goiás e de todo o Estado de Goiás, quando chegarmos à segunda etapa do trem-bala Brasília-Goiânia, que também foi um pedido meu e de minha irmã, mãe da criança, Leila do Vôlei, ao Presidente Lula, em um jantar inesquecível que tivemos, em que o Presidente... Para quem fica brincando com ele, não tomou pinga, tá? O Presidente não toma mais cachaça. A Primeira-Dama Janja não deixa. Ele, de vez em quando, toma um uísque japonês que ele ganha de presente de um amigo chamado Jorge Kajuru. Fabiano, quer falar um pouquinho para se despedir? (Pausa.) Por favor, fique à vontade. O SR. FABIANO DOS SANTOS CAMPOS GUIMARÃES (Para expor.) - Senador, eu gostaria de agradecer a presença de todos. Temos aqui vários representantes dos órgãos e eu gostaria de fazer referência aos representantes do BRDF, Secretaria de Obras, à nossa própria Terracap, que hoje também contribui também com as obras de infraestrutura da nossa cidade, de agradecer essa oportunidade e de nos colocar à disposição para qualquer tratativa. Tenham certeza de que o Governo do Distrito Federal está de portas abertas e de que o Governador Ibaneis sempre nos coloca a missão de trabalhar incansavelmente para poder melhorar a vida da população. Todos os órgãos de infraestrutura do Distrito Federal têm se empenhado na busca de recursos, na elaboração de projetos e na contratação de obras. Assim tem sido feito, graças a Deus, com o nosso timoneiro Ibaneis Rocha, que tem buscado recursos. |
| R | E o Senado Federal, junto com a Câmara, com os nossos Ministros Renan e Jader Filho, tem colocado os recursos à disposição do Distrito Federal. Nesse sentido, eu agradeço a todos. Estamos sempre à disposição dentro do GDF. O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) - Fabiano, muito obrigado mesmo pelo teu conteúdo, por tudo. Quanto ao Governador Ibaneis, eu que já cometi algumas injustiças com ele, mas, graças a Deus, estou refazendo todas as injustiças que eu cometi e tendo, de novo, um bom relacionamento com tantos amigos, desde Luciana Gimenez, Boris Casoy, Milton Neves, Marconi Perillo. Enfim, não vale a pena ódio na vida, não é? O contrário do amor não é o ódio; é a indiferença, é o desprezo. O esquecimento é a única vingança, é o único perdão. Não vale a pena ser alimentado por ódio. Às vezes, você voltar atrás e ter um bom relacionamento com a pessoa... Amanhã, você vai saber que ganhou um novo amigo. Eu gostaria até que você transmitisse ao Governador Ibaneis a possibilidade de uma audiência, para que eu fale isso olhando no olho dele, para que ele saiba da sinceridade que eu tenho. Perfeito? Um grande abraço. Muito obrigado mesmo, de coração, a todos e todas que estiveram nesta audiência pública histórica. Ela é o pontapé inicial de tudo. E, agora, o que nós precisamos é ter a certeza, com Deus - no caso, eu, como devoto de Nossa Senhora Aparecida, amando todos os evangélicos como eu amo, tanto que, no meu pulso aqui, a minha pulseira azul é da igreja evangélica Fonte da Vida, que tem mais de 800 igrejas no Brasil e no mundo inteiro, então, eu não tenho nenhuma dificuldade de religião, do mesmo modo, no meu relacionamento com o mundo espírita... Então, é com eles, é com Deus e com todos que nós vamos agora trabalhar mesmo, porque a gente tem que colocar em prática tudo o que nós falamos aqui. O Presidente Lula tem essa consciência. Para quem não viu, eu peço que peçam à minha assessora Luma que envie no celular de vocês - aí vocês vão ter no celular de vocês - a fala do Ministro-Chefe da Casa Civil Rui Costa. Quem viu o que ele falou viu que ele já está programando o edital para o mais rápido possível. Ele deu ali a palavra dele e deu a palavra do Presidente Lula. E vocês vão ver, neste final de semana, um vídeo em que o Presidente Lula fala quem é o pai da criança, quem é a mãe da criança, em Goiás e no Distrito Federal, e fala do sonho dele de ver, no Governo dele, essa obra fenomenal, que vai atender milhões de goianos, de goianas, que merecem mais dignidade, principalmente no que tange ao transporte público. Nada mais havendo a declarar, eu declaro encerrada esta audiência pública. |
| R | Agradecidíssimo. Deus e saúde em suas vidas, com alegrias e vitórias sempre! (Iniciada às 9 horas e 15 minutos, a reunião é encerrada às 11 horas e 24 minutos.) |

