20/05/2025 - 25ª - Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa

Horário

Texto com revisão

R
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC. Fala da Presidência.) - Declaro aberta a 25ª Reunião, Extraordinária, da Comissão Permanente de Direitos Humanos e Legislação Participativa da 3ª Sessão Legislativa Ordinária da 57ª Legislatura.
Sob a proteção de Deus, a audiência pública será realizada, nos termos do Requerimento 35, de 2025, da CDH, de autoria do Senador Jorge Seif, para discutir os passos para o fortalecimento das políticas públicas de combate ao tráfico humano, por meio de apoio internacional.
R
A reunião será interativa, transmitida ao vivo e aberta à participação dos interessados por meio do Portal e-Cidadania, na internet, em senado.leg.br/ecidadania, quem quiser participar enviando sugestões e perguntas, ou pelo telefone da Ouvidoria: 0800 0612211. Esta reunião também está sendo transmitida ao vivo no YouTube do Senado Federal.
Quero agradecer imensamente à Senadora Damares, que é a nossa Presidente da Comissão de Direitos Humanos, por ter atendido o nosso pedido nesse tema, no qual a senhora é uma expert, a senhora viu de perto e sempre foi uma mulher guerreira e combativa, inclusive colocando a sua vida em risco devido às quadrilhas e traficantes que atuam, que, neste momento enquanto nós estamos aqui, estão sequestrando crianças brasileiras para, especialmente, escravidão sexual, quando não para retirada de órgãos ou todo tipo de crimes bárbaros que são cometidos contra os cidadãos brasileiros e sul-americanos em sua maioria.
Sras. e Srs. Senadores e Senadoras e ilustres convidados, nos reunimos aqui com urgência e responsabilidade nesta audiência pública, ecoando a impactante história de combate ao tráfico humano do filme Som da Liberdade. A presença de Tim Ballard, sua inspiração, conecta a ficção à dura realidade global. O filme expôs a cruel exploração humana, especialmente de crianças.
Os números da ONU são alarmantes: milhões de vítimas anuais, um crime transnacional bilionário com diversas formas de exploração. No Brasil, a UNODC aponta o país como origem, trânsito e destino de vítimas. Vulnerabilidade social e desigualdade facilitam o aliciamento e a exploração, sendo a exploração sexual infantil uma face particularmente grave.
Esta audiência, Senadora Damares, é crucial para fortalecer as políticas de combate ao tráfico no Brasil, com apoio internacional. A troca de experiências é vital para aprimorar nossas ações preventivas, focando nas raízes do problema e protegendo os mais vulneráveis. Urge, Deputada Bia Kicis, aprimorar leis, fortalecer a segurança e garantir apoio integral às vítimas.
Acreditamos que, inspirados pela coragem e determinação de pessoas como o Sr. Tim Ballard, cuja vivência impulsionou a narrativa de Som da Liberdade e nos motiva nessa causa, e com o engajamento de todos os atores da sociedade, aqui representados por Lidiane Pacheco, jornalista, que traz a luz da informação sobre essa problemática, e também a Sra. Stella Fátima Scampini, Procuradora Regional da República da 3ª Região e coordenadora da UNTC do MPF, Unidade Nacional de Enfrentamento ao Tráfico Internacional de Pessoas e ao Contrabando de Migrantes, essencial na articulação contra o tráfico internacional, poderemos avançar significativamente no enfrentamento desse crime abjeto.
Que esta audiência, Senadora Damares, seja um marco no fortalecimento de políticas públicas eficazes, capazes de libertar e proteger vidas de milhões de brasileiros, ecoando um som da liberdade para cada vez mais pessoas.
Muito obrigado.
R
Eu convido, neste momento, para compor a nossa mesa de debates, a Jornalista Lidiane Pacheco, cidadã brasileira e americana, que veio, se deslocou até aqui para contribuição nessa pauta e, preciso fazer as devidas honras, foi a minha assistente internacional para viabilizar a presença do Tim Ballard aqui. Quero agradecer de público à Lidiane pelo trabalho, pelo carinho, pelo empenho, foi lutado, foi trabalhado, foi conversado, Damares de um lado, Tim de outro, você no meio. Então, obrigado, Lili, por você estar aqui, por fazer parte desta audiência. Eu te convido para fazer parte da mesa. (Palmas.)
Quero convidar também o Sr. Tim Ballard, da fundação Operation Underground Railroad (OUR).
Por favor, Sr. Tim. (Palmas.)
E, de forma remota, quero agradecer também a presença da Dra. Stella Fátima Scampini, Procuradora Regional da República, que também vai participar conosco via videoconferência.
É muito papel, gente.
Bom, eu passo a palavra para a Sra. Lidiane Pacheco, para suas contribuições. E a senhora tem, Lidiane, 15 minutos para sua fala, o.k.? O cronômetro está ali.
A SRA. LIDIANE PACHECO (Para expor.) - Na verdade, Senador, eu não preciso de tudo isso. Eu gostaria de doar o meu tempo para o Tim, porque eu estou até ansiosa para ouvir o que o Tim também tem a dizer aqui. Mas eu gostaria, sim, de dizer aqui algumas palavras para as pessoas que estão presenciando esta Comissão, para os Srs. Senadores, para os nossos Deputados Federais aqui e todas as pessoas que trabalham nesta Casa.
Vocês são heróis na vida real, e hoje eu só tenho a agradecer. É a única coisa que eu queria dizer: eu queria agradecer pela oportunidade de ajudar o meu país, apesar de ser cidadã americana também, morar nos Estados Unidos há 11 anos, o Brasil é o meu país, eu amo este país e para mim é uma honra ter oportunidade de lutar pelo Brasil, mesmo de fora, e lutar pelas crianças brasileiras.
Senador, foi também uma honra poder assisti-lo, poder auxiliá-lo no exterior. Como sempre, os Senadores e os Deputados em missões internacionais contam com a minha ajuda, me dão essa oportunidade, como aqui a nossa querida Deputada Bia Kicis, que, além de ser uma Deputada exemplar, maravilhosa, é minha amiga, mora no meu coração. Eu vejo o trabalho que os senhores fazem. Os senhores são constantemente atacados, processados, malfalados, desonrados e, mesmo assim, os senhores estão na linha de frente dessa batalha.
R
E a única coisa, a única barreira impedindo a tirania de chegar ao povo hoje são os agentes deste Congresso, do Senado Federal, do Congresso Nacional, que estão protegendo o povo, isso incluindo também as crianças. Então, Senador Jorge Seif, Senadora Damares, parabéns pela coragem de presidirem uma audiência como esta, de lutarem contra monstros, contra monstros que atentam contra a vida das crianças do Brasil. Parabéns por isso, vocês podem contar comigo. Parabéns também ao Tim Ballard e à equipe da Tim Ballard Foundation.
Aqui também estão Matt Cooper e o Matthew Fenton, que vieram dos Estados Unidos, do Estado de Utah, para, aqui neste Senado, nesta Casa, dizerem ao Brasil que a nossa lei precisa mudar para que outras pessoas possam vir aqui e salvar, resgatar crianças. É muito honroso isso o que os senhores estão fazendo. São homens preocupados com os mais vulneráveis e dispostos a encararem outros homens que fazem maldades.
Também queria aqui agradecer a presença do Deputado Gustavo Gayer que, dessa mesma forma, luta na educação e em diversos outros fronts para proteger as crianças no Brasil, para proteger os amantes da liberdade, os conservadores no Brasil. Nós somos extremamente gratos. É uma honra também, Deputado, ter a sua amizade e ter a sua presença aqui.
Senador, mais uma vez, parabéns ao senhor e também ao Rafael. Gostaria aqui de agradecer ao Rafael, chefe de gabinete do Senador Jorge Seif, que trabalhou tanto para que esta audiência acontecesse.
Se me permitem, uma palavra final, esta audiência é só o começo, é só o começo de uma missão que será executada até o fim para que a Tim Ballard Foundation, junto com os agentes públicos do Brasil, consigam resgatar crianças tanto no Marajó quanto em outros lugares.
É isso. Muito obrigada, Senador.
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Muito obrigado, Lidiane.
Eu queria aproveitar que ela foi econômica com as palavras. Eu fiz, Tim, um apanhado de alguns números oficiais para todos vocês que estão nos acompanhando de casa, que estão nos acompanhando pelo YouTube ou que estão nos acompanhando aqui presencialmente entendam o tamanho do problema, Senadora Damares.
O tráfico de pessoas é uma chaga global que atinge milhões de vítimas, sendo crianças e adolescentes os mais vulneráveis. Os números no Brasil são alarmantes. Olha isso, Senadora Damares. Em 2023, foram registrados mais de 80 mil casos de desaparecimentos - 80 mil casos, poderia ser a minha filha, o meu filho ou o filho de quem está nos assistindo de qualquer parte do Brasil. Imagine o seu filho desaparecer, a sua filha desaparecer. Não tem investigações. São quadrilhas que trabalham para roubar crianças, para usar o corpo dessas crianças, para tirar órgãos dessas crianças.
Então, este Senado, este Congresso Nacional, precisam se debruçar de forma séria e de forma prioritária para defender, para que números como esse, 80 mil desaparecimentos, não prossigam nos anos seguintes. A nossa meta é zerar esse número, apesar de ser muito difícil. Mas se as autoridades nacionais e internacionais, Senadores, Deputados, o Ministério Público, as forças policiais, as Forças Armadas brasileiras... Se nós nos dermos as mãos, nenhuma mãe vai chorar mais no Brasil.
Você tinha um vídeo para passar, Lidiane?
A SRA. LIDIANE PACHECO (Fora do microfone.) - Sim, nós temos um vídeo.
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Espere aí.
Vá.
A SRA. LIDIANE PACHECO - Pronto. Sim, nós temos um vídeo. Se com a equipe de produção o vídeo já estiver o.k., nós gostaríamos de passá-lo aqui. Está o.k., gente? (Pausa.)
R
Então, vamos lá.
(Procede-se à exibição de vídeo.)
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Pessoal, quando nós vemos vídeos como esse, que nos chocam ainda mais, eles alertam para a necessidade de políticas públicas mais efetivas.
Conto para vocês rapidamente, Senadora Damares, que eu estive no CPAC, em Washington, quando eu tive a oportunidade de ser apresentado para o Tim, pela Lidiane, e ali conversamos. Já sabia que ele era o autor intelectual que conta a história de Som da Liberdade, então, iniciamos todas as tratativas.
Hoje é um dia de muitas palestras e Comissões no Senado e na Câmara, e eu quero agradecer algumas autoridades e inclusive dar oportunidade de fala, rapidamente, aproveitando.
R
Quero agradecer ao meu amigo Deputado Federal Gustavo Gayer pela presença, por nos prestigiar; à Deputada Bia Kicis, a quem também já cumprimentei - obrigado, Bia -; à ex-Ministra dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, nossa querida amiga também militante nessa área; e à Deputada Federal Coronel Fernanda, que também prestigia esta audiência.
Deputado Gustavo Gayer, o senhor gostaria de fazer alguma contribuição?
O SR. GUSTAVO GAYER (Bloco/PL - GO. Para interpelar.) - Senador Seif, é um prazer vê-lo novamente. Quero parabenizá-lo por este evento, por esta audiência, para a gente poder falar sobre esse assunto de extrema relevância; Lili, nossa amiga, nossa representante de assuntos brasileiros lá nos Estados Unidos e no mundo inteiro, que nos ajuda a articular com o mundo inteiro hoje - ela é uma espécie de assessora internacional da direita brasileira.
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. GUSTAVO GAYER (Bloco/PL - GO) - É 0800, de forma voluntária e, muitas vezes, gastando o próprio dinheiro para poder nos ajudar.
É um prazer muito grande participar desta audiência. Hoje o dia está sendo bem corrido, mas, quando chegou ao meu conhecimento que esta audiência aconteceria, eu fiz questão de parar tudo o que eu estava fazendo para vir aqui e conhecer pessoalmente o nosso querido Tim Ballard.
O SR. GUSTAVO GAYER (Bloco/PL - GO. Tradução simultânea.) - Tim, eu acompanho o seu trabalho, que você começou em todo o mundo. Eu sei o tanto que foi difícil o seu esforço para mostrar o seu filme em todo o mundo, nas Nações Unidas. E como pode um tópico de tamanha relevância, envolvendo as nossas crianças, ter tido tantas pessoas lutando contra? Com o quê essas pessoas estavam lutando para impedir que você levasse essa mensagem adiante?
Eu não sei se eu posso fazer uma pergunta, e eu tenho algumas perguntas para ele, mas eu cheguei à conclusão que, em todo mundo - eu sempre me pergunto -, sempre, de alguma forma, existe uma máfia, esses agentes diabólicos que cometem atos horríveis contra os nossos filhos, as nossas crianças. Eu não sei por que, mas, de alguma forma, eu percebo que isso tem sido apoiado pela esquerda, pelo movimento de esquerda; é apoiado e é ocultado pela esquerda, pelo movimento ideológico da esquerda.
No Reino Unido, há crianças que foram perseguidas. Eles ocultaram mais de 2 mil casos de estupro de crianças cometidos por imigrantes paquistaneses e fizeram de tudo para manter isso fora da consciência pública. Você poderia dizer por quê?
O SR. TIM BALLARD (Para expor. Tradução simultânea.) - Bem, primeiramente, muito obrigado por tudo, Senador Seif e Senadora Damares, Senadores e Deputados. Essa é uma excelente pergunta. Sound of Freedom foi filmado cinco anos antes de vocês poderem vê-lo no cinema. Durante cinco anos, ninguém quis pegar esse filme, quis patrocinar esse filme. A Disney não quis nem chegar perto desse filme.
Tem duas respostas, uma mais profunda e uma mais superficial. Na superfície, é que existem mais de US$200 bilhões produzidos na compra e venda de crianças, de seres humanos em todo o mundo. A gente está falando de muitos clientes, e tem uma demanda que... A gente está falando de US$200 bilhões em todo o mundo. Essas pessoas estão escondidas e não querem essa discussão acontecendo por aí. E existe mesmo uma questão mais oculta, mais obscura.
R
No campo espiritual, eu vejo que existe uma discussão mais espiritual de que não existe nada que se assemelhe mais à presença ou à imagem de Deus do que as crianças. As crianças são criadas à imagem de Deus. Eu posso ver que o inferno, o Diabo está atrás desse movimento, e eles estão interessados em atacar as crianças, em atacar esse movimento. Eu acredito que existem pessoas que se abrem para aceitar que existe uma guerra espiritual, porque nós precisamos de Deus, nós precisamos de anjos e precisamos do apoio celestial. Existem pessoas que estão lutando a favor e existem pessoas que estão mais suscetíveis a se inclinarem mais para o lado obscuro, da obscuridade. Mas eu sei - eu tenho trabalhado por mais de 20 anos, eu já trabalhei disfarçado em mais de 20 países - que existe uma batalha de natureza espiritual. Se você não percebe, não entende esse mundo espiritual, você vai acabar no lado errado da história.
E, só para resumir, eu gostaria de ouvir também dos meus colegas: aqui no Brasil, sempre que nós buscamos lutar contra essa máfia da pedofilia, eles gostam de nos rotular como conspiracionistas, como loucos. Quando a Senadora Damares promoveu uma investigação sobre alguns relatos de pedofilia na Ilha de Marajó, toda a imprensa, a imprensa inteira veio atrás dela para atacá-la, e eu fico me perguntando por que isso ocorre. Quando nós buscamos avançar essa discussão, a imprensa e o movimento de esquerda nos rotulam como conspiracionistas, como loucos, pirados. Quando você vê algo tão irracional... Eu sei o que a Senadora Damares promoveu lá na Ilha de Marajó, e eles trataram de defini-lo como algo não real.
Nós conhecemos a sua história, ela ama lutar pelas crianças, porque ela faz parte dessa luta. Ela esteve lá para resgatar essas crianças, e eles diziam: "Não, a Polícia Federal não tem nenhum relatório das crianças?". Claro que não tem, porque eles não estão lá. Eles não vão receber nenhum relatório, nenhuma denúncia, porque eles não estão lá. E o que nós vimos aí nesse filme, nesse Sound of Freedom, foi que chegaram a sugerir que ela própria era uma traficante de criança. Eu recebi os mesmos ataques: eles tentaram me rotular como pedófilo, como traficante, porque você foi rotulada dessa forma.
Se você vir aqui o filme da minha esposa - eu gostaria de mostrar a vocês um filme aqui da minha esposa -, eles foram atrás para me atacar, para dizer coisas ruins sobre mim. Eles começaram a ligar para minha esposa, começaram a chamá-la de traficante de crianças. Nós temos nove filhos, temos dois filhos do Haiti, que nós resgatamos de traficantes lá do Haiti, porque minha esposa disse que nós tínhamos que adotar essas crianças. Esses são traficantes de crianças reais - de crianças -, e eles nos colocaram nessa lista, como se nós fôssemos um casal de traficantes. É isto: eles chamam o bom de mau e o mau de bom. Essas pessoas más fizeram isso.
Kely Suarez, a mulher traficante lá do Sound of Freedom, essa mulher, a modelo, eles a representaram e tentaram me processar, dizendo que eu era o traficante, que eu teria pagado para essas crianças estarem lá e que eu filmei tudo isso, na verdade, disfarçado. E vocês podem ir lá e identificar tudo isso. Estavam tentando me dizer que eu era o traficante de crianças, que eu era louco, e eu só posso dizer que, na verdade, o demônio é que controla essas pessoas, e isso é tudo que eu posso... É isso o que nós estamos enfrentando.
R
Eu reconheço lá em Marajó, por exemplo, que existia um bispo, o Bispo Azcona, e ele viu, porque ele estava lá, e ele recebeu ameaças de morte, e essas pessoas eram as que estavam dispostas a ir lá e dispostas a falar sobre isso. Começaram a chamá-lo de mentiroso, de louco, e o mesmo se disse à Senadora Damares, mas ela lutou e ela se contrapôs a esse ataque.
Se você quer resgatar crianças, a morte tem que ser o seu preço, porque eles nunca vão parar, eles nunca vão se deter. E, em algum momento, se você se detém, se você se contenta ou se você para de lutar... Se você receber algum processo ou algum tipo de ameaça, isso não fará sentença, porque o demônio não tem sentido, não é racional. Eu costumo falar que o demônio é burro. Você tem que se agarrar a Deus, que vai abrir o caminho, vai nos mostrar o caminho.
Este filme Hidden War, que vai sair, eu gostaria que viralizasse aqui no Brasil. Nós vamos contar uma história de uma luta espiritual em que Deus está por trás, está no comando. Hidden War começou em fevereiro de 2022 quando os russos invadiram a Ucrânia.
Se você entender que existem ali US$150 bilhões relacionados ao tráfico de crianças e mulheres... Como é que nós podemos pegar tantas crianças? Como eles estão vendendo tantas crianças? Eles vão para esses lugares mais vulneráveis, como a Ilha do Marajó e outros lugares mais vulneráveis, e eles vão atrás, eles sentem essas pessoas, eles vão atrás dos mais vulneráveis.
Em 2010, 2 mil pessoas morreram no Haiti, milhares de pessoas ficaram órfãs da noite para o dia, e os traficantes chegaram imediatamente. Nós chegamos, a guerra começou, e a mulher estava junto comigo, a mulher traficante e pedófila... Chegou até mim e falou: "Eu preciso que você vá para a Ucrânia". E eu disse: "Mas, Katherine, temos bombas caindo lá na Ucrânia". E ela estava chorando, ela não queria fazer isso, mas ela disse: "Você precisa ir para a Ucrânia". E ela estava ajudando na adoção de seis ou sete crianças, ela tem uma fundação que auxilia no processo de adoção de crianças e seis ou sete crianças estavam a caminho de casa, e a guerra havia acabado.
Vamos atrás dessas crianças. Existem bombas, mas você tem que ser bravo, tem que ir atrás. E nós pensamos nessa guerra espiritual e nós fomos para a Ucrânia. Enquanto estávamos lá, nós pudemos resgatar milhares de crianças, tirar da zona da guerra. Fomos e encontramos vários pedófilos e traficantes da Holanda, dos Países Baixos, e eles eram do PNVB, que é o partido da liberdade da... Estamos falando da liberdade de manter relações sexuais com crianças. Eles trazem presentes muito bonitinhos; esses presentes entregavam ali para recrutar as crianças. Eles estavam atrás de caridade, diversidade e liberdade, e eles queriam chamar essas crianças de pessoas que se sentem atraídas por crianças... Você não chama desse jeito, você tem que chamá-los de pedófilos. Esse é um alerta vermelho que nós temos que estabelecer para proteger as nossas crianças. Aquele partido político foi desconstituído, mas eles foram processados em 2020. Em 2020, eles foram debandados, porque eles estavam ensinando as pessoas a estuprar crianças, basicamente. E do México: eles estavam recebendo essas crianças, querendo traficar essas crianças para o México. Nós fomos lá disfarçados, conseguimos divulgar tudo e começamos a receber ameaças de morte. Tudo isso nos levou a um hotel de exploração de crianças, parecido com aquele que nós vimos lá no Sound of Freedom, mas esse era no Equador. Nós fomos até lá e pudemos resgatar 244 crianças que estavam sendo preparadas para ir para esse hotel.
R
Como nós pudemos fazer isso? É o que nós queremos fazer aqui no Brasil. Cada caso é diferente, mas estamos falando de perícia digital, estamos falando de muito trabalho. Eu vou mostrar para vocês o fim do filme, logo em seguida, mas, antes disso, eu gostaria de falar um pouco a respeito da minha preocupação sobre o Brasil, e, vocês, Senadores e Deputados podem...
Uma coisa aconteceu na Argentina neste ano. Nós fomos para a Argentina em fevereiro deste ano. Para que vocês tenham uma ideia, nós ajudamos as Polícias Federal e estadual a resgatar mais de 20 crianças em operações muito bem-sucedidas enquanto estávamos por lá. Enquanto estávamos lá, nós descobrimos 200 outras crianças, mais de 200 outras crianças, crianças muito jovens - as menores eram de quatro, cinco anos de idade.
O Governo argentino não tinha o software para triangular digitalmente a localização das crianças. Então, nós prometemos a eles: "Nós vamos voltar". Então, eu voltei para os Estados Unidos com a minha equipe para buscar o software que eles precisavam, e nós voltamos para a Argentina. E nós queremos voltar sabem por quê?
Não, não, o filme da Argentina. Você tem que me ouvir.
Imaginem, eu nunca consegui voltar para a Argentina, e essas 200 crianças nós não conseguimos resgatá-las, porque a política entrou no caminho. Eu não sei o que aconteceu, de novo. Eu comecei a ser chamado de pedófilo, de traficante. Mas isso é alguma coisa. E essa é uma lição aqui para o Brasil: não deixem isso acontecer aqui no Brasil. As crianças não pertencem a nenhum partido político. As crianças não têm partido político. E elas se perdem quando nós começamos a lutar como adultos, por isso ou por aquilo.
Eu não sei bem como funcionam as coisas aqui neste Brasil. Mil pessoas foram mandadas para prisão por algum motivo - por não usar batom, eu não sei, ou por usar um batom. Eu não gosto de partido político. Eu não gosto de partido político, porque eles entram no caminho e se tornam obstáculos das crianças. Eles colocaram mil pessoas na prisão, e eu não sei por quê. Vocês sabem de quantos casos envolvendo crianças, tráfico de crianças, nós temos anúncios? Quantos novos casos de tráfico de crianças foram abertos? Duzentos e vinte milhões de pessoas no Brasil. Estamos falando de dez, apenas dez novos casos de tráfico de crianças foram abertos, no último ano. Milhares de pessoas foram para prisão. Eu não consigo entender aqui na minha racionalidade, mas por que nós não focamos aqui nas crianças? Por que nós não podemos deixar os partidos políticos de lado por um momento e nos concentrarmos nas crianças? Nós todos amamos as crianças. Para efeito de comparação, nos Estados Unidos, nesse período, quantos casos foram abertos? Foram abertos milhares de casos; e, no Brasil, dez. Tem uma série de ferramentas digitais no Brasil. Na Argentina, eu nunca consegui resolver isso. Eles começaram a utilizar o meu nome como futebol lá na Argentina, mas não deixem que isso ocorra aqui. Eles vão mentir sobre nós. Como fizeram com a Senadora Damares, eles fizeram isso contra mim. Inclusive, envolveram a minha esposa. Começaram a chamar a minha esposa de pedófila. E nós basicamente temos resgatado milhares de pessoas. E nós confiamos no poder dos céus e de Deus. Eu não gostaria que isso ocorresse aqui.
R
Eu gostaria de mostrar o que está acontecendo aqui no Brasil. Vocês vão ter que ouvir todo o documentário de Hidden War. Isso vai ser maior do que Sound of Freedom. Eu vou dar um spoiler para vocês. Se vocês não querem ver o fim do filme, não assistam, mas esse é um importante aspecto do fim da história. Eu vou dizer para vocês como Deus esteve envolvido.
A minha mulher me mandou para Ucrânia, porque Deus viu 220 crianças prestes a serem brutalmente atacadas a uma vila de Canoa. Essa ilha de Canoa me lembra a de Marajó. Deus viu essas crianças e falou para minha mulher: "Mande o seu marido para Ucrânia!", e todas as portas se abriram. Acabou que nós conseguimos resgatar essas duzentas e poucas crianças, e eu fico muito emocionado envolvendo todas essas crianças. Estamos falando de milhares de crianças da Ucrânia, de centenas no Equador. E eu vou mostrar os últimos dois minutos desse filme, a última cena. Vocês vão ver uma criança segurando uma criança. E prestem atenção nisso! Vocês vão me ver a abraçando. Quando nós chegamos à Canoa, nessa ilha, nós tivemos que cuidar deles. Esses traficantes da Holanda estavam dando tudo para eles. Estavam dando alimentação, dando apoio para essas pessoas naquele local. E as famílias não sabiam que essas crianças estavam indo para casas de pedofilia.
Peço que você possa mostrar a imagem dessas quatro pessoas.
Então, nós fomos capazes de chegar até lá um pouco antes de eles lançarem essa iniciativa. Esses são os quatro fundadores do partido político. E foram pelo mundo inteiro para montar hotéis de pedofilia no México, no Equador. O milagre dessa operação é que, em quatro meses, nós fomos a seis países e nós podemos destruí-los como uma organização privada. Nós temos mais agilidade, nós podemos ser muito ágeis também aqui no Brasil, mas precisamos conversar rapidamente aqui, depois, aqui no Brasil. Precisamos saber um pouco sobre trabalho disfarçado no país. Se você não pode trabalhar disfarçado, você não consegue resgatar as crianças e não consegue descobrir as pessoas que estão por trás. Se você quiser investigar a Ilha de Marajó, precisamos trabalhar disfarçados naquele local. E ninguém quer falar sobre isso. Eu espero que isso possa ser mudado e, no final, vocês vão perceber, aqui no final desse filme, essas coisas. Tudo isso já aconteceu nesses últimos dois minutos. Essas crianças da Ucrânia, que foram resgatadas lá da guerra, no fim serão mandadas para Canoa e eu estarei aí, abraçando essa mãe com a criança. Vocês me verão abraçando essa pequena criança. O nome dela é Leila e ela estava chorando. Eu me encontrei com ela em março de 2024, e essa operação foi em 2022. Depois, nós montamos um estádio de futebol. Esse jogador búlgaro é uma lenda do futebol e nós montamos um estádio com o nome dele. Essas crianças, uma vez que os pedófilos foram expulsos... Eu a vi lá, em março do ano passado. Nós tínhamos a cozinha para alimentar as crianças, e tinha uma criança cujo aniversário era naquele período. O nome dela era Leila e ela estava muito triste naquele local. Eu fui lá para fora e uma pessoa chegou para mim: "Essa pessoa disse que essa criança gostaria de celebrar o aniversário dela. Há seis dias, o pai dela foi morto, foi assassinado na frente dela, e ela testemunhou o assassinato do pai dela". Seis dias depois, ela estava lá, e eu comecei a chorar quando via tudo aquilo. Eu me senti muito impactado por ela. Ela me deu um abraço e, quando eu viro, Leila estava correndo atrás de mim, e ela nem me conhecia - eu não consigo nem explicar. Ela correu, estava chorando, e veio para os meus braços. E Deus me revelou, naquele momento, que aquela criancinha, porque o pai dela morreu, seria a próxima, já que os pedófilos holandeses vão atrás das pessoas vulneráveis. A mãe é enganada e acaba sendo levada a esse hotel, e teve esse terremoto lá em Canoa. E aí é onde eles montam o hotel para ir atrás dos vulneráveis. Vocês verão essa criança lá no final, e a história dela é essa. Eu estava falando com ela sobre Deus, sobre Jesus, e vocês estarão bem espiritualmente, porque essa criança foi resgatada e ela nunca precisou saber que foi resgatada, e ela não saberia que seria a próxima. No final, vocês verão todas essas crianças... Esse é o momento em que todas as crianças vão para casa. No final, esse é o fim do Hidden War, do filme.
R
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Pessoal, queria só fazer mais dois registros: a presença do nosso querido amigo, Deputado Carlos Jordy, Deputado Federal do Estado do Rio de Janeiro; e também da Deputada Caroline de Toni, do Estado de Santa Catarina, nossa Líder da Oposição na Câmara, ex-Presidente da CCJ e, se Deus quiser, futura Senadora da República pelo Estado de Santa Catarina.
R
Eu queria também fazer um registro para o Tim de que nos relatórios que a assessoria da Senadora Damares e do Senador Magno Malta me passaram... Tudo isso o que o Gayer e o Tim discutiram sobre a inação, a falta de ação, a falta de combate estão nos relatórios, que eu tenho no meu celular, posso compartilhar com vocês. Agradeço à equipe da Senadora Damares e do Senador Magno Malta. Simplesmente, Gayer, porque existem dezenas e centenas de autoridades envolvidas nesses crimes, autoridades eleitas pelo povo, conduzidas por Governadores de Estado, que ganham dinheiro com isso, que ganham dinheiro com o tráfico, pessoas que se elegem com o voto popular. Pedófilos foram condenados, pagam advogados caros, conseguem sair, perdem mandatos, voltam a se candidatar, se elegem de novo e continuam fazendo esses crimes contra as nossas crianças. Isso, de alguma forma, precisa acabar.
Tratando especificamente do que o Tim falou com vocês, hoje existe uma legislação no Brasil, Damares. Desta audiência pública nós vamos propor e conto com a ajuda dos colegas lá na Câmara. Hoje um policial como o Tim ou outros que têm especialidades, equipamentos, ferramentas para nos ajudarem contra o crime de tráfico de crianças e adolescentes... No Brasil, existe uma legislação que os impede de entrar em segredo, cobertos. Como é que a gente fala?
(Intervenções fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Disfarçados. Eles não podem. Hoje existe uma legislação, Cristiane, dizendo que eles não podem entrar aqui com disfarce. Então, eles acabam se tornando alvos muito fáceis para esses traficantes que têm alta tecnologia e, muitas vezes, são aliados de políticos. Nós vimos... Eu não estou inventando nada. Para quem quiser - o pessoal da internet está me acompanhando -, eu publico nas minhas redes sociais o absurdo de tantas pessoas, de órgãos, de prefeituras, de Câmaras estaduais que são envolvidos nesses crimes sexuais. Eu falo isso com vergonha de ser uma autoridade no Brasil e de saber que colegas meus de status trabalham contra nossas crianças. Foram 80 mil, Gayer - não se se você estava aqui -, 80 mil crianças, em 2023, no Brasil, sumiram, porque tem a conivência de autoridades que deveriam combater...
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - ... e das investigações.
Eu queria... O Tim, na verdade... A gente está fazendo até uma dinâmica diferente, porque era para darmos a palavra para ele, e ele falar, mas eu acho que fica bacana se o Tim não se importar...
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Não, não atrapalhou, acho que a dinâmica aumentou, a gente só precisa... O Gayer é um cara hiperativo, não é?
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Isso, aí ele vem... Mas tudo bem, está tranquilo. Que bom que você veio e participou.
Eu queria deixar também franqueada a palavra. A Senadora Damares, se quiser fazer alguma pergunta específica para o Tim; a Deputada Bia Kicis; a Deputada Carol de Toni; a nossa ex-Ministra Cristiane Britto; antes do Jordy, porque ele, como bom cavalheiro, primeiro as damas, nós somos conservadores. Então, alguma das senhoras gostaria de fazer uma pergunta? (Pausa.)
Damares Alves.
A SRA. DAMARES ALVES (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF. Para interpelar.) - Presidente, primeiro eu quero cumprimentá-lo pela iniciativa. O assunto é delicado, é sério e nós estamos no Maio Laranja.
R
Tim, no Brasil, agora, nós temos o Maio Laranja, que é o mês de maio inteiro, para a gente fazer campanhas e eventos de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes. O Brasil está acordando. Nós temos excelentes boas práticas no Brasil.
Ontem, tivemos uma audiência pública, aqui no Senado, em que nós trouxemos as boas práticas. A sociedade está exigindo de nós uma resposta. E esta audiência pública é prova disso. E ver Deputados juntos conosco nesta Comissão mostra que nós temos, dentro do Parlamento brasileiro, Parlamentares preocupados com o tema.
Eu lhe garanto que, se tivesse sentada nesta cadeira, no seu lugar, uma cantora de funk, ou influencer que está levando milhões de crianças para serem erotizadas no Brasil, isso aqui estaria lotado da imprensa nacional. Esses corredores estariam lotados de pessoas. Viria gente do Brasil inteiro ficar em volta do Congresso Nacional, para ver uma cantora ou um cantor que erotiza criança, mas está aqui um homem que é referência para o Brasil e para o mundo no enfrentamento à violência. E só veio para esta audiência quem tem compromisso com a pauta.
E eu quero tão somente lhe dar boas-vindas. Eu não vou fazer perguntas, porque nós precisaríamos de, no mínimo, dez audiências públicas para o questionar, mas nós queremos lhe dar boas-vindas ao Parlamento brasileiro e dizer, Tim, que você, em um momento em que nós estávamos sendo obrigados a nos silenciar aqui no Brasil - porque cada vez que a gente fala sobre o assunto, todos nós somos perseguidos -, no momento em que a gente estava sendo convidado a calar a boca, o Som da Liberdade chegou a este país e o Som da Liberdade mobilizou esta nação. E teve momento em que a gente colocou a mão na testa e disse: "Que vergonha". Foi preciso um filme vir lá de fora para dizer para todos nós: "Não se calem!". E nós não vamos nos calar, nós não temos medo e nós vamos enfrentar.
Ainda há pessoas que dizem que é mentira, que não tem o tráfico humano, que não tem o tráfico de criança. No ano passado, sumiram 80 mil pessoas, mas, segundo o Ministério Público Federal, que eu acho que vai falar, nós estamos com mais de cem mil pessoas desaparecidas no Brasil hoje. O Senador Seif viajou comigo pelo Brasil, para a gente avaliar a política de busca de pessoas desaparecidas. E essas pessoas que estão desaparecidas são as notificadas, mas, no meu país, na região da Amazônia, nós ainda temos a subnotificação de registro de nascimento. Nós não sabemos quantas crianças nascem na região ribeirinha do meu país. Se eu não sei quantas nascem lá no meio do mato, com parteiras tradicionais, parteiras analfabetas, que não sabem nem preencher uma declaração de que a criança nasceu viva, se eu não sei quantas nascem, eu não sei quantas estão sumindo.
E aqui, Tim, eu só preciso fazer um registro: não é o povo do Marajó que sequestra, as famílias do Marajó amam suas crianças. O território é que é usado para o tráfico, mas fizeram o povo do Marajó nos odiar, dizendo que nós estamos acusando o povo do Marajó. Não! É o território, a logística do Marajó que é usada por traficantes daqui dos grandes centros, do Brasil inteiro e do mundo inteiro. E muitas crianças do Marajó são levadas, mas não são os pais do Marajó que sequestram. Então, que a gente deixe isso bem claro. E nós vamos cuidar das nossas crianças.
R
E há gente que acredita que tráfico humano não tem crueldade, que as crianças são levadas e tratadas com carinho. Quando eu falei do nível de crueldade, porque sequestrar pode, mas, quando Damares falou que elas são torturadas: "Ah, Damares é mentirosa". Será que eles acham, Tim, que uma criança é sequestrada e que não tem crueldade com ela? Que ela não é machucada, que ela não é torturada, que ela não é enterrada viva? As pessoas não acreditam, acham que há um romantismo atrás do tráfico. Estão levando as crianças para adoção ilegal. Não é adoção ilegal tão somente, é machucar as crianças, é sangue, é dor, é sofrimento.
Por eu ter denunciado e a minha denúncia da crueldade ter sido dentro de uma igreja, que filmaram e espalharam o vídeo antes de eu chegar aqui, por conta disso, eu me tornei uma grande mentirosa, mas eu tinha que silenciar sobre quem me contou tudo. Como ele morreu, agora eu posso falar: Bispo D. Azcona, que, desde 2002 - eu era só uma assessora nos corredores - identificou em mim a coragem e a vontade de fazer alguma coisa. Nós já perdemos um guerreiro, um servidor da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Amarildo Formentini. Ele morreu num estranho acidente de carro no Estado do Pará, quando ele estava indo comprar a virgindade de uma menina por R$100. Ele e um cinegrafista da Rede Globo, e a Rede Globo não fala disso. A instituição Repórteres sem Fronteiras, que é uma instituição internacional, gritou que aquilo não foi um acidente, que aquilo foi um homicídio, mas todo mundo silenciou. Um servidor do Parlamento Brasileiro já morreu investigando, em 2008, se não me engano, que ele morreu, 2006. E, de lá para cá, silêncio total. Eu denunciei. Para você ter uma ideia, o Ministério Público Federal, que eu acho que vai participar desta audiência hoje, me processa para que eu indenize as famílias do Marajó em R$5 milhões, Jordy, porque eu menti. Todos os tipos de perseguição. E esta semana, Deputada Carol, em que a gente ia fazer a audiência, o UOL, uma mídia nacional, fez um documentário dizendo que eu fui para o Marajó para fazer grilagem de terra, eu e Bolsonaro, já sabendo que a gente ia fazer isso, eles se antecipam para nos desqualificar. É o que acontece no Brasil.
Mas eu só lhe queria dizer o seguinte, Tim: eles erraram e nos subestimaram. Esse exército que está aqui está crescendo no Brasil, não tem mais como nos calar. Mesmo que eu morra, que o Seif morra, que este grupo que está aqui seja assassinado ou preso, nós já multiplicamos esse exército. Ele é tão grandioso que o Brasil vai se surpreender com o número de pessoas que está se levantando. E eu agradeço aos Deputados que estão aqui. Nós vamos continuar a audiência, mas que fique registrado, Tim: você nos inspirou, você nos motivou e nós vamos continuar a luta e nós não vamos deixar nenhuma criança para trás.
E vou dizer para os traficantes, que tem um monte de traficantes nos assistindo agora, um monte, Seif, porque está ao vivo: nós não temos medo de vocês. Ah, eu acho que está ali a câmera. Um recado para vocês: nós vamos pegar todos vocês; é uma questão de tempo. Que Deus o abençoe, Tim! Bem-vindo ao Brasil! Bem-vindo a esta Comissão!
R
(Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Obrigado, Damares.
Gostaria de passar para a Deputada Bia Kicis e, em seguida, para a Carol de Toni, para a sua consideração.
A SRA. BIA KICIS (PL - DF. Para interpelar.) - Obrigada, Presidente, Senador Jorge Seif.
Cumprimento à minha amiga Lili. Obrigada, Lili, por ter feito essa ponte.
E, Tim, é uma honra tê-lo aqui, realmente é uma honra.
Quando eu assisti ao Sound of Freedom, eu estava em Los Angeles, em julho de 2023, quando foi lançado lá, alguns meses antes de chegar ao Brasil. E eu fiquei muito abalada com o que eu vi. Eu não esperava que o filme fosse tão impactante. E eu comecei a falar sobre o filme, aqui, para as pessoas no Brasil. Eu estava de férias lá e, quando eu voltei, fiquei falando: nós temos que assistir a esse filme, quando ele chegar ao Brasil. Ele é muito impactante. E o impacto que ele causa é por ele ser real.
E, para nós, Tim, você é aquele personagem, só que você é aquele cara, aquela pessoa real por trás daquelas cenas de bravura, de coragem e de heroísmo. Então, eu quero dizer ao Brasil e ao mundo, Tim, que você é um herói; você é um herói, um herói de verdade. Parabéns! A sua coragem é incrível e ela salva vidas de crianças.
E aquela frase no filme God's Children Are Not For Sale é, realmente, muito forte, é verdade: "We are all God's children". E cabe a nós, aqui, lutar for the kids, pelas crianças, pela inocência. E você tem toda a razão. Não é apenas uma guerra política, não é apenas uma guerra contra o crime, contra criminosos, é uma guerra espiritual, porque tamanha maldade, tamanha perversidade que acontece e a que a gente pôde assistir no filme, no documentário, é algo maligno, é algo, realmente, de uma força das trevas. Só assim, isso pode acontecer. E, no mundo, realmente, eu digo que faltam heróis, faltam homens e mulheres de coragem ainda - existem muitos, mas ainda há poucos que se levantam - e está faltando muito Deus, ainda, no mundo.
Então, nós estamos em um momento em que é preciso falar a respeito dessa guerra espiritual. É preciso que nós usemos os nossos mandatos para evangelizar. É preciso que a gente use os nossos mandatos, que a gente tenha coragem para falar de Deus e para trazer Deus para essa luta, porque nós estamos aqui lutando por Deus, lutando pelo bem.
Para mim, realmente, é uma emoção muito grande estar aqui com você e com toda a sua equipe que está aqui - mate one, mate two - todos os mates que estão aqui, com toda a sua equipe trabalhando pelo bem, para jogar luz neste assunto.
Eu acompanho, aqui, o sofrimento da Senadora Damares há muito tempo - a injustiça, o sofrimento. E você disse que você foi perseguido, a sua esposa, a sua mulher, perseguida, um casal que luta pelas crianças é perseguido. É assim que eles agem. Nós, aqui, todos somos perseguidos, todos! Todos temos inquéritos, temos processos, querem nos calar, mas nós vamos continuar falando, lutando, e a nossa luta... Parece, ainda, que toda perseguição que a gente sofre é muito pequena perto da sua. A sua perseguição é algo incomensurável.
R
Conte conosco! É uma alegria tê-lo aqui. Essa é a nossa missão, lutar para salvar as nossas crianças, para desbaratar o crime, não deixar pedra sobre pedra. É para isso que nós estamos aqui, e vamos lutar juntos até o fim.
Muito obrigada. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Pessoal, eu só quero fazer mais um registro. O Tim vai ter paciência, porque nós temos, também, uma Procuradora que vai participar. Nós a convidamos, e ela está aguardando. Aí, Tim, eu vou passar para a Procuradora, e aí, depois, você volta também, tá?
Eu só queria fazer um registro aqui, para que vocês saibam. Tim, eu não sabia quem era Tim Ballard. Não fazia ideia. Simplesmente, um dia, o Mário Frias - quero fazer menção aqui ao Deputado Mário Frias, um grande amigo, um grande irmão - falou o seguinte: "Olha, fechei um cinema em Brasília. Tem o Sound of Freedom, com o Jim Caviezel, que conta a história real, inspirada na vida de um policial que consegue, que é perseguido e tal, mas que faz uma luta hercúlea contra o tráfico de crianças". E a Bia Kicis estava lá. Todos nós fomos, sei lá, uns cem Parlamentares entre Senadores e Deputados, aqui num cinema de Brasília. Fechamos o cinema.
Cris, nós não fazíamos ideia de quem era o Tim Ballard. Eu mal sabia se aquela história, se era verdade, se era uma ficção, se era uma fantasia, e coube a Deus e ao destino, hoje, nos juntar todos aqui dentro do Senado Federal, a Casa Alta da República, para discutirmos as ações que aquele filme e realmente o verdadeiro herói por trás daquele filme. Para mim, é uma alegria muito grande, Tim, que você esteja aqui conosco.
Eu gostaria de passar a palavra para a nossa Procuradora do Ministério Público Federal. Dra. Stella, eu quero pedir perdão para a senhora, porque chegaram Deputados e Senadores também para fazer perguntas para o Tim, quero pedir perdão para a senhora pela demora e lhe agradecer por ter aceitado o convite para participar desta nossa audiência pública, que é muito importante para as crianças do Brasil. Então, Sra. Stella Fátima Scampini, Procuradora Regional da República da 3ª Região, Coordenadora da Unidade Nacional de Enfrentamento ao Tráfico Internacional de Pessoas e Contrabando de Migrantes, por videoconferência. A palavra é da senhora, Dra. Stella.
A SRA. STELLA FÁTIMA SCAMPINI (Para expor. Por videoconferência.) - Muito obrigada, Senador.
Ouvem-me bem?
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Positivo, estou ouvindo a senhora muito bem, e, mais uma vez, eu lhe peço perdão pela demora.
A SRA. STELLA FÁTIMA SCAMPINI (Por videoconferência.) - Não há o que perdoar. Eu estou aqui participando e sou uma amante do tema, e, de início, já quero parabenizar essa Casa por essa iniciativa, por trazer esse tema, que é tão invisibilizado, a ser discutido, a ser implementado como política, reforçado como política pública. Eu, como representante do Ministério Público Federal, quero mostrar que nós não estamos em lados contrários, nós temos que unir forças. Eu acho que há um compromisso do Ministério Público Federal nessa temática. Desde o ano passado, foi criada essa Unidade Nacional de Enfrentamento ao Tráfico Internacional de Pessoas e ao Contrabando de Migrantes como uma resposta de uma análise e até de uma autoanálise de como estava sendo feito esse enfrentamento, as maneiras de como isso poderia ser aprimorado.
R
E é isso. Nós temos no Brasil uma realidade de uma pirâmide: vários casos acontecendo, alguns sendo investigados, poucos processados e quase nenhuma condenação. Então, é essa pirâmide que a gente está analisando e vendo quais são os desafios e quais são os pontos nevrálgicos que a gente precisa enfrentar, analisando desde a questão de uma naturalização de exploração sexual, exploração laboral que nós temos, uma questão cultural, uma questão da própria invisibilidade do tema: as pessoas muitas vezes não conseguem enxergar o tráfico de pessoas, muitas vezes a vítima não consegue se enxergar como vítima de um crime tão cruel, ela sente uma certa responsabilidade ou ela sente receio, e esses fatos nunca chegam às autoridades que são incumbidas da repressão desse crime. Há também a questão das novas tecnologias, do uso dessas novas tecnologias no aliciamento dessas crianças, na exploração.
Enfim, acho que a gente ficaria aqui horas falando, e a minha intenção de vir e poder participar aqui é no sentido de, realmente, parabenizar esta Comissão, parabenizar esta Casa por trazer este tema à visibilidade, mostrar que o Ministério Público é um órgão parceiro, estamos aqui nessa atuação e queremos atuar de forma conjunta, de forma efetiva nesse enfrentamento e nesse combate.
Com isso, agradeço o espaço de fala e me coloco aqui à disposição para qualquer esclarecimento, qualquer dúvida. Em breve terei que sair desta audiência, mas quero reforçar aqui o nosso compromisso e a nossa parceria nesse sentido.
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Dra. Stella, eu quero, em nome da Comissão de Direitos Humanos, agradecer a participação da senhora, e nós vamos contar com a senhora, sim. Nessa questão na nossa legislação que impede que policiais usem disfarces para se infiltrarem em quadrilhas de tráfico de crianças, nós vamos precisar do apoio do Ministério Público Federal, nós vamos precisar da Câmara dos Deputados e dos outros Senadores, e a minha equipe, se a senhora me permitir, vai entrar em contato com a senhora para nós desenharmos, verificarmos qual é o gap na nossa legislação, o que é que precisa ser revogado ou o que é que precisa ser alterado, enfim.
Eu conto muito com o Ministério Público Federal, porque nós sabemos que a senhora também está nessa luta a favor das crianças brasileiras. Agradeço-lhe, porque a senhora traz mais força ainda para esta audiência pública.
Tenho certeza de que milhares estão nos assistindo em todo o Brasil. Eu tenho certeza de que pais e mães agora estão sangrando e chorando porque são pais e mães dessas 80 mil crianças que desapareceram, só em 2023, e aguardam ansiosamente o poder público tomar as medidas necessárias para resgate dessas pessoas, pelo menos para saber onde essas crianças estão, pelo menos para saber o que aconteceu com essas crianças.
R
E, com certeza, abrir dez investigações em meio a 80 mil, que são os dados oficiais, dez investigações - dez! Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez. Dez pessoas desaparecidas estão sendo investigadas; 80 mil desapareceram. Tem coisa errada. Não dá para a gente ser mais conivente com isso. Não dá mais para fechar os olhos. São irmãos brasileiros, pessoas que pagam o nosso salário, que nos colocaram aqui e que esperam uma ação enérgica do Congresso Nacional.
Então, quero agradecer à senhora, do fundo do meu coração, e passo de novo aqui...
Tim, obrigado pela paciência também.
Eu quero passar a palavra...
Primeiro, menciono o Deputado Girão, do Rio Grande do Norte, que está aqui nos prestigiando também, um guerreiro a favor dos direitos humanos; e meu querido amigo, meu irmão, que está sempre bem alinhado - olha o terno dele, Damares. Meu Deus do Céu! Rapaz, é um homem diferenciado -, o Pr. Marco Feliciano, um grande amigo, um grande irmão, que eu amo, que eu admiro e que também sempre foi um grande guerreiro em prol da vida: a vida das crianças no ventre, contra as drogas, pregando a palavra de Deus em todo o Brasil, porque nós sabemos que só a verdade liberta. Obrigado pela sua presença aqui.
Passo a palavra para o meu querido amigo Carlos Jordy, Deputado de Niterói, do Rio de Janeiro.
O SR. CARLOS JORDY (Bloco/PL - RJ. Para interpelar.) - Muito obrigado, Senador Seif.
Quero cumprimentá-lo, cumprimentar a Senadora Damares, os Deputados Girão e Marco Feliciano, minha grande amiga Lidiane, e cumprimentar o Tim. Sou um fã enorme do seu trabalho. A sua contribuição para esse tema no Brasil, no mundo, foi extremamente relevante.
Eu quero só lamentar que, realmente, uma audiência desta magnitude, de um tema tão importante, esteja esvaziada. Como disse aqui a Senadora Damares, se fosse uma influenciadora, um influenciador que sexualizasse crianças, talvez esta audiência aqui estivesse realmente lotada, mas aparentemente não parece um tema tão importante para alguns dos nossos Parlamentares.
Esse sempre foi um tema em que eu tive realmente muito interesse. Sempre tive ojeriza, repulsa a esse tipo de crime, tanto a pedofilia em si quanto o tráfico infantil - o tráfico humano, sobretudo o tráfico infantil -, mas, depois que nós temos filhos, parece que ficamos cada vez mais sensíveis, emotivos. Eu me tornei muito mais humano. Tenho hoje uma filha de dois anos e cinco meses, e hoje minha vida inteira gira em torno da minha filha. Eu e minha esposa damos o mundo pela nossa filha. E, quando eu ouvi aqui o seu relato, falando da pequena Leila - eu nem vi ainda o vídeo, mas ouvi o relato emocionado, inclusive -, confesso que comecei a me emocionar. Uma menina que teve seu pai assassinado, seis dias antes, e foi traficada. E acredito que você salvou, resgatou essa menina. Você é um anjo. Você é um anjo para essa menina e para muitas outras, mas quantas outras ficam sem; ficam à espera e ficam sem esse anjo que possa resgatá-las, que possa salvá-las?
Hoje eu tenho uma profunda admiração por pessoas que se debruçam sobre esse tema. Eu e minha esposa estamos, inclusive, nos debruçando muito, estudando essa pauta. A minha esposa hoje, tamanha a fixação dela por esse tema, faz até uma pós-graduação voltada para essa questão do combate ao tráfico infantil, à pedofilia. Para mim hoje nada é mais importante do que minha filha. Toda vez que eu olho para a minha filha, eu me lembro dos filhos e filhas de pessoas que tiveram seus pequenos arrancados, que sofrem abusos sexuais. É algo abominável. É inacreditável como o ser humano possa ter a capacidade de cometer tamanha maldade. Assim como existem pessoas muito boas, pessoas como o Tim e como outras que estão aqui e levantam a bandeira dessa questão para combater a pedofilia, o sexo infantil; existem pessoas que têm o coração que é um verdadeiro abismo e essas pessoas precisam ser responsabilizadas.
R
Infelizmente, no nosso país, além de uma legislação muito frouxa, temos uma estrutura que incapacita que os nossos profissionais possam, de fato, combater esse crime. Como se destacou aqui - eu desconhecia até esses números -, de mais de cem mil crianças que já foram desaparecidas somente dez casos foram registrados no nosso país. Então, de nada adianta nós conseguirmos alterar a legislação se não tivermos realmente um poder público trabalhando, focado, para que esse mal possa cessar.
Eu garanto a vocês que eu sempre fui, como eu disse aqui, uma pessoa que tive repulsa e trabalhei muito para que esse tipo de questão, esse tipo de crime pudesse acabar no nosso país. Mas agora, com a minha filha, com esses relatos, e tendo vindo aqui nesta audiência pública, ouvindo aqui tudo o que você falou a respeito dos crimes que você já vivenciou e conseguiu desmantelar inclusive, eu vou buscar de forma incessante ser um Parlamentar cuja pauta será muito voltada para combater esse tipo de atividade.
Eu não sei se nós podemos fazer algo aqui em conjunto - o Senado Federal e a Câmara dos Deputados -, mas não dá mais para permanecer dessa forma. Dos relatos aqui trazidos, inclusive pela Senadora Damares sobre a Ilha do Marajó, vejo a covardia que ela sofre, porque nós sabemos que existem figuras importantes no poder público que, além de utilizarem essas crianças para o seu prazer próprio, para o seu prazer pessoal, também ganham financeiramente com isso. Isso para mim é inadmissível em um país como o nosso. Nós temos que dar uma resposta não para a sociedade, mas para essas crianças, que não merecem ter a sua infância ceifada dessa forma.
Parabéns pelo seu trabalho.
Parabéns pela audiência pública.
Contem comigo.
Senadora, já me coloco à disposição aqui.
Inclusive, só para finalizar, eu gostaria de falar aqui de um caso muito importante que não é de tráfico humano, mas é algo muito parecido com o da Senadora Damares, que está por dentro do que aconteceu no nosso país. Eu trago aqui o caso da Karin, a mãe do Adam. A Karin é uma mulher que foi enganada por um egípcio, que sofreu um golpe de um egípcio. Esse cara a seduziu. Ela se casou com esse egípcio. Eles vieram morar no Brasil e, durante determinado momento, na pandemia, estava faltando dinheiro, e ele a convenceu para que fosse trabalhar como faxineira em Londres. Ela passou dez meses trabalhando lá, mas conversando todos os dias com o seu filho e com ele. Quando ela retornou - e ela mandando dinheiro que ela ganhava para a conta bancária que eles tinham em conjunto para o seu filho -, esse egípcio fugiu com o seu filho e foram para o Egito com todo o dinheiro. O dinheiro é o de menos, mas levaram o seu pequeno Adam, que hoje tem, se não me engano, seis anos. Ela está há três anos sem ver seu filho. Ela já tentou de tudo. Inclusive, ele saiu ilegalmente do nosso país. Inclusive, foi uma falha da Polícia Federal e do Governo brasileiro. Ela está no Egito morando de favor, esperando uma resposta do Governo brasileiro, uma resposta do Governo do Egito, e não há nada sendo feito por parte das nossas autoridades.
R
Eu sei que a Senadora Damares e outras pessoas, inclusive a Senadora Maria Gabrilli, têm buscado essa interlocução com o Ministério de Relações Exteriores, com o Itamaraty, para que haja o retorno do pequeno Adam para sua mãe, para a Karin, mas, até agora, nada foi feito. Inclusive, há pedido de prisão preventiva contra esse egípcio, só que como o Egito não é signatário do Tribunal Penal de Haia, há uma dificuldade para resgatá-lo. Só que o Presidente Lula, o Itamaraty, o Governo brasileiro precisam tomar uma posição para resgatar o Adam para sua mãe, a Karin.
Eu também quero conversar com a Senadora Damares sobre esse caso, porque eu me comprometi com essa mãe que ela teria o seu filho de volta.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Obrigado, Jordy.
Quer responder alguma coisa?
Vá lá.
O SR. TIM BALLARD (Para expor. Tradução simultânea.) - Bem, rapidamente eu gostaria de responder aqui ao que você disse, Deputado.
Eu não gostaria que isso viralizasse.
Tem centenas de casos abertos de tráfico de crianças aqui no Brasil, mas dez foram abertos em 2023. Eu não sei todos os detalhes sobre isso, mas eu gostaria de explorar e imaginar por que isso ocorre, por que tão poucos casos. Isso ocorre porque nós não podemos trabalhar disfarçados aqui no Brasil. Nós precisamos que as pessoas possam trabalhar, como os estrangeiros.
Então, vejam, os casos de tráfico de crianças são atividades de investigação ativa. Não estamos falando de roubo de banco ou assalto, em que você tem que responder a um caso, a um ataque. As crianças não protestam. As crianças não vão para as ruas. As crianças não fazem manifestações. Eles serão esquecidos, a menos que nós vamos atrás deles. A minha mulher disse para eu ir para a Ucrânia não porque as crianças nos disseram, mas porque nós sabíamos que as crianças seriam abusadas lá.
As crianças de Marajó não estão ligando para a Senadora Damares: "você poderia nos ajudar?". Não. A Senadora Damares sabia da vulnerabilidade que estava ocorrendo ali naquela ilha, e nós precisamos ser proativos.
Se nós não temos legislação que permita que nós atuemos disfarçados e se, inclusive, não puderem permitir que os estrangeiros possam atuar aqui, de forma disfarçada, como contribuintes, como ajudantes, eu vejo que isso seria um obstáculo. Essa seria uma forma de resgatar essas crianças.
Então, nós somos muito gratos, Senador Seif e Senadora Damares e todos que possam ajudar a resolver a legislação para que nós possamos ir e empreender essa guerra para resgate das crianças.
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Eu estou presidindo de forma especial e estou muito honrado por isso, mas eu acho que duas deliberações, Damares, nós já poderíamos tirar desta audiência pública.
R
A primeira é pedir à equipe da nossa Comissão, junto com os jurídicos dos nossos gabinetes, para estudar onde está esse gap na legislação, para que pessoas como o Tim possam vir, com disfarces, para fazer essas investigações, o que seria uma grande ferramenta para descobrirmos e desmantelarmos essas quadrilhas; e a segunda, não menos importante, precisamos, Damares - é lógico, sob a sua liderança e a sua autorização -, questionar a Polícia Federal, porque no relatório oficial nós temos 80 mil desaparecimentos e houve apenas dez casos abertos.
Vamos levantar se foram dez, se foram quinze, se foram vinte. Por quê? Por que isso? Não foram denunciados? Não têm efetivo? Estão lá esperando alguma designação policial? Está dependendo de algum juiz? Porque, se estiver parado na mesa de alguns juízes, Damares, nós temos que farejar o que está acontecendo com esse Judiciário, porque a senhora sabe o que a gente viu naqueles relatórios; a senhora sabe quantas pessoas da alta patente do nosso país, em altos postos, estavam inclusive fazendo parte. Há até Governadores de estado, até Prefeitos de municípios envolvidos com isso - e tantas outras autoridades.
Então, nós precisamos fazer esse trabalho, já como resultado desta audiência maravilhosa, em que eu conto com a presença honrosa de todos os senhores.
A SRA. DAMARES ALVES (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF. Para expor.) - Presidente, eu acho que a gente pode dar um outro encaminhamento também: estreou, no dia 15, no Brasil, um filme. Está em todos os cinemas um filme chamado Manas. Esse é um filme que já ganhou inúmeros prêmios internacionais com atores famosos. A protagonista é a Dira Paes, uma grande atriz brasileira, premiada mundialmente. E esse filme conta exatamente a história de uma menina do Marajó. Exatamente o grupo de artistas que tanto me criticou tinha feito um filme. A gente sabe que se demora anos para se fazer um filme. Esse filme foi feito, se não me engano, em 2018, 2019, e agora que chegou aos cinemas. Eu chamo a população brasileira para assistir a esse filme.
E aí, Senador, qual seria o encaminhamento? Neste final de semana, a Comissão de Direitos Humanos iria ao arquipélago do Marajó. Nós iríamos, Senadores, para o Marajó. E nós não vamos conseguir ir porque as Forças Armadas não têm dinheiro para nos levar, porque nós temos que descer na cidade de Breves, e uma das cidades a que a gente iria é Anajás, que é muito distante. São muitas horas de barco. Não daria, porque nos colocaria em risco, porque os piratas do rio existem na Amazônia, os bandidos têm barcos e lanchas rápidas. Então, a gente não poderia ir via rio; nós iríamos de helicóptero ou de avião. As Forças Armadas dizem que não têm orçamento para levar os Senadores, então nós adiamos por mais um tempo.
Na cidade de Anajás, Tim, pasmem...
Eu quero convidar os Deputados para irem com a Comissão quando a gente remarcar a diligência. É engraçado, porque se tem dinheiro para tudo no Brasil, mas para Senadores investigarem a gente não tem orçamento.
Tem uma menininha, Tim, chamada Elisa, na cidade de Anajás, e a gente ia na casa da mãe da menina. Fica em Anajás, que é no meio da Amazônia, mas a mãe mora na área rural. São horas de caminhada, e a gente ia caminhar no meio da floresta. Essa menininha foi sequestrada em 2023, com dois anos de idade. Sumiu. Quanto aos supostos traficantes - um, inclusive, morreu na cadeia sem investigação, os outros sumiram -, não tem resposta. Só que os traficantes verdadeiros estão indo à casa da mãe, Senador, mostram - ainda agora - a foto da menina viva e um vídeo, e eles dizem para a mãe - a mãe é jovem, tem 19 anos -: "Está aqui sua filha, está viva, mas a gente só entrega a sua filha se vocês entregarem a criança que nós compramos". A mãe já fez dois boletins de ocorrência por causa disso. Eles vão à casa, na área rural, batem na mãe, querendo a criança que eles compraram; senão, não devolvem Elisa.
R
Eu já denunciei várias vezes na tribuna. Há duas semanas eu estive com o Ministro da Justiça pedindo a federalização desse caso. Eu tenho um caso agora em que a criança está viva, sequestrada, na mão dos sequestradores, e eles dizem para a mãe: "Ela está viva, e a gente quer que a gente comprou, porque nos deram a criança errada". E eu não consegui ir à casa da mãe da menina, nem a Comissão, porque não tem dinheiro para a gente ir.
Então, Senador Seif, eu acho que a gente poderia fazer o seguinte encaminhamento também: ampliar a diligência ao Marajó; a Comissão ampliar o convite aos Deputados, e a gente... Nem que a gente vá nadando, mas a gente tem que ir à casa da mãe da Elisa, a gente tem que ir a Anajás. E foi em Anajás que uma menina, em 2023, foi sequestrada e teve a língua arrancada. A gente está diante de casos agora, casos novos, não aqueles casos que eu denunciei.
Então, eu acho que a gente poderia fazer um terceiro encaminhamento - a Secretaria está aqui -: a gente ampliar a comitiva para ir ao Marajó, convidando os Deputados que têm interesse.
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Eu vou passar a palavra para a Lidiane Pacheco, porque a Deputada Carol de Toni não pôde prosseguir conosco, devido aos seus compromissos na Câmara dos Deputados, e ela vai passar uma mensagem da Carol de Toni para todos nós.
A SRA. LIDIANE PACHECO (Para interpelar.) - Obrigada, Senador.
Antes disso, Senadora Damares, isso que a senhora falou eu acho que, se não causa uma revolta no coração de cada pessoa que está aqui, é porque está faltando sensibilidade e nós já estamos normalizando um fato terrível como esse como algo aceitável no Brasil. E não é! É para cada pessoa que está aqui ouvindo isso agora ficar revoltada. É o absurdo dos absurdos isso!
E a gente sabe muito bem qual é o posicionamento do nosso Governo Federal. Infelizmente, é o Governo que o Brasil tem hoje. Nós não compactuamos com isso, mas está aí uma ótima oportunidade para a iniciativa privada, para aqueles empresários que se dizem cristãos saírem da zona deles de conforto e fazerem alguma coisa. É um absurdo o nosso país estar do jeito que está; a Primeira-Dama viajar, para cima e para baixo, com dinheiro público, e o nosso Senado não ter dinheiro para mandar Senadores para investigarem um caso absurdo que nem esse.
Então, cadê os empresários? E cadê os empresários também para financiar instituições como a do Tim, pessoas como essas, homens com coragem para vir ao nosso país e resgatar crianças? E se tem brasileiros, homens tão valentes quanto, que apoiam o trabalho dele, que se juntem e que façam também, porque está faltando isso, está faltando virilidade na sociedade e gente com coragem.
E a senhora é uma mulher muito corajosa. É muito impressionante isso. Nós precisamos de mil Damares no Brasil.
Também, Deputado Carlos Jordy, quanto ao que o senhor falou sobre a sua esposa e sobre como essa pauta tem sido muito especial para o senhor e para ela, é por isso que o lugar do senhor é no Senado, e é por isso que o lugar dela é no Congresso Nacional. E eu vou orar por isso também. Os senhores podem contar com a minha ajuda, com todo o meu trabalho para isso, porque eu estou aqui para servir aos senhores.
R
Agora, Senador, a Deputada Caroline de Toni precisou se ausentar para uma reunião, mas ela veio aqui e pediu para que eu fizesse uma pergunta ao Tim no lugar dela. (Pausa.)
A SRA. LIDIANE PACHECO (Tradução simultânea.) - A Deputada Caroline de Toni é uma das Deputadas mais importantes aqui do nosso Congresso. Ela também é a Presidente ou a Líder da Minoria na Câmara dos Deputados. Ela também é a Presidente da Comissão de livre comércio. Ela gostaria de dizer... O que eles gostariam de dizer, os congressistas, os Parlamentares congressistas, que são cristãos e que são de direita e que são preocupados com essa questão... O que eles poderiam fazer para que isso fosse levado adiante para não deixar que essa iniciativa se perca no meio do caminho? Como ela poderia trabalhar com você para contar a sua história?
O SR. TIM BALLARD (Para expor. Tradução simultânea.) - Muito obrigado. Ela está certa. O momento não pode morrer. Por isso que, no nosso primeiro filme, nós mencionamos que essas crianças merecem mais de nós. Podem imaginar o que é uma criança estar aqui, que foi sequestrada, colocada em uma caverna e ela saber que ela não pode, que ninguém pode ir lá resgatá-la, porque não tem uma legislação que permita que alguém possa ir até lá e resgatá-la? Estamos falando de 220 milhões de pessoas aqui no Brasil. Estamos falando de centenas de milhares de pessoas que estão naquele lugar, e nós não podemos ir lá e resgatar essas pessoas. E nós temos essa oportunidade agora, esse filme Hidden War é como o Sound of Freedom 2, ele pode reverberar essa mensagem aqui neste país e pode causar uma transformação aqui neste país.
Nós precisamos continuar esse entusiasmo e fazer com que tenha a participação do Senado, da Câmara dos Deputados, da Polícia Federal. Nós precisamos trabalhar no mundo digital, no mundo online, e nós podemos resolver centenas de casos por semana. Nós podemos trabalhar o tempo inteiro só aqui. E eu prometo: nós sabemos como fazer isso e nós estamos planejando fazer isso.
Eu tenho falado por meses aqui com o Senador Seif, e eu tenho seguido a Senadora Damares aqui por muitos meses. Ela é apaixonada nesse tema. Ela, provavelmente, poderia trabalhar disfarçada. É uma pena que ela é muito famosa, mas eu vejo que ela tem a paixão para poder fazer isso, ela tem o entusiasmo para fazer acontecer.
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Depois, o Pastor Marco Feliciano.
Com a palavra, Deputado Girão, do nosso querido Rio Grande do Norte.
O SR. GENERAL GIRÃO (PL - RN. Para interpelar.) - Sr. Senador Jorge Seif, Senadora Damares, minha amiga também.
Tim, muito obrigado por você estar aqui junto conosco.
Você está muito bem acompanhado também, porque a Lili esteve recentemente junto conosco, Senadora Damares, num evento lá em Milão, na Itália, onde reverenciamos os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. Nós lutamos junto aos Estados Unidos da América. A Força Expedicionária Brasileira fez o ataque secundário na península italiana e conquistamos o local estratégico que tinha na Itália, que os alemães defendiam, os nazistas defendiam a ferro e fogo. Nós conquistamos esse espaço e, com isso, a Itália foi libertada. Então, foi o Exército americano com o apoio da Força Expedicionária Brasileira. E a gente sabe muito bem da importância que tanto a Itália quanto os Estados Unidos da América dão a isso.
R
Então, mais uma vez, muito obrigado, Lili, pela sua presença junto conosco e pela divulgação que você fez, mas o tema aqui é outro. E, como você falou anteriormente aqui, a Senadora Damares demonstra muita paixão pelo tema. E, com essa paixão que tem pelo tema, ela conseguiu contaminar todos nós também em relação à paixão pelo tema.
Senador, eu fui Secretário de Segurança no Estado de Roraima, fiquei lá por cinco anos e um dos mais sérios problemas que nós tínhamos lá era exatamente o tráfico de pessoas, especialmente de crianças. E eu aqui deixaria uma primeira reflexão. Nós achamos aqui, já alertamos para que isso seria uma falha da Polícia Federal. Mas, vejam, grande parte dos embarques que acontecem hoje no Brasil, em que menores são levados por pessoas que, às vezes, não são seus pais, passam pelo crivo maior da companhia aérea. Então, talvez, nós devêssemos, além de exigir da Polícia Federal, também exigir das companhias aéreas que seja feito um controle maior. Eu lamento dizer, mas, toda vez em que eu embarco, sempre tem menor embarcando. E, quando esses menores embarcam, às vezes, a pessoa que está ali fazendo o check-in, o embarque dos aviões, não está tendo aquele cuidado maior de verificar a documentação, porque é tudo muito corrido para não atrasar o voo.
Então, talvez, nós devêssemos ser um pouco mais criteriosos e acionarmos também a própria Anac para que possa haver um controle mais rigoroso nessa parte das crianças perdidas, ou crianças desaparecidas, ou crianças sequestradas.
Você falou muito bem sobre a Ucrânia. Há dez meses, eu e um outro Deputado estivemos na Ucrânia e recebemos dos ucranianos, em Kiev, a reclamação deles de que hoje uma das maiores agressões que eles têm lá no país deles é exatamente a do sequestro de crianças que tem sido feito pelos russos, pelos militares russos da Federação russa - o sequestro de crianças. E essas crianças são levadas para um local para fazerem uma lavagem cerebral nelas para que elas se reconheçam e se intitulem cidadãs russas, porque, na hora em que tiver uma arbitragem internacional, vai ser dito: "Não, mas, naquele espaço territorial ali da Ucrânia, são os russos que moram lá. Não são ucranianos".
Então, esse problema é um problema seriíssimo que envolve várias outras coisas, inclusive tráfico de órgãos. Lá na fronteira com a Venezuela, lá em Roraima, nós tínhamos tráfico de órgãos, órgãos humanos que estavam sendo traficados e, às vezes, envolvendo também mulas, pessoas que se prestavam à situação de transportar drogas e, após isso daí, já estavam no meio da confusão mesmo, cometendo crimes. Aí, depois, eram pegos e usados para perderem os seus tráficos em função do interesse, os seus órgãos em função do interesse.
Eu fico lembrando... Engraçado, não é? Engraçado não, interessante. Nós recentemente tivemos a mudança do comandante do povo católico apostólico romano, o Papa, e o Papa Leão XIV, uma das primeiras falas dele foi: não se questiona gênero. Questionar gênero é questionar a criação divina. O homem e a mulher são criações de Deus; então, não se questiona o gênero. Se a pessoa quer ter um outro sexo depois que ela cresce, é outra situação; mas vamos impedir a sexualização das crianças, as coisas que esse Governo que está aí de plantão hoje joga nas cartilhas: que a criança tem o direito de escolher se é homem ou se é mulher criança ainda! Alguma coisa está errada nesta sociedade de que nós estamos participando. Eu sei que os Estados Unidos também enfrentam uma situação muito semelhante a isso. Isto é muito complicado: nós termos que deixar - hoje já não são mais meus filhos, são meus netos, minhas netas - que essa sexualização chegue para eles de um jeito absurdo. A gente tem que trabalhar muito isso daí. Talvez, Lili, seja um trabalho nosso, dos avós, dos pais, da sociedade de uma maneira geral, para evitar que isso daí venha a acontecer.
R
Eu fico me lembrando, realmente... A febre que está batendo no Brasil aqui, nesses últimos, sei lá, 30 dias, 40 dias, 50 dias, é o tal do bebê reborn. O que é isso? Depois da pandemia, dizem... A sociedade médica está dizendo que os problemas mentais aumentaram de um jeito tal absurdo por conta da pandemia da covid-19, mas eu acho que tem problemas mentais, também, que estão chegando para a gente, e que a gente tem que trabalhar nesse sentido. Eu não sei se é possível nós fazermos alguma coisa em relação a isso aqui, juntando o Senado e a Câmara dos Deputados, mas, se realmente for possível, eu também quero estar à frente desse exército de brasileiros lutando contra essas coisas absurdas de que a gente sabe e, acima de tudo, tratar também... Parte disso daí é problema mental - se bem que o pedófilo, para mim, tinha que começar perdendo os dedos. Eu sou da linha dura! Para mim, é começar perdendo os dedos para depois a gente chegar em algumas coisas mais fortes.
Por último, eu gostaria de destacar aqui que hoje, pela manhã, eu conduzi uma audiência pública na Câmara dos Deputados com as Forças Armadas, e as Forças Armadas - especialmente a Força Aérea - falaram uma coisa muito interessante, que eu sei que vai reverberar aqui agora. Eles disseram que usam grande parte do fundo aeronáutico para custear despesas que não são despesas de orçamento, mas que são despesas que eles são obrigados a custear. Eles não falaram literalmente em relação a isso, mas eu gostaria de destacar que eu falei que, com certeza absoluta, que, com esse excesso de missões, o GTE (Grupo de Transporte Especial da Força Aérea Brasileira) - que é lotado aqui em Brasília e tem aviões em Brasília, no Rio e em São Paulo para transportar as autoridades brasileiras -, está superatarefado.
Devem estar usando recursos do fundo aeronáutico para transportar essas "autoridades", entre aspas, que dizem necessário ir a uma festa em seus estados... Porque aqui no Brasil, Tim, existem algumas autoridades do Legislativo, do Executivo e do Judiciário que se arvoraram no direito de ter um avião especial, de ter um avião específico para levá-las em algumas missões. Essas autoridades estão congestionando o GTE, e o GTE fica sem condições de nos transportar, de transportar os Deputados e Senadores, quando temos que apurar uma denúncia como essa, em que é quase que impossível irmos com aviões de carreira, em função da segurança, em função de que, em alguns locais como esse, não tem como você chegar com aeronave de carreira ou com um meio... Não tem segurança, como a Senadora falou aqui, em relação a um meio de transporte que não seja um meio de transporte que ofereça segurança também.
Eu deixo aqui patente a minha indignação com isso. Que a gente possa cobrar isso, Senadora, até fazendo referência mesmo a isto: usem, então, recursos do fundo aeronáutico para transportar a nossa comitiva.
R
E, por último, se está havendo falta de fiscalização na fronteira, é porque infelizmente a Polícia Federal está recebendo outras missões. Eu não gosto de falar mal da Polícia Federal. Para mim, eles são profissionais, certo? Se tem um desvio ou outro, é uma questão particular, mas eu gosto de falar bem da Polícia Federal.
Eles estão agora recebendo missão, esse mês agora vai começar a missão de fazer o controle dos CACs. Ora, isso é um absurdo! Polícia Federal não tem que controlar CAC, CAC não é problema, o problema é o bandido que está com um fuzil no Morro Carioca, e a rede, né - aquela rede que a gente sabe de televisão -, diz que é um guarda-chuva. Isso sim é um problema sério. Não sei se vão conseguir traduzir para vocês corretamente, mas segurando um fuzil e dizem para ele que é um umbrella. "It's an umbrella. No, it's not a rifle". É um absurdo isso daí.
Então, deixo aqui patente a minha indignação, meus cumprimentos aqui pela audiência pública. E, Tim, minha continência respeitosa é para você, para a sua família, pelo trabalho que vocês fazem em defesa das crianças.
O SR. TIM BALLARD - Thank you.
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Eu gostaria de passar para o nosso Deputado Marco Feliciano, para fazer suas considerações. Só vou lhe pedir que seja, se possível, um pouco mais rápido, porque em seguida a gente tem outras atribuições aqui também.
O SR. PR. MARCO FELICIANO (Bloco/PL - SP. Para interpelar.) - Ordem dada, ordem cumprida, Sr. Presidente.
Sr. Presidente Senador Seif, é uma alegria estar aqui. Obrigado pelo convite, Senadora Damares, Presidente desta Comissão. Tim, bem-vindo ao nosso país. Lidiane Pacheco, a acompanho de longe. Parabéns pelo trabalho de todos vocês.
Eu não poderia deixar de passar aqui, Seif, e dizer que eu fui Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, num período muito difícil, né, Damares? Eu era um jovem Parlamentar inexperiente e me recordo aqui, Girão, de que eu sofri pressão na época da Presidência da Comissão, de vários Parlamentares, por conta de uma CPI que nós havíamos instaurado sobre o abuso, a sexualidade infantil no Norte do país.
Hoje, eu começo a compreender. As forças eram tão violentas, que vinham do próprio Parlamento para impedir, para não acontecer, para não convocar as pessoas, para não convocar Prefeitos, não convocar Deputados, não convocar Senadores. E, assim, era uma coisa absurda. Eu era só um jovem Parlamentar e, no meio de tanta luta por que eu passei, eu me amedrontei naquela época.
Hoje, eu começo a compreender que o buraco é sempre mais embaixo. Tem muita gente envolvida nessa história. E é muito ruim, eu fico me perguntando onde foi que nós nos perdemos como sociedade.
A Lidiane falou aqui sobre normalização. Pior do que normalizar essa situação que nós vivemos é romantizá-la, porque é isso que acontece no nosso país: se romantiza tudo, o crime está romantizado. Nós não temos mais o que fazer. Você pega um Estado como o Rio de Janeiro, todas as pessoas lá de autoridades não têm mais solução. O STF deu determinações de que não pode a polícia ir até os morros. Então, quando você romantiza o crime, você o incentiva. E aí ficamos nós aqui correndo atrás dos prejuízos, quando na verdade tínhamos que trabalhar com a prevenção.
Qual é a prevenção de uma sociedade doente? Uma sociedade que adota bebês reborns; uma sociedade onde as crianças são therians, pessoas que se sentem animais. Uma sociedade onde, aqui no Parlamento, eu estou vendo na minha frente um Parlamentar que é um homem, e eu não posso dizer que ele é um homem, porque eu posso ser processado; mas e o meu direito de pensamento? E o meu direito de consciência? Então, nós nos perdemos como sociedade, nos perdemos como líderes, nos perdemos como políticos.
R
O filme que o Tim parece que idealizou... E eu até tenho uma pergunta para ele, porque, pela imprensa, se diz que Hollywood não queria o filme. É verdade isso? É verdade que as autoridades, mesmo autoridades americanas, lutaram contra um filme que expõe essa mazela da sociedade, que é uma mazela real?
Então, eu fico me perguntando, Seif: como será o futuro? Como cristãos que somos, nós sabemos que o cristianismo - muitas pessoas têm preconceito contra ele - é muito mais que uma religião, é uma filosofia de vida, tanto que ele é um dos pilares de sustentação do Ocidente. Ao lado do cristianismo, nós temos a filosofia dos gregos e o direito romano. O moral judaico-cristão, quando arrancado de uma sociedade, faz a sociedade se perder, e a sociedade que se perde passa a relativizar, inclusive, o que é real e o que não é real.
E aí, quando você pega pessoas traficando crianças... Eu não sei o que falar. É tão absurdo, é tão fora da normalidade, que não dá para acreditar que uma pessoa tenha coragem de pegar uma criança de uma família e levá-la, quiçá, para tráfico de órgãos. Aonde nós chegamos como sociedade?! Estamos no fundo do poço! Então, nós precisamos dar uma resposta.
Parabéns por esta audiência pública. Parabéns para vocês que lutam, que são guerreiros.
A minha filha, Damares, há dois anos faz missões no Marajó. Ela tem ido lá, ela foi nessa cidadezinha de que você falou. Ela se sentou com crianças... E é tão difícil minha filha chegar em casa chorando e dizer: "Papai, os pais aliciam suas próprias crianças, culturalmente". O pai coloca as menininhas no barco e sai com elas oferecendo-as para os piratas. Como um pai oferece uma criança, uma filha?! E aí isso culmina com sequestro de criança. O mundo está perdido.
Que Jesus volte logo e que a gente faça alguma coisa.
Parabéns.
E eu deixo só essa pergunta para o Tim. Só queria ouvir da boca dele se é verdade que lá, em Hollywood, não quiseram aceitar o filme, porque foi isso que nós vimos pela internet.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Obrigado, Deputado Marco Feliciano.
Eu passo a palavra ao Tim, para responder à pergunta do Marco.
E, depois, eu queria passar o vídeo - qual o vídeo? O número 1, o número 2 e o número 3 -, que a gente ficou de passar anteriormente, porque acabamos emendando aqui a sessão de debate.
Responda por gentileza, Tim. A palavra é sua.
O SR. TIM BALLARD (Para expor. Tradução simultânea.) - Obrigado, Deputado.
Eu aprecio muito o seu comentário sobre a importância de uma nação cristã, porque são esses ideais que vão preservar e vão proteger as crianças.
A maioria das pessoas que acreditam nos valores judaico-cristãos, por exemplo, fundamentalmente acreditam que não podem perder controle da criança se ela tiver 12 anos de idade. "Eu gostaria de cortar os meus genitais, porque eu não me vejo, não me enxergo no meu corpo". E, vejam, os valores judaico-cristãos vão proteger você, e esse é o segredo.
O grupo pedófilo de que eu falei para vocês - vocês vão ver aqui, no fim do filme, que eu estava falando sobre ele - defende a ideia de que crianças de 10, 11, 12 anos tenham autonomia para mudar o gênero ou tenham direito de votar. Mas vejam por quê. Por quê? Porque, se as crianças estão empoderadas em detrimento dos pais, se elas podem dizer "estou no corpo errado", "na verdade, eu sou um menino e eu pensava que era uma menina", elas podem, de repente, se identificar como com 25 anos. Então, um homem com 25 anos pode se identificar como um rapaz de 13 anos de idade ou como uma menina de 13 anos... Ou um leão pode se ver como um gato. Os pedófilos estão aí esperando, e eles adoram essa discussão.
R
O PVV da Holanda... Eles gostariam que a pornografia fosse legalizada na televisão pública. Sexualizar as crianças, empoderar as crianças e aí então você atrai, você seduz as crianças para que sejam presas dos predadores. Nós precisamos lutar contra essa insanidade com valores cristãos.
Apenas uma vez na Bíblia, Jesus se tornou violento nas palavras, e ele se tornou violento ali nas suas palavras quando ele começou a falar sobre as crianças. Ele disse: "É melhor que você amarre uma pedra no seu pescoço do que você cometer um ataque contra essas crianças, um filho de Deus". E é melhor que nós nos identifiquemos assim e que nós possamos nos posicionar entre as trevas e a luz. Em vez de expormos as nossas crianças para esses predadores, nós precisamos proteger as nossas crianças dessas trevas.
E, para terminar isso, eu gostaria de mencionar a vocês sobre a Leila. Vocês verão a Leila, verão ali sobre as crianças da Ucrânia lá na vila em que nós estávamos resgatando, ali no campo de futebol, e no final vocês pensem sobre a Leila. A Leila foi resgatada porque nós pegamos e nós tiramos e conseguimos tirar esses malvados, essas pessoas, esses atores demoníacos. E talvez, na próxima semana, em dois meses ou daqui a seis meses, eles iam pegá-la. Nós sabíamos disso. Nós temos que ir atrás e remover esses maus atores do cenário. Ela nunca soube que precisaria... Ela nem sabia que ela foi resgatada, mas, na verdade, ela foi. E quantas crianças desse tipo existem aqui no Brasil? Mas esse é o fim da operação. Todo mundo estava indo para casa, eu fui para casa, as crianças da canoa podem ir para casa, e esse é o fim de Hidden War, o filme.
(Procede-se à exibição de vídeo.) (Palmas.)
R
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Pessoal, nós estamos indo para a parte final. Lembrando a vocês, Senadora Damares e outros Deputados e Senadores, que, após esta audiência, que está maravilhosa, mas se prolongou, nós teremos conversas privadas para realmente identificar onde nós podemos melhorar enquanto legisladores, afinal de contas, além de ser fiscalizadores do Poder Executivo, somos legisladores e podemos mudar a realidade das legislações no Brasil, inclusive com a ajuda da Câmara dos Deputados.
Então, eu vou passar a palavra para o Tim.
Tim, gostaria que você fizesse suas considerações finais. Se tiver mais algum filme para nós vermos, lembrando que, daqui a pouco, você vai estar lá no gabinete da Senadora Damares. Tem um almoço lá no meu gabinete esperando você e a sua equipe, porque eu sei que você está com fominha, você tem que sair daqui fortinho, senão vai falar: "Eu fui ao Brasil e passei fome lá". Não pode. Então, já tem um almoço preparado para vocês lá no nosso gabinete.
O SR. PR. MARCO FELICIANO (PL - SP) - Eu fiz uma pergunta ao Tim e, como eu quero deixar registrado depois, ele não me respondeu. A Damares está dizendo que ele já falou antes, mas eu queria ouvir da boca dele a respeito do filme, se Hollywood não queria que o filme fosse divulgado.
O SR. TIM BALLARD (Para expor. Tradução simultânea.) - Absolutamente, absolutamente. Eles fizeram de tudo, Hollywood fez de tudo para nos interromper de lançar esse filme. Nós trabalhamos durante cinco anos, até que nós pudemos - cinco anos de trabalho - lançá-lo. A Disney comprou esse filme e arquivou o filme, e eu pensava que era um filme ruim. Eu estava vendo: "Não, esse filme tem que ser muito ruim, porque ninguém quer divulgar, ninguém quer lançar esse filme". E 100 milhões de pessoas viram aí em um verão, mas eu acredito que foi uma questão espiritual, eu vejo que Deus tocou o coração dessas pessoas que não queriam ter essa conversa.
R
Por que as pessoas da esquerda não queriam falar sobre isso, não queriam que se lançasse esse filme, não queriam falar sobre as crianças, sobre serem capazes de cortar os seus órgãos genitais? Ou de falar sobre sexualização nas escolas? Ou não gostariam que nós tivéssemos esse tipo de discussão que nós estamos tendo aqui mesmo? Porque existe uma influência, como eu mencionei, o poder das trevas - eu mencionei tudo isso -, e essa questão é o lado espiritual dessa discussão. Porque nós ganhamos e nós estamos aqui. Nós não nos deteremos e não deixaremos as crianças do Brasil para trás. Venceremos juntos. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Quero registrar a presença do Diretor de Direitos Humanos da Prefeitura de Aracaju, Valadares Daniel - obrigado pela sua presença.
E quero passar para o Tim, para as suas considerações finais - se quiser, pode passar mais algum vídeo -, porque em seguida nós teremos nossas reuniões particulares nos gabinetes.
A palavra é sua, para suas considerações... Aliás, vou fazer diferente.
Lili, dois minutos para as suas considerações, e depois eu passo para o Tim. Primeiro as damas - ladies first.
A SRA. LIDIANE PACHECO (Para expor.) - O.k. He caught me by surprise. Pegou-me de surpresa, mas muito obrigada, Senador.
Eu queria aqui, novamente, agradecer pela oportunidade de participar de um momento tão significativo quanto este. Eu me coloco à disposição de todos os Deputados Federais e Senadores para o que os senhores precisarem internacionalmente. Como os Deputados colocaram aqui muito bem, eu sou uma espécie de assessora internacional. Eu estou sempre ajudando no que posso no trabalho de vocês no exterior, sobretudo nas missões para denúncias de violações de direitos humanos. Com isso, realmente, eu estou completamente disponível.
O Brasil precisa de pessoas como Tim Ballard. E para isso nós precisamos mudar a lei e permitir, Senador, que operações disfarçadas possam ocorrer. Então, para isso nós contamos com os senhores. E o povo também pode ajudar. O povo, as pessoas que estão de casa nos ouvindo podem pressionar os seus políticos, os seus Deputados, os seus Senadores para que apoiem essa causa do Senador Jorge Seif e da Senadora Damares para que a gente consiga alterar a lei.
Agora, por último, eu só queria deixar também um dever de casa para quem está nos assistindo. Há todo esse material exposto aqui pelo Tim Ballard, sensacional. Queria pedir que vocês, primeiro, ficassem de olho no próximo documentário que o Tim lançará muito em breve. Nós aqui teremos uma pequena prévia, o trailer, etc. Então, dá para a gente ter mais ou menos noção do que vem por aí.
E, segundo, peço que vocês pesquisem sobre uma substância chamada adrenochrome. Eu já tinha pesquisado muito. Foi isso que me levou à política, em primeiro lugar. Eu pesquisei e me aterrorizou. Eu tenho dois filhos pequenos, e isso me aterrorizou. Eu perguntei para o Tim se isso era uma teoria da conspiração ou se essa substância era verdade, era real. E o Tim me contou ontem à noite coisas terríveis. Nós conversamos sobre isso. É verdade, é real. Os senhores precisam pesquisar sobre essa substância - a Damares já conhece. É algo horrível, é tenebroso, é coisa de filme de terror! Por favor, pesquisem.
Muito obrigada, Senador Jorge Seif.
Thank you so much, Tim. Thank you for letting me be a part of this. It's a great honor to serve you, to serve the Senator.
Muito obrigada, Senador, mais uma vez.
Parabéns ao Rafael.
Obrigada, Rafa! Sem o seu trabalho, nada disso seria possível.
R
(Intervenção fora do microfone.)
A SRA. LIDIANE PACHECO - Adrenocromo ou, em inglês, adrenochrome.
Por favor, pesquise, Deputado.
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Lidiane, se as pessoas quiserem te seguir nas redes sociais ou no seu canal do YouTube, você, por gentileza, divulgue aqui os seus perfis.
A SRA. LIDIANE PACHECO - Muito obrigada.
Sim, eu adoraria contar com o apoio de vocês nisso também.
Eu tenho um programa que é bem novo. Recentemente, eu comecei também com intenções muito claras de mostrar o trabalho dos nossos políticos de direita, conservadores, para que fosse divulgado pelo Brasil e para que a gente conseguisse combater a grande mídia.
Então, sim, é mais um trabalho de produção independente de notícias de uma forma leve e espontânea todos os dias, chama-se Informação e Liberdade. Convido a todos para segui-lo.
Os meus Deputados e Senadores queridos sempre participam comigo quando podem. Já convido a Senadora Damares e o Deputado Marco Feliciano também a participarem.
O Senador Girão já veio, o Seif...
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Senador, está profetizando na tua vida.
A SRA. LIDIANE PACHECO - Não é Senador, Deputado! (Risos.)
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Lidiane, o endereço direitinho, por favor, e qual a plataforma?
A SRA. LIDIANE PACHECO - No YouTube, @informação_e_liberdade.
E também vocês podem me seguir no Instagram, que eu estou sempre postando as entrevistas que eu faço com os Deputados e com pessoas como o Tim.
Já entrevistei o Tim duas vezes em dois C-Packs diferentes. Três anos antes do Sound of Freedom sair, eu o conheci no México. Então, é uma honra tê-los.
O meu Instagram é @lilipacheco.usa.
Por favor, conto com o apoio.
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Obrigado, Lidiane, mais uma vez.
Tim, the floor is yours.
O SR. TIM BALLARD (Para expor. Tradução simultânea.) - Thank you.
Eu já falei tanto.
Eu sinto que a ferramenta do demônio para salvar as crianças é a divisão. Ele quer que nós estejamos divididos. Tem muita divisão política no meu país e existe muita divisão política no seu país.
Se você imaginar isso, a esquerda e a direita, imagine dois barcos que estão lançando objetos um contra o outro, lançando histórias, mentiras e tudo. Veja, enquanto isso ocorre, milhões de crianças estão morrendo na água e ninguém está pensando nelas.
Se você conseguir se unir... Eu não sei, no meu país é uma loucura, a divisão é uma loucura, mas pensem em todas essas crianças.
Eu agradeço por permitirem que este americano esteja aqui.
Quando nós pensamos sobre criança, eu não vejo fronteiras, eu não vejo limites. Isso é porque eu viajei por três continentes e 60 países em três meses, e o tráfico também não enxerga nenhuma fronteira, nenhum limite.
Vocês sabem onde que estão essas crianças? Muitas dessas crianças estão nos Estados Unidos. Nos últimos quatro anos, 350 mil crianças foram transferidas ali pela fronteira e desapareceram dentro dos Estados Unidos, que é o número um consumidor de vídeo de pedofilia no mundo. O último lugar que você gostaria de estar, se você fosse uma criança desaparecida, seria nos Estados Unidos.
E veja como o mundo enxerga, não existe partido político. Quando fala de criança, pense, não existe partido político, não existe fronteira, não existem limites, não existe partido político, não existe luta, disputa.
R
Quando você vê uma criança sendo abusada você se emociona, mas eu espero que esse tema possa nos unir em torno desse assunto. Vocês podem continuar lutando, brigando sobre outras questões, mas deixe essas questões de lado e deixe uma única questão em que a esquerda e a direita podem concordar sobre alguma coisa. É isso que eu peço a Deus que ocorra, porque as crianças de Deus não estão à venda.
Obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) - Tem mais algum vídeo do Tim para passar? (Fora do microfone.) (Pausa.)
Tendo cumprido...
Senadora, a senhora quer fazer uma fala final? (Pausa.)
Tendo cumprido o objetivo desta audiência pública, eu quero agradecer imensamente à Lidiane Pacheco, ao Tim Ballard e a toda a sua equipe, que se deslocou dos Estados Unidos com recursos próprios, Senadora Damares, para nos prestigiar nesta Comissão de Direitos Humanos nesse tema que é tão caro para todos nós.
Quero agradecer também de coração a toda a minha equipe do gabinete, ao Rafael, que deu todo o suporte também para a Lidiane, e também a todo o povo aqui, aos nossos servidores da Comissão que também, pacientemente, nos dão todo o suporte, nos ajudam. Muito obrigado pela ajuda de vocês.
Tendo cumprido a finalidade desta audiência pública, agradecemos a Deus e me despeço de todos, pedindo que você repasse esse vídeo para frente, repasse o link do YouTube, para que mais pessoas saibam dos trabalhos aqui, o que está acontecendo no Brasil e no mundo quando o assunto é tráfico humano, tráfico de crianças e adolescentes e de que forma o Senado Federal e a Câmara Federal estão se posicionando contra esses absurdos.
Muito obrigado, Deus abençoe a nossa nação, Deus abençoe as nossas crianças.
Um forte abraço. (Palmas.)
Declaro encerrada a nossa audiência pública na CDH.
(Iniciada às 13 horas e 32 minutos, a reunião é encerrada às 15 horas e 34 minutos.)