Notas Taquigráficas
| Horário | Texto com revisão |
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| R | O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG. Fala da Presidência.) - Havendo número regimental, declaro aberta a 29ª Reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS - 2025, que se realiza nesta data, 4 de dezembro do corrente ano. Como os senhores podem observar, o Presidente está rouco. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - Olha o silêncio, meu povo! O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - É tanta roubalheira que até a voz do Presidente sumiu. (Intervenções fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Levaram até a minha voz. Senhores, antes de iniciarmos os nossos trabalhos, submeto à deliberação do Plenário a dispensa da leitura e a aprovação da Ata da 28ª Reunião. Aqueles que aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) A ata está aprovada e será publicada no Diário do Congresso Nacional. O SR. BRUNO FARIAS (Bloco/AVANTE - MG) - A oitiva hoje é com o nosso líder Gilberto? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Américo Monte, Sr. Américo Monte. E o Silas Vaz? (Pausa.) É, terrível. Tudo bem. |
| R | Senhores, para que os Parlamentares possam acompanhar os nossos trabalhos da primeira fase, que é a votação de requerimentos, em conversa com os Líderes, buscamos consenso em boa parte dos requerimentos. Houve concordância de oposição e de Governo. Não temos concordância - atenção - sobre os seguintes itens: convocação do Advogado-Geral da União, Sr. Jorge Messias, itens 141 a 147, irão a voto; convocação do Sr. Fábio Luís Lula da Silva, item 181, irá a voto; convocação do Governador Zema passa a ser tratada como convite, item 167... O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - É consensual, para estar no bloco consensual. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência. Também quebra de sigilo financeiro da financeira, como os demais, permanece. Rejeições em bloco para voto - rejeições em bloco de requerimentos para voto -: itens 149, 152, 153 e 156, todos referentes a bancos, irão a voto. Os itens também em bloco para votação: itens 1, 3, 4, 10, 11, 19, 128 a 131, 20, 21, 124 a 127, 22 a 27, 137 a 140, 28 a 30, 180, 33, 43, 113, 114, 132, 136. Esses requerimentos irão a votação em bloco. (Pausa.) O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - E o do Lulinha, Sr. Presidente? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Vai a voto, Excelência. (Pausa.) Então, espere aí, só fazendo uma correção. Para votação em bloco, 22 a 27. O item 24, não é isso? (Pausa.) O item 24 já está com o consensual. Então, somente 22, 23, 25, 26, 27. Vou repetir, então, aqui, rejeição em bloco para votação: itens 1, 3, 4, 10, 11, 19, 128 a 131, 20, 21, 124 a 127, 22, 23, 25, 26 e 27, 137 a 140, 28 a 30, 180, 33, 43, 113, 114, 132, 136. Foram colocadas, aqui, as retiradas de convocação dos itens 168 e 169, do Ministro Wolney Queiroz. O Governo se comprometeu a marcar a data para que ele compareça a esta CPMI... (Pausa.) Ah, tá. Os itens 170 a 178. (São os seguintes os itens retirados de pauta: 1ª PARTE ITEM 170 REQUERIMENTO Nº 2863/2025 Requer a convocação de Wolney Queiroz, Ministro da Previdência Social, para que compareça a esta Comissão, a fim de prestar informações sobre a fraude do INSS. Autoria: Deputado Marcel van Hattem 1ª PARTE ITEM 171 REQUERIMENTO Nº 1810/2025 Requer a convocação do Sr. Wolney Queiroz, Ministro da Previdência Social. Autoria: Deputado Kim Kataguiri 1ª PARTE ITEM 172 REQUERIMENTO Nº 1799/2025 Requer a convocação do sr. Wolney Queiroz Maciel, Ministro da Previdência Social. Autoria: Deputado Evair Vieira de Melo 1ª PARTE ITEM 173 REQUERIMENTO Nº 1038/2025 Requer a convocação do Sr. Wolney Queiroz Maciel, Ministro da Previdência Social. Autoria: Deputado Rafael Brito 1ª PARTE ITEM 174 REQUERIMENTO Nº 875/2025 Requer a convocação do Sr. Wolney Queiroz Maciel, Ministro de Estado da Previdência Social. Autoria: Senador Marcos Rogério 1ª PARTE ITEM 175 REQUERIMENTO Nº 806/2025 Requer a convocação do Sr. Wolney Queiroz Maciel, Ministro de Estado da Previdência Social. Autoria: Senador Rogerio Marinho 1ª PARTE ITEM 176 REQUERIMENTO Nº 420/2025 Requer a convocação do Sr. Wolney Queiroz Maciel, Ministro de Estado da Previdência Social. Autoria: Deputado Beto Pereira 1ª PARTE ITEM 177 REQUERIMENTO Nº 408/2025 Requer a convocação do sr. Wolney Queiroz Maciel, Ministro da Previdência Social. Autoria: Senador Carlos Viana 1ª PARTE ITEM 178 REQUERIMENTO Nº 363/2025 Requer a convocação do Sr. Wolney Queiroz, Ministro da Previdência Social. Autoria: Deputado Alfredo Gaspar) Os itens 168 e 169 se transformarão em convite. Os itens 91 a 108 vão ter ajuste de período para início de janeiro de 2015 a fim de novembro de 2025. É marco temporal. As demais aprovações, simbólicas. Senhores, então, vamos lá! A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP. Fora do microfone.) - Pela ordem. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Presidente... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência. ORADOR NÃO IDENTIFICADO (Fora do microfone.) - Eu tinha pedido pela ordem. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS. Pela ordem.) - Só para... Eu destaquei do 11 ao 18, e elas não estão incluídas aí nos destaques. |
| R | O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Está aqui, Excelência, do 11 até o 19. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Opa, então, tira 11 e o 19, deixa só do 12 ao 18. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Espere aí. Vamos ver. Por isso é que eu pedi à Secretaria que a gente colocasse... Vem cá, por favor. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Só para... Só me dá um segundinho para não dar... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Perfeitamente. Só um minutinho, nós vamos a voto. (Pausa.) Mas é o 11 até o 19. É porque eu li 11 e 19, né? O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - O.k., Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Foi isso que eu li, ué! (Pausa.) Está bem, obrigado. Senhores, mais algum... Líder Marinho, eu pergunto se tem mais alguma dúvida. A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP. Fora do microfone.) - Eu tenho muitas dúvidas. Está muito confuso isso aqui. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN. Pela ordem.) - Não, na verdade, como são muitos requerimentos, eu quero só dar uma explicação aqui ao grupo, tá? Porque a gente teve pouca oportunidade de conversar. Nós estamos destacando para voto todos os requerimentos que o Presidente colocou. Agora, alguns, os mais importantes, vão ser votados isoladamente e os outros, em blocos, senão a gente não vai ter a oitiva da testemunha. São quase 40 requerimentos. Então, vai haver os blocos, vai ser uma votação do consensual. Agora, o que está em dissenso, o que não está acordado entre nós e o Governo é a convocação do Messias, que vai ser votada isoladamente; o do Fábio Lula, que vai ser isoladamente... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Exatamente. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - ... vai ser a questão dos bancos, que vai ser votada isoladamente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Alguns itens em que não houve concordância. Alguns não, muitos itens que não tiveram concordância. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - E os demais itens vão ser votados em blocos. O que eu pedi ao Presidente, o Líder do Governo está ouvindo, é que, no caso desse bloco, como são muitos itens, o tempo dado a quem vai defender, a quem vai se posicionar contrário seja contado em dobro, porque, na verdade, são muitos assuntos. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Um de cada lado. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Exatamente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Com o tempo em dobro. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Dois de cada lado. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - V. Exa. quer que eu suspenda para conversar com a base? O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Dois de cada lado. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Quer que eu suspenda? O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Pode ser por cinco minutos. Dois de cada lado. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Eu suspendo a sessão por dez minutos. (Suspensa às 10 horas e 42 minutos, a reunião é reaberta às 10 horas e 57 minutos.) |
| R | O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Está reaberta a sessão. Em novas reuniões das Lideranças com as bases, anuncio aos Srs. Parlamentares as mudanças. Por gentileza, silêncio. Por gentileza, silêncio. A Presidência vai anunciar a sequência das votações. Permanece para votação nominal a convocação do Advogado-Geral da União, Jorge Messias, itens 141 a 147; votação nominal, convocação do Sr. Fábio Luís Lula da Silva, item 181; convocação do Governador Romeu Zema, que seria transformada em convite, não houve consenso, será votada como convocação, item 167. Para votação em bloco - para votação em bloco -: itens 149, 152, 153, 156, sem mudanças; itens 1, 3, 4, 10, 11 a 19, 128 a 131, 20, 21, 22, 23, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 33, 43, 113, 114, 124 a 127, 132 a 136, 137 a 140 e 180, não houve mudança. Também transformados em retirado de pauta, itens 170 a 178; itens 168 a 169, convite - de convocação para convite -; itens 91 a 108, ajuste temporal, também sem mudanças. Novos destaques para votação - atenção! -: itens 3 e 4, itens 19, 128, 129, 130 e 131, que irão também a voto nominal nesta sessão. Os demais requerimentos que constam da pauta e que estão sob consenso eu coloco em votação, com exceção dos que eu li aqui. A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP. Fora do microfone.) - Presidente, Presidente... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP) - Desculpa. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP. Pela ordem.) - Como fizeram um acordo, voltaram atrás, aquilo que é bem típico, a minha pergunta... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP) - Você falou, agora, no último, que parece que teve uma convocação que virou convite. Eu só queria que você esclarecesse: isso daí é do Ministro Wolney Queiroz. É isso? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não. O Ministro Wolney foi retirado de pauta com o acerto do Governo de marcação de data para a vinda dele. |
| R | O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN. Fora do microfone.) - Em fevereiro. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Em fevereiro. A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP) - De novo? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Bem, mas é o acerto que foi feito lá. A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP) - E o nosso Líder aceitou? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Concordou, Excelência. A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP) - Se ele aceitou, está tudo bem. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Concordou. Senhores... Mais alguma dúvida, Srs. Parlamentares? O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Sr. Presidente... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN. Pela ordem.) - ... em relação à questão da convocação do Zema, que aliás eu considero aqui uma descortesia e uma coisa diferente - poderia perfeitamente ser, a exemplo dos demais, convite, como ministros e Governadores, etc... Mas aqui tem quebra de sigilo financeiro... da financeira, desculpe. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS. Fora do microfone.) - Presidente... O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - A quebra do sigilo financeiro me parece que está... Só um minutinho, Pimenta, só um minutinho, Líder. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - A quebra... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Presidente, por favor, Presidente. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - A questão da quebra do sigilo financeiro... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Só um pouquinho. Presidente... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS. Pela ordem.) - Nós estamos sendo insultados aqui pela colega, Presidente, de forma gratuita aqui, ó. Então, Presidente... Não é possível! A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP) - Presidente, olha o nível da pessoa, pelo amor de Deus! O SR. JOSÉ MEDEIROS (PL - MT) - Presidente, o Pimenta está querendo tumultuar. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Não é possível, Presidente! O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, eu peço a gentileza... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Um Parlamentar... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - ... de mantermos a calma... A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP) - Está preocupado com a mesada do Lulinha! Muito triste isso, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - ... e o respeito. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Não é possível! O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Senhores, por gentileza. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Presidente, não é possível. Então, eu quero pedir a V. Exa... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - ... para manter o decoro. A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP) - Presidente... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - ... manter o decoro... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Eu solicito... A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP) - Coisa feia, gente. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Um colega Parlamentar se virar para outro colega e começar a insultar ou ofender aqui de forma gratuita, Presidente? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Eu peço aos Parlamentares... A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP) - Eu não ofendi ninguém, Presidente. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Eu quero que V. Exa. garanta aqui... A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP) - Eu só falei a verdade. Que coisa triste! O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - ... uma relação de cordialidade, de respeito. A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP) - O "Malagueta Vermelha" não tem vergonha na cara, pelo amor de Deus! O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Por favor, Deputada Adriana. Senhores, vamos vencer essa fase das votações. Os senhores terão tempo depois, cada um, para se manifestar com total liberdade. O SR. JOSÉ MEDEIROS (PL - MT) - É a misoginia aqui do Pimenta. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Senador Marinho. Por gentileza. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN. Pela ordem.) - Só uma dúvida, senhor. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - A convocação do Zema vai ser um item a ser colocado de destaque, o.k. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Isso, exatamente. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Só que tem quebra do sigilo da financeira. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Certo. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - A questão da financeira não está dentro do bloco das financeiras e bancos? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Excelência... O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - A gente vai votar favorável, dentro do bloco. A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP) - Presidente, violência política aqui! O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - É porque esse daqui está nos requerimentos... A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP) - Deputado Paulo! Olha a misoginia! O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - ... de consenso de votação. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - O.k. A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP) - Estão me ofendendo aqui! O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Esse não vai a voto. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - O.k. A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP) - Está fazendo pressão em cima de mim, Presidente! O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, é porque eu coloquei, mas não está. A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP) - É uma vergonha, ele está querendo me calar! (Intervenções fora do microfone.) A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP) - Ele está querendo me calar! Não vai me calar! Assédio político aqui, violência política. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Por gentileza, por gentileza. A SRA. BIA KICIS (PL - DF) - Assédio político para cima da colega, hein, Presidente! Olha aí! Assédio político. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pergunto ao Líder Paulo Pimenta. O item 112, quebra de sigilo financeiro da Financeira Zema, que estava no consenso para aprovação, o Líder quer colocar na votação dos bancos. O Líder... O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Nós, inclusive, vamos votar a favor. Agora, só que, pelo critério de convergência, de afinidade da mesma ação... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Eu não entendi, Presidente... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Eles querem que o item 112, que estava em consenso de aprovação, que seja colocado na votação em bloco dos itens bancários. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - É o critério, né? O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - O.k. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - O.k.? O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - O.k. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Então, na votação em bloco... O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Presidente, eu só gostaria... Tá. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Deputado Van Hattem. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Pode falar. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Na votação em bloco, itens 149, 152... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - O.k., Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - ... 153, 156... entra também o item 112. Senhores, mais alguma dúvida? O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Presidente, pela ordem. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Sr. Presidente, eu tenho uma dúvida. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Só um instante. Pois não, Relator. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL. Como Relator.) - Presidente, eu fiquei em dúvida em relação a bancos. Eu fiz dez requerimentos de CEOs dos bancos que mais tinham reclamações de fraudes e empréstimos consignados. Foram nove requerimentos. Todos estão num bloco para votação? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não. Não, Excelência. Dos requerimentos de bancos, somente esses que estão em destaque aqui, ó: um, dois, três, quatro, cinco. Os demais todos serão aprovados sob consenso. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - E esses de destaque, o senhor poderia dizer quem destacou e os nomes? A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP. Fora do microfone.) - Também queria saber. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, é... O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - É porque eu estou... |
| R | (Intervenção fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Posso. Só um instante. Item 149, que está destacado. 1ª PARTE ITEM 149 REQUERIMENTO Nº 2751/2025 Requer a convocação do Senhor Mario Roberto Opice Leão, CEO do Banco Santander S.A., para prestar depoimento como testemunha. Autoria: Deputado Alfredo Gaspar 1ª PARTE ITEM 152 REQUERIMENTO Nº 2747/2025 Requer a convocação da Senhora LEILA MEJDALANI PEREIRA, Presidente do Banco Crefisa S.A. e da Crefisa S.A. Crédito, Financiamento e Investimentos, para prestar depoimento como testemunha. Autoria: Deputado Alfredo Gaspar 1ª PARTE ITEM 153 REQUERIMENTO Nº 2762/2025 Requer a convocação do Sr. Marcelo Kalim, CEO do Banco C6 CONSIGNADO S.A. Autoria: Deputado Alfredo Gaspar 1ª PARTE ITEM 156 REQUERIMENTO Nº 2757/2025 Requer a convocação do Senhor Eduardo Chedid, CEO do PicPay Instituição de Pagamento S/A, para prestar depoimento como testemunha. Autoria: Deputado Alfredo Gaspar 1ª PARTE ITEM 112 REQUERIMENTO Nº 2744/2025 Requer a elaboração de Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) e que proceda-se à quebra de sigilo bancário e fiscal da empresa ZEMA CRÉDITO, FINANCIAMENTO EINVESTIMENTO S/A, CNPJ nº 05.351.887/0001-86, referentes ao período de 1º de janeiro de 2015 a 25 de novembro de 2025. Autoria: Deputado Rogério Correia O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - O senhor poderia me dizer quem destacou? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, isso aí foi o Governo que destacou. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Tá. Obrigado. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Só uma dúvida, Presidente... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - ... com relação a esse bloco que V. Exa. falou... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - ... o Requerimento 156 é o PicPay... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Isso. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - O PicPay está envolvido até o pescoço, e nós já vimos isso aqui, sobre... E não é questão de consignado; questão do Meu INSS e mais. Foram mais de 500 mil pessoas. Então... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, Excelência, mas... O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - ... se puder destacar separado... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - É, mas a Presidência segue, regimentalmente, o que está sendo colocado. Os requerimentos são formais, estão corretos, foram colocados à votação. Houve consenso ou não consenso, nós vamos dar sequência na votação, e a questão do mérito depois a gente vê. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Presidente... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Deputado Van Hattem. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Presidente, uma questão de cortesia que sempre se tem nesta Casa é que, quando uma autoridade é chamada para uma CPI, é feito um convite. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Sim. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Inclusive, o Ministro Wolney, convidado, marcou a data, não veio, disse de uma viagem, e, no dia... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Duas vezes, Excelência. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - ... - duas vezes -, solidariedade a V. Exa., porque ele fez, justamente, o compromisso de vir. Eu me pergunto e pergunto também a V. Exa. e aos Líderes por que motivo uma pessoa, com a qual nós concordamos já viesse a convite... E disse que viria - o Governador Romeu Zema -, não tem nada a temer. Inclusive, disse ele: "Eu quero ir e quero que aprovem também requerimentos do Lulinha, do Frei Chico, de quem quer que seja que está aí para aprovar". Por que uma pessoa que disse e porque nós que dissemos que pode vir a convite, não tem problema nenhum, vai ser destacada, para ser feita uma convocação? Não tem sentido, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência... O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Isso é uma descortesia com um Chefe de Poder, com um Governador honesto... O SR. JOSÉ MEDEIROS (PL - MT) - Isso é quizila do Rogério, lá de Minas. Coisa local. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Isso me parece algo político, Presidente, com todo o respeito... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, pois não... O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - ... quando nós, aqui, estamos fazendo trabalho de investigação. O Zema vai ser o primeiro cidadão honesto a estar sentado ali. Não tem problema. Agora, fazer isso com ele é uma descortesia. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. Eu vou, inclusive, ler uma carta que foi enviada pelo Governador a esta Comissão. Quero fazer questão de colocar. Mas, senhores, por gentileza... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Um momento, do requerimento. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - É isso. Estão em votação... A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP) - Não. Eu gostaria de que fizesse agora. A carta é cortesia, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, não... Deputada Adriana, por gentileza: a Presidência é que decide o rito. Só um instantinho. Por favor. Estão em votação os itens consensuais que não foram lidos por esta Presidência para destaque e também os itens com correção de marco temporal. Os Parlamentares que concordam permaneçam como se encontram. (Pausa.) Estão aprovados os itens. A Secretaria-Geral dará sequência nos trabalhos. Votações dos itens em bloco, para votação nominal. Itens 149, 152... O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Os consensuais, né? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, esses nós vamos... Os consensuais eu já votei, Excelência. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Ah, o.k. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Agora nós vamos para o voto. (Intervenções fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Está bem. Está bem. Itens que vão agora, em bloco, para votação nominal. Itens 149, 152, 153 e 156. Faz uma relação para o... Entrega uma cópia disso aqui para o... (Pausa.) |
| R | Calma. E o 112. Entrega aqui. Faz uma cópia para o Relator, que é melhor. Senhores... O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF. Fora do microfone.) - Quero falar sobre ele. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, eu vou colocar em votação, Senador Izalci. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF. Fora do microfone.) - Mas não vai ter defesa? Alguém vai falar? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Vai, vai, vai. Aí tem que decidir com o Marinho quem vai falar. Os dois? O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN. Pela ordem.) - A gente está votando quais? O bloco de bancos, não? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - É. Os bancos - os bancos. Só um instante. Eu vou... (Intervenções fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Só um instante. Silêncio, por favor. Cada lado, cada base terá direito a duas falas de cinco minutos, para a defesa ou para a sustentação da votação contra o requerimento. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - (Falha no áudio.) ... colocar o que nós combinamos aqui, o 112, nesse bloco. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Está colocado o 112, Excelência. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - O.k. Está bom. (Intervenção fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não. A votação será iniciada após as falas de defesa ou retirada. Senhores, em votação - vou abrir as falas para defesa de Oposição e de Governo - os itens: 149, 152, 153, 156 e 112, todos referentes a bancos. Primeira fala... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Sr. Presidente... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS. Pela ordem.) - Quem destaca, no caso nós, é voto "não", é isso? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Exatamente. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Então, o nosso voto é "não". Quem quer manter a pauta vota "sim". O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Quem quer manter vota "sim". Então, eu vou abrir... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - A nossa orientação é o voto "não". O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não. Excelência, primeiro eu vou abrir as falas... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Você falou que vai abrir para a votação. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, vou abrir as falas para a... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Ah, tá. Voto "não". O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Então, espera aí. Senador Marinho... (Intervenção fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Senhores, o Senador Izalci vai ser o primeiro a falar com relação aos requerimentos, por cinco minutos. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF. Para encaminhar.) - Presidente, é muito importante as pessoas observarem esta sessão para ver quem está blindando de fato aqueles que roubaram os aposentados e pensionistas. E quero dizer aqui que nós vamos votar favorável em todos os requerimentos. (Soa a campainha.) O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Aqui, nós estamos realmente para encontrar quem verdadeiramente roubou dos aposentados e pensionistas. Então, hoje, por exemplo, eu fico aí entendendo o porquê da comemoração aqui, quando votamos o requerimento do Edson. Eu achei estranho, mas hoje foi confirmado. Por que houve essa blindagem e essa comemoração toda na derrota do requerimento do Edson? Porque exatamente ele queria vir aqui para falar sobre a questão do Lulinha. São 300 mil por mês. E tem até o Metrópoles dizendo que tem mais 25 milhões. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Mentira! Mentira! O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Então... (Tumulto no recinto.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Senador Pimenta, por gentileza. Por gentileza. O SR. JOSÉ MEDEIROS (PL - MT) - O Deputado Paulo Pimenta está atrapalhando aqui, Sr. Presidente. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Justamente quem ficou reclamando aqui! Para ver como são hipócritas. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não. Mais um minuto para o Senador Izalci. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Presidente, questão de ordem... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Só um instante, Senador. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - É que não pode mentir aqui. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Excelência... O SR. JOSÉ MEDEIROS (PL - MT) - O que é isso? (Tumulto no recinto.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - O Parlamentar tem o direito de livre palavra; depois o Governo terá a contradição. O SR. JOSÉ MEDEIROS (PL - MT) - O Paulo está querendo... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Pode mentir? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - O Governo poderá contradizer, Excelência. Atenção, Senador Izalci. O SR. JOSÉ MEDEIROS (PL - MT) - "Paulo Jalapenho". O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Senador Izalci. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Presidente, quero dizer aqui que nós temos hoje a Folha de S.Paulo, a Veja, o Metrópoles e o Poder360, eles confirmam isso. E a prova disso é que o requerimento que foi colocado aqui, do Sr. Edson, foi rejeitado exatamente por isso. Então, cabe a esses blindadores aqui explicar sobre isso. Agora, Presidente, nós estamos falando aqui em desconto assistencial - 6 bilhões. Quando entrar nos consignados, são trilhões. Então, é inadmissível alguém querer blindar realmente os bancos. O PicPay, que é o Requerimento 756, entre todos os bancos - sei lá quantos tem no Brasil, 50, 100 -, escolheram um: "Só esse aqui é que vai fazer o Meu INSS e mais". E 500 mil pessoas foram ludibriadas, descontadas coisas que não podiam. Inclusive pela portaria, pela instrução normativa, não podia cobrar juros; cobraram, anteciparam. |
| R | Então, ninguém está querendo condenar ninguém, não. O que nós queremos é aprovar os requerimentos para ouvir, para que eles possam defender, fazer a sua defesa, o que eu vejo que tem muita dificuldade. A Crefisa também a mesma coisa. Tenho nada contra o Palmeiras, mas a Crefisa tem reclamações de milhões de pessoas que foram assaltadas, que foram descontadas em empréstimos que sequer foram creditados. Descontos que estão sendo feitos, 84 parcelas, e não foi creditado nada, foi burlado; foi falsificada a biometria e tudo mais. Então é inadmissível querer bloquear, querer blindar qualquer banco aqui. Chama todo mundo que está envolvido. Olha, nós precisamos aprovar os requerimentos de quebra de sigilo também, para poder, ao chegar fevereiro, as informações já estarem aqui. Então, V. Exa. sabe a importância que foi aprovar os requerimentos lá atrás. Por isso nós temos hoje muita informação. Agora, se blindarem, como estão fazendo aqui, a todo momento, a gente vai ter dificuldade de chegar realmente aonde nós precisamos. Nós precisamos identificar todos aqueles que meteram a mão nos aposentados e pensionistas. E quero reforçar que eu apresentei 400 requerimentos; o Relator sabe disso. Não tem que blindar ninguém. Nós vamos aprovar, vamos votar favoravelmente a todos eles. Com relação ao Santander e ao C6, todos também têm reclamações, não tem por quê. Eu não entendo como que as pessoas querem blindar. Não querem ouvir, não querem... Estão fazendo o que aqui? Não era nem para estarem aqui, porque nem assinaram, não queriam nem apurar. Agora, se estão aqui, têm que atender o objetivo da CPMI. Qual é o objetivo? Realmente descobrir quem é que meteu a mão, quem que roubou dos aposentados e pensionistas. Então, não dá, Presidente, para a gente continuar esta sessão. Teve que votar em bloco e tudo. Todo mundo devia votar favorável. Se é que querem, de fato, que a gente possa descobrir quem assaltou. Agora, quem está querendo proteger um ou outro... Da mesma forma, como estão fazendo aqui com o Zema. O Zema já se propôs a vir aqui. Agora, não querem chamar o Ministro Lupi, não querem quebrar o sigilo. Por que vai quebrar dos outros e não pode quebrar deles? Então, é quem está envolvido nisso. O Ministro Wolney ficou de vir aqui, não veio e sequer está sendo convocado. O outro que se prontificou a vir, está tendo dificuldade, vai querer convocar; uma indelicadeza completa, se ele já mesmo se manifestou favorável. O SR. JOSÉ MEDEIROS (PL - MT) - Isso é coisa de Rogério. (Intervenção fora do microfone.) O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Então, Presidente, eu vou fazer um apelo, mais uma vez, aqui a todos - e V. Exa. poderia pedir novamente - para a gente votar todos os requerimentos em bloco, favorável. Quem não deve, não teme. Então, vamos chamar todo mundo, para a gente poder realmente fazer o nosso trabalho. A CPI é para isso. Não existe CPI para blindar ninguém. A CPI é exatamente para identificar quem roubou, melhorar a legislação, reforçar o pedido de V. Exa. para que haja esses seis meses sem desconto, para apurar esses bancos todos que assaltaram e para a gente poder votar. |
| R | A proposta é votar todos os requerimentos em bloco, se possível. Obrigado, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência. Pelo Governo, quem falará, Líder Pimenta? Com a palavra o Líder Pimenta por cinco minutos. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS. Para encaminhar.) - Sr. Presidente, não se trata aqui de ser contra ou a favor. Todo mundo aqui quer e tem o compromisso de que esta CPI possa, de fato, cumprir o seu papel. Qual é o objetivo dessa CPI, Presidente? É, de fato, a gente poder aprofundar uma investigação sobre as fraudes, o roubo do INSS. Nós já avançamos muito aqui nessa investigação. Conseguimos identificar, dentro do INSS, quem são os servidores que se corromperam e que permitiram que essa quadrilha pudesse atuar da forma como atuou dentro do INSS. Nós já conseguimos, Sr. Presidente, identificar... Presidente, está muito difícil. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Silêncio, por favor. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Nós já conseguimos identificar, Presidente, e o Brasil conheceu, a partir do trabalho desta Comissão, alguns daqueles que foram favorecidos pelo famoso decreto, assinado pelo Bolsonaro, pelo Paulo Guedes e pelo Onyx, que abriu as portas do INSS para que os "golden boys'', para que as entidades fantasmas pudessem roubar o dinheiro dos aposentados, das aposentadas. O Brasil já sabe que foi um decreto do Governo Bolsonaro que permitiu que eles roubassem também das pensionistas. O Brasil já sabe, muito em função do trabalho da CPI, que, às vésperas das eleições passadas, o Governo Bolsonaro permitiu que fosse feito consignado, Sr. Presidente, de BPC, de auxílio emergencial. Já sabe também que foram poucos os bancos que receberam autorização para operar essa linha de consignado. Uma criança hoje nasce, e, logo que nasceu, já deve 30, 40 mil, porque o Governo Bolsonaro permitiu que até as crianças passassem a ter empréstimo consignado. O Brasil já sabe de tudo isso, Presidente. Agora, nós temos que ter, aqui, noção da nossa responsabilidade. Várias dessas instituições, inclusive, colocaram à disposição todas as informações, e nós temos que ir atrás dessas informações, receber essas informações e fazer a investigação na hora adequada da maneira como precisa ser feita. Portanto, tem vários bancos que estão sendo aprovados hoje. É um início importante das informações com que nós precisamos trabalhar. E esses bancos sobre que nós estamos aqui manifestando, neste momento, a posição, são bancos que já se colocaram à disposição para trazer seus dirigentes, para prestar todas as informações. Por conta disso, não há necessidade de aprovação hoje. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Líder Marinho, quer falar a segunda... Ou podemos dar sequência? O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN. Pela ordem.) - Não, não. Tenho outro aqui. Esse item... Desculpa, eu estava perdido aqui. Esse item é o dos bancos. O dos bancos é... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Vamos colocar os celulares no silencioso, por gentileza? |
| R | O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Sim, o Deputado Kim Kataguiri. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - O Deputado Kim Kataguiri com a palavra, por cinco minutos. O SR. KIM KATAGUIRI (Bloco/UNIÃO - SP. Para encaminhar.) - Presidente, primeiro, é importante falar que o mensalão voltou e, desta vez, diretamente com o filho do Presidente da República: segundo matéria da Mariana Haubert, a testemunha revelou para a Polícia Federal R$300 mil por mês mais R$25 milhões na conta. Segundo ponto que precisa ser colocado aqui... Eu quero que o país preste bastante atenção no que está acontecendo. A oposição - aquela que supostamente defende os bancos, as elites - quer que os bancos prestem conta nesta CPMI, e o Governo Lula está pedindo para que os bancos não esclareçam. E sabem o que é mais curioso? Alguns bancos, eles deixaram votar por acordo; outros, eles escolheram para blindar. Ué, não é o PT que enfrenta banqueiro?! A gente não é representante da Faria Lima?! Eu estou querendo chamar a Faria Lima aqui, Deputado Alfredo. Agora é o PT que não quer. Que curioso! E não tem nenhuma defesa plausível. A defesa que foi feita pelo Líder do Governo é: os bancos são bonzinhos, eles voluntariamente se prestaram a colocar as informações para esta CPMI. Nossa, mas essa desculpa chega a me emocionar! Então, o que precisa ficar claro aqui... Primeiro, um dos principais meios de pagamento, instituições financeiras que estão sendo blindadas, é o PicPay, dos irmãos Joesley e Wesley Batista. O PT é contra bilionário quando o bilionário não é deles, quando o bilionário não é amigo do Governo, quando o banqueiro não é amigo do Governo. Quando o banco faz doação generosa para o PT - e nós vimos essas doações quando elas ainda eram legais, ocorriam oficialmente, abertamente, grandes empreiteiras e herdeiros de banco doando para o Partido dos Trabalhadores -, a gente viu de que lado eles estavam. Eu nunca estive com o Joesley, nunca estive com o Wesley, eu nunca recebi dinheiro para minha campanha de empreiteira, de banco, mas sou acusado aqui de defender os grandes bancos da Faria Lima. Que excelente oportunidade! Eu quero agradecer ao Governo Lula por me dar esta oportunidade de esfregar na cara dos petistas o quanto eles são hipócritas, votando aqui para blindar banco! Eu estou muito curioso para saber se a próxima defesa do Governo vai ser melhor do que a anterior, porque até agora não colou, até agora não convenceu ninguém. Até agora, o que eu estou vendo vai ser o painel com os banqueiros blindados, porque o PT deu voto e mobilizou sua base para blindar banqueiro. É isso que eu vou ver no painel. Então, já coloquei aqui do PicPay, controlado pela J&F, dos irmãos Joesley e Wesley, bilionários de estimação do PT. Tem também a Crefisa, e o INSS rompeu a sua ligação com a Crefisa em razão do roubo dos aposentados e também de venda casada. Tem que vir aqui, sim, a Sra. Leila prestar esclarecimentos. Qual que é o interesse do PT em blindar a Leila? Eu pensei que o Lula fosse corintiano. Acho curioso que tem instituição financeira que o PT quer blindar, que o Governo quer blindar, e outras eles deixam naturalmente. Eu não tenho problema nenhum de chamar PicPay, de chamar Crefisa, de chamar Vorcaro... Estou doido para que o Vorcaro abra a boca, para que Parlamentares de diferentes espectros políticos acabem na cadeia. Agora, parece que esse não é o mesmo interesse, essa mesma independência que eu tenho, essa mesma tranquilidade de alma que eu tenho, alguns Deputados da base do Governo não têm. |
| R | Parece que os bancos que estariam ligados aos seus opositores políticos, aí eles querem convocar, eles querem investigar. Agora, os bancos de estimação deles, aí eles não querem, aí não pode mexer. Chamem todo banco de tudo quanto é lado, qual que é o problema? Qual que é o problema? E mais um ponto, tá? Foi colocada no bloco também a instituição financeira ligada ao Zema - olha, o Governo vai votar a favor do Zema, hein? Só quero alertar que o Governo vai votar contra a quebra de sigilo da instituição financeira ligada ao Zema -, então, olha só que oportunidade maravilhosa que nós da oposição estamos tendo: mostrar que o PT protege bilionário, mostrar que o PT protege banqueiro e mostrar que o discurso, em prol do povo e contra as elites, é balela. Elite ruim para o PT é só elite que não coloca dinheiro no bolso deles. Daí a nossa orientação "sim", Presidente. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - Máquina japonesa de moer petista. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado. Por gentileza, pela parte do Governo, a última fala, Excelência, antes da votação. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Deputado Orlando Silva. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Deputado Orlando Silva, com a palavra, por cinco minutos. O SR. ORLANDO SILVA (Bloco/PCdoB - SP. Para encaminhar.) - Obrigado, Presidente. Bom dia ao Presidente, bom dia aos colegas, Deputados, Deputadas, Senadores e Senadoras. Comissão Parlamentar de Inquérito, como todos nós sabemos, é uma das conquistas da democracia liberal e do funcionamento dos Parlamentos. Salvo engano, na época do Bismarck, na Alemanha do Bismarck, se iniciou experiências como esta: CPIs, que são instrumentos da minoria - é verdade -, tanto assim que o número de assinaturas para o seu requerimento não é majoritário em cada Casa, é minoritário, para permitir que as oposições possam funcionar, cumprir seu papel de fiscalização do Governo de turno. Nós sabemos também que CPIs se dedicam a temas. Talvez este Congresso Nacional tenha vivido nos anos 70 uma das CPIs mais importantes da sua história, que se dedicou a estudar a situação da ciência e tecnologia no Brasil. E dali se produziram muitas soluções que viraram leis, que viraram instituições e que deram passos adiante para sustentar o desenvolvimento nacional. Por que eu faço essa referência à origem das CPIs, ao papel que as CPIs devem ter e ao sentido de que elas devem existir? Eu compreendo que nós vivemos na sociedade do espetáculo. Eu compreendo que, em tempo de redes sociais, Parlamentares se manifestam mais em busca de likes do que em cumprir a missão constitucional que jurou - que era cumprir e fazer cumprir a Constituição -, que é buscar os melhores resultados para estruturar políticas públicas que atendam à necessidade da população. Esta Comissão Parlamentar de Inquérito tem um objeto bem definido: uma investigação que deve ser feita para identificar criminosos que lesaram pensionistas e aposentados. Mas ao longo do tempo, o que eu observo? Eu observo que aqui se transformou apenas e simplesmente num palanque político - exclusivamente num palanque político. Eu me recordo de que, na primeira sessão da CPI, me chamou atenção o fato de que, na primeira sessão da CPI, quando nós abrimos os trabalhos de investigação desta CPI, já foi apresentada uma lista, para pedido de prisão, de 21 pessoas - na primeira sessão -, sem que a apuração sequer tivesse se desenvolvido, sem que as provas tivessem sido produzidas, para que tivéssemos consistência no requerimento que foi encaminhado ao Ministro que preside o inquérito. |
| R | Me parece que açodamento não ajuda; diversionismo ajuda menos ainda. Um colega Parlamentar há pouco falou: "Somente eu apresentei 400 requerimentos". Se... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. O SR. ORLANDO SILVA (Bloco/PCdoB - SP) - Se o padrão fosse cada Parlamentar apresentar 400, 500, mil requerimentos, quantos, mesmo, serão os requerimentos apreciados e votados aqui? Me parece mais uma tática diversionista, para, como num espetáculo, se apresentar como aquele que quer fazer uma apuração, mas, na verdade, quem faz requerimentos sem fundamento evidencia o desinteresse pela apuração. É muito sério. É muito sério e é necessário que nós apuremos a responsabilidade de cada instituição financeira. Eu quero ver, sentados nos bancos da CPI, CEOs e dirigentes de bancos e de instituições financeiras, mas, antes de esse requerimento ser votado, é necessário que nós conheçamos as informações, informações dos contratos, informações das reclamações, informações da apuração da Polícia Federal, para que nós possamos... (Soa a campainha.) O SR. ORLANDO SILVA (Bloco/PCdoB - SP) - ... de modo consistente e eficiente inquirir responsáveis de instituições financeiras; não apenas fazer jogo de cena. Eu confesso que eu imaginava ouvir a voz, por exemplo, do Senador Rogerio Marinho, Líder da Oposição, nesta CPI. Por que eu imaginava ouvir a voz do Senador Rogerio Marinho? E eu estou falando o nome dele mesmo sabendo que ele vai pedir a palavra, art. 14, para se manifestar: "Fui atacado". Não, Senador Rogerio Marinho, não sairá da minha boca um ataque a V. Exa., é porque eu considero que o senhor é um homem responsável, um homem que tem história, um homem que, imagino eu, saiba o peso que tem o sistema financeiro para além da retórica presente aqui e do que representa a instabilidade num setor como esse. Imaginava, confesso, uma voz de serenidade, uma palavra de serenidade sua; não veio, mas creio que seja necessário que haja responsabilidade e coerência. Por isso, não. O SR. JOSÉ MEDEIROS (PL - MT. Fora do microfone.) - Ele não desmentiu "Toyotas". O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Sr. Presidente, o art. 14, por gentileza. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Só um instantinho, Excelência. O SR. JOSÉ MEDEIROS (PL - MT) - Ele não desmentiu "Toyotas". O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Só um instante. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Não foi de uma forma desrespeitosa. (Intervenções fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - De toda maneira, nós temos aqui uma regra que foi estabelecida entre nós de que todas as vezes que um Parlamentar for citado e pedir a palavra... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Mas pode ser depois da votação? Nós estamos em regime de votação. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não. Com a... O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Mas foi uma provocação até bem-vinda. Na verdade, eu acho que o art. 14 é bastante claro. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - V. Exa. quer fazer o uso da palavra? O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Claro... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Então, por gentileza, cinco minutos. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - ... agradeço a V. Exa. Bom... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Dois minutos, por favor, Excelência. (Risos.) O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN. Fora do microfone.) - Não são cinco, não? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Um minuto, Excelência. (Risos.) (Intervenção fora do microfone.) O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN. Fora do microfone.) - Bota os cinco, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Dois. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Eu vou ser rápido... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Está bem, Excelência. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - ... me dê quatro. (Intervenção fora do microfone.) O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN. Para explicação pessoal.) - Sr. Presidente, nós estamos aqui discutindo uma situação que, para nós, eu acho que é importante que a opinião pública possa descortinar. Isso não pode ser feito apenas nos acordos, nas salas de ar refrigerado; isso tem que vir a público, sim. E o fato é que há uma blindagem, por parte do Governo. Eu tenho dito, inclusive, que há um esforço muito grande daqueles que aqui estão representando o Governo para defender o indefensável. Eu tenho elogiado a disciplina, eu tenho elogiado o fato de que eles repetem um mantra, uma palavra de ordem, incessantemente porque têm dificuldade. |
| R | É evidente que a narrativa que querem pregar não tem nenhum sentido: como é que o Governo do Presidente Bolsonaro, que sempre combateu esse peleguismo sindical, poderia instalar, dentro da estrutura do INSS, uma condição, uma organização, para fraudar os aposentados em benefício de sindicatos, em benefício de associações picaretas. Então, isso não tem nenhum sentido, mas eles repetem aqui até exaustão. Mas vamos falar aqui de bancos. A segunda etapa da nossa Comissão, o senhor sabe, é público, é justamente nos debruçarmos, depois do desconto associativo, na questão dos consignados. O que a V. Exa. propõe, e o que eu disse ao Líder do Governo e a V. Exa. foi que nós estabelecêssemos inclusive a possibilidade de que esses bancos mandassem os seus representantes. Se fosse o caso, nem personalizarmos, mas V. Exa. está apresentando, e o Relator, um pedido de oitiva de bancos que lidam com o tema, e que poderão vir aqui, com a presunção da inocência, para nos esclarecer o que ocorreu, quais são os mecanismos, o que é que está por trás disso. Quando se fala aqui de CPI, é bom lembrar que o Governo não assinou a CPI, e, é claro, é um instrumento de oposição. E, é claro, se tentou capturar essa CPI, elegendo um Presidente que, graças a Deus, não aconteceu, e um Relator que estariam afinados com o Governo, e, veja, nada disso teria acontecido. Das 21 prisões que V. Exa. ouviu aqui serem pedidas pelo Relator, 11, 10 ou 11 já aconteceram. Já aconteceram, com o voto, inclusive unânime, aqui dos nossos membros - todos estão aqui. É importante colocar isso. Nós estamos discutindo aqui, por exemplo, a questão de requerimento sem fundamento. Vamos discutir daqui a pouco um requerimento que é claramente político, para tentar enxovalhar a honra de alguém, que é o requerimento feito contra o Governador, uma convocação contra o Governador. Não se teve sequer a gentileza de transformar em convite, que nós todos votaríamos favoráveis, porque nós não queremos blindar ninguém. (Soa a campainha.) O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Então, quando a gente fala que aponta o dedo para o cisco no olho do nosso vizinho, a gente tem que se lembrar que tem uma trave do tamanho do mundo no nosso olho. Há uma hipocrisia muito forte aqui nesse processo. Quando se apela aqui para que haja serenidade e se debruce sobre os temas que de fato interessam à sociedade... Porque quem nos assiste, Presidente, são os aposentados, são aqueles que foram logrados, são aqueles que querem que nós tenhamos um desfecho, para que aqueles que roubaram a Previdência sejam expostos. Agora, Presidente, não dá para continuar esse processo de blindagem, isso é ruim para todos nós, não é apenas para o Governo, não... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado, Excelência. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - ... em especial para eles, mas para todos nós. (Intervenção fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Encerradas as falas. Determino à Secretaria que abra o painel para a votação em bloco dos itens 149, 152, 153, 156 e 112. Os que mantém os requerimentos votam "sim". Os que pedem a retirada votam "não". Está aberta a votação. (Procede-se à votação.) O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN. Para encaminhar.) - A Oposição orienta "sim", Sr. Presidente. O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - Pela ordem, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, quem pediu pela ordem, Excelência? O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - Deputado... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Malafaia. O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP. Pela ordem.) - Presidente, eu pedi este momento, porque eu queria compartilhar e queria - com todo o respeito que eu tenho a V. Exa., como Presidente desta CPI, num momento tenso - lamentar essa postura, não sei se é diretamente em V. Exa., mas, pelo menos nas redes sociais, que, num momento de articulação, de conversa de bancadas, para tratar dessa votação, a gente tenha esse tipo de divulgação, logicamente, com respeito... |
| R | Eu queria que pudesse filmar, não sei se é possível... A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP. Fora do microfone.) - Sim. O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - É possível destacar aqui? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - É porque o painel fica aberto, Excelência. O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - Perfeito, mas eu queria então, Presidente, com muita preocupação, porque V. Excelência tem um papel de equilíbrio nesta CPMI.... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência. O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - E queria lamentar aqui a postura, porque quando V. Exa. ou a sua assessoria de comunicação, neste momento de articulação, divulga um posicionamento parcial... (Soa a campainha.) O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - ... dizendo que direita e esquerda... A blindagem... Que nós estaríamos procedendo a um processo de blindagem, na sua página. Eu quero aqui deixar o meu desagravo, a minha preocupação. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência. O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - O seu papel fundamental nesta CPMI é realmente apurar, mas não julgar e condenar e, muito menos, do ponto de vista parcial, classificar a posição do Governo, a posição da situação, como V. Exa. tem divulgado na rede social. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência. O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - Então, me parece uma necessidade de equilíbrio na condução da CPMI, de isenção e uma transmissão para fora de que V. Exa. realmente conduz esta CPMI com equilíbrio e isenção. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência. O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - Então, queria aqui pedir a V. Exa. que pudesse levar em conta a nossa... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Já foi retirado, Excelência. Já foi retirado. Eu já mandei corrigir. O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - Muito obrigado. Muito obrigado, Presidente. Acho que não ajuda... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, eu agradeço e peço ao senhor que me desculpe... O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - Pela ordem, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - ... mas já foi retirado. Já determinei lá, imediatamente. Senhores, vamos à votação. A SRA. ELIZIANE GAMA -Bloco/PSD - MA) - Parabéns, Presidente! Parabéns! O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB. Fora do microfone.) - Pela ordem, Sr. Presidente! O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pela ordem, Deputado Zé Trovão. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC. Pela ordem.) - Sr. Presidente... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - Hoje é a última... Pessoal, façam silêncio, por favor, no plenário. (Intervenções fora do microfone.) O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - Mas é toda vez, pô. Tem que ter educação enquanto tem Parlamentar falando. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Por favor, Excelência, dê sequência. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - Sr. Presidente, hoje é a última sessão do ano de 2025... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - ... uma sessão, inclusive, que poderia mudar completamente o rumo do início de 2026. E, agora, vamos, sem pragmatismo, de desinformação, falar o que é notório e está noticiado no Brasil, a começar por esta votação agora. E, como falou muito bem Kim Kataguiri, nós, da extrema direita, ou da direita, ou da oposição, somos acusados, vergonhosamente... (Soa a campainha.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Silêncio, por favor. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - Somos acusados, diuturnamente, vergonhosamente, de defendermos os banqueiros. E, hoje, a digital não é da esquerda. Eu não estou preocupado com a digital da esquerda; a esquerda eu já sei como vota; a esquerda a gente já sabe o que faz. O que está me preocupando aqui hoje são os partidos de centro. Os partidos de centro votarem junto com o PT e com partidos de esquerda, hoje, me preocupam, porque nós estamos vivendo um momento muito calamitoso. Olha só: filho do Lula recebia mesada de um dos maiores criminosos do INSS. E o que vai acontecer na próxima votação com os partidos de centro? Vão votar favoráveis ou vão votar contrários à convocação dele? Eu vou fazer um alerta, e eu não estou ameaçando, mas eu tenho compromisso... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - Eu tenho um compromisso com o meu eleitor. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Para encerrar, Excelência. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - Eu vou fazer um alerta de que estará exposto o nome de cada Deputado... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Para encerrar, Excelência. |
| R | O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - Para encerrar. ... cada Deputado que votar contra a convocação de banqueiros e a convocação do filho do Lula, que roubou, pegou dinheiro público, e também de Jorge Messias. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - Que fique claro isso para o centro. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Está encerrada a votação. Já chegamos ao número máximo. Determino à Secretaria que publique o resultado. (Procede-se à apuração.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Os requerimentos estão rejeitados. Votaram 12 SIM; 19, NÃO. Nenhuma abstenção. Próximo bloco para a votação. Atenção. Estão em votação os itens 1, 3, 4, 10, 11 a 19, 128 a 131, 20, 21, 22, 23, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 33, 43, 113, 114, 124 a 127, 132 a 136, 137 a 140 e o 180. (Pausa.) Me perdoem aqui. Eu vou ler, porque os itens 3 e 4 foram retirados. Esperem aí. (Pausa.) Senhores, eu vou repetir porque há itens que foram destacados separadamente a pedido da oposição. Estou colocando em bloco os itens 1, 10, 11, 20, 21, 22, 23, 25, 27, 26, 28... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Presidente, de novo aconteceu aquela questão da leitura. É 11 a 18, não é 11 e 19. Certo? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Sim. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Desculpe-me interromper, mas só para... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Perfeitamente. Agradeço. O SR. JOSÉ MEDEIROS (PL - MT) - Presidente, pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, só um instantinho. O SR. JOSÉ MEDEIROS (PL - MT) - E possível votar online? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Eu vou colocar em votação. Só um instante. Eu vou repetir. Secretaria, por favor, vamos ficar atentos aqui. Itens 1, 10, 11 a 18, 20, 21, 22, 23, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 33, 43, 113, 114, 124 a 127, 132 a 136, 137 a 140 e o item 180. 1ª PARTE ITEM 1 REQUERIMENTO Nº 2756/2025 Requer que seja solicitado, ao Tribunal de Contas da União, que realize auditoria operacional emergencial referente ao expressivo aumento da fila de espera para análise e concessão de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Autoria: Deputado Sóstenes Cavalcante 1ª PARTE ITEM 10 REQUERIMENTO Nº 24/2025 Requer a quebra do sigilo telemático (institucional) do Sr. Marcelo Oliveira Panella, Chefe de Gabinete do Ex-Ministro da Previdência Social Carlos Lupi e Tesoureiro Nacional do PDT, entre janeiro de 2023 e maio de 2025. Autoria: Senador Izalci Lucas 1ª PARTE ITEM 11 REQUERIMENTO Nº 20/2025 Requer a quebra do sigilo telemático do Sr. Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência Social, entre janeiro de 2023 e julho de 2025. Autoria: Senador Izalci Lucas 1ª PARTE ITEM 12 REQUERIMENTO Nº 126/2025 Requer a quebra dos sigilos bancário e fiscal do Sr. Carlos Lupi, ex-Ministro da Previdência Social, no período de janeiro de 2023 a julho de 2025. Autoria: Senador Izalci Lucas 1ª PARTE ITEM 13 REQUERIMENTO Nº 294/2025 Requer, ao COAF, o envio do Relatório de Inteligência Financeira (RIF) referente ao Sr. Carlos Lupi, ex-Ministro da Previdência Social, abrangendo o período de janeiro de 2023 a julho de 2025. Autoria: Senador Izalci Lucas 1ª PARTE ITEM 14 REQUERIMENTO Nº 1187/2025 Requer, ao COAF, o envio do Relatório de Inteligência Financeira (RIF) referente ao Sr. Carlos Lupi, ex-Ministro da Previdência Social, entre 1º de janeiro de 2023 e 26 de agosto de 2025. Autoria: Senador Marcos Rogério 1ª PARTE ITEM 15 REQUERIMENTO Nº 1188/2025 Requer a quebra dos sigilos bancário e fiscal do Sr. Carlos Lupi, ex-Ministro da Previdência Social, entre 1º de janeiro de 2023 e 26 de agosto de 2025. Autoria: Senador Marcos Rogério 1ª PARTE ITEM 16 REQUERIMENTO Nº 1861/2025 Requer a quebra do sigilo fiscal do Sr. Carlos Roberto Lupi, ex-ministro da previdência social, referente ao período de 1º de janeiro de 2023 a 2 de maio de 2025. Autoria: Deputado Marcel van Hattem 1ª PARTE ITEM 17 REQUERIMENTO Nº 1865/2025 Requer a quebra do sigilo telefônico do sr. Carlos Roberto Lupi, ex-ministro da previdência social, referente ao período de 1º de janeiro de 2023 a 2 de maio de 2025. Autoria: Deputado Marcel van Hattem 1ª PARTE ITEM 18 REQUERIMENTO Nº 1867/2025 Requer a quebra do sigilo bancário do sr. Carlos Roberto Lupi, ex-ministro da previdência social, e, ainda, o envio, pelo COAF, de Relatório de Inteligência Financeira - RIF, referente ao período de 1º de janeiro de 2023 a 2 de maio de 2025. Autoria: Deputado Marcel van Hattem 1ª PARTE ITEM 20 REQUERIMENTO Nº 2576/2025 Requer a elaboração de Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) e a quebra de sigilo bancário e fiscal do Senhor RICARDO BIMBO TROCCOLI, CPF nº 113.964.268-50, referentes ao período de 1º de janeiro de 2019 a 11 de novembro de 2025. Autoria: Deputado Alfredo Gaspar 1ª PARTE ITEM 21 REQUERIMENTO Nº 2610/2025 Requer a QUEBRA DO SIGILO BANCÁRIO E FISCAL do senhor RICARDO BIMBO TROCCOLI, CPF nº 113.964.268-50, Coordenador do Setorial Nacional de Tecnologia da Informação do PT, referentes, respectivamente, ao período de 6 de fevereiro de 2023 a 23 de junho de 2025 e aos anos-calendário 2023 a 2025. Autoria: Deputada Adriana Ventura 1ª PARTE ITEM 22 REQUERIMENTO Nº 2609/2025 Requer a elaboração de RIFs - Relatórios de Inteligência Financeira e que proceda-se à quebra de sigilo bancário e fiscal do Senhor EDGAR LENZI, CPF nº 014.722.399-70, referentes ao período de 1º de janeiro de 2019 a 11 de novembro de 2025. Autoria: Deputado Alfredo Gaspar 1ª PARTE ITEM 23 REQUERIMENTO Nº 2606/2025 Requer a elaboração de RIFs - Relatórios de Inteligência Financeira e que proceda-se à quebra de sigilo bancário e fiscal do Senhor EDSON ANTONIO LENZI FILHO, CPF nº 032.740.359-47, referentes ao período de 1º de janeiro de 2019 a 11 de novembro de 2025. Autoria: Deputado Alfredo Gaspar 1ª PARTE ITEM 25 REQUERIMENTO Nº 2873/2025 Requer a quebra de sigilo telemático do Senhor Roberta Luchsinger, CPF nº 066.040.366-85, referente ao período de 1º de janeiro de 2015 a 10 de outubro de 2025. Autoria: Deputado Marcel van Hattem 1ª PARTE ITEM 26 REQUERIMENTO Nº 2869/2025 Requer que proceda-se à quebra de sigilo bancário da Senhora ROBERTA MOREIRA LUCHSINGER, CPF nº 066.040.366-85, referente ao período de 1º de janeiro de 2015 a 10 de outubro de 2025. Autoria: Deputado Marcel van Hattem 1ª PARTE ITEM 27 REQUERIMENTO Nº 2867/2025 Requer a elaboração de Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) e que proceda-se à quebra de sigilo fiscal da Senhora Roberta Moreira Luchsinger, CPF nº 066.040.366-85, referentes ao período de 1º de janeiro de 2015 a 15 de outubro de 2025. Autoria: Deputado Marcel van Hattem 1ª PARTE ITEM 28 REQUERIMENTO Nº 2871/2025 Requer a elaboração de RIFs - Relatórios de Inteligência Financeira e que proceda-se à quebra de sigilo fiscal do Senhor Leandro Fagner da Fonseca Alves, CPF nº 010.774.054-05, referentes ao período de 1º de janeiro de 2015 a 23 de outubro de 2025. Autoria: Deputado Marcel van Hattem 1ª PARTE ITEM 29 REQUERIMENTO Nº 2870/2025 Requer que proceda-se à quebra de sigilo bancário do Senhor Leandro Fagner da Fonseca Alves, CPF nº 010.774.054-05, referente ao período de 1º de janeiro de 2015 a 23 de outubro de 2025. Autoria: Deputado Marcel van Hattem 1ª PARTE ITEM 30 REQUERIMENTO Nº 2868/2025 Requer que proceda-se à quebra de sigilo telemático do Senhor Leandro Fagner da Fonseca Alves, CPF nº 010.774.054-05, referente ao período de 1º de janeiro de 2015 a 23 de outubro de 2025. Autoria: Deputado Marcel van Hattem 1ª PARTE ITEM 33 REQUERIMENTO Nº 2858/2025 Requer o envio de Relatório de Inteligência Financeira - RIF e a transferência dos sigilos bancário e fiscal de JERONIMO MIRANDA NETTO, CPF nº 377.746.899-15, responsável pela Federação Interestadual dos Trabalhadores Ferroviários - FITF/CNTT/CUT, referentes ao período de 1º de janeiro de 2022 a 27 de novembro de 2025. Autoria: Deputado Alfredo Gaspar 1ª PARTE ITEM 43 REQUERIMENTO Nº 2848/2025 Requer o envio de Relatório de Inteligência Financeira - RIF e a transferência dos sigilos bancário e fiscal da Federação Interestadual dos Trabalhadores Ferroviários - FITF/CNTT/CUT, CNPJ nº 12.675.296/0001-20, referentes ao período de 1º de janeiro de 2022 a 27 de novembro de 2025. Autoria: Deputado Alfredo Gaspar 1ª PARTE ITEM 113 REQUERIMENTO Nº 2740/2025 Requer a quebra de sigilo bancário e fiscal da empresa CONFEDERACAO NACIONAL DOS TRABALHADORES RURAIS AGRICULTORES E AGRICULTORAS FAMILIARES, CNPJ nº 33.683.202/0001-34, referentes ao período de 1º de janeiro de 2015 a 1º de novembro de 2025. Autoria: Senador Rogerio Marinho 1ª PARTE ITEM 114 REQUERIMENTO Nº 2739/2025 Requer a elaboração de Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) da empresa CONFEDERACAO NACIONAL DOS TRABALHADORES RURAIS AGRICULTORES E AGRICULTORAS FAMILIARES, CNPJ nº 33.683.202/0001-34,referentes ao período de 1º de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2018. Autoria: Senador Rogerio Marinho 1ª PARTE ITEM 124 REQUERIMENTO Nº 2611/2025 Requer que seja CONVOCADO para prestar depoimento nesta Comissão Parlamentar Mista de Inquérito - CPMI o senhor RICARDO BIMBO TROCCOLI, Coordenador do Setorial Nacional de Tecnologia da Informação do PT. Autoria: Deputada Adriana Ventura 1ª PARTE ITEM 125 REQUERIMENTO Nº 2586/2025 Requer a convocação do Senhor Ricardo Bimbo, Coordenador do Setorial Nacional de Ciência e Tecnologia/ TI do Partido dos Trabalhadores (PT), para prestar depoimento perante esta Comissão Parlamentar de Inquérito, como testemunha. Autoria: Deputada Coronel Fernanda 1ª PARTE ITEM 126 REQUERIMENTO Nº 2585/2025 Requer a convocação do Senhor RICARDO BIMBO TROCCOLI, coordenador do Setorial de Ciência e Tecnologia do PT, para prestar depoimento perante esta Comissão Parlamentar de Inquérito, como testemunha. Autoria: Deputado Kim Kataguiri 1ª PARTE ITEM 127 REQUERIMENTO Nº 2581/2025 Requer a convocação do Senhor Ricardo Bimbo, coordenador do Setorial Nacional de Tecnologia e Informação do Partido dos Trabalhadores (PT), para prestar depoimento perante esta Comissão Parlamentar de Inquérito. Autoria: Deputado Evair Vieira de Melo 1ª PARTE ITEM 132 REQUERIMENTO Nº 2045/2025 Requer a convocação do Sr. Swedenberger Barbosa, Chefe do Gabinete Adjunto de Gestão Interna do Gabinete Pessoal da Presidência da República. Autoria: Deputado Evair Vieira de Melo 1ª PARTE ITEM 133 REQUERIMENTO Nº 2519/2025 Requer a convocação do Senhor Adroaldo da Cunha Portal, Secretário Executivo do Ministério da Previdência Social, como testemunha. Autoria: Deputada Coronel Fernanda 1ª PARTE ITEM 134 REQUERIMENTO Nº 1899/2025 Requer a convocação do Sr. Adroaldo da Cunha Portal, Secretário Executivo do Ministério da Previdência Social. Autoria: Deputada Bia Kicis 1ª PARTE ITEM 135 REQUERIMENTO Nº 1866/2025 Requer a convocação do sr. Adroaldo da Cunha Portal, Secretário-Executivo do Ministério da Previdência Social. Autoria: Deputado Marcel van Hattem 1ª PARTE ITEM 136 REQUERIMENTO Nº 1726/2025 Requer a convocação do Sr. Adroaldo da Cunha Portal, jornalista. Autoria: Deputado Duarte Jr. 1ª PARTE ITEM 137 REQUERIMENTO Nº 2865/2025 Requer a convocação da Senhora Roberta Luchsinger, para prestar depoimento perante esta Comissão Parlamentar de Inquérito. Autoria: Deputado Marcel van Hattem 1ª PARTE ITEM 138 REQUERIMENTO Nº 2047/2025 Requer a convocação da Sra. Roberta Moreira Luchsinger, empresária. Autoria: Deputada Coronel Fernanda 1ª PARTE ITEM 139 REQUERIMENTO Nº 2024/2025 Requer a convocação da Sra. Roberta Luchsinger, empresária. Autoria: Deputado Evair Vieira de Melo 1ª PARTE ITEM 140 REQUERIMENTO Nº 1606/2025 Requer a convocação da senhora Roberta Moreira Luchsinger, empresária. Autoria: Deputado Alfredo Gaspar 1ª PARTE ITEM 180 REQUERIMENTO Nº 2872/2025 Requer a convocação do Senhor Leandro Fonseca, para prestar depoimento perante esta Comissão Parlamentar de Inquérito. Autoria: Deputado Marcel van Hattem Determino à Secretaria que abra a votação. Os que votam a favor da manutenção votam "sim". O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Mas, Presidente, não tem primeiro a discussão. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Vota "não". A gente vai debatendo, vai debatendo durante a votação. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Não é primeiro a discussão? Como V. Exa. fez anteriormente: primeiro a gente discutiu, depois subiu o painel. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Ah, pois não. Está bem, vamos à discussão. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Presidente, pode ir debatendo durante a votação. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, dá muito tumulto. É melhor nós abrimos para defender e colocar logo. Dessa vez o Governo abre. A Oposição abriu; agora, o Governo. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Quem destaca é que vota... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Marinho, qual... Você fala primeiro? Quem da Oposição falará? O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Da vez passada nós começamos, agora o Governo. Só para alternar. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - É regimental. Quem destaca, vota depois. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Então, tudo bem. Vai ser sempre assim? O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Desde o direito romano. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não. Não é regimental, não, Excelência. Não é regimental, não. Aqui a Presidência vai definir esse rito. Não é regimental. Então, eu dou a palavra ao Governo, por cinco minutos. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Alfredo... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Cinco minutos, Excelência. Quem o senhor determina? O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Eu mesmo. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Então, por favor, cinco minutos para o Deputado Paulo Pimenta. |
| R | O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Governo orienta o voto "não". O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Vai defender a retirada dos requerimentos, Excelência, não? Nós estamos na fase de defesa do requerimento, só isso. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Sim, estou orientando o voto "não". O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Então... O SR. KIM KATAGUIRI (Bloco/UNIÃO - SP. Fora do microfone.) - Não tem argumento... (Intervenções fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, eu estou abrindo a fala para a defesa ou contradição sobre os requerimentos. (Intervenções fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Duas. Cada lado tem duas, cinco minutos de fala cada um. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - É o voto em termos de passagem. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - O senhor não quer falar? O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Não entendi, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, Excelência, nós estamos no encaminhamento das votações. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Perfeito. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Então... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - São cinco minutos eu... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Cinco minutos duas pessoas, cinco minutos duas pessoas... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Entendi. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - ... cada um dos lados. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Está bom. Então eu vou falar. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS. Para encaminhar.) - Sr. Presidente, esses requerimentos - isso é um conjunto de requerimentos -estão fora do escopo da investigação da CPI. Não há nenhum nexo com relação a desconto associativo, não há nenhum nexo com relação a questões que são objeto da investigação da CPI. Vários desses requerimentos têm claramente o objetivo de estabelecer uma forma de tirar atenção daquilo que é o central. E aquilo que é o central a população já sabe. Nós precisamos aqui na Comissão, Presidente, investigar quem são os responsáveis por esse roubo bilionário de que os nossos aposentados, aposentadas e pensionistas foram vítimas. Nós já sabemos que esse esquema criminoso ganha uma dimensão industrial a partir de 2021. Já conseguimos identificar grande parte dos servidores corruptos que contribuíram para que esse crime pudesse acontecer. Já conseguimos identificar boa parte dos supostos empresários - que, na realidade, nunca foram empresários -, jovens bilionários, presidentes de associação de aposentados que roubaram centenas de milhões dos aposentados e pensionistas. Mas precisamos avançar, não é, Presidente? Porque nós sabemos que o decreto, as normas que foram alteradas dentro do INSS e do Ministério da Previdência durante o Governo Bolsonaro é que permitiram que esse roubo acontecesse. E nós temos que saber quem são os agentes públicos. Sabemos do decreto assinado pelo Paulo Guedes, pelo Onyx, pelo Bolsonaro. Sabemos de todas as alterações que foram feitas, inclusive, Sr. Presidente, às vésperas da eleição, para poder cobrar do BPC - até do BPC, Presidente! -, eles estabeleceram o consignado, mas a investigação está andando bem. E nós não vamos desviar o foco dessa investigação. Nós temos clareza de qual é o nosso objetivo, qual é a nossa responsabilidade. E tudo aquilo que estiver em sintonia com o objetivo desta Comissão vai ter o nosso voto favorável. Naquilo que estiver em desacordo, nós vamos votar de forma contrária. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Com a palavra... Senador Rogerio Marinho, quem o senhor determina? O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - O Relator... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Relator Alfredo Gaspar, por cinco minutos. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - ... que é responsável pela maioria desses pedidos. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL. Como Relator.) - Sr. Presidente, primeiro quero prestar solidariedade a V. Exa. pelo equilíbrio e pela honra na condução desses trabalhos. O senhor orgulha Minas e orgulha o Brasil. Segundo, Sr. Presidente, hoje me parece o dia da infâmia nesta CPMI. Eu... Como muitos aqui, praticamente todos temos lado, sim. |
| R | Nós temos preferências políticas, mas o que nós não podemos ter é preferência por bandido. Isso nós não podemos ter! Concordo plenamente com meu antecessor: chega de buscar votar requerimentos sem fundamento; requerimento sem fundamento tem que ser rejeitado! Mas que vergonha: nós rejeitamos aqui o Santander, quase campeão na lista de reclamações de consignados de aposentados e pensionistas. Foi protegido aqui também o PicPay - o PicPay -, que o próprio INSS suspendeu por estar metendo a mão no dinheiro do povo mais sofrido. Aqui também foi protegido, minha gente - que vergonha -, o C6, um dos campeões em reclamações de consignados, ou seja, isso é um dia da infâmia. Tem gente protegendo o sistema financeiro. Vergonha! É agora que nós vemos quem está ao lado do povo ou não, essa é a verdade. E não foi uma discussão da cabeça do Relator, foram a Senacon e o Banco Central que mandaram para cá. Aqui não se escolhe na relatoria a quem investigar. Essa proteção eu espero que a Polícia Federal não faça. Polícia Federal, cumpra o seu papel! Lugar de quem rouba aposentado é na cadeia, inclusive, se for do sistema financeiro, tem que ter um olhar especial. Mas aqui está se votando em bloco. E quem se quer proteger? Por exemplo, Ricardo Bimbo recebeu 11 milhões das associações de Sergipe, duas associações bandidas, Acolher e Universo. (Intervenção fora do microfone.) O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - E quem é Ricardo Bimbo? Secretário Nacional - do PT - de Tecnologia. Vamos dar nome aos bois! Quem se quer proteger? Roberta Luchsinger. Quem é? Foi ela que trouxe Lulinha para dentro do problema, juntamente com a Sra. Danielle Fonteles. Isso é uma vergonha! Quem se quer proteger? Edson Lenzi. Outra vergonha! Nós temos que mostrar quem está mentindo, quem está protegendo; pouco importa se é o filho do Presidente da República ou não. Chega de impunidade! Esse Brasil não aguenta mais. Eu fui procurado, sim, pelos bancos, mas eu disse aos bancos: "Eu sou um homem de palavra, eu faço entre quatro paredes o que eu faço publicamente". Nós escolhemos um lugar. (Manifestação da plateia.) O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - O lugar é ao lado dos aposentados e pensionistas. O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB. Fora do microfone.) - O que os bancos falaram? O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Chega de proteção, chega de proteção! O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB. Fora do microfone.) - O que os bancos falaram? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Por gentileza. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Os bancos falaram que não queriam vir depor e queriam aqui pedir voto para não virem depor. (Intervenções fora do microfone.) O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Eu disse que da minha parte eu iria honrar com o meu compromisso com o povo alagoano e o povo brasileiro. Para mim pouco importa se é CEO de banco poderoso. Aqui é local de esclarecimento. Portanto, para mim é uma vergonha essa blindagem. A outra vergonha é deixar um cidadão que recebeu 11 milhões de aposentados e pensionistas, roubados do povo brasileiro... (Soa a campainha.) O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - ... chamado Ricardo Bimbo, que está nessa relação aqui, como tem outros na relação, como a Roberta Luchsinger, protegida, e o povo brasileiro, passando fome e necessidade, e vendo aqui aqueles que roubaram dinheiro do povo mais sofrido sendo protegidos. Essa vergonha tem que ser exposta. Por isso, é "sim". (Manifestação da plateia.) |
| R | O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Senhores, por favor. Pelo Governo, cinco minutos. Quem o senhor destaca? O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - O Deputado Alencar. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - O Deputado Alencar com a palavra. O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP. Para encaminhar.) - Presidente, eu... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência. O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP) - ... tenho dito, desde o início dos trabalhos, que nós temos que pensar no objetivo e no resultado final do parecer a ser apresentado. Nós não podemos viver de pequenos capítulos, dar uma sensação de que o trabalho está sendo efetivo e, lá na frente, a gente não concluir da maneira adequada, correta e revelar, com muita clareza, com muita prova e robustez, quem de fato roubou e quem eram os verdadeiros sócios ocultos dessa quadrilha que roubou milhões de brasileiros e brasileiras. Acho que esse tem que ser o propósito final da CPMI. Aqui me estranha o Relator, que, no dia da prisão de algumas pessoas, na última operação da Polícia Federal, deu aqui de maneira pública... Ele avisou... O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Presidente, é mentira. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Presidente ... O que é isso, Presidente? O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP) - Fica nervoso, não, Relator. Está em público, está em vídeo. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - O senhor vai permitir isso, Presidente? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - V. Exa. também no início fez a mesma intervenção. Pode continuar. (Intervenções fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Atenção, por favor. Por favor. Mais um minuto para o Deputado Alencar. Com a palavra, Excelência. O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP) - E aí foi dito, em público, que o foragido da Conafer, Presidente, estava em determinado local. E cadê ele? Aí falaram que ele ia ser preso em breve, que ia se entregar, e até agora está foragido. Talvez tenha ido para os Estados Unidos lá encontrar o Bananinha. Pode ser o Ramagem, porque ele sabe que o destino final dele é na cadeia como está o Bolsonaro e como seus filhos golpistas também irão, assim como outros. Então, por favor, comentarista de plantão, fique na sua. Papagaio de pirata, fique na sua. Se quiser, se inscreva e fale. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Por favor, senhores. Por gentileza. O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP) - Então, Presidente... Aliás... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Por favor. O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP) - Aliás, o Relator avisou o caso da Conafer, lembrando que aqui tem um chofer da Conafer. Se a gente ficar aqui aprovando requerimentos vários, diversos, saindo do foco, nós não vamos chegar ao resultado adequado ao final dos trabalhos da CPMI. Tem muita coisa para aprofundar em relação às entidades criminosas que roubaram os aposentados e pensionistas do país; também a relação dos servidores do INSS, que ali montaram um grupo que transpassou gestões, roubou e ajudou, permitiu que essas entidades entrassem; diretores de benefícios, ex-presidentes e outros servidores em cargos estratégicos que ali permitiram que, nessa fraude, nesse roubo, essa quadrilha agisse dessa maneira aliciando pessoas. Nós temos que pegar os responsáveis pelas empresas laranjas utilizadas para lavar esse dinheiro. Agora, nós temos que pegar também quem foi o beneficiário final desse dinheiro, os beneficiários finais desse dinheiro. Aonde chegou lá na ponta? Quais são as figuras, como o ex-Ministro Onix, que recebeu uma doação, que foi Ministro da Previdência e ali nomeou algumas pessoas naquele processo? |
| R | Presidente, peça para os papagaios de pirata... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Por favor, senhores. O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP) - Essa turma não fala, essa turma não pede a palavra, fica tentando aparecer para a rede deles e não quer investigar. Então, desde o início, nós falamos e estamos trabalhando dessa maneira. E a investigação continua por parte da Polícia Federal, diferentemente da Polícia Federal do Governo anterior, que arquivou, mesmo o servidor público ali dizendo que foi ameaçado de morte, porque ele estava impedindo que novas empresas entrassem. Essa Polícia Federal do Governo Lula investigou de maneira independente, autônoma; da mesma maneira, agiu assim a AGU, a CGU. Então, não adianta a gente criar diversão, não adianta a gente querer criar fumaça para todo mundo tirar atenção do essencial, porque nós temos aqui... nós vamos ter os meses de fevereiro e março para a gente poder aprofundar a investigação, ouvindo figuras do INSS e de empresários que roubaram e que ainda não foram ouvidos, para que a gente possa chegar e extrair a verdade. (Soa a campainha.) O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP) - O que interessa às pessoas lesadas, roubadas é a verdade, e é nela que nós temos que chegar. Então, nós temos muita responsabilidade conosco, que estamos aqui nesta CPMI, mas em especial com o povo brasileiro, que espera uma resposta de nós. Então, não adianta agora a gente querer criar, no meio do jogo, outros objetos, outras temáticas que não focam o principal. Parece a vocês, meu amigo e minha amiga que estão nos acompanhando, que eles querem com isso investigar, mas na verdade vão atrapalhar a investigação, porque a turma do Governo Bolsonaro está com muito medo de mais gente ir para a cadeia, no mesmo lugar em que o líder do golpe está. E podem ter certeza de que eles ainda irão também pagar pelos crimes que cometeram contra os senhores e as senhoras que foram lesados. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Muito obrigado. O SR. JOSÉ MEDEIROS (PL - MT) - Ninguém vai devolver os 300 mil? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Senador Rogerio Marinho, quem V. Exa. indica, por cinco minutos, para encerrar? O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN. Para encaminhar.) - Sr. Presidente, eu quero me dirigir a V. Exa. e mais em especial aos nossos pares, que daqui a pouco irão votar. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Não está fazendo bem a esta Comissão que tenhamos que nos debruçar sobre requerimentos - e, pelos mais variados motivos, muitos deles que não têm a ver com a realidade, não têm conexão com os fatos que estão sendo expostos aqui - e nós simplesmente evitarmos que essas pessoas venham a esta Comissão, tenham seus sigilos quebrados, porque o argumento principal é que está fora do escopo, que essas pessoas nada têm a ver com o processo que nós estamos tratando. Nós estamos falando, por exemplo, do Sr. Leandro - o Sr. Leandro Fonseca esteve naquela famosa foto que foi exibida aqui, por diversas vezes, naquela reunião onde o Careca estava, acho que em janeiro de 2023 -, e esse cidadão, trinta dias depois, recebe R$50 mil na sua conta - isso foi revelado pelo RIF, pela quebra do sigilo. E o Governo quer impedir que esse cidadão venha a esta Comissão prestar esclarecimentos. Nós estamos falando aqui do Bimbo, que é o cidadão que recebeu, através de umas empresas do Careca, de umas empresas ligadas ao pessoal do Sergipe, R$11 milhões. E qual é a relação desse cidadão? O recurso é oriundo de descontos associativos, e ele já prestava um serviço anteriormente ao Partido dos Trabalhadores. Tudo se conecta. |
| R | Há a questão da Sra. Roberta Luchsinger, que também esteve diversas vezes acompanhando o Sr. Camilo em encontros, em ministérios ligados a este Governo. E é uma pessoa que, ao que consta, está dentro desse processo, porque os recursos que foram aplicados nessa ação são oriundos dos descontos associativos. Mas eu fiz aqui uma relação rápida, são mais de 30 requerimentos, não vou nem me deter sobre todos eles, mas o mais importante é o padrão, Sr. Presidente. Veja que, de repente, se fala aqui: "Ah, porque o Ministro Onyx recebeu o dinheiro". Foi um dinheiro que ele recebeu dentro da sua campanha, e o cidadão que fez a doação registrou essa doação; ao contrário dos 50 mil que esse assessor que estava na reunião, que era ligado ao pai do atual Ministro, recebeu de maneira graciosa, sem nenhum registro. Por que ele recebeu esse dinheiro? Qual foi a motivação de participar da reunião e receber um jetom de R$50 mil? É inexplicável. E por que ele estava nesta reunião? O que ele estava fazendo lá? Já que, formalmente, o único vínculo que ele tinha era com o pai do atual Ministro. E, vejam, nós representamos contra a questão que ocorreu na semana passada, que foi publicizada, que foi aquela licitação de cento e trinta e tantos milhões de reais, de 135, de um cidadão que é de Caruaru, da terra do pai do Ministro, e que, coincidentemente, no dia do pregão, estava no ministério de 10h da manhã às 5h da tarde, e esteve na agenda pública do Ministro com ele. Então, são as pedras desse tabuleiro que estão se encaixando. Aí se fala: "Ah, o Bolsonaro está preso". Não se diz que o Bolsonaro está preso, porque nada tem a ver com isso aqui, por um crime político. E já que a gente vai tratar de prisão, o ex-Presidente Lula foi preso por corrupção passiva e por lavagem de dinheiro. Então, são situações que, necessariamente, deveriam ser deixadas de lado nesse processo. O que a gente quer saber, realmente, e a blindagem está nos impedindo, é que nós tenhamos um desenho, uma nitidez sobre o que está ocorrendo. Então, eu faço um apelo aos Srs. Deputados e Senadores, que... (Soa a campainha.) O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - ... independente do partido político, da posição que eles têm, da missão que eles têm que cumprir - e respeito isso, faz parte da política -, que eles entendam que a gente precisa dar satisfação aos brasileiros, principalmente aqueles que foram lesados, roubados, espoliados, enganados, e agora servem como se fosse uma massa de manobra numa narrativa política de que este Governo descobriu o roubo, é mentira, de que este Governo combateu o roubo, é mentira, e de que este Governo está devolvendo o dinheiro, como se o dinheiro fosse deles. Então, isso precisa ficar claro para quem está nos assistindo, para quem está nos vendo neste momento. Por isso, Sr. Presidente, é que nós orientamos e solicitamos aos nossos pares que votem favorável para que esses requerimentos sejam aceitos e as quebras e convocações ocorram. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado. Coloco em votação, em bloco... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Oriento o voto "não". O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - ... os itens 1, 10, 11 a 18, 20, 21, 22, 23, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 33, 43, 113, 114, 124 a 127, 132 a 136, 137 a 140, e o item 180. A votação está aberta. (Procede-se à votação.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Como encaminha, Líder Paulo Pimenta? O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS. Para orientar a bancada.) - Encaminho o voto "não", Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Como encaminha, Líder Rogerio Marinho? O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN. Para orientar a bancada.) - O voto "sim", Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Está aberta a votação, Srs. Parlamentares. |
| R | O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB) - Presidente, posso falar pela ordem agora? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Cabo Gilberto, pela ordem, dois minutos. O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB. Pela ordem.) - Srs. Parlamentares, eu fico questionando, Sr. Presidente, com todo o respeito aos Senadores... O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG. Fora do microfone.) - Ele não é da Comissão, não. O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB) - ... com todo... O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG. Fora do microfone.) - Não é da Comissão, não. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, Excelência, mas as pessoas que não são membras podem falar... O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB) - Se o senhor olhar ali, de Deputados - bloco, quem não era para estar ali era o senhor, que está no bloco do centrão ali, ó. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Sr. Cabo, por gentileza. Dois minutos, por gentileza. O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB) - Tá. Volta um tempinho, por favor, que ele me atrapalhou, Sr. Presidente, por gentileza. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Dois minutos. O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB) - Srs. Parlamentares, eu faço o questionamento, Sr. Presidente, a V. Exa., que é Senador da República, a todos os Senadores, a todos os Deputados. Isso é com todo o respeito. Com as decisões recentes, Sr. Presidente, a população está nos questionando, na rede social de V. Exa. e dos Parlamentares aqui, de todos, sem exceção, perguntando, Sr. Presidente: para que Deputado? Para que Senador? Muita gente falando na imprensa, muita gente falando nas redes sociais, com entrevistas: "Eu vou jogar meu título fora". O que o Ministro Gilmar Mendes fez ontem, Presidente, é de uma gravidade jamais vista na história da República Federativa do Brasil, desde a Independência, em 1822. O Ministro rasgou uma lei de 75 anos. O Ministro rasgou o poder do Senado Federal, estipulado no art. 52 da Carta Magna. E a gente vai ficar passivo até quando? Eu sei que os Senadores falaram ontem, eu sei que os Deputados falaram nas redes sociais, mas só falar não basta. Temos que fazer algo. A Câmara dos Deputados está sendo omissa, porque não votou a PEC 8 ainda, com relação às decisões monocráticas, principalmente quando interferem no Poder Legislativo, que é o poder que emana do povo através do voto popular, Sr. Presidente. Então, eu pergunto aqui aos senhores, fazendo parte aqui da Comissão, na data de hoje, a última sessão do ano, para que possamos fazer uma reflexão e votarmos urgentemente medidas para que possamos restabelecer o equilíbrio entre os Poderes. Hoje, Sr. Presidente, até os Parlamentares de esquerda, que eu conversei com vários - e eles não falam abertamente porque não podem, porque o STF está favorecendo a narrativa deles -, eles dizem que há exagero. A grande imprensa brasileira hoje está vendo que há exagero. Tarde demais, Sr. Presidente. As ditaduras chegam, a gente só não sabe quando elas saem. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Está encerrada a votação. (Intervenções fora do microfone.) O SR. JOSÉ MEDEIROS (PL - MT) - Presidente, pela ordem. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Presidente... O SR. JOSÉ MEDEIROS (PL - MT. Pela ordem.) - Só pode votar... Presidente, só pode votar online quem registrou presença aqui, na Comissão? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Exatamente, Excelência. O SR. JOSÉ MEDEIROS (PL - MT) - É porque eu estou aqui desde as seis da manhã... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, quem registrou presença pode votar online, quem não registrou... O SR. JOSÉ MEDEIROS (PL - MT) - Sei. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Presidente... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Calma! Tudo bem, Deputado Bruno, vou dar o tempo para que V. Exa. possa votar. O SR. JOSÉ MEDEIROS (PL - MT) - Mas a minha pergunta é a seguinte... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Mas, Presidente, abriu o resultado já. O SR. JOSÉ MEDEIROS (PL - MT) - Mas a minha pergunta é a seguinte, Presidente... É que eu estou aqui desde as seis da manhã e eu não vi o Senador Jaques Wagner ali. Como é que ele pode ter votado? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Senhores, por favor. Deputado Bruno, V. Exa. pode declarar o voto abertamente, por favor, que eu peço à Secretaria para constar nas atas o seu voto. O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB) - Registe meu voto "sim", Presidente, porque eu falei, e não deu para votar. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Tá, pois não. O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB) - Deputado Gilberto. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Cabo Gilberto. Determino à Secretaria o registro do voto "sim". Deputado Bruno. O SR. BRUNO FARIAS (Bloco/AVANTE - MG. Fora do microfone.) - "Não." O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Deputado Bruno, voto "não". (Procede-se à apuração.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Portanto, estão rejeitados os requerimentos. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Sr. Presidente, eu não entendi. Após a declaração do término da votação, aí houve a inserção para quem votou depois? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Eu posso colocar, Excelência. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Mas após V. Exa. ter declarado o encerramento? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - De toda maneira... Pode, pode. Não conta no placar, mas registra na ata, Excelência. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Presidente... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Está rejeitado de qualquer maneira. Estão rejeitados. |
| R | Votação dos itens destacados: 3 e 4, 19, 128, 129, 130 e 131. 1ª PARTE ITEM 3 REQUERIMENTO Nº 2721/2025 Requer que sejam prestadas, pelo Diretor-Geral da Polícia Federal, informações sobre as listas completas dos passageiros do voo JJ 8148, com origem Guarulhos (GRU) e destino Lisboa (LIS), da companhia aérea LATAM, nos dias 05, 06, 07, 08, 09 e 10 de novembro de 2024. Autoria: Deputada Bia Kicis 1ª PARTE ITEM 4 REQUERIMENTO Nº 2722/2025 Requer que sejam prestadas, pelo CEO da LATAM BRASIL, Jerome Cadier, informações sobre as listas completas dos passageiros do voo JJ 8148, com origem Guarulhos (GRU) e destino Lisboa (LIS), da companhia aérea LATAM, nos dias 05, 06, 07, 08, 09 e 10 de novembro de 2024. Autoria: Deputada Bia Kicis 1ª PARTE ITEM 19 REQUERIMENTO Nº 2566/2025 Requer a elaboração de Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) e que proceda-se à quebra de sigilo bancário e fiscal da Senhora DANIELLE MIRANDA FONTELES, CPF nº 512.936.171-72, referentes ao período de 1º de janeiro de 2019 a 11 de novembro de 2025. Autoria: Deputado Alfredo Gaspar 1ª PARTE ITEM 128 REQUERIMENTO Nº 2077/2025 Requer a convocação da sra. Danielle Miranda Fonteles, publicitária e ex-proprietária da Pepper Comunicação Interativa. Autoria: Deputado Beto Pereira 1ª PARTE ITEM 129 REQUERIMENTO Nº 2072/2025 Requer a convocação da Sra. Danielle Miranda Fonteles, ex-publicitária do PT. Autoria: Deputado Carlos Jordy 1ª PARTE ITEM 130 REQUERIMENTO Nº 2066/2025 Requer a convocação da Senhora Danielle Miranda Fonteles, responsável pela Pepper Comunicação Interativa. Autoria: Deputado Marcel van Hattem 1ª PARTE ITEM 131 REQUERIMENTO Nº 2064/2025 Requer a convocação da Senhora Danielle Miranda Fonteles, responsável pela Pepper Comunicação Interativa. Autoria: Deputado Kim Kataguiri Vou repetir. Itens destacados separadamente: 3, 4, 19... O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP. Fora do microfone.) - Presidente, pela ordem. Desculpa... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência. O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP. Fora do microfone.) - É sobre a votação. Desculpa. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Só um pouquinho, Presidente. Pela ordem. O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP. Pela ordem.) - Nós tivemos, pelo painel, dois Deputados suplentes que votaram. Isso, no bloco de Deputados, porque o Deputado Duarte não votou, e o Deputado Albuquerque não votou. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Certo. O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP) - Só que os votos foram ditos aqui. Deu 32 votos. Mas V. Exa. não conta. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não. O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP) - Então? Então, tem... Se deu 17 a 15... O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Mas deu 16 a 14. Agora, por isso que eu... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Mas foi rejeitado de qualquer maneira, Excelência. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Por isso, Presidente, que eu peço... (Tumulto no recinto.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, vai constar o que está no painel e na secretaria, os votos dos Parlamentares separados, mas os requerimentos foram rejeitados. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - É que, Presidente, se o titular votou, no caso do Bruno, o voto do suplente não pode ser computado. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Sim. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Correto? O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Por isso, Sr. Presidente, que, depois que V. Exa. anunciou o resultado da votação, não poderia ter esse tipo de cessão. Olha aí... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Senhores, a votação de suplente sempre foi feita... O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Depois que ele declarou o encerramento da votação, não poderia ter esse tipo de cessão, porque gera essa confusão. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Mas tudo bem... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Eu só vou pedir para esperar todo mundo votar, na próxima. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. Na próxima. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - A gente pode registrar a intenção que votaria, não... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Na próxima, antes de encerrar a votação, e eu vou dar mais tempo, para que possam colocar. O.k.? Estão em votação... (Procede-se à votação.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Senhores, vão ser votados os itens 3 e 4, 19, 128, 129... Cadê a listagem, Excelência? Deputada Adriana Ventura, cadê a listagem de V. Exa.? Dos votos, dos itens... Peça à sua assessoria para providenciar para a senhora. Pois não. (Pausa.) Estão no computador também. (Intervenção fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - O senhor quer que vote separado, Excelência? Então, última forma. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Presidente... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Combinaram que iriam votar os dois juntos, num bloco. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não. (Tumulto no recinto.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, não, não... Desse até nós não tivemos um acordo definitivo. Vou seguir aqui. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Então, vamos votar o que nós tínhamos combinado, depois se votam esses que entraram depois. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Mas esses que entraram agora são os últimos, Excelência. Os demais todos já estão votados. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - O Líder Pimenta estava aqui... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Não, Presidente... O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - ... e aceitou a... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - ... tem que votar os que nós destacamos. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Ah, não... São os primeiros que o senhor quer? O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - É, votar antes. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Tudo bem. Não vejo problema algum. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Aí a ordem, tudo bem. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Tudo bem. Farei a votação. Vou colocar em votação... Só um minutinho... Vamos recomeçar, para não ter dúvidas. Coloco em votação o item 167, convocação do Governador Zema para esta CPMI. Antes de iniciar as palavras e a votação, eu quero citar aqui ofício enviado pelo Governador Romeu Zema a esta CPMI, com os seguintes termos: "O Governador não participa, desde 2018, da administração da Zema Crédito, Financiamento e Investimento S.A. O período do pedido de RIF apresentado perante a Comissão, Requerimento 2.744, abrange a gestão de diretores estatutários sem vínculo familiar com o peticionário. Não tem esclarecimentos acerca das atividades da Zema Crédito, os quais podem e devem ser prestados pela diretoria da companhia". São os termos da carta enviada pelo Sr. Governador Romeu Zema, que também é minoritário... Está colocado aqui. Abro a palavra ao Governo, por cinco minutos... A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP. Fora do microfone.) - Ao Governo? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Desculpem-me. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Ao Governo, é, Pimenta? Agora sim! O Governo a partir de janeiro de 2027, Presidente. |
| R | O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Abro a palavra ao Líder da Oposição, Rogerio Marinho. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Cronologicamente... Agradeço a V. Exa. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - É o senhor ou a Adriana que vai falar, Excelência? O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Você quer começar? (Intervenção fora do microfone.) O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - O.k. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Cinco minutos, Deputado Adriana Ventura. A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP. Para encaminhar.) - Presidente, obrigada. Eu gostaria de começar, assim, mostrando o meu... Acho uma descortesia, não posso deixar de falar isso, porque a gente sempre primou pela transparência. Esse é o lema do meu mandato, é o lema do Novo. Então... E o Governador Romeu Zema, inclusive, o estado dele, pela Controladoria-Geral da União, é o estado mais transparente do Brasil. Então, primeiro eu quero expressar minha indignação pela descortesia. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Vou pedir silêncio, por favor. A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP) - A gente foi cortês com tantos bandidos aqui, que vieram a convite, agora com o Governador... Eu mandei para a V. Exa., inclusive, a decisão aqui do STF, da Rosa Weber, falando justamente que Chefe de Poder Executivo tem prerrogativas, mas, como eu disse, como o Novo é muito a favor de transparência, ele viria de livre acesso. Então, isso, primeiro, foi descortês; dá para ver que é uma política rasteira - rasteira -, digna de um estado em que o Governador faz uma excelente política. Mas, voltando aqui, nós queremos muito que o Governador Zema venha, sabe por quê? Para mostrar a roubalheira do Governo anterior do PT, do Pimentel, que descontou 1 bilhão - 1 bilhão - de servidores, em consignados, e depois colocou esses servidores no Serasa e no SPC. A gente quer muito que o Governador Zema venha para mostrar como é que se faz política, para mostrar como é que faz o estado ser mais transparente. Ele se colocou à disposição para ser convidado e para vir aqui, e virá com o máximo prazer. A gente quer transparência, e é por isso, inclusive, que a gente vota a favor. Agora, eu quero ver aqui, o pessoal aqui de trás, que quer fazer uma cortina de fumaça para esconder o roubo dos aposentados, que foi o PT que fez. Deixe-me deixar claro, para mostrar que essa convocação é uma baixaria, para esconder isso daqui, Presidente, para esconder a vergonha do filho do Presidente da República, Lulinha, que recebe R$300 mil de mesada do Careca do INSS... Uma vergonha, uma coisa que envergonha qualquer um. Lulinha está envolvido até o pescoço nessa CPMI, tanto assim que fugiu para a Espanha. Fugiu, é um foragido o filho do Presidente. Uma vergonha. É por isso que estão tentando blindar a vinda do Lulinha aqui. Blindaram o Edson Claro, blindaram todos. Agora, eu faço questão, depois, de ler quem votou contra todas as convocações anteriores. Eu vou ler nome a nome, porque estão blindando o bandido, é isso que estão fazendo. Então, o povo que vem aqui só para passar pano, passa pano em bandido... E todo o Brasil sabe que o filho do Presidente da República recebe mesada de operador do INSS e fugiu para a Espanha. O Brasil está vendo esse espetáculo horroroso de novo, o Brasil está vendo que eles estão blindando todo mundo. Agora chegam e querem colocar o quê? O Governador Zema. O Governador Zema, que não tem nada a esconder, Governador Zema que é do estado, que mostra que Minas Gerais é o estado mais transparente; o Governador Zema, que não deve nada e vem aqui, e, de livre e espontânea vontade, ele tinha se colocado à disposição. O Novo quer transparência. A gente vai votar a favor da convocação de qualquer pessoa aqui, qualquer pessoa, porque ninguém tem bandidinho de estimação. |
| R | E para os colegas que votaram para não convocar todo o bloco anterior, o Brasil sabe quem blinda quem. (Soa a campainha.) A SRA. ADRIANA VENTURA (NOVO - SP) - O Brasil agora sabe, e os nomes de vocês vão estar estampados em todos os lugares, mostrando que o que vocês querem é blindar bandido. Todos os caminhos levam ao PT, todos os caminhos levam ao Lulinha. Agora, é com vocês, gente. Agora eu quero ver, na próxima, depois disso daqui, de todo mundo que fala que o Governo Lula resolveu, eu quero saber se vocês vão blindar os R$300 mil da mesada do Careca do INSS, que dava para o filho do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Presidente, eu aqui quero falar que nós queremos que o Zema venha para mostrar a roubalheira do Estado de Minas Gerais, ele que ganha, ele que é pré-candidato à Presidência, com muita honra, ganha do Governador Lula no Estado de Minas Gerais. Nós votaremos "sim" a essa convocação - "sim" a essa convocação. Obrigada, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pelo lado do Governo, Excelência, quem o senhor destaca? O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG) - Sou eu. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Deputado Rogério Correia, por cinco minutos. O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG. Para encaminhar.) - Presidente, primeiro, quero agradecer, então, o voto também dos membros do Partido Novo. Espero que todos aqui também, da oposição, votem a favor, então, do requerimento, o que já foi anunciado pela Deputada. Então, eu quero - eu quero apenas - reforçar o voto "sim", para que o Governador Zema venha aqui, e quero explicar os motivos. Não há nenhuma perseguição política. Eu acho que perseguição política é o que tem sido feito aqui com o irmão do Lula, o filho do Lula, e, agora mesmo chamam, viúva do Lula. Isso é perseguição política. Não tem nada a ver um assunto com o outro em relação ao INSS, em relação ao consignado, e querem chamar apenas politicamente. Disso nós estamos vendo vários exemplos. É o que, infelizmente, a oposição está fazendo aqui: está desvirtuando o assunto da CPMI para virar um assunto político. Isso eu realmente não faço, por isso o requerimento que fiz foi para convocar alguém... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Por favor, senhores. O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG) - ... que está exatamente dentro do escopo da CPMI e vou mostrar por que nesse tempo que eu tenho. O Governador Romeu Zema saiu... Aliás, ele enviou um ofício pedindo para não vir. O Presidente leu aí. O Governador Zema está com medo de vir, já pediu para não vir, mas, como os próprios Deputados e Deputadas vão votar a favorável, eu fico mais tranquilo. Por que ele precisa vir? Ele disse que saiu da financeira Zema, que é a financeira da família dele, em 2018; é verdade, em 22/10/2018, depois das eleições. É claro! Ele não poderia ser dessa financeira para estar no Governo do Estado; por isso ele saiu. Mas eu queria dizer a vocês que ele ainda mantém 16,41% das ações; o pai dele, 51% das ações; o irmão dele, Romero Zema - o pai é o Ricardo Zema - , 16,41%; e a Luciana Zema, que é a irmã, 16,18%. Se vocês somarem, 100% é da família Zema. Me parece aquelas empresas... Esse aqui é o Zema, ó! Me parece aquelas empresas, Relator, que o senhor faz ali e coloca parente não sei o quê, irmão não sei o quê, irmã não sei o quê, filho não sei o quê. Aqui é o Zema com a financeira dele. |
| R | Presidente, quando chegou, também, exatamente nessa data de 2018, quando ele saiu da financeira, foi quando ele recebeu do Governo Bolsonaro a tarefa de fazer com consignados do BPC, os mais pobres de Minas Gerais - este Zema aqui ó! -, e também do Auxílio Brasil, para que passassem a ter consignados dessa financeira, de que a família tem 100% das ações e ele era o Diretor Presidente. Ele saiu exatamente, Presidente, para poder ficar, depois das eleições, livre disso, mas, quando foram quatro anos depois, estava ele ainda, evidentemente, dentro da Financeira Zema, onde 100% são da família dele, fazendo consignados. O que tem de reclamação de consignados! É importante. Será que foi ele que negociou esse ACT? É isso que nós queremos saber. Quem negociou com a Financeira Zema? São só 11 financeiras, além da Caixa Econômica. Quem colocou a Financeira Zema lá? Isso a gente quer saber, não pode blindar, fazer blindagem disso, assim como não pode blindar várias outras financeiras que estão servindo de lavagem de dinheiro. Essa é uma delas, eu desconfio, e tem elementos para isso. Quando o Governador Zema vier, nós faremos... Infelizmente, entrou aqui não quebrar o sigilo da financeira por uma artimanha que o Senador Líder da Oposição fez para incluir o Zema na blindagem - que ele fala que era blindagem. Aí ele incluiu o Zema lá dentro, exatamente para não quebrar, porque ele fala que é blindagem. Então, veja bem... (Soa a campainha.) O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG) - Tem ainda várias outras, como Clava Forte Bank, WG Bank, BVK Invest, OBM Bank, Master, Rende Bank... São todas financeiras pequenas que estavam a serviço das entidades que roubavam dinheiro dos aposentados. Então, este Zema aqui... Por isso é que ele está tremendo de medo de vir, por isso é que ele escreveu um ofício para poder não vir - está aí com a V. Exa. - pedindo aos advogados dele que não viesse. Eu pediria a V. Exa. que cuidasse bem da convocação. Nós precisamos aprovar a convocação do Zema. Não é possível ficar blindando pessoas que faziam desconto de BPC e de Auxílio Brasil em véspera de eleição. Foram 9 bilhões! Quero saber quantos foram da Financeira Zema, lá em Minas Gerais, mas deve ter ficado próximo, Presidente, de R$1 bilhão, pelo menos, da Financeira Zema, pois, hoje - e aqui eu termino -, para o senhor ter uma ideia, ainda 34% do que existe na financeira são de crédito consignado. É isso. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência. Pela Oposição, segunda fala, Senador Rogerio Marinho, cinco minutos. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN. Para encaminhar.) - Sr. Presidente, eu estava tentando extrair alguma - como é que eu posso dizer? - coerência no que ouvi, mas é tão confuso, tão contraditório, que eu preciso esclarecer a quem está nos acompanhando o que aconteceu agora. Eu pedi o requerimento. O requerimento, se você espremer as quatro páginas aqui, se espremer, fizer um suco, dá duas linhas. E as duas linhas são o seguinte: "eu quero convocar o Governador, porque politicamente eu faço oposição a ele no meu estado". Bom, primeiro, eu quero explicar aqui a quem nos ouve, a quem nos assiste que qualquer cidadão que exerce um cargo público como Governador de estado, necessariamente, obrigatoriamente, se afasta das empresas que ele tinha. Primeiro ponto. Então, ele se afastou das empresas para assumir o Governo do Estado de Minas Gerais. E todos nós temos uma vida, porque quem é político profissional, que só vive da política a gente tem que olhar de esguelha. Cada um de nós tem uma profissão. Alguém foi sindicalista a vida inteira, alguém foi pelego a vida inteira, alguém trabalhou numa instituição financeira, alguém trabalhou como empresário, como comerciante, como economista, como assessor... É assim que a vida é. É assim que a lei determina. |
| R | "Ah, por que esse ACT foi feito e quem foi que deu causa a ele?" Quem era o Presidente da República em 2025, Sr. Presidente? Está lembrado? Porque em 2025 foi renovado esse ACT. Eu acho que era o Senhor Lula, né? "Puxa, vamos trazer o Senhor Lula aqui". "Vamos trazer o Presidente do INSS do Senhor Lula aqui". Não, não precisa, ele já foi preso. (Risos.) Então não precisa. Vamos ficar tranquilos porque me parece que a Justiça já andou de forma mais célere, prendendo bandidos ligados ao Partido dos Trabalhadores e ao Governo atual. Então, pelo menos com isso a gente não vai ter problema. Eu escutei alguém aqui dizer: "Olha, vocês estão querendo blindar as financeiras". Gente, eu estão lembrados de uma votação que aconteceu, sei lá, 30 minutos, 20 minutos atrás? Quem blindou o quê? Eu votei favorável para que se quebrasse o sigilo. O que nós pedimos foi por uma questão de coerência, que todo o conjunto de bancos e financeiras que estavam sendo excepcionalizados fosse no mesmo bloco. Só isso. E votei favorável. Quem votou contra, inclusive, foi quem falou antes. E está falando em blindagem... Desculpem, eu estou só querendo esclarecer às pessoas que estão nos ouvindo agora, nos assistindo que esse "samba do crioulo doido", como se diz, ou esse cipoal de contradições, tem que ter algum nexo, tem que ter algum fio condutor. E o fio condutor, Sr. Presidente, é que é um esforço, mas é um esforço grande deste Governo de defender o que não pode ser defendido. O aposentado brasileiro foi assaltado, foi roubado, foi surrupiado, foi retirado da situação em que ele estava, no conforto da sua aposentadoria, suada, por sindicatos e associações picaretas que, dentro do INSS, se conluiaram para praticar um crime. E existem, Sr. Presidente, governos que combatem o crime; e existem governos que são coniventes, que são cúmplices, que são roubados. Depois o que é que aconteceu? O Governador Zema já nos disse, em várias oportunidades, que não tem dificuldade de aqui vir, de conversar conosco, de dar os esclarecimentos que forem necessários, porque ele não está acima da lei. Agora, Sr. Presidente, quando a gente fala de fora do escopo, aí está uma ação fora do escopo, claramente com viés político. Não há uma prova, não há um vínculo, não há um nexo, não há uma referência, apenas uma vontade de se fazer a política no estado. (Soa a campainha.) O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - E isso, por si só, vai na contramão sobre o que nós estamos aqui debruçados. Aliás, o ofício que V. Exa. leu e que foi dito aqui, que se pede para não vir, ele pede para requerer o indeferimento do pedido formulado, que foi de convocação e de quebra. Por que ele tem que ser convocado? Ele é Governador do estado, ele deveria ser convidado, até por um gesto de gentileza e respeitando a lei. Foi isso, ele disse que quer como convidado e, convidado, ele viria. Aliás, nós fomos orientados aqui pelo Bloco do Novo, que representa o Governador aqui, de votarmos favoráveis. Então, nada se tem a esconder; ao contrário do açodamento, do desequilíbrio, da ânsia que nós vemos aqui naqueles que defendem o Governo, de votarem por uma blindagem dos que claramente tem a ver e precisam dar esclarecimento nesta Casa a respeito dos graves crimes que foram cometidos contra o aposentado brasileiro. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado, Excelência. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Presidente... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Cinco minutos, Líder Paulo Pimenta. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS. Para encaminhar.) - Na medida em que a própria Oposição já anunciou que vai votar favorável ao nosso requerimento, eu abro mão e peço que V. Exa. encaminhe a votação. (Intervenção fora do microfone.) O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Nós votamos favorável, se V. Exa. quiser declarar unanimidade... |
| R | O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Podemos levar... A SRA. BIA KICIS (PL - DF. Fora do microfone.) - Eu voto contra essa palhaçada... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Só um instante... A SRA. BIA KICIS (PL - DF. Fora do microfone.) - ... eu não vou votar palhaçada, não. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Só um instante, por favor. Pergunto ao Líder Rogerio Marinho se podemos, então, votar por consenso. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Sim, por mim sim, mas eu acho que a Bia quer registrar o voto. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Só que... Só um instante. (Intervenção fora do microfone.) O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Pode ser. Eu proponho, inclusive, Presidente, que, até num gesto de consenso entre nós, passe a ser um convite; o Governador não está se negando a vir... (Intervenções fora do microfone.) O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Pergunte ao... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não... O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN. Fora do microfone.) - Eu sou favorável, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - O senhor concorda, Líder Pimenta? O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Não. (Intervenção fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Então, votação simbólica... A SRA. BIA KICIS (PL - DF) - Pela ordem, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Só um instante. Só um instante. O item 167 será votado simbolicamente. Os Parlamentares que são contrários se manifestem. (Pausa.) Bia Kicis, voto contrário. Está aprovado o Requerimento 167... A SRA. BIA KICIS (PL - DF. Fora do microfone.) - Presidente, só um minutinho... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. Com voto contrário da... A SRA. BIA KICIS (PL - DF. Pela ordem.) - Eu quero me manifestar aqui e dizer o seguinte: eu me sinto muito livre porque eu não tenho nenhuma relação com o Governador Zema, não sou do Novo, mas eu não gosto de palhaçada, e eu acho que o tempo em que nós estamos aqui é o tempo em que os aposentados esperam de nós algo efetivo. Então, trazer aqui o Zema para nada, ainda sendo descortês e descumprindo tudo o que foi feito aqui, combinado antes, que Ministros, pessoas viriam sempre convidadas... Nós honramos o que a gente faz; agora, querer que o PT honre qualquer coisa é difícil. Então, eu quero só registrar que sou contra porque isso não passa de uma grande pa-lha-ça-da. Obrigada. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Senadora Damares Alves. A SRA. DAMARES ALVES (Bloco/REPUBLICANOS - DF) - Presidente... Presidente... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Eu vou deixar a palavra... Dois minutos. A SRA. DAMARES ALVES (Bloco/REPUBLICANOS - DF) - Obrigada, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência. A SRA. DAMARES ALVES (Bloco/REPUBLICANOS - DF. Pela ordem.) - Eu estou tão angustiada com essa convocação do Governador Zema. Nós sonhamos tanto com uma CPMI com respostas, e a gente vê a base de Governo com medo, porque Zema pode ser Presidente do Brasil, e querer trazê-lo aqui para desgastá-lo. Não tem outro objetivo. Então, eu precisava consignar essa minha indignação com relação à convocação. Não deram nem a liberdade de convite: convocação a um homem que possivelmente, caso o meu grande Líder não seja elegível, pode ser Presidente do Brasil. É desespero da esquerda. Está consignada a minha indignação. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Dois minutos, Senador Eduardo Girão. O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE) - Presidente... (Intervenções fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Só um instante. Eu vou abrir... Não, não tem votação. Já está aprovado, simbólico. (Intervenções fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, já está aprovado. Eu vou dar a palavra aos Parlamentares por dois minutos, Excelência... O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE) - Presidente... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - ... só um instante. O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE) - ... a família do pai... (Tumulto no recinto.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Eu vou dar a palavra aos Parlamentares. Dois minutos, Senador Girão. O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE. Pela ordem.) - A família do pai dos pobres está toda enrolada com o roubo dos pobres. Presidente, isso é muito grave... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG. Fora do microfone.) - Eu vou dar a palavra. O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE) - ... isso não é trocadilho... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG. Fora do microfone.) - Mas já aprovou o requerimento. O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE) - ... isso é para esfregar na cara de quem tinha dúvida do que vem aparecendo nesta Comissão desde o início. É importante, Sr. Presidente... A palavra hoje do Brasil chama-se "blindagem", desde ontem só se fala em blindagem. Aqui nesta CPI a gente fala desde o começo. O que é que está aqui no pai dos burros? "Blindagem: significa ação ou efeito de proteger algo ou alguém geralmente através de um investimento resistente ou um conjunto de medidas protetoras". Eu nasci para ver o PT... (Soa a campainha.) O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE) - ... a tropa de choque do Governo Lula, blindar bancos aqui. Já blindaram o Frei Chico, já blindaram o sócio do Careca do INSS, daqui a pouco vão blindar o Lulinha, que recebeu R$300 mil de mesada - mensal - e está na Espanha. |
| R | Sr. Presidente, eu quero, nesses 30 segundos aqui que me faltam: a palavra "blindagem" é um regime que o Brasil vive hoje, STF, Governo Lula. Ontem, nós tivemos a blindagem do STF. Hoje, nós estamos tendo a blindagem do Congresso Nacional para não investigar quem realmente roubou o povo brasileiro. E olha aqui, olha aqui, Presidente. (Intervenções fora do microfone.) O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE) - Presidente, eu peço aos brasileiros de bem, aqui... Presidente, estão me atrapalhando, Presidente. (Intervenções fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, para encerrar, Excelência. O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE) - Eu gostaria que o senhor me desse... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Para encerrar, Excelência, para encerrar. O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE) - Para encerrar, Presidente, olha, esse quadro aqui é o quadro da blindagem dos bancos, porque agora os Parlamentares da base do Lula blindaram os bancos. Agora, Presidente... (Intervenções fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Para encerrar, Excelência. O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE) - Para encerrar, eu peço aos brasileiros que printem, porque nós vamos colocar nas redes sociais, e coloquem no espelho do banheiro para não esquecer quem blindou os poderosos que roubaram os brasileiros. Muito obrigado, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Olha, a Presidência... Por favor, a Presidência tem a liberdade de dar a palavra. Isso é um Parlamento. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Gente, nós estamos em votação. (Tumulto no recinto.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Tem a liberdade de dar a palavra. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Nós estamos em votação. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Senhores... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Nós estamos em votação. (Tumulto no recinto.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Quando nós estávamos votando aqui, eu abri a palavra para todos. Todos têm o direito de abrir a palavra. Eu passo a palavra igualmente para todo mundo. Eu só vou lembrar uma coisa aqui. Só um instante. Está aberta a presença para a sessão do Congresso Nacional, estou alertando os Srs. Parlamentares. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Nós estamos em votação, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Se a votação começar lá, nós teremos que suspender as votações aqui. Então, vamos... O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG) - Vamos votar logo o... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Deputado Rogério Correia, por gentileza, deixa a Presidência exercer o papel dela. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Vamos continuar votando, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Por favor. Por favor. (Tumulto no recinto.) O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Vamos votar, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Hoje tem... Manobra nenhuma. Foi aprovado o requerimento em consenso. Durante as votações, eu dei voz a todos. Eu vou pedir ao Marcon e à Tereza que, por gentileza, vão para a frente, porque senão, daqui a pouco, a gente tem que suspender as votações. Aí fica pior. Coloco em votação o item 181, convocação do Sr. Fábio Luís Lula da Silva - 181, votação do Sr. Fábio Luís Lula da Silva. 1ª PARTE ITEM 181 REQUERIMENTO Nº 2874/2025 Requer a convocação do Senhor Fábio Luís Lula da Silva, para prestar depoimento perante esta Comissão Parlamentar de Inquérito. Autoria: Deputado Marcel van Hattem Dessa vez, o Governo começa. Quem fala? Líder Paulo Pimenta. (Intervenções fora do microfone.) O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS. Para encaminhar.) - Presidente, eu lamento a leviandade, eu lamento a mentira, a desfaçatez e alerto que vão responder criminalmente, civilmente, por cada acusação sem prova que fizerem aqui e em qualquer outro lugar contra o Sr. Fábio, ou qualquer outra pessoa. Eu desafio os Parlamentares que falaram até agora, Sr. Presidente, que apresentem aqui um documento da CPI, que apresentem aqui uma prova do que disseram. Foram atrás, Sr. Presidente, de um depoimento de um camarada que é acusado por roubo de carro, um cara que responde por ladrão, que está envolvido numa briga que não tem nada a ver com esta CPI, que não tem nada a ver conosco. Uma pessoa completamente desacreditada, um desqualificado, que não apresentou nenhuma prova. E me admiro de Parlamentares da República chegarem aqui e afirmarem: "Recebe isso, recebe aquilo". Então, provem o que vocês estão dizendo. Provem! Estão aqui para divulgar fake news e mentira, tentando transformar esta CPI num palco, Sr. Presidente, de acusações criminosas, como já fizeram, na história, contra outras pessoas e contra o próprio Presidente Lula. |
| R | Não há nenhuma relação entre esta CPI, entre esta investigação e o Sr. Fábio. Não há qualquer nexo. Inclusive, Sr. Presidente, V. Exa. foi um que, em várias oportunidades, afirmou que precisava haver um nexo de relação. Não há um documento. Tem milhares de documentos dentro desta CPI, milhares de documentos de quebras que foram feitas, de sigilos, de RIFs. Eu desafio que me mostrem qualquer documento, qualquer prova de que o Sr. Fábio tenha recebido qualquer centavo relativo a algum assunto que diga respeito a desconto associativo, a INSS ou a qualquer outro assunto. O que há aqui, Sr. Presidente, o que há aqui, lamentavelmente, é uma tentativa de manipulação baixa, com argumentos falsos, pelos quais vão responder criminalmente e civilmente. Cada Parlamentar, aqui e fora daqui, que repetir, que afirmar que recebia mesada, que recebeu dinheiro, vai ter que provar o que disse, porque a imunidade Parlamentar não protege ninguém contra crime. Portanto, Sr. Presidente, não tem nenhum sentido, a não ser disputa política, este requerimento aqui. Não há, Sr. Presidente, nenhum elemento que justifique que este requerimento seja apresentado e, muito mais, que ele seja aprovado. Portanto, o nosso voto é contra, nós votamos contra e vamos continuar denunciando: o único objetivo, Sr. Presidente, desse requerimento, o senhor sabe qual é? É desviar o foco da investigação - é fazer com que a gente não chegue aos verdadeiros responsáveis por esse roubo bilionário dentro do INSS -, mas não vão conseguir, não vão tirar o foco da investigação. Nós vamos levar até o fim esta investigação e vamos fazer com que todos esses personagens que foram responsáveis dentro do Governo Bolsonaro... (Soa a campainha.) O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - ... por permitir que esta quadrilha de ladrões roubasse aposentados, aposentadas, pensionistas e BPC, sejam punidos. Não pensem que a sociedade brasileira não está entendendo esta tentativa de desviar o foco da investigação. Este é um requerimento absolutamente fora de propósito e, portanto, será "não" o voto que nós vamos encaminhar aqui, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pela Oposição quem fala, Líder Rogerio Marinho? O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Nós temos aqui o Marcel van Hattem. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Com a palavra, Deputado, Marcel van Hattem. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Então... Você está pronto, Moro? O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR. Fora do microfone.) - Pode ser. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Senador Moro, então. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Senador Sergio Moro, por cinco minutos. O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR. Para encaminhar.) - Presidente, desde o início, uma das grandes indagações desta CPMI foi: como é que pode, durante tanto tempo, terem ocorrido esses descontos fraudulentos nas aposentadorias e pensões do INSS, sendo pagos milhões a tanta gente, inclusive a altos funcionários do INSS, como o Alessandro Stefanutto, nomeado pelo Governo Lula, que recebeu aqui mesada de R$250 mil, R$500 mil mensais. |
| R | Nós também ficamos indagando. A CGU, embora tenha feito um trabalho apuratório... Por que a CGU, desde o primeiro momento, não provocou as altas esferas do Governo Lula para que fossem interrompidos esses descontos associativos? São R$5 milhões, R$6 milhões vitimando gente simples, vulnerável, o órfão, a viúva, o inválido, que dependem desses benefícios para a sua subsistência. E, no fundo, com o decorrer das investigações, esse quebra-cabeça e as explicações estão surgindo. E aqui a gente tem uma delas: a fundada suspeita de que no centro dessas articulações criminosas se encontra um personagem já conhecido por envolvimento em outros crimes, em outras fraudes, que é exatamente o filho do Presidente Lula, o Lulinha, o Fábio Lula da Silva. E, hoje, de maneira muito corajosa, parte da imprensa - divulgado primeiro no Poder360, saiu depois também no Metrópoles - informa que tem um depoimento, colhido pela Polícia Federal, de 28 de outubro deste ano, prestado pelo Sr. Edson Claro; e que a base do Governo, a base do Governo que vem aqui contar uma montanha de mentiras, blindou, o que impediu que nós o chamássemos aqui para ser convocado. Eu fico pensando nesse Edson Claro - e aqui se questiona a credibilidade dele. Mas por que não chamá-lo, então, para ouvir e ver que provas ele tem a apresentar? Por que não aprofundar as quebras de sigilo bancário e fiscal do Edson Claro? Ou, agora, em cima do Fábio Lula da Silva? E vejam o comportamento. O que fez o Lulinha? Fugiu para a Espanha, em julho deste ano, tão logo surgiram notícias do seu envolvimento. Nós temos ouvido aqui, Sr. Presidente, nos bastidores, do possível envolvimento do Fábio Lula da Silva. Inclusive, o próprio Frei Chico seria apenas ali um representante dele nesse esquema criminoso. E agora nós temos a chance de ir para o coração desse esquema criminoso, mas a base, os Deputados aqui do PT, principalmente, os Senadores do PT, vão votar contra, porque não querem chegar ao coração desse esquema criminoso que vicejou e que escalou - e os números não mentem. Esse escândalo está no colo do Governo Lula, e o Governo Lula não tomou as providências porque havia gente graúda do Governo Lula envolvido no Ministério da Previdência, no INSS, recebendo mesada. E agora essa notícia, que nós deveríamos ter o dever de apurar, de uma mesada de R$300 mil paga pelo Careca do INSS... (Soa a campainha.) O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR) - ... ao Sr. Fábio Lulinha da Silva, que está foragido. Então é importante que o país saiba. Esse fato não permanece mais escondido e esses Parlamentares que aqui o blindarem não estão dignificando e cumprindo com honradez os seus mandatos. Beira a prevaricação a recusa em aprovar requerimentos de investigação do Sr. Fábio Lula da Silva ou de convocá-lo para prestar depoimento. |
| R | E precisaremos, Presidente, recolocar na pauta a oitiva do Edson Claro. Vamos lembrar que esse cidadão está em risco hoje por estar enfrentando gente muito poderosa. E a gente sabe de casos passados nos quais pessoas-chave em escândalos criminosos do PT desapareceram ou até foram vitimadas. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado. Pelo Governo, quem encerra, Excelência? O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Sr. Presidente, pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL. Como Relator.) - Sr. Presidente, eu não poderia deixar de relatar que, quando eu estava me dirigindo para esta CPMI, eu recebi um telefonema da pessoa citada, em desespero, dizendo que estava com muito medo de morrer. Eu disse à pessoa que, da minha boca, o nome dele eu nunca tinha citado, a não ser antes de saber da situação. Eu queria deixar registrado aqui, porque não pode ficar comigo. Pediria a V. Exa., independentemente de qualquer votação do Colegiado, que comunicasse ao STF, à Polícia Federal essa mensagem que recebi da testemunha, de quem eu não vou nem citar o nome, mas já foi citada, que está se achando em risco iminente de vida, que, por favor, providencie, através da Polícia Federal, a proteção integral dela. Esse telefonema se deu exatamente... (Soa a campainha.) O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - ... às 9h da manhã. Gostaria de deixar isso registrado, porque iria lhe transmitir tão somente após a CPMI, mas o nome da testemunha foi citado e eu acho que isso agrava bastante a situação dela. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. As declarações de V. Exa. serão encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal, ao Ministro André Mendonça, e à Polícia Federal, ao Sr. Andrei. O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR) - Presidente, só uma referência aqui: eu só citei, Deputado Gaspar, porque a imprensa mencionou o nome primeiro. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Em votação, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. (Intervenção fora do microfone.) O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR) - Eu não faria essa leviandade. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Senador Moro, sei que V. Exa. citou em decorrência... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Presidente, em votação, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - O Relator tem o direito de falar a qualquer momento, gente. O Relator... O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Sr. Relator, ele, por acaso, disse de quem ele esperava receber uma ameaça de morte? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Só um instante, por favor. Vamos dar sequência na votação aqui. Para encerrar, pelo Governo, quem fala, Líder Pimenta? O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Senadora Eliziane. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Senadora Eliziane Gama, por cinco minutos. A SRA. ELIZIANE GAMA (Bloco/PSD - MA. Para encaminhar.) - Sr. Presidente, ao longo dos trabalhos desta CPMI, nós percebemos claramente um clima de polvorosa da oposição. Quando eles, na verdade, defenderam esta CPMI, eles se surpreenderam - até acho que se surpreenderam -, ao longo do processo de investigação, porque todo colchão criado para os descontos associativos fraudulentos, aliás, quase 60% deles, que foram os acordos, foram firmados no Governo do ex-Presidente Bolsonaro. Diante dessa informação e, portanto, do desespero deles, eles partem, na verdade, para tentar colar no Presidente Lula, que interrompeu o processo de fraude, inclusive afastando o Ministro, afastando servidor e uma série de outros integrantes que tinham algum tipo de indício, na verdade, de participação com essa organização criminosa. Eles, então, tentam colar na imagem do nosso Presidente Lula. E, com o devido respeito que eu tenho, e ele sabe, pelo Senador que me antecedeu, acho que é até bom, em nome da formação que ele tem, retirar quando ele fala, por exemplo, que o filho do Presidente Lula é foragido. Isso é, na verdade, contrário, porque não há nenhum elemento que leve à formalização desse tipo de nome ou indicativo para o filho do Presidente Lula. |
| R | O que nós temos aqui... Aí eu quero até cumprimentar, Presidente, V. Exa., porque, quando se faz a investigação acerca do Careca, do Sr. Camilo Antunes, todas as empresas ligadas a ele tiveram o sigilo bancário quebrado... Os RIFs vieram aqui, os dele e de todas as pessoas que são ligadas a ele. Não há nenhuma prova documental, não há nenhum elemento probatório que ligue ao filho do Presidente Lula, como nós também vivenciamos isso em relação ao Frei Chico, ou seja, há uma tentativa clara de se ligar ao filho do Presidente Lula, porque por tabela se ligaria ao Presidente Lula, mas isso não cola, isso não pega! O que nós temos aqui é um senhor, o Sr. Edson Claro, que teve uma briga com o Careca, que é acusado, inclusive, de roubo de carros, portanto, um ladrão de carros. Quem tem boca fala o que quer, gente. Chega lá e faz, na verdade, a... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Senhores, silêncio, por favor, a Parlamentar está se manifestando. A SRA. ELIZIANE GAMA (Bloco/PSD - MA) - É difícil, não é, Presidente? Mas vamos lá! Na verdade, faz a tentativa de se colar no Presidente Lula. Agora, falar você fala. Cadê o elemento substancial disso? Cadê a prova documental disso? Não há, na verdade, nenhuma ligação. E nós aqui, nesta Comissão, ao contrário do que a oposição em desespero fala, nós estamos aqui para fazer a investigação apurada, a investigação com responsabilidade, agora, não simplesmente tentar derrubar a reputação das pessoas, não tentar desconstruir, na verdade, uma trajetória de vida que as pessoas têm. É por isso que nós, na verdade, faremos o nosso voto contrário a esta convocação, porque é uma convocação que vem carregada de um objetivo claro: tentar dissipar tudo que foi feito por este Governo, que foi o combate à fraude, que foi devolver mais de quase R$13 bilhões a quase 3,5 milhões de brasileiros, dos quais uma boa parte deles foram vítimas do Governo do ex-Presidente Bolsonaro, porque foi lá, na verdade, que tiveram a fraude, mas pelo que o Presidente Lula realmente resolveu ressarcir. Por essas razões, Presidente, o nosso entendimento... (Soa a campainha.) A SRA. ELIZIANE GAMA (Bloco/PSD - MA) - ... e a nossa orientação da bancada é que nós possamos derrubar este requerimento, que é um requerimento eivado, na verdade, de posições caluniosas e que não levarão em nada ao objetivo que deve ser o objetivo central da investigação desta CPMI. Muito obrigada. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado, Excelência. Para encerrar as falas pela Oposição, Deputado Marcel van Hattem, cinco minutos. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS. Para encaminhar.) - Sr. Presidente, caro Relator, quero lembrar a V. Exa. e a todos mesmos desta Comissão que a primeira vez em que apareceu o nome do filho do Lula aqui na CPMI foi quando eu perguntei ao depoente Eli Cohen, que também foi o responsável pelas denúncias publicadas pela imprensa que levaram à criação desta CPMI e à operação da Polícia Federal... Balela a história de que Lula descobriu, mandou investigar; foram Eli Cohen e a imprensa que deram o motivo para que a Polícia Federal fizesse uma operação em cima de dados técnicos que já vinham sendo apontados dentro Governo Lula fazia tempo, e os Ministros Messias e Carvalho nada fizeram ao longo desse tempo todo. A primeira vez em que apareceu o Lulinha foi quando eu perguntei ao Eli Cohen a seu respeito, e ele falou em uma lobista. Não falou no nome da lobista, mas hoje aparece em toda a imprensa Roberta Luchsinger - Roberta Luchsinger -, que é também sócia do Careca e está aqui fazendo o L junto com o Carlos Gabas, Senador Rogerio Marinho. |
| R | Está aqui, lá atrás. Eli Cohen já falava no Lulinha. Foi só dar tempo ao tempo que foi aparecendo a verdade que agora é inescapável: "Lulinha tinha mesada de R$300 mil do Careca do INSS", diz testemunha. Testemunha, aliás, que os governistas, o PT, chamam de bandido, de criminoso, mas, na hora de convocar, votaram contra a sua convocação - 16 a 14. Faltou um voto só, porque aí teria dado empate e o Presidente certamente teria desempatado. Não quiseram convocar o Edson Claro aqui, o bandido, segundo o PT. Então blindaram um bandido. E é importante lembrar que essas organizações criminosas são descobertas porque bandidos delatam bandidos. Mas aqui o que nós estamos vendo é que uma testemunha-chave foi, lamentavelmente, blindada pelo PT. Senhor aposentado, senhora aposentada, faltou aquele remédio no final do mês? Não deu para comprar porque você foi roubado, foi para pagar a mesada do Lulinha, que, além dos R$300 mil por mês, segundo matéria de hoje do Poder360, ainda recebeu 25 milhões, que não disse se é em reais, dólares ou euros, disse que nem se sabe qual era a moeda. Agora, Sr. Presidente, outra coisa muito importante, talvez ainda mais grave do que o roubo, é o que eu leio na matéria do Poder360 e que precisa fazer com que aprovemos aqui a convocação de Fábio Luís Lula da Silva. E vou ler a íntegra. Diz a matéria do Poder360: Em julho, Lulinha se mudou com a família para a Espanha. O escândalo no INSS já estava com grande visibilidade na mídia. O Palácio do Planalto enviou emissários para falar com integrantes da CPMI [não foi comigo], segundo apurou o Poder360, para que fosse evitada uma perseguição ao filho do Presidente da República. [Que reputação que tem esse filho, né? Eu ouvi aqui alguém falando em grande reputação, basta ver sua história.] Muitos à época [contínuo a leitura] não entenderam o pedido: é que ninguém ainda sabia do possível envolvimento de Lulinha com o Careca do INSS. Hoje, acreditam que o Planalto soube com antecedência por meio da Polícia Federal sobre o que poderia aparecer. Se vier a ser confirmada essa informação, com provas, de que o Presidente da República [Lula] soube com antecedência das menções ao seu filho no material apreendido pela [...] [Polícia Federal], pode ser aberta uma nova linha de investigação. Não deve haver esse tipo de comunicação antecipada ao Palácio do Planalto. (Soa a campainha.) O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Palavras da matéria do Poder360. Portanto, Sr. Presidente, antes que Lulinha vire procurado e se torne um foragido da Justiça brasileira em virtude das gravíssimas acusações que pairam sobre ele, precisamos convocá-lo para dar esclarecimentos e explicações aqui na CPMI do roubo dos aposentados do INSS. Senhor aposentado, senhora aposentada, faltou comida para botar na mesa? Foi para a mesada do Lulinha. Faltou remédio para poder tratar da sua doença? Foi para a mesada do Lulinha. Nós estamos vendo o irmão do Lula e agora o filho do Lula envolvidos num grande escândalo. Espero que o PT não vote mais uma vez para blindar parente de Presidente da República. Não se pode blindar ninguém na CPMI. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado, Excelência. Estão encerradas as falas de encaminhamento. |
| R | Coloco em votação o item 181, convocação do Sr. Fábio Luiz Lula da Silva. Determino à Secretaria que abra o painel para a votação. (Procede-se à votação.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Como encaminha o Governo, Excelência? O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS. Para encaminhar.) - Pelo voto "não". O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - O Governo encaminha o voto "não". Como encaminha a Oposição, Excelência? O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN. Para encaminhar.) - Voto "sim", Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - A Oposição encaminha o voto "sim". Concedo a palavra à Senadora Tereza Cristina, por dois minutos. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC. Fora do microfone.) - Depois o senhor me dá. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, eu vou colocar os que me pediram antes e eu não dei a palavra, enquanto estamos votando. Senadora Tereza Cristina, dois minutos. A SRA. TEREZA CRISTINA (Bloco/PP - MS. Pela ordem.) - Presidente, muito rapidamente, não vou nem usar os meus dois minutos, mas aqui me... Não podia deixar de falar da convocação do Governador Romeu Zema. É uma maneira indelicada, porque outras autoridades foram convidadas aqui e não vejo por que o Governador Romeu Zema teria que ser convocado, sendo que ele já manifestou sua vontade expressa de vir aqui e esclarecer os fatos. E ele não está de maneira nenhuma envolvido com a empresa dele, que é uma empresa que tem, na sua composição acionária, a sua família - muitas pessoas têm empresas -, porque ele trabalha, a sua família trabalha e tem essa empresa. Então, eu quero aqui dizer da minha indignação e da falta de compreensão dos colegas aqui com essa convocação. Era só isso a minha fala. (Soa a campainha.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Muito obrigado. Deputado Coronel Chrisóstomo, dois minutos. O SR. CORONEL CHRISÓSTOMO (PL - RO. Fora do microfone.) - Estou terminando de votar, Excelência. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Então, vote, Excelência. Deputado Evair de Melo, dois minutos. O SR. CORONEL CHRISÓSTOMO (PL - RO. Fora do microfone.) - Vou votar "sim", tá? O SR. EVAIR VIEIRA DE MELO (Bloco/PP - ES. Pela ordem.) - Sr. Presidente, no ato da instalação desta CPMI, eu usei desta tribuna e, no mesmo dia, a do Plenário da Câmara dos Deputados para dar o primeiro sinal e o rastro de que o Lulinha estava envolvido nesses roubos do INSS. Isso não é fato de agora, isso é fato antigo e nós já denunciávamos. No dia em que a Sra. Roberta esteve aqui, se os Deputados da base do Governo têm uma memória razoável, vão se lembrar que eu fiz o questionamento a ela da relação dela com o Lulinha e das viagens que ela fazia à Espanha, porque era amiga íntima da esposa do Lulinha. Portanto, não há nenhuma surpresa quando agora a Polícia Federal recebe a informação de que o Lulinha, o filho do Lula, participou desse roubo dos nossos aposentados. (Soa a campainha.) O SR. EVAIR VIEIRA DE MELO (Bloco/PP - ES) - Mesada de 300 mil, mais R$25 milhões, isso é uma vergonha. E o mais agravante disso... Nós já avisávamos naquela data: as denúncias vão chegar aos bastidores do Palácio do Planalto. Em breve, vão chegar as confirmações de que o Lula sabia, tinha conhecimento e trabalhou para poder blindar essa investigação. Portanto, não há nenhuma surpresa nisso. O problema é que a base do Governo, às vezes, é surda e só escuta aquilo que quer, mas nós já estamos avisando e alertando há muito tempo, a imprensa está trabalhando e a Polícia Federal tem documentos agora de que o irmão do Lula, de que o filho do Lula e o próprio Lula estão diretamente envolvidos com esse roubo bilionário dos nossos aposentados. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Todos já votaram, senhores? Jorge, falta... (Intervenção fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. Deputado Coronel Chrisóstomo, dois minutos. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN. Fora do microfone.) - Em dois minutos, ele vota. O SR. CORONEL CHRISÓSTOMO (PL - RO. Pela ordem.) - Sr. Presidente, obrigado. Srs. Parlamentares, bom dia. Eu queria levar o meu discurso direto para a esquerda. |
| R | Senhores, os senhores chamaram um ministro do Presidente Bolsonaro, os senhores estão chamando um Governador que me parece que nada tem a ver com isso. O Presidente Bolsonaro, em nenhum momento, ele chamou a gente para a gente impedir alguém do nosso lado de vir aqui. E agora qual o movimento que a gente está vendo? A esquerda e o Governo impedindo a gente de trazer pessoas que estão sendo citadas nos jornais, senhores. Sabe por que esta CPI acontece? Porque eu colhi a primeira assinatura e criei a CPI, e depois a CPMI surgiu a reboque; porque o Metrópoles falou do roubo, e imediatamente, Brasil, eu criei a CPI, e é fruto a CPMI. A primeira assinatura foi minha! (Soa a campainha.) O SR. CORONEL CHRISÓSTOMO (PL - RO) - E sabe por quê? Porque foi citado no Metrópoles. Agora me pasma ver o próprio Metrópoles falar do Lulinha, e eu vou mostrar aqui para o Brasil. Pelo amor de Deus, senhores, façam o que vocês dizem! O discurso de vocês é um, a prática é outra. Se queremos saber quem roubou, vamos chamar todos, senhores. Seja filho do Lula, sobrinho do Lula, primo do Lula, irmão do Lula, vamos chamar, assim como, do nosso lado, todos nós até apoiamos. Se alguém for suspeito, vamos trazer aqui, e a pessoa vai aqui falar se fez ou não fez. É a nossa missão. Agora, fazer isto, senhores, impedir o filho do Lula de vir aqui? Deixe ele vir, deixe ele vir falar, se defender. Eu acho que é muito prático isso. Chamem o Frei Chico também, senhores, para se defender. Portanto, senhores, Presidente, voto "sim" para todos virem aqui. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Está encerrado. Pergunto: todos já votaram? Todos já votaram? (Pausa.) Está encerrada a votação. Determino à Secretaria que publique o resultado. (Procede-se à apuração.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Votaram SIM 12; NÃO, 19. Está rejeitado o requerimento. Em votação os itens 141 a 147, convocação do Advogado-Geral da União, o Sr. Jorge Messias. 1ª PARTE ITEM 141 REQUERIMENTO Nº 2736/2025 Requer a convocação do Senhor Jorge Rodrigo Araújo Messias, Advogado-Geral da União, para prestar depoimento como testemunha. Autoria: Deputada Coronel Fernanda 1ª PARTE ITEM 142 REQUERIMENTO Nº 2735/2025 Requer a convocação do Sr. Jorge Rodrigo Araújo Messias, Advogado-Geral da União. Autoria: Deputado Delegado Fabio Costa 1ª PARTE ITEM 143 REQUERIMENTO Nº 2633/2025 Requer a convocação do Senhor JORGE MESSIAS, Advogado-Geral da União, para prestar depoimento perante esta Comissão Parlamentar de Inquérito, como testemunha. Autoria: Deputado Sóstenes Cavalcante 1ª PARTE ITEM 144 REQUERIMENTO Nº 2621/2025 Requer a convocação do Sr. Jorge Messias, ministro da Advocacia-Geral da União, para que compareça a esta Comissão a fim de prestar informações. Autoria: Deputado Evair Vieira de Melo 1ª PARTE ITEM 145 REQUERIMENTO Nº 1811/2025 Requer a convocação do Senhor Jorge Messias, Advogado-Geral da União. (Aprovado como convite) Autoria: Deputado Kim Kataguiri 1ª PARTE ITEM 146 REQUERIMENTO Nº 1624/2025 Requer a convocação do Sr. Jorge Messias, Advogado-Geral da União. Autoria: Senador Magno Malta 1ª PARTE ITEM 147 REQUERIMENTO Nº 1085/2025 Requer a convocação do Senhor Jorge Messias, Advogado-Geral da União. Autoria: Senador Jorge Seif Com a palavra, por cinco minutos, o Senador Rogerio Marinho. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN. Para encaminhar.) - Sr. Presidente, nós tivemos uma notícia, nos últimos 15 dias - aliás, a imprensa tem nos ajudado muito em relação ao processo em que nós estamos debruçados -, de que, desde o ano de 2024, entre abril e maio, já havia, na Advocacia-Geral da União, informações sacramentadas, documentadas de que estados do Sul do país - e isso dito por procuradores federais e por advogados-gerais da União... demonstravam que esse padrão de roubo, de assalto, de malversação de recursos, em especial contra os aposentados, no nosso país, estava tomando proporções estratosféricas. Os procuradores oficiaram à AGU, para que a AGU abrisse um procedimento e avaliasse o que de fato estava acontecendo, porque havia tido um aumento muito grande depois de 2022, quando termina o Governo de Bolsonaro, a partir de 23 e 24. |
| R | Pois muito bem, Sr. Presidente, se abre um procedimento e, ao final desse procedimento - aliás, nós ouvimos aqui a advogada-geral da União responsável por essa inquirição -, em outubro de 2024, nós tivemos a manifestação do Corregedor da Advocacia-Geral da União, e o Corregedor orientou, oficiou ao Ministro-Chefe da Advocacia-Geral da União que fossem tomadas providências no sentido de suspender os acordos de cooperação técnicas que existiam com essas entidades. Quem assinou este parecer final foi o Secretário-Executivo, o segundo na hierarquia do ministério. Sr. Presidente, é impossível imaginarmos que um assunto desta gravidade não tenha passado pelo crivo, pelo olhar do Sr. Jorge Messias, que já foi convidado para vir aqui. E qual é a gravidade dessa situação? Quando ocorreu o pedido de abertura de investigação, já em 2025, em função das reportagens que ocorreram na imprensa, o Sr. Jorge Messias determinou a abertura de investigação contra 11 ou 12 dessas entidades, Sr. Presidente, das quase 40 que tinham ACTs ativos. Mas vejam que coincidência, o Sindnapi, que tem como Vice-Presidente... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Silêncio, por favor, na sala. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - ... o irmão do Lula, o Frei Chico, e a Contag, que é a maior entidade e que há 30 anos tem praticado esse tipo de atividade - e muitas vezes sem o conhecimento do associado, que termina se associando à sua revelia -, essas entidades estavam fora dessa investigação aberta pela Advocacia-Geral da União já em 2025. Esse período todo, Sr. Presidente, representou quase R$3 bilhões que foram subtraídos dos aposentados e repassados para entidades criminosas, associações e sindicatos, quase na sua totalidade ligadas à esquerda, que aqui vem blindando essa situação. Então, esse período de convocação, Sr. Presidente, se impõe em função da gravidade desse assunto, porque o Sr. Messias tem demonstrado que praticamente passou ao largo deste processo, e isso, na minha opinião, é prevaricação - é uma opinião que tenho. E eu quero que o Sr. Messias tenha a oportunidade de, aqui vindo, dizer quais são os motivos que ele teve de não agir, de se omitir, de fazer ouvido de mercador e, neste período, possibilitar o assalto continuado... (Soa a campainha.) O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - ... contra milhões de brasileiros que são desprotegidos e que foram roubados, quando o roubo já havia sido detectado pela entidade de que ele é Ministro e principal mandatário; e teve conhecimento do fato, já que ele foi questionado pelos procuradores e pela própria estrutura da AGU e pela Corregedoria da sua entidade. Então, por isso, Sr. Presidente, nós acreditamos que é imperativa a vinda do Sr. Jorge Messias, para que ele justifique por que dessa omissão. Porque o fato é que a omissão causou mais de R$3 bilhões de prejuízo para milhões de aposentados brasileiros. Então, esse é o motivo do pedido que fazemos a V. Exa. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pelo Governo quem fala, Deputado Paulo Pimenta? O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Presidente... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Cinco minutos. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - A Senadora Eliziane vai dividir o tempo com o Deputado Alencar, o.k.? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Três minutos... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, não, não, Excelência. Dividir tempo, não. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Não? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Eu neguei o pedido à oposição. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - O.k., está bom. São duas falas, né? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - São duas falas. V. Exa. é o primeiro. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - A Senadora falará primeiro. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. Senadora Eliziane Gama, por cinco minutos. A SRA. ELIZIANE GAMA (Bloco/PSD - MA. Para encaminhar.) - Sr. Presidente, de todas as convocações que já chegaram a esta Comissão, eu diria que esta é a convocação mais provocadora e fora de nexo que já foi apresentada aqui pela oposição. E digo isso porque houve toda uma movimentação da convocação do Messias depois que ele foi indicado pelo Presidente Lula para o Supremo Tribunal Federal. Ou seja: houve claramente uma tentativa de se criar um embaraço, uma turbulência, em torno do nome do Jorge Messias. |
| R | E, com a devida vênia ao meu colega Marinho, o qual eu respeito muito, Líder da Oposição... Digo pra você, Marinho, que o relatório a que você se refere, que teria vindo da Procuradoria para a AGU, ele se refere, única e exclusivamente, a aumento de ações previdenciárias. Não houve nenhuma referência, nesse relatório, a casos de fraudes. Portanto, a palavra de V. Exa. acaba não se sustentando, porque o documento, claramente, não faz referência... E vou, inclusive, encaminhar a V. Exa. esse relatório, que já estou aqui com ele. Dizer o seguinte, que o Messias, como todos nós conhecemos, é uma pessoa de reputação ilibada, e, por isso, ele será, eu não tenho dúvida... Integrará a mais alta corte da magistratura brasileira, mas quero lembrar o seguinte, que, nesta Comissão, nós não tivemos aqui a preocupação, por parte dos colegas da oposição, de chamar, por exemplo, os demais AGUs. Não veio para cá, por exemplo, o Bianco; não veio para cá... Não houve a preocupação, por exemplo, de alguns integrantes do então Governo do Presidente Bolsonaro que tiveram uma participação direta, como, por exemplo, nos acordos porque eram ministros ou integravam posições estratégicas daquele Governo. Eles, por exemplo, não estão querendo que venha aqui o Paulo Guedes, como eu coloquei, o Bianco também não chamaram pra vir, o José Levi, da AGU, também não houve pedido para que ele viesse até aqui, nem mesmo da CGU, porque o Vinícius veio aqui... Aliás, o Vinícius se prontificou a vir a esta Comissão. E aí, de repente, surgem com a tentativa de trazer a esta Comissão o Jorge Messias, que se colocou como uma posição estratégica para a interrupção das fraudes que aconteceram em relação ao INSS. Foi do Jorge Messias, por exemplo, a criação do grupo especial e a iniciativa para a investigação interna, pelas informações e pelas denúncias que estavam chegando não apenas ao Governo do Presidente Bolsonaro, mas, aliás, denúncias que se iniciaram lá atrás, no Governo de transição do então Presidente Bolsonaro. Foi o Jorge Messias que iniciou o processo de investigação. Foi o Jorge Messias que ajuizou várias ações e pedidos inclusive de bloqueios de bens tanto de empresas como de entidades e de outros integrantes. Aliás, essas solicitações feitas pelo Messias resultaram, numa primeira leva... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Silêncio, por favor! A SRA. ELIZIANE GAMA (Bloco/PSD - MA) - ... a um bloqueio da ordem de R$2,8 bilhões! Na sequência, ele faz mais um novo pedido, que já foi agora mais recentemente, já em novembro, que resultou na ordem de um bloqueio, um resultado de um bloqueio de R$3,9 bilhões, atingindo e abarcando duas entidades. Foi através da ação do Jorge Messias que nós temos hoje aí, Presidente, um quantitativo de 3,34... (Soa a campainha.) A SRA. ELIZIANE GAMA (Bloco/PSD - MA) - ... milhões de brasileiros, dos quais uma boa parte desses brasileiros são do meu Maranhão E há um total de R$2,7 bilhões, dos quais mais de R$150 milhões para o meu Maranhão, que foram na verdade ressarcidos por uma iniciativa do Jorge Messias. Ou seja, é a este senhor, que não paira contra ele o menor índice de participação com essa fraude, que a Oposição tenta criar - |
| R | Presidente, está difícil, não é? - , que a Oposição, então, tenta um embaraço em torno do Jorge Messias nesta Comissão. Portanto, Presidente, não tem nexo, não tem fundamento, não tem nenhuma condição, do ponto de vista formal, de nós aprovarmos este requerimento, e é por isso que nós vamos derrotar, Presidente. Muito obrigada. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pergunto ao Líder Marinho se nós podemos fazer uma fala só de cada para darmos agilidade? O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Eu peço a V. Exa. o seguinte: como eu fui citado, e já começou inclusive a Ordem do Dia... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Eu não sei como é que a V. Exa. se comporta. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Por ser lei ordinária, não há problema. Já fui informado pela Secretaria. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Tudo bem. É porque eu preciso ir lá, porque eu sou o Líder da Oposição. Então, estou sendo chamado. Então, rapidamente, se você me permite, que o Luiz ainda vai falar... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN. Para encaminhar.) - Olha, o que é que diz essa questão sobre o Jorge Messias de que foi falado aqui a respeito? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Cinco minutos. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - O levantamento sobre os nove sindicatos e associações principais com indicativo de fraude aparece no âmbito de um processo administrativo aberto especificamente para lidar com o crescimento de demandas envolvendo o INSS por Procuradores da AGU na 4ª Região, que abrange Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Lidar com o crescimento de demandas envolvendo o INSS em função de fraude. Isso está nos autos, Senadora. Então, não sou eu que estou falando. A SRA. ELIZIANE GAMA (Bloco/PSD - MA) - V. Exa. leu o jornal ou leia o relatório? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Senadora, por favor. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Li o relatório. Isso está dentro do relatório que foi submetido à própria Advocacia-Geral da União. Então, a gente fala aqui em cima de fatos. O que eu estou dizendo aqui é que, além dessa situação, que na minha opinião claramente é prevaricação... E eu, inclusive, representei na Comissão de Ética da Presidência da República, representei ao Ministério Público. E acredito que, de fato, houve omissão do Advogado-Geral da União que causou grave prejuízo a pessoas que são hipossuficientes. Além desse fato, na abertura de investigação, interna, do AGU, que ocorreu só após as denúncias da imprensa, houve claramente investigação seletiva. Aliás, eu quero saudar esta Comissão, Sr. Presidente, e dizer a V. Exa. que foi esta Comissão, a instalação desta Comissão, a eleição de V. Exa. e a indicação do eminente Relator que fizeram com que várias situações que estavam debaixo do pano de repente viessem à luz do dia. Essa investigação que era para nove ou dez entidades, depois da Comissão, foi estendida para 37. Quando esta Comissão foi instalada, nós sabíamos que em 16 ou 17 estados as investigações estavam sobrestadas - sobrestadas -, e elas começaram a andar. Inclusive 11 ou 12 dos que nós pedimos a prisão aqui já foram presos, bens foram apreendidos. A coisa está andando, mas está andando porque é uma pressão natural da política, da boa política feita por esta Comissão. Então, queremos apenas aqui reiterar, respeitando a posição de cada um, entendendo o papel de cada um, que a nossa fala foi respaldada em documentos. Agradeço a V. Exa. A SRA. ELIZIANE GAMA (Bloco/PSD - MA) - Não, não, não, Presidente. No relatório não consta isso. O que o Senador fala é na documentação que foi aberta pela AGU. Então, a AGU que deu o prosseguimento e ampliou... No relatório que veio da Procuradoria da 4ª Região, não consta essa informação. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Eu não vou negar a palavra à senhora. Pois bem. Senhores, eu vou abrir a votação... O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Não, não! O Deputado Luiz Lima. |
| R | O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Senhores, só um instantinho. Eu já vou abrir a votação de uma vez, enquanto o Deputado... Antes... Durante a fala dele, já vai voltando, o.k.? Determino à Secretaria que abra o painel para a votação. (Procede-se à votação.) O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS. Fora do microfone.) - Voto... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Só um instante. Já vamos colocar em votação. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS. Para encaminhar. Fora do microfone.) - Orientamos o voto "não". O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Só um instante. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Orientamos o voto "não". O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Ele pode votar pelo aplicativo. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Orientamos o voto "não. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Determino à Secretaria que abra a votação. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Voto "não". O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Com a palavra, o Deputado Luiz Lima, por cinco minutos. O painel está aberto. O SR. LUIZ LIMA (NOVO - RJ. Para encaminhar.) - Presidente Carlos Viana, eu abro aqui a minha fala orientando, claro, "sim"... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Cinco minutos. O SR. LUIZ LIMA (NOVO - RJ) - ... pela Oposição. Presidente Carlos Viana, quando um carro é multado e fotografado pelo radar, se a via é de 80km por hora, e ele passa a 100, ficam muito evidentes a foto e a infração. A quantidade de infração detectada pela imprensa brasileira em relação ao PT... E uma delas é aqui, ó! É o Ministro da Advocacia-Geral da União. Quando a Senadora que me antecedeu falou que as denúncias partiram depois da indicação do Presidente Lula, isso é uma mentira. A indicação foi no dia 20 de novembro de 2025, e a matéria do jornalista Vinícius Valfré, aqui do Estadão: "A AGU sabia de problema no INSS e Messias ignorou alerta sobre sindicato de irmão de Lula". Foi uma sucursal, no Rio Grande do Sul, que alertou o então Ministro Jorge Messias um ano antes da Operação Sem Desconto, e ele nada fez. Olha, eu registrei aqui o significado da AGU. A AGU existe para defender o Estado brasileiro, não para servir de escudo jurídico para abuso de poder ou perseguições públicas. O Ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, ignorou o alerta do próprio órgão, que apontou o sindicato do irmão do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Sr. Frei Chico, Vice-Presidente do Sindnapi, como um dos principais envolvidos e suspeitos de descontos associativos ilegais a aposentados. O Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas, o Sindnapi, que tem como Vice-Presidente o irmão do Presidente Lula, aparece em um processo interno da AGU, de 2024, que listou nove principais entidades. Nós recebemos hoje - se eu não me engano é a 29ª ou a 30ª Reunião - a Sra. Eliane Viegas, da Controladoria-Geral da União; recebemos Patrícia Bettin, que é também uma Defensora Pública. Ambas citaram esses alertas de forma explícita. Presidente Carlos Viana, a imprensa brasileira foi responsável, na história do nosso país, por sérias denúncias. Esta CPMI não abraçar denúncias envolvendo o Ministro Wolney, da Previdência, citado aqui também nos jornais, se eu não me engano, na semana passada, por ter recebido o vencedor de um pregão eletrônico, que é uma das assessorias de telemarketing, de ouvidoria do INSS, que acontece em Caruaru, Recife e Salvador, um pregão eletrônico vencido por um cidadão recifense que esteve no Ministério da Previdência durante todo o período do pregão vencido por esse cidadão, 117 milhões, cidade de Caruaru, cidade natal do atual Ministro, cidade na qual o Prefeito, em 2006, quando essa assessoria de atendimento em Caruaru, empregando mais de 1,2 mil pessoas... São casos, assim, gritantes. O Deputado Marcel foi muito feliz aqui quando da denúncia hoje, que explode no Brasil, em relação ao filho do Presidente. E nós não o estamos acusando, não. Quem está acusando é a testemunha, só que noticiada no Metrópoles, noticiada no Poder360... Se a gente entrar em qualquer mídia social, explodem... É notícia do dia, gostem ou não. |
| R | Então, quando o Governador Zema é convocado para estar aqui, ele veio, veio até um piloto de avião sem advogado se defender... Olhem, se me acusarem de receber R$25 milhões de caixinha com mais de R$300 mil de mesada, eu sou o primeiro a estar aqui! O fato de o Lulinha estar na Espanha, de... (Soa a campainha.) O SR. LUIZ LIMA (NOVO - RJ) - ... ter sido noticiado aqui que o escândalo do INSS já havia, com grande visibilidade na mídia, alertado aqui membros da CPI... O Palácio do Planalto ligou o radar, o Palácio do Planalto foi avisado com antecedência, segundo matéria jornalística do brilhante jornalista Fernando Rodrigues, que trabalhou na Veja, no tempo que a Veja era firme, na Folha... Se vier essa confirmação, a gente tem um Ministro da Justiça que é o chefe da Polícia Federal. Olhe, o Presidente da Alerj, no Rio de Janeiro, caiu, porque ele avisou um Deputado sobre uma operação. O que a gente precisa é esclarecer. Olhem, a gente tem escândalos mil aqui. Eu vou repetir: se fosse no Japão, todos esses envolvidos aqui nem precisariam vir aqui, porque já fariam haraquiri. Só que a moral do brasileiro está a anos-luz da moral japonesa. Então, eu clamo para que esta CPMI vote a convocação do filho do Presidente da República. Obrigado. Eu votar, Presidente. (Fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pode votar. Ainda temos a fala do Governo e uma última da Oposição, Excelência... (Intervenções fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, é porque... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Não, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, o Rogerio falou diante da citação do nome dele pela Senadora Eliziane Gama. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Não, Presidente, ele já tinha falado, já tinha falado, Presidente. (Intervenções fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Está bom. Está bom. Então, cinco minutos para encerrarmos com o Governo. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS. Para encaminhar.) - Presidente... (Intervenções fora do microfone.) (Risos.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Silêncio, senhores. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Se tem, Presidente, um requerimento que claramente tem o objetivo de disputa política neste momento do nosso país, é este requerimento, Sr. Presidente. A própria Oposição aqui é sabedora de que o grupo de trabalho instituído para averiguar possíveis fraudes, denúncias no INSS foi no dia 11 de abril de 2019; portanto, durante o Governo Bolsonaro. Participaram lá diversos representantes do Governo anterior, inclusive da AGU. O Sr. Bruno Bianco, que foi da Previdência, foi AGU, trabalhou com o Senador aqui Líder da Oposição... E, durante todo esse período... Inclusive, o Ministro André Mendonça foi AGU. E, durante todo esse período, jamais houve qualquer iniciativa, qualquer ação do Governo Bolsonaro para coibir, combater as fraudes, Sr. Presidente. Esse relatório que é citado aqui não é um relatório que, quando chegou, num primeiro momento, falava em fraudes; falava em aumento do número de reclamações. E foi a partir do trabalho da CGU, a partir do trabalho do Governo que essas investigações aconteceram. E, quando pela primeira vez surgiram elementos que permitem que, do ponto de vista legal e jurídico, a AGU pudesse agir, foi a AGU que agiu. Quando existiram elementos que permitiram que pudesse ser judicializado, as medidas foram adotadas pelo nosso Jorge Messias, Advogado-Geral da União. Portanto, Sr. Presidente, os elementos aqui já foram suficientemente demonstrados, que é uma tentativa - mais uma, da oposição - de desviar o foco da investigação, de confundir a opinião pública, mas nós não vamos permitir que isso seja feito. |
| R | O Ministro Jorge Messias merece todo o nosso respeito, o nosso reconhecimento. Temos plena confiança no trabalho dele e, portanto, não há nenhuma necessidade da aprovação desse requerimento. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Está encerrada a votação. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC. Fora do microfone.) - Nós vamos ter mais uma surra da direita aí. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Determino à Secretaria que publique o resultado. Abra o painel. (Procede-se à apuração.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Votaram SIM, 11; NÃO, 19. Está rejeitado o requerimento. Pergunto à Deputada Bia Kicis e ao Deputado Marcel van Hattem se os dois últimos remanescentes podemos votar em bloco, todos eles? A SRA. BIA KICIS (PL - DF. Fora do microfone.) - Presidente... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Em votação, os itens... Podemos pelo menos ter uma fala só de cada? O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Abre a votação e vai falando, Sr. Presidente. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Não, Presidente, nós estamos inscritos desde o início do prazo. As pessoas estão esperando para falar. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Muito bem. Em votação os itens 3 e 4. Então vou abrir a fala e vou determinar a abertura do painel. (Procede-se à votação.) O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS. Para orientar a bancada.) - Orientamos o voto "não". O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - E quanto às falas? Determino à Secretaria que abra o painel para a votação dos itens 3 e 4. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Quais são esses, Presidente? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Lista de viagens em voo. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Pela Oposição falarão a Deputada Bia e o Deputado Van Hattem. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, deixe-me abrir a votação aqui, Excelência. A SRA. BIA KICIS (PL - DF) - Pois não. Fabio? O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Fabio está aí? O SR. DELEGADO FABIO COSTA (Bloco/PP - AL) - Estou aqui. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Para falar pela Oposição, Deputada Bia Kicis, por cinco minutos. A SRA. BIA KICIS (PL - DF) - Pois não, Presidente. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Vamos ouvir, Sr. Presidente, a Questão de Ordem. Para orientar o voto "não". Já vai abrir o painel agora. A SRA. BIA KICIS (PL - DF) - Mas como vai abrir o painel... Já vai abrir? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Já vou abrir, é só votar, Excelência. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Voto "não". O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Com a palavra, Deputada Bia Kicis, cinco minutos. A SRA. BIA KICIS (PL - DF. Pela ordem.) - Pois não, Presidente. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Voto "não". A SRA. BIA KICIS (PL - DF) - Para um pouquinho o meu tempo, que eu já vou votar também. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência. (Pausa.) Cinco minutos, Excelência. A SRA. BIA KICIS (PL - DF. Para orientar a bancada.) - Pois não. Obrigada, Sr. Presidente. Presidente, os Requerimentos 3 e 4... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Silêncio, por favor. A SRA. BIA KICIS (PL - DF) - ... se referem a pedidos, um deles feito ao Diretor-Geral da Polícia Federal e o outro feito à Latam aviação. Presidente, por favor. Não dá, eu não estou... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Silêncio, por favor. A SRA. BIA KICIS (PL - DF) - Nem eu me escuto desse jeito. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC. Fora do microfone.) - Pede para aumentar os microfones. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Senhores, silêncio, por gentileza. A SRA. BIA KICIS (PL - DF. Para encaminhar.) - Sim, Presidente, são requerimentos de listas de passageiros de determinados voos da Latam para Portugal, porque nós temos informações de que o Careca do INSS, um dos maiores fraudadores do INSS, estava nesse voo em companhia do Lulinha para Portugal. Sr. Presidente, isso é muito grave, porque, desde o início, a gente já sabe hoje pelas matérias que o Governo vem tentando blindar o Lulinha quando a gente nem supunha ainda que ele pudesse ter alguma relação com essa fraude terrível do INSS. Mas, em depoimento à polícia, o Sr. Edson Claro... E eu, inclusive, aqui estou bastante preocupada com a segurança dele, uma vez que ele entrou em contato com o Relator, para manifestar o seu temor com a sua vida, com a sua segurança. E a gente sabe como agem, como agem alguns, quando tem risco de estourarem aí escândalos, de conseguir revelar os capos, il capo di tutti capi, aqueles que realmente mandam, porque ficam falando aqui que: "Não, nós queremos investigar", só querem investigar no andar de baixo. Nós queremos chegar nos verdadeiros mandantes, nos agentes políticos, não é só em servidor de INSS, não. |
| R | E esse Sr. Edson, claro, afirmou em seu depoimento que havia essa relação muito próxima do Lulinha com o Careca - e hoje nós já vimos aqui com a Roberta, essa lobista - e, olha, é uma fortuna: só de mesada, R$300 mil tirados dos aposentados. Todos os meses, mesadinha, R$300 mil, e mais de 25 milhões que não se sabe nem em que moeda, se foi em euro, uma vez que ele está na Espanha, se foi em real: 25 milhões de luvas, como se diz aí. Que vexame, que roubo, que vergonha. Senhores aposentados, esse dinheiro é dos senhores, é do povo brasileiro. E o Lulinha... Quando se fala em Lulinha e da relação dele com o Careca, no mesmo voo aí, é fundamental, Sr. Presidente, que seja trazida, aqui para esta CPMI, a lista dos passageiros. Agora, quem quer valer quanto aí que o Governo vai blindar, que os Deputados e Senadores da base do Governo vão negar esse requerimento? Pediram para destacar, vão votar contra, porque querem, mais uma vez, impedir que a verdade venha à tona. E aí dizem o quê? Que o Sr. Edson é o quê? Ele é bandido? Mas não era ele que a gente queria ouvir aqui e eles impediram, votaram contra? Ué, então eles não querem, não querem esclarecer nada. Eles estão o tempo todo... (Soa a campainha.) A SRA. BIA KICIS (PL - DF) - ... mentindo para você que está aí nos ouvindo, ficam aqui pagando daqueles que estão aqui na CPMI para revelar essa fraude. Mentira. Estão aqui só para te enganar e impedir que a verdade venha à tona. É uma vergonha isso, Sr. Presidente, e ficam com esse discursinho como se nós quiséssemos desviar o foco. Este é o foco. Este é o foco. Aqui, minha gente, Lulinha. E ele coloca o Lula no centro desse escândalo. É aqui que nós queremos chegar, não é nos pequenos e médios, nos servidores, nos donos de associação, isso e aquilo, prestador de serviço para associação. Não! Nós queremos chegar em quem tem o poder, em quem comanda este país. E aqui tem um exército de soldados passando um papel ridículo, falando besteira, mas eles não têm vergonha mesmo de falar porque a missão deles é essa. Missão dada, missão cumprida: estão aqui para blindar os verdadeiros bandidos. Obrigada, Sr. Presidente. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Sr. Presidente... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. Cinco minutos. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - ... fará uso da palavra o ilustre Deputado do Estado de Minas Gerais, ou de São Paulo, primeiro... São Paulo? (Intervenção fora do microfone.) O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Deputado Alencar Santana fará uso da palavra. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Deputado Alencar Santana, com a palavra. O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP. Para encaminhar.) - Presidente, infelizmente, novas mentiras - e de maneira descarada - foram contadas hoje. |
| R | A primeira: que não foi o Governo do Presidente Lula que investigou. Ora, então quem foi? Como foi revelado e surgiu? Por que tem gente presa? Por que está tendo essa própria CPMI? Se não houvesse revelação, nós nem estaríamos aqui. Essa é a primeira balela. A segunda: que órgãos do Governo, como a AGU, não teriam atuado. Isso foi dito aqui pelo ex-Ministro da Justiça do Governo anterior, do Governo Bolsonaro, que saiu do ministério dizendo que tinha uma orientação da Polícia Federal de proteção à família do Ex-Presidente, de não ter investigação. Mas a barbaridade dita por essa pessoa é de que não teria havido ação atual. Olha só, senhoras e senhores, nós temos lá um documento que foi enviado numa reunião presencial com o ex-Ministro da Justiça, ainda em 2019, em que o Procon de São Paulo revela ali dez entidades que fariam, já estavam fazendo, descontos indevidos, roubando os aposentados. E o que o ex-Ministro da Justiça fez, o paladino da moralidade, que não se para em pé? Botou na gaveta, escondeu o documento, não fez nada. Se tivesse havido ação naquele período, o roubo não teria continuado, já teria cessado há muito tempo, mas, como ele mesmo disse, a orientação do Governo anterior era para não apurar nada, a Polícia Federal não trabalhava, não investigava naquilo que envolvia o Governo. Por isso que a farra cresceu, aumentou e o roubo aumentou. Essa foi a segunda mentira, descaradamente, aqui contada. Outras dizendo, tentando associar familiares, trazendo assuntos estranhos, como se estivesse levando para outro lado, para tentar criar factoides, fumaça, divertir as pessoas desfocando do foco. E aqui tentando, numa mentira absurda... Parece que eles têm aqui algum desejo oculto pela família do Presidente Lula, pelo filho do Presidente Lula, tentando envolvê-lo numa situação que não tem nada a ver, numa matéria muito tendenciosa, muito ruim, de ilações, para tentar justificar o injustificável. Essa é uma outra mentira aqui contada. Por isso que nós votamos contrariamente a todos esses pedidos e requerimentos, porque nós temos que ter um foco: investigar as entidades, pessoas envolvidas, empresas que roubaram, que lesaram os aposentados aqui durante esse roubo do INSS. É isso que nós temos que investigar. É isso que nós temos que apurar. Aqui querem agora dizer de uma passagem de avião, de diversos voos, saber quem foi para lá e para cá. Ora, Rogério Correia, daqui a pouco nós vamos ter que convocar o chofer... (Soa a campainha.) O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP) - ... da Conafer que deu carona para um foragido. Nós vamos chamar o chofer da Conafer aqui? O Senador que tentou acabar com a revalidação ainda em 2019 e que deu carona com o seu carro pessoal, no banco da frente, ao ladrão que está foragido, Presidente da Conafer. Nós vamos chamar? Olha só a contradição da oposição. E aí quer lista envolvendo diversas pessoas. Sei lá quem está no voo A, quem está no voo B. |
| R | Não dá para a gente brincar, gente. Nós temos que trabalhar com seriedade, nós temos que ter foco. Está terminando o semestre, fizemos muito, é verdade, poderíamos ter feito mais. Que a gente volte ao próximo semestre com foco claro, objetivo, para a gente pôr na cadeia todos os ladrões dos aposentados deste país. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pela Oposição, Deputado Fabio Costa. O SR. DELEGADO FABIO COSTA (Bloco/PP - AL. Para encaminhar.) - Sr. Presidente, filho de peixe peixinho é. E, seguindo nessa lógica, filho de ladrão ladrãozinho é. Sr. Presidente, mais uma coincidência envolvendo o atual Presidente Lula e o escândalo do assalto, do roubo dos aposentados e pensionistas. Não bastasse o irmão do Lula, o Frei Chico, ser Vice-Presidente do Sindnapi, uma das entidades que mais desviou o dinheiro, já são aproximadamente R$400 milhões bloqueados por uma decisão judicial, e, agora, uma matéria do Poder360, divulgada hoje pela manhã, informa que o filho de Lula, o Lulinha, recebia uma mesada de R$300 mil. E, de acordo ainda com essa matéria, o Lulinha era tão próximo do Careca do INSS que eles fizeram viagens juntos para Portugal. Outro fato gravíssimo, Sr. Presidente, que ainda não foi dito aqui, é que, também de acordo com essa matéria, há suspeita de que o Presidente Lula teve informações privilegiadas da Polícia Federal, quando das menções do seu filho, a partir da apreensão de documentos e de aparelhos celulares. Há informações, nessa matéria, de que o Presidente Lula teria recebido essas informações privilegiadas através da Polícia Federal. Em outubro deste ano, esta CPMI tentou convocar Edson Claro para depor e confirmar essas informações, e houve uma fortíssima resistência por parte dos membros aqui desta CPMI que representam o Governo do Presidente Lula. De acordo com essa matéria ainda, o Palácio do Planalto, através do Presidente Lula, teria enviado emissários para falar com integrantes desta CPMI para que houvesse uma blindagem ao filho do Presidente Lula. Eu tenho certeza de que esses emissários não procuraram o senhor, Sr. Presidente, não procuraram o Relator, não procuraram a mim e também diversos outros Parlamentares, mas a gente tem suspeita de quem são os integrantes desta CPMI que foram procurados para blindar mais um envolvido nesse vergonhoso assalto dos nossos aposentados e pensionistas. Então, Sr. Presidente, nós precisamos saber, nós precisamos descobrir, nós precisamos aprovar esse requerimento para saber, para conhecer a lista de passageiros desses voos que foram determinados nesse requerimento para confirmar a informação de que o Lulinha viajou juntamente com o careca do INSS para Portugal. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Deputado, para encerrar a fala, encaminhar pelo Governo, Deputado Rogério Correia. |
| R | O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG. Para encaminhar.) - Presidente, mentirosos - não provam nada -, canalhas! Primeiro falaram que o Lula tinha uma série de bens adquiridos, e quem foi o principal responsável por isso foi um ex-juiz, que depois ficou conhecido como ex-juiz ladrão, que está agora... Na 13ª vara, ele vai ser responsabilizado pelo desvio de 2,5 bilhões e vem aqui querer dar lição de moral. O Presidente Lula foi inocentado, governa o Brasil e hoje é Presidente da República. E agora usam uma CPMI que era para ser séria, que era para ser uma CPI para investigar quem roubou dos aposentados, para falar mentira da família do Presidente. Cadê a prova sobre o Frei Chico, de que vocês falaram e falaram e não veio absolutamente nada aqui? Cadê as provas? (Intervenções fora do microfone.) O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG) - Apresente as provas! Apresente antes! O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Deputado Fabio Costa, por favor. O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG) - Antes de falar mal da família dos outros, apresente a prova! Não tem prova! O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Deputado... O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG) - O senhor não atropele mais ninguém aqui, faça o favor. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - ... por gentileza. (Intervenção fora do microfone.) O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG) - Não atropele os outros, Deputado. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Deixe o Parlamentar se manifestar. O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG) - Deixe eu falar e não atropele os outros. É só atropelar, o que sabe. Presidente, é mentira, é canalhice. Apresentem a prova sobre o Frei Chico. Nenhuma foi apresentada, não tem nada aí. Aí colocam assim: "Ah, vamos ver", para ver se isso pega na bolha deles, essa bolha do mundo da Lua, essa bolha de mentira, terraplanista. Ora, agora vêm com o filho do Lula. Que prova têm? Nenhuma. Canalhas! Colocam o nome assim. Isso é um absurdo. Agora pegam um avião e falam: "Olha, no avião nós tivemos uma notícia de que tinha não sei quem com não sei quem". Ora, Presidente, eu vou apresentar um requerimento também, se for para ser requerimento do mundo da Lua, vou apresentar um requerimento para ver, no Artemis II, que vai ter o lançamento previsto para fevereiro de 2026, que vai ter uma missão tripulada para contornar a Lua, em mais de 50 anos. E eu acho, eu tive a notícia de que Jair Bolsonaro queria fugir. Por isso é que ele estava tentando tirar aquela tornozeleira para poder embarcar e ficar 50 anos em torno da Lua, para não ficar na prisão. Eu soube disso, Presidente. Vou apresentar um requerimento desse, assim como se pode pegar qualquer avião e querer saber quem está dentro do avião. Imaginem um negócio desses. Então vão inventando canalhice, mentira e apresentando requerimento. E, depois, jogam na bolha: "Tinha um avião que tinha o Careca e que tinha o Lulinha". Cadê? Mentira! Agora eu vou sair pegando tudo quanto é passageiro de tudo quanto é avião que eu quero. Se estiverem lá os parentes do Deputado aqui, que foi citado: "Tinha um monte de parentes aqui". O que tem os parentes dele estarem nesse voo? Absolutamente nada. É o direito dos parentes dele estarem. Às vezes é difícil o parente ficar dentro dos gabinetes - um monte de parentes -, isso já é outro problema. Agora, eu vou também querer saber todos que estavam na festa... Disto eu não vi requerimento não: todos que estavam na festa do Camisotti. Por que vocês não apresentam um requerimento para saber todos que estavam na festa do Camisotti? Disso tem foto, de um Senador lá. Apresentem para saber - um requerimento - quem é que dirigia carro da Conafer com o Presidente, que é um dos que mais roubaram. Apresentem: quem é que dirigia? E coloquem isso como uma coisa mais concreta. Nós vimos fotos. Essas não apresentam. Então, é óbvio que querem direcionar a CPMI para algo que seja simplesmente uma disputa política. Vamos disputar a política como ela deve ser. Vamos fazer uma avaliação dos governos. Eu acho que o Governo Bolsonaro foi terrível. A pandemia foi um horror. Eu tenho uma avaliação crítica daquele Governo: um governo autoritário, tentou dar um golpe no Brasil. Isso é uma avaliação política. O Presidente Lula tem sido um Presidente, na minha opinião... E nós vamos disputar isso, em 2026, do ponto de vista da política e não da baixaria... (Soa a campainha.) O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG) - ... não de ficar fazendo quebras, de requerimentos - lunáticos. |
| R | É realmente uma bolha, uma estória, com "e", que eles vão inventando. Agora chega-se a este absurdo de falar "pega um avião", "eu tive tal informação", "eu quero saber todo mundo que está dentro do avião porque, quem sabe, eu pesco alguma coisa no avião". Não pode ser assim. Olha, esse requerimento eu não vou apresentar porque eu não sou terraplanista. Mas, sei não, viu! Esse Bolsonaro podia estar querendo tirar, Pimenta, essa tornozeleira para entrar nesse voo. Em vez de ficar 27 anos preso na Polícia Federal, querer dar volta em torno da Lua. É bem próprio de um bolsonarista. A gente vota é "não". O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Estão encerradas as falas, pergunto se todos já votaram. Está encerrada a votação. Determino à Secretaria que publique o resultado. Abertura do painel. (Procede-se à apuração.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Votaram SIM 12; NÃO, 19. Estão rejeitados os Requerimentos 3 e 4. Últimos itens para a votação desta sessão. Itens 19, 128, 129, 130 e 131, referentes à convocação e quebra de sigilo da Sra. Danielle Fonteles. Já abro a votação. Determino à Secretaria que abra a votação. (Procede-se à votação.) Pelo Governo, quem fala, Líder Pimenta? O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - O Sr. Presidente, o voto... O nosso voto - só para orientar - é "não". O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Pela Oposição falam os Deputados Alfredo e o Deputado Evair Vieira de Melo. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - O Governo começa, Excelência. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS. Para encaminhar.) - Sr. Presidente, trata-se de mais um requerimento, de tantos outros que já foram apresentados, que não tem qualquer nexo, qualquer relação com o objeto desta Comissão. Aliás, Sr. Presidente, eu quero dizer a V. Exa. que eu já vi alguns desses mesmos Parlamentares, desses mesmos personagens que estão aqui hoje para encher a boca para acusar sem prova o filho do Presidente Lula... Sem provas. Desafio que nos mostrem aqui um documento, uma prova, além da fala do ladrão de carros, que é a testemunha que, segundo eles, merece credibilidade. Sr. Presidente, como pode, Sr. Presidente, um Parlamentar da República, um Deputado, um Senador, a partir de uma informação...? A própria imprensa colocou cheia de cuidados "diz a testemunha", "fala a testemunha", mas não mostra um documento, não mostra nenhuma prova. Aqui vão além do que a imprensa teve coragem de insinuar e afirmam, cometendo crime. E vão responder por esse crime. O senhor já deve ter ouvido falar também que o filho do Presidente é o dono da JBS, que tinha uma Ferrari de ouro, era dono da Oi, era dono de uma fazenda de gado no Pará. Tantas outras mentiras que esses mesmos personagens espalharam, Sr. Presidente, sempre com a mesma prática criminosa de destruir reputações, de enxovalhar a vida das pessoas com mentiras. Essa é a prática que caracteriza esta extrema-direita que nós temos aqui, que se alimenta da mentira e de fake news, e que não tem nenhum escrúpulo para fazer a disputa política. E nós estamos aqui hoje, mais uma vez, assistindo a esse filme que o Brasil conheceu. |
| R | E como é que acaba tudo isso, Presidente? Como é que acaba a mentira de que a urna eletrônica é falsa? Como é que acaba a mentira de estimular as pessoas de que houve roubo na eleição? Acaba com o líder da organização criminosa na cadeia. É assim que termina na democracia. O chamado inquérito das fake news, das mentiras feitas de forma organizada, de forma industrial não é uma coisa nova. Por isso não nos surpreende. Eu só lamento, lamento o nível ou a falta de nível a que chegam alguns integrantes desta Comissão tentando, mais uma vez, com a mentira e com a manipulação, buscar o seu minuto de fama, não é, Presidente? Então, votamos "não", votamos pela rejeição. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pela Oposição, Deputado Alfredo Gaspar. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL. Como Relator.) - Sr. Presidente, eu estava aqui na leitura. O senhor pode dizer qual é o item? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Itens 19, 128, 129, 130, 131, Danielle Fonteles. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Sr. Presidente, tenho visto aqui muitos discursos, principalmente discursos de requerimentos fora do contexto. Pois bem, quem é Danielle Fonteles? Quando foi feito, nesta CPMI, um pedido para afastamento de quebra de sigilo, um Deputado, que tem uma oratória muito boa, disse aqui que Danielle Fonteles tinha negociado uma casa com o maior bandido desse esquema, chamado Careca do INSS, Antônio Carlos Camilo Antunes, pelo valor de 5 milhões, uma casa na Bahia, em Trancoso. Deixe-me contar a novidade: apareceram mais 5 milhões direcionados a Danielle Fonteles. Danielle Fonteles recebeu mais de 10 milhões do esquema do Careca do INSS, não apenas direto pelo Careca do INSS, também pela Spyder, uma empresa que recebeu através da Arpar. Mas, mais do que isso, a Brasília Consultoria, uma empresa formada para lavar dinheiro do Careca do INSS - os senhores se lembram da Brasília Consultoria -, botou no balancete dela o nome sabe de quem? Da Sra. Carolina Fonteles. Olha, quem é a Sra. Carolina Fonteles? Irmã da Sra. Danielle Fonteles. Aí eu fico me perguntando, minha gente: que casa?! A casa saiu de 5 para mais de 11 milhões. A irmã, direto na Brasília Consultoria, no balancete. E quem é Danielle Fonteles? Publicitária que foi do PT. Danielle Fonteles recebeu milhões de reais do esquema do INSS. Aquele requerimento anterior da passagem... Olha, eu não sei por que fizeram tantos dias. Eu não falei nada até agora, mas, Polícia Federal, pegue o voo - que impediram aqui a lista de passageiros - do dia 8 de novembro de 2024 para Portugal, JJ... e tem aí, e os senhores irão encontrar uma quadrilha dentro do avião. E, aqui, sem nenhuma invenção: no dia 8, quem estava ao lado de Careca do INSS no avião era o filho do Presidente da República. E, se isso for mentira, eu renuncio à relatoria - renuncio à relatoria! |
| R | Então, eu acho que deveria ser justa a aprovação. Pena, mas a Sra. Danielle Fonteles é que liga diretamente o filho do Presidente da República, o Sr. Fábio Luís, ao Sr. Careca do INSS. Então, nós estamos dando o caminho. Para mim pouco importa. Eu estou apenas dizendo - foi a primeira vez; nunca passei para a imprensa, nunca disse a ninguém -: o Sr. Careca do INSS está diretamente ligado ao Sr. Fábio Luís, filho do Presidente da República. Quem pode esclarecer quais foram as ligações serão os documentos que nós estamos pedindo aqui, inclusive do voo do 8 de janeiro, e a quebra... (Soa a campainha.) O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - ... e o afastamento de sigilo da Sra. Danielle Fonteles, que recebeu, de várias formas, diretamente do Careca do INSS. Blindagem tem nome, blindagem se chama Danielle Fonteles, que está diretamente envolvida com o Careca do INSS - roubo de aposentados e pensionistas. Não falei até agora, mas não estou aguentando mais essa blindagem descarada. É uma pena que o Governo esteja tratorando quem quer investigar, e nada melhor do que a transparência e a luz do dia para colocarem luzes no maior esquema de roubo de aposentados e pensionistas. E, para finalizar, um Deputado levantou: "Não, você disse onde estava o foragido". Não, eu disse o endereço que o foragido deu aqui, quando veio depor, para dizer à Polícia Federal - para dizer à Polícia Federal - que o endereço é público, que vá à casa do foragido. Mas tenho certeza de que a Polícia Federal foi. Então, Danielle Fonteles, que pode ser blindada daqui a pouco, poderia esclarecer, com o dinheiro que foi para conta dela, mais de R$11 milhões, quem recebeu mesada na República. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado, Excelência. Pelo Governo... O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS. Pela ordem.) - Só um esclarecimento, Presidente. O Relator falou 8 de janeiro, mas imagino que... A SRA. BIA KICIS (PL - DF. Fora do microfone.) - Novembro. (Intervenção fora do microfone.) O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - ... era 8 de novembro, eu acho, não é? O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL. Fora do microfone.) - De novembro, mas vou dizer exatamente o voo e a data. O SR. LUIZ LIMA (NOVO - RJ. Fora do microfone.) - É novembro. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - É que ele falou janeiro. Só para... Porque aí já... O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Oito de novembro de 2024, no voo Latam JJ 8148, Guarulhos-Lisboa. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. Pelo Governo, quem fala? (Intervenção fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Deputado Rogério Correia. O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG. Para encaminhar.) - Presidente, eu, na minha simples opinião e singela opinião: o Relator já deixou de ser Relator há muito tempo. Eu acho que agora ele tem um determinado lado. Isso - é evidente - é um direito que tem, mas as análises não são feitas com a isenção necessária para quem vai fazer um relatório. É a minha opinião e quero apostar no que vai vir nesse relatório. |
| R | Há muito tempo que, em vez de se ver o conjunto da obra, a história do que aconteceu, só existem olhos para a posse do Presidente Lula, que, no final das contas - infelizmente o Relator não quer reconhecer isso; provavelmente não reconhecerá no relatório -, foi no Governo do Presidente Lula que se iniciou o processo de averiguação, de punição, de pagamento de volta aos aposentados daquilo que foi roubado, ou seja, a investigação só prosperou agora, o dinheiro só está sendo devolvido agora e só agora as pessoas estão sendo presas. Isso é um fato. Se isso não estiver no relatório, esse relatório não é isento, porque essa é a realidade. Precisa estar no relatório outro fato concreto: a partir de 2018 e 2019, passou a existir um monte de entidade picareta, e essas entidades picaretas foram atrás de aposentados, colocaram como se fossem filiados, descontaram R$30, R$40, R$50 dos coitados dos aposentados, que eram milhares, e virou bilhões. E isso aconteceu no período de 2018, 2019 e veio até 2024, quando, aí sim, por uma série de circunstâncias, mas também por ser um Governo que quer fazer as investigações, isso parou. Foi, portanto, repito, desautorizado qualquer tipo de desconto de aposentados e, a partir daí, a investigação está seguindo. Bem, não foi feito absolutamente nada durante o Governo Jair Bolsonaro. Agora, são muitos os que vão, visitam Jair Bolsonaro e voltam com uma determinada orientação de fazer, aqui dentro, disputa política. E é isso que está fazendo com que esta Comissão Parlamentar Mista de Inquérito seja vista com olhos agora pela população de desconfiança. Eu recebo muitos telefonemas. Por onde eu ando, as pessoas desconfiam: "Ora, o Relator não vai olhar realmente o que aconteceu e concretizar nos fatos da roubalheira do INSS? A CPMI vai ficar escondendo, por exemplo, esquemas que não são colocados para votação de requerimentos?". Eu já disse vários aqui que não são colocados para que a oposição diga que há blindagem apenas daqueles que querem se ater ao processo da CPMI, que somos nós. Ora, eu apresento um requerimento em relação ao Governador Zema, que foi felizmente aprovado, porque eu tenho elementos de que o Governador estava numa financeira e a financeira pertence à família dele. Ele foi o Presidente dessa financeira até ser eleito Governador, foi o Diretor-Presidente, e essa financeira, no período das eleições, exatamente no segundo turno, conseguiu um acordo de um ACT para fazer desconto de crédito consignado, coisa que ela não fazia. Ora, isso é um dado concreto que eu estou colocando. Agora, abstrair uma notícia que ninguém viu, que não se apresenta, de que tem um avião, de que tem passageiros e quer que a gente aprove uma quebra, não é razoável. Colocam-se nomes de pessoas e se diz "Receberam milhões", mas também não se apresenta um recibo disso. O que tem em relação ao Frei Chico? Nada. O que tem em relação ao Lulinha? Nada de concreto apresentado. Vão pegar a fala de alguém que está em litígio, em brigas e querer transformar isso em realidade. Então, a CPMI acaba virando um palco de disputas políticas. (Soa a campainha.) O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG) - Se eu for trazer para cá tudo aquilo que eu tenho contra Jair Bolsonaro, os filhos dele, um deles foragido lá para fora, e vincular aos problemas para fazer disputa política, a nossa Comissão Parlamentar Mista de Inquérito não vai funcionar. Então, é isso que nós fizemos. Não há blindagem. Há, sim, uma avaliação daquilo que para a gente é essencial aqui ser discutido. Isso precisa ser respeitado, são opiniões diferentes. Basta que a gente discorde e aí querem fazer uma taxação disso ou daquilo. É da disputa política, a gente sabe disso, eu sou Parlamentar há anos. Mas, agora, quando inicia da parte do Relator esse tipo de condições, realmente nós vamos precisar analisar com lupa o que é o relatório para saber se esse relatório é para perseguir o Governo do Presidente Lula ou, de fato, para desvendar quem roubou dos aposentados, que é a nossa intenção. |
| R | Por isso, a gente vota "não". O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Cinco minutos para o Deputado Evair de Melo. O SR. EVAIR VIEIRA DE MELO (Bloco/PP - ES. Para encaminhar.) - A Sra. Danielle Fonteles é uma operadora de recursos ilícitos do PT não é de hoje. O seu histórico mostra que ela sempre esteve à disposição do crime. Esse aqui é o está dando publicidade: "Ex-publicitária do PT atuou com o Careca do INSS [vamos falar a palavra popular] em negócio de [maconha]". Eles usam outro nome aqui para poder tentar esconder. Mas é ligação clara com o tráfico, com coisa ilícita. "Negócio de Cannabis" - isso é para inglês ver. Mas nós não vamos tapar o sol com a peneira. Agora, olha o currículo dessa operadora de dinheiro ilícito do PT. Ela já atuou, inclusive, nas campanhas passadas, e na Operação Lava Jato ela foi delatora. Ela foi uma das pessoas que narrou como era feita a transição de recurso ilícito. Como que eles lavavam o dinheiro com empresa de publicidade. Portanto, ela é figurinha conhecida. Mas não satisfeito o PT com a delação dela, ela também atuou na campanha da Dilma, com o mesmo esquema que é conhecido. Agora, a Sra. Danielle, com essa relação de promiscuidade para com o Careca do INSS, diz aqui: "'Pessoal, criei [um] grupo para acompanharmos passo a passo o trabalho da avaliação do Projeto [...] [da maconha]', escreveu Danielle". Essa mensagem foi enviada em 17 de outubro de 2024. Portanto, o cinismo não me espanta muito, porque eu conheço muito bem como é o processo de lavagem cerebral para recrutamento para kamicazes do partido de esquerda. Os que sobrevivem colocam literalmente uma viseira, não enxergam um palmo na frente do seu nariz, não têm bom senso, não se dedicam à verdadeira causa e se entregam de corpo e alma para proteger essa criminalidade. Essa relação do Lulinha com o Careca, volto a dizer, eu fui o primeiro Deputado a denunciar isso aqui na Comissão e em Plenário, talvez seja uma grande oportunidade para que o Lulinha esclareça o seu patrimônio. Porque, naturalmente, até hoje ele não consegue até falar... Como ele está vivendo em Portugal? A atividade que ele tinha aqui no Brasil, talvez nem dinheiro para passagem teria para comprar. A Sra. Roberta que esteve aqui, amiguinha íntima, também uma das operadoras, essa mesma que levou o Careca dentro do Governo para tratar da liberação da maconha, tem relação com o Lulinha. Portanto, é óbvio que os Deputados e Senadores ligados à esquerda, ligados ao Lula, que têm um histórico de corrupção - o Lula não está inocentado dos roubos que cometeu; a Justiça deu um tempo para ele mas, daqui a pouco, tenho certeza de que ele retornará para onde nunca deveria ter saído -, trabalham como kamicazes, fazem narrativas, mas não conseguem provar a inocência dessas pessoas. |
| R | (Soa a campainha.) O SR. EVAIR VIEIRA DE MELO (Bloco/PP - ES) - Votar pela não convocação da Danielle é dar um carimbo de apoio à criminalidade. Saber que esses 5 milhões, que viraram 10, que viraram 11... Saber que essa moradia escandalosa do Lulinha na Espanha está sendo financiada, essas casas financiadas com a conivência do PT, dos partidos da base do Lula, que, com a maior cara-pálida, vêm aqui falar de inocência, falar de isenção... Portanto, eu também tenho andado muito não só pelo Espírito Santo. Sr. Presidente, Sr. Relator, o Brasil está orgulhoso do trabalho da oposição aqui nesta Comissão, por ter coragem de enfrentar os temas, por ter coragem de não blindar ninguém, para que a verdade possa aparecer. Sim, a Danielle tem que ser convocada. Quem votar contra a convocação dela bota o seu carimbo de conivência com essa roubalheira. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Muito obrigado, Excelência. Estão encerradas as falas. Pergunto se todos já votaram. (Pausa.) Está encerrada a votação. Determino à Secretaria que abra o painel e publique o resultado. (Procede-se à apuração.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Votaram SIM 12; NÃO, 19. Estão rejeitados todos os requerimentos. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS. Pela ordem.) - Assim, Presidente, o único destaque aprovado foi o do Governador Zema, não é isso? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Isso. O SR. LUIZ LIMA (NOVO - RJ. Fora do microfone.) - Presidente... O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Pois aguardo que ele venha aqui, porque ele vai dar um banho aqui em cima da "petezada" e mostrar quem realmente roubou o Estado de Minas... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - ... e o Brasil. Que o Zema venha logo. (Intervenções fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - A sessão está suspensa. O SR. LUIZ LIMA (NOVO - RJ. Fora do microfone.) - Presidente... O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG) - Muito bem recebido aqui. O SR. LUIZ LIMA (NOVO - RJ. Pela ordem.) - Eu tenho certeza de que, se essa votação fosse aberta ao público, o resultado ia ser diferente. E, quando nos chamam de canalha aqui, por fazermos referência a uma reportagem... O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG. Pela ordem.) - Presidente, estão abertas as inscrições? O SR. LUIZ LIMA (NOVO - RJ) - ... o jornalista Fernando Rodrigues, do Poder360, é um dos jornalistas mais premiados da história do jornalismo brasileiro, vencedor do Prêmio Jabuti, em 1994, quatro Prêmios de Jornalismo Esso, ele ganhou o maior prêmio do jornalismo americano em 2018. (Soa a campainha.) O SR. LUIZ LIMA (NOVO - RJ) - Fernando Rodrigues estudou em Harvard. Quando um jornalista chama... Quando um Deputado chama de canalha um jornalista brasileiro tão premiado, é uma agressão à democracia. O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG) - Que Deputado chamou de canalha? O SR. LUIZ LIMA (NOVO - RJ) - Nos chamou de canalha. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência. O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG) - Qual Deputado chamou o jornalista de canalha? O SR. LUIZ LIMA (NOVO - RJ) - O jornalista Fernando Rodrigues... O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG) - Quem chamou? O SR. LUIZ LIMA (NOVO - RJ) - ... um dos jornalistas mais premiados da história do jornalismo brasileiro. O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG) - Quem chamou o jornalista de canalha? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - A sessão está suspensa e será retomada às 15h30. (Suspensa às 14 horas e 07 minutos, a reunião é reaberta às 15 horas e 48 minutos.) |
| R | O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Está reaberta a sessão. Senhores, nós encaminhamos hoje ao Banco Central do Brasil acerca da proposta desta Presidência para a realização de auditoria nos empréstimos consignados já contratados e descontados de aposentadorias e pensões. Essa proposta envolve suspensão dos contratos de empréstimos consignados com desconto em aposentadoria ou pensão firmados até a presente data por seis meses e a realização, durante tal pausa emergencial, de auditoria com vistas a apurar irregularidade da contratação desses empréstimos. A medida não afetaria a contratação de novos empréstimos consignados. Aguardamos uma pronta resposta do Banco Central a esse respeito. Nós teríamos hoje dois depoentes. O segundo deles, Sr. Silas da Costa Vaz, apontado como Secretário da Conafer, foi devidamente intimado por meio do seu advogado, Sr. Elídio Ferreira. Ontem, por volta de 8h da noite, o convocado Silas da Costa Vaz apresentou atestado informando sua impossibilidade de depor. O atestado médico foi emitido em 29 de novembro, mas só foi trazido à Comissão ontem. Ainda, o Sr. Silas reside no Distrito Federal e apresentou um atestado de uma cidade do interior do Amazonas. Diante disso, esta Presidência requisitou informações complementares e acionará a junta médica para que apure a condição médica do depoente. Se for o caso, esta Presidência adotará as medidas cabíveis para agendamento de nova data, mediante condução coercitiva. Quero pedir, portanto, ao advogado Sr. Elídio Ferreira, que apresentou a documentação ontem à noite, que, por gentileza, proceda ao comparecimento do Sr. Silas à junta médica, para que se evite o pedido de condução coercitiva, que esta Presidência não hesitará em fazer, para que o Sr. Silas possa trazer as explicações a esta Casa. Oitiva do Sr. Américo Monte Júnior, empresário, Requerimento 1.342, de 2025, do Deputado Rogério Correia. O Sr. Américo Monte Júnior já se encontra conosco. A CPMI foi notificada da decisão do Ministro Nunes Marques no Habeas Corpus 265755, no qual deferiu parcialmente o habeas corpus nos seguintes termos: "Entendo, desse modo, assistir parcial a razão à parte impetrante, devendo ser garantido ao paciente todos os direitos relativos aos investigados intimados para interrogatório. [Portanto, ele vem na condição de investigado.] Em face do exposto, concedo em parte a ordem de habeas corpus para garantir ao paciente o direito ao silêncio, a não assumir o compromisso de falar a verdade, em razão da condição de investigado não testemunha, a assistência de advogado e, por fim, não sofrer constrangimentos físicos ou morais decorrentes do exercício desses direitos". Ainda assim, feito esse esclarecimento, pergunto se o depoente aceita prestar o juramento de falar a verdade. (Intervenção fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - No microfone, por gentileza. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR (Para depor.) - Não, Presidente. |
| R | O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Bem, quero saudar o advogado. Não vi o nome do senhor, Doutor. Doutor, prazer. O SR. LEVY EMANUEL MAGNO (Fora do microfone.) - Como vai o senhor? O senhor está bem? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Quero saudá-lo. O senhor já conhece bem o procedimento. Se precisar interromper a qualquer momento a fala ou a sessão, o senhor poderá. Em caso de algum tipo de tratamento que o senhor considere desrespeitoso, acione esta Presidência, e não os Parlamentares, para que a gente possa manter aqui a devida condição da nossa sessão. Eu quero também aqui aproveitar, mais uma vez, com essa decisão do Ministro Kassio Marques, Ministro Nunes Marques... Eu digo sempre o seguinte: há um respeito muito grande pelo Supremo, mas o Parlamento tem de se levantar. Nós precisamos mostrar claramente que o país precisa de um reequilíbrio entre Poderes. Não é mais possível o que está acontecendo. Ontem, a decisão do Ministro Gilmar Mendes foi uma demonstração clara de absoluto desrespeito ao equilíbrio entre os Poderes. Se existem vácuos, se existem lacunas na legislação, é dever de peso e contrapeso da Constituição que o Parlamento seja consultado, porque somos nós quem fazemos as leis e nós temos que ter coragem de dar respostas, mas não mais aceitarmos passivamente, como a Presidência anterior desta Casa aceitou, uma decisão monocrática parar um Parlamento inteiro, especialmente 81 Senadores. E agora, uma decisão que está, a meu ver, totalmente fora da Constituição: a questão de impeachment de Ministro do Supremo no Tribunal Federal é decisão do Senado, e não é mais Procurador-Geral da República, que é quem participa do processo, mas esta Casa tem que ter a coragem de se manifestar, não é mais possível isso. Já está na Câmara um projeto de lei que acaba com decisões monocráticas. Eu espero que o Presidente Hugo Motta tenha a coragem de colocar em votação, não por retaliação - eu tenho falado isso bem -, mas por responsabilidade com o Brasil. Nós precisamos reequilibrar. Hoje há uma interferência absurda do Supremo Tribunal Federal nas decisões do Parlamento. Esses habeas corpus são uma demonstração clara de um recorte, porque essa é uma investigação independente, não tem ligação nenhuma com o Supremo, não tem com a Polícia Federal. E vem aqui um habeas corpus que tira de uma das nossas testemunhas - para nós, mas que vem como investigado, que está em um caso de quase R$1 bilhão - de poder não responder às perguntas dos Parlamentares. Isso é um absoluto desrespeito a esta Casa, e nós não podemos mais tolerar esse tipo de situação. Nós precisamos reequilibrar os Poderes entre o Brasil. Como o Sr. Américo está dispensado do juramento, passo a palavra para que ele possa fazer uma apresentação nos próximos 15 minutos. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Boa tarde a todos. Sr. Presidente, Senador Carlos Viana; Sr. Relator, Deputado Alfredo Gaspar; Sras. Senadoras, Srs. Senadores, Sras. Deputadas, Srs. Deputados. Meu nome é Américo Monte Júnior, tenho 46 anos, casado, sou empreendedor, resido no Estado de São Paulo. Vou fazer um breve relato aqui. Eu informo a V. Exas., sempre com muito respeito, que vou exercer os direitos que me foram garantidos como investigado pela decisão do Exmo. Ministro Nunes Marques, em sede do HC. Ponto 1: exercício do direito ao silêncio, sem condicionais. Número 2: exercício do direito de não assumir o compromisso de dizer a verdade em razão da minha condição de investigado. |
| R | Então, eu agradeço a atenção dos nobres e das Excelências, mas eu vou me manter em silêncio. Agradeço a atenção. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Eu desejo apenas lembrar ao Sr. Américo Monte - e a defesa está acompanhando - que perguntas qualificadoras e públicas não podem deixar de ser respondidas. Para as perguntas que o senhor entender incriminatórias ou não, é claro, é um direito que lhe foi dado, mas às perguntas de qualificação e públicas o senhor, por gentileza, responda. Com a palavra o Relator Alfredo Gaspar. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL. Como Relator.) - Sr. Presidente, hoje é um dia muito especial. Especial por quê? O Brasil tem acompanhado, ao longo dessa jornada, um trabalho sério conduzido por V. Exa. E hoje é a última sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito no ano de 2025. Olha, quando começamos a jornada, havia uma desconfiança muito grande sobre se tudo isso iria terminar em pizza. Eu tenho ouvido aí: "O Governo tem a maioria e não aprova o relatório". Olha, às vezes é muito mais importante a jornada do que a chegada. E a jornada está sendo acompanhada e fiscalizada pelo povo brasileiro. Nós chegamos aqui sem conhecimento aprofundado dos fatos e dos detalhes, mas todos, sem exceção, cada qual com a sua preferência, procuraram estudar a matéria e hoje viram que o sistema de previdência social vem sendo atacado há muito tempo. Presidente, não tem sido uma jornada fácil. Quase 30 depoimentos; sessão média de dez horas por depoimento. E nessa jornada encontramos muitos obstáculos, entre eles os habeas corpus dados pelo Supremo Tribunal Federal, que têm atrapalhado muito a busca e o esclarecimento da verdade. E o que mais tem atrapalhado não são os habeas corpus em si; é que cada ministro é uma instituição, e cada habeas corpus vem de uma forma modulada e diferente. Nós não temos uma padronização. E aí, Presidente, eu queria dizer a Minas Gerais - não o conhecia - do orgulho que sinto de estar irmanado com o senhor nessa jornada. Presidente, as pressões não têm sido pequenas. Os pedidos não são poucos. Negar pedido publicamente é fácil; difícil é fazer isso entre quatro paredes. E, Presidente, o senhor conduzindo esta CPMI tem se portado de maneira a honrar a nação brasileira. Por isso, eu quero dizer a V. Exa. do orgulho que sinto de estar aqui sob a sua condução. |
| R | Mas, Presidente, meu coração também dói. Passei 24 anos numa jornada de promotor de justiça. Sentei com muitos investigados, com muitos réus, sentei com o povo brasileiro; às vezes como testemunha, às vezes como vítima, às vezes como acusado... Mas, nesses meus 24 anos de atuação no Ministério Público, eu nunca deixei de escutar nenhum desses atores porque saiu um habeas corpus para não permitir o aprofundamento da investigação. Aqui, nessa jornada, eu ainda não tive a satisfação de ouvir um investigado ou uma testemunha mais importante que não chegue, antes dela, uma comunicação do Supremo Tribunal Federal, dando todos os direitos e mais alguns, que, para mim, exacerbam o direito constitucional de defesa. E por que eu estou falando isso? Porque eu já posso dizer, na minha vida, que eu conheci duas justiças: a justiça do povo e a justiça dos ricos. A justiça do povo é aquela em que a sociedade, todo dia, vê milhares de pessoas indo às delegacias, aos fóruns, prestando depoimento em qualquer uma dessas qualidades. Atores diversos. E a justiça do rico é aquela em que você pode praticar qualquer fato, mas você tem a garantia de ultrapassar até os limites que estão previstos na Constituição. Hoje é o último depoimento deste ano, e se repetem os obstáculos os quais estamos vivenciando. Eu não conhecia o Seu Américo Monte. Ó, Seu Américo, o senhor está muito alinhado. É muito bom poder sentar numa CPMI, ter um terno bacana, uma gravata bacana, estar com um cabelo bacana... É muito bom vir para um ambiente desse, mas, antes de chegar, já tem um habeas corpus mais bacana ainda. Eu poderia perguntar, mas ele já disse: não vai falar absolutamente nada, porque está respaldado com um habeas corpus. Então, Sr. Presidente, em nome de V. Exa., eu quero parabenizar os Parlamentares que fazem a CPMI, os servidores que têm nos acudido aqui, os jornalistas que têm persistido, e dizer ao povo brasileiro que estamos aqui por um motivo: pelos aposentados e pelos pensionistas. Passa aqui, por favor. (Pausa.) Passa aí. (Pausa.) Passa mais. Mais. Mais. Volta aqui. Seu Américo, eu vou começar por aí. Seu Américo, se eu encontrasse o senhor numa aeronave, se eu encontrasse o senhor num hotel, se eu visse o senhor a bordo de um carro, da forma como o senhor se porta, eu diria: "Esse rapaz deve ter sucesso na vida". |
| R | Seu Américo, eu conheci um pouco a sua vida financeira. Olha, esse rapaz que está aí, nem sempre foi assim. Em 2020 e 2021, ele recebeu o auxílio emergencial. Olha só que mudança de vida! Primeira pergunta que eu faço ao senhor: por que o senhor recebeu o auxílio emergencial? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR (Para depor.) - Excelência, eu vou permanecer em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Olha, o Brasil ainda é um país de oportunidades. Recebeu o auxílio emergencial por mais de um ano e, quatro anos depois, virou multimilionário. Por que Américo Monte está aqui hoje? Para a gente saber se essa prosperidade foi fruto do trabalho ou se essa prosperidade foi roubo do dinheiro dos aposentados e pensionistas. Vou fazer a segunda pergunta: o senhor recebeu o auxílio emergencial porque estava num grupo de vulneráveis ou porque o senhor viu uma oportunidade de retirar também o dinheiro do povo mais sofrido do Brasil? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou me manter em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Passa. Seu Américo, aqui eu tenho mais de 14 ou 15 empresas, todas têm como sócio-administrador o senhor. O senhor poderia dizer o que é que representa cada uma dessas empresas? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou me manter em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Passa. O senhor poderia me dizer qual é a sua relação com a Aasap? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou me manter em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - O senhor poderia me dizer qual a sua relação com a Amar Brasil? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou me manter em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Eu só queria, porque eu não saudei o doutor advogado, saudá-lo. Já esteve aqui e mostrou o exemplo de ser um advogado ético e que tem altura para enfrentar os grandes desafios, Doutor. O senhor poderia me dizer qual a sua ligação com a Anddap? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou me manter em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - O senhor poderia me dizer qual a sua ligação com a Master Prev? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou me manter em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - A Aasap (Associação de Amparo Social ao Aposentado e Pensionista) iniciou o acordo de cooperação técnico com o INSS em 12 de julho de 2023. Quem foi o servidor atuante? O Jucimar, que esteve aqui conosco. Quem era o Diretor de Benefícios? O André Fidelis. O senhor pode dizer se conhece Jucimar Fonseca, porque ele disse aqui que conhecia o senhor? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou me manter em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - O senhor pode dizer se conhece André Fidelis? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, vou me manter em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - A Amar Brasil, ACT em 9 de março de 2022; Jucimar Fonseca, o técnico responsável; Diretor da Dirben, Edson Yamada. O senhor conhece Edson Yamada? |
| R | O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, vou me manter em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - O senhor conhece José Carlos Oliveira? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, vou me manter em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Anddap (Associação Nacional de Defesa dos Aposentados e Pensionistas). O acordo de cooperação técnica foi em 6 de fevereiro de 2024. Do Jucimar, o senhor já respondeu e de André Fidelis. O senhor conhece Alessandro Stefanutto, Presidente do INSS de então? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, vou me manter em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Master Prev, ACT, 31 de agosto de 2023. Os personagens são os mesmos. Então, não sei quem deu este apelido: os "golden boys". Aqui está Américo Monte. E por que ele está aqui? Porque estamos investigando o roubo dos aposentados e pensionistas. "Ei, Alfredo, por que você citou essas quatro entidades?" Passe aqui... Eu citei, porque essas quatro entidades juntas roubaram do povo brasileiro mais de R$700 milhões - mais de R$700 milhões! -, sem prestar serviço ao povo brasileiro. Roubaram dos aposentados e pensionistas mais de 700 milhões. "Sim, mas em que é que isso explica Américo Monte?" Passa aí, por favor. Passa mais. Porque, por meio de procurações, o Sr. Américo Monte passou a controlar todas essas entidades. Passa mais. Não! Volta lá. Bora falar da Aasap. O que é que a liga a Américo Monte? Ele tem uma procuração da Aasap. Sim, e quem mais dele está na Aasap? Micaela ou Micela da Silva Magalhães é o que do senhor? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, minha filha. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Diretora Financeira da Aasap. Waldemar Monte Neto é o que do senhor? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Meu irmão. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Aasap. Agora vamos para a Amar Brasil. Amar Brasil. Américo Monte - porque o Américo Monte Júnior é o senhor. O que é que o Américo Monte é do senhor? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, meu pai. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Foi Presidente... Não. É. Continua Presidente da Amar Brasil. Micaela foi Vice-Presidente, e ele já disse que é a filha. Waldemar Monte Neto foi Presidente, ele disse que era o irmão. Agora, Anddap. Da Anddap, ele tem a procuração. Da Master Prev, o irmão dele, Waldemar Monte Neto, foi o Presidente. Quem é Erica Cristina da Silva Monte? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, minha esposa. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - A esposa foi Diretora Financeira. O senhor poderia me dizer qual a sua relação com Daniel Dirani? |
| R | O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, vou me manter em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Passe aqui, por favor. (Pausa.) Passe. (Pausa.) Passe mais um. Olhem, essas entidades tiraram mais de R$700 milhões roubados do povo mais sofrido do Brasil. Já mostramos uma por uma. Além da procuração para ele, há a procuração para também Felipe Macedo, antes Cordeiro Vasconcelos, e algumas do Igor Delecrode. "Mas, Alfredo, o que é que essas entidades fizeram?" Foi feito no Meu INSS um estudo: na Aasap, 99,2%, de 142 mil pessoas - mais de 99% -, disseram que as autorizações de desconto eram falsas; Anddap, 99,1%, de 179 mil pessoas, 99% disseram que era autorização fraudulenta; Master Prev, 99,2% de 272 mil pessoas; Amar Brasil, de 336 mil pessoas, 99,3% disseram que não eram verdadeiras as autorizações para desconto. E, no meio disso aqui tudo, nós estamos diante daquele que tem autorização, que tem procuração, cujos familiares, pai, irmã, esposa e filha, participaram também, além da procuração que ele tem, dessas administrações. Passe aqui. (Pausa.) Passe mais, mais, mais. O senhor teve uma Ferrari ou um Porsche apreendido pela Polícia Federal? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, não. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Quais carros do senhor foram apreendidos pela Polícia Federal? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, vou me manter em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Olhe: "PF rastreia frota de R$28 milhões com [...] [os novos] ricaços [...] [do Brasil]". Está aqui perante nós alguém que está sendo investigado pelo desvio, pelo roubo de milhões de reais de aposentados e pensionistas. Passe aí, por favor. Olhe, eu acho bonito demais. O cara tem um carro bom, e, às vezes, eu fico assim, admirando. Qual é o problema? Qual é o problema de ser rico? Qual é? Poxa, trabalhou, conquistou, tem dinheiro? Não tem problema. Agora, o problema é ser rico com dinheiro roubado de aposentado e pensionista. E é por isso que hoje nós estamos aqui para continuar a investigação. Passe aqui, por favor. Eu vi que o senhor tem um carro de quase R$2 milhões, esse jipe aqui, esse jipe da Mercedes. O senhor pode dizer com qual dinheiro o senhor comprou esse carro de quase R$2 milhões? |
| R | O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, vou me manter em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Olhe, como é dito aqui, falta comida, falta remédio, falta tudo para o aposentado. Olhe, aqui tem os R$30, R$50 possivelmente do dinheiro desviado de milhões de brasileiros. Passe aí, por favor. É a última? (Pausa.) Então vamos para os gráficos. Sabe o que é que às vezes eu fico pensando? Olha, qual é o papel da CPMI? É investigar. Mas, quando chega numa hora dessas em que vem com habeas corpus, qual é o papel da CPMI? É poder, pelo menos, sentar o investigado ali, e o Brasil poder vê-lo. Eu e os senhores, se nós estivéssemos sendo acusados de um fato como esse, eu acho que aqui era o local para se defender e mostrar que estávamos completamente equivocados. Só vou botar os óculos aqui. Américo Monte Júnior. "Amar Brasil [pai dele, Presidente] tirou R$324 milhões [do INSS] dos aposentados [e pensionistas]", para a ABCB. Aqui tem uma empresa chamada AMJ. O senhor poderia me dizer de quem é a AMJ Security? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, essa empresa é minha. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Essa empresa recebeu da Amar Brasil, de que o seu pai é o Presidente, 18,925 milhões. O senhor pode dizer qual foi o serviço que o senhor prestou para Amar Brasil? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, vou me manter em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - O senhor poderia dizer quem é Cícero Juarez Saraiva da Silva? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, vou me manter em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Roberto Rivelino? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, vou me manter em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Qual a sua relação com Igor Dias Delecrode? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, vou me manter em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Qual a sua relação com Wilson Roberto Gomes? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, vou me manter em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Qual a sua relação com Vanessa Peres Vale? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, vou me manter em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Senhores, aqui, em relação à Amar Brasil, essa empresa e ele - não vou ler cada esquadro disso -, essa empresa e ele, mais de 15 milhões de... mais de R$20 milhões de movimento através da AMJ, que é dele, foi criada justamente nesse período. Sabe o que foi dito pela AMJ? Qual foi o serviço prestado pela AMJ? Eu perguntei a ele, e ele disse que ia se manter em silêncio. Eu vou responder por ele. Eu vou responder, porque foram mais de R$20 milhões. Sabe qual foi o serviço, Deputado Evair? Nenhum. Não houve serviço. São R$20 milhões. E o mais bonito disso é que o pai, Presidente da Associação dos Aposentados, repassou para o filho mais de R$20 milhões sem prestação de serviço. |
| R | Sabe qual foi o serviço que a Amar Brasil prestou a aposentado e pensionista? Nenhum. Foi criada para pegar dinheiro de aposentado e pensionista, e os coitados, todo dia... Os senhores viram, mais de 99% dos que foram pesquisados, 99,3%, nunca deram autorização para aquele desconto daquele dinheiro suado - R$30, R$40, R$50. Só esse núcleo aqui da Amar Brasil colocou no bolso mais de R$20 milhões. Passa aí, por favor. (Pausa.) Desculpa. O senhor pode dizer qual a sua relação com a empresa AMJC? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, é minha empresa. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - O senhor pode dizer que tipo de serviço a sua empresa prestou à Aasap? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, vou me manter em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Qual a sua relação com a CM Consultoria e Assessoria? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, vou me manter em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Qual a sua relação com a Monte Consultoria? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, essa empresa é minha. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Qual a sua relação com a Inovare Empreendimentos? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, essa empresa é minha. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Olha, a AMJ, empresa dele, recebeu da Aasap, que é outra associação... Cinco milhões foram repassados para ele. Contem aí, 5 milhões. A Monte Consultoria, que é dele também, repassou para ele 10 milhões. A Inovare recebeu dele 8 milhões e depois passou dinheiro para a esposa dele, Érica. Nove com dez: vinte. Só aqui... Só aqui, nesse outro núcleo de empresa, recebeu R$25 milhões. Sabe qual foi o serviço prestado pela Monte, pela AMJC e pela Inovare? Nenhum, R$25 milhões. Agora, vou dar outra informação aos senhores. Aqui, a Aasap mandou 250 mil para a CM Consultoria. A CM Consultoria é do senhor também? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, vou me manter em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Aí, sabe para quem a CM Consultoria passou 250 mil? Para a Pizzaria Delícia. E o que é que tem a ver pizzaria no meio disso? Porque o dinheiro... Segundo o que a Polícia Federal detectou, o Sr. Alessandro Stefanutto, que está preso... Ele gostava de pizza com dinheiro. Não é pizza calabresa, nem mussarela, não, é com dinheiro. Mais 250 mil para o Sr. Alessandro Stefanutto, Presidente do INSS. (Intervenção fora do microfone.) O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Olha, aqui foram 25 milhões. Vamos para a outra. |
| R | O SR. EVAIR VIEIRA DE MELO (Bloco/PP - ES. Fora do microfone.) - Trocaram coentro por folha de dólar. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Vamos para outro... Essa aí eu já tinha visto. Só tem esses dois? (Pausa.) Esse aqui eu já fiz. Só tem esses dois? Pronto. Aqui é a Caap. A Caap os senhores já conhecem, núcleo Cecília Mota, do Rio Grande do Norte. Falando em Cecília Mota... Do Ceará, desculpe. Do Ceará. Falando em Cecília Mota, nós temos que trazer aqui um cidadão chamado Natjo - "natijon". Eu não soube pronunciar o nome, mas ele que está lá do outro lado está sabendo que é com ele. A gente precisa trazer ele aqui. A Caap mandou R$42 milhões para a F2A Tecnology. Qual a sua relação com a F2A? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, vou permanecer em silêncio. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Olha, R$42 milhões. A CBPA, que é daquele Abraão Lincoln, mandou mais 2 milhões para a F2A. E a Aapen, também ligada ao núcleo da Cecília, mandou mais 8. Só aqui, R$52 milhões. Sabem os serviços prestados? Nenhum. Diretamente ligada ao Sr. Américo Monte Júnior, ao Sr. Felipe Macedo, ao Sr. Igor Dias Delecrode, ao Sr. Anderson Vasconcelos. Só aqui, nessa brincadeira sem prestação de serviço, vários núcleos se uniram para isso. Aí, Américo Monte Júnior, sócio da F2A... Baixa um pouquinho aqui que não está... Consegue? (Pausa.) Não, essa não. Trocou. (Pausa.) É essa aqui? (Pausa.) Essa aqui. Aí eu estou precisando que isso venha um pouquinho para baixo. Só não pode ficar onde está. Passou para ele, passou para a pessoa física dele, essa empresa que recebeu 50, para ele, pessoa física, passou 8,5 milhões. A F2A também passou para ele aqui mais 1,5 milhão, pessoa física. Aí, recebeu aqui mais alguns milhões - mais alguns milhões. Aí sabe para onde ele mandou quase R$16 milhões? Para a E&A Security. O senhor pode me dizer de quem é a E&A Security? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, essa empresa é minha. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Olha, retirado sabe de onde? Da Master Prev, da qual ele tem procuração, retirado da Caap, da CBPA e do escritório de advocacia da Cecília Mota, que precisamos relembrar, Cecília Mota tem como madrinha e que tinha procuração para cuidar das coisas do INSS, uma Deputada Federal que hoje não tem mais mandato, me parece com o nome de Gorete. |
| R | Olha, nesse núcleo aqui, nesse núcleo aqui, mais de R$70 milhões movimentados. E onde está Américo Monte nesse grupo? Está aqui, recebendo o dinheiro de toda essa conjuntura criminosa. Passa aí, por favor. Essa aí eu já falei. (Pausa.) Américo Monte Júnior. O que é que Américo Monte Júnior tem a ver com essas empresas? É procurador da Master Prev, é procurador da Aasap, é procurador da Anddap. A ABCB/Amar Brasil, o irmão dele era Conselheiro fiscal; e o pai, Presidente; a filha dele, Vice-Presidente; a esposa, Diretora financeira da Master Prev; a filha, Diretora financeira da Aasap. Olha que família toda dentro das organizações criminosas. Aí ficam dizendo: "Mas você cita o nome da família...". Ei, quem botou a família no núcleo criminoso não fui eu, não. Então, Srs. Parlamentares, Sras. Parlamentares, o povo brasileiro, essa é uma estrutura criminosa comandada pelo Sr. Américo Monte Júnior, que retirou quase R$1 bilhão do bolso do aposentado, do pensionista. Me diga... O local de Fernandinho Beira-Mar, para mim, se tivesse pena de morte, era pena de morte; se tivesse prisão perpétua, prisão perpétua. Local de Marcola, tivesse pena de morte, era pena de morte; senão, prisão perpétua. Bandidos violentos, matam gente para demonstrar força, praticam maldade, estão tomando conta da nação com o crime organizado. E sabe que, quando eu falo assim, sabe que as pessoas aplaudem? Você sabe que as pessoas comentam lá dizendo: "Você está certo. Esses bandidos aí só prestavam para botar uma raça dessa dentro do avião, o piloto pular com paraquedas e esses vagabundos morrerem" - a população aplaude. Agora, deixa eu dizer uma coisa, Américo Monte Júnior deu um rombo muito maior do que Fernandinho Beira-Mar e Marcola; causou mais dor nas pessoas do que esses dois. E a população, se eu botasse esse rosto com ele vestido dessa forma, talvez a população não tivesse o mesmo sentimento. Para mim, o que eu tenho aprendido nessa jornada é que nós não podemos olhar a cor, posição social, poderio econômico, proteção política. Nós não podemos ter um Brasil dividido em dois. Um Brasil que quer pena dura para bandido do povo, e um Brasil que aceita habeas corpus preventivo para bandido com dinheiro. |
| R | O Brasil não pode continuar dessa forma. Nós não podemos levar tapa na cara em cima de tapa na cara! Quase R$1 bilhão... Vai entrar pela porta da frente e vai sair pela porta da frente desta CPMI, porque tem um habeas corpus protegendo, mas esse cidadão faz parte de uma organização criminosa que, no mínimo, já que não tem pena de morte e prisão perpétua, deveria estar encarcerado no sistema prisional federal para, quando estivesse recolhido lá, poder dizer quem são os seus parceiros finais, poder dizer quem são os seus protetores políticos. O Brasil não aguenta mais isso. Vir e ficar calado é um direito constitucional, mas vir solto e sair daqui solto é um tapa na cara do povo brasileiro. Já deveria estar preso há muito tempo: mais de R$100 milhões diretamente para ele ou ligados a ele. Por isso, é fácil: é fácil ter cobertura, é fácil ter fazenda, é fácil ter carros de luxo, é fácil ter roupa boa, é fácil dar luxo à família quando o dinheiro é roubado do aposentado e do pensionista. Presidente, eu vou encerrar minha participação dizendo, como eu comecei: o Brasil não aguenta mais tanta impunidade. Foi feito um discurso aqui dizendo que, no primeiro dia, eu tinha pedido mais de 20 prisões. Eu pedi e todos aceitaram. Sabem por quê? Porque havia um inquérito da Polícia Federal que embasava isso. E o acerto da decisão é que, um a um, estão sendo mostrados aqui como criminosos que meteram a mão em milhões de reais. Olha, eu acho certo: o cara vai lá, assalta, rouba um celular, tem que estar na cadeia. Eu mesmo fui Relator do projeto e botei a pena lá em cima. É fácil botar um bandido dessa natureza na cadeia. Agora como aqui, não. Como aqui, o escândalo estourou, o dinheiro foi descoberto, estão luxando e não acontece absolutamente nada. Ministro André Mendonça, demais membros do STF, Polícia Federal: o povo não aguenta mais tanta impunidade! Essa raça que roubou aposentados e pensionistas tem que ir para a cadeia. Obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado, Relator Alfredo Gaspar. Como autor do requerimento inicial, Deputado Rogério Correia. O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG. Para interpelar.) - Presidente, obrigado. Deputados e Deputadas, Sr. Américo Monte, Dr. Levy... Presidente, o Relator deu aí um resumo bastante detalhado do significado dessas empresas, mas eu gostaria de colocar, Relator, alguns dados a mais, porque realmente é de a gente ficar enjoado, abismado de ver, o que acontece e a rapidez com que essas pessoas enriquecem. O Sr. Américo Monte tem 46 anos. Está ainda jovem, mas evoluiu muito rápido. Quatro entidades são desse núcleo, o chamado núcleo que o Deputado Paulo Pimenta apelidou de "golden boys". São pessoas mais novas que se enriqueceram muito rapidamente, e, em geral, com entidades que não demonstram que prestaram serviços para os aposentados. A primeira pergunta que eu faço, Américo: quais serviços a Amar, a Master Prev, a Anddap e Aasap prestavam aos aposentados? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR (Para depor.) - Excelência, vou me manter em silêncio. |
| R | O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG) - Pois é, se não consegue dizer o que prestaram de serviços aos aposentados, eu vou deduzir que não prestaram os serviços e vou demonstrar, e o Relator já fez isso. Mas, vejam bem, são quatro entidades que recolhiam dos aposentados, R$40, R$50, R$60, e de milhões de aposentados deu bilhões. Nesse caso, quase R$1 bilhão, por essas quatro entidades, os chamados "golden boys" - para o nosso povo brasileiro entender, para os aposentados, como é que o dinheiro ia sendo roubado. Então, essas entidades que não prestavam serviço nenhum, recolhiam dinheiro dos aposentados. Pegaram o nome desses aposentados através de alguma forma de corrupção, que nós já estamos vendo, dentro do próprio INSS e, a partir daí, faziam os seus descontos. Então, essas entidades se enchiam de dinheiro, e esse dinheiro, depois, precisava ser lavado. E aí eu vou tentar, também, entender um pouco essa questão da lavagem e tentar mostrar ao povo brasileiro como é que isso acontecia. Então, quatro entidades, todas com ACTs. Esses ACTs foram feitos em 2022, 2023, até 2024. Teve um ACT, Presidente, Relator, que ele tentou fazer ainda em 2025, de uma nova entidade, que eu vou revelar para vocês, que se chamava Anipab. Porque o negócio estava bom demais, então eles chegaram, ainda em 2025, e fizeram mais uma, mais uma para fazer farra, mas essa não chegou a se concretizar porque tinha terminado o período de se aceitar esses ACTs, como eram aceitos. Mas veja bem, Presidente, eu fiz aqui para se ter uma noção de como que se enriquecia rápido. A declaração de Imposto de Renda do Sr. Américo Monte, em 31 de dezembro de 2023, era de R$11.075,22, R$11 mil. Já em 31/12/2024 foi de R$7.787.339, ou seja, em um ano, passou de R$11 mil para quase R$8 milhões, um enriquecimento extraordinário no Imposto de Renda. Muito difícil conseguir. Pois bem, vamos ver como é que é isso, então, acontecia. Eu vou pegar alguns exemplos para ficar claro. Como é que se fazia isso? Entrada para o fundo da Previdência. A Previdência mandava o recurso para essas entidades. Vou pegar uma entidade, a primeira delas aqui, a Amar Brasil. Então, entraram de crédito na Amar Brasil, no dia 7 de junho de 2024, R$14 milhões, uma TED de R$14.138.042,15, uma TED que veio do INSS, que era dinheiro dos aposentados, descontado para essa empresa, a Amar. No dia 14 de junho, chega lá na conta da Amar Brasil. No mesmo dia, foram pulverizados como? Um milhão para a ADV Serviços Administrativos. Essa é do senhor? A ADV? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, vou me manter em silêncio. O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG) - Mais 1 milhão para a AMJ Security Ltda.; 598 mil para a JBG; 323 mil para EMJC; 1 milhão, de Pix, para a EMJC. Essa é do senhor? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, vou me manter em silêncio. O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG) - E 500 mil para MKT. Então, no mesmo dia, Presidente, chega o valor do INSS, que veio dos aposentados, para a Amar, e a Amar passa para as empresas deles. Ele não quis dizer de quem são essas empresas, mas ou mas ou é dele, ou é do Felipe Gomes, ou é do Anderson, ou é do Delecrode, são deles, então dos "golden boys". Isso aqui é um exemplo que eu peguei. |
| R | Olha o exemplo da Master Prev: fevereiro de 2025, 18 milhões, número redondo, chegam lá na conta da Master Prev. Aí já sai no mesmo dia: 150 mil para Anderson Cordeiro de Vasconcelos; 150 mil, Felipe Macedo... Ah não, isso é o que foi depositado para eles, viu? Bem, e aí o dinheiro circula, volta para a mesma Master Prev, indicando ciclagem interna de recursos. Um outro exemplo aqui, Master Prev ainda, esses 18 milhões: Aldc, 4 milhões, 4,2 milhões; E&A Seguros, 4,420 milhões; FAG-JC, 4,3 milhões; e mais descontos, 956 mil reais. Então o dinheiro chega e, neste caso, em poucos minutos, mais de 13 milhões dos 18 que chegaram foram pulverizados para empresa do próprio núcleo dos "golden boys". Tentaram, como eu disse, criar uma nova entidade que é a Anipab. Essa eles tentaram criar... Eles criaram em 27 de fevereiro de 2025, mas não conseguiram, não deu tempo de fazer o ACT, porque a denúncia já estava grande. E a Anipab, então, não conseguiu fazer mais roubo no INSS. Mas estavam tentando outra, além das quatro. Bem, fez transferência, o Seu Américo, de 93 mil para Eric Fidelis - o Relator já perguntou sobre isso -, mais 124 mil para Deus é Fiel Church (Sete Church), 124 mil para o Cesar Belluci. Esse foi recurso que o senhor repassou? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, vou me manter em silêncio. O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG) - Mais 200 mil para o Péricles Albino Gonçalves, Pastor da Igreja Evangélica Campo de Anatote, de Barueri, São Paulo. Foi o senhor? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, vou me manter em silêncio. O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG) - Américo Júnior foi citado também pelo Felipe Macedo Gomes naquele discurso na igreja Sete Church, em que ele falava que, através do pagamento - e o Sr. Marcos Montes estava lá - do dízimo, ele passou, então, a receber em troca, segundo ele, das mãos de Deus - que ele falou; tenho por mim que deve ter sido mais pelas mãos do José Carlos de Oliveira -, recursos e mais recursos, e aí se abriu o horizonte para eles, através de rezas que eles faziam, de joelhos, segundo ele, nos templos da igreja. Parece deboche. Na verdade, eram recursos que vinham não de dízimo, mas do enriquecimento dessas entidades, onde o José Carlos Oliveira foi um que agraciou muito. E aí começa, então, a haver uma série de formas de lavagem de dinheiro. O tempo é curto, mas eu vou procurar resumir. No caso... A revista Piauí cita uma empresa que chama BVK. É uma das formas de fintechs que nós vamos ter que investigar. Eu vou fazer requerimento disso depois, para quebrar o sigilo dessas fintechs. A BVK é uma. A Clava Forte foi outra também que eu coloquei - essa é do Pastor Valadão -, do mesmo jeito que existia para outras igrejas. As fintechs passaram a ser, para o povo entender, uma forma de lavagem de dinheiro, porque se recebe nessa fintech. Ela é uma espécie de correspondente bancário. Ela não é registrada direto no Banco Central. Então, ela é uma fintech, um banco digital, um correspondente que circula por dentro de outro banco, que não faz a fiscalização. E esses bancos, não fiscalizando, não mostram como que esse dinheiro chegou. (Soa a campainha.) |
| R | O SR. ROGÉRIO CORREIA (Bloco/PT - MG) - Então, se passou a consolidar uma série de fintechs, por exemplo, a Clava Forte Bank, do Valadão; o Felipe Gomes tem a WG Bank; o Pastor Belluci tem a BVK Invest; a Amar Brasil tem a OBM Bank; o Felipe Gomes tem ainda o Rendbank. Tudo para fazer uma blindagem. São santinhos de pau oco e, por dentro dessas empresas, desses bancos, dessas fintechs, eles faziam, portanto, a lavagem desse dinheiro. Então, isso passou a ser uma moda, uma norma que agora a Polícia Federal está investigando bem. Foi assim que, na Operação Carbono, por exemplo, se descobriram aqueles fundos do PCC, e nós vamos ver que aqui também tem recurso do próprio PCC misturado com esses bancos e com essas fintechs. Presidente, é, portanto, um sistema que vem roubando o aposentado. Essas empresas não prestam serviço nenhum e ao final das contas lavam o dinheiro em fintechs que vai voltar para os carros luxuosos, para os vinhos caríssimos, para tudo aquilo que eles ostentam como pessoas bilionárias, milionárias, que depois vão sonegar imposto no Brasil. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado, Excelência. Deputado Zé Trovão, com a palavra. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC. Para interpelar.) - Sr. Presidente, última oitiva do ano de 2025, nós esperávamos um pouco mais, mas, na verdade, como disse o Relator, a Suprema Corte está passando, na nossa cara, melado para nos chamar de abelha. E para quem não sabe, quando você vira para um peão na roça e fala: "Ô, peão, você é um peãozinho abelha, viu?", você está dizendo que ele não vale nada, que não serve para nada! É o que o STF está fazendo com a gente, está chamando a gente de abelha aqui, viu? Bom, o Gilmar Mendes tentou fechar ontem o Senado Federal também. Então, não tem muito do que se duvidar. Sr. Américo, muito obrigado pela presença do senhor; pela do nosso doutor advogado, que já esteve aqui conosco, o Sr. Levy; é uma honra recebê-los. Sr. Américo, eu queria fazer uma pergunta: o senhor é casado? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR (Para depor.) - Excelência, sou casado. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - Tem filhos? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, tenho filhos. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - Quantos filhos o senhor...? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Tenho quatro filhos. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - Quatro filhos? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Quatro. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - Qual é a idade deles? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Uma filha de 26, um filho de 22, um de 21 e uma filha de 9. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - Entendi. Sr. Américo, eu queria muito, antes de fazer as perguntas, dizer que eu sempre falo a todos os sentam nessa cadeira que eu parto do pressuposto de que o senhor tem todo o direito da presunção de inocência, mas a presunção de inocência também vem acarretada de uma certa obrigação de, pelo menos, quando possível, esclarecer fatos que são notórios. Eu acho que o senhor deveria falar um pouco mais. Sei que o senhor não quer falar, tem um direito constitucional, mas falar não faz mal. Quando a gente tem a capacidade ou tem a consciência de que não cometeu crimes, a gente fala. Nós não estamos falando apenas de irregularidades, nós estamos falando de um sistema criminoso que foi muito bem trabalhado, adaptado e coordenado para roubar pessoas da idade da avó do próprio senhor, que está aqui, diante de mim. Então, nós estamos falando de pessoas que - assim como o senhor talvez tenha vindo de uma família pobre - muitas vezes são de famílias pobres, ou, pior, tem algumas que são de famílias miseráveis. E o que mais nos dói é que essas pessoas só têm este Parlamento para defendê-las. Este Parlamento é a última esperança que nós temos! |
| R | Amar Brasil, o pai do senhor continua como Presidente? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, ele é o atual Presidente. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - Atual Presidente. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Isso. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - O.k. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - A antiga Presidente faleceu recentemente. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - O senhor tem conhecimento de quem são os presidentes das demais, como Master Prev, Anddap, Aasap? O senhor sabe quem são esses presidentes? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou permanecer em silêncio. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - Eu pergunto porque a instituição de que o seu pai é Presidente e as demais já desviaram quase R$1 bilhão, 700 milhões. E, paralelamente, com essas explosões todas que aconteceram, suas empresas foram criadas justamente após o acordo... Pessoal, se vocês puderem fazer silêncio, eu agradeço. ... justamente após o acordo com o INSS. E as suas empresas, misteriosamente, começaram a receber milhões de reais. Por exemplo, a AMJ Security recebeu 38,2 milhões da Amar Brasil. A Inovare Empreendimentos comprou... É uma empresa que foi criada com capital de 50 mil, mas comprou mais de 13,2 milhões em imóveis em espécie. O senhor acha... O senhor pode pelo menos me confirmar se isso é verdade ou mentira? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou permanecer em silêncio. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - As respostas do senhor aqui seriam fundamentais, porque eu não quero lhe acusar. Mas, Sr. Américo, a sua empresa AMJ Security foi aberta exatamente no mesmo mês da assinatura da cooperação técnica da Amar Brasil com o INSS. Então, assim, quem estruturou e quem planejou empresarialmente foi o senhor esse negócio. Se o senhor fica em silêncio, o senhor me força a dizer que a AMJ é uma empresa criminosa, porque ela recebeu ilícitos. O senhor entende? O senhor não quer nos falar como esse dinheiro chegou, o senhor não quer. Então, eu vou dizer para o senhor que o senhor usou dinheiro fruto de crimes. Como eu disse, a empresa Inovare, do senhor, tem um capital de 50 mil e comprou 13 milhões de imóveis. Eu só queria que o senhor me respondesse se é verdade ou mentira, porque às vezes é mentira isso aqui. E eu não posso ser injusto. Imagina o senhor falar para mim: "Olha, Deputado, está mentindo, isso aí está errado". Eu não vou nem continuar. Mas, se o senhor não vai fazer isso, o senhor confirma que uma empresa que não tem condições financeiras, não tem capital, comprou imóveis à vista. Isso é corrupção. Isso é crime. Eu vi ali que o senhor tem... As suas filhas participam das empresas, gerenciam inclusive algumas entidades e tudo mais. Mas eu vou dizer pela filha de nove anos do senhor, ela não tem nada a ver com isso, não. E, infelizmente, Sr. Américo, o contador do senhor que esteve aqui, eu fui gentil com ele igual estou sendo com o senhor, é o mesmo contador de todo mundo. É a coisa mais doida do mundo. É uma coincidência. É como se eu entrasse no banco e tivesse um assalto e, do nada, a polícia entrasse e eu estivesse com um malote de 100 milhões na mão, eu ia dizer para eles: "Não, mas eu só entrei. Eu sou inocente. É coincidência". Não fecham as contas. |
| R | E nos deixa ainda mais estarrecidos porque documentos do Tribunal de Contas da União mostram que 482 mil afiliados foram feitos em etapas próximas a empréstimos consignados. Então, o tribunal está dizendo que todo esse esquema que aconteceu não tem largas escalas, é tudo muito próximo. Como o senhor explica, por exemplo, que a empresa do seu grupo que atuou em tecnologia financeira aparece justamente como intermediária dessa conversão de consignados em filiação associativa? O senhor consegue pelo menos explicar isso para nós? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu não opero com crédito consignado, não consigo ajudar na resposta. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - Porque está aqui, é um relatório do TCU (Tribunal de Contas da União). O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Acredito que seja em relação aos consignados em si, não às minhas empresas. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - Mas essa empresa aqui, essa que atua... Essa empresa, por exemplo... A empresa do seu grupo... O senhor tem uma empresa no seu grupo que atua na tecnologia financeira, correto? Porque trabalha com a tecnologia. Dentro do seu grupo, tem uma empresa de tecnologia? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Exato. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - Essa empresa está sendo apontada... Ela aparece justamente como intermediária dessa conversão de consignado em filiação associativa. Então, é como se a sua empresa pegasse dados de quem fez empréstimo consignado e transformasse essas pessoas em associados dentro dessas entidades. O senhor tem esse conhecimento? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, é uma empresa de tecnologia. Eu gostaria muito de ajudá-lo, mas, no processo, a gente vai fazer a devida defesa do processo legal. Eu não tenho como explicar aqui. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - O senhor já disponibilizou toda a documentação de todas as suas empresas? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu não fui ouvido ainda. Eu não tenho... O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - Não foi ouvido. O senhor se compromete com esta CPMI de nos fornecer todas as documentações? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu acredito que os meus advogados... Tudo o que for necessário pode ser solicitado a eles. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - O.k. O senhor pode explicar qual era a contrapartida concreta das suas empresas? Eu não vou nem perguntar isso aqui... (Soa a campainha.) O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - ... porque é sobre a Amar, e o senhor já falou que não vai responder. Sr. Américo, eu lhe agradeço pelo menos por esse esclarecimento. Mas eu quero deixar um recado, Presidente, ao povo brasileiro. Todos os criminosos serão presos, condenados e pagarão caro por isso. E eu espero que todo o dinheiro volte ao bolso do povo brasileiro. No meu Estado de Santa Catarina, são 111 mil aposentados que tiveram dinheiro da sua conta retirado. São mais de 100 mil famílias. Quando a gente fala num aposentado, a gente tem que pensar que, muitas vezes, um aposentado cuida de outra pessoa. A justiça precisa ser feita. E este Deputado encerra hoje, nesta CPMI, com a garantia de que eu não vou parar até o último criminoso ser preso. E digo também, Sr. Américo, que, se o senhor for inocentado, eu ficarei muito feliz. Eu espero que toda a sua trajetória de sucesso nesse curto tempo não seja fruto do crime, mas fruto de um trabalho suado. Mas, se o senhor for criminoso, eu espero que o senhor passe pelo menos uns 20 anos na cadeia, porque, no Brasil, é assim: a pena não é perpétua, não demora muito tempo. Muito obrigado, Sr. Presidente. Assim, eu encerro minha participação, agradecendo ao senhor por todo o serviço que o senhor prestou neste ano, na CPMI. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado, Excelência. O SR. ZÉ TROVÃO (PL - SC) - E quero dizer ao senhor que, com grande orgulho, foi graças à interpelação deste Deputado aqui que o senhor está sentado aí hoje e nós temos um Relator, porque, naquele dia, eu disse que nós tínhamos que ter fé e lutar para vencer as eleições aqui da CPMI. |
| R | Então, eu fico feliz de ter ajudado a escolher o melhor Presidente de CPMI da história do Congresso Nacional e o melhor Relator da história desse Congresso, Alfredo Gaspar, e o nosso Senador Carlos Viana, que será reeleito com uma votação muito maior do que da primeira vez. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado, Excelência. Senador Sergio Moro, com a palavra. O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR. Para interpelar.) - Presidente, umas perguntas muito rápidas aqui. O senhor é o titular da empresa AMJ Security Ltda., correto, Sr. Américo? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR (Para depor.) - Correto, Excelência. O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR) - O que essa empresa faz, qual é o objeto social dela? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou me manter em silêncio. O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR) - O objeto social, o senhor fica em silêncio. Essa empresa recebeu valores da Amar Brasil Clube? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou me manter em silêncio. O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR) - O senhor também é o titular da AMJC Serviços Administrativos e Cobrança Ltda.? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Qual empresa, Excelência? O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR) - AMJC. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Sim, sim, Excelência. AMJ, sim. O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR) - E o que é o objeto social dessa empresa? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Vou me manter em silêncio, Excelência. O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR) - Consta aqui que essa empresa... Os números vão variando segundo aqui o corte temporal, mas, em um demonstrativo que eu tenho, consta aqui um recebimento de R$25 milhões da parte dela, da Amar Brasil Clube. Foi esse o valor que foi recebido? Mais, menos? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou me manter em silêncio. O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR) - Que serviços que a AMJ Serviços Administrativos prestou à Amar Brasil Clube? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu vou me manter em silêncio, Excelência. O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR) - A Amar Brasil Clube é presidida pelo seu pai? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Atualmente sim, Excelência. O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR) - E ele é o verdadeiro gestor ou é o senhor? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu vou me manter em silêncio, Excelência. O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR) - O senhor colocou o seu pai lá para ser uma pessoa interposta ou ele realmente administrava a empresa? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Meu pai é atuante na entidade, mas eu prefiro me manter em silêncio. O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR) - E o senhor gestionava também essa entidade? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou me manter em silêncio. O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR) - Eu tinha uma série de perguntas a fazer aqui, até peço desculpas pela repetição de algumas que já foram feitas pelo Relator, mas só para me certificar, só queria retratar o quadro aqui geral. Veja, a Amar Brasil Clube recebeu R$316 milhões, segundo um quadro que eu tenho aqui, de descontos associativos de aposentados e pensionistas; 99%, segundo ali apresentado pelo Relator, não concordam com esses descontos. O senhor não sabe me dizer o que a Amar Brasil Clube fazia, embora fique claro para mim que o senhor tem ingerência nessa empresa e o seu pai, não sei se é um laranja, ou pessoa interposta, ou trabalha ali de alguma maneira, mas enfim, o senhor não sabe me dizer. Aí a sua empresa pessoal recebeu R$25 milhões da Amar Brasil Clube, ou seja, o fluxo do dinheiro está indo para o senhor e para a sua empresa. O senhor não responde o que ela faz. O que a gente leva à conclusão aqui, Sr. Américo, é que o senhor está lavando dinheiro. Na outra ponta aqui foi feita a ligação com empresas controladas por funcionários do INSS, como o Stefanutto. É disso, então, que a gente vai sair aqui com a impressão? O Brasil vai sair com essa impressão do senhor: "Eu lavei dinheiro de aposentados e pensionistas e paguei, com isso, suborno para funcionários do INSS." Esse é o seu trabalho, Sr. Américo? Ou o senhor gostaria de esclarecer alguma coisa? |
| R | O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, no momento certo, eu vou responder. O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR) - O momento certo é agora, Sr. Américo. Quem tem a verdade do seu lado, quem tem os fatos pode chegar aqui e falar. Se não tem, realmente fica na postura como o senhor. Todo mundo sabe isso. Não eu critico por exercer o seu direito de silêncio - é o seu direito -, mas assim o senhor sai daqui com a testa tachada de lavador de dinheiro profissional. O senhor não tem nenhuma explicação? Tem interesse de fazer algum esclarecimento? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu prefiro me manter em silêncio, Excelência. O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR) - Presidente, eu quero aqui apenas retomar o tema da manhã, porque a gente está vendo que, nesta CPMI, apesar dos discursos, claramente existe uma divisão. Existe uma oposição ao Governo Lula, que requereu a CPMI, e esta CPMI foi constituída a despeito de o Governo Lula trabalhar para que não fosse. E aí, de repente, vêm integrantes do Governo tomar quase como posse desta CPMI. Perderam aqui na indicação da Presidência e do Relator - por cochilo, provavelmente -, mas, em todas as votações, o que a gente está vendo é uma blindagem. E aí fica difícil o PT e o Lula virem aqui, e defenderem investigações, e ficarem com essa montanha de mentiras a todo momento, quando, na hora de decidir requerimentos de pessoas que receberam dinheiro do Careca do INSS, que é aquela publicitária, a Danielle - foi a segunda vez que nós colocamos aqui o requerimento de votação -, a maioria, a base do PT e do Governo Lula, impediu que fosse quebrado. Ela recebeu 5 milhões. E, agora, hoje, o país está assustado, porque já sabia que tinha envolvimento do irmão do Lula, o Frei Chico, que, aliás, impediram de ter o sigilo quebrado e de ser convocado aqui para explicar o que ele fazia no Sindnapi, Vice-Presidente, que recebeu milhões de reais roubados dos aposentados. Tiveram até que... O dirigente do Sindnapi se recusou a dizer quanto o irmão do Frei Chico recebia de salário, supostamente algo lícito, mas nem isso foi possível esclarecer. Agora, a cereja da impunidade, o golpe praticado pela base do Governo, pelo Governo Lula, em fomentar a impunidade foi hoje, Sr. Presidente. Eu sei que não é responsabilidade sua, eu sei que não é responsabilidade do Relator, que têm um propósito diferente, o de fazer essa investigação a fundo, mas hoje a base do Governo adotou aqui uma postura de fomentar a impunidade ao impedir que fosse convocado e quebrado o sigilo bancário e fiscal do Sr. Fábio Lula da Silva, que nós ouvimos, há meses, aqui, que seria o mentor desse esquema criminoso. Se é ou não é eu não sei, mas, quando a base do Governo opera para que a testemunha-chave, o Sr. Edson Claro, ameaçado de morte pelo Careca do INSS - levou à prisão dele inclusive - o Edson Claro, não venha aqui prestar o seu depoimento, quando agora manobra para ter a maioria para barrar a convocação do Sr. Fábio Lula da Silva - nem sei se conseguiríamos ouvi-lo, porque parece que ele está escondido; não sei, está lá na Espanha, saiu do país -, não é uma atitude de quem pretende responder pelos seus atos. |
| R | Então, o que eu tenho dito é: esse escândalo de corrupção está no colo do Governo Lula, porque os descontos associativos escalaram no Governo Lula, foram para a casa dos bilhões de reais. Dois: os funcionários, altos funcionários do INSS - Stefanutto, Virgílio, André Fidelis - que chegaram às posições de destaque já estiveram no INSS antes e certamente não são boas pessoas. Podem até ter roubado no passado, mas foram colocados na posição-chave... Presidente do INSS, durante a gestão do Lula, nomeados pelo Lula, com a digital do Lula. Agora tem lá o Fábio Lula da Silva como um possível mentor desse esquema criminoso, e a base do Governo, vergonhosamente, deturpando o papel de uma CPMI, ao invés de aprovar o requerimento de convocação, o requerimento de investigação, barra essa convocação. É uma vergonha completa essa atuação. Então, não venham aqui fazer discurso de falso moralismo. Os senhores e senhoras vieram aqui, sim, para obstruir as investigações. Essa é a realidade. Eu saio daqui com a minha consciência tranquila, porque nós cumprimos o nosso papel. E a CPMI pode até não chegar no Fábio Lula da Silva por conta dessa obstrução, mas tentou, e fez com que o assunto voltasse aos holofotes... (Soa a campainha.) O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR) - ... para que um sujeito como esse - aparentemente o Sr. Américo é um lavador profissional de dinheiro - tivesse pelo menos aqui o ônus de vir e exercer esse direito ao silêncio na frente do povo brasileiro. Teve pelo menos o mérito de levar o tema à atenção do Supremo Tribunal Federal, que decretou a prisão de vários desses criminosos; talvez não do mentor principal, porque, não sei, se estão obstruindo aqui, imagino que estejam tentando fazê-lo em outras esferas também, mas a CPMI cumpriu o papel que pôde. Só não foi adiante até o momento - mas espero que isso mude -, por conta da base do Governo, que adotou essa postura contraditória com a presença deles nesta CPMI. É isso, Sr. Presidente. Obrigado, Senador. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Com a palavra o Deputado Luiz Lima. O SR. LUIZ LIMA (NOVO - RJ. Para interpelar.) - Obrigado, Presidente Carlos Viana, Relator Alfredo Gaspar. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - A roubalheira do INSS roubou minha voz também. (Risos.) O SR. LUIZ LIMA (NOVO - RJ) - E falando em roubalheira, Presidente Carlos Viana, no decorrer da CPMI do INSS, a gente teve resgatados alguns programas humorísticos. E Chico Anysio, quando foi questionado por um dos participantes ali da Escolinha do Professor Raimundo, o Chico Anysio pergunta o coletivo de ladrão - e isso foi nos anos 90, hein! -, e ele fala: "INSS". Olha, eu tenho o maior respeito aos funcionários do INSS, mas é muita laranja podre, é muito esquema. Tenho certeza de que o Américo Monte Júnior, participando de quatro empresas familiares envolvendo pai, irmã... irmão, esposa, filha, recebeu uma autorização para queimar R$1 bilhão, quase R$1 bilhão dos aposentados brasileiros. Então, no INSS, olha, se fosse uma empresa privada, estaria todo mundo demitido - desculpa falar isso -, porque é muita contaminação. Sr. Américo, eu ia fazer perguntas para o senhor, mas o seu esquema aqui é um esquema de "copia e cola". É muito parecido com o Conafer, com o Sindnapi, com o esquema do Careca. São todos muito parecidos, muitos são instituições de fachada, operadores financeiros, recebedores de propinas ligados. Então, a gente tem mais um esquema muito parecido e que... |
| R | A gente observa que esta CPMI... Se eu não me engano é a 29ª sessão ou 30ª, né? E ao longo desse tempo, a percepção dos brasileiros com mais de 60 anos foi, assim, muito clara: teve uma perda, de 15% a 20%, de adesão ao Governo Lula, mesmo os eleitores do Presidente Lula estão incrédulos... A gente tem aqui, nas redes sociais dos Deputados de oposição, uma adesão infinitamente maior em relação aos Deputados aqui do PT que estão presentes. Basta você, amigo de casa, entrar na rede de qualquer Deputado aqui do PT. Veja o engajamento que eles têm. Veja o número de comentários que eles têm. Por isso que eu falei: se a votação, hoje, dos requerimentos de convocação fosse feita por você, que está em casa, certamente a gente não teria perdido, e esse é o peso que o Senado Federal e a Câmara dos Deputados vão carregar aqui, principalmente aqueles Deputados... E já está sendo divulgado, em redes do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Minas, de todo o Brasil, o nome de cada Deputado que blindou os bancos, que blindou o filho do Presidente Lula, que blindou aqui representantes como Jorge Messias, Ministro da AGU, que foi citado no Estadão, de São Paulo... O filho do Lula foi citado hoje no Poder360, do Fernando Rodrigues, o jornalista investigativo mais premiado do Brasil, com o Prêmio Jabuti, quatro Prêmios Esso, premiado pela imprensa norte-americana, o maior prêmio da imprensa norte-americana em 2018... Eu tenho certeza absoluta de que o jornalista Fernando Rodrigues, no auge dos seus 62 anos, não iria queimar sua reputação com informações falsas. É tudo muito evidente; é tudo muito claro: nenhum Deputado do PT subiu à tribuna - é o meu segundo mandato - para denunciar qualquer irregularidade de 2019 a 2022. Eu vou repetir: eles podem tentar o que quiserem. Resgatar vídeo... Eu peço que os Deputados do PT que estejam presentes aqui resgatem algum vídeo deles, na tribuna, apontando algum erro do Governo Bolsonaro em relação a descontos indevidos. São descontos que acontecem há muitos anos, feitos por unidades, instituições ligadas à esquerda brasileira: Conafer, Sindnapi, Contag... Isso aqui é um nicho de mercado de disputa entre PT, PDT, do Sr. Ministro Wolney, citado aqui numa reportagem cujo pregão eletrônico, na disputa de uma das unidades de atendimento ao INSS, 135... O brasileiro que liga 135 cai em Caruaru, Recife ou Salvador. No ano de 2023, no início do Governo Lula, em 22 de junho, o vencedor dessa disputa, um empresário recifense, ficou no Ministério da Previdência o dia todo, acompanhando o pregão. Olha, é muita evidência... O que eu tenho a falar, Presidente, é agradecer a oportunidade, agradecer ao meu Partido Novo, que tem uma assessoria legislativa exemplar - exemplar. O Romeu Zema aqui, que o Deputado Federal de Minas Gerais está... Só pensa nele! Deve dormir, acordar, pensar no Zema. O Zema, hoje, se ele se candidatar ao Senado Federal, vencem o Zema e o Viana. Se o Zema vier candidato a Presidente ou Vice-Presidente, é um peso enorme ao PT, porque é o único presidenciável que ganha do Lula, no Estado de Minas Gerais, por 49% a 37% - Paraná Pesquisas, última pesquisa. Então, por isso esses ataques. O Governador Zema aqui... Blindaram todo mundo: blindaram o filho do Lula; blindaram o José Messias; blindaram os bancos; |
| R | Blindaram todo mundo, blindaram o filho do Lula, blindaram o José Messias, blindaram os bancos, blindaram o Ministro Wolney, fazem de tudo para não virem, mas o Zema vem aqui. A política é por parte deles, e a verdade está com a gente. Américo, a única pergunta que eu vou fazer para você, talvez duas: você tem consciência da sua convocação, por que você está aqui? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR (Para depor.) - Excelência, vou permanecer em silêncio. O SR. LUIZ LIMA (NOVO - RJ) - Você se arrepende de alguma coisa que você fez? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu vou permanecer em silêncio, Excelência. O SR. LUIZ LIMA (NOVO - RJ) - Nós temos idade parecida, eu estou com 47; você está com 46. É muito dinheiro que passou com você. Você não ficou em nenhum momento com medo de tanto dinheiro, sem nenhuma prestação de serviço feita? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou permanecer em silêncio. O SR. LUIZ LIMA (NOVO - RJ) - Você acha que teve uma atitude irresponsável de pôr sua filha, sua esposa nesse segmento, que é um ciclo vicioso, um espiral de corrupção? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu entendo V. Sa., mas eu creio que aqui não é o ambiente para minha defesa. Então, eu vou permanecer em silêncio. O SR. LUIZ LIMA (NOVO - RJ) - Américo, esse seria o melhor ambiente para sua defesa, eu tenho certeza, porque nós, Deputados, não temos uma avaliação 100% jurídica, nós temos perguntas diversas, amplas e que, na minha opinião, facilitariam até a sua defesa. Você tem alguma pessoa a que você deve favor dentro do INSS? A algum operador financeiro a que você deve favores? Você dividia alguma comissão? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou permanecer em silêncio. O SR. LUIZ LIMA (NOVO - RJ) - Presidente Viana, eu encerro por aqui. Nós temos aqui delações premiadas de presos, foram dez presos, mais de dez presos aqui na CPMI, 400 sigilos quebrados. Eu acredito que a pressão que a CPMI fez, tanto na Polícia Federal quanto no STF, é fruto de 500 mil visualizações que a gente tem por sessão aqui, porque as nossas sessões ficam no YouTube. A gente tem milhões de pessoas que assistiram. O que eu recebo aqui de apontamentos de eleitores dizendo que foram roubados, dizendo que tiveram empréstimos consignados sem autorizações... Então, são coisas muito fortes aqui. Por exemplo, esse senhor aqui: Luiz Lima, eu me chamo Dirley Juarez de Souza, sou do Rio de Janeiro, e eu e minha esposa Marinete somos telespectadores de todas as reuniões da CPMI do Senado [...] e só paramos de assistir quando termina a reunião. Principalmente de sua fala [...] [e] de outros parlamentares da direita conservadora. O motivo do meu contato com o senhor é que hoje consegui baixar o APP Meu INSS do meu irmão de sangue David [...] de Souza e para surpresa, desde [...] 2013, num total de 29 empréstimos, [...] descontos de quase R$1.116,00 [...] de sua aposentadoria [...]. Eu vou parar por aqui, mas é uma carta bem específica, endereçada aqui para o meu gabinete, como a muitos Deputados aqui. Tem mais e-mails que a gente recebe específicos, e é isso que dá uma sensação de ser útil, muito boa, Carlos, muito boa mesmo. Américo, espero que você reflita. Todos nós podemos errar muito, mas, como disse o José Dirceu, no segundo mandato do Governo Lula, quando começou a dar confusão. (Soa a campainha.) O SR. LUIZ LIMA (NOVO - RJ) - Ele falou assim: "O PT se lambuzou". E muitos envolvidos na CPMI, muitos envolvidos com roubo do INSS se lambuzaram. Presidente Carlos Vieira, muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado, Deputado Luiz Lima. Com a palavra o Deputado Paulo Pimenta. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS. Para interpelar.) - Presidente, normalmente eu não gosto de, na minha manifestação, responder a Parlamentares que não estão presentes. |
| R | Mas o ex-Juiz da Lava Jato, popularmente conhecido como Marreco de Maringá, tem essa estranha mania de falar, ofender todo mundo, e fugir, uma característica dos covardes, de uma forma geral. Veio aqui, ofendeu o PT, ofendeu a família do Presidente Lula e fugiu, como ele faz sempre. Ele usou a palavra "vergonha", Presidente. Vergonha é ele. Ele é uma vergonha para o Poder Judiciário, ele é uma vergonha para o Brasil. É um cara que se notabilizou por ter perseguido o Presidente Lula, a D. Marisa, os filhos do Presidente Lula, o neto do Presidente Lula... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Silêncio, por favor! O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Esse cara é uma vergonha para o Brasil. Então, se tem alguém com quem a gente tem que ter vergonha, inclusive, de conviver aqui nesse ambiente, nessa CPI, é o Marreco de Maringá, covarde, que costuma falar, ofender todo mundo, levantar e ir embora. Em segundo lugar, esse Sr. Américo Monte Júnior só se tornou milionário, ele só se tornou "golden boy", Presidente - e eu vou provar o que eu estou dizendo -, graças a esse decreto, Decreto 10.537, assinado pelos Srs. Jair Messias Bolsonaro, Paulo Guedes e Onyx Lorenzoni. Se não fosse esse decreto aqui, Sr. Presidente, de 28 de outubro de 2020, nem ele, nem os parceiros, sócios dele, jamais teriam se tornado o que se tornaram, e não teriam conseguido roubar os aposentados, as aposentadas, os pensionistas, o BPC. Então, Sr. Presidente, se existe esse esquema criminoso que roubou bilhões de reais de aposentados e aposentadas do nosso país, é graças ao Governo Bolsonaro, às mudanças que foram feitas pelo Governo Bolsonaro. E aí, Sr. Presidente, veja bem, o doutor, o Sr. Américo, era de uma entidade chamada Associação Nacional de Defesa Sobre Rodas, essa era a entidade de que ele era, Sobre Rodas. Está aqui a ata da assembleia, quando ele transformou a entidade dele na entidade chamada Anddap (Associação Nacional de Defesa dos Direitos dos Aposentados e Pensionistas). Sabe o que é curioso, Presidente? Sabe quem foi o primeiro Presidente da Anddap? O Josias. Lembra quem era o Josias? O funcionário do Palombo. Josias Dias de Aguiar, o funcionário do contador Palombo, foi o primeiro Presidente da entidade da qual o nosso depoente de hoje fazia parte. E aqui, na diretoria, nós vamos encontrar, aqui, parentes e pessoas ligadas a ele, né? Posteriormente, Sr. Presidente, bem pouquinho tempo depois, eles pegaram uma outra entidade chamada Chronos Clube de Benefícios. Eles trabalhavam, Presidente, com grupos, clubes de seguro, que é aquela ação paralela às seguradoras - clubes de seguros. Eles vêm, todos eles, dessa área, seguros, consignados... Todos eles. |
| R | Aí ele cria, Sr. Presidente, a Aasap. Quem é o Presidente? Igor Dias Delecrode. Quem é a Diretora Financeira? Micaela da Silva Magalhães, filha do Américo. E quem é o Presidente, depois, que renuncia para que o Igor assuma? Waldemar Monte Neto, irmão. Não satisfeito, Sr. Presidente, tem a Master Prev Clube de Benefícios, Presidente Waldemar Monte Neto. E nós vamos encontrar o irmão de Américo Monte Júnior, que evidentemente é filho do Américo Monte, que é o pai. Então, todos eles estão aqui, os parentes também. Agora, que curioso, Presidente! Logo que foi feita essa mudança... Olhem que postagem interessante! Vocês devem conhecer esta figura aqui, que está presa: Jair Messias Bolsonaro. E o que diz aqui o Walter Monte Neto? "Este é o Presidente que escolho para governar nossa nação". A família toda fez questão de mostrar para o Brasil o agradecimento ao Presidente que abriu as portas para eles, da noite para o dia, se tornarem milionários - centenas de milhões. E o pai e o irmão e ele, os "golden boys" agradeceram de várias formas, inclusive com dinheiro, que a gente sabe que o sócio dele depositou na conta do Onyx Lorenzoni - curiosamente, o Onyx Lorenzoni é quem assina o decreto que permite que eles possam passar a roubar de aposentados e aposentadas. Mas olhe que curioso, Sr. Presidente. Lá na Aasap, num determinado momento, teve uma denúncia dizendo o seguinte: um funcionário denunciou que a Sra. Micaela Magalhães, irmã dele, Presidente, foi denunciada por ensinar funcionários como fraudar assinatura para concessão de consignados. Já está aqui ó: Micaela Magalhães, neta de Américo Monte e filha de Américo Monte Júnior - portanto, é filha -, denunciada por empréstimos fraudulentos de consignado. Mais uma vez, nós vamos encontrar aqui Valter Monte Neto, Américo Monte Neto, todos eles, Presidente. Mais adiante, nós vamos encontrar Erica Cristina, esposa. Qual era a entidade? Previna Auto. Vejam que ela também vem do ramo de proteção veicular - sempre envolvidos com esse tipo de atividade. Anderson Cordeiro, Micaela da Silva Magalhães... Erica Cristina, Sr. Presidente, era também parte de um projeto social chamado Kairos, que tinha por objetivo a arrecadação de cestas básicas para famílias carentes. Curiosamente, quem era o contador da Kairos? Mauro Palombo. E esta entidade, Kairos, foi criada quando eles criaram a Kairos Representações do mesmo nome. E a Kairos, quem eram os sócios, Sr. Presidente? Américo Monte Júnior, Anderson Cordeiro, Felipe Macedo Gomes, Jorge Branco Garcia e quem mais? O alfaiate João Carlos Camargo Júnior. Então percebam que eles criaram a Kairos como entidade e criaram uma suposta entidade beneficente para distribuir cesta básica, no mesmo período que eles faziam as doações para as igrejas, que era comandada pela esposa do Américo. |
| R | Curiosamente, Presidente, tem uma movimentação muito grande para uma empresa chamada Naverio Navegação do Rio Amazonas. (Soa a campainha.) O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Várias vezes aparece no RIF, Presidente, com um total de R$5,1 milhões para a Naverio Navegação do Rio Amazonas. Nós temos que investigar essa empresa, Presidente, porque é uma empresa de comercialização de combustível. Curiosamente, essa investigação do PCC mostra que esta tem sido uma forma de lavagem de dinheiro. Por que razão eles será que gastavam milhões de reais, Presidente? Eram R$1,3 milhão, R$1,250 milhão para uma empresa chamada Naverio Navegação do Rio Amazonas. Se a gente olhar aí, Sr. Presidente, no Google, a gente vai ver que essa empresa aparece, inclusive, em situações envolvendo Parlamentares, com prestação de contas, de cotas, de combustível e assim por diante. Para concluir, Presidente, em 31/12/2023, Imposto de Renda Pessoa Física do Américo: R$11.075,00. Em 31/12/2024, R$7.787 mil, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Para encerrar, Excelência. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Então, veja que nós temos aqui elementos de sobra que confirmam tudo aquilo que a gente já disse. E, na minha fala de Liderança mais tarde, eu vou apresentar um documento inédito que comprova, mais ainda, tudo o que eu já disse: de que forma o Governo Bolsonaro mudou a estrutura do INSS para poder permitir que as empresas dos corruptos roubassem os aposentados e aposentadas? Logo mais dos meus cinco minutos, eu vou mostrar esse documento inédito, que é uma prova incontestável da ação criminosa da organização. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - O Sr. Américo Monte Júnior quer se manifestar. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Os caras estão tentando me calar! O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN. Fora do microfone.) - Falou 13 minutos! O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS. Fora do microfone.) - Eu? É o meu número 13. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR (Para depor.) - Excelência. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Senhores, por favor. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - O tempo de Líder seu vai ser de dois. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, só a título de informação, até para poder ajudar. Houve uma grande confusão aí entre empresas privadas e entidades associativas e data de fundação das empresas também. Projeto Kairos é uma empresa de mais de dez anos, não tem nada a ver com... Não foi criada junto com a outra empresa, que é privada também. Previna é uma empresa privada também, não tem nada a ver com entidade associativa. Só para o Exmo. Deputado depois poder organizar as informações. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Deputado Marcel van Hattem. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS. Fora do microfone.) - Senador Rogerio Marinho. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Senador Rogerio Marinho. O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB. Fora do microfone.) - E eu, Presidente? O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN. Fora do microfone.) - O senhor é o 13º O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB. Fora do microfone.) - Não, 13º, não! O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Cabo Gilberto, o senhor é o 14º. O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB. Fora do microfone.) - Graças a Deus! O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Senador Rogerio Marinho. |
| R | O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN. Para interpelar.) - Bom, Sr. Presidente, eu quero saudar todos os presentes aqui, em especial o Sr. Américo e o seu advogado, que está vindo aqui de outra feita. Eu não vou fazer perguntas, porque o Relator já fez, e o depoente está se utilizando aí do que lhe diz a Constituição e o habeas corpus de se manter em silêncio sempre que puder produzir alguma prova contra si. Eu vou apenas fazer aqui uma observação. Vocês vejam como esse número 13 nos persegue. O investigado, o Sr. Américo, comprou 13 milhões em imóveis, à vista, em um ano, durante 13 meses. Só uma curiosidade aqui, porque esse 13 realmente é um número complicado. Dito isso, eu não sei se é possível colocar na tela a nossa primeira... Colocaram aí, trouxeram para vocês alguma coisa? Bom, então, está sem tela, está "destelado". Sr. Presidente, eu quero começar dizendo que esta CPMI - porque esta é a última reunião deste ano, nós vamos nos reunir de novo em fevereiro - prestou um serviço até agora extremamente importante à sociedade e pedagógico, porque mostrou primeiro... Uma série de mentiras foram expostas, tipo: "O nosso Governo combateu a corrupção". Mentira, não houve isso. Quem... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS. Fora do microfone.) - É verdade... A corrupção... O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Eu quero mais um minuto, Sr. Presidente, fui interrompido agora, e meu raciocínio, infelizmente, foi obliterado aqui pela intervenção do colega. É possível mais um minuto, Sr. Presidente? Mais um minuto, Sr. Presidente. Obrigado. Bom, é porque tenho que rearranjar aqui o nosso discurso aqui. (Intervenção fora do microfone.) O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Então, não é verdade. O que cessou a questão dos descontos associativos foi a ação da Polícia Federal em função de uma determinação judicial em maio... Em abril de 2025. Então, durante dois anos e meio, este Governo observou as coisas acontecerem. E, quando a CPMI foi instalada e V. Exa. foi eleito Presidente e o eminente Relator foi designado, nós tivemos uma série de ações seletivas que a AGU havia determinado que foram postas por terra. Apenas sindicatos escolhidos estavam sendo objetos da investigação da AGU; na hora em que a nossa Comissão começa a funcionar, há uma amplitude no processo e 37 entidades passam a ser investigadas. E uma dessas entidades, inclusive, que foi deixada de lado no primeiro momento foi o Sindnapi, que, por coincidência, tem o Frei Chico como Vice-Presidente, e a outra foi a Contag, que é a maior das entidades ligadas ao desconto associativo e a essa fraude no INSS. O Relator fez um pedido, corroborado por todos nós aqui, de uma série de prisões preventivas, e o tempo se encarregou de demonstrar que foi uma ação premonitória e bastante importante, eu diria até tempestiva. O Sr. Alessandro Stefanutto, aquele que aqui esteve, fazendo juras à esquerda, ao progressismo, falou aqui a respeito das suas convicções, que tinha lado... Esse cidadão, ex-Presidente do INSS, está preso e, sem dúvida nenhuma, é um dos cérebros dentro do INSS que engendrou todo esse crime contra o cidadão brasileiro, em especial os menos favorecidos. O Sr. André Fidelis, da Dirben, o Sr. Virgílio de Oliveira Filho... Aliás, eu ouvi aqui dizendo: "Olha, o senhor não estaria aqui se não fosse uma portaria, ou um decreto, o Decreto 10.537, de 2020". Eu acho que o senhor fica se perguntando o que ele quer dizer com isso, né? Porque essa turma, eles se enrolam tanto com as afirmações que fazem, pela sua falta de nexo... |
| R | Isso aqui foi o segundo ovo da serpente que eles gestaram nessas trinta e tantas reuniões que nós tivemos aqui, dizendo o seguinte: "Olha, em 2020, foi feito um decreto, assinado pelo Presidente...". Tem que assinar, era obrigado o Presidente a assinar um decreto. E, nesse decreto, se permitiu que pensionistas tivessem também cobrança. Nós já mostramos aqui que é mentira. Isso já acontece desde 2013, inclusive a Contag cobra de pensionistas desde aquela época. E quem deu causa a esse decreto foi o Sr. Virgílio, que aqui chegou chamando Dilma de Presidenta. Eu acho que ele deixou claro qual é o lado que ele representa, e ocupou cargos importantes do Governo do PT sempre. Em 2017, era o primeiro ovo da serpente, foi a questão da carta sindical das entidades associativas. Sabe quem foi que fez o parecer? O Sr. Stefanutto, esse mesmo aqui, progressista aqui, ligado ao Partido dos Trabalhadores e à esquerda... (Soa a campainha.) O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - ... na verdade, ao PDT, os partidos de esquerda. Sr. Presidente, o fim do desconto associativo que nós votamos aqui, e que foi votado na Câmara e no Senado da República. Olha que vitória desta Comissão para botar, de uma vez por todas, fim a esse verdadeiro assalto contra o trabalhador. E nós sabemos a maneira como a esquerda aqui reagiu, contrário ao fim, dizendo o seguinte: "Vamos separar joio do trigo". Meus amigos, não tem trigo, só tem joio - entidades picaretas especializadas em roubar os aposentados. A questão das blindagens. Olha, isso é importante falar, porque nós estamos aqui diante de uma situação em que mais de 60 - de 60 - ou pouco mais de 60 pedidos de quebra e de oitiva de pessoas foram votados contrários aqui pelo Governo. E o PT impediu que essas pessoas aqui viessem. Uma blindagem aqui clara, para evitar que pessoas ligadas ao Governo pudessem ser evisceradas. Inclusive o Sr. Edson Claro, o PT votou contra a sua vinda aqui e agora chama ele de bandido, mas foi o cidadão que deu a condição de sabermos aqui, pela imprensa, que o filho do Lula recebeu mesada do Careca. Não sou eu que estão dizendo, não, é esse Edson Claro, o bandido aqui. Nós também não pudemos trazer para cá o Sr. Ricardo Bimbo, a empresa que recebeu quase 11 milhões dessas entidades associativas ligadas ao roubo, à fraude. E o cara tinha sido simplesmente prestador de serviço na área de comunicação ao PT. Ex-publicitária do PT atuou com o Careca do INSS em negócio de Cannabis; também não pudemos trazer essa senhora para cá. O Careca do INSS tentou o lobby de saúde ao lado da herdeira do banqueiro; não pudemos trazer essa senhora para cá, que é a Renata Luchsinger... Como é? O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL. Fora do microfone.) - Roberta. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Roberta, também não pudemos trazer porque foi blindado. A gente falou aqui sobre a necessidade de trazer o Sr. Messias, tentamos aqui. Olha que quem está falando não sou eu, é a grande imprensa: "A AGU sabia do problema do INSS e Messias ignorou o alerta sobre o sindicato do irmão de Lula no esquema", está aqui, ó. O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB. Fora do microfone.) - Bessias. O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - "A AGU exclui Contag", eu falei da seletividade da investigação do sindicato que tem irmão de Lula como diretor e mais duas entidades a pedido de bloqueios, de recursos - seis meses depois. Só tomou uma atitude quando a polícia determinou. E olha o que está dizendo o Metrópoles hoje, Sr. Presidente. Eu acho que isso fala por si só, mas nós aqui, infelizmente, tivemos que aceitar a blindagem, porque a maioria dos senhores aqui presentes, 19 a 12, votou contra a oitiva, a trazer o Sr. Fábio Lula da Silva aqui, para explicar o que aconteceu, porque é importante que ele diga, ele deve ter alguma explicação para o que está acontecendo. |
| R | E aí, Presidente, me vem à mente o fato de que nós temos uma enorme responsabilidade. Eu vi aqui uma narrativa ser repetida, inclusive hoje: "Ah, os "golden boys" [olha que nome bonito, esse pessoal é bom em dar apelido às coisas], esse pessoal foi todo mundo oriundo do Governo do Presidente Bolsonaro". São quatro entidades, apenas uma teve o ACT no Governo do Bolsonaro - uma. De R$700 milhões: R$1 milhão, em dezembro, na transição, quando o Lula já estava eleito; R$699 milhões no Governo do Lula. Mas a turma não se cansa, eles repetem, até a exaustão, a mesma narrativa. Presidente, claramente, nós tivemos uma quadrilha dentro da instituição, e não é novidade. Eu vou lembrar aos senhores: a gente está tratando de R$1 trilhão entre benefícios, aposentadorias e seguridade - R$1 trilhão. Quando o Luiz falou ali da década de 90, Sr. Presidente... (Soa a campainha.) O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - Quando falou do INSS, tinha a Georgina... Como é o nome daquela?... (Intervenção fora do microfone.) O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco/PL - RN) - O escândalo da Georgina de Freitas. Então, sempre houve isso no INSS. E R$1 trilhão, funcionário corrupto vai buscar lá mexer no seguro-defeso, na concessão do auxílio-doença, na questão dos mortos, na questão ligada aqui à aposentadoria - inclusive aposentadoria que não é possível ser dada de forma fraudulenta -, na questão da aposentadoria rural. Sempre aconteceu. É um número enorme de benefícios e de beneficiários. Mais de 40 milhões de brasileiros. Agora, vou repetir: há governos que combatem a corrupção - é o caso do Presidente Bolsonaro -; há governos que convivem com a corrupção - infelizmente, o PT, há mais de 16 anos. É bom lembrar que, desde 2002, esse pessoal governa o país. No século XXI, o Brasil teve muita má sorte. São 26 anos e quase 18 anos de PT. Este Brasil é muito forte para não quebrar, é muito forte para não... Se verga - não é? Nós somos como o bambu. E, daqui a pouco, vamos ter oportunidade de passar essa história a limpo, vamos ter aqui resultados. Isso não vai terminar em pizza, Sr. Presidente. E nós vamos poder apresentar à sociedade quem, de fato, cometeu os crimes e quem, de fato, foi beneficiado. E vamos evitar que eles se repitam no futuro. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Eu vou pedir a gentileza... Eu sou membro da Comissão do Orçamento e eu preciso me afastar um pouco, para... O meu relatório eu tenho que entregar para fechamento das coisas... O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB) - Espera eu falar. Eu queria falar na frente do senhor, Presidente. Só dez minutinhos. Eu vou falar agora no lugar dele. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - O senhor vai falar agora? O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB) - É. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, agora é o Deputado Alencar Santana. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS. Fora do microfone.) - Não, mas eu troquei com... (Fora do microfone.) Não, eu era o próximo. Eu troquei com o Rogério, e aí eu acabo de trocar... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Está bem, Excelência. Deputado Cabo Gilberto. O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB. Para interpelar.) - O senhor pode esperar, Presidente? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Posso, eu espero. O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB) - População brasileira, vejam só... O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP) - Presidente, pela ordem. Presidente, aqui... O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB) - Tenho conhecimento da população... O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP. Pela ordem.) - Cabo Gilberto, só um segundo, por favor. É o Van Hattem, que trocou com o Rogerio Marinho, ou sou eu? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, é o Van Hattem, que trocou... O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Eu troquei com o Rogerio Marinho, e agora eu troquei com o Deputado Cabo Gilberto... O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP) - Ah, o.k. Está o.k. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - ...em virtude de estar todo mundo com voo aqui. Eu estou um pouco mais flexível que eles. O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB) - Comandante Alencar, rapaz, na hora que eu vou falar, Comandante. Me ajude. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Vamos lá. Dez minutos. O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB) - Ô, rapaz... O senhor quer ser Alexandre de Moraes aqui também, é? Sr. Presidente, esta CPMI já tem serviços prestados à população brasileira. É de conhecimento público da nação, desde que teve início a nova Constituição, que CPMI e CPI sempre acabam em pizza. Não é o caso desta, Sr. Presidente, mesmo com a blindagem da base do Governo aqui, escancarada, de forma explícita. Quando não é a base do Governo é a Suprema Corte que presta um desserviço à população brasileira. Estão aí as decisões de, literalmente, blindagem, e a gente não observa a grande imprensa brasileira dar tanta atenção como deu quando votamos a PEC das prerrogativas para evitar esses abusos da Suprema Corte. Nós falamos e provamos. |
| R | Se não, vejamos, em maio a Câmara dos Deputados aprovou, por 315 votos, suspender o processo contra Ramagem, com base no art. 53, §3º, da nossa Carta Magna. No outro dia, o Ministro foi lá e rasgou a decisão da Constituição que a Câmara deu. Eles não tinham esse poder. Prosseguiram com o processo e cassaram Ramagem. É um preso político... Cassaram ele. Preso político e exilado político da nossa democracia relativa. Então, vamos lembrar, Sr. Presidente, que o Congresso Nacional aprovou, recentemente, o fim dos descontos - foi uma vitória do povo brasileiro - para evitar esses roubos que aconteceram do montante. E aqui, Sr. Presidente, a lei do INSS foi criada em 1991 e foi sancionada pelo Presidente Collor. Desde que foi sancionada essa lei, Sr. Presidente, que tem roubo, só não tinha como tem hoje. Eu não vou perguntar nada ao Sr. Américo porque ele tem um habeas corpus. Faz parte do jogo, a gente respeita e entende. Quero parabenizar também a postura do Dr. Levy. V. Exa., diferentemente de outros advogados que se sentaram nessa cadeira e que desrespeitam os próprios advogados, está se comportando como advogado. Então, vejam só, em 91 foi criada a lei. Olha só, Deputado Marcel. De 2009 a 2010, aumentaram os descontos irregulares. Quem era o Presidente em 2009 e 2010? Era Bolsonaro? Era? Era o senhor, Presidente? De 2016 a 2018, o primeiro escândalo. Era eu, o Presidente da República, de 2016 para 2018? Em 2019, tentativa de coibir a fraude. Está aqui nos anais da história, Sr. Presidente, Medida Provisória 873. O Relator não deixa eu mentir. E também a gente não pode esquecer a reforma trabalhista de 2017, que evitou esses descontos com relação aos sindicatos, se não teriam evitado 536 milhões, em 2021; 706 milhões, em 2022; 1,3 bilhão, em 2023; 2,6 a 2,8 bilhões, em 2024, até estourar a bomba em 2025. Eu tenho fé em Deus de que não vão mais roubar os aposentados brasileiros, se Deus assim o permitir. Então, Sr. Presidente, vamos aqui falar do Sr. Bessias, o office-boy de Dilma Rousseff, que prevaricou com relação a esses roubos, Sr. Presidente, prevaricou de forma escancarada. E a gente precisa deixar claro, Sr. Presidente, por isso é que eu fiz questão de V. Exa. estar aqui, como também o competente Relator Alfredo Gaspar, lá do nosso Nordeste. Porque o que o PT fala não está sendo correto, Sr. Presidente. A gente está aqui com as provas, são fatos. Mas o que a base do Governo insiste em fazer? Em ficar com um discurso fácil para a população, com o canhão de publicidade que eles têm hoje, que é o ministério mais poderoso da história do Brasil. Por isso é que a CPMI não é tão falada como deveria. Imaginem se fosse contra o Presidente Bolsonaro como estaria aqui. Aí eles querem dizer que Bolsonaro roubou o dinheiro dos aposentados para dar ao irmão de Lula. Olha só. É chamar o povo de idiota, Sr. Presidente. Estão aqui com as provas. |
| R | Em 2019, foi R$1 milhão de roubo. E o Presidente Bolsonaro fez a parte dele: colocou a MP, que foi alterada por diversas vezes pelos petistas, a oposição à época, para continuar o roubo. Quem defende sindicatos? E eu não estou falando aqui, Sr. Presidente, nem generalizando os sindicatos, porque tem sindicatos corretos e sérios. A gente não pode generalizar. Nada pode ser generalizado. Em 2023 a 2025, o senhor sabe quanto foi que aumentou de R$1 milhão? R$690 milhões. São números, Deputada Bia. E eles insistem nessa narrativa para tentar colocar à opinião pública como: "Não, esse roubo não tem nada a ver com o Governo do PT. Não foi o PT que roubou. Não foi o Governo Lula que quis." Então, o senhor que está em casa, o senhor que está em casa aí nos assistindo, essa CPMI já prestou serviço à população brasileira, porque está mostrando, escancarando o que aconteceu e, graças a Deus, estancou a sangria com a lei aprovada no Congresso Nacional. E fique atento ao que o Governo está falando. Explodiu o roubo no Governo Lula, isso é fato, é público, e eles querem colocar na cabeça do senhor, cidadão, através do ministério de fake news, do Sr. Sidônio, que gasta recursos públicos como nunca na história - em vez de estar gastando com saneamento, com obras essenciais à sociedade brasileira -, fica gastando para enganar o senhor e dizer que Bolsonaro, o Governo de Bolsonaro, nos quatro anos, roubou o dinheiro dos aposentados para dar a quem? Ao irmão de Lula, ao Frei Chico, ao sindicato que ele é Vice-Presidente. Então, essa mentira não cola. Essa mentira não cola. E nós estamos aqui provando por A mais B tudo o que ocorreu, tudo o que vem ocorrendo, desde o início da lei... o início da lei, que foi lá em 2000. E em 1991, período de virada que reduziu foi em 2021, reduziu bastante o desconto. Lula toma posse em 2023 e em 2025, de todos esses bilhões que foram roubados, teve a Operação Sem Desconto. Mas, Sr. Presidente, com todo o respeito a V. Exa., eu sei que V. Exa. está dando o sangue nessa Presidência. O senhor está sendo ameaçado, porque não é brincadeira não, Sr. Presidente, é muito dinheiro, Sr. Presidente. Roubaram até a voz de V. Exa. Roubaram até a voz de V. Exa., Sr. Presidente. Porque os milhões que roubaram dos aposentados brasileiros, a gente já acompanhou, por diversas vezes, as pessoas que foram convocadas a estarem aqui para prestar esclarecimentos, mas, na grande maioria das vezes, tem bons advogados, e faz parte, a gente entende, tem habeas corpus. O senhor não vai responder nada, né, comandante? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR (Para depor.) - Eu prefiro ficar em silêncio, Excelência. O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB) - E faz parte, nós respeitamos. Está na Constituição. Sem problema nenhum. Mas deixa claro, Sr. Presidente, quem está blindando tudo isso: quando não é a base do Governo, que blindou hoje o filho de Lula... Eu não vou aqui fazer como eles fazem, não, Bia, acusar sem provas. Eu não vou dizer que o filho de Lula é ladrão, não vou falar dessa forma, porque a gente tem aqui respeito. Lula é ladrão, pode me processar mil vezes. Lula é ladrão. Agora eu não vou falar que o filho dele é ladrão, porque tem uma acusação, indícios de que ele recebia uma mesada de R$300 mil. Mas eu não vou dizer que ele é culpado, porque não teve o trânsito em julgado, diferentemente de Lula, que foi condenado e "descondenado" pela Suprema Corte do nosso país, que durou cinco anos para dizer que o CPF não era o de Curitiba, era o de São Paulo ou de Brasília. Me ajude, Sr. Presidente, me ajude! Então, quero deixar claro aqui, Sr. Presidente, o trabalho de V. Exa., o trabalho do Relator, eu não tenho dúvida nenhuma que... |
| R | Eu peço, oriento V. Exa. a andar de carro blindado, porque os senhores estão tentando colocar todos os culpados na cadeia e que todo o dinheiro do povo brasileiro que foi roubado dos nossos aposentados, pessoas enfermas, pessoas até mortas, crianças seja devolvido o quanto antes, porque foi muito dinheiro roubado, Sr. Presidente - muito dinheiro roubado. E a CPMI não está avançando mais, como deveria, porque a base do Governo blinda... (Soa a campainha.) O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL - PB) - ... e, quando não é a base do Governo que blinda, que a gente consegue ganhar no voto, colocando os partidos de centro para votar conosco, o STF vem lá e blinda de forma escancarada para que a gente não possa avançar mais e descobrir mais. Porém, o Relator, o brilhante trabalho do Relator, o Deputado Alfredo Gaspar, do Estado de Alagoas, vem provando, vem fazendo seus eslaides, sua apresentação de forma brilhante, mostrando ao povo brasileiro o que aconteceu e o que precisamos mais fazer para, Sr. Presidente, deixar essa CPMI... Eu peço ao senhor também - eu sei o que o senhor vai fazer - que prorrogue a CPMI, a gente precisa prorrogar, porque essa CPMI está incomodando o Governo, não é à toa que eles agiram como nunca, colocaram até Deputados de esquerda na base do centrão lá, no blocão, dois Parlamentares, que eram para ser outros Parlamentares, porque eles estão apelando, porque eles não querem que a CPMI - só dez segundos, Sr. Presidente - desgaste o Governo Lula, como está desgastando, com fatos e provas, Sr. Presidente. Muito obrigado. Muito obrigado, Deputado Marcel. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado. Eu convido... O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP. Fora do microfone.) - Cabo Gilberto, depois você pode me explicar tudo de novo? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Por gentileza. Convido o Senador Eduardo Girão para assumir a Presidência temporariamente, por favor. (Pausa.) O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco/NOVO - CE) - Vamos lá! Vamos dar sequência. Eu peço silêncio, por favor. Deputado Alencar Santana, de São Paulo, inclusive lá de Guarulhos, terra querida, o senhor tem a palavra por dez minutos. O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP. Pela ordem.) - Sr. Presidente, o senhor pode citar os outros, pelo menos dois ou três, na sequência? O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Já informo que... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco/NOVO - CE) - Na sequência, Deputado Coronel Chrisóstomo; depois... O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS. Pela ordem.) - Eu informo que eu troquei com o Deputado Coronel Chrisóstomo. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco/NOVO - CE) - ... depois, Deputado Marcel van Hattem. São os dois próximos. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Então, na verdade, vamos trocar um pelo outro, o.k.? Serei eu e, aí, o Deputado Coronel Chrisóstomo. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco/NOVO - CE) - Perfeito. Combinado. Deputado Alencar Santana. O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP. Para interpelar.) - Obrigado. Eu vou demonstrar aqui que a turma que defende o Governo Bolsonaro sabe que esse roubo começou na gestão do Governo Bolsonaro. Vou provar pouco. Eles admitiram em suas falas. Eu vou demonstrar para você. Mas, antes queria cumprimentar o Senador Presidente Girão, que conhece nossa querida cidade, esteve lá na vizinha Casas André Luiz, onde eu nasci e me criei, inclusive - uma honra. Senhor depoente, o senhor sabe dizer quando a Amar Brasil foi criada, o ano? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR (Para depor.) - Excelência, eu prefiro ficar em silêncio. O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP) - Mas só o ano, o ano em que ela foi aberta. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu prefiro ficar em silêncio. O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP) - A partir de quando você foi procurador da Amar Brasil? O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Desculpa, Deputado, até para auxiliar. Até onde eu sei... Aqui, Deputado Marcel. Não, mas até onde eu sei esse tipo de informação o depoente tem que prestar. E não me incomoda lhe dar mais um minuto, não me incomoda, é para auxiliar. |
| R | O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP) - Presidente... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco/NOVO - CE) - Eu vou repor o tempo do Deputado Alencar Santana, dez minutos para ele. O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP) - Obrigado, Marcel. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Eu entendo que esse tipo de informação tem de ser dada, Sr. Presidente. (Intervenção fora do microfone.) O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP) - Novamente, quando foi criada a Amar Brasil? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou me manter em silêncio. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco/NOVO - CE) - São dados... Dr. Américo, são dados públicos. Então, assim, eu observo, às vezes, que perguntas de colegas aqui que são feitas que o senhor não respondeu - eu respeito -, mas eu acredito que são dados públicos; então, certas coisas que não vão incriminá-lo, absolutamente! Doutor, seja muito bem-vindo aqui! Eu queria que a gente facilitasse o trabalho. O Deputado está fazendo, tem todo o direito de fazer perguntas, e o senhor tem direito ao silêncio, mas são dados públicos, o que aí eu acredito que fica... Atrapalha os trabalhos aqui da Comissão. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu vou permanecer em silêncio. A entidade associativa, eu não faço parte do corpo diretivo da entidade e muito menos da fundação da entidade. Então, não cabe a mim responder a data da fundação da entidade. O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP) - E, desde quando, então, o senhor foi Procurador da Amar Brasil? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Também está errada a informação. Não sou Procurador da Amar Brasil. O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP) - Na fala do Relator, nas suas perguntas, em determinado momento, o Relator ainda diz: "Vocês criaram a Amar Brasil para roubar". Concordo, Relator, plenamente contigo. A Amar Brasil e outras entidades foram criadas para roubarem, e Amar Brasil foi criada no ano de 2020. Quero dar 100% de razão ao Relator, foi criada para roubar! Então, já tinha uma trama ali, durante o Governo Bolsonaro. E o Sr. Américo, mais os "golden boys", e outras figuras tomaram conhecimento e começaram a atuar junto com a gangue que estava dentro do INSS. Aliás, o Senador Rogerio Marinho também admite, ao dizer que já tinha lá dentro um grupo que roubava. Isso eles sabem que começou no Governo Bolsonaro, claramente. Aqui, a Amar Brasil é criada no ano de 2020. O senhor atuou em 2022 também, quando é feito o requerimento, em março de 2022, de assinatura do ACT, do contrato, e é celebrado em agosto de 2022, na gestão do Ministro Oliveira. Está aqui, são dados. Portanto, atuou claramente naquele período, no Governo anterior. Depois, o senhor atuou junto a outras entidades, a segunda, criada em 2021 - Presidente Bolsonaro -, a Master Prev. Ela assina, é verdade, o ACT em 24, pedido anterior, mas ela foi criada, segundo a própria pergunta do Relator, na lógica de praticar crime, porque sabia que tinha um ambiente no Governo anterior de facilidade para isso. Depois vem a Aasap, em 30/8/2021, com o ACT também assinado adiante, e a Anddap, que é de 2018, é verdade, depois ela é reativada - todas elas aqui com dirigentes laranjas, porque os senhores operavam -, e depois ela também assina em 24. Então, essas empresas, essas entidades foram criadas com essa finalidade e assim agiram. Isso foi muito claro. |
| R | Mas quero voltar agora a uma fala também do Senador Rogerio. Tinha uma quadrilha atuante no INSS, sempre aconteceu, é verdade. Está aqui um documento de 2019 que o juiz que perseguia o Presidente Lula - hoje Senador, era Ministro - recebeu, mas não mandou a Polícia Federal atuar e investigar, não mandou isso aqui para a Promotoria Federal investigar o crime e deixou correr solto. E tem a cara de pau aqui de dizer que o Governo atual não tomou providência. Ora, senhores, quem está investigando? Vocês estão em que século? Em que ano? Qual é a polícia que está apurando? Em qual gestão a Controladoria-Geral da União apurou as irregularidades e levou ao conhecimento da Polícia Federal, do Ministro Vinícius, que não foi, não é, nunca seria e jamais será Ministro de um Governo como o do Bolsonaro? Ele é do Governo do Presidente Lula. Esse é o Governo que mandou apurar, revelou, está apurando, mandou cessar os descontos indevidos, mandou devolver o dinheiro às pessoas lesadas, vai recuperar o patrimônio e vai pôr essa turma na cadeia. É o Governo do Presidente Lula. E aqui... Eu quero aqui também agora o Cabo Gilberto... Eu não entendi muito bem o conjunto do que ele falou, mas eu entendi uma passagem em que ele fala: "Não, em 2019, teve 1 bilhão de roubo e depois teve mais". Ele dá isso como se fosse uma glória, como se fosse um grande feito. Ora, e o que foi feito para parar esse roubo em 2019, em 2020, em 2021, em 2022? Não sou eu que estou dizendo. Quem disse, há pouco, foi o Deputado que me antecedeu. Basta quem estiver acompanhando ver a fala dele. Ora, então, 2019 é o quê? É depois de 2025? Na minha matemática, salvo engano, é antes, são seis anos antes. Quem era o Presidente? Primeiro ano do Governo Bolsonaro. É quando, aliás, teve uma emenda de um Senador do Distrito Federal, do chofer, na dita MP, que eles falam que era para combater. A MP tratava de outro tema, eles enxertaram temas outros, Deputado Rogério. E lá ele colocou uma emenda para não ter revalidação - zero - e vem dizer que eles queriam apurar. Para de conversinha, né, gente? O povo está atento, o povo sabe o que está acontecendo. Não tem sentido algum. Ele mesmo disse. Três pessoas aqui que defendem o Governo Bolsonaro admitem taxativamente, através do raciocínio desenvolvido e daquilo que falaram, que de fato essa trama, esse roubo, essa quadrilha começaram a ganhar corpo, a entrar dentro do INSS para roubar, a montar suas entidades e suas empresas, a ser procuradores, a fazer os descontos indevidos, fraudulentos, roubando as pessoas, a partir de 2019 em diante. E são várias entidades. Então, senhoras e senhores, terminando este semestre na CPMI, nós fizemos, apuramos muita coisa, ouvimos muita gente, mas ainda faltou. Por isso é que, repito aqui, o foco tem que ser a gente procurar aquilo que foi o objetivo, o objeto do requerimento: os descontos indevidos associativos praticados por pessoas criminosas que roubaram os aposentados e pensionistas. Eles querem saber e eles merecem saber. Você que está nos acompanhando tem o direito de saber a verdade. |
| R | Não acreditem nas fumaças coloridas criadas para desvirtuar a atenção. Aqui, hoje, tentaram criar um monte de conversa para sair do foco. Nós vamos ter dois meses - fevereiro e março -, para chegar a uma conclusão objetiva, clara, transparente, verdadeira, para que as pessoas saibam exatamente todos, de ponta a ponta, seja quem for, que praticaram esse crime, que roubaram os aposentados e pensionistas. Essas pessoas merecem, assim como os servidores do INSS, os milhares que o INSS possui, precisam saber quais são os seus colegas ladrões, que cometeram esses crimes e que envergonham, sem dúvida alguma, toda a categoria, porque são pessoas que atendem lá na ponta, fazendo um bom serviço, atendendo as pessoas. E, acima de tudo, os beneficiários precisam, de fato, que essa verdade venha. Então, aqui, hoje, tentaram fazer uma disputa sobre a indicação ao STF, tentando convocar o Ministro Messias. (Soa a campainha.) O SR. ALENCAR SANTANA (Bloco/PT - SP) - Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Isso é um debate para o Senado. Vai fazer na CCJ. Vai fazer no Plenário. Não é objeto aqui da CPMI. Eu quero ouvir, senhoras e senhores, Coronel, que nos olha, eu quero ouvir aqui os ex-dirigentes, por exemplo, o Yamada, que é quem assinou com a Amar Brasil, entidade criada para roubar, segundo o Relator. Ele até agora não foi ouvido, sócio formal do ex-Ministro Oliveira, que também foi Presidente do INSS, também Diretor de Benefícios. Tudo isso no Governo Bolsonaro. Em quatro anos, tem uma ascensão meteórica de Superintendente a Ministro. Por quê? Sabe por quê, Deputado Rogério? Porque ele entregava benesses a esse grupo político. Então, nós temos que ouvir todo esse grupo para que a gente chegue à verdade, sem blindar ninguém - sem blindar ninguém, sem blindagem alguma. Queremos, para concluir, Presidente, a investigação absoluta, a verdade absoluta, que as pessoas merecem, e essa é nossa obrigação, mas nós só vamos fazer isso com foco. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco/NOVO - CE) - Muito obrigado, Deputado Alencar Santana. Eu passo imediatamente a palavra para o Deputado Marcel van Hattem. O senhor tem dez minutos para as suas perguntas e considerações. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS. Para interpelar.) - Sr. Presidente, caro Relator e depoente, boa noite... O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Boa noite. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - ... Américo Monte Júnior. Eu inicio perguntando: Sr. Américo, o senhor é empresário? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR (Para depor.) - Sou empresário. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - E qual é o ramo de atividade da sua empresa? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu atuo em alguns ramos de atividade. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Por exemplo? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu atuo em alguns ramos, Excelência. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Pode listar esses ramos, por gentileza? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Atuo com consultoria, com transferência de tecnologia, com know-how, com várias atividades. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - E que tipo de serviço o senhor prestou nessas... O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Rapidamente. Eu comecei minha carreira profissional com 14 anos de idade. Trabalhei até os 20 como CLT. Dos 20 até os 46, são 26 anos em que eu empreendo neste país, obtendo sucesso e insucesso na minha trajetória. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - E o senhor começou a prestar serviço para entidades associativas de aposentados quando? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu vou me manter em silêncio, Excelência. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - E por que motivo o senhor permanece em silêncio? É algo que porventura pode trazer incriminação para o senhor, ao responder a uma pergunta dessa? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Como eu respondi anteriormente, eu acredito que este não é o ambiente correto onde eu vou prestar os esclarecimentos e a minha defesa. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - O senhor tem algum preconceito com CPIs? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - De jeito nenhum. Respeito todos os senhores e senhoras. |
| R | O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - E por que não seria, então, o ambiente correto? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Porque eu acredito que não é o ambiente correto. Qualquer informação, qualquer pergunta, resposta que de repente eu possa errar, eu posso me comprometer. Então, eu prefiro não responder neste ambiente, mesmo respeitando todos os senhores. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Mas aqui vale o mesmo que vale para a Polícia Federal. O senhor já foi investigado pela Polícia Federal? (Pausa.) O senhor é investigado hoje pela Polícia Federal? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu tive mandado de busca, bloqueio de bens, mas eu ainda não fui ouvido na Polícia Federal. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - E o senhor na Polícia Federal também vai permanecer em silêncio porque não é o ambiente correto para dar respostas? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Vou seguir a orientação dos meus advogados. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - É que, para mim, é difícil, vindo também da iniciativa privada, ver alguém que se diz empresário não dizer quando começou a prestar serviço para uma determinada entidade. Um empresário que presta serviços lícitos não tem problema nenhum em dizer: "Comecei a atender o cliente A, B ou C em tal data". Eu não consigo entender a dificuldade que o senhor tem. E eu gostaria de lembrar a quem está nos assistindo que essas entidades às quais o senhor prestou serviço têm um histórico agora muito claro de roubalheira, de dinheiro desviado dos aposentados. Amar Brasil Clube de Benefícios, por exemplo. O seu pai foi Presidente dela? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - O meu pai, atualmente, é o Presidente da entidade. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - E como ele chegou a ser Presidente da entidade? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - A antiga Presidente estava com câncer, e ela faleceu na última semana. Então, ela teve que, por motivo de doença... Meu pai acabou sendo eleito a ser o Presidente. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - E de tantas empresas que o seu pai poderia contratar, ele contratou várias vezes empresas suas. Algum motivo específico para isso? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou me manter em silêncio. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Mas as suas empresas davam algum tipo de serviço melhor do que outras? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - A prestação de serviço das minhas empresas ocorreu antes de o meu pai ser Presidente. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Enquanto ele foi Presidente, você nunca prestou serviço para essa entidade Amar Brasil? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Continuei prestando serviço. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Pois então. Aí, por exemplo, a AMJ Security Ltda. o senhor abriu no dia 9 de dezembro de 2022. O senhor não respondeu antes sobre algumas datas, mas essa data aqui nós temos. Foi um pouco depois da eleição do Lula. Praticamente semanas antes da posse. Por que o senhor abriu justamente nesse momento essa empresa AMJ Security? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou ficar em silêncio. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Mas tem relação com a eleição do Lula? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu vou ficar em silêncio. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Tem relação com Lulinha? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou ficar em silêncio. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - A Amar Brasil passou R$17 milhões para essa empresa AMJ Security. Quais foram os serviços prestados? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, como eu disse anteriormente, eu vou fazer a escolha de permanecer em silêncio. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - O senhor não sabe ou o senhor não quer falar quais são os serviços prestados ou foram os serviços prestados? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu sei, mas prefiro ficar em silêncio. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Esses serviços prestados na ordem de R$17 milhões... Apenas nessa, porque foram mais de 700 milhões que esse grupo todo, no qual o senhor era considerado, segundo a imprensa, o decano... Havia vários jovens, que já passaram por aqui inclusive, que eram parte dessa organização criminosa, segundo a Polícia Federal. Foram mais de R$700 milhões. Esses R$17 milhões foram, de alguma forma, parar nas mãos do Lulinha? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou permanecer em silêncio. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - O senhor tem conhecimento desta matéria: "Lulinha tinha mesada de R$ 300 mil [...]"? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu vi a reportagem na imprensa. |
| R | O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - É curioso, Sr. Presidente, que, quando a gente chega nos figurões, permanecem em silêncio. O senhor tem conhecimento de algum político que recebia propina do esquema do roubo dos aposentados? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu vou permanecer em silêncio, Excelência. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - O senhor, em algum momento, teve contato com algum político ou filho de político, parente político, assessor de político, nesse período todo em que o senhor prestava serviços para entidades de aposentados? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, com todo o respeito, eu vou ficar em silêncio. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Presidente, eu acho que o silêncio é autoexplicativo: fala mais do que as palavras. Aliás, pode inclusive distorcer a própria participação do depoente, porque ele poderia contribuir. O senhor poderia contribuir. O senhor poderia, em vez de permanecer em silêncio, dizer: "Não, o dinheiro que eu recebi foi parar na mão de políticos, foi parar na mão do Lulinha; foi pago como mesada pro Lulinha viver a vida que leva agora na Espanha". Mas o senhor não quer responder. O senhor quer permanecer em silêncio. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu vou permanecer em silêncio, Excelência. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - E aí nós percebemos como, lamentavelmente, esta CPI hoje viu, mais uma vez, uma blindagem do Governo Lula, para evitar trazer aqui figuras que podem elucidar, Relator Alfredo Gaspar, quem é que permitiu que pessoas como Américo Monte Júnior... Sobre quem o senhor mesmo disse, mais cedo: recebeu auxílio emergencial, hoje é multimilionário... Diz ser empresário de sucesso, mas a gente vê que as empresas eram de fachada, não quer revelar os serviços prestados... Talvez prestou algum serviço. Agora... O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, esse é um dos motivos de eu não responder. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Qual é? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - A acusação, de qualquer forma. Então, não me cabe responder a V. Sa. E, por isso, eu prefiro ficar em silêncio. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Eu não entendi qual é o motivo. Não ficou claro. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - As minhas empresas não prestaram serviço. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Não prestaram serviço. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - As minhas empresas são de... Não. A Excelência está falando isso: "Não prestaram serviço; é de fachada". O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Não, eu estou dizendo o que o relatório da Polícia Federal diz. Eu estou dizendo baseado no relatório da Polícia Federal. Não é uma acusação vazia, não. O senhor não pode imputar a mim o que eu li no relatório da Polícia Federal sobre as suas empresas de fachada, segundo a Polícia Federal. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu peço desculpa então a V. Exa., e permaneço em silêncio. No momento certo, eu sei que vou ter a oportunidade de fazer a minha defesa. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Mas eu vou repetir: o que eu estou dizendo aqui é baseado no relatório da Polícia Federal... O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - E eu agradeço. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - ... que é cristalino, na operação de lavagem de dinheiro feita por empresas de fachada, segundo a Polícia Federal, como a sua e entidades como aquela presidida pelo seu pai, num amplo esquema de corrupção, que envolveu várias pessoas aqui, que tiveram bens apreendidos, como o senhor, ferraris, joias, vinhos caros... Dinheiro utilizado para comprar esses bens que a maior parte dos aposentados brasileiros nunca viu nem passar nas ruas. E, aí, eu lhe pergunto: como o senhor se sentiu quando viu a operação deflagrada da Polícia Federal em relação a esses aposentados que foram roubados. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu creio que as investigações vão provar quem está certo e quem está errado. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Eu não estou perguntando sobre certo ou errado. Eu quero saber como o senhor se sentiu, pessoalmente, em relação à roubalheira dos aposentados, que não podem sobreviver praticamente no seu dia a dia, tiveram menos remédios para comprar, em virtude disso, morreram mais cedo... Não tiveram dinheiro para comprar mantimentos... (Soa a campainha.) O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - ... e foram roubados. Perguntei o seu sentimento em relação a essas pessoas. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - O sentimento, acho que de qualquer cidadão, seria de tristeza. O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - É, mas o "seria" não me convence. O "seria" é um pretérito, aí, que não cabe, sinceramente, para quem tem realmente empatia. |
| R | Eu teria um sentimento de indignação, de revolta. Aliás, eu tive isso quando soube, mas talvez porque eu não tenha participado e jamais participaria de nenhum tipo de esquema como o de que o senhor é acusado de ter participado, segundo a Polícia Federal. E aí eu termino, Sr. Presidente, dizendo que, mais uma vez, a CPMI perdeu uma excelente chance de mostrar ao povo brasileiro ao lado de quem este Colegiado está, que é dos aposentados que foram roubados. Sim, muitos requerimentos foram aprovados; a gente quase não fala nisso, centenas de requerimentos de quebras e de convocações foram aprovados hoje - foram destacados cinco ou seis apenas, mais o bloco dos bancos. Mas nós vamos precisar tratar desse tema do filho do Lula, o Lulinha, porque daqui a pouco ele vai estar num cartaz como esse. Se nós não fizermos o trabalho direitinho e trouxermos ele aqui para dar as explicações que precisa dar sobre essa mesada de R$300 mil que foi parar, segundo a imprensa e uma testemunha que foi entrevistada disse, nas suas mãos, se nós não formos atrás das informações o quanto antes, essa pessoa aqui não vai estar só vivendo no exterior, vai estar foragida da Justiça brasileira. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco/NOVO - CE) - Muitíssimo obrigado, Deputado Marcel van Hattem. Sim, Dr. Levy. O SR. LEVY EMANUEL MAGNO - Poderia dar um intervalo para o cliente ir ao banheiro, por gentileza. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco/NOVO - CE) - Claro, claro. Pode ser de cinco minutos? Então, nós vamos conceder aqui um intervalo de cinco minutos. A sessão está suspensa. (Suspensa às 18 horas e 13 minutos, a reunião é reaberta às 18 horas e 19 minutos.) |
| R | O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco/NOVO - CE) - A sessão está reaberta. Eu já passo a palavra - já convido - ao nobre Deputado Chrisóstomo, Coronel Chrisóstomo, do Estado de Rondônia, para fazer aqui as suas perguntas, os seus questionamentos. O SR. CORONEL CHRISÓSTOMO (PL - RO. Para interpelar.) - Obrigado. (Pausa.) |
| R | O SR. CORONEL CHRISÓSTOMO (PL - RO) - Sr. Presidente (Falha no áudio.)... O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco/NOVO - CE) - Vamos repor o tempo aí do Deputado Chrisóstomo. Deu um probleminha técnico. Então, vamos... Está o.k.? Resolvido? Então, vamos lá. Deputado Coronel Chrisóstomo, o senhor tem dez minutos para sua fala. O SR. CORONEL CHRISÓSTOMO (PL - RO. Para interpelar.) - Sr. Presidente, Sr. Relator, Srs. Parlamentares, senhores assessores, meus cumprimentos a todos os senhores. Olá, Rondônia. Olá, Brasil. Sr. Presidente, Sr. Américo, Dr. Levy, eu quero que, neste momento, todos os senhores me perdoem, porque talvez eu aqui caia em prantos, porque eu venho com uma missão do meu pai. O meu pai disse: "O último dia lá na CPMI do ano de 2025, você vai seguir a minha orientação". Meu pai tinha 89 anos, fez 90 anos agora, é aposentado, e ele me orientou. Quero realizar, Sr. Presidente, hoje, uma prestação de contas ao meu povo de Rondônia e ao povo brasileiro por eu ter tido a honra de ser o criador da CPI do roubo dos aposentados aqui, no mês de abril deste ano, que culminou com a CPMI. É uma prestação de contas, prestação de contas aos nossos aposentados e pensionistas, aos nossos indígenas, aos nossos deficientes visuais... Todos são pessoas vulneráveis. Peço agora que todos parem de falar e fiquem atentos no que eu vou dizer. Sr. Américo, eu pergunto ao senhor: você conhece essas pessoas? (Pausa.) Próximo. O senhor conhece essa pessoa? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR (Para depor.) - Excelência, eu vou ficar em silêncio. O SR. CORONEL CHRISÓSTOMO (PL - RO) - Essa pessoa é o Careca do INSS. Pelos relatos, foi um dos que mais roubaram os nossos aposentados e pensionistas. O senhor conhece essa outra pessoa? |
| R | O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou me manter em silêncio. O SR. CORONEL CHRISÓSTOMO (PL - RO) - Esse senhor é conhecido como Lulinha, o filho... Um dos filhos do Presidente Lula, que, segundo relatos da imprensa, recebia mensalmente R$300 mil. O senhor conhece a próxima pessoa? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou permanecer em silêncio. O SR. CORONEL CHRISÓSTOMO (PL - RO) - Esse é o senhor conhecido como Frei Chico, irmão do Presidente Lula. Segundo relatos, o sindicato dele é um dos que mais roubaram os nossos aposentados e pensionistas. Senhores, fiquem atentos no que eu vou falar. Próximo. Agora assista, por favor, todos, todos, a esse vídeo. (Procede-se à exibição de vídeo.) O SR. CORONEL CHRISÓSTOMO (PL - RO) - Quando o senhor... (Procede-se à exibição de vídeo.) O SR. CORONEL CHRISÓSTOMO (PL - RO) - O próximo, por favor. (Procede-se à exibição de vídeo.) O SR. CORONEL CHRISÓSTOMO (PL - RO) - Próximo, por favor. (Procede-se à exibição de vídeo.) |
| R | O SR. CORONEL CHRISÓSTOMO (PL - RO) - Olha. São 4,1 milhões de aposentados, iguais a esses, que foram roubados. Sr. Américo, o senhor se arrepende? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu não tenho motivo para ter arrependimento. O SR. CORONEL CHRISÓSTOMO (PL - RO) - A expressão do seu rosto diz tudo, tudo o que os aposentados de Rondônia precisam saber. Obrigado, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco/NOVO - CE) - Muito obrigado, Deputado Federal Coronel Chrisóstomo. Imediatamente, eu já passo a palavra para o Senador Izalci Lucas. O senhor tem dez minutos. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF. Para interpelar.) - Presidente, hoje é um dia que vai ficar marcado na história. Não adianta a esquerda querer colocar sua narrativa aqui na CPMI, o Brasil todo viu que a meta deles aqui não é achar os culpados, é blindar, blindar os comparsas. Sim, isso mesmo, não adianta ficar fazendo confusão. Vocês tentaram blindar mais de uma vez os envolvidos; esses envolvidos têm ligação direta com o PT: é o irmão do Lula, é o filho do Lula, é o irmão do Deputado do PT, é o mensageiro do PT. E, segundo eles, são santos. Eu quero deixar clara aqui uma coisa: não são santos e não adianta falar que ele é frei. Ele não é frei; na realidade, é uma peça de grande envolvimento desse grande esquema, e isso não é novidade. Onde tem o PT, tem corrupção. Sr. Américo, ou você é referência de sucesso, ou você é o operador de um dos maiores esquemas desse roubo dos aposentados do INSS. Eu gostaria que você me ajudasse a esclarecer qual das duas opções. Os documentos da sua quebra de sigilo apontam que você tinha controle de diversas associações que tiravam dinheiro dos aposentados e diversas empresas que recebiam esse dinheiro para depois distribuir entre familiares, amigos e você, claro. Isso parece o mesmo método de roubo utilizado por todos que se sentaram aí nessa cadeira em que você está, mas seu caso deve ser diferente, então eu preciso te perguntar: é difícil ser operador de tantas associações e empresas? Ou para você é fácil como roubar dinheiro do aposentado? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR (Para depor.) - Excelência, eu vou permanecer em silêncio. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Você tem procuração ou controle de várias associações como a Amar Brasil, Master Prev, Aasap, Anddap, todas envolvidas neste roubo de aposentadorias, todas repetindo o mesmo modelo de roubo: lavagem e distribuição do dinheiro roubado. Então, eu gostaria que você me explicasse esta incrível coincidência: se você não roubou o dinheiro dos aposentados, por que seu nome aparece nas associações que roubaram dinheiro dos aposentados? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou permanecer em silêncio, com todo o respeito. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Outra coincidência que é rara, mas que acontece muito aqui nesta CPMI, é que quem roubou também criou várias empresas para distribuir esse dinheiro que foi roubado dos aposentados. Por exemplo: no meio dessas empresas envolvidas com o roubo dos aposentados, nós temos essa tal de AMJ, que na verdade são várias: AMJ; AMJ Serviços; AMJ Security; AMJ M4 Consult; AMJ E&A; AMJ Advogados. O que significa AMJ? |
| R | O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, as iniciais do meu nome. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - São todas, todas suas? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Sou administrador de algumas dessas empresas, outras eu não conheço. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Ah, outras são esposas e irmão, cunhado? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Não, de todas as empresas sou eu o administrador. Não tenho nenhuma empresa com minha filha, com minha esposa. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Você é o administrador? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu sou o administrador. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Eu quero saber quem é o responsável por essas empresas que receberam dinheiro roubado dos aposentados. É você? Você é o responsável por elas? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu sou o responsável pelas empresas, sou o administrador delas. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Que desviaram os recursos, está lá o RIF, quebra de sigilo. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Porém, não posso concordar que eu recebi dinheiro que foi desviado de aposentado. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Está na tua conta, está no Coaf e no RIF aqui, dizendo... Sai do INSS, vai para tua empresa, da tua empresa vai para você e familiares. Isso está lá, não é, ninguém está inventando aqui. Está no documento. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Sim, sim, sim, Senador. As empresas são minhas e estão no meu nome, não estão em nome de outra pessoa, e os recursos que eu recebi estão declarados no meu Imposto de Renda. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Não, o Imposto de Renda aceita qualquer coisa. Você botou lá, né? Agora, se prestou o serviço é que é outra história, porque aqui, todos que emitiram nota fiscal fria aqui foram só para realmente esquentar o dinheiro. Pagou um impostozinho, distribuiu o lucro sem imposto, que até hoje não tem imposto nenhum. E aí, são milhões e milhões - 700 milhões, cara! Você tem noção, Girão, o que é isto: 700 milhões? Os caras já não... Está chegando no bi já. Bem, então você é o responsável por essas empresas. A Amar Brasil é presidida pelo seu pai e você. Seu pai é o Presidente, e você também tem procuração dela. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Não tenho procuração. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Da Amar Brasil? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Da Amar Brasil. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Seu pai é que assina, então, tudo? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Meu pai é o atual Presidente. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - E ele é que assina? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - E eu já tinha explicado anteriormente: por motivo de doença, a antiga Presidente se licenciou, porque ela estava com câncer. Inclusive, ela veio a falecer na semana passada. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Bem, então, com isso, nós já percebemos que esse é um negócio de família, tem aí tua filha, teu irmão, teu pai, etc. E essa associação que vocês administram em família tem recordes interessantes. De acordo com a Polícia Federal, com a CGU, na Amar Brasil 97% dos descontos - o Relator ainda colocou um de 99% - não foram autorizados. Praticamente, nenhum aposentado autorizou que vocês pegassem o dinheiro deles. Agora, eu quero entender essa parte. Se nenhum aposentado autorizou, como vocês conseguiram, entre maio do ano passado e abril deste ano, receber mais de R$181 milhões do INSS? Isso foi mágica? Ou vocês conhecem alguém dentro do INSS? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Senador, eu vou permanecer em silêncio. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Presidente, esse roubo não seria possível sem ter alguém dentro do INSS e da Dataprev, permitindo que esse roubo acontecesse. Como é que eram essas conversas com o André Fidelis, o ex-Diretor do INSS; o Sr. Eric Fidelis, filho do André Fidelis? Você conhece essas pessoas? Sim ou não? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu vou permanecer em silêncio, Excelência. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - O método de roubo que se repete entre os interrogados é sempre o mesmo, usava associações e entidades para roubar o dinheiro do aposentado, depois usava empresas de fachada para receber e distribuir dinheiro. Vamos ver se o seu caso é diferente. |
| R | A Amar Brasil, presidida pelo seu pai, pagou R$19.256.679,96 para a sua empresa: o seu pai, da Amar Brasil, passou para a sua empresa, a AMJ Security, uma empresa que sequer possui sede física ou estrutura compatível para receber este valor. Isso está parecendo o pai dando mesada para o filho, mas usando dinheiro roubado, evidentemente. Que tipo de serviço de segurança custa 19 milhões e por que esse serviço era importante para os aposentados? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR (Para depor.) - Excelência... O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Essa Security é sua? A AMJ Security? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - A AMJ é minha. A entidade tem sede, ela foi visitada e fiscalizada pelo INSS... O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Ele explicou aqui como é que era a visita dele. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - ... e, inclusive, pela CGU. Só para deixar registrado. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Você está querendo dizer que não houve desvio de recursos do INSS... O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Não, não... O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - ... que não houve transferência para suas empresas, que não houve transferência para você? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Não, estou esclarecendo para o Senador que ela tem sede, só isso, e que ela foi visitada, inclusive, pela CGU, só para deixar registrado. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Outra coincidência... E quando foi que a CGU esteve lá? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu não sei a data, mas teve visita... O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Tem mais de um ano? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu não sei a data, mas tem relatório da CGU. A CGU tem a informação. A entidade foi visitada, a entidade não era de fachada. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Outra coincidência que se repete muito é que sempre aparecerem aqui empresas que receberam dinheiro do aposentado por um serviço, mas nenhuma dessas empresas consegue comprovar que realmente prestou esse serviço. Vamos ver se o seu caso vai ser exceção. Você tem fotos, vídeos, material impresso, qualquer registro de que esse serviço foi prestado? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, como eu expliquei anteriormente, no momento certo eu vou prestar os meus esclarecimentos e a minha defesa. Então, neste momento, eu vou permanecer em silêncio. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) - Anderson Vasconcelos, Felipe Macedo, Igor Delecrode, seus companheiros e sócios, já passaram aqui antes de você. E o que vocês têm em comum? Além de todos dizerem que são inocentes e que vão explicar depois, e vai chegar o momento certo, é que todos tiveram um crescimento patrimonial inexplicável e todos usaram esse dinheiro com abundância, gastando com grifes internacionais, joias, carros de luxo, tudo isso bancado com dinheiro roubado do aposentado. Se este não é o seu caso, como você explica que seu patrimônio, em 2023, era de R$11 mil e, em 2024, saltou para 7.787.339? Vou perguntar a última, Presidente, para já emendar. Américo, como fica difícil acreditar que você não está envolvido. Você tinha contatos no INSS, usou esses contatos para aprovar diversas associações que roubaram os aposentados, e, depois, usou inúmeras empresas para lavar e distribuir esse dinheiro roubado entre amigos, parentes e sócios. E, para tornar a sua situação ainda mais complicada, você foi alvo da Operação Sem Desconto, que apreendeu 29 carros de luxo, avaliados em 28 milhões, e um bloqueio de 2,6 bilhões de bens e valores. Foi tanto dinheiro que seu patrimônio cresceu 70.000% em apenas 12 meses. Se isso tudo não é fruto do dinheiro roubado, explique para a gente o segredo para o sucesso. Os aposentados precisam saber isso para recuperar o dinheiro roubado. Se quiser comentar. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu vou ficar em silêncio, Excelência. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco/NOVO - CE) - Muito obrigado, Senador Izalci Lucas. Imediatamente já passo a palavra para o Deputado Dorinaldo Malafaia. O senhor tem dez minutos para os seus questionamentos e posicionamento. O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP. Para interpelar.) - Obrigado, Presidente. Olha, aqui tem uma demonstração... Eu quero aqui, inclusive, voltar para o raciocínio apresentado pelo Senador Izalci. O senhor afirmou que não recebeu dinheiro de aposentado. É isso, depoente? |
| R | O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR (Para depor.) - Excelência, eu não entendi. O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - O senhor afirmou que suas empresas não receberam recursos dos aposentados. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu creio que eu não falei isso. O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - O senhor falou que... O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Não dessa forma. O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - Eu estou lhe perguntando. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu vou permanecer em silêncio. O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - O senhor vai permanecer em silêncio? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Isso. O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - Presidente, tem uma questão fática, real, incontestável. O senhor recebeu diretamente da Amar Brasil R$25 milhões - está certo? - que foram transferidos para a sua empresa, a AMJ Serviços Administrativos. Dá para ver aqui o esquema. A Amar Brasil, está provado aqui, já é público, que ela fraudou e roubou dos aposentados e pensionistas e transmitia para você, para as suas empresas. Presidente, o que temos a mais para executar a prisão de um cidadão desse tipo? Está aprovado. Nós não temos nenhuma dúvida, Pimenta, Deputado. Aqui tem lavagem de dinheiro, aqui tem esquema de corrupção, o senhor está em todas as etapas. Por isso, está calado. É um absurdo o que está acontecendo aqui. Nós estamos passando... Não podemos passar recibo para esse tipo de coisa. Então, veja bem, está aqui, olha: todos os esquemas da Polícia Federal demonstrando o esquema de corrupção, lavagem de dinheiro que vocês estão fazendo. Para o senhor tem uma ideia, eu peguei rapidamente. É tão denso o nível de corrupção que V. Sa. executa, com a sua família, que você comprou um carro, vendeu o carro para si mesmo, um carro de luxo. Tem aqui um fluxo desse recurso, aproximadamente R$281 mil. Depois, vocês passaram esse recurso para a Micaela, ou seja, é uma transação de lavagem de dinheiro, de esquema, que passa para a Micaela, que é sua filha, se não me engano. É isso? É sua enteada, não é? Que depois tem relações diretas com o Igor Delecrode, ou seja, tem uma escalada de recursos desviados e transferidos que está rodando nesse círculo de pessoas. Então, eu queria lhe dizer que para nós é assustador o que foi feito aqui. O senhor, por outro lado - eu queria relembrar -, fez uma declaração de Imposto de Renda de bens e direitos em 31/12/2023, de R$11.075. Um ano depois, o senhor declarou, na mesma data, R$7.780.000, aproximadamente. Eu gostaria de saber, de V. Sa., como foi essa escalada monumental, fenomenal, de crescimento financeiro que o senhor conseguiu cumprir, conseguiu alcançar? Qual é a fórmula desse sucesso? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou permanecer em silêncio. O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - Vai permanecer em silêncio, não é? Vai permanecer porque sabe que aqui está montado o esquema de corrupção, de fraude, de lavagem de dinheiro, com essa turma toda - foi demonstrado aqui por vários Parlamentares - que monta um esquema muito forte em torno dessa questão específica da fraude do INSS. Mas eu queria dizer também que, como nós não vamos avançar muito com V. Sa., tem algumas questões que me chamam a atenção. O senhor é religioso? O senhor congrega em alguma igreja? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Sou cristão. O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - Você é cristão. E o senhor costuma patrocinar igrejas financeiramente? |
| R | O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência... O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - Pastores? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Se for dízimo ou oferta, sim. O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - Muito bem. Aqui nós temos informações que o senhor repassou aproximadamente R$124 mil à Igreja Deus é Fiel, ligada ao Pastor Cesar Belluci. Procede? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, vou permanecer em silêncio. O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - O senhor confirma esse repasse de R$200 mil ao Pastor Péricles Albino Gonçalves? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência... O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - Mesmo ele não prestando serviço compatível com esses valores? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, vou permanecer em silêncio. O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - O senhor confirma que Felipe Macedo citou seu nome em um culto, afirmando que vocês oravam no escritório de madrugada para pedir livramento durante a investigação do INSS? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Desconheço a informação. O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - Você desconhece? Muito bem. É, o senhor tem, realmente, um nível de relação bastante duvidoso com todas as figuras que lavam dinheiro, inclusive, dentro de igrejas, lamentavelmente. E aí não tem nada a ver com fé, não tem nada a ver com pastor, diretamente, mas com esquemas de lavagem de dinheiro que evoluem para dentro de igrejas e usam também a fé do próprio cidadão. O senhor, Américo Monte Júnior, comprou com R$13 milhões imóveis em apenas 13 meses? Tem uma informação aqui. O senhor fez essa compra em espécie? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu vou permanecer em silêncio. O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - Perfeito. Presidente, eu queria aqui finalizar dizendo que, logicamente, essa desfaçatez - e você percebe, Presidente - de todos que vêm aqui, a cara deles nem treme, na expressão popular. Sua cara não treme. É impressionante. Não treme. Mas nós temos o que dizer de maneira positiva. Porque, por outro lado, eu queria aqui fazer o reconhecimento das ações da Polícia Federal e do Governo Federal. Já houve ações da Polícia Federal. Operação Sem Desconto, na primeira fase, com CGU, com a Polícia Federal, que combateram descontos não autorizados de beneficiários do INSS. Ou seja, foram seis mandados de prisão temporários de dirigentes de entidades associativas; alvos como dirigentes de entidades, servidores do INSS, e estimaram R$6,3 bilhões, que é o balanço desse processo. Nós já tivemos, e eu acho muito importante sempre relembrar que, só no norte do país, de onde eu sou, de onde eu venho, já foi feito um ressarcimento no valor de R$250 milhões, aproximadamente, para essas pessoas que foram lesadas por figuras como você. Isso o Governo Federal está fazendo. Isso é muito importante. Foram R$2,7 bilhões de valores pagos aos aposentados e pensionistas que tiveram descontos indevidos. Foram 3,3 milhões de beneficiários que já receberam o seu ressarcimento. Então, portanto, do ponto de vista das ações de Governo, me parece que é um balanço importante de a gente fazer o reconhecimento de que há ações de ressarcimento, que é importante para prevenir e para tentar ressarcir esse prejuízo causado por figuras como essa. Tem uma lista de operações que já estão sendo feitas, realizadas. A Operação Sem Desconto, na segunda fase, já ocorreu. A Operação Sem Desconto, na terceira fase, com bastante avanço. |
| R | Então, eu queria dizer aos senhores, nesses poucos minutos, que, no final, Presidente, há um balanço importante: me parece que a ação do Governo Federal no sentido do ressarcimento, no sentido da ação concreta de tomar providência, através da CGU e Polícia Federal, tem sido efetiva. Mas eu queria sugerir a V. Exa. que a gente pudesse aprofundar, porque nós estamos diante de uma figura fundamental nessa fraude, que enriqueceu ilicitamente e abruptamente em um ano, demonstrado isso oficialmente, e que tem ligações diretas com o esquema de corrupção do INSS. E, por fim, nós não podemos esquecer que tem um ponto de partida dessa fraude do INSS. E o ponto de partida foi apresentado aqui. Nós estamos martelando isso, Presidente. (Soa a campainha.) O SR. DORINALDO MALAFAIA (Bloco/PDT - AP) - Nós estamos falando isso em todas as sessões. O ponto de partida para que tivesse esse tipo de fraude tem data, tem endereço e tem documento. Nós não podemos esquecer o Decreto nº 10.537, de 28 de outubro de 2020, assinado por Jair Messias Bolsonaro, assinado por Paulo Guedes e Onyx Lorenzoni. Foi aqui que começou, foi aqui que deu causa, foi aqui que permitiu que esse esquema de corrupção, nessa fase da chamada Operação Sem Desconto, acontecesse. Portanto, tem origem, tem endereço, tem assinatura que abriu a porteira para esse tipo de cidadão enriquecer ilicitamente, fraudar junto com uma gangue e ter a cara de pau de não se sentir, pelo menos, constrangido. Então, Presidente, nós temos que ter uma ação efetiva com relação a esse tipo de postura. Está provado que esse cidadão tem relações diretas, esquema de corrupção direto com essa fraude do INSS. Então, muito obrigado, Presidente. Uma boa semana para todos nós. O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco/NOVO - CE) - Muito obrigado, Deputado Dorinaldo Malafaia, lembrando ao senhor que o habeas corpus do depoente é bem amplo, concedido pelo Ministro Nunes Marques. Eu vou imediatamente passar aqui a palavra para a Senadora Damares Alves. A senhora tem dez minutos para fazer aí a sua participação. Muito obrigado. A SRA. DAMARES ALVES (Bloco/REPUBLICANOS - DF. Para interpelar.) - Presidente, eu não vou gastar o tempo todo, não, porque o depoente não vai responder, mas a gente tem que ficar aqui, é a nossa missão, nós estamos investigando, estamos inquirindo, é a nossa missão. Como ele não vai responder, eu vou fazer comentários. E o comentário é, Seu Américo, o seguinte: o senhor tem quatro filhos - uma de 26, um de 22, um de 21 e um de 9. Até agora só o de nove não está envolvido nos seus esquemas, porque é criança, mas não sei, não. Se o senhor ficar solto, aos 16, com certeza já vem aí uma emancipação. Aí, o senhor não quer falar, mas a gente tem quebra de sigilo. E, observando a quebra de sigilo, primeiro eu acho que a menina mais velha não é sua filha, porque não tem seu sobrenome, ela deve ser sua enteada. E eu fico perguntando onde é que está o pai dessa menina, porque, aos 21 anos de idade, essa menina já estava sendo envolvida em esquemas. Seu Américo, o senhor recebeu auxílio durante a pandemia, o senhor recebeu R$7.050 de auxílio emergencial. A pandemia termina em 22. Aí, em 23, o senhor começa a ganhar dinheiro, porque o senhor disse para a Receita que recebeu R$11 mil. Aí, igual o Pimenta falou, e eu vou repetir os números do Pimenta, em 24, o senhor recebeu - sim, para a Receita -, R$7.787 milhões. Então eu queria lhe fazer um apelo, já que o senhor é cristão: devolve esses R$7.050 do auxílio emergencial, porque o senhor ficou rico em 23 e 24; devolve da sua esposa R$3.900 de auxílio emergencial e da sua filha... não, da Micaela, R$3.090 - menina com 21 anos já fraudando o auxílio emergencial - e devolva da sua esposa, Erica, R$5.650! Eu até poderia fazer o seguinte, Seu Américo: mostre que o senhor tem interesse em ajudar o Brasil! Faça amanhã, advogado, um Darf, uma guia de recolhimento! Ele recolhe a devolução do auxílio emergencial corrigido e manda para a CPMI, para a gente ver que o senhor está bem-intencionado. |
| R | Quando a gente lê a quebra de sigilo, Seu Américo, a gente observa que Deus não ouviu as suas orações. O senhor estava orando para vocês não serem investigados. Lamento que o senhor ore para Deus te livrar de crime. E a gente observa aqui, no sigilo, quando eles falam da sua filha: "Em nome da neta de Monte, Micaela [...] [não vou dizer o sobrenome todo, porque ela está com 26 anos; o senhor já destruiu a vida da sua enteada, dos seus filhos de 22 e 21 anos, tão jovens, meu Deus do céu; aí está aqui], está registrada a empresa 'Meu Bem Protegido', de seguro de veículos. [...] Sócia da empresa que se mistura com a Amar [...]", aí vai... Só que, nessa declaração que eu tenho aqui, na quebra de sigilo, da inteligência, fala-se que a sua filha, Micaela, enteada, ensinava como falsificar as assinaturas dos idosos. Seu Américo, eu lamento um homem que se diz cristão envolver meninos tão jovens em esquemas tão pesados. E o senhor sabe que vão anos para limpar o nome desses meninos se não forem condenados com o senhor, porque, se eles forem condenados, o senhor sabe que, pelo rol de crimes que estão sendo atribuídos ao senhor e a eles, as penas serão altas, e seu pai também está envolvido. Eu não consigo imaginar como é que vai ser a festa de Natal de vocês, o Natal em família este ano. Talvez a festa de Natal do ano que vem não vá ser em família, a de vocês, talvez cada um vá ter que curtir o Natal em outro lugar. Seu Américo, eu lamento! E, quando eu vi aqui o senhor falar que é cristão e que o colega Dorinaldo aí falou que o senhor ora, eu estou tão chateada com isso, tão chateada! Mas, vamos embora, Presidente; vamos embora, Relator! Ele está se negando a falar. Tem um grande advogado - o Dr. Levy é um grande advogado -, está muito bem orientado, mas a sua situação é muito grave. Os documentos apontam que o senhor é um dos mais envolvidos nesse esquema; que era um vulnerável na pandemia, que precisava de auxílio emergencial, e um bilionário agora. Eu só tenho que dizer que eu lamento por tudo que a gente está vendo aqui, hoje! O senhor teve a chance de ajudar o Brasil, mas ajude devolvendo pelo menos o auxílio emergencial, porque eu acho que o resto que foi a gente não vai conseguir catar tudo de volta; pelo menos o auxílio emergencial devolva! Relator, sucesso! Eu fico imaginando a sua indignação, Relator: horas e horas lendo documentos, noites acordado... A assessoria, todo mundo aqui, ó, assessoria da direita e da esquerda, tenho que registrar cumprimento a todas as assessorias! Aí, ele vem e não quer colaborar com a CPMI. Lamento! Mas, Dr. Levy, sucesso ao senhor! O senhor vai ter muito trabalho, muito trabalho! Lamento! Seus três filhos, a pena dos três filhos e a do senhor não vai ser baixa. Lamento, Seu Américo! O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco/NOVO - CE) - Obrigado, Senadora Damares Alves. Informo a todos que o trabalho deste Colegiado - é muito importante isso - está sendo acompanhado desde o início das sessões aqui, quando nós instalamos esta CPMI. É um recorde de audiência tanto na Câmara como no Senado. Agora, nós consultamos aqui, tinham 20 mil pessoas acompanhando só pelo YouTube. |
| R | Então, é algo assim de renovar as esperanças da população, acompanhando a política de fato. Acompanhando, na verdade, não é a política, é a investigação, querendo saber do seu dinheiro que foi drenado aí para famigerados esquemas. Eu passo a palavra imediatamente para a Deputada Bia Kicis. A senhora tem dez minutos para as suas perguntas e considerações. A SRA. BIA KICIS (PL - DF. Para interpelar.) - Obrigada, Sr. Presidente, Sr. Relator. Cumprimento a todos aqui presentes e também a nossa audiência que o Presidente acabou de citar, o Sr. Américo, o Dr. Levy. Bom, não vou aqui perder tempo fazendo perguntas que não serão respondidas. Ao invés disso, eu prefiro falar ao povo brasileiro. E eu quero pedir à mesa, por gentileza, que coloque aqui uma tabela. Olha lá, a gente ouve tantas narrativas, né? E aí é importante lembrar que essa empresa, a Amar... Essas entidades descontaram R$690 milhões dos aposentados entre 2023 e 2025, tá? Porque aqui a gente ouve os blindadores dos criminosos, dos agentes políticos que a gente sabe que estão sendo preservados para o povo não conseguir saber, porque a preocupação deles é só eleitoral. Eles não querem que chegue ao Lulinha, ao Frei Chico, ao Lula. Então, eles fazem qualquer coisa com uma cara de pau inacreditável. O outro até fala de nave espacial. Gente, é tanta loucura, mas a gente toma um Engov, escuta, depois toma outro e é vida que segue, né? Porque o nosso objetivo aqui é investigar. E é terrível quando você vê colegas Deputados, Senadores, Parlamentares que vêm para cá dizer que querem investigar e, na verdade, só querem blindar. Quer dizer, atrapalham a CPMI, prestam um desserviço ao povo. Mas está lá, ó. Querem botar a culpa no Bolsonaro, no Governo Bolsonaro. É tanta narrativa, mas está ali o fato, valores de 2019 a 2022, 1 milhão - 1 milhão - que foi descontado indevidamente por essas empresas: Amar Brasil, Master Prev, Andapp e Aasap; e, entre 2023 e 2025, 690 milhões. A gente fica até confuso, Sr. Relator. A gente acha que está pensando no número errado. Espera aí, 690 milhões, quase 1 bilhão, mais de R$0,5 bilhão. Está lá. Só por essas entidades, sem falar na Conafer, sem falar no Sindnapi, sem falar em todos os outros. Está aí, ó, só essas entidades do depoente que está aqui hoje sem falar nada, sem colaborar com coisa alguma. É muita certeza da impunidade. Mas, olha, podem cair do cavalo. Bom, tudo isso para o brasileiro, para o aposentado... O Deputado Coronel Chrisóstomo mostrou vídeos que mexem com o coração da gente ao ver pessoas tão vulneráveis que recebem a sua aposentadoria e que ficam sabendo agora que estão sendo roubadas há tanto tempo. Realmente é uma situação terrível. |
| R | E aí a gente pensa assim: mas é incrível, né? Tudo isso acontecendo especialmente no Governo Lula. Aí a gente recebe aqui, ó: "Empreendedores brasileiros fogem para o Paraguai". Não é brincadeira, não. Não é pouca gente, não. "O Paraguai tem se destacado como destino de um número crescente de brasileiros em busca de alívio fiscal", porque esse desgoverno só sabe arrecadar, é taxar, taxar, taxar. O brasileiro não aguenta mais tanto imposto. Vamos lembrar que, no Governo Bolsonaro, era isenção de impostos federais do combustível, era realmente ajuda para o povo brasileiro, enquanto nesse desgoverno é taxa, taxa, taxa. O brasileiro não está aguentando. Então, além dos pobres, aposentados, pensionistas roubados, as pessoas que geram emprego estão dando no pé. O Paraguai, com a sua política liberal, está colhendo frutos agora. Poucos impostos, energia barata, ambiente mais favorável ao empreendedorismo... "Segundo levantamento de 2025, há estimativas de que mais de 263 mil brasileiros estejam vivendo hoje no país vizinho, um contingente maior do que se imaginava até então". Olha só. E antigamente a gente fazia piada com o Paraguai. Vocês lembram isso? "La garantia soy yo". Olha que virada, que tristeza. O Brasil que era o país do futuro, como tem um livro que fala que o Brasil é aquele país do futuro que nunca chega, porque as ratazanas daqui têm fome, têm sede e nenhum escrúpulo para roubar, para taxar, para desviar, para mentir, para vir fazer parte de uma CPMI para blindar. Isso é uma vergonha. Eu quero que o povo brasileiro preste muita atenção no nome dos Deputados e dos Senadores que estão blindando e ainda fazem piadinha, ainda vêm contar mentira. É a velha máxima: o PT, quando não está mentindo, está roubando; quando não está roubando, está mentindo; e agora a gente está assistindo fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Outra aqui: "Brasil despenca no ranking de crescimento" - despenca! "O Brasil perdeu fôlego no segundo trimestre de 2025 e viu o seu desempenho relativo no mundo minguar de forma abrupta: o Produto Interno Bruto (PIB) avançou apenas 0,4% de abril a junho, taxa que deixou o país em 32º lugar num ranking de cerca de 50 economias compilado por analistas". Caraca, velho, 32º lugar de 50. Que miséria, que tristeza, que roubada - literalmente, que roubada! O povo brasileiro não aguenta mais. E aí a gente assiste, um por um, virem aqui jovens, jovens empresários fake, que de empresários não têm nada, que montam empresas que são só lavanderia de dinheiro sujo, de dinheiro roubado. E ainda pegam esse dinheiro e levam para fora do Brasil, paraísos fiscais. E ainda devem levar, pelo que a gente imagina, nas maletas que saem aí até de avião da FAB, maletas e maletas e maletas que ninguém consegue explicar, ou de voo comercial também - teve uma aqui que levou 32 malas... E aí é o dinheiro do povo brasileiro literalmente voando para fora do Brasil; e aí é Lulinha voando para fora do Brasil junto com o Careca. |
| R | E aí os caras dizem assim: "Vocês não têm provas! Vocês estão falando sem provas! Nós vamos processar". Vem processar, meu amigo! Eu estou aqui para investigar. Eu não tenho prova mesmo, é por isso que eu fiz um requerimento querendo a lista dos passageiros. Não é de aeronave, não é de foguete, não, para Bolsonaro fugir dos 27... Não é, não! É para mostrar que o Lulinha estava no voo com o Careca para Portugal, porque nós sabemos disso, porque a imprensa sabe. Porque o outro que está ameaçado de morte, que está pedindo socorro, ligando para o Relator: "Estou com medo"... Porque a gente sabe de Celso Daniel, a gente sabe tantos casos, aviões que explodem - ixe! -, a gente sabe de muito caso. Perigoso, quando você mexe com máfia é perigoso. E aí a gente só quer uma lista de passageiros, o Deputado diz o quê? "Vocês não têm provas! Vou processar." A gente está aqui buscando as provas e vocês estão fazendo sabe o quê? Blindando as provas, impedindo que a gente tenha acesso às provas. Vem processar, meu amigo, vem processar! (Soa a campainha.) A SRA. BIA KICIS (PL - DF) - Você, que está blindando os maiores bandidos deste país, quer processar quem está honestamente aqui trabalhando, servindo ao povo brasileiro, servindo aos aposentados, aos roubados, lutando pela verdade e pela justiça? Vem processar! Processa, meu amigo! Se bem que está difícil confiar na Justiça neste país, infelizmente, né? Porque na Justiça de hoje os corruptos estão todos soltos, e os presos são os inocentes - é perseguido político, é Presidente Bolsonaro, é General Heleno. Mas ainda assim, eu, como advogada, procuradora que fui, operadora do direito, Dr. Levy, ainda mantenho acesa uma esperancinha de que a justiça seja feita; a divina eu sei que vai ser feita, a humana é falha, mas a gente vai continuar trabalhando para que ela seja feita. Muito obrigada, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado, Excelência. Senador Eduardo Girão. (Intervenção fora do microfone.) O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Ah, pois não. Deputado Evair de Melo. O SR. EVAIR VIEIRA DE MELO (Bloco/PP - ES. Para interpelar.) - Sr. Américo, qual era a sua atividade laboral, de trabalho, em 2019? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR (Para depor.) - Excelência, eu vou permanecer em silêncio. O SR. EVAIR VIEIRA DE MELO (Bloco/PP - ES) - Qual era a sua atividade laboral em 2020? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou permanecer em silêncio. O SR. EVAIR VIEIRA DE MELO (Bloco/PP - ES) - Desculpe a expressão popular, o senhor é um cara-pálida. Ter coragem de entrar no site, no aplicativo da Caixa Econômica, e pedir auxílio emergencial... Por isso o senhor já deveria estar preso, sair algemado daqui hoje. Num momento difícil, quantas famílias que passaram por dificuldades, quantas empresas que fecharam, quantos pequenos negócios que fecharam, e o senhor com essa cara pálida ter coragem de ter acionado a família toda e ter pegado o auxílio emergencial. O senhor disse que é cristão, mas deve frequentar a igreja da sinagoga do Satanás, só se for, porque a igreja que o senhor frequenta, possivelmente, não é a verdadeira Igreja de Cristo. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Está amarrado... O SR. EVAIR VIEIRA DE MELO (Bloco/PP - ES) - O senhor possui quantos veículos? |
| R | O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou permanecer em silêncio. O SR. EVAIR VIEIRA DE MELO (Bloco/PP - ES) - Cara-pálida! Responde! Seja um homem, para falar a verdade, com a coragem que o senhor teve de se meter nesse enrosco que o senhor se meteu, porque o senhor, por receber auxílio emergencial, em 19, imagino eu que está andando de carona ou a pé pela rua. Não há espaço, como o Relator mostrou, comprovadamente, aqueles carros que estão ali. Que criatividade é essa, que consultoria é essa, que o senhor dá, que o senhor não sabe o que o senhor faz, o senhor não sabe onde o senhor trabalha? Aí, o senhor tem um Imposto de Renda de R$11 mil e passa para 7 milhões...O senhor é um gênio! Nem aquela moça, de Belo Horizonte, essa semana, que usou a startup aí, que se tornou uma nova bilionária, tinha a genialidade do senhor. Que vergonha! Que vergonha! Mas o senhor é só mais um desse quadrilhão que se montou no Brasil. E aqui eu quero sempre reviver, porque eu fui o primeiro Parlamentar a denunciar essa roubalheira aqui na Câmara dos Deputados. Infelizmente, a própria imprensa e a Polícia Federal, depois de um ano e meio que eu tinha denunciado, que resolveram abrir uma investigação. Antes tarde do que nunca. E, no dia 26 de agosto, Sr. Presidente, aqui nesta Comissão, quando nós iniciamos o trabalho, eu trouxe uma informação que fizeram o cara-pálida, que estava ali do meu lado, fingindo que não era com ele, quando eu dizia: "O Lulinha está metido nisso!". Depois disse isso em Plenário. Por favor, passe os meus vídeos. Soltar o áudio ajuda. (Procede-se à exibição de vídeo.) O SR. EVAIR VIEIRA DE MELO (Bloco/PP - ES) - Foi 26 de agosto. Estão na sequência os outros. (Procede-se à exibição de vídeos.) O SR. EVAIR VIEIRA DE MELO (Bloco/PP - ES) - Sr. Presidente, isso mostra que nós estamos alertando para esse bandido chamado Lulinha. As histórias de fazenda no Pará, as histórias de cobertura pelo Brasil afora... E hoje é um fugitivo. Ele fugiu para a Espanha. Portanto, é uma vergonha, uma vergonha saber que o Brasil foi entregue para essa gente. E, a partir de hoje, o Sr. Lulinha passa de suspeito para investigado, investigado e procurado, porque ele fugiu. |
| R | Sr. Presidente, já comuniquei aqui... Deixa achar aqui. Mas já foi protocolado hoje, no STF, o pedido de extradição, de cooperação internacional para trazermos o Lulinha de volta. Isso é extremamente necessário para que as coisas possam começar a aparecer. E o crime... tenha certeza de que não compensa. Sr. Presidente, é um escândalo atrás do outro, é uma conspiração atrás da outra, mas sem nenhum dó e nenhuma piedade. E o que me assusta, às vezes os Deputados ligados ao PT, a esses partidos de esquerda, não conhecem a origem, Sr. Levy, do modus operandi, do plano estratégico para se montarem essas quadrilhas. Eu sempre digo que PT, MST, as Farc colombianas, Hamas, Hezbollah, tudo são princípios... têm mesma estrutura operacional de quem trouxe esse conhecimento lá do Al Capone. O PT também não sabe o porquê do número 13 dele e deveriam saber. É uma conspiração. E aí, Sr. Américo, a estrutura e o modo operacional das empresas que o senhor, brilhantemente - um gênio, o senhor deveria ganhar um Prêmio Nobel de Economia -, montou e estruturou são todas iguais às que os outros bandidos também montaram. Engraçado: 30, 40 empresas com a mesma estrutura, o mesmo modo operacional, todo mundo prestando serviço e não sabe para quê, quando, a que hora, o que faz. Olha, é de dar nojo. O certo era fazer vômito, olhando para esse tipo de gente e saber da coragem e da falta de escrúpulos que vocês tiveram. O PT tem muito a explicar. Aliás, não deveriam ter nem deixado retornar ao poder. A história dessa publicitária eu já disse aqui e vou repetir: ela delatou o Lula na Lava Jato; ela delatou, mas a Dilma foi lá e contratou de volta, a Dilma foi lá e contratou, e agora ela volta a operar de novo, no mesmo escândalo, ou seja, sabia roubar, puderam roubar de novo e voltou para a cena do crime. O senhor imagina que uma associação igual à do Sr. Américo, Sr. Relator, chegou a fazer desconto de 180% acima do que era autorizado. Que loucura, que loucura! E os valores em que o senhor está envolvido, somados aos outros... Só de 12 entidades, nós estamos falando quase de R$4 bilhões que foram descontados. Mas aí, olha só que coisa! O Lula foi conivente com o roubo dos seus próprios eleitores: "Reduto eleitoral do Lula é o que mais sofre com descontos associativos". Ele sempre fez um discurso, a retórica, a falácia dele é conhecida. (Soa a campainha.) O SR. EVAIR VIEIRA DE MELO (Bloco/PP - ES) - O Lula é um milionário que se faz de pobre coitado, mas olha o sapato dele, o terno dele, a gravata dele, o vinho dele, o uísque japonês, de que ele tanto gosta! Mas ele teve coragem de ser conivente. |
| R | E vêm dizer aqui que o Lula mandou investigar. Mandou nada! Vocês foram montando essas quadrilhinhas ali nos anos... Porque a Contag, que é uma das mães do PT, criou o PT, desde 94 rouba os aposentados. Naturalmente, vocês criaram essas instituições em 2020, 2021... Talvez até fizeram lá na forma da legalidade, mas, quando a cerca rompeu, perderam escrúpulos e roubaram bilhões dos nossos aposentados. Eu queria muito que o senhor saísse preso daqui, algemado, sem direito à fiança, porque, atrás de uma cela, o senhor ia acabar confessando todos os crimes e entregando todos aqueles que roubaram com o senhor. Vai vendo, Brasil! O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Senador Eduardo Girão. O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE. Para interpelar.) - Muitíssimo obrigado, Presidente. Quero cumprimentar o Relator; o advogado, o Dr. Levy; o Sr. Américo. Sr. Américo, o senhor... Eu vi aqui vários Parlamentares, ao longo destes meses em que a gente está se debruçando, no limite das nossas forças, para buscar a verdade sobre esse crime hediondo que foi feito com os brasileiros mais pobres, órfãs, viúvas, deficientes, velhinhos e velhinhas do Brasil... Eu vi praticamente toda a sessão perguntar ao depoente qual o sentimento que o senhor tem com relação ao que aconteceu. Não posso afirmar, chamá-lo de ladrão, chamar... Não posso fazer isso, seria leviano da minha parte. Mas o sentimento de uma pessoa que recebeu... E 120 milhões circularam nas mãos do senhor, das empresas do senhor, vindo dessas entidades aqui que descontaram de forma irregular R$700 milhões - está chegando à casa do bi! E, como foi dito aqui, o seu Imposto de Renda, curiosamente, passa de 11 mil para 7 milhões. Eu gostaria de retomar a pergunta, porque o senhor disse: "Olhe, o sentimento seria... ". Mas, quando você diz "seria", não é o seu sentimento. O senhor pode ficar em silêncio, mas, assim, como ser humano, eu lhe pergunto, porque o senhor pode colaborar conosco aqui, para que a gente, Deputados e Senadores, aqui... Não há mal que não venha para um bem maior, não há mal que perdure para sempre, e não há mal que não venha para um bem maior. Eu tenho certeza de que, depois de tudo o que está sendo revelado, nunca mais vai ter escândalo de INSS no Brasil, porque agora o sistema vai funcionar. Eu acredito nisso, depois de tudo o que a gente está vendo, o maior escândalo previdenciário do planeta. Eu lhe pergunto: o senhor, como um brasileiro, o que é que o senhor sente vendo esses depoimentos que foram mostrados aqui pelo Coronel Chrisóstomo, o que o senhor já viu na imprensa, o pessoal andando com Ferrari...? Foram buscar vinhos caríssimos, relógio Rolex, todo tipo de imóvel, até uma cobertura no prédio mais caro do Brasil. Como é que o senhor se sente? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR (Para depor.) - Excelência, meu sentimento é de tristeza, eu já tinha respondido anteriormente. E a minha opção de ficar em silêncio é porque eu acredito, como eu falei anteriormente também, que aqui não é o ambiente correto para eu poder expressar a minha defesa e as explicações devidas. O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE) - É, eu respeito sua opinião... O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Eu peço desculpa... |
| R | O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE) - Não, eu respeito sua opinião. Aqui - me desculpe discordar - é o ambiente, sim. Nós estamos aqui trabalhando. Tem a melhor equipe técnica da direita e da esquerda. Os partidos todos estão aqui, então é o lugar, mas o senhor, infelizmente, não está querendo colaborar. Recebeu, conseguiu um habeas corpus do Ministro Nunes Marques, o que inviabiliza o nosso trabalho. Teve decisão de Ministro aqui que não precisou nem vir o depoente, para ver o nível que está o Brasil, de blindagem. Eu peço para passar um vídeo, porque a população não tem, infelizmente... Através da gente ela tem voz. Mas eu gostaria muito, Sr. Presidente, já lhe pedi isso algumas vezes, como eu lhe pedi o Carlos Gabas várias vezes... Já foi aprovado. Ele não está sendo localizado pela Secretaria. Eu queria entender, porque é o cara que andava na moto com a Presidente Dilma, para cima e para baixo. Nós tentamos trazer aqui, na CPI da Pandemia, a história dos respiradores que nunca chegaram lá no Nordeste. Morreu gente por isso. E ele não marca, é um homem poderoso esse. Vai vir até um cidadão honesto lá, que é o Governador Romeu Zema, porque parece que a turma tem uma inveja grande. Eu acho ótimo que ele venha aqui, porque vai sair gigante. Não tem nada a temer, e nós votamos para ele vir. Agora cadê o Gabas? Eu queria lhe pedir prioridade máxima, quando começasse a próxima... senão a gente se desmoraliza. Peço o vídeo por favor. (Procede-se à exibição de vídeo.) O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE) - Eu repito a pergunta - me perdoe aqui, eu tenho que lhe perguntar -: é um sentimento de tristeza, ou é indignação com isso, com esse tipo de coisa, que se multiplica aos milhões de pessoas no Brasil? Qual é o seu sentimento? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Exmo. Senador, se essas pessoas, realmente, não se filiaram, o meu sentimento é de indignação e de tristeza. O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE) - Presidente, para reforçar pela última vez aqui, aí eu não vou, porque... Eu acredito... eu acho que foi um grande erro do senhor - o senhor está num trabalho impecável, Presidente -, aqui nesta CPMI, ter colocado a votação de um Governador... Eu acho que é trazer - com algumas falas de colegas aqui, requerimentos - um debate eleitoral do ano que vem para cá, mas tudo bem. Por favor, chame o Carlos Gabas. Olha aqui, junto com o pessoal lá, com a Roberta, que é justamente uma candidata a Deputada estadual - número dela aqui, 131313 -, lobista do Careca do INSS. Temos muito a explicar. Pergunta para o senhor, Sr. Américo: quantos funcionários... com esses R$120 milhões que o senhor recebeu, quantos funcionários o senhor empregou, gerando emprego para o Brasil? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, eu vou permanecer em silêncio. O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE) - Fica difícil. Eu acho que... Sr. Presidente, o que falta para a gente entender o que está acontecendo aqui? |
| R | Hoje nós tivemos mais um dia de proteção de poderosos aqui nesta Comissão. Está feio, está feio. É o modus operandi, com todo respeito a quem pensa diferente, mas é o modus operandi do PT. A Comissão do Crime Organizado, que funciona paralela a esta aqui, por exemplo, em que nenhum Deputado nem Senador do PT, nenhum, zero - aqui pelo menos teve um, lá não teve nenhum... não acontece reunião, esta semana não teve reunião. Eles não assinaram... tomaram a Presidência. E o senhor tem sido independente, o Relator, e eu testemunho isso, mas lá tomaram a reunião e simplesmente não fizeram nada - está parada -, inclusive censurando quando a gente faz perguntas. É o modus operandi. Hoje blindaram aqui o Lulinha, R$300 mil por mês, segundo a PF, segundo a testemunha - 300, segundo a testemunha -, dizendo a PF, apurado pela PF. A testemunha está no relatório da PF, dizendo isto: R$300 mil. Dinheiro de quem? Mensal. Dinheiro de quem? Dos pobres. Dinheiro de quem? De quem votou no Lula. Dinheiro de quem? De quem votou no Bolsonaro. O senhor enviou, Seu Américo, para alguma offshore, recursos desse esquema aqui, desse faturamento de 120 milhões que passou pelas suas mãos? Foi para o exterior? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Excelência, não. O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE) - Não? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Não. O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE) - Obrigado por responder. (Soa a campainha.) O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE) - Então esse dinheiro está no Brasil. O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR - Todo o dinheiro que eu recebi está declarado, está no Brasil e declarado no meu Imposto de Renda. O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE) - O.k., Sr. Presidente. Eu quero cumprimentar, nesses 40 segundos que me faltam, todos os colegas, Deputados, Senadores, por essa primeira etapa do trabalho da CPMI. Eu assino para que a gente possa prorrogar. Esse é um trabalho em que a gente precisa ir até o fim. Agora, espero que recomecemos logo após o recesso, Sr. Presidente, trazendo aqui figuras que não podem deixar a população... a gente não pode deixar uma mácula, como, por exemplo, o Sr. Carlos Gabas, precisa vir, como o Wolney Queiroz, que já era para ter vindo há muito tempo, tinha que estar sentado aqui. Isso é prioridade máxima e eu peço, faço um apelo para o senhor para que a gente possa retomar com esses depoimentos. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado, Excelência. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Questão de ordem, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Só um instantinho, por favor. Só um instante. Só colocar uma questão. Eu não gostaria, Senador, que se colocasse nas costas desta Presidência a decisão sobre qualquer requerimento. Os senhores todos têm a liberdade aqui de se posicionar da maneira que desejam. Esta Presidência tem respeitado o rito de não privilegiar qualquer lado. E política não se faz só com discurso. Hoje nós temos no Brasil muita gente ótima de discurso, mas gente sem articulação e sem voto aqui dentro. Então, se passou, Excelência, não estou aqui para dizer se é certo ou se é errado, se fiquei satisfeito ou não. Eu penso que poderíamos ter feito de maneira diferente, como convite, mas não sou eu que decido, eu apenas dou sequência às questões que estão aqui. |
| R | Portanto, essa não é a primeira vez em que se tenta colocar na mesa do Presidente a responsabilidade sobre determinadas decisões. Esta Presidência não tem medo de enfrentar nenhum tema. Eu dou transparência a todos os requerimentos - todos. Inclusive, eu tenho publicado com mais antecedência do que a pauta, justamente para que a gente possa mostrar ao Brasil o que a gente precisa fazer. Se vota aprovando ou vota blindando, aí é uma questão de a população fazer o julgamento, não a minha função como Presidente, que tenho buscado ser o mais equilibrado possível. O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE) - Quero só fazer uma colocação rápida, Presidente. Rapidamente. Eu concordo com o senhor, só quero lhe dizer o seguinte, que às vezes - não sei quem foi que disse isso -, para confundir, para atrapalhar o andamento dos trabalhos, se colocam requerimentos que não têm nada a ver. Então eu acho que o senhor, como Presidente... Eu respeito a sua opinião. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Se não tivesse nada a ver, não estaria em votação, Senador Girão. Há pertinência no requerimento. O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE) - Eu acredito que não deveria ter sido provocação... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - V. Exa. acredita, mas, com todo o respeito que lhe tenho, a decisão final é da Presidência. Há pertinência no requerimento. Agora, lhe digo uma coisa: isso pode se reverter, porque, dependendo do que a pessoa vier e falar aqui, isso pode dar uma outra visão. O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE) - Eu tenho certeza de que isso vai se reverter. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Vamos lá, questão de ordem, Deputado Paulo Pimenta. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Art. 19, inciso I. Posso falar, Presidente? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, perfeitamente. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS. Para questão de ordem.) - Presidente, o Regimento é claro, no art. 19, inciso I, vedando a utilização de expressões descorteses ou insultuosas. Nós estamos assistindo aqui, Presidente, a uma sucessão de manifestações claramente de caráter insultuosas, eu diria mais do que isso, Sr. Presidente, caluniosas, porque são manifestações que carecem de prova. O que nós estamos assistindo aqui, de uma forma covarde, Sr. Presidente, é a vários Parlamentares que se repetem, fazendo acusações, sem apresentar nenhuma prova. Presidente, na minha primeira manifestação aqui hoje, já faz mais de 12 horas, eu desafiei os Deputados: me mostrem uma prova, me mostrem um documento, me mostrem uma conta, um depósito, um RIF, nesta CPI, que tenha qualquer relação com o filho do Presidente Lula. Passaram-se 12 horas, dezenas e dezenas de Parlamentares falaram, e nenhum, Presidente - nenhum -, apresentou uma prova. Sabe por quê? Porque não tem. Nenhum apresentou nenhum documento, porque não tem. Na medida em que alguém fala a respeito de alguém e acusa sem prova, é o quê? É um insulto, é uma calúnia... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - ... é uma mentira. Portanto, Sr. Presidente... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Peço para finalizar a questão de ordem, Excelência... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Vou finalizar. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - ... porque tem o tempo da Liderança ainda. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Vou finalizar. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Mas eu não posso me calar diante da mentira orquestrada, sem provas, repetida aqui por vários Parlamentares. Então, eu peço a V. Exa. que seja observado o que dispõe o art. 19, inciso I. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não, Excelência. Eu recolho a questão de ordem, mas desejo lembrar a V. Exa. que, durante a sua última fala, o senhor se dirigiu a um colega nosso como Marreco de Maringá, é uma ofensa, Excelência - é uma ofensa. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Eu chamo de apelido. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Está dentro do mesmo artigo que V. Exa. está pedindo que eu use. Então, eu recolho, mas... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Marreco é uma ofensa? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - É uma ofensa, Excelência. A mim... |
| R | O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Sim, mas quando me chamam de Malagueta, é ofensa? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Então, V. Exa. pode pedir que eu mesmo... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Entendeu? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - ... se uma vez fiz... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Eu vou ficar chorando aqui: "Ai, me chamaram de Malagueta"? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não, mas... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Vou chorar: "Não me chamem de Marreco"? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Está no mesmo artigo... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - "Não me chamem de Marreco!" O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Está no mesmo artigo de V. Exa. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Então, assim... Eu nunca vi... Agora, se chama... "Ai, não me chamem de Marreco, senão eu choro." Eu não vou chorar se me chamarem de Malagueta aqui. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Mas é uma ofensa, Excelência. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Ofensa? O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - É, Excelência. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Não é, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Eu vejo dessa forma, como uma ofensa. Bem... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Está bom. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - V. Exa. gostaria de fazer uso do tempo... O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Com certeza. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL) - Presidente, antes do tempo... O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. Deixa eu... Eu vou botar aqui... Só um minuto. O SR. ALFREDO GASPAR (Bloco/UNIÃO - AL. Como Relator.) - Antes do tempo de Liderança, permiti a V. Exa... O Deputado Paulo Pimenta estava resolvendo algo fora do Plenário, e eu falei com a assessoria dele, que foi comunicá-lo; e pedi permissão também à Liderança da Oposição. Têm chegado milhares de documentos. Está sendo humanamente impossível para a equipe técnica... Eu fiz dois pedidos aqui: um para o TCU, e o outro para a CGU, para três e dois servidores. Foi um apelo da equipe técnica. E peço a V. Exa., com a permissão dos Líderes, para que faça um extrapauta, por favor. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Eu vou colocar aqui. É um pedido do Relator para aumento de colaboradores externos na equipe. Coloco em votação os Requerimentos 2.876 e 2.877, respectivamente, de disponibilização de três servidores Auditores Federais de Controle Externo do Tribunal de Contas da União e dois servidores Auditores Federais de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União, para prestarem apoio técnico e investigativo a esta Comissão até o encerramento das atividades. Em votação dos requerimentos. Os Parlamentares que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) Estão aprovados os requerimentos. A Secretaria dará sequência. Tempo da Liderança ao Deputado Paulo Pimenta por cinco minutos. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS. Fora do microfone.) - Só um minutinho, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Pois não. O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS) - Eu estava concentrado nesse requerimento. (Fora do microfone.) Eu achei que ia ter orientação de voto agora desse requerimento, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Não. Por hoje chega, Excelência. (Risos.) O SR. PAULO PIMENTA (Bloco/PT - RS. Pela Liderança.) - Presidente, eu me comprometi a demonstrar, nesta última manifestação que faço neste semestre na CPI, mais provas, mais documentos que mostram o comprometimento, a responsabilidade do Governo Bolsonaro, do esquema criminoso montado no Governo Bolsonaro para favorecer essas entidades que roubaram bilhões de aposentados e aposentadas. E aqui, Presidente, eu trago documentos inéditos, novos documentos. Dia 06/10/2020, Sr. Presidente... Quem está acompanhando a CPI sabe que a Sra. Márcia Eliza, depois o Roosevelt, que eram da Dirben, deram parecer contrário a um ACT da Conafer, do famoso Mão Preta, foragido - Conafer, muito conhecida aqui na CPI; inclusive, temos aqui, entre os membros da CPI, o chofer da Conafer. Muito bem. Dia 06/10, depois que a Dirben resolveu dar o parecer contrário, o Sr. Leonardo Rolim, Presidente do INSS, faz uma minuta para discutir a mudança de competência - tirar da Dirben e mandar para a Dirat os ACTs (06/10) -; 07/10, Presidente, um dia depois, o parecer do Virgílio - um dia depois -, favorável a mandar para a Dirat; 8 de outubro, dois dias depois, manifestação da Danb (Divisão de Acordos Nacionais de Benefícios), que fiscalizava os ACTs. Diz a Danb aqui, totalmente contrária: "Considerando o elevado número de reclamações aqui na Ouvidoria - já são mais de 3 mil denúncias -, cabe informar que isto será extremamente prejudicial à fiscalização, inclusive à fiscalização do acordo firmado com a Conafer, que foi suspenso". |
| R | Diz mais: nos últimos meses, foram indeferidos aqui ACTs da Abap, Ideas, Cebap, Caap, Ambec, Sudamerica. Presidente, todos os ACTs tinham sido negados, inclusive o da Conafer. Dia 8/10, dois dias depois. No próprio dia 8, uma outra coordenação é chamada a opinar, a Coordenação de Pagamento e Gestão de Benefícios Previdenciários, contra tirar da Dirben e botar na Dirat. Presidente, logo em seguida, no dia 8 de outubro, o Presidente Leonardo Rolim, independentemente de todas as manifestações contrárias, transfere para a Dirat as competências da Dirben. Presidente, no mesmo dia 8, além de delegar as competências e publicá-las, ele começa a criar as condições para salvar a Conafer. Nesse meio tempo, é publicado o decreto, o decreto assinado pelo Bolsonaro, pelo Paulo Guedes e pelo Onyx. E no dia 28/10, Sr. Presidente, é concedido o aditivo da Conafer. Veja o senhor, Presidente: em menos de 30 dias tramitou todo o processo, tiraram as competências de uma diretoria, transferiram para outra, negaram os pareceres técnicos de todos os setores consultados e salvaram a Conafer. Inclusive, com a chegada do Zé Carlos Oliveira, nunca mais a Conafer foi fiscalizada, e inclusive o dinheiro que havia sido bloqueado foi devolvido para a Conafer. Mais do que isso, Sr. Presidente, quando nós chegamos agora ao Governo, e vai ser feita uma fiscalização do próprio INSS, se percebe o quê? Que desde 2022, não haviam mais sido fiscalizados os ACTs. Por quê? Merece destaque, e o Governo Bolsonaro, Presidente, em 2022, extinguiu a divisão de fiscalização, a Danb, extinguiu. E aí, Deputado Dorinaldo, o que acontece? Quando o INSS vai fazer uma fiscalização, ele diz o quê? Olha, nunca mais teve fiscalização, porque a Danb foi extinta em 21 de março de 2022. Então extinguiram o órgão que fazia fiscalização dos ACTs. E diz mais: mesmo tendo extinguido a Danb e não tendo mais condições de fiscalização, foram concedidos 12 novos acordos: Conafer; Unaspub; a Universo, de Sergipe; a Caap, da Cecília; a CBPA, do nosso Franklin; a ABCB, que é a Amar Brasil. Então aqui está a prova, documento por documento, de que não foi uma coisa por acaso. Foi uma ação planejada, coordenada, com hierarquia. É uma organização criminosa que tem hierarquia, divisão de tarefas. E por isso, Sr. Presidente, os responsáveis por esse roubo, todos eles precisam ir para a cadeia. Aqui estão os documentos que provam a responsabilidade dos gestores do Governo Bolsonaro pelo roubo de bilhões de reais contra aposentados, pensionistas, Presidente, e BPC. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado, Excelência. Pela Liderança, cinco minutos, Deputado Evair de Melo. |
| R | O SR. EVAIR VIEIRA DE MELO (Bloco/PP - ES. Pela Liderança.) - Sr. Presidente, Sr. Relator, o Lulinha, agora procurado, porque ele já é um fugitivo... Por isso, está aqui o nosso pedido ao STF para que faça a cooperação internacional e vá extraditar o Lulinha para o Brasil. É necessário ele vir aqui. Já que eles querem tanta transparência, coloquem o Lulinha sentado aí! Sabe por quê, Sr. Presidente? Na fala, no depoimento da mesma pessoa que denunciou o Lulinha, teve um diálogo com o Sr. Careca do INSS e está na capa do Metrópoles o que o Careca falou: "Vou meter uma bala na sua cabeça", disse Careca à testemunha que cita Lulinha. Olha com que tipo de gente que nós estamos mexendo! Celso Daniel que o diga - deve estar revirando no túmulo. Sr. Presidente. Sras. e Srs. Parlamentares, imprensa e, sobretudo, povo brasileiro, especialmente os aposentados, vítimas indefesas do maior ataque já perpetrado contra a dignidade de uma geração inteira, encerramos o hoje o trabalho da CPI no ano de 2025, com um sentimento que mistura indignação, repúdio absoluto, mas com responsabilidade histórica. O que investigamos ao longo desses meses não é um escândalo comum, não é um desvio pontual, não é uma falha administrativa. O que encontramos foi um esquema organizado, continuado, sofisticado e moralmente abjeto, que saqueou aposentados, pensionistas e pessoas vulneráveis. Sim, ladroagem institucionalizada, operada por quadrilha que usara o Estado, os bancos e a desinformação e até estruturas partidárias para pilhar quem já deu tudo pela nação. A esta altura, não cabe suavidade. O que se viu aqui foi covardia, foi canalhice, foi delinquência travestida de gestão pública. Os ladrões que montaram esse esquema não tiveram pudor, não tiveram limite, não tiveram escrúpulo. Atacaram idosos. Atacaram quem sobrevive com o salário mínimo. Atacaram quem depende do Estado para remédios e comidas para simplesmente existir. E aqui afirmo: não há perdão moral possível para quem lucra sobre o desespero dos aposentados. Essa CPMI constatou documentalmente e tecnicamente que houve conivência, omissão e, até certo momento, facilitação por parte desse Governo Federal ora constituído. Houve aviso. Houve alerta. Houve pedido de providências. Houve relatórios, mas nada fizeram. E, quando esse Governo Federal deveria colaborar com a completa investigação, oprime, censura, atrapalha, impede e bloqueia as convocações essenciais. O Governo não quer a verdade - operação que hoje foi suja, foi sorrateira para trazer o Governador de Minas Gerais. É uma página vergonhosa da história desta Casa. Não permitir a convocação do Lulinha, filho do Presidente Lula, do Frei Chico, irmão do Presidente, é mais do que bandidagem. É mais do que medo. É mais do que corporativismo político. É colocar o interesse de famílias específicas acima do interesse da nação - filho de ladrão ladrão é. É escarrar no rosto dos aposentados. É impedir que o Brasil conheça a verdade completa. E afirmo com todas as letras: a ausência destes depoimentos enfraquece a transparência, compromete a credibilidade, o processo e escancara o medo de que a verdade venha à tona. |
| R | O rombo, o desvio, a fraude e o sofrimento causados configuram um dos maiores escândalos da história da República, pela abrangência, gravidade, frieza e impacto moral. Esse caso não vai morrer, não vai ser engavetado, não vai ser esquecido. Os que acham que enterraram essa CPMI enganaram-se. Voltaremos em 2026, voltaremos com mais força, com mais provas, voltaremos com mais apoio da sociedade. Voltaremos para prender ladrão, expor cada cúmplice político, quebrar cada rede de corrupção e devolver cada centavo dos nossos aposentados, porque esta não é uma luta partidária, não é uma luta ideológica, é uma luta moral, de justiça, é uma luta pelo Brasil, que ainda merece ser honrado. Aos aposentados brasileiros - estou concluindo, Sr. Presidente - deixo minha palavra: nós não desistimos de vocês e nós não descansaremos até que todos os responsáveis, grandes e pequenos, respondam diante da lei. Sr. Presidente, em nome da oposição, agradeço a condução brilhante dos trabalhos de V. Exa. Só fazendo aqui um apartezinho, eu gostaria que o senhor reconsiderasse a fala, quando o senhor disse que a falta de articulação não permitiu a convocação do Governo de Minas, mas, na verdade, o senhor faz uma citação aqui respeitosa - um partido que nem é o meu, é o Partido Novo -, mas só para lembrar a V. Exa., porque isso é importante, que foi numa articulação do Partido Novo, inclusive, que o senhor conseguiu chegar à Presidência - de uma forma respeitosa. Então, o senhor sabe que a máquina do Governo que operou aqui hoje é pesada: trouxeram mais de dez Parlamentares aqui - que só registraram presença e foram embora - só para votar pela não convocação. Portanto, nós temos limite nos nossos argumentos, nos nossos votos, e enfrentar o Governo sempre é complicado. Mas eu faço aqui só uma defesa honrada do Partido Novo, que foi brilhante, para que nós déssemos, literalmente, uma rasteira no Governo e colocássemos alguém de competência igual a V. Exa. para conduzir esse trabalho, brilhante. E, naturalmente, Sr. Relator Alfredo Gaspar, as CPIs desta Casa e CPMIs nunca mais serão as mesmas depois da vossa Relatoria. O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE. Fora do microfone.) - Muito bem. O SR. EVAIR VIEIRA DE MELO (Bloco/PP - ES) - Pode ter certeza que - ao longo dos meus três mandatos, passei por processos de impeachment, de investigação, participei de muitas CPIs na Casa - não tem nada parecido com a qualidade que o senhor entregou na condução da Relatoria. Eu acho que todo e qualquer Relator, a partir de hoje, aqui nesta Casa, de CPIs, CPMIs deve assistir às suas aulas, acompanhar a sua exposição, porque isso trouxe credibilidade, o Brasil está honrado. E muito obrigado ao povo alagoano. Tinha que sair um alagoano macho, corajoso, que tem uma vida pública ilibada, honrada, para poder vir aqui e fazer a dignidade dos nossos brasileiros. No demais, parabéns, Sr. Presidente, parabéns... Quero agradecer aos Deputados e Senadores da oposição. Somos minoria, mas nós não nos furtamos do trabalho, do enfrentamento e estaremos aqui em 2026 pelo bem do Brasil. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Muito obrigado, Excelência. Pergunto ao Relator Alfredo Gaspar... O senhor gostaria de fazer algum encerramento, Sr. Américo? O SR. AMÉRICO MONTE JÚNIOR (Para depor. Fora do microfone.) - Não. Obrigado, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG. Fala da Presidência.) - Bem, senhoras e senhores, antes de iniciar meu pronunciamento de encerramento desta última sessão do ano, quero registrar algo essencial aqui. A equipe técnica desta CPMI concluiu um dos levantamentos mais extensos já produzidos em uma Comissão do Congresso Nacional. Compilamos, em um único arquivo, resultado de meses de trabalho, todos os dados, documentos oficiais, atas, oitivas, cruzamentos, extratos, relatórios de inteligência financeira, quebras de sigilo, notas técnicas e registros das 51 reuniões realizadas até aqui. |
| R | Esse arquivo mostra com clareza, mais de 4.800 documentos oficiais analisados, 73 requerimentos de informação deferidos, 48 quebras de sigilo aprovadas, 108 empresas suspeitas identificadas, mais de R$1,2 bilhão em movimentações incompatíveis e dezenas de milhões retirados dos aposentados todos os meses. Esse material será parte central do relatório final, é o retrato da maior violência financeira já cometida contra idosos no Brasil. Permitam-me acrescentar algo que precisa ser dito: esta CPMI não é apenas uma investigação, é um acerto moral de contas do Brasil com a geração que construiu este país. O Brasil só ficou de pé porque eles nunca se ajoelharam. Essa geração carregou o país nas costas e agora enfrenta o abandono das próprias instituições que deveriam protegê-la. Não permitiremos que o Brasil vire as costas para a sua própria história. Cada documento analisado, cada fraude encontrada e cada idoso enganado representam uma ruptura do pacto entre o Estado e quem entregou a vida inteira de trabalho para erguer esta nação. O Brasil tem uma dívida com seus aposentados, e esta CPMI foi o primeiro passo para começar a pagá-la. Quero também afirmar, com firmeza, algo essencial para este momento. O Parlamento é o coração da democracia brasileira. É aqui que a voz do povo se transforma em lei; é aqui que o país encontra equilíbrio; é aqui que a verdade se levanta quando tentam abafá-la. Enquanto eu estiver nesta Comissão, senhores, nenhum poder será maior do que o direito do povo de conhecer a verdade. Esta Casa não se ajoelha. Esta Casa cumpre sua missão. Sras. e Srs. Parlamentares, servidores desta Casa, imprensa e, acima de tudo, aposentados, pensionistas, viúvas e órfãos de todo o Brasil, hoje, realizamos a última sessão da CPMI do INSS deste ano. Reafirmo o que sempre disse: tive coragem para enfrentar qualquer tema, qualquer nome, qualquer pressão. Aqui não existe blindagem da parte desta Presidência, muito menos do Relator desta Comissão. Aqui existe verdade, doa a quem doer. Cada votação, cada requerimento e cada recusa ficaram registrados à luz do dia. Todos os Parlamentares que passaram por aqui serão julgados pelo povo brasileiro. Ao longo desses meses, frases que repeti se tornaram a alma desta CPMI. Quando um aposentado chora, esta Comissão tem a obrigação moral de ouvir. O silêncio de alguns não cala os gritos de quem perdeu tudo. Quem teme vir aqui é porque teme a verdade. A fraude contra aposentados não é apenas um crime, é covardia social. Aposentado não é número, aposentado é história, e quem rouba o aposentado rouba o Brasil. E reitero algo que digo desde o início: o sistema previdenciário do Brasil se tornou uma vergonha nacional. O aposentado contribuiu 30, 40, 50 anos, acreditando que, ao final, teria paz e um salário justo, mas o que recebe hoje é uma pensão, na maioria das vezes, humilhante, em filas humilhantes e, agora, vê seu pouco sendo roubado por quadrilhas escondidas atrás da burocracia. Não é só dinheiro que se perde, é dignidade, é paz, é justiça. Permitam-me aqui fazer um registro profundamente pessoal. Durante todo o trabalho desta CPMI, lembrei-me muitas vezes do meu pai, caminhoneiro. Cresci, ouvindo o ronco do motor antes de o sol nascer. Vi meu pai abrir caixa de madeira onde guardava a marmita ainda quente pelo calor do motor; aquele vapor simples misturado ao cheiro de óleo - sacrifício de quem acreditava que o Brasil seria justo com ele quando envelhecesse. Eu devo a meu pai e a minha mãe essa CPMI. Eu devo a eles essa luta. Quando vejo um aposentado enganado, eu vejo meu pai naquele volante, confiando que o país não viraria as costas para ele. Esta luta não é técnica, senhores, é humana, é moral, é pessoal, e eu não abro mão dela. |
| R | Hoje, novamente, tivemos um depoente que veio amparado por um habeas corpus para permanecer em silêncio. Nós respeitamos uma decisão judicial, mas registramos o óbvio. É lamentável que uma investigação constitucional do Parlamento seja limitada repetidamente. Se o depoente quer ficar em silêncio, que fique, mas ele ouvirá as acusações, os dados e os indícios, e o Brasil ouvirá junto e fará o julgamento. E digo algo diretamente ao aposentado que está nos assistindo. Ao longo desses meses, vimos aqui uma blindagem sistemática em convocações, que poderiam ter ajudado a desvendar ainda mais esse escândalo. Convocações fundamentais foram barradas. Eu digo ao senhor e à senhora: analise cada votação, veja quem bloqueou, peça esclarecimentos, veja quem protegeu suspeitos. A verdade tem lado e a blindagem também. Deixei claro esta manhã que, mesmo quando a CPMI não aprova o requerimento, esta Presidência tem prerrogativa para requisitar qualquer documento oficial a qualquer órgão do Estado. Portanto, se não falam, falarão os documentos; se não explicam, explicarão as quebras de sigilo; se tentam esconder, esta CPMI expõe a verdade, que não pede licença e vai chegar. Encaminhei ao Ministro André Mendonça um ofício formal solicitando a suspensão temporária dos descontos de empréstimos consignados já existentes apenas nos contratos suspeitos, até que haja uma auditoria completa. Não estou pedindo a suspensão geral dos consignados, mas a suspensão dos contratos fraudados, adulterados ou sem autorização do aposentado. Como o Governo não respondeu, esta CPMI se antecipou. É inadmissível que bancos cobrem até 22% ao mês de quem não consegue pagar sequer um remédio. E são todos eles, todos os bancos que levam o aposentado a ser enganado com juros absurdos. Todos! O Brasil precisa repensar isso. E informo ao país que, durante esta CPMI, esta Presidência deu voz de prisão a quatro envolvidos que tentaram desacatar ou obstruir os trabalhos desta Comissão. Quatro prisões foram feitas em nome dos aposentados, das viúvas e dos órfãos do Brasil. E reafirmo que, se for preciso, darei voz de prisão quantas vezes forem necessárias, porque nosso compromisso é com o aposentado e não com o criminoso. Desmascaramos também um modelo criminoso sofisticado: empresas sem funcionários, sem endereço, sem serviço real, aplicando pequenas cobranças em massa sobre milhares de idosos para gerar grandes volumes ilícitos. É assim que surgem as fortunas incompatíveis, os carros de luxo, os vinhos caríssimos, a ostentação construída sobre o sofrimento de quem trabalhou a vida inteira. Esse sistema será desmontado, peça por peça. Acreditem: quem trabalhou para construir o Brasil merece descanso, segurança e não desconto. Poucas semanas atrás, no aeroporto, eu fui abordado por uma senhora, logo na saída, com uma pastinha azul na mão, contendo 17 descontos indevidos. Aquela pasta azul gasta, senhores, se tornou o símbolo da CPMI para mim. Não era uma pastinha, não, era um pedaço da vida dela. Cada papel dobrado era um pedido silencioso de socorro, que eu tive, pacientemente, de analisar e me colocar no lugar dela; uma pessoa que lutou a vida toda e que foi enganada 17 meses, e ainda não tinha conseguido receber o dinheiro de volta. Essa pasta, senhores... Aquela senhora é a cara do Brasil. A fase dos bancos será decisiva. Entre fevereiro e março, todos serão chamados. Bancos, financeiras, plataformas digitais - nenhum deverá ser poupado. A pressão que vimos nessa CPMI hoje é uma amostra clara do poder econômico sobre o Parlamento, e que nós devemos rechaçar pelo bem da verdade no Brasil. |
| R | Quero agradecer ao povo brasileiro, especialmente aos aposentados que acompanharam cada sessão, enviaram mensagens, oraram e denunciaram abusos. Vocês são a força invisível que empurrou essa CPMI quando tudo parecia que poderia paralisá-la. Quero também registrar o meu reconhecimento ao Relator Alfredo Gaspar, cuja dedicação incansável, coragem e rigor técnico foram decisivos para que essa CPMI avançasse. Seu compromisso com a verdade e com os aposentados honrou esta Casa e deu força ao trabalho que realizamos aqui. O Brasil viu o seu esforço e a sua seriedade. Minha gratidão e respeito, Alfredo Gaspar. E agradeço aos servidores: consultores; taquígrafos; equipes técnicas; polícia legislativa; profissionais de som, luz, câmeras, limpeza e imprensa. Vocês constroem a verdade. Esta verdade moral também é de vocês. Antes de encerrar, preciso compartilhar algo pessoal com todos. Há alguns meses, eu recebi um diagnóstico de um tumor localizado na parte externa do estômago. Noventa dias atrás, os médicos recomendaram que eu fosse imediatamente para uma cirurgia. Mas pedi a Deus que me sustentasse até hoje, até esta última sessão do ano, para cumprir integralmente a missão que me foi confiada. E Deus me sustentou. A palavra diz em Isaías, 41,10: "Não temas, porque eu sou contigo." E foi assim que caminhei nesses 90 dias. A medicina mandou eu parar; o dever e o compromisso me disseram: "Continue." E Deus me deu essa palavra: "Eu estou contigo." Por isso, eu comunico ao Brasil que, neste sábado, está prevista uma cirurgia para o completo restabelecimento da minha saúde, retirando esse tumor que enfrentei em silêncio, com fé, com foco absoluto no trabalho desta Comissão. Eu entro em paz, entro fortalecido, e digo ao país: Se Deus permitir, eu voltarei. E voltarei ainda mais forte, senhores, porque, enquanto houver um único aposentado injustiçado neste país, eu estarei nessa luta. Hoje encerramos o último capítulo deste ano, mas não encerramos a luta! No início do próximo ano, nós voltaremos ainda com mais determinação. Essa CPMI não é minha. É nossa. É a verdade. E quando ela chega, a verdade é quem governa. (Manifestação de emoção.) Meu muito obrigado e que Deus abençoe o Brasil. (Palmas.) Muito obrigado, senhores. Vocês são parceiros muito bons. Eu só tenho a agradecer a cada um de todos - inclusive à oposição, ao Governo, aos Líderes - a compreensão e a nossa capacidade de articulação e de diálogo, que têm feito com que o Brasil saiba o que aconteceu. Muito obrigado de coração. Nada mais havendo a tratar, agradeço a presença de todos e declaro encerrada a presente reunião e as sessões deste ano de 2025. (Iniciada às 10 horas e 34 minutos, a reunião é encerrada às 19 horas e 59 minutos.) |

