08/05/2017 - 1ª - Comissão Temática de Conteúdos em Meios de Comunicação

Horário

Texto com revisão

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O SR. PRESIDENTE (Nascimento Silva) - Bom dia a todas e bom dia a todos.
Espero que a gente tenha hoje um bom trabalho, apesar das dificuldades que estamos tendo pelo Brasil afora - e quero registrar logo de início -, pelo Governo ilegítimo do Temer.
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Em 8 de maio de 2017, segunda-feira, às 9h20min, comunico aos Srs. Conselheiros que temos sobre a mesa, para análise, a Ata da 2ª Reunião de 2016 desta Comissão, realizada em 10 de outubro de 2016, enviada com antecedência a todos os Conselheiros por e-mail.
Não havendo objeção, proponho a dispensa da leitura e a discussão da Ata.
Os Conselheiros que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovada.
Na 2ª Reunião de 2016, desta Comissão, os itens previstos...
Antes disso, eu queria fazer um convite a alguém para me ajudar a tocar os trabalhos.
Convido a Conselheira Maria Célia.
Da vez passada, veio a Conselheira Patrícia Blanco.
Vou trazer a bancada feminina.
Dando sequência, na reunião de 2016 desta Comissão, os itens previstos em pauta foram adiados, a fim de ter tempo hábil para a conclusão dos relatórios.
Indago se algumas comissões definidas estão em condições de apresentar os seus relatórios para passarmos imediatamente à Ordem do Dia.
Com a palavra, Conselheira Patrícia Blanco.
A SRª PATRÍCIA BLANCO - Sr. Presidente, Conselheiros, bom dia.
Infelizmente eu não tive condições de preparar o relatório do Item 1 da pauta sobre a obrigatoriedade de veiculação de conteúdos, para esta Comissão. Eram inúmeros projetos para serem analisados e eu infelizmente não tive condições de atender ao prazo. Peço desculpas por isso.
O SR. PRESIDENTE (Nascimento Silva) - São todos eles, não é isso, Conselheira? É o item 1 e o item 2, ou só o item 1?
A SRª PATRÍCIA BLANCO - Da minha relatoria, que eu deveria apresentar para a Comissão, era o item 1. Do item 2, eu era só participante da Comissão. Também não tive...
O SR. PRESIDENTE (Nascimento Silva) - Conselheiro Schröder.
Walter Ceneviva ainda não chegou.
Gerace, tem alguma informação dessa relatoria?
O SR. LUIZ ANTONIO GERACE DA ROCHA E SILVA - Não. Na verdade, não tivemos tempo para... (falha na gravação)
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O SR. PRESIDENTE (Nascimento Silva) - Com relação ao quarto item, o Conselheiro Miguel Cançado não veio, não está, nem o Roberto Franco.
Fico imaginando como iremos encaminhar daqui para a frente, porque só temos mais duas reuniões, junho e julho.
Conselheira Patrícia, pelo menos desses em que a senhora está envolvida, haveria possibilidade de marcarmos para a próxima reunião?
A SRª PATRÍCIA BLANCO - Quanto à questão da obrigatoriedade de veiculação, eu teria condições, sim, de apresentar na próxima reunião. A minha dificuldade foi analisar todos os projetos, porque eu gosto de analisar projeto por projeto dos que estão relacionados. Então, para a próxima reunião, eu acho que consigo, sim, apresentar.
O segundo item, que é a regionalização, eu realmente estava aguardando a coordenadoria me mandar, para que a gente pudesse avaliar a partir do relatório.
Então, o item 1, eu acho que conseguiria sim. Eu só queria ponderar que na próxima data temos previsto um seminário sobre a questão das notícias falsas. Então talvez esta Comissão ficasse para a última reunião, que está prevista para julho, não é isso?
O SR. PRESIDENTE (Nascimento Silva) - Na última reunião, teremos evento com os ex-presidentes.
A SRª PATRÍCIA BLANCO - E se nós fizéssemos o envio sem a necessidade de reunião e aprovássemos ou discutíssemos por meio digital? Não sei.
O SR. PRESIDENTE (Nascimento Silva) - Ele é meio complicado dessa forma, não é?
A SRª PATRÍCIA BLANCO - Eu deveria ter me atentado, mas realmente é impossível conseguir fazer tudo ao mesmo tempo.
O SR. PRESIDENTE (Nascimento Silva) - Schröder.
O SR. CELSO AUGUSTO SCHRÖDER - A gente não consegue decidir aqui, mas creio que essas tarefas, assumindo a responsabilidade, obviamente, que nós todos temos, e eu particularmente, são relevantes. Teríamos que dar um jeito de fazê-las.
Não sei se esse seminário já está consagrado, porque o debate de alguma maneira já está sendo encaminhado. É uma campanha da ANJ e da Abert que já está na rua. É uma campanha dos setores.
Sobre ele, obviamente não posso nem considerar porque não estava depois. Eu fiz algumas considerações, porque, do jeito que está sendo feito, parece que o fake news acontece numa plataforma e é de responsabilidade da plataforma, o que não é verdade. O fake news está presente direto, de uma maneira veemente, de uma maneira clara, em toda a imprensa brasileira.
Então me parece que ou fazemos um seminário com essa natureza, o que destoaria um pouco da campanha da ANJ e Abert, porque Abert e ANJ, obviamente - e é compreensível -, estão fazendo uma campanha em que localizam o fake news fora do seu escopo. Eu acho que não.
Então eu preferiria substituir o evento do fake news por uma reunião de trabalho em que nós pudéssemos dar conta das tarefas que não conseguimos fazer, se não estiver consagrado. Também não quero passar por cima de decisão da qual eu não participei. É porque de alguma maneira o debate do fake news está sendo feito. A campanha está na rua. Todo mundo está discutindo.
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A SRª MARIA CÉLIA FURTADO - Só quero ressaltar que faz parte da campanha Aner. São as três entidades da mídia.
Nós fizemos, em abril, um workshop sobre pós-verdade em que discutimos muito o tema. Tenho gravação, se alguém tiver interesse, que podemos disponibilizar.
O SR. JOSÉ FRANCISCO DE ARAÚJO LIMA - Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Nascimento Silva) - Um minutinho só, Francisco.
Patrícia.
A Conselheira tinha solicitado primeiro.
A SRª PATRÍCIA BLANCO - Complementando o que o Schröder colocou, na reunião passada, o que nós tínhamos acordado foi que o seminário de fake news estava previsto para hoje, mas, por conta da impossibilidade de participação de alguns convidados que nós julgamos importantes daqueles nomes que foram sugeridos pela comissão de relatoria, foi passada para o mês que vem. Quer dizer, nada impede...
Concordo com você que a discussão está sendo feita, sim, está sendo colocada. Inclusive amanhã será tema da 11ª Conferência Legislativa que o Palavra Aberta realiza, em parceria com a Câmara dos Deputados, trazendo vários Deputados para participar dessa discussão também.
Então, pode ser interessante avaliarmos se é o caso de mantermos esse seminário. Sugiro que levemos essa discussão para o pleno, voltando à questão da comissão, Conselheiro Nascimento, para que possamos finalizar esses trabalhos que considero pertinentes.
O SR. JOSÉ FRANCISCO DE ARAÚJO LIMA - Minha colega já antecipou que isso tem que ser reservado a uma discussão de competência do plenário, se altera alguma coisa na nossa agenda. Como ela já mencionou, não há necessidade.
O SR. PRESIDENTE (Nascimento Silva) - Só isso?
O SR. JOSÉ FRANCISCO DE ARAÚJO LIMA - Só, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Nascimento Silva) - Aragão.
O SR. MURILLO DE ARAGÃO - Eu queria fazer uma indagação e ao mesmo tempo uma sugestão.
Tenho notado a dificuldade que alguns Conselheiros têm para produzir os relatórios.
Gostaria de saber se seria possível que a Consultoria Legislativa auxiliasse os Conselheiros a produzir esses relatórios. Acho que existe no Regimento a previsão do uso da estrutura do Senado para a produção de trabalhos aqui.
O Conselheiro, ao receber a incumbência de relatar determinadas matérias, poderia, a seu critério, ter a faculdade de utilizar o apoio da Consultoria Legislativa para a produção do parecer. Creio que isso seria... É a minha sugestão para agilizar e fazer com que a produtividade do Conselho aumentasse com a existência desse apoio.
A minha sugestão, na verdade, é também uma indagação, para saber, Sr. Presidente, se é possível, se essa possibilidade estaria disponível para os Conselheiros.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Nascimento Silva) - A orientação que estou recebendo é de que é possível, sim. E há outra sugestão também. Se mantivermos os encaminhamentos, nós faremos uma extraordinária da Comissão no mesmo dia da convocatória, porque eu acredito que não dá para se fazer uma extraordinária somente para a Comissão.
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Então nós faríamos uma extraordinária, discutiríamos esses pontinhos e levaríamos para o pleno antes dessas atividades que já estão marcadas. Essa é uma das soluções. Gostaria de ouvir os demais.
O SR. CELSO AUGUSTO SCHRÖDER - Presidente, eu também acho que essas decisões, nós temos que tomar no pleno. Talvez - e à tarde poderemos avaliar isso -, ao final dos trabalhos desta gestão... Nós nunca usamos o expediente da extraordinária em outro dia. Sempre fizemos reuniões extraordinárias pela manhã. Poderemos avaliar à tarde. Talvez se exija que façamos uma reunião extraordinária em outro dia, além das primeiras segundas-feiras do mês, mas também acho que isso tem que ser feito à tarde.
O SR. PRESIDENTE (Nascimento Silva) - Estou imaginando aqui... E não é pelo fato de a Conselheira não ter conseguido, não. Não podemos correr o risco de marcar uma reunião, chegar aqui e não conseguir encaminhar o trabalho.
Quando eu disse que haveria a possibilidade de nos reunirmos para resolver, especificamente a nossa Comissão, era no sentido de missão cumprida. Talvez a ajuda da Casa nos possibilite fechar de uma forma mais prudente, vamos dizer assim.
A SRª PATRÍCIA BLANCO - Na verdade, o ponto fundamental, no meu caso específico, é que acabei assumindo uma agenda de eventos do Instituto, e, como a estrutura é muito pequena, não consegui realmente analisar todos os projetos. Com o apoio da Secretaria, é mais fácil digerir todos esses projetos. O que eu gosto de fazer quando pego uma relatoria? Eu olho projeto por projeto, vejo o status em que ele se encontra, quer dizer, em qual comissão, qual foi a última vez que ele sofreu algum tipo de deslocamento dentro da Casa, onde ele está... Então eu faço essa análise, que demanda tempo.
Se a assessoria puder me auxiliar nessa análise de cada projeto, a relatoria será mais fácil de ser feita mesmo. Então eu me comprometo a entregar na próxima reunião ou na data que for acordada. Se for no começo de junho, para mim será ótimo.
O SR. PRESIDENTE (Nascimento Silva) - Conselheiro Francisco.
O SR. JOSÉ FRANCISCO DE ARAÚJO LIMA - Eu queria aproveitar a oportunidade para complementar uma excelente colocação do nosso colega, Conselheiro Aragão, com referência a essa assistência, a esse apoio da Consultoria, que é brilhante, tem um trabalho espetacular no Senado. Tenho tido a oportunidade de, em alguns projetos que me foram confiados na minha carreira profissional, ter contatos permanentes com esses consultores, que são os que realmente dominam o assunto. Seria muito importante para enriquecer o resultado desse nosso esforço de dar pareceres.
Por outro lado, para que eles se tornem úteis, é indispensável, no dia em que for atribuída a relatoria a alguém, que o coordenador tenha contato com o autor do projeto e com o atual relator, dependendo da tramitação do projeto, porque eles não têm a menor ideia de que estamos fazendo esse esforço. Nunca ouvi... E olhe que eu tenho contato com centenas de Parlamentares, mas nunca vi nenhuma referência: "Recebi um parecer do Conselho!" É triste isso. Eu sugiro que levemos à frente esses dois e que discutamos para um próximo Conselho a forma de tornar mais útil esse nosso trabalho, que consome horas. Eles sempre são produzidos com a maior dedicação e seriedade.
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É isso que eu queria consignar na ata da sua reunião, porque eu acho que é uma sugestão a ser examinada no futuro. Vamos tornar úteis os nossos pareceres.
O SR. PRESIDENTE (Nascimento Silva) - Com relação ao item 4... Eu acho que eu agora já posso passar para o item 4... O Ceneviva ainda não chegou.
Eu passo a Presidência para a Conselheira, para que eu possa discorrer sobre o assunto que me pertence.
A SRª PRESIDENTE (Maria Célia Furtado) - Perfeito.
O SR. NASCIMENTO SILVA - O mesmo problema que a Patrícia identificou, quando ela disse que ela tem várias atividades para realizar, acontece comigo também.
Com o fato de ser dirigente sindical de Minas Gerais, o fato de ser dirigente sindical da Fitert e o fato de estar na executiva do FNDC, vocês não imaginam a loucura que é. Infelizmente, nós não temos um staff, nós não temos uma assessoria para ajudar na avaliação desses projetos. Eu acho que, a partir de hoje, nós vamos conseguir - ou eu vou conseguir - uma ajuda do staff que vai fazer com que eu consiga pelo menos colocar os temas para os demais companheiros, porque não adianta só pedir para fazer um relatório... Sempre que eu falo aqui ou eu tento falar que a dificuldade muito grande em falar é a de falar representando os trabalhadores, porque, muitas das vezes, emitimos opinião que é nossa, aquilo que conversamos na rua, aquilo que conversarmos dentro do sindicato e tal. Então, você vem para cá preparado com aquilo que você acredita ideologicamente que possa ser a solução, mas, evidentemente, há outros pares, outras pessoas, outros interesses, outras visões. Ficamos aguardando as manifestações, que não vêm, porque, quando eu emito uma opinião, ela já tem que vir abalizada dos meus pares para que não entre em choque, como em alguns casos - e eu estou aproveitando este momento. Vocês estão lembrados da Medida 747? Vocês estão lembrados da medida que se tornou a Lei nº 13.242? Pois é. É a lei da outorga. Nós discutimos aqui sobre essa lei, sobre essa medida. Fizemos uma discussão profunda. Eu era Relator e coloquei que era importante incluir as rádios comunitárias com relação às outorgas, porque não era só para dar outorgas para as comerciais, o que foi uma solicitação dos companheiros das TVs e rádios comunitárias. Resumo da ópera: eles incluíram na Lei 13.242 a Lei 6. 615, dos radialistas, tirando vários direitos. Vocês não têm ideia do bombardeio que eu estou sofrendo em função de ter aprovado, de ter referendado no relatório a questão das outorgas.
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São coisas como essa que me fazem vir aqui e falar para vocês o quanto é difícil assumir responsabilidade, ou melhor, não é difícil assumir responsabilidade, o difícil é ter participação de outros interlocutores, porque eu não estou aqui representando o Nascimento Silva, estou aqui representando os trabalhadores e, concomitantemente, a sociedade civil.
Eu não dei conta de fazer o relatório sobre os outros itens, mas eu espero, sim, nesta reunião, com a ajuda do staff, que fechemos o caminho.
A SRª PRESIDENTE (Maria Célia Furtado) - Muito bem, Conselheiro.
Continuando aqui o trabalho, pelo que eu entendi, o item 4 também não será...
O SR. NASCIMENTO SILVA - Não tem relatório.
A SRª PRESIDENTE (Maria Célia Furtado) - Não tem relatório.
Parece-me que, dos quatro itens elencados para a nossa reunião, ficamos aqui em suspenso.
Eu queria fazer uma sugestão. O Conselheiro Schröder tinha sugerido que fizéssemos uma reunião extraordinária num outro dia. Eu venho de São Paulo, eu sei que há pessoas que vêm do Rio, de São Paulo. Enfim, é sempre um pouco complicado haver uma reunião extra. Eu gostaria de sugerir, como as comissões não são tão grandes, que, por exemplo, na hora do almoço, pedindo um lugar reservado no restaurante do Senado, fizéssemos a reunião da Comissão.
O SR. NASCIMENTO SILVA - Até mesmo aqui.
A SRª PRESIDENTE (Maria Célia Furtado) - Ou aqui mesmo. Tudo bem. Eu acho que, com isso, podíamos caminhar com essas comissões, em que, hoje, infelizmente, não foi possível atualizar a pauta.
Deixo a palavra para o Plenário, se alguém quiser o uso dela.
O SR. NASCIMENTO SILVA - Agora, a senhora passa para mim?
A SRª PRESIDENTE (Maria Célia Furtado) - Com certeza.
O SR. NASCIMENTO SILVA - Obrigado.
A SRª PRESIDENTE (Maria Célia Furtado) - Vamos ficar aqui nessa brincadeira.
O SR. NASCIMENTO SILVA - Nessa troca.
A SRª PRESIDENTE (Maria Célia Furtado) - Pois não. Eu devolvo a palavra para o Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Nascimento Silva) - Eu fico imaginando como poderia ser interessante essa relação dos trabalhadores com os empresários se ela fosse também, no trato com os direitos dos trabalhadores, da forma como nós estamos fazendo aqui, hoje, harmoniosa e tudo mais. O reconhecimento aos trabalhadores de uma forma geral. Como seria interessante. Muitas vezes somos discriminados como sectários, porque somos os trabalhadores, só defendemos os direitos dos trabalhadores, mas, por outro lado também, o empresário só vê os interesses dele e esquece que os interesses dele também são dos trabalhadores. Então, vamos ver. Quem sabe, no futuro, em 3011, daí para frente...
A SRª MARIA CÉLIA FURTADO (Fora do microfone.) - Está um pouco longe...
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O SR. PRESIDENTE (Nascimento Silva) - Sim, mas vamos ver se muda essa correlação de forças.
Eu volto a palavra à Conselheira para falar das comunicações que nós recebemos, pois, como nós temos um site, as pessoas nos dão a oportunidade de fazer observações e críticas. Por favor.
A SRª MARIA CÉLIA FURTADO - Pois não.
A Maria Adelaide Negreiros, do Acre, fez uma sugestão - imagino que enviou aqui um e-mail - dizendo: "Órgãos públicos, praças, hospitais, universidades têm que disponibilizar wi-fi para a população. Em Porto Alegre, o Parque Moinhos de Vento tem wi-fi livre." Só uma comunicação, um esclarecimento, enfim: em São Paulo, alguns ônibus têm wi-fi. Os ônibus que têm ar-condicionado também têm wi-fi. Já começamos a caminhar um pouco.
Pedro Rodrigues da Silva, da Bahia: "De acordo com a Lei de Acesso à Informação, Lei nº 12.527/2011, é óbvio que as reuniões da comissão temática sejam propagadas nos meios de comunicação de massa regionalizada em todo o País e que seja usada linguagem clara e objetiva para entendimento do não alfabetizado ao eloquente..."
Flavio Damasceno, de São Paulo: "A mídia brasileira nada mais é do que um mecanismo de manipulação mental de pessoas idiotas, defende os interesses próprios, Governo, elite rica do País, grandes empresas, que pagam milhões por propaganda de produtos ofensivos à saúde pública, não cumpre suas obrigações fiscais".
Eu estou lendo em seguida. Se alguém quiser fazer algum comentário, por favor.
Orlando Padilha, do Paraná: "A arma de comunicação é sensível e pode massacrar minorias, por exemplo, em guerras. As que houveram, as verdades impostas, prevaleceu a dos gloriosos vencedores. Regionalização é importante". Eu espero que o Orlando faça um cursinho de alfabetização.
Mauro Bisbocci, de São Paulo: "Fim do monopólio privado nos meios de comunicação! E intervenção do Estado de São Paulo na TV Cultura!"
Cleber Druida, do Ceará: "Sou totalmente a favor da regionalização dos conteúdos nos meios de comunicação."
Artur Alvim Cury, de São Paulo: "A grande mídia brasileira mente!! Não mostra a verdade, é um monopólio privado!! Uma concessão! Sérgio Luis tem toda a razão com relação a HAARP!! E muitas outras verdades ocultadas pela mídia tradicional!! Queremos uma maior democratização dos meios de comunicação do País!"
Sergio Luis Peixoto, de São Paulo: "O aparato HAARP..." Eu não sei o que é. Alguém pode me explicar? HAARP.
O SR. PRESIDENTE (Nascimento Silva) - Eu não sei.
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A SRª MARIA CÉLIA FURTADO - Há uma sigla aqui que eu confesso que não conheço.
Continuando: "... no mundo que causam mudanças climáticas ainda são desconhecidas dos brasileiros, devido ao silêncio dos meios de comunicação. Uma delas, inclusive, está localizada em nosso País, no Estado do Maranhão. Até quando essa omissão criminosa vai prosseguir?"
A última é de Sergio Luis Peixoto, mais uma: "Nenhuma das grandes empresas de comunicação do País divulgou a verdade sobre o atentado às Torres Gêmeas. A patética versão que o atribui a Bin Laden e Al-Qaeda continua a ser repetida a cada 11 de setembro. Até quando essa mentira vai ser divulgada impunemente?"
Esses são alguns dos e-mails que são enviados aqui para o Conselho.
O SR. PRESIDENTE (Nascimento Silva) - Como está sendo gravado, eu não poderia deixar de, em primeiro lugar, agradecer as manifestações e de dizer que... A Conselheira emitiu uma opinião, que é dela e que eu respeito, de que um internauta tem que se qualificar. É isso?
A SRª MARIA CÉLIA FURTADO - Não, não. Eu tenho sempre uma grande preocupação com a língua brasileira portuguesa. Infelizmente, o texto aqui deixa um pouco a desejar.
O SR. PRESIDENTE (Nascimento Silva) - Pois é. O que eu quero externar aqui é que, infelizmente, grande parte da população não tem acesso à educação. Quando tem, ela é simplesmente para atender ao sistema capitalista, ou seja, não se aprofunda na qualificação efetiva do ser humano. Eu espero que isso aí, um dia, mude.
Com a palavra o Conselheiro Schröder.
O SR. CELSO AUGUSTO SCHRÖDER - Eu concordo com a Conselheira. Eu acho que o País precisa resguardar o vernáculo, resguardar a língua. Isso é importantíssimo para a cultura brasileira. Eu não sei se a reforma do ensino médio vai nos ajudar nesse sentido.
Eu queria destacar das correspondências - eu também acho que é importante que tenhamos retorno por parte de quem acompanha o Conselho - a política de universalização da banda larga. Eu acho que pelo menos havia um projeto em andamento, estava no horizonte das políticas públicas a universalização. Eu tenho a impressão - eu não tenho certeza disto, é efetivamente uma impressão, e, obviamente, não podemos trabalhar em cima de impressões... Enfim, eu queria, no apoio à universalização da banda larga, que nós nos movêssemos, que fizéssemos uma pergunta a nós mesmos: as políticas continuam sendo implementadas na dimensão e na velocidade que o País precisa? Eu não tenho dúvidas de que a não universalização, ou seja, a não possibilidade de acesso às novas tecnologias condenará o Brasil, num futuro próximo, a uma situação subalterna nas relações internacionais. Então, eu acho que é interessante essa referência à banda larga, ao acesso universal, ao wi-fi, às redes, à possibilidade de gratuidade. Por exemplo, há a referência ao Parcão, ao parque em Porto Alegre, e essa é a região mais rica de Porto Alegre, sendo, provavelmente, a região que menos precisa desse tipo de serviço, embora, obviamente, seja importante que esteja lá. Tenho a impressão de que precisamos de uma agressividade maior como política pública.
Obrigado.
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O SR. PRESIDENTE (Nascimento Silva) - Está registrado.
O HAARP significa Programa de Investigação de Aurora Ativa de Alta Frequência, um programa americano que está instalado no Alasca. Enfim, poderemos entrar mais no assunto, procurar saber mais.
Esse é o grande lance da internet, da participação, porque cada um contribui da forma como pode. Às vezes, ficamos preocupados em trazer pessoas para discutir comunicação, somente pessoas qualificadas, bacharéis, mas o povo lá entende muito bem da comunicação, na sua forma, no seu jeito, e pode também contribuir. Então, é um registro que eu quero fazer aqui.
Antes de encerrar, eu queria dizer o seguinte: ficou acordado que nós levaremos para o Pleno a questão desta Comissão, por conseguinte, de outras comissões, querendo ajuda do staff para poder encaminhar e poder terminar o nosso mandato com todos os relatórios prontos. Então, nós vamos encaminhar para o Colegiado.
A SRª PATRÍCIA BLANCO - Presidente, eu queria só deixar registrado, solicitando à assessoria que me ajudasse a levantar o status dos projetos do item da pauta sobre obrigatoriedade de veiculação de mensagens, que é a relatoria pela qual fiquei responsável, que me ajudasse, então, a levantar todo o andamento dos projetos relacionados a esse item. Imediatamente depois, eu já posso preparar o relatório para apresentar aos demais participantes da Comissão.
O SR. PRESIDENTE (Nascimento Silva) - O.k.
Quer colocar mais alguma coisa?
A SRª MARIA CÉLIA FURTADO - Eu quero agradecer o convite. Foi muito simpático. Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Nascimento Silva) - De nada.
Atendidas as finalidades da presente reunião, eu declaro encerrados os trabalhos da 1ª Reunião de 2017 da Comissão Temática de Conteúdos em Meios de Comunicação do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional.
Agradeço a participação de todos os participantes, principalmente da Maria Célia. Então, agradeço a participação de todos e de todas.
Declaro encerrada a reunião de hoje.
E que venha para cá o Conselheiro amigo de Minas, o grande Marcelo.
(Iniciada às 09 horas e 19 minutos, a reunião é encerrada às 09 horas e 55 minutos.)