21/05/2019 - 1ª - Grupo Parlamentar Brasil - China

Horário

Texto com revisão

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O SR. PRESIDENTE (Nelsinho Trad. PSD - MS) - Invocando a proteção de Deus, agradecendo a presença dos nobres Senadores Antonio Anastasia, Arolde, Amin, Izalci e Roberto Rocha, damos início à primeira reunião de 2019, no Plenário 7, na Ala Senador Alexandre Costa do Senado Federal.
Declaro aberta a reunião de reativação do Grupo Parlamentar Brasil-China, na 56ª Legislatura, cuja pauta destina-se à adesão de membros, à eleição e posse da Diretoria do Grupo Parlamentar Brasil-China e à deliberação do Estatuto.
Passo, com muita honra, neste instante, a Presidência da reunião para o nobre Senador Roberto Rocha.
Ele vai falar em mandarim, ouviu, Izalci? (Risos.) (Pausa.)
O SR. PRESIDENTE (Roberto Rocha. PSDB - MA) - Bom dia a todas e a todos!
Registro as presenças, convidando-os a compor a Mesa, da Conselheira de Assuntos Parlamentares da Embaixada da República Parlamentar da China no Brasil, Sra. Qiao Yanfeng, e do Diretor da Secretaria de Relações Internacionais da Presidência do Senado Federal, Embaixador Marco Farani.
Consulto se V. Exas. desejam fazer uso da palavra. (Pausa.)
A nossa Conselheira tem a palavra.
A SRA. QIAO YANFENG - Exmo. Sr. Senador Nelsinho Trad, Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado; Exmo. Sr. Senador Roberto Rocha; Exmo. Sr. Embaixador Marco Farani; amigos Senadores, senhoras e senhores, é com grande honra e satisfação que participo desta primeira reunião do Clube da Amizade Parlamentar.
Em primeiro lugar, eu queria transmitir os parabéns ao Sr. Embaixador Yang Wanming pela realização desta reunião.
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Eu também gostaria de expressar a nossa sincera gratidão ao Sr. Senador Roberto Rocha e a todos os Senadores e amigos aqui presentes pela atenção e pelo apoio de longa data ao desenvolvimento das relações bilaterais entre a China e o Brasil e pelo aprofundamento da amizade entre os nossos dois povos.
Lembro-me de um ditado chinês que diz que um relacionamento por interesse só dura enquanto houver benefícios, mas uma amizade sincera vence os tempos. A cooperação pragmática bilateral só terá uma base sólida quando se fortalecerem os laços emocionais entre os dois povos.
Ontem à noite, houve uma apresentação do Balé Nacional da China aqui em Brasília. Quase dois mil brasilienses assistiram a esse espetáculo. Depois, eu ouvi muitas pessoas dizendo que ficaram emocionados com o espetáculo dos artistas chineses.
A cooperação pragmática bilateral, como eu já disse, só terá uma base sólida quando se fortalecerem os laços emocionais entre os dois povos. O intercâmbio parlamentar, como uma parte muito importante da cooperação sino-brasileira, favorece o entendimento mútuo, e a confiança política garante a continuidade e a estabilidade dos intercâmbios em outras áreas, promove a amizade entre os povos e impulsiona a cooperação pragmática em todos os setores. O crescimento das relações bilaterais está em sintonia com a vontade do povo e com os interesses fundamentais dos dois países.
Espero contar com todos os senhores na promoção da amizade Brasil-China para construir, com os nossos esforços, um futuro mais brilhante.
Muito obrigada a todos. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Roberto Rocha. PSDB - MA) - Muito obrigado, Conselheira.
Eu queria passar a palavra ao Embaixador Marco, mas antes eu queria chamar o Senador Chico Rodrigues para fazer parte da Mesa.
V. Exa. faz parte da direção desta frente que está sendo instalada neste momento. (Pausa.)
Quero passar a palavra ao Embaixador Marco Farani.
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O SR. MARCO FARANI - Muito obrigado, Senador Roberto Rocha, por me convidar a compor a Mesa.
Eu represento aqui o Presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que tem manifestado muito interesse em reorganizar os grupos parlamentares de maneira a torná-los mais eficientes e mais efetivos daqui para a frente. Isso está sendo trabalhado no gabinete do Presidente.
Quero também saudar, por esta reunião de reinstalação, na nova Legislatura, o Grupo Parlamentar Brasil-China.
Quero dizer que, na minha opinião, a diplomacia parlamentar é cada vez mais importante no mundo já que, pouco a pouco, o Estado central tem mais dificuldade em fazer face a todos os desafios da sociedade contemporânea. Portanto, acho que o Parlamento representa cada vez mais - sempre representou, mas hoje ainda mais - a variedade de tendências e de opiniões dentro da sociedade. A diplomacia parlamentar é fundamental para um diálogo mais prolífico entre os países. É muito importante que a ideia, a iniciativa dos grupos parlamentares funcione bem.
Por fim, quero dar um depoimento de ordem pessoal, porque servi na China, como diplomata, por dois anos, de 1994 a 1996. Quando eu cheguei a Pequim, em 1994, ela era a capital de um país totalmente comunista ainda, com pessoas vestidas com uniformes do Mao Tsé-Tung, todas de cinza, e nuvens de bicicleta passavam em frente à minha janela na embaixada. Dois anos depois, já havia pequenos centros comerciais na cidade, precários ainda, rudimentares, mas já havia um comércio funcionando de forma bastante vibrante. E já havia engarrafamento de automóveis dois anos depois. Eram pequenos carros produzidos na China, que chamávamos de carros-sanduíches. Era um carrinho chinês pequenino. Já havia engarrafamento no trânsito.
A SRA. QIAO YANFENG (Fora do microfone.) - Isso existia há mais de 20 anos.
O SR. MARCO FARANI - Isso ocorreu de 1994 a 1996. Nesse período, o capitalismo já havia entrado na China pelo sul, pela região de Xangai, de Shenzhen, de Guangdong, com as ZPEs (Zonas de Processamento de Exportação), que eram os únicos locais fechados em que o capitalismo poderia funcionar. Ali as fábricas estrangeiras se instalavam, fabricavam todos os produtos para exportação, mas muitos vazavam para o mercado interno, e aí o capitalismo, pouco a pouco, foi chegando à capital, Pequim, que foi talvez o último lugar aonde ele chegou, já que o Partido Comunista tinha um controle muito grande da economia e da política e temia também, embora esse fosse o propósito deles, o avanço muito veloz do capitalismo. Eu vi na China essa transformação e queria compartilhar isso com vocês.
Dou mais um depoimento de ordem pessoal: eu assisti ontem ao Balé Nacional da China, que está no Brasil. Pude verificar ontem os valores que fazem parte da China e de todos os países da Ásia, os valores da disciplina, da seriedade, da aplicação no trabalho e na técnica, e, ao mesmo tempo, a sensibilidade para a beleza, o que me emocionou muito.
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Muito obrigado pelo tempo. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Roberto Rocha. PSDB - MA) - Muito bem! Muito obrigado, Embaixador.
Queria consultar o Senador Chico Rodrigues sobre se deseja fazer uso da palavra.
O SR. CHICO RODRIGUES (DEM - RR) - Quero inicialmente cumprimentar o Presidente da Comissão Brasil-China, o companheiro Senador Roberto Rocha; o meu amigo Senador Arolde de Oliveira; o Senador Zequinha Marinho; o Senador Irajá, o Senador Izalci; o Senador Anastasia; e o Senador Jaques Wagner.
Gostaria de cumprimentar o Embaixador Farani, nosso amigo que está na assessoria do Presidente Davi e que está reformatando esses grupos parlamentares, que são fundamentais para essa relação entre os países; a Conselheira Qiao Yanfeng, pela gentileza de nos receber sempre de uma forma plena de sorrisos e de amizade. Cumprimento o Embaixador também, que tem sido extremamente gentil com todos nós. Cumprimento o Senador Espiridião Amin, que acaba de chegar.
Nós achamos extremamente importante a instalação desse grupo. Obviamente, a China hoje tem uma projeção mundial e está entre os players mais importantes.
Tenho certeza, Presidente Roberto Rocha, de que V. Exa., presidindo esta Comissão, fará com que essas relações sejam muito mais presentes e próximas. Tenho certeza de que o Presidente Davi, quando procurou fortalecer e apoiar a criação desses grupos ou a reinstalação desses grupos, como é o caso específico do Grupo Parlamentar Brasil-China, tinha realmente - e tem - essa visão parlamentar, para que nós possamos, de uma forma transversal, fazer essa conexão entre os nossos Parlamentos, defendendo, obviamente, a economia, as relações políticas, diplomáticas, as relações comerciais, sociais etc.
Então, eu quero deixar aqui realmente o meu apoio e o meu elogio pela consecução desse evento, e principalmente hoje não poderia deixar de elogiar por estarmos fazendo parte desse Grupo Brasil e China.
Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Roberto Rocha. PSDB - MA) - Muito bem, Senador Chico.
Nós temos dois pontos que precisam ser deliberados. Sugiro que façamos esse encaminhamento para depois abrirmos a palavra aos nossos companheiros.
O primeiro deles é a filiação de membros, a eleição e posse da Comissão Executiva.
Comunico que até o momento 37 Senadores aderiram ao Grupo Parlamentar Brasil-China...
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (PP - SC. Fora do microfone.) - Presidente, poderia ver se eu estou na lista?
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Roberto Rocha. PSDB - MA) - Perfeito, muito bom!
Prossigo: nos termos do art. 2º da Resolução do Senado Federal nº 4. Os termos de adesão continuam disponíveis aos Parlamentares que desejam compor o grupo. (Pausa.)
O Senador Espiridião, sim, já está no grupo.
Coloco em deliberação a composição da Comissão Executiva do Grupo Parlamentar Brasil-China: Presidente, Senador Roberto Rocha; 1º Vice, Senador Antonio Anastasia; 2º Vice, Senador Eduardo Gomes; 1º Secretário, Senador Marcos do Val; 2º Secretário, Senador Rodrigo Cunha; 3º Secretário, Senador Irajá; 4º Secretário, Senador Chico Rodrigues; Membro do Conselho Consultivo, Senador Nelsinho.
Em discussão a composição. (Pausa.)
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Não havendo quem queira discutir, coloco em votação.
Os Senadores e as Senadoras que aprovam a composição permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado.
Deliberação do estatuto.
Submeto à deliberação o Estatuto do Grupo Parlamentar Brasil-China, enviado com antecedência a todos os membros do grupo.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, coloco em votação.
Os Srs. Senadores que aprovam o estatuto permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado.
Com alegria, registro aqui a presença de inúmeros colegas Senadores, que prestigiam essa frente parlamentar, Conselheira.
Passo a palavra a algum companheiro Senador que dela deseje fazer uso.
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Roberto Rocha. PSDB - MA) - V. Exa. tem a palavra.
O SR. AROLDE DE OLIVEIRA (PSD - RJ) - Presidente, penso que havia Senadores inscritos na minha frente e eu não quero...
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. AROLDE DE OLIVEIRA (PSD - RJ) - Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Roberto Rocha. PSDB - MA) - Sem problema, Senador Arolde.
O SR. AROLDE DE OLIVEIRA (PSD - RJ) - Sr. Presidente Roberto Rocha, Conselheira Qiao Yanfeng, Embaixador Marco Farani, meu querido colega e amigo Chico Rodrigues e todos os companheiros aqui presentes, eu fico muito feliz de poder estar participando desta reunião e de estar integrando este grupo. Eu sou daqueles que entende que o Brasil vive essa nova fase. O mundo vive uma fase de grandes transições. Eu costumo dizer que não é uma época de mudanças; nós estamos vivendo uma mudança de época ocasionada por todas as transformações, a partir da área da tecnologia principalmente, e que afeta transversalmente todos os setores da atividade humana.
E, nesse cenário, eu vejo a China, que já demonstra a sua hegemonia na Ásia e disputa a hegemonia no mundo, como uma - vou falar pela tradição milenar - civilização tradicional que tem como base cultural o império, a visão imperialista da autoridade suprema e o respeito à autoridade suprema. Vejam, colegas Senadores, o que ocorreu com a China, que passou naturalmente pelos seus assuntos, seus problemas de sistema político, passou pelo comunismo e hoje vive uma situação, sem abdicar naturalmente dessas doutrinas, vive uma situação de ter o melhor de dois mundos: usa essa cultura milenar e o sistema que escolheu de governo e, ao mesmo tempo, uma economia de mercado a ele associado.
Evidentemente nós teríamos que ter esse resultado dessas últimas décadas na evolução que ocorreu na China. O Brasil não pode ficar fora desse entendimento de que nós somos uma nação, um país com condições geopolíticas de primeira, quer dizer, entre os maiores do mundo, incluindo China, Índia, Estados Unidos e outros países; o quinto país com condições geopolíticas realmente de base e de suporte para assimilarmos o desenvolvimento.
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Este grupo aqui no Senado é muito importante, porque o Senado é um poder moderador. Evidentemente nós teremos que fazer decisões complicadas e difíceis entre os dois polos, e essas decisões terão que passar necessariamente por um poder moderador, como será, eu tenho certeza, nos próximos anos este Grupo Parlamentar Brasil-China.
Por isso que eu estou feliz de estar aqui. Pretendo estar sempre à disposição de todos para nós participarmos. É um grupo extremamente qualificado pelos que estão inscritos e aderiram. Então, nós vamos naturalmente trabalhar em prol desse entendimento superior do Brasil com a China em benefício do nosso povo.
Eu agradeço esta oportunidade.
Que Deus nos abençoe!
O SR. PRESIDENTE (Roberto Rocha. PSDB - MA) - Muito bem, Senador Arolde.
Eu quero passar agora a palavra... Eu entendi que o Senador Esperidião pede a palavra? (Pausa.)
O.k. V. Exa. tem a palavra.
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP - SC) - Sr. Presidente, eu faço minhas todas as observações muito lúcidas do meu querido amigo Senador Arolde de Oliveira e dos que o antecederam.
E quero fazer dois registros: primeiro, da minha experiência pessoal. Eu fiz visita à China, como Governador de Santa Catarina, no começo de novembro do ano 2000. Visitamos a província de Heilongjiang - não chegamos a encontrar todos os gelos e esculturas de Harbin, mas estivemos lá -, visitamos estabelecimentos de medicina tradicional, conseguimos contatos muito interessantes na área de tecnologia, na área de exportação de embutidos de suínos para a China, participamos de uma das primeiras cessões da churrascaria da Sadia em Beijing - lá não seria pato laqueado - e visitamos estabelecimentos dedicados à produção de fármacos, de sais, uma visita muito produtiva. Disso resultou uma cooperação muito interessante com o Governo da China, particularmente da província de Heilongjiang, com a ida de 40 jovens para Santa Catarina para aprenderem português, numa atitude muito inteligente do país, que, inteligentemente, repito, dispensou o idioma intermediário, foi direto ao cliente, enquanto nós frequentemente recorremos ao intermediário - não é assim? -, todo mundo faz força para aprender inglês. E desse relacionamento pessoal governamental resultaram várias providências que nos iluminaram nesta área: exportação, comércio.
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O segundo comentário que eu faço aos que desejam adensar os seus laços com a China é que eu recomendo lerem pelo menos um dos três livros do Gavin Menzies sobre navegação: 1421, 1434, que descortina a Frota do Tesouro, com navios de 140m de comprimento, 22 compartimentos estanques construídos no porto de Nanquim. Foram 2,1 mil navios, enquanto as caravelas... Isso no século XV; no século XVI, as caravelas de Cabral tinham 25m de comprimento e não tinham um compartimento estanque. Tinham 22 compartimentos estanques. E o Titanic afundou, porque só tinha seis compartimentos estanques. A causa do naufrágio do Titanic foi que ele roçou num iceberg. Então, as técnicas de navegação com a Polaris e com o Cruzeiro do Sul, o conceito de latitude... E o livro vai avante, escrevendo sobre o ano em que a China descobriu a América, que seria 1421, e o ano em que a China iluminou o renascimento europeu, que foi em 1434. E, se pegarem neste livro as invenções do Leonardo da Vinci e as suas equivalentes chinesas, verão que, em alguns casos, há 500 anos de antecipação chinesa. Depois, o porquê que a China se fechou é um outro assunto para analisar, e eu não sou historiador, mas há teorias. Há teorias.
E é muito curioso que, no século XV, a China e a Índia já respondiam por 25% do comércio mundial - naquela época! -, depois se fecharam, e agora a China volta a esse patamar. Então, é um retorno, graças à tecnologia, aos patamares dessa fase da história da China, que é fascinante, como todos nós sabemos, o Império do Meio. Também o livro do Kissinger sobre a China é muito instigante, não é, Embaixador?
Eu concluo dizendo o seguinte: essa frente parlamentar, Presidente, Senador Roberto Rocha, tem que ser muito valorizada por todos nós. Além de ser um parceiro diferenciado, a história da China mostra que a China não criou colônias, não tomou territórios alheios para ampliar o seu, contrariamente a todos os outros países ditos imperialistas, que se preocuparam em ser donos do território alheio, na África, no extremo Oriente e na própria China - na própria China. Então, eu acho que é um caminho pacífico de alta competição. O convívio com essa cultura chinesa eu creio que traz grandes benefícios para o nosso País, que tem incríveis possibilidades competitivas, não as explora completamente, mas, com a China sem objetivos imperialistas, eu repito, e sim pautados pela competitividade, acho que nós temos que aprender.
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Por isso, entusiasticamente, íntegro esta frente parlamentar e tenho certeza de que, sob a liderança do Senador Roberto Rocha, nós vamos trilhar um caminho produtivo para o nosso País e para a paz mundial.
O SR. PRESIDENTE (Roberto Rocha. PSDB - MA) - Muito bem, Senador Esperidião.
Antes de passar para o Senador...
A SRA. ZENAIDE MAIA (PROS - RN. Fora do microfone.) - Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Roberto Rocha. PSDB - MA) - V. Exa. tem...
O SR. ZEQUINHA MARINHO (PSC - PA) - Zequinha Marinho - pode ser?
O SR. PRESIDENTE (Roberto Rocha. PSDB - MA) - Sim, claro.
O SR. ZEQUINHA MARINHO (PSC - PA) - É porque eu tenho que ler o relatório na outra Comissão ali, e o tempo está passando.
O SR. PRESIDENTE (Roberto Rocha. PSDB - MA) - V. Exa. tem a palavra.
O SR. ZEQUINHA MARINHO (PSC - PA) - Eu gostaria, neste momento, Presidente, de cumprimentar também o nosso Embaixador, cumprimentar a Sra. Qiao Yanfeng, e dizer que é uma alegria poder ver este bloco parlamentar sendo recriado. Celebra não só a amizade pessoal entre o Brasil, os brasileiros e chineses, mas também as boas relações diplomáticas e comerciais. A China é uma grande economia, e todo mundo quer negociar com a China.
Eu sou do Estado do Pará, um dos grandes Estados da Região Norte, na Amazônia, e a gente precisa construir uma relação, digamos assim, além da amizade pessoal, institucional, comercial também, Embaixador. Cito uma questão aqui que está neste momento acontecendo conosco, com os nossos frigoríficos que abatem bovinos. Nós temos um certo potencial, temos em torno de 21 milhões de cabeças de gado, gado de corte especialmente, e a vontade que nossos frigoríficos têm de se habilitar para exportar carne para a China é muito grande. É claro que nós temos, primeiro, que resolver nossos problemas aqui, no que diz respeito ao Ministério da Agricultura e à defesa sanitária e animal. Existem alguns frigoríficos ligados ao Estado do Pará que já vendem carne para a China, e os novos que querem entrar nessa parceria comercial são, inclusive, melhores do que os que já estão hoje vendendo, pela tecnologia, enfim, porque, à medida que o tempo passa, a tecnologia aumenta, os investimentos vão melhorando, a revolução vai acontecendo com naturalidade.
Então, eu gostaria de dizer para a Sra. Qiao Yanfeng que nós temos muito interesse de trabalhar e aumentar nossas relações comerciais lá do Estado do Pará com a China. O minério - o Pará é famoso, com certeza V. Sa. já sabe disso - nós queremos continuar exportando, aumentar o leque de exportação de minério. De igual forma, carne bovina. Nós temos condições de fazer grandes negócios nessa área, pelo potencial que temos. Interessa-nos trabalhar com a China, pelo preço que a China paga - não é verdade? -, enfim, e pela quantidade que compra também.
Questão dos grãos. Nós estamos começando a produzir grãos. Temos, em média, hoje 700 mil hectares de plantação Estado afora. Temos um potencial extraordinário, mais do que qualquer outro Estado brasileiro, de crescer nessa direção, claro, desde que o comércio externo nos dê condições de vender esse produto.
Quanto ao peixe, de igual forma, somos o primeiro ou o segundo. Quem é de Santa Catarina... (Risos.) Quem é de Santa Catarina diz que Santa Catarina é o primeiro Estado no pescado, mas, lá no Pará, também a gente diz que é o primeiro, até porque nós não temos muita condição de mensurar, mas, naquilo que é mensurável...
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O SR. ESPERIDIÃO AMIN (PP - SC. Fora do microfone.) - Vocês têm mais peixes, nós temos mais indústrias...
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (PP - SC) - Eu estou falando que Santa Catarina é o primeiro em indústria. Agora, em peixe, cada pescador conta a sua mentira. (Risos.)
O SR. ZEQUINHA MARINHO (PSC - PA) - Isso é uma verdade.
Nós temos condições de comercializar peixe e também polpas de frutas; temos um leque sobre o qual dá para conversar muito.
Agora eu queria pedir ao Embaixador e à senhora também a oportunidade de nos receber amanhã ou na semana que vem, porque amanhã eu já tenho que voltar à noite para o Estado, um pouquinho de tempo para a gente conversar um pouco sobre esses temas, correto? Isso é muito interessante.
E eu festejo aqui, Presidente, Senador Roberto Rocha, a reconstrução ou recriação desse bloco, que reputo da maior importância na relação Brasil-China, principalmente na área comercial.
O SR. PRESIDENTE (Roberto Rocha. PSDB - MA) - Perfeito. Eu queria passar, pela ordem, para o Senador Jaques Wagner, mas antes, claro, não posso deixar de fazer um registro importante: cumprimentar o Senador Jaques Wagner e toda a bancada de Senadores da Bahia, cumprimentando o Governador da Bahia e o povo baiano, que recentemente assinou um acordo lá na China, com uma empresa imensa da China, num total de US$7 bilhões em investimentos na Bahia, siderúrgicas e tudo...
O SR. ZEQUINHA MARINHO (PSC - PA) - Infraestrutura, não é?
O SR. PRESIDENTE (Roberto Rocha. PSDB - MA) - Com um pouco de frustração, porque era para ser no Maranhão, mas eu cumprimento o povo baiano porque tem um Governo que faz política pública, não política partidária. Quem está no Governo não é para estar em uma gincana ideológica. Eu cumprimento, portanto, a Bahia e os políticos de boa vontade da Bahia, que estão fazendo como a China fez na década de 70, colocando esse dogma comunista na lata do lixo para fazer o povo melhorar de vida crescendo a sua economia.
Passo, portanto, a palavra ao Senador Jaques Wagner.
O SR. ZEQUINHA MARINHO (PSC - PA) - Senador, só falando para a Sra. Yanfeng, o Pará também precisa construir alguns trechos longos de ferrovia, e vocês são especialistas.
Muito obrigado.
O SR. JAQUES WAGNER (PT - BA) - Senador Roberto Rocha e colegas Senadores, cumprimento também o Embaixador Marco Farani e, com alegria, a Conselheira Qiao Yanfeng, o colega Chico Rodrigues, saudando a reinstalação, por assim dizer, do Grupo Parlamentar Brasil-China, de que eu faço questão de participar, até porque acabei de chegar da China. Eu estava acompanhando o Governador Rui Costa em uma viagem rápida, apesar da distância, de apenas quatro dias na China. Estivemos em Pequim, visitando empresas que têm negócios também na Bahia, e depois fomos, eu diria, para um espetáculo de tecnologia na cidade de Shenzhen, num fórum chamado Smart City, ou seja, cidade inteligente, aquela que virou um polo.
Vocês estavam falando aí em pesca, brigando, os catarinos e os paraenses, e quero dizer que Shenzhen era apenas uma aldeia de pescadores há 40 anos, quando, em um novo momento da economia chinesa e na inteligência da ocupação territorial sua, praticamente em frente a Hong Kong, transformou-se aquela cidade no maior polo de tecnologia hoje da China, responsável por milhares de patentes - a Huawei, está lá, que desenvolve o 5G. Portanto, é uma alegria.
Eu acabei de chegar dessa viagem. E, realmente, confirmando o que disse o Senador Roberto Rocha, nós fomos visitar a empresa BYD e eu perguntei por que era BYD: eles, inteligentemente, na disputa comercial, usando o idioma intermediário, como V. Exa. citou, porque querem vender, criaram a BYD, que é Build Your Dreams, construindo seus sonhos. Lá eu conheci um veículo da produção deles, um SUV totalmente elétrico, híbrido, com autonomia de mil quilômetros. Mil quilômetros! Eles são campeões na produção das baterias. Por incrível que pareça, todos os ônibus urbanos de Shenzhen - todos! -, por determinação da Prefeitura, são todos ônibus elétricos. Todos os táxis que rodam em Shenzhen são carros elétricos. Portanto, há uma preocupação, evidentemente, com a área ambiental.
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Eu não estou aqui para fazer juízo de valor do processo interno de cada país, mas, acompanhando o Senador Esperidião Amin e o Senador Arolde, que falaram antes, como V. Exa., eu acho que a nossa diplomacia não tem que ser diplomacia ideológica, tem que ser uma diplomacia dos interesses brasileiros na relação multilateral com todos os países. Na briga entre gigantes, os pequenos entram no meio sempre para levar prejuízo. Então, eu acho que essa briga...
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (PP - SC) - Até a poeira pode prejudicar; até a poeira da briga pode prejudicar.
O SR. JAQUES WAGNER (PT - BA) - Porque, na verdade, é uma briga comercial, como sempre foram. As guerras mundiais são consequências de brigas comerciais.
Eu acho admirável - eu pude ver lá, Senador Roberto Rocha - entrar num estacionamento de shopping... E aí perguntei sobre isso a um brasileiro que está trabalhando na Universidade de Pequim, dando aulas sobre o Brasil. Você entra num estacionamento, e não há mais o tíquete que a gente recebe. Aqui você pega um tíquete e, depois, há uma leitora de barras, você vai a algum caixa pagar. Todos ou muitos chineses têm aquele código, o QR Code. Então, aquele código individualizado está vinculado à conta bancária do cidadão. Então, o carro dele entrou no estacionamento, deve ter sido fotografado por alguma câmara, e, quando vai saindo do estacionamento, há uma pessoa; ele coloca o código dele no telefone, a pessoa lê no telefone, e está pago e debitado na conta bancária dele. Ele só tem que fazer a digitação. Então, já dispensaram o papel.
Eu fiquei muito impressionado. Já fui à China várias vezes, acompanhando o ex-Presidente Lula, a ex-Presidenta Dilma, fui como Parlamentar também, no Grupo Parlamentar, quando a reunião foi na China, e fiquei muito impressionado. Hoje, praticamente, tudo eles carregam num celular.
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (PP - SC) - V. Exa. me concede um pequeno aparte?
O SR. JAQUES WAGNER (PT - BA) - Claro.
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (PP - SC) - Eu só queria acrescentar duas coisas para louvar a inteligência chinesa.
Primeiro: no livro do Gavin Menzies, que o Embaixador Marco Farani vai ler, porque eu vou oferecer-lhe o livro com bula, com as indicações, existe a figura da estela. A estela é a pedra voltada para Noroeste, em que os navegadores chineses mandavam inscrever o que aquela localidade tinha, a começar por água doce - cujo sinal lembra o do Itaú -, se tinha madeira teca, leve e dura, para permitir essa navegação, enfim, e os minerais. É do século XV a decretação de que a América Central não tem ferro, e até agora não tem. Então, as estelas.
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E, segundo, o que eu acho mais uma lição: nós, Sra. Conselheira, temos que saber o seguinte: ninguém vende nada para o chinês; ele é que vem comprar. Ninguém vende nada. Eles vêm comprar, porque sabem o que é existe aqui e lá, graças a esse princípio da estela, que quer dizer estrela.
Então, foi só uma interrupção para dizer que nós vamos aprender, inclusive, a fazer bom comércio com a China.
O SR. JAQUES WAGNER (PT - BA) - O preço da interrupção é que se ofereça a mim também, com a mesma bula, ou com uma bula diferenciada, o livro que V. Exa. vai oferecer ao Embaixador Marco Farani.
Para concluir, quero só dizer da minha alegria em estar aqui. Eu concordo com o que disse o Senador Esperidião Amin. Eu fui Governador e realmente trabalhei muito. Hoje nós vamos ter, em Salvador, Senadores, um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) construído por essa empresa BYD, da China, que foi a ganhadora da concorrência, que vai transformar um trem de subúrbio em um veículo moderno, que eu pude experimentar na própria fábrica que fomos visitar.
E quero dizer que foi graças a essa tecnologia... Porque a gente se preocupa muito com segurança, e eu, é óbvio, orientado pela modernidade, coloquei muitas câmeras. E fui visitar um dos centros, lá na Bahia, onde se concentram as imagens, e cheguei à conclusão de que a câmara, sem o software de leitura, não resolve nada, porque não há ser humano capaz de acompanhar...
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (PP - SC. Fora do microfone.) - Sem o algoritmo.
O SR. JAQUES WAGNER (PT - BA) - É. Então, nós trouxemos o algoritmo da Huawei, que cadastra em algoritmo todas as imagens, um banco de dados enorme...
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (PP - SC. Fora do microfone.) - Tudo que for discrepância.
O SR. JAQUES WAGNER (PT - BA) - E, com isso, a gente conseguiu prender, no meio do Carnaval baiano, num bloco em que os homens saem fantasiados, chamado Muquiranas...
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (PP - SC. Fora do microfone.) - Ele era maranhense?
O SR. JAQUES WAGNER (PT - BA) - Não, aí... (Risos.)
Esse detalhe eu confesso que o algoritmo não revelou.
Ele passou, e aí despertou, no celular de quem controlava a área, que o cidadão que passou em tal lugar tem 70% de chance de ser fulano de tal, que está sendo procurado pela polícia. Foi lá a polícia, abordou e prendeu.
Então, quero parabenizar e dizer, como já foi dito por todos aqui, que eu espero que realmente este grupo garanta a nossa multilateralidade, que é a característica própria do Brasil. E a gente não poderia dispensar de ter a relação com um país que conseguiu se transformar tão rapidamente.
Parabéns à China e parabéns ao grupo.
O SR. CARLOS VIANA (PSD - MG) - Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Roberto Rocha. PSDB - MA) - Com a palavra o Senador Carlos Viana.
O SR. CARLOS VIANA (PSD - MG) - Primeiro, quero dar o meu boa-tarde aos Senadores que estão conosco; ao nosso Embaixador, o Sr. Farani; à Conselheira Yanfeng - é um prazer -; e ao Presidente. Obrigado.
Quero aqui, Senadores, também dizer da minha satisfação por estar participando da Comissão.
Quando menino, já há bastante tempo, uma das minhas séries favoritas era Kung Fu. Eu adorava assistir aos seriados, com o David Carradine, porque me encantava como o autoconhecimento, a capacidade de se ter disciplina fazia com que se vencesse todo um histórico de violência.
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E, nesse caso, eu observava a cultura chinesa daquele momento ali, e o que faltava aos chineses era saber lidar com as relações internacionais, disputar no mercado internacional. E os chineses aprenderam isso muito bem, a China faz isso hoje com primazia.
Eu estive na China em 2002 e eu posso dizer, com muita satisfação, que fui o primeiro jornalista a fazer uma série de matérias sobre a nova China, que foi ao ar no canal que eu trabalhava na época; foram cinco reportagens que eu fiz em 2002. Eu estive em Pequim, estive em Xangai, cidades que me impressionaram pela qualidade de vida e o processo que estavam tendo ali naquele momento, e eu tive a oportunidade de conhecer. E também me encantou, Conselheira, que, já naquela época, a China não tinha analfabetos com menos de 30 anos de idade. Em 2002 a China já havia acabado com o analfabetismo em duas gerações.
Eu pude visitar, conhecer, fomos muito bem recebidos na época pelo Governo. Quase fomos presos com a câmera na rua, porque estávamos lá andando com uma câmera e, de repente, a polícia chegou, foi aquela confusão, mas, como estávamos a convite do Governo, tivemos a liberdade de trabalhar com toda tranquilidade.
De lá para cá, a gente vem observando o crescimento e exemplo da China principalmente na questão da qualidade de vida do próprio povo. Há uma preocupação muito grande com o desenvolvimento atrelado à formação das crianças, ao ensino público, que faz com que o aluno chinês tenha todas as possibilidades de crescimento. E isso é um exemplo de superação que o Brasil precisa aprender. Nós não vamos mudar os nossos problemas, nós não vamos criar soluções mágicas, como, muitas vezes, a impaciência do nosso povo tem nos cobrado.
Os brasileiros estão tão insatisfeitos que os brasileiros estão sempre na expectativa de que um vai resolver os problemas do País, e não vai. Nós não temos ninguém que chegará sozinho aqui para poder conseguir resolver as nossas questões, nós teremos que fazer isso como uma construção coletiva, e este Senado está disposto a dar esta contribuição. Daí, a experiência chinesa que, acredito, é muito importante para que nós, brasileiros, possamos aumentar a nossa independência, aumentar a qualidade de vida do nosso povo, como citou o Senador baiano, nosso ex-Governador da Bahia, Jaques Wagner, e que se tornaram grandes parceiros nos últimos anos no nosso Brasil.
Portanto, dizer da minha satisfação, Presidente Roberto Rocha, em estar aqui participando deste Grupo.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Roberto Rocha. PSDB - MA) - Muito bem, muito obrigado, Senador Carlos Viana.
Eu quero, por fim, apenas fazer um pequeno registro: dizer ao Embaixador, à nossa Conselheira que poucas vezes aqui eu vi uma reunião de instalação de Frente Parlamentar tão prestigiada. Essa é uma revelação de que o Brasil, através aqui da Casa da Federação, o Senado, tem realmente com a China um irmão amigo. Estão entre os cinco maiores países do mundo, têm muitos desafios em comum: promover a melhoria de vida do seu povo, a paz no mundo e, efetivamente, buscar estabilidade, que é do que todos nós precisamos.
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A China, nós compreendemos que a maior obra não foi a Muralha da China; para mim a maior obra da China foi a transição econômica, que fez com que, de forma surpreendente, um país comunista, pudesse, ressalvados todos os problemas que têm de garantia de direitos sociais, promover um desenvolvimento que alcança o mundo todo.
A propósito, a China tem um projeto que é a nova Rota da Seda: faz obras de infraestrutura pelo mundo todo. Inclusive, no meu Estado, no Maranhão, está fazendo um porto, o que ajuda na promoção do desenvolvimento econômico.
Assim, quero cumprimentar todos os Senadores, agradecer suas presenças e dizer que temos aí o desafio de fazer com que essa frente parlamentar realmente funcione aproximando esses dois países gigantes, que têm tamanho gigante, população gigante e desafios gigantes. É muito bom que nós estejamos neste momento fazendo esta instalação - aliás, reinstalação. É o momento em que a classe política brasileira busca inspiração para mudar a vida do seu povo, e só se muda o social se primeiro se mudar o econômico; o desenvolvimento econômico é que promove o verdadeiro desenvolvimento social.
Antes de encerrar esta reunião, proponho a dispensa da leitura e a aprovação da ata da presente reunião, que será composta pelas notas taquigráficas, pela lista de presença e pelo estatuto aprovado.
Os Srs. Senadores e as Sras. Senadoras que aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado.
Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a reunião e a reativação do Grupo Parlamentar Brasil-China na 56ª Legislatura.
Muito obrigado. (Palmas.)
(Iniciada às 11 horas e 32 minutos, a reunião é encerrada às 12 horas e 21 minutos.)