1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
56ª LEGISLATURA
Em 29 de março de 2019
(sexta-feira)
Às 11 horas
39ª SESSÃO
(Sessão Especial)

Oradores
Horário

Texto com revisão

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O SR. PRESIDENTE (Antonio Anastasia. Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSDB - MG) - Declaro aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos.
A presente sessão especial é destinada a homenagear as corporações dos Corpos de Bombeiros Militares que atuaram no resgate das vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho, Minas Gerais, nos termos do Requerimento nº 7, de 2019, de autoria da ilustre Senadora Soraya Thronicke e outros Srs. e Sras. Senadores.
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Para compor esta mesa, eu convido - e já se encontram presentes - S. Exa. a Senadora Soraya Thronicke, autora do requerimento; o eminente Senador Carlos Viana, de Minas Gerais; o Senador Marcos do Val, do Estado do Espírito Santo; a eminente Deputada Federal Carla Zambelli, do Estado de São Paulo.
E eu tenho a honra de convidar para integrar igualmente a Mesa Diretora S. Exa. o Cel. Edgard Estevo da Silva, Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais, bem como o Sr. Cel. Joilson Alves do Amaral, digníssimo Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Mato Grosso do Sul. (Palmas.)
Agradeço igualmente a presença das seguintes autoridades:
O Sr. Secretário de Segurança do Distrito Federal, em exercício, Sr. Alessandro Moretti, representando S. Exa. o Governador do Distrito Federal;
O Sr. Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Santa Catarina, Cel. Edupércio Pratts;
O Sr. Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, Cel. Carlos Emilson Ferreira dos Santos;
O Sr. Comandante da Equipe de Busca e Resgate de Salvamento com Cães de Goiás em Brumadinho, Sr. Segundo Tenente Thiago Wening;
O Sr. Comandante da Equipe do Distrito Federal de Busca e Salvamento em Brumadinho, Ten. Cel. Giancarlo Borges Pedroso;
Representando o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar da Espírito Santo, Cap. Natanael;
Representando o Diretor da Força Nacional de Segurança Pública, a Sra. Ten. Cel. Keydna Alves Lima Carneiro;
A Coordenadora de Prevenção e Gestão de Riscos Ambientais, da Diretoria de Proteção Ambiental do Ibama, Sra. Cristiane de Oliveira;
E a todos os demais integrantes dos Corpos de Bombeiros Militares dos diversos Estados da Federação que aqui se encontram, as nossas boas-vindas e os nossos cumprimentos.
Vamos ouvir, e convido todos para tanto, em posição de respeito, e acompanhar a execução do Hino Nacional e, em seguida, o Hino do Corpo de Bombeiros, Soldado do Fogo, que serão ambos executados pela banda de música do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e cantados por todos os presentes.
(Procede-se à execução do Hino Nacional.)
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(Procede-se à execução da Canção do Soldado do Fogo.)
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O SR. PRESIDENTE (Antonio Anastasia. Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSDB - MG) - Agradeço, sobremaneira, a execução majestosa do Hino Nacional e da Canção do Bombeiro pela briosa Banda de Música do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, a quem agradecemos, penhorados, a sua execução. Muito obrigado às senhoras e aos senhores.
Acresço, entre o registro das presenças das autoridades que nos honram com a sua presença, o Sr. Major Ramon Diego, representando o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, e o Sr. Major Bráulio Flores, representando o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás.
Exma. Sra. Senadora Soraya Thronicke, autora deste requerimento; eminentes Senadores Carlos Viana e Marcos do Val, que integram esta Mesa de honra; Sra. Deputada Federal Carla Zambelli; eminentes Comandantes dos Corpos de Bombeiros Militares de Minas Gerais e de Mato Grosso do Sul, que aqui se encontram, na pessoa de quem cumprimento a todos os senhores oficiais e praças dessas valentes corporações do fogo de todos os Estados brasileiros aqui representados.
Vidas alheias e riquezas salvar - esse verso extraído da belíssima Canção do Soldado do Fogo constitui um lema dos bombeiros brasileiros, traduz uma missão, um compromisso firmado com honra e dignidade e cumprido, se necessário, com o custo da própria vida. Ao longo da história, muitas têm sido as oportunidades em que temos necessitado dos bombeiros militares em nosso País: busca e salvamento, combate a incêndios, resgates em diversos tipos de terrenos e condições meteorológicas. Para esses bravos guerreiros, não há adversidade que não seja enfrentada e vencida com bravura e determinação.
No último dia 25 de janeiro, o rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, da mineradora Vale, em Brumadinho, em meu Estado, Minas Gerais, causou uma tragédia de enormes proporções. Toneladas de rejeitos de mineração, com uma força impressionante, arrastaram tudo que havia pela frente. A zona rural de Brumadinho, próxima à nossa capital, Belo Horizonte, foi totalmente devastada. Muitos funcionários da empresa morreram na área em que exerciam as suas atividades laborais, o que faz com que a calamidade seja considerada o maior acidente de trabalho da história do Brasil. Quantos e quantos habitantes da cidade e visitantes também não faleceram! De acordo com as informações da Defesa Civil de Minas Gerais, até o momento, foram confirmadas, infelizmente, 203 mortes e ainda temos 105 desaparecidos. Foram localizadas 395 pessoas nos dias que se seguiram à imensa tragédia. A onda de rejeitos que chegou ao Rio Paraopeba causou também um prejuízo ambiental incalculável.
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Logo que a notícia foi divulgada, iniciou-se uma grande mobilização em todo o País. Reuniram-se em Brumadinho 750 bombeiros de Minas Gerais, que foram auxiliados, de pronto, por equipes de onze Estados da Federação e do Distrito Federal, além de 130 profissionais oriundos do exército de Israel.
É necessário destacar também a impressionante mobilização de voluntários, Senadoras e Senadores, pessoas comuns que, sensíveis ao sofrimento do próximo, apoiaram de diversas formas o trabalho realizado pelos bombeiros. Transporte, organização e distribuição dos donativos, cadastramento e orientação às famílias das vítimas foram algumas das tarefas desempenhadas pelos colaboradores, em meio à crise que se instalou.
Por diversos dias, em meio à lama de rejeitos tóxicos, essa abnegada equipe empenhou-se no resgate dos sobreviventes e na localização, sempre triste, dos corpos das vítimas desse inominável infortúnio.
Mais uma vez, os nossos soldados do fogo cumpriram sua missão com desvelo e coragem! Demonstraram que, por pior que seja o cenário, por mais desesperadora que seja a situação, ainda que precisem arriscar a vida, nada é impossível para essa valorosa corporação!
Poucas profissões são tão exigentes e, ao mesmo tempo, tão necessárias. Equilíbrio emocional, serenidade, força, capacitação profissional e resistência a todas as formas de pressão são apenas algumas das qualidades que um bombeiro deve possuir.
Senhoras e senhores, Senadoras, Senadores, oficiais e praças dos corpos de bombeiro, aqueles que nos acompanham em todo o Brasil pela TV Senado e pela Rádio Senado, catástrofes como a de Brumadinho não podem mais se repetir! Infelizmente, Brumadinho nos pareceu uma triste e inaceitável reprise do ocorrido, em 2015, em Mariana, cidade matriz de Minas Gerais e em proporções muito maiores. É necessário um esforço nacional, nas três esferas de Governo, articulando todas as instituições envolvidas, incluindo órgãos de fiscalização, institutos de pesquisa e universidades, para que todas as barragens e grandes projetos de engenharia do Brasil se enquadrem sempre nos padrões internacionais de segurança. E, se for preciso, que sejamos capazes de ir além, porque não há bem mais valioso do que a vida humana.
No âmbito das competências desta Casa Legislativa, estamos atentos aos desdobramentos da tragédia e seguimos comprometidos com todos os aperfeiçoamentos necessários na legislação para que desastres dessa natureza não voltem a ocorrer em nosso País - inclusive, o Relator da CPI, Senador Carlos Viana, está aqui presente.
Encerro este breve discurso de abertura e de saudação recordando o poema escrito por Helena Silva, uma jovem menina de dez anos, moradora da cidade de Congonhas, igualmente uma cidade histórica de nosso Estado, Minas Gerais, que fica a duas horas do local da tragédia. Ela enviou sua poesia para os bombeiros, que, ainda no local da tragédia e em meio aos trabalhos de resgate, leram e se emocionaram. A pequena Helena, da mesma forma que todos os demais brasileiros, ficou impressionada com o esforço e a dedicação dos bombeiros aos trabalhos de resgate. Em sua homenagem, linda pela doçura e pela singeleza, Helena escreveu - aspas: "Ser bombeiro não deve ser fácil. Precisa de força e de muito trabalho!".
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Naquele instante, os militares envolvidos na operação se deram conta de que o Brasil e o mundo acompanhavam cada passo, cada resgate, cada sobrevoo, torcendo e muito para que cumprissem sua missão com êxito e em segurança.
Sim, são nossos heróis! Exemplos de companheirismo e extrema competência no exercício de suas atribuições profissionais, representam como corporação e na figura de cada militar o Brasil que desejamos para o nosso futuro. Fiquemos, pois, Sras. Senadoras, Srs. Senadores, todos que participam desta sessão especial, com o exemplo da força e do profissionalismo que nos deixam os nossos bombeiros. Se esse legado não é capaz de fazer passar a dor da perda dos nossos irmãos e de nossas irmãs, ao menos nos traz o alento de saber que, em meio à tragédia, nós brasileiros conseguimos fazer florescer a solidariedade e o amor ao próximo.
Permita-me acrescer algo, eminente Senadora Soraya, autora do requerimento desta sessão solene, em caráter aditivo a esse pronunciamento formal, que me incumbe o protocolo, como Vice-Presidente do Senado e Presidente desta sessão, de inaugurar. Sendo uma tragédia ocorrida em meu Estado, Minas Gerais e, evidentemente, como coluna vertebral das ações de resgate, estando atuando o Corpo de Bombeiros Militares de Minas Gerais, instituição, meu estimado Coronel Estevo, que conheço há décadas e que tive o prazer como Governador de Minas Gerais de exercer o seu comando supremo, quero reconhecer mais uma vez publicamente - aquilo que já fiz por diversas vezes desde o ocorrido em 25 de janeiro - o grau de capacitação e de profissionalismo dos bombeiros de nosso Estado, irmanados aos seus pares dos demais Estados da Federação, que naquele momento trágico acorreram imediatamente a Minas Gerais, a Brumadinho para também auxiliarem nos resgates necessários. Impele-nos necessariamente um registro de profunda e extrema gratidão, impagável, indelével na nossa história e no registro das atividades extremamente bem feitas dos nossos Corpos de Bombeiros Militares de todo o Brasil.
Meu estimado comandante-geral, não há dúvida de que todos nós nos emocionamos ao assistirmos pela televisão, em tempo real, às imagens de uma tragédia que ninguém imaginava ser possível que ocorresse. Não só as centenas de mortos, mas o drama das famílias, a ausência dos corpos para que as famílias pudessem fazer o seu luto, tudo isso levou a um clima de absoluta apreensão, de tragédia e de sofrimento.
Como foi dito pela pequena Helena, mineira de Congonhas, é exatamente, com o exemplo do desvelo e da abnegação das bombeiras e dos bombeiros de todo o Brasil, tendo, evidentemente, como coluna vertebral a instituição mineira, que nós podemos sempre dizer, do fundo da nossa alma, de todos os brasileiros - aquilo que a Senadora Soraya tomou a iniciativa e vai discursar daqui em instantes -, a cada um que aqui está e a cada qual que se encontra em seu Estado da Federação e nos rincões e Municípios de nossa querida Minas Gerais: muito, muito, muito obrigado!
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Parabéns aos nossos heróis do fogo de todo o Brasil! (Palmas.)
Concedo a palavra à Exma. Sra. Senadora Soraya Thronicke, subscritora do requerimento, para o seu pronunciamento. Com a palavra V. Exa.
A SRA. SORAYA THRONICKE (Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSL - MS. Para discursar.) - Sr. Presidente desta sessão de homenagem, Sr. Senador Antonio Anastasia; Sr. Senador Carlos Viana; Sr. Senador Marcos do Val; Sra. Deputada Federal Carla Zambelli; Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, Sr. Cel. Edgard Estevo da Silva; Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Mato Grosso do Sul, Sr. Cel. Joilson Alves do Amaral; e, em nome do Cel. Estevo, Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, cumprimento a todos os Comandantes-Gerais aqui presentes ou os que se fizeram representar, bem como os demais membros das corporações. Bom dia.
Senhoras e senhores, é com grande honra e satisfação que, no dia de hoje, eu presido esta sessão solene de indicação minha, em homenagem aos Corpos de Bombeiros Militares que atuaram na tragédia de Brumadinho, especialmente o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais, que aqui nesta Casa tem o seu Estado representado pelos ilustres Senadores Antonio Anastasia, Carlos Viana e Rodrigo Pacheco.
No dia 25 de janeiro, sofremos mais um trágico episódio em nossa história. Não bastasse o caos instalado com o rompimento da barragem de Mariana, a barragem do Córrego do Feijão também se rompeu, causando um novo desastre ambiental e humanitário irreparável na cidade de Brumadinho, Minas Gerais.
No dia 6 de fevereiro, logo após iniciada a minha Legislatura, meu primeiro ato oficial foi solicitar a realização desta sessão especial, destinada a homenagear as corporações dos Corpos de Bombeiros que atuaram no resgate das vítimas do rompimento da barragem de Brumadinho. Não foi com alegria que eu formulei esse requerimento, foi com muita dor, mas, quando vi homens e mulheres unidos pelo próximo, pelas vítimas, pelas famílias, ultrapassando todos os limites para salvar os soterrados pela irresponsável tragédia, eu vi a luz nascer em meio ao caos, em meio a toda essa dor. Apesar da tristeza que tomou conta das pessoas de todo o mundo, a chama da salvação se acendeu com a atuação dos senhores, que, dia e noite, trabalharam para salvar as vidas e também para resgatar os que sucumbiram à lama e permitir que suas famílias pudessem tocar pela última vez os entes queridos que se foram nessa impronunciável tragédia. Vi nesses homens e mulheres, brasileiros e estrangeiros, o valor da vida. Vi a força do amor e o efeito da dedicação.
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Por tudo isso, os bombeiros são merecedores de reconhecimento, homenagem e gratidão, pela busca diuturna e incansável que revelou a grandeza e a importância de todos vocês, sobretudo dos que participaram desse resgate. Esta homenagem que prestamos hoje para esses valorosos homens e mulheres que representam suas corporações e que se sacrificam diariamente para que todos possamos dormir com mais segurança não conseguirá traduzir toda a consideração que temos por todos vocês.
Essa tragédia que sucedeu a de Mariana, em 2015, cujos efeitos danosos serão sentidos por décadas na região pelas famílias, contrasta claramente com a atuação impecável de todos vocês nas duas ocorrências.
É verdade que, numa tragédia como essa, é fundamental a cooperação interagência de órgãos como a Defesa Civil, a Força Nacional, a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Polícia Técnico-Científica, as Forças Armadas, os órgãos de proteção e assistência social, o Ministério Público, a Defensoria Pública, o Governo de Israel e o próprio Governo de Minas, além dos voluntários e - por que não dizer? - dos cães farejadores. Vocês todos contribuíram para que os danos ficassem confinados nos fatos já ocorridos, tendo como objetivo principal dar proteção jurídica e psicológica e assistência social aos sobreviventes e aos familiares daqueles que não conseguiram se salvar. Entretanto, como todos pudemos acompanhar, principalmente pela imprensa, foram os bombeiros militares, especialmente os mineiros, que ficaram com a desgastante tarefa de comandar as buscas e o resgate de sobreviventes e, posteriormente, a busca pelos desaparecidos. Nesse contexto, uma verdadeira operação de guerra foi montada, e esses verdadeiros heróis demonstraram toda a sua capacidade técnica de organização, planejamento e estratégia no cumprimento da missão.
Houve grande divulgação mundial desse evento, e o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais chegou a ser mencionado por um jornalista espanhol como digno de receber o Prêmio Nobel da Paz. Isso é uma demonstração notável do valor desses homens e dessas mulheres que até hoje ainda vasculham a área em busca de corpos para que seus familiares possam velar dignamente os seus.
Eu fui informada ontem de que, diante dessa exitosa atuação, integrantes do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais comporão equipe de ajuda humanitária brasileira para atuar em Moçambique, na África, que foi assolada por um terrível ciclone, que provocou mais de 700 mortes e outros inúmeros desaparecidos, além de danos materiais de toda ordem. É muito orgulho para nós!
Corpos de Bombeiros Militares de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Goiás, Espírito Santo, Paraná, Bahia, Santa Catarina, Maranhão, Alagoas e Sergipe, sintam-se especialmente homenageados pela contribuição que deram aos bombeiros de Minas Gerais.
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Eu tive a oportunidade de estar recentemente em Brumadinho - obrigada, Major; em seu nome, eu cumprimento os demais que tão bem nos receberam lá.
Eu pude constatar, in loco, a dimensão dessa tragédia e de como vocês ainda estão sendo importantes, principalmente para as famílias que ainda não localizaram seus entes queridos e depositam na corporação suas últimas esperanças de se despedirem dignamente.
Minhas amigas e amigos bombeiros, militares aqui presentes que vieram dos seus Estados para receberem esta singela homenagem do Senado Federal, tenham certeza de que esta Casa jamais se esquecerá do que fizeram e fazem diariamente nos diversos rincões deste nosso País, com suas batalhas e tragédias diárias, de que, muitas vezes, nem ficamos sabendo e, por isso mesmo, daqui para frente, terão em mim uma fervorosa defensora da instituição.
Cel. Joilson, Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do meu Estado de Mato Grosso do Sul e Cel. Marcelo Olassar, meu amigo particular, em seus nomes, eu quero agradecer a todos os bombeiros militares do Mato Grosso do Sul e dizer que estamos juntos, sempre, para tudo o que der e vier.
Cel. Emilson, Comandante-Geral do Distrito Federal, obrigada pelo apoio incondicional que o senhor nos deu para a realização e sucesso deste evento. Muito obrigada!
E a todos vocês, oficiais e praças que integram o CBMDF e que vieram aqui hoje nos prestigiar.
Agradeço, nominalmente, aos nobres colegas que subscreveram comigo o requerimento desta sessão: Senador Jorge Kajuru; Senadora Leila Barros; Senador Luis Carlos Heinze; Senador Alessandro Vieira e Senador Styvenson Valentim.
Por fim, obrigada ao senhor, Cel. Estevo, Comandante­Geral do Corpo de bombeiros Militar de Minas Gerais, e a todos os integrantes dessa instituição que aqui compareceram. Vocês são nossos heróis, e este Senado Federal e, creio, também todo o Brasil agradecem o que vocês fizeram e continuam fazendo pelo povo mineiro e, em particular, por Brumadinho.
Somos gratos e temos orgulho dos Corpos de Bombeiros Militares. Certamente que conforto e alegria não são a tônica desta homenagem, mas, sim, admiração, respeito, orgulho e muito amor.
Obrigada! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Antonio Anastasia. Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSDB - MG) - Meus cumprimentos à Senadora Soraya pelo belíssimo discurso.
Aproveito para registrar ainda, com gosto, a presença entre nós do representante do Ministro de Estado da Saúde; da Sra. Diretora de Emergência em Saúde daquela pasta, a Sra. Daniela Buosi, e também do eminente Chefe de Departamento de Diplomacia Pública de Imprensa da Embaixada de Israel junto ao Governo brasileiro, o Sr. David Atar. Sejam igualmente muito bem-vindos!
Como de praxe, tomo a liberdade de passar a presidência dos trabalhos, agora, à autora do requerimento, a eminente Senadora Soraya, que conduzirá a sequência desta cerimônia.
A todos, os meus agradecimentos.
(O Sr. Antonio Anastasia, 1º Vice-Presidente, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pela Sra. Soraya Thronicke.)
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A SRA. PRESIDENTE (Soraya Thronicke. Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSL - MS) - Bom, acabo de me refazer da emoção. Quase que não consigo fazer esse discurso.
Agora, passo a palavra para o nosso Senador de Minas Gerais, Carlos Viana, Relator dessa CPI.
O SR. CARLOS VIANA (PSD - MG. Para discursar.) - Muito obrigado, Soraya Thronicke.
Já estamos todos nominados, quero dar o meu bom-dia especial a cada um, a cada uma, aos senhores presentes desde os praças aos coronéis, a todas as instituições representadas aqui, mas em especial ao meu amigo e pessoa muito querida, Coronel Estevo, que comanda o nosso Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, no qual saúdo a todos aqui. Tenho a alegria de conhecê-lo já há muitos anos, admirar o trabalho e ser um confidente. O Coronel é um conselheiro nas várias situações em que, como jornalista, eu pude trabalhar com a presença do Corpo de Bombeiros.
A minha admiração pela corporação não é recente ou simplesmente porque estamos aqui. Eu tenho experiências na minha carreira em que aprendi muito com os bombeiros e as bombeiras. Eu quero citar aqui em especial, Senadora Soraya e Carla Zambelli, nossa Deputada que está conosco aqui acompanhando, o ano de 2003, como jornalista, como repórter que sempre gostei de ser, começava o meu trabalho por volta de 6h da manhã e, ali, ia, se fosse preciso, o dia todo. Logo que cheguei para o trabalho, recebi a informação de que nós tínhamos um desmoronamento com vítimas numa das áreas mais carentes de Belo Horizonte, na região Oeste, a chamada Vila São Jorge, uma das vilas que compõem a região do Morro das Pedras.
Eu fui para o local com o meu cinegrafista, com a equipe, e nos deparamos com uma situação muito difícil. Era um lugar muito aclivado, estava chovendo muito e a lama havia descido sobre um conjunto de quatro barracões e a informação é de que nove pessoas estavam soterradas ali naquele momento. A chuva não dava um minuto de trégua e, no meio daquele local, nós conseguimos acessar uma parte com segurança, o Corpo de Bombeiros permitiu à equipe que estava no local, e eu fiquei acompanhando de uma vista muito privilegiada, Senador Marcos do Val, que agora está conosco aqui, o trabalho do Corpo de Bombeiros. Não havia possibilidade de máquinas. Então, o trabalho era feito com pás e picaretas, num esforço grande, principalmente de risco de vida àqueles militares que estavam ali porque, a qualquer momento, o maciço de lama poderia descer novamente sobre nós, aquela quantidade de terra. O trabalho era incessante.
Aproximadamente após duas horas de escavações - e a retirada da lama era feita com baldes, porque não havia outra possibilidade, se tirava na pá, se colocava em balde, em pequenos carrinhos e voluntários -, apareceu o rosto de um menino de oito anos, nove anos de idade. Quando o rosto do menino apareceu, foi um grito de que o menino estava vivo, a criança estava viva. E o trabalho dos Bombeiros começou a ser feito com muito mais afinco, mas quis Deus que, naquele momento, que a terra cedesse mais uma vez.
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A lama do barranco, que foi mal cortado na ocupação irregular, desceu novamente com uma violência, com uma rapidez, todos tivemos que correr e recuar para que não fôssemos atingidos, e a lama encobriu o menino novamente na mesma proporção que estava antes.
Eu lembro bem, Carla, senhores presentes, que os familiares gritavam. Nós estávamos assustados, mas algo me chamou a atenção: a imediata ação dos bombeiros que estavam ali em retomar as escavações com mais força e com mais rapidez, e com mais risco naquele momento. Infelizmente, a criança não resistiu, foi uma das nove vítimas daquele dia. E, no dia seguinte, o velório coletivo marcou Belo Horizonte para sempre.
Dessa tragédia, nós conseguimos criar, em Belo Horizonte, com muito trabalho, com muita crítica até à Prefeitura na época, um grupo executivo de áreas de risco, que funciona até hoje de uma forma muito importante e que conseguiu prevenir. De lá para cá, Belo Horizonte não teve mais nenhuma morte nas áreas de ocupação.
Os problemas passaram a ser nas áreas formais da cidade, mas, nas vilas e favelas, onde nós temos que ter mais atenção, nós não tivemos mais mortes por conta desse grupo executivo de área de risco, que envolve o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil, envolve os próprios moradores e as autoridades públicas. O grupo hoje faz um trabalho que já foi premiado. Inclusive, nós tivemos uma premiação internacional de reconhecimento pela relevância do trabalho.
Esse exemplo que cito aos senhores foi um marco na minha vida, em admirar o trabalho do Corpo de Bombeiros no salvamento das pessoas. De lá para cá, tenho sido um defensor firme sempre da evolução, da melhor formação, da defesa dos investimentos do Estado para que o Corpo de Bombeiros possa receber o apoio necessário para salvar vidas e para que a condição de trabalho seja cada vez melhor.
Nós evoluímos muito, mas há muito a ser feito. Infelizmente, como disse o eminente Senador Antonio Anastasia, no Brasil, dá-se muito mais importância aos velórios do que à vida. Se nós aprendêssemos com as tragédias, muitos dos nossos brasileiros estariam vivos hoje, não seriam vitimados nas estradas, não seriam vitimados em situações como a de Brumadinho.
Nós não aprendemos com o que aconteceu em Mariana, 19 mortos - é como se essas pessoas não tivessem existido naquele ano de 2015. A legislação não foi mudada, o sistema de fiscalização e regulação do setor não foi ampliado ou foi melhorado. Pelo contrário, nós tivemos, dentro apenas da visão econômica do lucro acima das vidas, licenciamentos cada vez mais rápidos e um setor que se autorregulou. Como nós não aprendemos com Mariana em 2015, nós matamos, permitimos que 310 pessoas morressem lá em Brumadinho.
Hoje, Senador Marcos do Val, Senadora Soraya, se nós não trabalharmos com seriedade e nós, que fomos eleitos para legislar, para representar o povo brasileiro, não assumirmos um papel de seriedade com esse assunto - queira Deus que nunca aconteça -, nós podemos ter agora as mortes na casa dos milhares. Nós precisamos aprender com as tragédias. Nós, brasileiros, precisamos dar mais valor à vida do que aos velórios. Essa é uma necessidade de mudança.
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Vocês, que atuam no Corpo de Bombeiros, que são cada vez mais qualificados, são pessoas que têm, da sociedade brasileira, um reconhecimento e uma gratidão muito grande, são fundamentais para que nós possamos usar a experiência de vocês, o conhecimento que vocês têm construído, para que a legislação se torne, antes de tudo, uma legislação preventiva, para garantir a segurança e naturalmente o desenvolvimento das nossas comunidades.
Eu penso que o tempo de um Brasil que apenas ataca, que combate o fogo, acabou. Nós temos que trabalhar o que hoje o Corpo de Bombeiros faz muito bem, que é a prevenção. As equipes que visitam os prédios mais antigos, as equipes que orientam os síndicos e condôminos sobre a necessidade e a importância da prevenção, do treinamento das brigadas internas, esse trabalho tem que ser ampliado. Ele é muito mais barato e muito mais gratificante do que infelizmente depois as cenas de uma tragédia, de um prédio em chamas, e as famílias desesperadas.
Eu repito: nós precisamos que o Brasil valorize mais a vida do que os velórios. E isso passa pelo trabalho de vocês, não só prontos para combater e agir nas tragédias, mas prontos para oferecer à sociedade sempre uma voz preventiva e uma voz de conhecimento e de crescimento.
(Soa a campainha.)
O SR. CARLOS VIANA (PSD - MG) - Por isso eu estou muito feliz de estar aqui nesta homenagem.
E aqui no Senado, as mulheres estão dando um show, viu? Porque quando nós pensamos na homenagem, a Senadora já havia protocolado. Está tudo bem, não há problema, vamos marcar o dia e estaremos lá juntos, para que a homenagem possa ser feita.
Meu muito obrigado a todos, meus parabéns a cada um, a cada uma, e o meu desejo de que nós possamos, no exemplo de vocês, trabalhar neste Senado para que a República brasileira possa ser uma República de vida, e não uma República que lamenta suas tragédias.
Muito obrigado! (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Soraya Thronicke. Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSL - MS) - Concedo a palavra ao Senador Marcos do Val.
O SR. MARCOS DO VAL (Bloco Parlamentar Senado Independente/PPS - ES. Para discursar.) - Bom, primeiro quero agradecer aqui a oportunidade, pela Senadora ter dado esse start em homenagem a vocês, e também dizer que nós fizemos um requerimento para vocês também receberem um voto de louvor em nome do Senado Federal. Vai chegar até as instituições de vocês.
Eu já acompanho há muito tempo esse trabalho, há mais de vinte anos convivendo com a área da segurança pública e vendo as dificuldades que vocês têm no dia a dia. Infelizmente a grande maioria da sociedade só acaba conhecendo e entendendo o trabalho de vocês depois das tragédias. É importante saber das dificuldades por que vocês passam no dia a dia, a dificuldade da carreira, a dificuldade de salário, de reconhecimento, do esforço fora do normal para poder exercer essa profissão, da pressão da família, principalmente em situações como essa, porque a família teme que vocês também percam a vida. E vocês estão dando sempre a vida de vocês em prol de pessoas que vocês nem conhecem.
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Em todos os casos, em todas as tragédias, enquanto a sociedade foge para um lado, vocês seguem o caminho oposto, seguem um caminho que não é natural do ser humano. O caminho natural do ser humano é fugir do risco de morte e vocês vão ao enfrentamento dessa possibilidade de perder a vida por outras pessoas.
As cenas que nós vimos, que geraram e circularam em todas as redes sociais, foram cenas muito chocantes de vocês, do esforço de vocês, passando do limite. Muitos estão aí até com problemas de saúde por conta disso, acabaram absorvendo alguns prejuízos no próprio corpo por conta dos materiais que estavam lá, e não mediram esforços.
Sei de situações em que pessoas, bombeiros, acabaram pegando só partes de corpos, algumas pernas - desculpa falar isso, em respeito até a família eu peço desculpas -, mas que não sabiam se dez pernas significavam cinco pessoas ou se eram dez pessoas. São cenas chocantes. Com certeza, nenhum brasileiro vivenciou isso e vocês vivenciaram, trazendo sempre um mínimo de conforto para as famílias poderem, então, enterrar os seus entes queridos. São cenas que a grande maioria dos brasileiros não faz ideia. É por isso que a gente está aqui.
Quero agradecer à Senadora por essa inciativa. Fiz questão, sinto-me honrado de estar aqui homenageando vocês. Quero dizer que o Senado, hoje, é um Senado renovado. Nós vamos, como eles disseram, brigar por vocês.
A sociedade precisa entender que até a reforma da previdência tem as suas particularidades. Vocês têm o risco da própria vida. Precisam entender que é um trabalho diferenciado, então, precisa ser uma reforma diferenciada para vocês. A gente precisa tornar isso público. As pessoas precisam ter esse conhecimento para que não caia sobre vocês a responsabilidade de que são vocês que estão trazendo prejuízo para previdência.
Então, nós vamos estar aqui brigando por vocês. É o mínimo que nós podemos fazer, para que a família de vocês também se sinta amparada, caso ocorra qualquer incidente, ou vocês finalizem esse trabalho heroico.
Contem comigo, contem com a Senadora, com o Senador, com o Senado Federal renovado para que a gente possa, então, mudar o curso dessa história. Espero que vocês não vivenciem mais situações como essa, porque são falhas, e as pessoas responsáveis por essa negligência, de tornar certos locais mais seguros por conta de valores, por conta de lucros, acabam colocando vocês em situações com a possibilidade de perder a própria vida.
Serei um defensor de vocês em todos os momentos, principalmente nessa luta da reforma da previdência, porque vocês merecem um tratamento especial.
Muito obrigado! (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Soraya Thronicke. Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSL - MS) - Muito obrigada, Senador Marcos do Val.
Concedo a palavra, agora, à nossa ilustre convidada, Deputada Carla Zambelli.
A SRA. CARLA ZAMBELLI - Bom dia a todos!
É uma alegria estar aqui, apesar de não ser muito usual uma Deputada Federal participar das sessões do Senado, mas eu não podia deixar de vir pela admiração que eu tenho por vocês.
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Na pessoa da Soraya Thronicke, que é uma amiga minha, eu agradeço os Senadores Carlos Viana, Marcos Durval, que são meus amigos também e por quem tenho muito respeito.
Eu gostaria de agradecer, em nome da Tenente Coronel Keydna Alves Lima Carneiro - você representa muito bem a Força Nacional -, a Força Nacional, e em nome do Comandante da equipe do Distrito Federal de busca e salvamento em Brumadinho, Tenente-Coronel Giancarlo Borges Pedroso. Agradeço a todos vocês bombeiros, desde os praças até os comandantes.
Depois da fala dos três, não sobrou muita coisa para mim. Mas tem um pessoal da minha equipe, a quem quero agradecer, a minha equipe do meu gabinete, que compareceu a Brumadinho, no nome da Dra. Maria Rita Berná Guerra, que é advogada que trabalha comigo em São Paulo. Eu gostaria de agradecer a minha equipe que esteve lá, se voluntariando para ajudar em Brumadinho. Nessa visita, ela contraiu zica e leptospirose - isso porque ela não entrou em nenhum lugar de risco. Então, eu fico imaginando os senhores. Quantos problemas de saúde talvez vocês possam ter, não só ali em Brumadinho, mas no risco de vida que vocês correm todos os dias.
Aí eu me recordo da minha infância. Eu sempre olhava para os bombeiros, para os médicos e para os policiais de uma forma diferente. Era como se vocês fossem super-heróis. Eu tinha aquela coisa, aquela vontade de ser policial, ou bombeira ou médica. Infelizmente, não consegui cumprir essa minha vontade, mas hoje estou aqui num lugar onde eu acho que a gente pode ajudá-los.
A nossa missão é ajudar vocês a cumprirem o que vocês precisam cumprir, a missão de vida que vocês precisam cumprir, como a Senadora Soraya disse, com amor. A gente agradece vocês por, como o Senador Carlos Viana disse, valorizarem a vida e na prevenção de acidentes. Eu achei muito interessante ele ter dito isso porque é nosso papel prevenir, é nosso papel tentar salvar a vida de vocês antes que ocorram as tragédias.
Também como o Senador Marcos Do Val disse, que é meu grande amigo, há muitos anos, a reforma da previdência para vocês tem que ser especial, porque a vida de vocês é especial, a forma de vocês viverem a vida de vocês para salvar a nossa vida é especial. Então, vocês têm aqui uma defensora, desde o primeiro dia. Quando chegou a reforma da previdência, eu apoiei a diferenciação que foi feita porque é necessário tratar os diferentes de forma diferente e os iguais de forma igual. Então, vocês podem contar comigo em relação a isso.
Aqueles que dizem o contrário são pessoas que não entendem, não valorizam o quanto é especial a vida de vocês, de vocês bombeiros, militares, da Força Nacional, as polícias. Pessoas que dão a vida, a própria vida, para salvar a dos demais são especiais e devem ser tratadas dessa maneira.
É muito interessante porque o Senador Marcos Do Val disse vai aprovar uma moção de louvor aqui e ontem foi aprovada uma moção de louvor na Câmara para vocês. Aí eu gostaria também... (Risos.)
As mulheres estão correndo, não é? Eu subscrevi esta peça. Eu tinha feito também, junto com essa moção de louvor para vocês, e foi feito em conjunto com vários Deputados, uma moção de louvor também para os 137 israelenses que vieram nos ajudar, porque eu também considero que eles vieram colocar a vida em risco por além, por pessoas que não são da sua própria pátria.
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Vocês são patriotas, servem ao Brasil e agora também, em Moçambique, teremos a honra de sermos representados por vocês, mas israelenses virem até aqui também eu acho que é uma grande honra, apesar de não ter sido aprovado ontem na Câmara infelizmente por pessoas que acham que, quando o Estado de Israel é citado, em qualquer coisa que seja, a gente não deva fazer nenhum tipo de agradecimento a esse Estado de Israel por uma questão de preconceito. Então, eu gostaria de aproveitar este momento que V. Exa. me concedeu, Senadora, para poder agradecer ao povo de Israel que veio também nos ajudar, porque, afinal de contas, somos todos seres humanos.
Essa polarização que existe no Brasil e esse preconceito que existe com os militares, com os bombeiros, com os cristãos, com o povo de Israel e com outras pátrias não devem existir mais. E quem diria que o nosso Presidente Jair Bolsonaro, que foi tão criticado, seria a pessoa que vai tentar despolarizar e vai governar para todos? E é muito importante que a gente apoie o nosso Governo, que teve a consideração de tratar os diferentes de forma diferente. É muito importante que a gente veja essa diferenciação que se está fazendo e apoiar as pessoas que estão dando a cara para poder defender essas diferenças e essa forma tão especial com que vocês devem ser tratados e como vocês nos tratam.
Então, Senadora Soraya, parabéns. Meus parabéns. Seu discurso foi lindo, me fez chorar duas vezes. O Senador Carlos Viana quase me matou do coração, mas, às vezes, Deus tem uma vontade: às vezes, Deus leva os anjos mais cedo para que o céu fique mais bonito. Mas a gente deve, com certeza, valorizar a vida ao invés dos velórios, e pode contar comigo na legislação disso na Câmara.
Muito obrigada aos senhores. Muito obrigada, com muito amor e de coração.
Por favor, não percam esse patriotismo, não percam a esperança no povo brasileiro, não percam a esperança em Deus e no ser humano, porque nós estamos aqui e há pessoas, sim, que vão defender cada um dos senhores.
Muito obrigada. (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Soraya Thronicke. Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSL - MS) - Muito obrigada, Deputada Carla Zambelli. Também está todo mundo emocionado, não é?
Concedo a palavra neste momento ao Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, Sr. Cel. Joilson Alves do Amaral.
O SR. JOILSON ALVES DO AMARAL - Bom dia a todos.
É uma grata satisfação participar desta homenagem e ouvir do Parlamento do nosso País essas considerações com relação à nossa profissão. Não me espanta a garra e a determinação dos bombeiros de Minas Gerais, porque isso é uma essência da nossa profissão. Todos os bombeiros do Brasil são treinados para entregar a sua vida em bem para a comunidade. A essência da nossa profissão é ajudar o próximo. Quem não se enquadra nesse perfil não é feliz na profissão, não consegue ser feliz na profissão.
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Então, eu fico muito satisfeito com o reconhecimento do Parlamento com relação à nossa atividade, ao nosso dia a dia, que não é fácil. A profissão de bombeiro, o nosso dia a dia é bastante desgastante. Nossos equipamentos são caros e isso gera uma dificuldade para os Estados manterem o serviço dentro do nível necessário para a gente atuar.
E esta é uma luta constante: o financiamento dos Corpos de Bombeiros para a gente estar preparado tanto tecnicamente - é um desafio dos comandantes preparar a sua tropa, para manter tecnicamente preparada -, como também com equipamentos para a gente poder atender as diversas ocorrências que há no dia a dia.
Eu vejo que o Parlamento, preocupado com isso, pode nos ajudar, pode ajudar os Estados com recursos, com apoio, com a legislação necessária para a gente fortalecer as corporações e, cada vez mais, prestar um serviço de excelência para a nossa população. Está provado que os Corpos de Bombeiros do Brasil - não só o de Minas Gerais, mas todos aqueles que apoiaram, inclusive o Corpo de Bombeiros do nosso Estado -, Senadora, se colocaram à disposição para auxiliar lá nos trabalhos. No momento necessário, a gente poderia ter feito um deslocamento das guarnições dos bombeiros do nosso Estado.
Chegou a ponto, agora no final, da necessidade de cães farejadores, no que nós ainda precisamos avançar no nosso Estado. Nós temos cães farejadores para encontrar pessoas vivas. Nós estamos certificados - inclusive eu até agradeço ao Comandante-Geral de Santa Catarina, que é referência nesse serviço e que fez a certificação dos nossos cães. Agora, nós precisamos avançar para as pessoas vítimas, em óbito. Por isso, a gente não pôde ajudar nesses trabalhos finais aí.
Mas, para finalizar, eu queria só, mais uma vez, agradecer as palavras de todos os Srs. Senadores e dizer que podem contar com o Corpo de Bombeiros Militar do Brasil. No Corpo de Bombeiros Militar, na sua essência, esses homens e essas mulheres que estão aqui, do mais moderno ao mais antigo, todos têm, no seu íntimo, a essência, que é de ajudar o próximo. E disso a gente não abre mão. Os comandantes-gerais não abrem mão de cobrar isso da nossa tropa.
Muito obrigado.
A SRA. PRESIDENTE (Soraya Thronicke. Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSL - MS) - Contamos agora com a presença do Senador Paulo Paim. E, antes de iniciarmos as homenagens, Senador, concedo-lhe a palavra.
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O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS. Para discursar.) - Primeiro, cumprimento a Mesa. Quero cumprimentar, embora ele já tenha saído, o Senador Anastasia; com muito carinho e respeito, a requerente da presente sessão de homenagem, a Senadora Soraya Thronicke - a pronúncia eu vou acertando, ela está lá na minha Comissão de Direitos Humanos; o Sr. Senador Carlos Viana, parceiro aqui também do bom debate, como eu digo sempre; o Sr. Senador Marcos do Val, também parceiro de todas as horas; a Sra. Deputada Federal Carla Zambelli, que tem uma história bonita também de defesa de todos; o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais - no longo da minha fala, eu frisarei a importância do trabalho dos senhores, enfim, aqui eu deixo claro o que eu penso, a questão dos nossos queridos bombeiros e bombeiras; o Sr. Cel. Edgard Estevo da Silva, meus sinceros cumprimentos também; e o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, Sr. Cel. Joilson Alves do Amaral.
Eu confesso que eu vim meio correndo, já que essa Casa é muito dinâmica, inclusive na sexta-feira. Eu estava presidindo a Comissão de Direitos Humanos, que recebia o cacique Raoni e líderes dos povos indígenas de todo o País, mas deu para atendê-los. Acompanhei, encaminhei as principais reivindicações e vim quase correndo para cá, porque eu queria muito estar aqui.
Eu já fiz uma saudação a vocês - os que estavam nas galerias assistiram - na primeira parte da sessão, mas, agora, eu confesso que é tão importante a presença de vocês aqui que eu coloquei no papel aquilo que eu entendo que é um gesto simples, mas de recolhimento, de reconhecimento profundo do trabalho de todos os senhores em todo o País.
Mas, primeiro, eu diria aqui de improviso: pegou fogo na floresta, está chegando às casas, chama quem? Chama os bombeiros. Um menino, uma criança caiu aqui e ali, que é que passa na cabeça? Chama os bombeiros. Houve um acidente, carros bateram, pegou fogo? Chama os bombeiros. Enfim, toda vez em que há um problema mais próximo a nós, eu entendo que os bombeiros estão próximos ao nosso povo e a toda a nossa gente. Houve um problema na natureza? Chama os bombeiros. Enfim, a palavra que vem ao natural na boca da população: "Chama os bombeiros! Chama os bombeiros!". E é assim que eu vou fazer a minha homenagem a vocês, com esse carinho que o povo brasileiro tem a vocês. Eu disse antes aqui e repito: se pudesse a Casa fazer uma votação de Heróis da Pátria aos bombeiros, eu assinaria esse documento e ajudaria a votar.
Enfim, o que é que ser herói? O que é heroísmo? O que são os heróis? Refletindo, eles estão aqui na nossa mente, estão em cada um de nós, no imaginário das nossas consciências e estão, principalmente, nos atos concretos que o Brasil viu vocês fazendo. Eu disse: chamamos delegações de outros países, eles vieram. Mas vocês, diplomaticamente, disseram: "Sejam bem-vindos, mas nós aqui faremos também a nossa parte". Eles, vendo o trabalho brilhante dos bombeiros brasileiros, ficaram aqui, deram sua contribuição e voltaram. Eu disse antes e repito aqui: vieram voluntários - eu sei, porque acompanhei - de todos os Estados. Vocês disseram: "Olha, não é quantidade. A situação é grave. Sejam bem-vindos! Cada um faça a sua parte".
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Se eu pudesse, minha querida Presidente desta sessão, a primeira coisa que eu faria neste momento seria dizer: "Vamos fazer um movimento para assegurar aos bombeiros a figura de Herói da Pátria". Se assim o Plenário entender, acho que faríamos uma votação simbólica. Quem concorda bate palmas. (Palmas.)
Viu? Consegui, consegui! Já fiz uma votação aqui.
Enfim, os heróis são feitos de alma, de coragem e de superação, o que vocês mostraram com muita consciência e firmeza. São movidos pelo maior de todos os sentimentos que o universo nos legou: o amor, a simplicidade e a coragem. Mas o que é esse amor? Não há definições para o amor. É apenas o amor ao próximo.
Há o amor dos poetas, dos loucos, dos inquietos, das vozes nas ruas, o amor do pai, da mãe, dos filhos, do homem, da mulher, de tantos que sofreram. E vocês estavam lá para buscar os corpos para as famílias tão sofridas. Vocês estavam lá buscando ainda alguns, se fosse possível, com vida, para chegarem às suas casas.
Ah, sim, vocês são heróis! Há heróis que, sob a pele, incorporam outras peles, outras células, outros tecidos, mas vocês incorporaram a pele da lama - enfim, a pele da lama! Mas vocês triunfaram, porque vocês salvaram vidas, recuperaram corpos tão chorados pelos familiares.
Mas percebam bem: essa mesma lama, em segundos do passado, destruiu, afogou matou, fez com que mil lágrimas caíssem, fez com que as horas parassem. Mas vocês estavam lá! Vocês tinham o direito também natural, pela emoção, como no momento que eu demonstrei antes aqui, de chorar, e o Brasil estava chorando com vocês.
Os homens são culpados pelas tragédias. A de Brumadinho assim com a de Mariana poderiam ser evitadas. O que falta nas consciências coletivas, no eu singular dos que detêm o poder? Onde está o verbo amar, que outrora fez desta terra Brasil a esperança, o esperançar, que construiu as morosidades nas encruzilhadas que a história nos ensinou?
Busquemos todos nós o amor dos heróis - vocês são heróis! -, o amor dos heróis bombeiros, homens e mulheres que, arduamente, no dia a dia, buscam a luz, a prevenção, os salvamentos, o combate aos incêndios, os primeiros socorros, os socorros públicos, que buscam o horizonte para quê? Para garantir a felicidade de outros. Mas eu sempre digo: "Quem faz o bem sem olhar a quem está conquistando também a sua felicidade". Ah, que alegria! Como eu gostaria de um dia poder dizer: "Eu fiz um gesto que espraiou a felicidade, conquistando também a própria felicidade".
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Eles, os bombeiros, talvez sejam a profissão mais importante não só do Brasil, mas do mundo. Vivam os bombeiros do Brasil e do mundo! Salve, salve, salve! Que a gente sempre possa bater palmas pela atuação de vocês não só em Brumadinho, mas ao longo de todo dia das suas vidas.
Eu queria, antes de encerrar, dizer: eu sou aqui um dos combatentes da boa reforma da previdência. Vejam bem. Eu sei que todos os Senadores têm a mesma visão. Nós queremos uma boa reforma da previdência. Mas podem crer, eu tenho clareza, que as forças da segurança - a própria Polícia Militar, a Polícia Civil, as Forças Armadas e, permitam que eu diga, os bombeiros - são, sim, uma categoria diferenciada e têm que ter um tratamento especial. Assim nós salvaremos.
Vida longa aos heróis, os nossos bombeiros e bombeiras!
Um abraço a todos vocês! (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Soraya Thronicke. Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSL - MS) - Obrigada, Senador Paulo Paim.
Neste momento, antes de entregarmos as honrarias, concedo a palavra ao Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, Sr. Coronel Edgard Estevo da Silva.
O SR. EDGARD ESTEVO DA SILVA - Exma. Presidente e requerente da presente sessão de homenagem, Sra. Senadora Soraya Thronicke, a quem agradeço pela homenagem e reconhecimento ao trabalho de todos os bombeiros militares do Brasil; Exmo. Sr. Senador Carlos Viana, sempre um amigo e apoiador do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais; Exmo. Sr. Senador Marcos do Val; Exmo. Sr. Senador Paulo Paim, obrigado pelas palavras; Exma. Sra. Deputada Federal Carla Zambelli; Exmo. Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, meu amigo Cel. Joilson Alves do Amaral, em nome de quem cumprimento todos os comandantes dos Corpos de Bombeiros Militares presentes, fraternos soldados da vida, bom dia!
Em 25 de janeiro de 2019, o rompimento da barragem do Córrego do Feijão em Brumadinho, o maior desastre ambiental com impacto humano, manchou o Brasil, levando enorme sofrimento a mais de 300 famílias. Iniciou-se uma verdadeira batalha em que homens e mulheres do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e todos os órgãos de segurança pública do Estado empenharam todo o seu vigor físico, força psicológica e capacitação técnica para salvar vidas e realizar a maior operação de busca do Brasil.
É fundamental reconhecer o trabalho integrado dos órgãos de resposta: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, Polícia Militar, Polícia Civil e Defesa Civil. Essa forma eficiente de trabalho passa a ser referência de integração em todo o Brasil.
Agradeço ao Comandante da Polícia Militar, Cel. Giovanne Gomes da Silva, ao chefe da Polícia Civil, Dr. Wagner, e ao Coordenador Estadual de Defesa Civil, Cel. Borges, pelo profissionalismo e entendimento de que, naquele momento, a liderança das ações de busca seria do Corpo de Bombeiros Militar.
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Agradeço ao Governador Romeu Zema, ao Vice-Governador Paulo Brant, ao Secretário de Segurança Pública, Gen. Mario Araujo, pelo apoio e confiança total em nosso CBMMG.
Nossa gratidão aos órgãos federais, Forças Armadas, Secretaria Nacional de Defesa Civil, na pessoa do Cel. Alexandre Lucas Alves, Exército de Israel, na pessoa do Cel. Golan.
A maior justiça neste momento é agradecer e prestar minhas homenagens a todos os Corpos de Bombeiros Militares do Brasil. Desde o primeiro momento, recebi a solidariedade e apoio irrestrito de todos os senhores.
Srs. Comandantes, afianço que as tropas dos senhores foram e estão sendo fundamentais para trazer algum alívio a muitos familiares que tiveram seus corações devastados pela perda dos entes queridos. São esses mesmos soldados da vida que garantem de forma competente a proteção pública à sociedade brasileira, com o atendimento de milhões de ocorrências todos os anos, ocorrências de salvamento, ocorrências de combate a incêndio e principalmente um efetivo serviço de prevenção em todo o Brasil, evitando diariamente novos desastres.
Sras. e Srs. Senadores, senhoras e senhores em todo o Brasil, estes bombeiros militares aqui presentes são certamente representantes de um grande grupo, devotado e dedicado no mais elevado nível dessas palavras, pois oferecem a sua vida para salvar o próximo. As imagens de Brumadinho retratam isso de maneira inolvidável. A busca incessante de todos eles, mesmo que rastejando no verdadeiro vale da sombra da morte, com valor, sem temor, será exemplo para todo o Brasil de dedicação extremada! Continuaremos todos os dias de forma incansável, pois o que move o bombeiro militar é o desejo de ser útil ao próximo. Apesar dos riscos, das adversidades, a oportunidade de exercer esse sacerdócio é uma dádiva pela qual só nos cabe agradecer a Deus.
Por fim, peço a todos os bombeiros militares que fiquem de pé e que, em respeito a todas as vítimas que não puderam se defender da absolutamente violenta e imperdoável lama de rejeitos e tiveram seus sonhos, alegrias, amores e esperanças interrompidos para sempre, prestemos nossa continência fraterna e solidária. (Pausa.)
Seguiremos firmes e incansáveis!
Salvar!
(Manifestação da galeria.)
O SR. EDGARD ESTEVO DA SILVA - Salvar!
(Manifestação da galeria.) (Palmas.)
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A SRA. PRESIDENTE (Soraya Thronicke. Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSL - MS) - Passaremos agora à entrega das menções honrosas aos corpos de bombeiros dos Estados aqui representados.
Eu vou conceder a honra ao conterrâneo, nosso Senador Carlos Viana, para fazer a entrega da menção honrosa ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais.
Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, Sr. Coronel Edgar Estevo da Silva.
(Procede-se à entrega da menção honrosa ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais.) (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Soraya Thronicke. Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSL - MS) - Quero conceder a honra de entregar, ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, a você, Marcos - a honra de entregar para o meu Estado - ao Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, Sr. Cel. Joilson Alves do Amaral.
(Procede-se à entrega da menção honrosa ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso do Sul.) (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Soraya Thronicke. Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSL - MS) - Quero conceder a honra ao Senador Paulo Paim para entregar a menção honrosa ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Santa Catarina aqui presente.
(Procede-se à entrega da menção honrosa ao Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.) (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Soraya Thronicke. Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSL - MS) - Quero conceder a honra à Deputada Carla Zambelli para que faça a entrega da menção honrosa ao Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.
(Procede-se à entrega da menção honrosa ao Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.) (Palmas.)
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O SR. CARLOS VIANA (PSD - MG) - Como é praxe nossa, pelo Regimento Interno, quem comanda não pode se anunciar, então, assumo aqui, com satisfação, o anúncio de que, para homenagear o Corpo de Bombeiros Militar do Estado da Bahia, a homenagem será entregue pela Senadora Soraya Thronicke, do Mato Grosso do Sul.
(Procede-se à entrega da menção honrosa ao Corpo de Bombeiros Militar da Bahia.) (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Soraya Thronicke. Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSL - MS) - Obrigada, Senador.
Para fazer a entrega da menção honrosa ao Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo, eu concedo a honra ao nosso Senador Marcos do Val, da sua terra.
(Procede-se à entrega da menção honrosa ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo.) (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Soraya Thronicke. Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSL - MS) - Concedo a honra, para entregar a menção honrosa ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, ao Senador Carlos Viana.
(Procede-se à entrega da menção honrosa ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás.) (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Soraya Thronicke. Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSL - MS) - E para as demais corporações dos demais Estados da Federação, nós iremos enviar, porque todos vocês, todos os bombeiros brasileiros merecem, sim, homenagem e gratidão todos os dias.
Muito obrigada pela participação de vocês.
Nós continuaremos ligados em vocês, porque não há como a gente não lembrar todos os dias dessa tragédia e do trabalho de vocês todos.
Muito obrigada, muito obrigada.
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Antes de finalizarmos, eu ia trocar a continência que vocês dedicaram às vítimas, mas - antes de encerrar - nós vamos fazer um minuto de silêncio para todas as vítimas de Brumadinho. (Pausa.)
(Faz-se um minuto de silêncio.)
A SRA. PRESIDENTE (Soraya Thronicke. Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSL - MS) - Cumprida a finalidade desta sessão, agradeço às personalidades, a todos vocês, absolutamente todos que honraram com o seu comparecimento a esta homenagem aos Corpos de Bombeiros.
Muito obrigada. (Palmas.)
(Levanta-se a sessão às 12 horas e 46 minutos.)