1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
56ª LEGISLATURA
Em 12 de agosto de 2019
(segunda-feira)
Às 16 horas
133ª SESSÃO
(Sessão Especial)

Oradores
Horário

Texto com revisão

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O SR. PRESIDENTE (Davi Alcolumbre. Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - AP) - Boa tarde a todos e todas. Gostaria de agradecer e de cumprimentar pela presença todas as autoridades, convidados, familiares, que estão hoje prestigiando esta grande sessão, marcante na história desta Casa e do nosso País, que é uma sessão especial para homenagear esse grande brasileiro, grande homem, que orgulha a todos nós, o Gen. Eduardo Dias da Costa Villas Bôas.
Declaro aberta a presente sessão.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Esta sessão especial é destinada a homenagear, como eu disse, esse brasileiro, o Gen. Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, nos termos do Requerimento proposto pelo Senador Chico Rodrigues e outros Senadores, de número 594, de 2019, apreciado pelo Plenário do Senado Federal e aprovado o Gen. Villas Bôas pela unanimidade dos Senadores.
Gostaria de agradecer, cumprimentar pela presença e por dividirem comigo o assento na Mesa Diretora do Senado Federal o Exmo. Sr. Vice-Presidente da República Federativa do Brasil, o Gen. Hamilton Mourão; a Exma. Sra. Procuradora-Geral da República, Dra. Raquel Dodge.
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Gostaria de agradecer a presença, na Mesa Diretora dos trabalhos, do autor desta proposição, subscrita por outros Senadores, o Senador Chico Rodrigues.
Agradecer a presença na Mesa, nesta sessão especial, do Comandante do Exército Brasileiro, Gen. Edson Leal Pujol.
Agradecer a presença deste homem que é uma fonte de inspiração para todos nós, pela sua coragem, pela sua determinação e pela sua resistência.
Muito obrigado, Gen. Villas Bôas.
Gostaria de convidar a todos para, em posição de respeito, acompanharmos a execução do Hino Nacional do Brasil e do Hino do Exército, executados pela Banda do Regimento de Cavalaria de Guardas do Exército Brasileiro.
(Procede-se à execução do Hino Nacional)
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(Procede-se à execução do Hino do Exército.)
(Procede-se à execução musical.)
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O SR. PRESIDENTE (Davi Alcolumbre. Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - AP) - Gostaria, novamente, de cumprimentar e agradecer a presença de todos e de fazer alguns registros importantes nesta sessão especial em homenagem a esse grande brasileiro, que é uma fonte de inspiração para todos nós.
Queria agradecer a presença dos Senadores, das Senadores, da Senadora Soraya, do Senador Fernando Bezerra, do Senador e Líder Major Olímpio, do Senador e Líder Roberto Rocha, do Senador Elmano Férrer e, naturalmente, em nome do Senador Chico Rodrigues, que compõe a Mesa, queria cumprimentar e agradecer a presença de todos os Senadores e Sanadoras que prestigiam esta grande sessão solene, inesquecível para esta Casa.
Ao mesmo tempo, quero cumprimentar as Deputadas e os Deputados. Vejo aqui a Deputada Carla. Em nome do Major Vitor Hugo, Líder do Governo na Câmara dos Deputados, quero abraçar a Câmara dos Deputados e agradecer a presença de V. Exas. aqui, assim como a de todos os convidados que nos brindam com as suas presenças.
Quero cumprimentar a imprensa aqui presente, em nome do Dr. Alexandre Garcia. Muito obrigado pela sua presença. Em seu nome, quero estender o cumprimento a toda a imprensa e a todos os veículos de comunicação que prestigiam esta sessão.
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Gostaria de agradecer a presença do Ministro de Estado das Relações Exteriores, o nosso Chanceler Ministro Ernesto Araújo - seja bem-vindo -; agradecer também a presença do Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Dr. Jorge Antonio de Oliveira Francisco - seja bem-vindo, Ministro -; agradecer a presença do Ministro do STJ e ex-Presidente do STJ, que nos prestigia participando desta sessão em nome do Superior Tribunal de Justiça, Ministro Francisco Falcão.
Gostaria de agradecer a presença dos Ministros do Superior Tribunal Militar: Ministro General de Exército Luis Carlos Gomes Mattos; Ministro Marco Antônio de Farias; Ministro Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Vuyk de Aquino; Ministro também do Superior Tribunal Militar, Tenente-Brigadeiro do Ar Francisco Joseli Parente Camelo.
Gostaria de agradecer ao Secretário Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Sr. General de Exército Guilherme Theophilo Gaspar de Oliveira; ao Vice-Chefe de Assuntos Estratégicos do Ministério da Defesa, Major-Brigadeiro do Ar Carlos Minelli de Sá; representando o Tribunal Superior do Trabalho, ao ex-Presidente, eterno Presidente, Ministro Ives Gandra da Silva Martins; representando a Ministra de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a sua Secretária-Executiva Adjunta, a Sra. Viviane Petinelli; ao General de Divisão Poty; Subchefe de Operações de Paz do Ministério da Defesa, General Rolemberg Ferreira; General de Divisão Madeira; General de Divisão Marco Aurélio; General de Divisão Peixoto; General de Divisão Ronald; General de Divisão Sodré; General de Divisão Terra Amaral; General de Divisão Kümmel; General de Brigada Cid; General de Brigada Jorge Roberto Lopes Fossi; General de Brigada Peret; General de Brigada Luiz Eduardo Rocha Paiva.
Também agradeço aos presentes: Diretor-Adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Sr. Frank Márcio de Oliveira; representando o Governador do Distrito Federal, o Vice-Governador Paco Britto; representando o Comandante da Marinha, o Comandante do 7º Distrito Naval, Vice-Almirante Wladmilson Borges de Aguiar; Desembargador do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, Sr. Jackson Domenico; representando o Ministro de Estado de Cidadania, o Assessor Especial de Desenvolvimento Social, Adeildo Nogueira da Silva.
Gostaria de cumprimentar os familiares do homenageado: a Sra. Adriana Haas Villas Bôas; a Sra. Maria Aparecida Villas Bôas - é uma satisfação enorme ter a senhora conosco aqui neste dia de festa. Quero agradecer à Geni Villas Bôas, que é cunhada; ao Hugo Villas Bôas, que é irmão do nosso homenageado; à Mita Villas Bôas, cunhada; e à Sra. Maria Regina Villas Bôas, também cunhada.
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Gostaria de agradecer ao Regente da Banda do Regimento de Cavalaria de Guardas do Exército Brasileiro, Cap. Almeida.
Gostaria de, rapidamente, fazer um pequeno pronunciamento, mas muito importante para todos nós. Novamente, Gen. Villas Bôas, quero agradecer a oportunidade dada pelo Senador Chico Rodrigues e outros Senadores de estarmos aqui hoje com a sua presença nesta sessão.
Esta homenagem não é apenas a um general que orgulha o Exército e cuja lucidez o Brasil, todos nós respeitamos e admiramos. Também não é apenas uma sessão de homenagem a um homem que serve de exemplo a centenas de milhares de pessoas ao lidar com a severidade uma doença degenerativa, progressiva e incapacitante, mantendo-se digno e altivo. Esta homenagem ao Gen. Villas Bôas, proposta pelo Senador Chico Rodrigues e outros Senadores, é uma oportunidade que nós, Senadores e Senadoras, temos para reconhecer esse grande brasileiro que é V. Exa., esse ser humano abnegado, esse militar que tanto tem feito pelo nosso País e pelos brasileiros.
Que nação, em que tempo, em que circunstâncias, não precisa, em algum momento, de um líder? De uma pessoa abnegada, altruísta, capaz de empatia?
Vejam, Sras. e Srs. Senadores, e todos aqui presentes, que me refiro à empatia não apenas com os iguais, afinal é fácil que nos identifiquemos com os iguais, mas me refiro, especialmente, à empatia com os diferentes. Apenas uma pessoa que se coloca acima dos interesses pessoais e mesquinhos se põe realmente a serviço da coletividade. E, quando digo coletividade, refiro-me à Nação como um todo, pois o nosso homenageado é uma pessoa que, nos seus mais de 50 anos dedicados a serviço do Brasil, tem dado, todos os dias, provas de amor à nossa coletividade.
Maiorias ou minorias são constituídas e também desconfiguradas, conforme a conjuntura econômica; mas a coletividade é a Nação brasileira e é a ela, como um todo, a quem nós, os Senadores e Senadoras, servimos. É à coletividade que deve atender o Poder Executivo com todos os serviços. E é à coletividade brasileira que as Forças Armadas atendem.
Sei que meus colegas aqui, com certeza, exaltarão as qualidades do militar Eduardo Dias da Costa Villas Bôas e bem farão ao trazer ao Plenário essa trajetória. Mas eu, por minha parte, quero exaltar essa condição de líder que vem sendo sempre exercida pelo nosso homenageado de hoje.
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Ao contrário do que se imagina a respeito da impetuosidade de um herói, aquilo que mais se busca nos líderes não é o improviso nem os impulsos. Ao contrário, é a disciplina e o senso de ordem, estar a serviço de um bem maior. Ao relembrar o empenho do jovem militar, o que observamos em Villas Bôas desde o início é essa visão de respeito à disciplina, mas nunca uma submissão inconsistente, com a certeza de que, para atender os interesses da coletividade, uma pessoa precisa abdicar das paixões individuais.
Hoje nós o vemos debilitado em face da enfermidade que o acomete, mas é uma pessoa que nunca perdeu altivez e que, tendo entregue o lugar de Comandante do Exército Brasileiro ainda este ano, não abre mão de continuar a servir o nosso País, de um dos lugares mais altos que se pode ocupar, pronto a, quando solicitado, ofertar a sua experiência, o seu conhecimento, a sua devoção à causa democrática brasileira.
Além de tudo, trata-se de um grande conhecedor dos problemas da Região Norte, em função de sucessivas posições ocupadas lá: Comandante do 1º Batalhão de Infantaria de Selva, Chefe do Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia e Comandante Militar da Amazônia. Todos nós daquela região reconhecemos a importância da presença do Exército Brasileiro por lá, como vetor de segurança, de desenvolvimento e de assistência às populações.
Receba, pois, Gen. Villas Bôas, a nossa admiração e o nosso carinho pela sua condição de liderança, fundamental em todas as sociedades e especialmente valiosa para a Nação brasileira nesses dias atuais. E saiba, querido amigo, irmão, Gen. Villas Bôas, que, além de seu admirador, eu, Davi Alcolumbre, sou pessoalmente seu fã.
Tenha nesta homenagem o nosso carinho, a nossa admiração e o reconhecimento de milhões de brasileiros que confiam em V. Exa., que sabem o papel importantíssimo de V. Exa., que faz com que cada um de nós possamos nos sentir parte dessa trajetória.
Muito obrigado, VB, pela tua presença aqui. Que Deus te abençoe e te proteja! (Palmas.)
Gostaria de conceder a palavra ao primeiro subscritor desta bela homenagem e novamente cumprimentar V. Exa., Senador Chico Rodrigues, por dar ao Senado Federal essa oportunidade.
Senador Chico Rodrigues, com a palavra, como autor e primeiro subscritor desse requerimento.
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O SR. CHICO RODRIGUES (Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - RR. Para discursar.) - Exmo. Sr. Presidente do Senado da República, companheiro Davi Alcolumbre; Exmo. Sr. Vice-Presidente da República Federativa do Brasil, Exmo. Sr. Hamilton Mourão; Procuradora-Geral da República, Sra. Dra. Raquel Dodge; Comandante do Exército Brasileiro, General de Exército Edson Leal Pujol; homenageado e Assessor Especial do Gabinete de Segurança Institucional da Presidente da República, Sr. General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas; sua esposa, aqui presente, Maria Aparecida Haas Villas Bôas; seus filhos, Ticiana, Marcelo e Adriana Villas Bôas; Srs. Senadores e Senadoras; Srs. Deputados e Deputadas; demais autoridades; a todos os presentes; imprensa, na pessoa do conterrâneo Gerson Camarotti; Chanceler Ernesto Araújo; minhas senhoras e meus senhores, temos hoje a grande honra de prestar uma justíssima homenagem a um homem que tem a estatura de um herói. É assim, minhas senhoras e meus senhores, sem medo de cometer exagero, que vejo o homenageado nesta sessão especial, o General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas.
De fato, Sr. Presidente, não há como exagerar o papel moderador que, na qualidade de Comandante do Exército entre 2015 e 2019 - e já antes, desde que assumiu o Comando de Operações Terrestres -, o Gen. Villas Bôas exerceu um longo período especialmente turbulento da vida nacional. A democracia brasileira tem uma dívida eterna com este homem, cujos valores e princípios permaneceram, nos momentos mais tensos, como faróis que brilham através da neblina, ajudando-nos a encontrar orientação onde os pontos de referência pareciam faltar.
Villas Bôas tem dedicado toda sua vida ao País, no seio dessa instituição que representa alguns dos valores mais sólidos da Nação, o Exército Brasileiro. Sua opção pela carreira militar foi feita muito cedo, ainda na adolescência. Em 1967, então com 16 anos, ingressou na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, a nossa casa rosada, de onde seguiu, em 1970, para a Academia Militar das Agulhas Negras. Em 1973, foi declarado Aspirante a Oficial da Arma de Infantaria, iniciando a brilhante carreira, que, em 2011, foi coroada com a sua promoção ao posto máximo de General de Exército.
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Como oficial superior, Villas Bôas comandou o 1º Batalhão de Infantaria de Selva e foi Chefe da Assessoria Parlamentar do Exército. Já como oficial general, assumiu, entre outras funções, a Chefia do Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia e o Comando da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais. Após a sua ascensão ao posto mais alto da carreira, foi ainda Comandante Militar da Amazônia, antes de assumir, como já mencionei, o Comando de Operações Terrestres e posteriormente o Comando do Exército.
Ao longo dessa profícua carreira, os reconhecimentos foram muitos. Como Comandante Militar da Amazônia, foi agraciado com o título de Cidadão de Manaus. Recebeu ainda 14 condecorações nacionais, dentre as quais se destacam: a Ordem do Mérito Militar, a Ordem do Mérito Naval, a Ordem do Mérito Aeronáutico e a Medalha Militar de ouro com passador de platina.
Nos quatro anos em que esteve à frente do Exército como seu Comandante, o Gen. Villas Bôas teve amplas oportunidades para demonstrar suas qualidades e virtudes. Em 2016, um julgamento de impeachment da ex-Presidente coroou um processo de crise política que já se arrastava há alguns anos. Em 2017, o ano começou sangrento, com rebeliões em penitenciárias, greves policiais e desarranjo geral da segurança pública em diversos pontos do País. O Exército foi acionado no Rio Grande do Norte e no Espírito Santo; atuou decisivamente em meu Estado, o Estado de Roraima, para amenizar a crise humanitária na fronteira com a Venezuela; e, enfim, esteve à frente da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Como sempre, esses momentos de crise vieram acompanhados de apelos dos mais diversos às Forças Armadas para amparar a democracia em nosso País. O Exército foi posto à prova. Quando chamado, mostrou mais uma vez sua capacidade de atender às necessidades dos brasileiros. Instado, insuflado, mesmo por vozes nem sempre bem-intencionadas, a exercer um papel que extrapola sua vocação e sua função constitucional, soube manter sua dignidade sem, contudo, isentar-se de tomar posição, muitas vezes chamando com firmeza a atenção da opinião pública brasileira para a profunda crise ética que atravessamos, mas sempre confirmando sua missão institucional de guardião das instituições. Passou o Exército por essas provas - e isso com tanto mais tranquilidade, porque tinha à sua frente e como seu principal porta-voz um homem com a serenidade, o equilíbrio, a justeza, assim como a firmeza de caráter e de propósitos que bem caracterizam o Gen. Villas Bôas.
Por tudo isso, como já disse antes, temos um dever de gratidão com este homem, este grande homem que hoje nós homenageamos, legítimo representante da bela tradição de Caxias e Sampaio, exemplo de integridade e de equilíbrio.
Sr. Presidente, minhas senhoras e meus senhores, a vida militar ensina a austeridade e a disciplina; ensina também o respeito à autoridade legítima, o serviço à Nação e a prevalência do coletivo sobre o individual. Todas essas virtudes, que a vida militar instala nos que se dedicam a ela, brilham particularmente no exemplo do Gen. Vilas Bôas, qualidades que só desagradam aos sectários, aos extremistas contaminados por seus próprios delírios ideológicos, relegados por sua impotência à única possibilidade do esperneio histérico.
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Antes de concluir, Sr. Presidente, gostaria de citar o trecho final de um texto escrito pelo Gen. Villas Bôas por ocasião da comemoração do Dia do Soldado em 2015, alguns meses depois de ter assumido o Comando do Exército, texto que bem exemplifica a visão e a postura do General e que bem demonstra os princípios e valores que o orientam - aspas:
O Exército de Caxias, fiel ao que preceitua o art. 142 da Constituição Federal, é o instrumento capacitado, juntamente com a Marinha de Tamandaré e a Força Aérea de Eduardo Gomes, a garantir a normalidade do ambiente propício ao desenvolvimento, no qual a verdadeira democracia, despojada de adjetivos ou condicionantes, e a visão generosa dos homens e das mulheres de bem em torno da prevalência dos interesses nacionais criem o ambiente de oportunidades que induzirá à prosperidade que tanto perseguimos.
A ação do Exército foi, é e sempre será orientada para a defesa de nossa soberania e da sociedade a que servimos, pela manutenção da integridade territorial e garantia da estabilidade social, na senda da legitimidade que o respeito à legalidade conquista.
Em breve retorno aos feitos de Caxias, constatamos que o Exército Brasileiro mantém a sua missão constitucional como farol, fiel ao sagrado compromisso com a Pátria, sempre ao lado da sociedade e em perfeita harmonia com os valores que caracterizam desde sempre a instituição.
Fecho aspas.
Quero concluir, enfim, dirigindo a este grande homem, soldado exemplar, patriota acima de tudo, os sinceros agradecimentos que, acredito, toda a Nação brasileira desejaria endereçar-lhe por todos esses vastos anos de serviço em prol do Brasil. Ao Gen. Eduardo Villas Bôas, nossa eterna gratidão por seu trabalho e pelo seu belo exemplo de soldado. Muito obrigado por tudo. Que Deus continue iluminando e abençoando seu caminho.
Eram essas, Sr. Presidente, as minhas palavras, Presidente Jair... Presidente querido Davi Alcolumbre... E eu me referiria mesmo, quase que sou chamado pela presença que não foi possível, ao nosso querido Presidente Jair Bolsonaro, que gostaria muito de estar aqui também, porque é um amigo deste grande soldado, grande exemplo do Exército Brasileiro.
Eu gostaria de dizer, encerrando, que fico muito feliz hoje por ter proposto esta homenagem, Presidente Davi, Gen. Mourão, nosso querido Vice-Presidente, porque este exemplo ficará guardado por toda a história deste País. Este soldado, que, enfrentando muitas vezes noites de sono, muitas dificuldades para tentar manter a ordem e a harmonia neste País, deixa aqui hoje, no Plenário desta Casa, um registro que ficará nos Anais do Senado da República. Portanto, o Brasil o aplaude, Gen. Villas Bôas.
Um grande abraço. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Davi Alcolumbre. Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - AP) - Concedo a palavra ao Comandante do Exército Brasileiro, General de Exército Edson Leal Pujol.
O SR. EDSON LEAL PUJOL (Para discursar.) - Exmo. Sr. Senador Davi Alcolumbre, Presidente do Senado Federal; Exmo. Sr. Vice-Presidente da República Federativa do Brasil, Gen. Hamilton Mourão; Senador Chico Rodrigues, propositor desta homenagem nesta sessão solene na tarde de hoje; Sra. Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge; Srs. Ministros de Estado; Srs. Oficiais Generais das Forças Armadas aqui presentes; senhores integrantes do nosso Congresso Nacional, Senadores e Deputados; militares da ativa e da reserva aqui presentes; família do nosso homenageado, esposa, filhos e demais familiares aqui presentes; nosso homenageado especial, Sr. General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas; é de forma muito espontânea e honrada que o Exército Brasileiro hoje se faz presente, irmanado com o nosso Senado Federal, para prestar esta homenagem ao nosso Comandante e um digno representante do Exército de Caxias.
Sou testemunha, como integrante do Alto Comando do Exército, juntamente aqui com o nosso Vice-Presidente, nos últimos períodos em que a Nação viveu períodos turbulentos, como aqui já mencionado, das discussões e das ponderações realizadas internamente dentro da nossa força, com o senhor conduzindo as discussões e os estudos de forma equilibrada e ponderada, honrando, de forma irretocável, aqueles que nos antecederam à frente da força do Exército Brasileiro, sempre orientado pelos princípios democráticos e pelos valores éticos e morais que orientam os soldados de Caxias, e buscando sempre, levando, em primeiro lugar, ao valor mais alto da Nação, servir ao povo brasileiro e servir à democracia.
Como disse, de forma equilibrada e ponderada, soube conduzir o Exército, interna e externamente, a proporcionar as melhores condições para que a nossa democracia pudesse transpor águas turbulentas, períodos atribulados e chegar hoje a um período em que nós temos um espaço e um ambiente favorável para o florescimento de um País mais forte e mais democrático que possa ter um futuro com maior esperança para a nossa Nação.
Por isso, a nossa continência dos integrantes do Exército Brasileiro ao nosso Comandante General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas neste dia em que o Senado Federal presta esta justa homenagem. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Davi Alcolumbre. Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - AP) - Convido a Procuradora-Geral da República, Dra. Raquel Dodge, para fazer o seu pronunciamento e agradeço, Dra. Raquel, a presença de V. Exa. nesta sessão especial.
A SRA. RAQUEL DODGE (Para discursar.) - Muito boa tarde a todas e todos.
Eu gostaria de quebrar um pouco a ordem de precedência e pedir licença para saudar inicialmente o homenageado, o ilustre General de Exército Eduardo Villas Bôas. Também saúdo o Presidente do Senado, Senador Davi Alcolumbre; o Sr. Vice-Presidente da República, Gen. Hamilton Mourão; o Sr. General de Exército Edson Leal Pujol; e muito especialmente o Senador requerente desta sessão de homenagem, Senador Chico Rodrigues, que, à frente dos Senadores desta Casa, resolveu prestar esta justa e sincera homenagem a este grande brasileiro, na presença de autoridades civis e militares que vieram somar-se a esta sessão solene, certos de que estão reconhecendo os méritos de um grande brasileiro.
O Senado da República presta esta homenagem não apenas de um modo reverente, mas reconhecendo que o homenageado tem méritos que o credenciam a ser chamado de herói da Pátria. Não é pouco receber esta homenagem em vida, em condições que nos permitam aquilatar a importância desta nomenclatura, desta designação. Ser chamado de herói, em geral, é um reconhecimento que se dá àquele que salva sua pátria, que salva a sua gente, que preserva os seus costumes, em geral, em tempos de guerra, mas o Gen. Villas Bôas credencia-se para receber esta homenagem por ser um artífice da paz, por ter-se preparado para a guerra, mas ter optado por torná-la desnecessária, exatamente porque construiu as condições para que o País tenha permanecido ao longo desses séculos como República, como uma Nação pacífica de uma gente pacífica e ordeira que preserva as suas fronteiras pelo modo do debate, do diálogo, do fortalecimento das instituições internas. É preciso reconhecer que o Gen. Eduardo Villas Bôas tem os méritos de ser artífice da paz no Brasil, louvar todas as suas escolhas, saudá-las e estudá-las, porque temos um grande futuro pela frente.
Sabemos todos que, como Comandante do Exército Brasileiro em suas diversas unidades e em diversas situações ao longo de sua carreira tão vitoriosa e também reconhecida, o General cuidou de nossas fronteiras, mas também cuidou de nossas terras interiores. O General protegeu os cidadãos brasileiros, das pessoas mais simples às pessoas mais abastadas, cuidando para que nós nunca precisássemos recorrer a medidas de força em relação a outras nações - e vejo que comparecem a esta cerimônia do Senado Federal importantes representantes e embaixadores das nações amigas, também como um gesto sincero para homenageá-lo.
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Como líder, credenciando-se a este título de herói da Pátria, o Gen. Villas Bôas optou por não permanecer em seu gabinete. Tenho certeza de que muitas das autoridades civis e militares aqui presentes, em algum dia, em algum momento de suas carreiras, receberam um telefonema do Gen. Villas Bôas, um chamamento à ação, um chamamento à coalizão, um chamamento ao diálogo nas horas mais difíceis enfrentadas por esta Nação, nas horas de crise. Foi nessas horas que ele soube definir estratégias, que ele soube unir pessoas, unir autoridades, unir instituições, fortalecer a nossa democracia. Este era e sempre tem sido o sinal mais eloquente da sua grande missão: fortalecer a democracia brasileira, as nossas instituições. Assim, brasileiros e brasileiras sentir-se-ão sempre seguros e protegidos. É, nessa acepção, um herói moderno, um herói genuíno, um herói que merece o reconhecimento do Brasil, dos brasileiros e dos representantes de todas as nações amigas.
É nessa perspectiva que eu gostaria também de cumprimentá-lo, porque compreendo sempre a importância de haver, ao lado de uma pessoa que é chamada constantemente a desempenhar missões difíceis, uma família sólida, uma família afetuosa, uma família que sempre apoia, ampara e estimula. Dona Cida, aqui presente, a filha do General e todos os familiares aqui sempre estiveram presentes nesses momentos, os mais difíceis, os mais importantes, aqueles em que as decisões precisam ser tomadas com a segurança de ter optado pela resposta certa, no momento certo e do modo certo.
O Gen. Villas Bôas - eu acho que posso resumir - é um exemplo de integridade, é um exemplo de honradez, é um exemplo de altivez. Isso é um ativo, é um exemplo inspirador para brasileiros e brasileiras neste País.
Em nome do Ministério Público brasileiro, uma instituição também que se coloca em defesa da sociedade e da democracia, eu gostaria que o senhor recebesse os nossos cumprimentos e o nosso reconhecimento. E peço licença ao Senado da República para nos associarmos a esta homenagem, uma homenagem justa a um homem íntegro, altivo, que honra todos os brasileiros. Parabéns ao Senado da República, ao homenageado e a todos os familiares!
Muito obrigada. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Davi Alcolumbre. Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - AP) - Convido para fazer uso da palavra o Líder do PSL, o Senador Major Olimpio.
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O SR. MAJOR OLIMPIO (Bloco Parlamentar PSDB/PSL/PSL - SP. Para discursar.) - Exmo. Presidente do Senado, Davi Alcolumbre; Exmo. Vice-Presidente da República, Gen. Mourão; Exmo. Comandante do nosso glorioso Exército Brasileiro, Gen. Pujol; Exma. Procuradora-Geral da República, Dra. Raquel Dodge; meu irmão de luta Exmo. Senador Chico Rodrigues, a quem dou os parabéns pela iniciativa; e nosso sempre Comandante Gen. Villas Bôas; normalmente, não temos sessões de votação na segunda-feira, mas hoje é um dia muito especial, e fiz questão absoluta de estar aqui presente.
Conheci o Gen. Villas Bôas quando eu, ainda Deputado Estadual por São Paulo, tive a oportunidade, numa das visitas parlamentares, de ir até Manaus e, no Comando Militar, conhecer o Gen. Villas Bôas. Muitos me diziam: "Vá conhecer um Brasil e o que o Exército brasileiro faz que a maioria dos brasileiros não conhece". E eu tive a oportunidade de conviver com o Comandante na essência do que é comandar, pelo exemplo, pela dedicação, pelo entusiasmo que transmite do mais jovem soldado ao seu escalão de comando, pela devoção de servir ao País.
No momento em que as Forças não usam a força e conseguem conduzir para o equilíbrio, para a integridade do nosso território, para a segurança e a proteção da nossa Nação, muitas vezes, passa despercebido o papel das nossas Forças Armadas. Eu, que sou um humilde policial militar do Estado de São Paulo, com muito orgulho, com que orgulho eu vejo o trabalho das nossas Forças Armadas, garantindo efetivamente o que muitas vezes a história no momento não conta, mas que o futuro há de mostrar! E o papel do líder, Gen. Villas Bôas, transbordou a liderança das Forças Armadas e conquistou todos os segmentos da sociedade brasileira.
Meu General, o Senado da República, representando todos os Estados, neste momento, lhe diz: muito obrigado, obrigado pelo exemplo, obrigado pela perseverança, obrigado por continuar lutando, obrigado por estender a mão ao nosso irmão Presidente da República, ícone maior do meu partido, do qual sou Líder, Jair Bolsonaro! E como a presença de V. Exa. é importante para o necessário equilíbrio da nossa sociedade neste momento!
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Quero dizer a V. Exa. que essa geração, em que temos dificuldades de reconhecer os nossos heróis, temos que reconhecer, sim, em V. Exa. a essência do que é ser um herói: a humildade, a capacidade, a perseverança e o exemplo que dá. O mais jovem soldado se inspira em V. Exa.
Todos os brasileiros, que tomam conhecimento do papel que V. Exa. desempenhou e continua desempenhando, são agradecidos, independentemente de ideologia, de partido de qualquer natureza. V. Exa. é o símbolo do herói brasileiro atual.
Parabéns! Que Deus o abençoe muito! Muito obrigado pelo que fez e faz pelo nosso Brasil. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Davi Alcolumbre. Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - AP) - Convido o Senador Márcio Bittar para falar em nome do MDB.
O SR. MARCIO BITTAR (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - AC. Para discursar.) - Boa tarde a todos!
É uma satisfação imensa, General, estar aqui hoje para incorporar-me à iniciativa do meu querido amigo e colega da Região Amazônica também. Chico Rodrigues, parabéns pela iniciativa! Em nome do nosso Vice-Presidente, Mourão, em nome do meu amigo, Presidente do Senado da República, em nome das mulheres do Brasil, Raquel Dodge, quero cumprimentá-lo.
Nasci no interior do Estado de São Paulo, General. Meu pai era produtor rural, um pequeno produtor rural da Região de Franca. Com o sonho de muitos brasileiros, de muitos seres humanos do planeta, foi subindo o Brasil, buscando lugares mais longes, mais distantes, mais inóspitos, mas que pudessem dar à sua família, à sua prole - ele e minha tiveram seis filhos -, na ideia dele, um pedaço de terra um pedaço de terra a mais para os seus filhos. Meu pai faleceu cedo.
Na sua imagem, lembro-me muito do meu pai. Nas palavras do Presidente da República e de V. Sa., lembro-me muito do meu pai. Ele morreu cedo, mas viveu o suficiente para ainda pegar o começo daquilo que fizeram com a Amazônia. Lembro-me da indignação do meu pai, lembro-me da dor que ele sentia ao ver a Amazônia sendo governada de fora para dentro, e quem trabalha, quem produz, quem foi convidado para ocupar a Amazônia, sendo tratado como se bandido fosse. Não viu o auge a que nós assistimos hoje - ele não viu isso. Eu, que o amava muito, queria muito que estivesse aqui, mas sei que ele iria sofrer muito por ver ao que o Brasil assistiu, como eu sofro.
Quando eu vejo o seu exemplo de dignidade, de perseverança pelo Brasil, sua coragem, General, de tuitar o que V. Sa. tuitou um dia desses, isso me honra! Pensei que, talvez, fosse morrer e que não assistiria a isso. Pensei que iria morrer e que não veria o meu Presidente dizer a um jornalista alemão que não tem 0,3% da vegetação nativa naquele país, que acabou agora de derrubar uma igreja, que tinha um bosquezinho, porque lá embaixo havia gás, que inaugurou recentemente uma Itaipu e meia em termelétrica e ter a arrogância na maneira de se pronunciar com o Presidente do Brasil, questionando-o sobre a Amazônia, sem ter moral nenhuma, sem ter como fazer nenhuma dessas afirmações.
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E eu vejo o seu Twitter - e vou tomar a liberdade de reler: "Nenhum país do mundo tem autoridade para ensinar o Brasil como devemos tratar o nosso meio ambiente". É verdade, eles não sabem o que são sequer as PPs... Não sabem o que é a preservação permanente, quanto mais a reserva legal. Basta ver os filmes, os rios que cortam a Europa. Aqui há previsão de até 500m de um lado e de outro, o que, inclusive, gerou um problema gravíssimo, não resolvido até hoje, em cidades da Amazônia, por exemplo, que podem ser inviabilizadas.
"A Noruega ainda caça baleias, explora petróleo [eu diria que 51% do seu PIB, do PIB norueguês, é de petróleo e gás] dentro do Círculo Polar Ártico e detém 30% das ações da mineradora Hydro [...]". E desculpem-me complementar, mas essa mineradora conseguiu, nos Governos passados, no Brasil, 7,5 bilhões de isenção. A Noruega quer comprar o Brasil e a Amazônia brasileira por 1,1 bilhão, com uma multinacional que causou danos ambientais ao Pará, tendo isenção no Brasil de 7,5 bilhões, vivendo de petróleo e gás.
Volto ao seu texto:
... da mineradora Hydro Alunorte que promoveu o derramamento criminoso de metais pesados em Barcarena, no Pará, sem que se saiba ter-lhe sido aplicada nenhuma sanção. A Alemanha tem uma matriz energética mais poluidora do que a nossa. E aos Estados Unidos, que agem motivados pelo lobby do seu agronegócio, que se sentem ameaçados pelo do Brasil, perguntamos: onde estão os seus índios?
O Brasil, por seu lado, está à frente do cumprimento das metas da reunião de Paris. Bem fazem os responsáveis por nossos órgãos ambientalistas e indigenistas por não se submeterem a tais pressões. Saberemos desenvolver o Brasil ao mesmo tempo em que preservaremos o meio ambiente e protegeremos os nossos índios.
General, ontem, aqui, eu fiz uma observação, semana passada, aqui no Plenário, talvez uma das sessões mais emotivas que eu presenciei. Nós votamos aqui um projeto para proteger os animais e, particularmente, já que nós tiramos um acordo aqui deste Plenário, todos aqueles animais de criação, do agronegócio, ficaram os animais de estimação, que, agora, podem até ter direito à herança - podem até ter direito à herança - porque deixaram de ser coisas.
Mas o.k., não estou aqui para dizer que... Até porque na última votação votei a favor, com as mudanças que nós fizemos, doutora, mas eu dizia aqui, ainda hoje, que eu não percebo, General, esse mesmo entusiasmo da semana passada, esse mesmo calor para discutirmos aqui e aprovarmos leis preocupados que estávamos com o animal doméstico, com quem devemos nos preocupar, mas eu não vejo essa mesma preocupação com vinte e tantos milhões de brasileiros pobres da Amazônia. Eu não vejo campanha de artistas, de gente famosa para tentar resolver o problema do alcoolismo dos índios da Amazônia, entregues a sua própria sorte.
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Nós, que somos de lá, e o senhor, que conhece mais do que todos nós - não há Senador nenhum aqui que conhece mais a Amazônia do que o Exército Brasileiro -, V. Sa. é um exemplo disso. Quem é que não vê índio no Acre, em Roraima, no Amapá, em Manaus, no Amazonas, revirando lixo? Porque há insegurança alimentar na Amazônia. Muitos deles entregues ao narcotráfico, porque essa foi a realidade deixada.
Eu vejo, nas universidades, General, um dos estudos dá conta de que quase 40% dos universitários são considerados analfabetos funcionais, e eu não vi ainda uma sessão do Congresso Nacional tão animada, tão entusiasmada para esses assuntos. Nós estamos perdendo mais de 120 mil vidas, nos homicídios, 65 mil pessoas mortas, assassinadas, e mais umas 50 mil no trânsito, e eu não vejo o Senado, o Congresso Nacional, a própria sociedade tão envolvida com um tema desse.
(Soa a campainha.)
O SR. MARCIO BITTAR (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - AC) - São vidas humanas.
Eu venho dedicado a esse mandato e vou dedicar esses sete anos e meio, se Deus me der vida e saúde, General, a tentar mostrar, a tentar dizer para o Brasil que a Amazônia é brasileira, que, de fato, como o senhor escreveu aqui, nenhum país da Europa ocidental tem a prerrogativa de ensinar para nós aquilo que eles não fizeram.
E quero terminar, General, dizendo que o que mais me liga ao Governo, Governo que eu apoiei, em que eu votei, que eu ajudei a fazer, do Acre, pequenininho - o Estado que deu a maior votação para esse brasileiro, que remou contra a maré, contra tudo, e venceu as eleições, para que ele fosse o mais votado no Estado, e foi -, é essa discussão sobre o fato de que o Brasil tem que ter vergonha.
Quero terminar, dizendo: às vezes, General...
(Soa a campainha.)
O SR. MARCIO BITTAR (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - AC) - ... quando eu ouço alguns brasileiros - eu quero crer que são bem-intencionados, talvez, mal-informados -, dizendo que nós vamos sofrer retaliação da Europa ocidental se nós, na Amazônia, não fizermos o que eles querem. Aí é preciso lembrar que eles não interferem na Rússia, que é uma ditadura, sempre foi, que não tem relação nenhuma com direitos humanos, porque eles dependem do gás da Rússia, e a Rússia não permite que eles deem palpites lá, como nós permitimos que eles deem aqui.
Eles não interferem no Oriente Médio, que trata mulheres, oficialmente, como seres de segunda, terceira categoria. Cadê a campanha deles pelos direitos humanos no Oriente Médio? Mas é de lá que eles tiram o petróleo, é de lá que eles comercializam... Como a China, que tem 1,3 bilhão de pessoas, e nenhum mercado mundial deixa de ter acordo comercial com a China.
(Soa a campainha.)
O SR. MARCIO BITTAR (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - AC) - Por isso, ninguém vai deixar de ter acordo comercial com o Brasil, como ficou provado agora que o Presidente Jair Bolsonaro assinou o acordo do Mercosul com a União Europeia, porque essa é uma relação comercial.
Portanto, General, eu quero dizer que, ao vê-lo, a memória que ativa em mim, a comoção que eu tenho é de lembrar muito, no senhor, do meu falecido pai. Ele foi o exemplo da minha vida e essa inspiração, o comportamento de V. Sa. também, nos processos mais difíceis por que o Brasil passou nos últimos anos, em momentos decisivos, o seu posicionamento a favor da liberdade, contra qualquer tipo de roubalheira, a favor da lei, da justiça e da democracia, foram fundamentais para o Brasil entrar na rota da normalidade.
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Eu peço desculpa ao Presidente Davi, mas, de fato, a sua presença, a presença desse conjunto de pessoas que aqui estão me motiva a dizer isso. Quero terminar afirmando que o que mais me comove e me liga ao atual Governo é esse sentimento que eu havia pensado que tinha sido perdido no Brasil, de brasilidade, de ser brasileiro em primeiro lugar.
Parabéns, General.
O SR. PRESIDENTE (Davi Alcolumbre. Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - AP) - Convido para fazer uso da palavra, pela Liderança do PSDB e como Líder do PSDB, Senador Roberto Rocha.
O SR. ROBERTO ROCHA (Bloco Parlamentar PSDB/PSL/PSDB - MA. Pela Liderança.) - Sr. Presidente Davi Alcolumbre, Sras. e Srs. Senadores, meu caro Vice-Presidente da República, Gen. Mourão; meu caro Comandante do Exército, Gen. Pujol; minha cara amiga Raquel Dodge, Procuradora-Geral da República; meu caro colega Senador Chico Rodrigues, autor do requerimento desta sessão, em nome de V. Exas. eu quero cumprimentar a todos.
E quero ser muito breve para, já de início, homenagear o homenageado. Eu quero ser muito breve para dizer que aqui estamos, o Senado da República, o Poder Legislativo, a homenagear um General do Exército. E creia, Gen. Villas Bôas, não haverá pessoa mais feliz, mais satisfeita neste Plenário do que aquele baiano que nos olha dali de cima, abaixo apenas do nosso Senhor Jesus Cristo, o nosso patrono Ruy Barbosa.
Foi, em grande parte, graças a ele que, no alvorecer da República, se firmaram os princípios constitucionais que estabelecem com clareza o papel das Forças Armadas no nosso regime jurídico. Aspas: "A farda não abafa o cidadão no peito do soldado", dizia Ruy Barbosa, ao bater-se com a autoridade de quem sempre propugnou pela grandeza das Forças Armadas como elemento garantidor da paz social.
Hoje o Senado homenageia não apenas um grande soldado, mas um grande homem e um brasileiro exemplar. Homem de retidão e de caráter, que se fez referência dentro da caserna por ser uma voz comprometida com o papel constitucional das Forças Armadas. Em mais de 40 anos de serviços à Pátria, o Gen. Villas Bôas, graças à inteligência, ao carisma e ao sentimento humanístico de sua missão, impôs-se sempre como alguém cuja palavra traz a medida certa de quem sabe que, como dizia Ruy Barbosa - aspas - "a liberdade não é um luxo dos tempos de bonança; é, sobretudo, o maior elemento de estabilidade das instituições".
É fácil reconhecer os heróis em tempo de guerra. A bravura, a inteligência, o sentido de sacrifício se distinguem como a luz da lua à luz do sol, mas outra coisa é reconhecer o herói em tempos de paz. Sempre haverá os que negam. Sempre haverá os que se recusam ver. Por isso mesmo é importante esta homenagem a um herói em tempos de paz.
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Gen. Villas Bôas, é esse o sentido que quero dar a estas poucas palavras. V. Exa. saberá que teve o reconhecimento ainda em vida do papel heroico que representou em tempos turbulentos. E creia que, dali de cima, o nosso bom baiano Ruy, um dos poucos gigantes que atuou no Legislativo, no Judiciário e no Executivo, sem esquecer que foi também um atuante jornalista, estará sorrindo ao ver que muito do que imaginou como desenho institucional para o País estamos revivendo nesta singela homenagem.
Temos um presidencialismo como um sistema de justiça forte, um Legislativo soberano e Forças Armadas dedicadas à democracia e à paz. Como disse o nosso Ruy, aspas: "O Exército pode passar cem anos sem ser utilizado, mas não pode passar um minuto sem estar preparado".
É por contar com pessoas como V. Exa. que sabemos que a democracia representativa e a independência dos Poderes serão sempre uma segunda pele entre os que têm a responsabilidade de cuidar dos destinos do nosso País. E é em nome do meu Estado, que eu, com muita honra, represento neste Parlamento, e em nome do meu Partido que eu registro que em nenhuma segunda-feira de todos esses anos de Senado nós tivemos uma sessão solene tão prestigiada quanto esta.
Que Deus abençoe o senhor sempre!
Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Davi Alcolumbre. Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - AP) - Concedo a palavra ao Sr. Gen. Hamilton Mourão, Vice-Presidente da República.
O SR. ANTÔNIO HAMILTON MARTINS MOURÃO (Para discursar.) - Senador David Alcolumbre, Presidente do Senado Federal; Sra. Raquel Dodge, Procuradora-Geral da República; Senador Chico Rodrigues, a quem cumprimento pela iniciativa desta belíssima homenagem; meu amigo Gen. Pujol, Comandante do Exército, na pessoa de quem cumprimento todos os companheiros das Forças Armadas aqui presentes, Srs. Ministros de Estado, Srs. Ministros do STM, Sras. e Srs. Senadores, Sras. e Srs. Deputados, família do VB e mais os companheiros de turma, que estão em pé lá no fundo, da turma de 73, sua turma, VB, demonstrando aquele nosso sentimento de camaradagem que une todos nós, militares.
Coube a mim a honra e o privilégio de representar o Presidente Jair Bolsonaro nesta homenagem prestada pelo Senado Federal ao Gen. Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, meu comandante, com quem compartilhei momentos de trabalho e de preocupação com o nosso Brasil.
É muito fácil para um soldado falar de outro soldado, ainda mais de alguém da estirpe do Gen. Villas Bôas, com quem muito aprendi e de quem guardo as mais gratas recordações de camaradagem, lealdade e amizade.
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Como soldado de elite que tu és, VB, sempre soubeste ter bem nítido o sentido de missão, e jamais te deixaste intimidar pelas dificuldades, pela falta de compreensão e pela doença. Enfrentas com sobranceria todos os obstáculos e, dessa forma, transmites a teus subordinados a tranquilidade necessária para bem cumprirem os seus deveres.
Estamos aqui, nesta augusta sessão, para homenagear esse brasileiro ilustre, que pela sua clarividência, pertinácia e patriotismo e exemplo único, prestou e vem prestando ainda inestimáveis serviços ao País, lembrando a todos os compatriotas aqui presentes que o Brasil tem o Exército para servi-lo e defendê-lo.
Termino essas palavras, VB, com a saudação do nosso Comando Militar da Amazônia: "Selva!" (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Davi Alcolumbre. Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - AP) - Gostaria de convidar a Sra. Adriana Villas Bôas, filha do homenageado, para fazer uso da palavra nessa importante e histórica sessão de homenagem no Senado Federal.
A SRA. ADRIANA HAAS VILLAS BÔAS (Para discursar.) - Boa tarde a todos. Peço desculpa pelo meu nervosismo, eu fui pega de surpresa para vir falar, mas antes de iniciar a sessão, eu gostaria de pedir autorização para falar, para a autoridade máxima presente: mãe, peço permissão para falar. (Palmas.)
Eu, realmente, fui pega de surpresa quando eu estava entrando aqui, e o meu pai, na entrada, falou: "Filha, lê aquele texto de ontem". Eu sou chorona, gente, e aliás eu chorei muito quando a senhora falou. E eu estava aqui pensando por que é que ele quis que eu lesse esse texto, porque é um texto que eu escrevi, é um texto muito simples, e eu já peço desculpa. É um texto muito simples, não tem falas difíceis, uma escrita perfeita, nem fala do futuro do Brasil, mas é um texto que eu escrevi pelo Dia dos Pais, e eu escrevi porque há uma coisa que a gente sempre tentou combater lá em casa, que é a perfeição que às vezes tentam colocar em cima da gente, da família, e a gente tenta mostrar que a gente não é perfeito. Então, foi com base nisso que eu escrevi esse texto.
Mas, antes de falar, eu também queria pedir permissão aos mais velhos, que são a minha irmã Ticiana e o meu irmão, o Mano, para poder representá-los nesta oratória.
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O que falar sobre o dia de hoje? A verdade talvez. Então, desejo um feliz Dia dos Pais ao pai mais imperfeito do mundo. O pai que erra, que vacila, que é cheio de defeitos e que pisa na bola. O pai que é a pessoa com que mais briguei ao longo dos meus 34 anos. O pai que mais se reinventa para melhorar, que aceita críticas, que aceita tomar bronca e que não se importa de ter seus defeitos apontados. O pai que pede ajuda para melhorar, que pede para conversar, que nunca levantou a mão para ensinar e que diz que erra sem querer errar, mas que tem esse defeito do erro. O pai que, para ele, socializar é educar, e educar é ensinar a olhar e a cuidar.
Feliz Dia dos Pais para o pai que odeia brigar, mas, se preciso for, nem o tom da voz vai alterar, pois o seu olhar de decepção já é um castigo para quem o ama. O pai que deixa os filhos brigarem com ele, os filhos aprontarem e os filhos o ensinarem. Sempre pede uma boa história, mas nem sempre consegue prestar atenção, e aí já começamos a guerrear. O pai que ensinou os filhos a se amarem através das diferenças, fazendo um ouvir a música do outro e assistir à televisão com o outro. O pai que nem sempre foi à missa, mas rezou todas as noites junto aos seus filhos. O pai que nem sempre soube colocar em palavras os seus sentimentos, mas foi afetivo o tempo todo. O pai coração mole que sempre deixou os filhos roubarem dinheiro da sua carteira e os netos jogarem no seu celular. O pai que sabe que eu conto para todo mundo que ele não é perfeito e agradece por isso. O pai de 200 mil homens - cada um teve igual importância que seus filhos de sangue; aliás, já o vi chorando por muitos deles.
Feliz Dia dos Pais para o meu pai que, na pureza da sua alma, se permite ser um pai. Um pai cheio de defeitos e erros, mas um pai que sempre quer ser pai. Um pai que me ensinou a pedir desculpas e a perdoar, embora às vezes eu ache que ele exagera com isso. Um pai de coração aberto.
Feliz Dia dos Pais, meu Prof. Xavier. Te gosto cada vez mais. Beijo do seu passarinho, da sua sapinha e do seu macaco.
Força, Comandante! (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Davi Alcolumbre. Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - AP) - Com muita honra e com muito privilégio por essa oportunidade única na história desta Casa, aproveito, Villas Bôas, VB, nosso comandante, para dividir com todos os convidados a honra e o privilégio de tê-lo aqui nesta sessão solene ao meu lado, assim como todas as autoridades.
Nós aproveitamos, no recesso parlamentar, e corrigimos uma falha enorme do Senado Federal, que, na sua história centenária, não havia conseguido construir a possibilidade de acesso a pessoas como V. Exa., que, muitas das vezes, são esquecidas por todos nós em nossa sociedade.
A sua presença na Mesa, nesta sessão em homenagem, Chico, engrandece muito esta Casa pela figura que o Villas Bôas representa para todos nós. Como Presidente do Senado, eu me sinto honrado de ter ajudado a construir as alterações necessárias para que o Senado Federal - a Casa da Federação, a Casa do povo brasileiro - pudesse fazer as adequações para trazer à Mesa Diretora pessoas como V. Exa. Essa rampa de acesso à mesa nunca houve no Senado Federal. Então, eu divido isso com a Dra. Raquel, com todos os Senadores, com todos os servidores e com todos os convidados. Se nós não tivéssemos tomado a decisão de fazer isso, esta sessão em homenagem a V. Exa. não seria tão grandiosa.
Fizemos isto no recesso em 18 dias: uma obra de acesso que esquecia durante décadas e séculos a possibilidade de trazermos brasileiros com alguma necessidade à Mesa Diretora. Então, a sua presença aqui, além de tudo que V. Exa. representa para todos nós - para mim em especial, Chico, depois dessa reforma que fizemos no Plenário -, é a certeza de que estávamos certos quando decidimos tomar essa decisão de fazer esse acesso.
Villas Bôas, está com você, Comandante, a palavra. Que Deus o abençoe. Parabéns!
O SR. EDUARDO DIAS DA COSTA VILLAS BÔAS (Para discursar.) - Inicialmente, peço desculpas por essa voz do além. (Risos.)
Essa cerimônia se constitui na mais alta e representativa honraria que recebi em toda a minha vida, não só pela instituição que me proporciona isso e pelas pessoas que tiveram essa iniciativa, mas também pelas pessoas aqui presentes - muitas delas me representam e com elas me identifico por um trecho, por um período da minha vida, e em cada pessoa fixei o olhar e identifiquei o amigo.
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Presidente Davi Alcolumbre, muito obrigado por o senhor ter aceito a proposta do meu amigo Senador Chico Rodrigues, companheiro contemporâneo da Escola Preparatória de Cadetes; Gen. Mourão, nosso Vice-Presidente, muito obrigado por suas palavras que me emocionaram intensamente e também ao meu Comandante Gen. Leal Pujol, ambos me fazem ver, junto com o Gen. Farias, do STM, os nossos intensos debates e deliberações do Alto-Comando do Exército; agradeço também ao Gen. Teophilo, aqui presente.
Eu vou me escusar de nomear as pessoas que me são caras, queridas e que tiveram um papel importante na minha vida pública porque certamente cometerei alguma omissão, mas não posso deixar de citar os meus irmãos de Arma, tanto do Exército quanto da Marinha e da Força Aérea e, mais, da Polícia Militar que aqui identifico. Não posso deixar de registrar os que eu sempre chamei de irmãos profissionais que ali estão atentos, prontos a me censurar, possivelmente.
À medida que o tempo passa, vamos descobrindo que vamos ficando, cada vez mais, dependentes das mulheres - não é, Hugo, meu irmão? Graças a Deus, tenho uma família de mulheres fortes, que tem sido o meu suporte durante este período.
Quero registrar a presença desta grande figura, companheiro atual de luta na busca de melhores condições e de acesso para as pessoas com deficiência, que é o grande Patrick. Patrick fique de pé, por favor. Fique de pé, Patrick. (Pausa.)
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Não adiantou muito. (Risos.)
Também eu peço uma salva de palmas ao Patrick. (Palmas.)
"Somos todos raros." É isso mesmo, Patrick. Muito bem!
Quero agradecer, além das palavras do Gen. Mourão e do Gen. Leal Pujol, as suas palavras, Presidente. O senhor tem desempenhado um papel tão importante neste período que estamos atravessando. Hoje o Brasil busca retomar seus rumos para um futuro de grandeza.
Agradeço também à Dra. Raquel Dodge, grande amiga, companheira com quem, nos momentos de crise, interagimos e sempre encontramos uma identidade, encontramos a firmeza das suas atitudes.
Agradeço ao Líder do PSL, Senador Olimpio, e ao Líder Senador Bittar, do MDB, do Acre. Obrigado pela comparação a seu pai e pela identidade que encontra dos propósitos em relação à Amazônia. E ao Senador Roberto Rocha, do Maranhão, também muito obrigado, Senador.
Agradeço a todos os Senadores e Deputados, porque, desde o tempo em que fui assessor parlamentar, encontrava uma similitude entre o Congresso e o Exército, porque ambos representam um corte vertical da sociedade brasileira. E jamais - jamais - um pleito do Exército, expresso por meio de um projeto de lei ou alguma outra propositura, deixou de ser atendido por esta Casa. Portanto, posso dizer que aqui também é a Casa do Exército Brasileiro - exército do povo brasileiro, integrado por todos os representantes do povo brasileiro.
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Por fim, faço questão de expressar que tudo o que foi feito, no meu período de comando, foi porque eu tinha a certeza e a confiança de qual seria a atitude de todo o Exército, ladeado pela Marinha e a Força Aérea. Eu tinha a absoluta confiança na coesão do Exército, dos seus propósitos, valores e atitudes e de todos os seus integrantes.
Por isso, agradeço e aproveito para homenagear todos os irmãos de Arma que aqui estão. Inclusive da nossa briosa banda dos dragões. Não fossem as bandas do Exército, eu acho que não saberia comandar. Napoleão dizia: "Ponham uma banda na rua que o povo a seguirá para as festas e para a guerra".
Ministro, Presidente Davi Alcolumbre, esta homenagem recebo, humildemente, como homenagem às Forças Armadas. Ela vai muito além dos méritos que eu realmente tenho. Este é um momento inesquecível!
Quero citar ainda meu amigo Gen. Mattos, do STM, e a Dona Maria Paula, Miss Casseta & Planeta, uma amiga muito querida, e os meus familiares que vieram do Sul para aqui estarem hoje, inclusive a minha nora, barrigudinha que está, esperando minha quinta neta. Obrigado hoje!
A todos o meu sincero agradecimento e o propósito de estar à disposição, lá no Gabinete de Segurança Institucional, onde estou. Obrigado aos Gens. Brandão e Peixoto, que tomam conta de mim e não me deixam atrapalhar muito o Gen. Heleno.
Muito obrigado a todos. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Davi Alcolumbre. Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - AP) - Só para a maioria ficar com um pouco de inveja, eu tive a honra, há 30 dias, de ir à casa do Gen. Villas Bôas e passei duas horas e trinta minutos aprendendo e comendo pizza com ele e com a sua família. Muito obrigado, General, pelo convite.
Gostaria de convidar o Senador Chico Rodrigues para a entrega do Certificado ao Mérito ao Gen. Eduardo da Costa Villas Bôas, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à Nação brasileira. (Palmas.)
Parabéns! (Pausa.)
Muito obrigado a todos e todas, mas quero novamente registrar, agradecer e fazer referência ao que foi dito aqui, VB: esta segunda-feira será marcada, na história do Congresso Nacional e do Senado Federal, por muitos motivos.
Com certeza, esta homenagem que o Senado presta a V. Exa. é a homenagem de milhões de brasileiros que estão representados por todos nós aqui. Mas eu quero dizer também que V. Exa., com o seu entusiasmo, com a sua dedicação e com a sua coragem, coloca, numa segunda-feira, o maior quórum em uma audiência pública numa segunda-feira. Isso, com certeza, é o reconhecimento de todos e todas que estão aqui - convidados, familiares, Senadores e autoridades - para reverenciar um homem que inspira todos nós brasileiros.
Cumprida a finalidade desta sessão, eu gostaria de agradecer às personalidades que nos honraram com o seu comparecimento. Após o final desta sessão será executada a Canção do Soldado da Amazônia, pela Banda do Regimento de Cavalaria de Guardas do Exército.
Está encerrada a sessão.
(Procede-se à execução musical.) (Palmas.)
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(Levanta-se a sessão às 18 horas e 07 minutos.)