1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
56ª LEGISLATURA
Em 17 de outubro de 2019
(quinta-feira)
Às 16 horas
196ª SESSÃO
(Sessão Especial)

Oradores
Horário

Texto com revisão

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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Paz e bem a todos vocês que estão aqui no Plenário do Senado Federal, neste dia 17 de outubro de 2019.
Declaro aberta esta sessão.
Sob a proteção de Deus e gratidão a Ele, iniciamos os nossos trabalhos.
A presente sessão especial é destinada a homenagear o Fortaleza Esporte Clube no transcurso do seu centenário de fundação, nos termos do Requerimento nº 751, de 2019, de nossa autoria e outros Senadores, que reconheceram a importância desse clube, a sua manifestação cultural pelo esporte, uma instituição tradicionalíssima do futebol brasileiro, o clube que, desde pequenininho - estou vendo crianças ali - eu me apaixonei pelas suas cores, azul, vermelho e branco, e com o qual vivenciei momentos na minha vida inesquecíveis como meu grande amigo de infância. Hoje é o último dia do centenário do Fortaleza.
Em 18 de outubro de 1910, ele foi fundado por Alcides Santos. Nós temos a honra e a alegria de ter presente aqui o neto do fundador do clube, Lauro, que daqui a pouco vai proferir umas palavras para a gente.
E nós conseguimos chegar ao centenário pelo trabalho, pelo amor, pela abnegação de muita gente, de milhões - eu vou repetir aqui: milhões - de pessoas.
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Além dos funcionários dedicados, dos elencos que o Fortaleza teve ao longo deste centenário, das diretorias, mas a sua torcida sempre carregou esse clube nas costas. Uma torcida que, nos momentos mais difíceis, estava junto, uma torcida de leais.
E nós estamos fazendo esta homenagem a este clube tão amado, que trouxe tantas alegrias a tanta gente.
Eu quero iniciar convidando à Mesa o Presidente atual do Fortaleza Esporte Clube, Marcelo Cunha da Paz. Por favor, Marcelo. (Palmas.)
Marcelo é um irmão que eu tenho há mais de 15 anos, uma pessoa que aprendi a admirar, a respeitar e que tem feito um grande trabalho à frente do Fortaleza. Na época em que tive a benção de ser Presidente, era o meu Vice-Presidente, o 1º Vice-Presidente. Seja bem-vindo!
E Marcelo, ao contrário de mim, eu não entendo muito de futebol, mas o Marcelo foi fundamental ali do meu lado orientando, construindo junto, com muita seriedade, cultura de paz - não é à toa que tem paz no nome. Está fazendo um grande trabalho na liderança do Fortaleza Esporte Clube.
Eu queria convidar também outro irmão querido, também fundamental em momentos delicados que a gente vivia em 2017, Sr. Demetrius Coelho, Presidente do conselho deliberativo do clube, que sempre esteve ao nosso lado com muita paciência, um homem do perdão, um homem que trabalhou fortemente a união dentro do Fortaleza. É uma honra tê-lo aqui também. (Palmas.)
Eu quero chamar neste momento... As pessoas perguntam como é a origem do Fortaleza, com as camisas tão bonitas, azul, vermelho e branca. De onde veio, qual foi a inspiração. E eu quero chamar aqui o neto do abnegado primeiro Presidente, fundador do Fortaleza Esporte Clube, que é o Alcides Santos. Chamo à Mesa o seu neto Lauro Henrique Santos de Oliveira Lima. (Palmas.)
O avô dele, a quem a gente deve muito, porque não é fácil começar um clube do zero, esteve na França, estudou, se apaixonou pelas cores tricolores. E a França tem um papel muito interessante na origem do leão, como é considerado o Fortaleza.
Então, eu fui pessoalmente à Embaixada da França convidar o Embaixador que não pôde estar aqui, porque estava neste horário decolando para uma missão importante.
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Mas ele disse: "vou enviar para representar a França, a Embaixada da França, nesse evento, uma pessoa que adora futebol, que também é francês e que vai representar aqui a Embaixada". É uma pessoa que eu tive a oportunidade de conhecer, é uma pessoa muito bacana, muito educada e elegante. Eu vou chamar à mesa o Gilles Pecassou, que é o Ministro-Conselheiro da Embaixada da França. Por favor. (Palmas.)
Ressalto que eu fui muito bem recebido lá na Embaixada.
Fique à vontade. Muito obrigado! É uma honra, uma alegria muito grande receber a sua visita, a presença de vocês. A minha esposa daqui a pouco está chegando. Ela tem origem, a família dela, a família Thé, tem origem na França também.
Eu tenho, particularmente - as pessoas sabem - uma grande referência no campo espiritual, que é o francês Allan Kardec, cujo trabalho científico, filosófico e também religioso de pesquisas trouxe a doutrina espírita. Eu sou muito grato a Allan Kardec por conhecer essa doutrina. Então, para mim é mais do que um significado emblemático. Muito obrigado!
Eu queria também chamar à mesa uma pessoa que eu tive a oportunidade de conhecer, cujo trabalho eu já admirava há algum tempo, da crônica esportiva, que - eu dou o meu testemunho aqui -, desde que cheguei ao Fortaleza, foi essencial. Eu tenho certeza de que os outros presidentes e diretores sabem da importância da crônica esportiva para o sucesso do Fortaleza, contribuindo para levar para tantas pessoas que acompanham o clube as informações diretas do Fortaleza, uma crônica que é fundamental, e eu estou aqui com o colega irmão, Senador Kajuru, que defende com unhas e dentes. Ele tem uma relação muito forte com o esporte, é jornalista, locutor, comentarista e uma pessoa que está fazendo um trabalho diferenciado pela ética neste Senado Federal. O Senador Kajuru daqui a pouco vai usar a palavra.
Eu queria dizer que os cronistas foram fundamentais. Eu vou chamar um apenas. Eu queria chamar vários que estão aqui, nos deram a honra de vir a esta solenidade, que eu repito: não teve nenhum investimento público. Os convidados vieram com doação de patrocinadores que amam o Fortaleza, que gostam do Fortaleza e que trouxeram para este momento histórico algumas das pessoas que aqui estão. A gente fica muito feliz em poder fazer este ano no último centenário.
Eu queria chamar à mesa o Presidente da Associação Profissional dos Cronistas Esportivos do Estado do Ceará (APCDEC), o Sr. Alano Maia. Por favor, Alano. (Palmas.)
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Alano está sempre congregando a categoria, sempre fazendo eventos, mostrando a importância desse trabalho. É um trabalho heroico o trabalho que vocês fazem. Todos estão de parabéns. Ao longo da sessão, eu vou citar o nome de alguns desses cronistas que aqui estão.
Eu quero citar, para minha alegria, minha felicidade, a presença de outra irmã que eu conheci aqui no Senado, uma Senadora corajosa, ousada no bem, que tem feito um trabalho fantástico. É bom a gente saber que a gente se sente ao lado de pessoas como ela e como o Senador Kajuru no bom combate, o que a gente faz aqui é o bom combate.
Senadora Selma Arruda, de Mato Grosso. Muito obrigado pela presença aqui conosco. (Palmas.)
Eu queria também chamar... Fortaleza tem uma torcedora símbolo. São 2 milhões de torcedores que o Fortaleza tem. Eu nem vou falar a quantidade de simpatizantes, porque, no Brasil, são milhões, e milhões, e milhões. É uma torcedora símbolo. Eu, quando pequeno, era mascote, entrava em campo pelo Fortaleza, e era ela que me pegava na mão e que me colocava, e vai crescendo aquela afeição pelo clube. Hoje, graças ao trabalho do Marcelo e toda sua diretoria e funcionários, continua acontecendo, cada vez mais entrando crianças. Não é à toa que é considerado o clube da garotada. O Fortaleza é chamado - viu, Senador Kajuru? - o clube da garotada. Quem deu esse apelido foi... Uma das pessoas que eu tenho conhecimento de que deu esse apelido foi o Zé Raimundo Costa, que é um ex-Presidente do Fortaleza, que tem uma passagem marcante comigo, importantíssima. A minha irmã casou-se com o neto dele também. A gente se aproximou, foi ver CT quando era pequeno, a gente foi crescendo junto. O clube da garotada tem essa marca das crianças.
E o Fortaleza tem uma torcedora símbolo, que é a Toinha. E eu queria chamar aqui a Antônia Lima, Toinha, funcionária do Fortaleza. (Palmas.)
Ela tem só, pessoal, 48 anos - não é, Toinha?
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Quarenta e nove anos de clube. (Palmas.)
No ano que vem, vai fazer 50 anos, cinco décadas de trabalho, se Deus permitir, se Deus quiser, não é minha irmã? Deus a abençoe.
E, para finalizar, eu quero pedir a permissão, em nome dos atletas, porque os atletas do Fortaleza... Não é à toa que o Fortaleza é combativo, aguerrido, vibrante e forte. Então, os jogadores do Fortaleza encarnam as cores tricolores, as cores da bandeira do Fortaleza. É um clube de superação pura. Quando ninguém acredita, ele vai lá e faz uma surpresa. Essa sinergia toda os atletas pegam em campo e dão o sangue, a raça, o sangue no olho, como se costuma dizer.
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Então, em nome da gratidão, pela reverência ao corpo de atletas, que são milhares, que passaram pelo Fortaleza nos últimos 100 anos, nós temos dois aqui. Eu vou pedir para um deles subir, mas eu vou citar o outro, importantíssimo na nossa conquista do ano passado de campeão da Série B, primeiro título de impacto nacional do clube, e logo no centenário do clube. Deus não poderia escrever um roteiro tão maravilhoso. Nenhum cineasta de Hollywood conseguiria escrever o que aconteceu nos últimos dois anos no Fortaleza. Deu tudo certo!
E eu queria chamar aqui, representando esses atletas, uma pessoa por que eu torcia muito da arquibancada, como muitos de vocês, que deu muitas alegrias e propiciou o perdão, que foi a chave do Fortaleza em 2017, na subida da Série C para a Série B - foi o perdão! Um dia a gente vai poder contar essa história para vocês com mais detalhes, alguns já sabem. Mas eu queria chamar o Clodoaldo.
Clodoaldo, por favor! (Palmas.)
Clodoaldo Ferreira, um dos maiores jogadores da história do Fortaleza nos últimos 20 anos. Ele está aí com destaque: Clodoaldo, Senador Kajuru. A nossa querida empresária da Xuxa, Marlene Mattos, foi atrás de poucos jogadores na sua vida, e um deles foi o Clodoaldo, porque ela viu o potencial, o talento que esse homem tem e que deu muitas alegrias para o Fortaleza. Em 2017, houve o perdão, porque houve um momento da vida dele em que ele foi para o adversário - eu não chamo de rival porque rival não é uma coisa bacana. Eu tenho um profundo respeito pelo Ceará Sporting Club, um time também muito glorioso -, o Clodoaldo foi participar do Ceará, e isso balançou um pouco as estruturas. Depois de dez anos, Clodoaldo é aceito, perdoado; pede perdão e é perdoado pela torcida do Fortaleza. Foi um perdão mútuo, na realidade, e ali houve um momento de encontro, porque a gente não pode de maneira nenhuma não honrar os nossos heróis. Então, foi um momento de redenção para o Fortaleza, e o Clodoaldo está aqui conosco.
Muito obrigado, Clodoaldo, pela sua presença!
E hoje ele é funcionário do Fortaleza Esporte Clube.
Então, para terminar a composição da Mesa, eu quero chamar...
Aqui nós estamos em Brasília, no Distrito Federal, e nós temos uma representação, uma Embaixada do Fortaleza aqui no Distrito Federal. Existe em outros Estados também, mas aqui eu tive a oportunidade de assistir a jogos com eles, participar de alguns eventos e nutro amizade por essa turma, que me recebeu muito bem, e que é Fortaleza mesmo, vai a Goiânia assistir a jogo, vai a todo lugar. Então, eu quero chamar o Presidente aqui da Embaixada tricolor do DF, que é o Embaixador tricolor, o Sr. Flávio Gomes.
Por favor, Flávio. (Palmas.)
Ele já vem ali a caráter, com as cores... Daqui estou vendo um show de gravatas...
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Pessoal, peço a vocês para ficarmos de pé. Convido todos para, em posição de respeito, acompanharmos o Hino Nacional deste nosso País fantástico, o Brasil.
(Procede-se à execução do Hino Nacional.) (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Pessoal, eu considero que Deus deu três presentes para o Fortaleza no centenário. Até escrevi um artigo sobre isso. O primeiro presente foi este cara que está aqui do meu lado. O segundo presente foi a série B. E Deus foi tão generoso que nos deu a A, no mesmo período, mas ali, sair da C para a B, na véspera do centenário, não tem preço. E o terceiro presente vocês vão ver no vídeo agora.
Por favor.
(Procede-se à exibição de vídeo.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Por que eu falo que é um presente o Rogério Ceni? Dispensa comentários, Kajuru, o campeão que ele é, a dedicação. É um profissional que dorme poucas horas por noite - quando eu digo "poucas", são poucas horas mesmo por noite, três ou quatro -, para se dedicar a estudar, a focar no seu trabalho, para se superar. Então, o Rogério Ceni aceitou o grande desafio na hora que eu estava saindo do Fortaleza - Marcelo Paz teve todo o mérito na contratação, eu apenas tive a bênção de fazer a ponte. E ele veio e nos deu grandes presentes: a Copa do Nordeste, Campeonato Cearense e o Campeonato Brasileiro - a Tríplice Coroa, como se chama no futebol. O Rogério Ceni voltou ao clube em uma história muito interessante de acolhimento. Ele volta agora ao clube com uma missão muito difícil. Ele pensou em todo mundo nesse retorno, menos nele: ele pensou na gratidão, no amor que a torcida tem pelo clube, que dedicou de apoio a ele, desde o começo, e ele voltou para um desafio, superando questões pessoais, superando situações delicadas, para tentar fazer, nesse sprint final, todo o possível para o clube continuar na série A. Então, esse gesto dele, para mim, já valeu. Já mostrou o caráter que a gente conhecia dele, um homem ético, um homem dedicado, um homem cidadão, um cidadão de bem, de quem tenho a honra de ser amigo.
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Eu queria registrar a presença do Senador Styvenson Valentim, outro irmão, do Estado do Rio Grande do Norte. (Palmas.)
Styvenson é outro Senador aqui que tem feito o seu trabalho com muita honra, com muita dedicação, pelo bem da Nação, pelo bem do Estado dele.
Há um videozinho. Antes de a gente começar aqui as falas em homenagem, eu queria pedir que fosse rodado um vídeo institucional do Fortaleza. Por favor.
(Procede-se à exibição de vídeo institucional do Fortaleza.) (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Esse é um documentário que foi feito para o centenário do Fortaleza, chamado Meu Tricolor de Aço, que foi para os cinemas do Estado do Ceará e de São Paulo também.
E quero dar em primeira mão para vocês a notícia, nem o Presidente sabe ainda: até o final do ano, vai estar no Netflix! (Palmas.)
Uma dessas pessoas que falou, a quem quero deixar as minhas orações, à sua família, minha gratidão, foi o grande historiador Airton Fontenele, que faleceu, desencarnou este ano, em Fortaleza. Então, à memória dele a gente destina também esta sessão solene.
Antes das falas - já está do meu lado direito ali -, vocês vão ter uma surpresa agora, feita com todo o carinho pela Embaixada tricolor, organizada pela Embaixada tricolor. Vamos ouvir o talento deles, e depois eu quero fazer um comentário.
Por favor, fiquem à vontade!
(Procede-se à execução do Hino do Fortaleza Esporte Clube.)
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Muitíssimo obrigado.
Esse é o hino do Fortaleza Esporte Clube, composto por Jackson de Carvalho em 1967, um hino que tem várias versões, inclusive do Fagner, amigo do Kajuru, nosso amigo, grande artista, torcedor do Fortaleza Esporte Clube. E joga futebol também o Fagner, ele joga bem, viu? E joga descalço. Eu também gosto de jogar descalço.
Muito bom.
Então, eu quero agradecer ao trio que veio aqui, representando a Embaixada Tricolor do DF. Muito obrigado pela presença de vocês.
Vamos começar a ouvir e vamos pela Toinha, por essa torcedora símbolo do Fortaleza que é funcionária há 49 anos. Você vai abrir esta sessão, querida.
Muito obrigado. (Palmas.)
A SRA. ANTÔNIA LIMA (Para discursar.) - Boa tarde a todos.
Realmente eu estou muito emocionada com a presença de todos, mas vou ver se posso falar um pouquinho. É muita emoção para mim e para a torcida do Fortaleza, como o Girão falou, é a torcida que leva todos nós.
Vou fazer agora, dia 2 de janeiro, 49 anos. O sofrimento maior que eu tive foram os 8 anos na Série C, mas Deus é muito bom pai e sabe realmente que quando ele quer ele dá tudo de bom para a gente. Então, agradeço a Deus, com muita fé. Espero que cada um de vocês tenha fé que este ano nós todos vamos realizar coisas boas, Deus vai iluminar a gente.
Eu quero agradecer a todos vocês. Estou muito feliz. Eu vim de muito longe, mas, para mim, estou em Fortaleza, porque as caras são maravilhosas, todo mundo sorrindo. O torcedor de Fortaleza é feliz, eu conheço o torcedor quando olho para ele. Sei quando é do outro lado e quando não é. Então, eu tenho muita experiência.
Eu me emociono com o Rogério porque vivo o dia a dia com ele. Eu me emociono com o Girão, com o Presidente, porque a gente vive o dia a dia. Eu sinto realmente as coisas ruins e as coisas boas, mas atualmente a gente só tem coisa boa, né?
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É porque nós somos felizes. Apesar de que ontem não deu certo, porque nós tivemos um gatinho lá no meio da gente, mas nós vamos dar a volta por cima.
Eu queria aqui agradecer ao Girão por esta homenagem muito bonita que ele fez para a gente, principalmente para o pessoal da crônica esportiva, que nunca teve direito de falar assim, nem o direito de revelar as coisas boas... Porque o pessoal diz assim: a crônica fala mal, a crônica levanta e a crônica abaixa. Mas tem que ver que, no meio da gente, há os profissionais que amam a camisa do clube. Tem um aqui que, faz muito tempo, acho que eu era bem menina: Océlio Pereira! (Palmas.)
Océlio, me lembrei de você, viu? Você não queira dizer que só eu sou velha, não!
Eu gostaria de agradecer a todos vocês. Estou muito feliz. Feliz com você, que veio de Natal, feliz com você que está aqui com o Girão nessas cadeiras, que pesam muito. Eu digo todo dia ao Presidente que é muito fácil o pessoal dizer assim: "eu vou ser Presidente de um clube". Cadeira pesa, pessoal! A cadeira é pesada! Você tem que ter muito sangue na veia, como eu, que tenho 76 anos, fiz 76 anos agora no dia 1º. E eu não abro para todo mundo, não, viu? Eu só trabalho com macho, e eu não tenho medo de nenhum. (Palmas.)
Agora, eu não gosto muito de trabalhar com mulher, não, porque mulher dá muito trabalho. Pois é, já fiz vocês rirem um pouquinho.
Quero agradecer a todos da mesa, agradecer a vocês por esta linda festa. Não me convidem, porque eu não posso sair do Fortaleza. Já me convidaram para a seleção, mas eu não quis ir, não!
Muito obrigada a todos! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Essa é a Toinha, pessoal, que mantém um ambiente, lá no Fortaleza, pelo amor que ela tem, pela dedicação. É uma profissional exemplar a Toinha.
Muito obrigado pela sua presença aqui.
A Toinha, para vocês terem uma ideia, foi a inspiradora de um espaço, um centro ecumênico lá no Fortaleza, que nós tivemos a oportunidade de inaugurar em 2017, no dia 18 de outubro, no dia do aniversário de 99 anos do Fortaleza, que é o Espaço Ecumênico Lucas, o Evangelista. Foi a partir de uma conversa com a Toinha, sentado ali, no local onde seria erguido, em dois meses, o setor de patrimônio do Fortaleza, sob a coordenação do nosso hoje Segundo Vice-Presidente, o Rolim Machado. A gente conseguiu construir, com a doação de muita gente. É um espaço que é usado pelos jogadores, pelos funcionários, celebrações de missas, enfim.
Eu queria agradecer o trio que está aqui, o trio que veio. Na sanfona, o Sr. Agábio Lima; no triângulo, o Sr. Mariozan Barreira Viana; e no bumbo, o Sr. Eldivan Batista da Silva. Muito obrigado pelo talento e por terem vindo conosco aqui. (Palmas.)
Neste exato momento eu já concedo a palavra ao Presidente do Fortaleza Esporte Clube, esse homem preparado, humilde, sereno, trabalhador, homem da paz. Não é por acaso que tem Paz no nome.
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Marcelo Paz, por favor, use a tribuna. (Palmas.)
O SR. MARCELO PAZ (Para discursar.) - Boa tarde a todos.
É motivo de muita honra e muita gratidão estar aqui hoje. A gente não se sente preparado. Eu queria ter essa presença de espírito da Toinha. Falar depois dela é difícil, porque ela tem uma leveza. Mas é a experiência.
Eu ia fazer uma correção. Ela disse que tinha 49 anos, mas 49 anos de Fortaleza e 76 de idade. E é uma vitalidade impressionante. Todos os dias, está dentro do Pici, no CT, carregando peso, servindo, conversando, alegrando, animando e sendo um espírito mesmo do bem no nosso Fortaleza.
Quero saudar a Mesa em nome do Presidente da sessão e meu amigo, Senador Eduardo Girão. Um presente de Deus ao Fortaleza é você meu amigo, irmão, e não só para o Fortaleza, mas hoje para o nosso País inteiro, pela cadeira que você ocupa e pelo homem público de bem que o nosso País ganhou com a sua presença aqui no Senado.
Quero saudar o Ministro Conselheiro da República Francesa, Sr. Gilles Pecassou. Estivemos na França há pouco tempo - relatei -, visitando a Federação Francesa, visitando clubes franceses. No ano passado, como presente também do nosso amigo Senador Eduardo Girão, levamos nosso sub-19 para a França, jogamos uma competição na cidade de Saint-Joseph. Não por acaso, Saint-Joseph seria São José, que é o padroeiro do nosso Estado. Então, as ligações permanecem, sempre vindo a ligação da França com o nosso Tricolor de Aço. É uma honra tê-lo aqui conosco.
Quero saudar o Demetrius Coelho, Presidente do nosso Conselho Deliberativo, que é um órgão importantíssimo dentro do clube. (Palmas.)
O Demetrius conduz muito bem, com sabedoria, com altivez, com leveza, com pacificação, e essa harmonia ajuda a bola entrar. A presença do Demetrius lá, junto com a mesa do conselho - Dudu Sales, Evangelista, Armando Júnior e Wendell fazem um trabalho sensacional... Há tempos já, a gente vem nessa batalha em conjunto pelo bem do clube. O Demetrius, com muito orgulho, está aqui representando.
Alano Maia, o nosso Presidente da APCDEC, colega de imprensa. Eu também sou radialista, atualizado - minha carteirinha todo ano é todo atualizada, pago direitinho, para, na hora em que deixar de ser Presidente, eu poder ser cronista novamente e comentar, porque eu estou o.k. -, assim como o Senador Kajuru também é radialista, o nosso Júlio Salles, nosso mestre. A imprensa tem um trabalho fundamental, diário, permanente de informar o torcedor, de passar o dia a dia do clube, de trazer informação, opinião, crítica, quando necessária, - às vezes, a gente tem que ouvir, sim, a crítica, para refletir, para aprender, para engrandecer -, mas, acima de tudo, são parceiros do clube. E eu acho que, com a iniciativa do Eduardo, como ele me falou, sem dinheiro público, através de doações, vieram vários cronistas esportivos representados, e é muito bom, como a Toinha falou, olhar para todo mundo aqui: Charles Gaspar, Rodrigues - eu não vou citar todo mundo, porque eu vou ser injusto -, Océlio, sinto falta do Miguel Júnior, sensacional, Jorge Telmo - o Júlio eu já citei -, Paulo Santiago. Todo mundo bem representado aqui.
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A imprensa tem um papel fundamental, que tem sido feito muito bem.
Quero saudar também Lauro Henrique, um amigo. Nós somos amigos da educação nos tempos de escola. O Lauro é proprietário de escola particular, eu também sou proprietário de escola particular, e já tivemos aqui em Brasília...
(Soa a campainha.)
O SR. MARCELO PAZ - Acabou meu tempo? Foi?
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. MARCELO PAZ - Vixe, Maria! Tenho mais cinco? Então eu vou acelerar, que só na apresentação aqui eu perdi muito tempo.
Então, o Lauro, amigo, irmão, sempre juntos! E, não por acaso, nós nos conhecemos bem antes: eu, apaixonado pelo Fortaleza, um simples torcedor, não tinha nada a ver com o clube, conheci o neto do Alcides Santos, e criamos uma amizade, inclusive das famílias.
Clodoaldo, um gênio do futebol, o maior craque que eu vi jogar com a camisa do Fortaleza, sensacional, com quem tenho a alegria de trabalhar junto hoje.
Toinha dispensa apresentações. Ela já mostrou a todo mundo a pessoa maravilhosa que é.
E o Flávio, que faz um trabalho muito bom também na Embaixada do DF, de quem a gente aprendeu a gostar. Sempre que a gente vem aqui é bem recebido.
Fortaleza, eu quero dividir em quatro tópicos bem rápidos.
História. Quero lembrar Alcides Santos, o nosso fundador, o corajoso, o empreendedor, o que colocou a pedra fundamental, o que foi Presidente do clube nos anos iniciais, o que iniciou tudo isso. Para mim o maior tricolor de todos os tempos chama-se Alcides Santos, e a gente tem que se lembrar da história começando desde a origem dela. Mas, ao longo desses 100 anos, hoje a gente está vivendo o último dia do primeiro centenário. Tivemos muitos dirigentes, muitos diretores, jogadores, funcionários, torcedores, pessoas ligadas ao clube. Todos merecem reverência, saudação, merecem honra e merecem glória porque cada um colocou um tijolinho na história do Fortaleza para a gente chegar aonde está hoje. Temos que honrar os dirigentes, honrar os antepassados.
Torcida. A torcida é o maior pilar do clube. É para ela que aqui dedicamos todo o trabalho, todo o esforço, todo o envolvimento. Quando a gente chega àquele Castelão, lotado como estava ontem, eu não canso de me emocionar ao ver aquela massa, aquela energia das pessoas por amor - aquilo é amor ao Fortaleza. Na terça-feira, eu fui com Rogério Ceni ver a montagem do mosaico. Aquilo é um trabalho que só pode ser feito por voluntários. Se fosse pago, não sairia tão bem-feito. E eram voluntários de madrugada. Quantos e quantos mosaicos eles já fizeram? E quantas e quantas festas a nossa torcida já fez com as torcidas organizadas, que têm o seu papel importante, a TUF, a JGT, a Bravo 18, a FEC Beer e outras também que têm um trabalho sensacional e merecem a nossa reverência, porque vão com o Fortaleza aonde ele estiver? Uma vez eu disse assim para o cara da organizada: "Rapaz, mas vai ter um jogo longe, vocês vão mesmo?". Ele disse: "Presidente, nunca pergunte se a gente vai, porque a gente vai, sempre. Pode esperar a gente lá!". Então, merece a nossa saudação a torcida.
Vivemos um presente de muita gratidão. Eu acho que a gente só tem que agradecer a Deus por tudo que ele proporcionou para o Fortaleza nos últimos anos. E é uma construção de muito tempo. Eu tenho a honra de estar presidindo meu clube do coração numa passagem marcante do centenário e de algumas conquistas. Mas eu me considero apenas um instrumento de Deus nesse trabalho, porque o Fortaleza nesses últimos anos tem feito a sua torcida feliz, com acessos, com títulos, com conquistas esportivas, com conquistas sociais. Um clube de futebol tem um papel social fundamental, e o Fortaleza não se furta ao trabalhar questões sociais, ao promover reflexões, ao gerar debates e ao fazer o bem.
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Um time de futebol tem que fazer o bem, porque a força que um clube de futebol tem é imensa. E não é só o Fortaleza, são todos os clubes que têm massa por trás, que têm torcedores que amam o clube. A gente tem feito isso e tem muito que celebrar, que comemorar: uma tríplice coroa, três títulos dentro do centenário, todos eles foram com os cem anos. Temos que comemorar o maior número de sócios da história do nosso clube; temos que comemorar o maior índice de redes sociais na história do nosso clube; temos que comemorar o recorde de público histórico de média do campeonato cearense de 2019, é do Fortaleza o recorde histórico; a quarta melhor média de público da Série A, em 2019, é do Fortaleza; o recorde de lojas próprias neste ano; o recorde de produtos licenciados; seguidas e inúmeras ações sociais; e também por termos Rogério Ceni como nosso treinador, a meu ver, o maior treinador da história do clube, um presente mesmo para o Fortaleza, a dedicação, o empenho.
Eu digo para muitas pessoas assim: você queria ter um colaborador dentro da sua empresa, da sua equipe, que a única coisa que ele pensa na vida é fazer o seu time vencer, é fazer sua empresa dar resultado? Assim é o Rogério Ceni. A única coisa em que ele pensa todos os dias é fazer o Fortaleza vencer. Então, eu falo abertamente, de coração, de peito aberto, que é um cara sensacional e é sim o maior treinador da história do nosso clube.
E olhar para o futuro. Hoje é o último dia do primeiro centenário e amanhã é o primeiro dia do próximo centenário. Então, que a gente possa fazer um clube cada vez mais forte, mais unido, mais organizado, com conquistas esportivas, com gestão profissional, fazendo o bem, levando paz social, fazendo com que as pessoas cresçam enquanto pessoas, porque é um desafio conduzir a massa, porque a massa às vezes é tomada por caminhos complicados. Às vezes vem a soberba porque ganhou muito, às vezes vem a vaidade, porque acha que é maior do que os outros, e a gente tem que estar trabalhando isso a cada dia no coração do torcedor. Às vezes, sendo incompreendido, mas dizendo a verdade, porque a verdade tem força, como ensinou o meu amigo Luís Eduardo Girão. E é um trabalho diário, permanente, constante, de fazer o bem para o clube, olhar para o futuro. Estamos construindo o nosso centro de excelência no Pici, Alcides Santos, está em plena construção um espaço em que a gente vai receber e tratar muito bem 30 pessoas, que são os 30 jogadores profissionais de futebol que estiverem no elenco do Fortaleza. Que eles cheguem lá e tenham toda a estrutura possível para que o atleta possa render bem, para que a gente possa bater de frente com qualquer clube do nosso País, respeitando as grandiosas e gigantes instituições que existem, com que a gente aprende todo dia, mas a gente quer enfrentar de frente e conseguir realmente, em alguns anos, estar no patamar maior do nosso futebol, e acredito que a gente vai conseguir isso com trabalho, com seriedade, com organização, com verdade e sem desviar o caminho. O caminho tem tentações, tem provações, tem atalhos, e a gente não pode seguir os atalhos. Seguir reto.
Lembro muito da Série C, viu, Toinha. Eu fui diretor de futebol em 2015 e em 2016 na Série C, e muita gente dizia: vai por aqui... Não, vamos seguir o caminho correto. Fazer o bem, fazer o certo para dar certo. E deu, e deu. E subimos, e subimos e tivemos o maior título da nossa história. Quando eu olho para essa estrela, o orgulho é sensacional em saber que a gente colocou a estrela de campeão brasileiro, que todo mundo tem orgulho de ostentar.
E é isto: seguir para mais cem anos sem demonstrar cansaço.
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Receba o sincero abraço da torcida tão leal, meu Tricolor de aço. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Agora vocês entendem: quando eu estava saindo do Fortaleza, Senador Kajuru, eu combinei que ia passar pouco tempo. Ganhando ou perdendo eu iria sair, por um compromisso com a minha família, que está aqui, a minha esposa, que é torcedora do Ceará e me deu uma força tremenda para fazer esse mergulho no Fortaleza, a minha filha Maria Eduarda, a minha filha Manoela. As pessoas não entenderam bem quando eu disse que estava saindo. E aí, como é que vai ser? Eu disse: vai vir um cara muito - eu vou repetir: muito! - melhor do que eu, muito mais competente, que conhece futebol, que é agregador e que é uma pessoa correta, e o Marcelo Paz está demonstrando isso. Os caminhos de Deus ninguém sabe. Pode até não dar certo, os resultados não acontecerem. No futebol, às vezes a bola bate na trave, às vezes vem um "varzinho" para atrapalhar, às vezes vem alguma situação, mas vocês não tenham dúvida de que o caminho está sendo feito com o maior...
(Soa a campainha.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Vou dar só mais um tempinho aqui para o Presidente. O caminho vai ser o maior, o melhor possível que ele está trilhando junto com os funcionários, junto com os diretores, junto com a torcida do Fortaleza, porque todo mundo está no mesmo barco. Essa é a verdade.
Antes de passar a palavra para o próximo orador, eu quero chamar o meu amigo, irmão, Senador Jorge Kajuru, para vir aqui à tribuna. Ele é um dos mais assíduos Senadores desta Casa, de segunda a sexta-feira. É um cara que chega aqui às 5h30 da manhã, às 6h da manhã. Não estou mentindo, não! Isso é verdade. (Palmas.)
Ele coloca com muita sabedoria: "eu sou funcionário do povo brasileiro". Kajuru fez questão de estar aqui nesta homenagem, com a sua agenda corrida. Ele disse: "eu sou um homem do esporte, eu reconheço o Fortaleza, e eu estarei lá".
Kajuru.
O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO. Para discursar.) - Minhas únicas vossas excelências, estou emocionado, como seu empregado público, e já vou direto dizendo à mesa completa aqui: eu, o irmão que conheci... Vou até contar rapidamente porque eu o considero irmão, porque para você chamar alguém de irmão, você precisa ter motivo. Eu tenho irmãos: Datena, Raimundo Fagner - é irmão, podem perguntar para ele -, Sócrates, ex-jogador de futebol; Ivan Lins, músico; e agora, eu ganhei um irmão aqui no Senado, que é o Senador irmão Eduardo Girão.
Mas eu vou quebrar o protocolo, como sempre. Eu odeio homenagem. Por quê? Porque me faz mal. Infelizmente, esse é um dos motivos de reclamar. O resto eu agradeço a Deus por tudo, porque eu pedi tão pouco a Deus, e Ele me deu em dobro. Agora o problema é que eu só tenho 3% de visão, em função do diabetes. Eu tive descolamento de retina. Então, a questão da homenagem é o quê? Você chega, de repente tem uma pessoa que você conhece, com quem você já esteve, já jantou com ela, e você não enxerga. Aí ela fala assim: "o Kajuru está mascarado". Então, eu peço desculpa.
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Quando o Girão chamou o ex-jogador Clodoaldo, eu me lembro de tê-lo entrevistado. Eu fui jornalista por 40 anos na minha carreira nacional de televisão brasileira. Ele estava aqui e eu não consegui enxergá-lo. É por isso que homenagem me faz mal. E, às vezes, há homenagem a que eu não vou porque eu acho que não tem que homenagear coisa nenhuma.
Aqui no Senado, eu não fui a nenhuma, só na que eu fiz, como eu Senador, porque era obrigado. Foi a homenagem aos 54 anos do Jornal Nacional, porque eu fui amigo pessoal do Dr. Roberto Marinho, falecido.
Então, é a primeira - e última, viu? - homenagem a que fiz questão de vir. Eu tenho compromisso urgente agora com o Vice-Presidente da Rede Globo, Paulo Tonet, que é o Presidente da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão). E aqui, Girão, em primeira mão, em sua homenagem, aos radialistas que estão aqui... Uma rádio - me parece que é a Rádio Cidade - me entrevistou. Eu informei, em primeira mão, o que estão falando aí que vão cobrar direitos de transmissão de rádio: esquece, isso não vai acontecer, porque eu não permito. (Palmas.)
E o rádio do Ceará, que é um exemplo para o Brasil... Eu chegava ao Castelão, e as rádios estavam desde 8h da manhã no estádio, repórter em campo, comentarista, repórter da galera. Então, o rádio do Ceará merece isso. Se fosse cobrar alguma coisa, o futebol é que tinha que pagar para o rádio, de tanto que o rádio faz para o futebol. Essa é a diferença. A televisão, o jogo começa às 5h, começa a falar do jogo às 4h55. As rádios começam quantas horas por dia?
Eu tenho uma reunião com ele agora. Ele vai oficializar essa notícia que eu já antecipei ao rádio esportivo do Ceará.
Agora, aqui eu fiz questão. Não é só por causa do irmão Girão, pela história do Fortaleza Esporte Clube - amanhã, 18 de outubro, completam 101 anos, perfeito? -, mas sobretudo porque, no desenrolar de minha existência, em momentos diferentes, eu ganhei, como eu disse, dois amigos umbilicalmente ligados ao grande clube do Estado cearense: um irmão compositor - para mim, um dos melhores do Brasil - Raimundo Fagner... (Palmas.)
Um cara, gente, que já cantou, e várias vezes, com Mercedes Sosa. É brincadeira o cearense, ou não?
Aliás, vamos falar a verdade: cearense, quando dá para ser gênio, é brincadeira, amigo, pelo amor de Deus.
E aquele cearense simples, Toinha, você não sabia. Eu morei no Rio por 15 anos. O que há de cearense no Rio que ficou milionário, que era garçom e de repente hoje é dono de restaurantes fantásticos no Rio de Janeiro. Vocês sabiam disso, não é? Fantásticos. Cearenses trabalhadores ali, que hoje são exemplos, geram milhares de empregos no Rio de Janeiro.
E esse que eu acabei de falar, Eduardo Girão.
Eu vou rapidamente concluir.
Vou contar essa história, não deveria, não, mas preciso dizer o tanto que eu tenho que ser grato - e quem não tem gratidão não tem caráter, para mim - com essa pessoa, que presidiu o Fortaleza - hoje o Presidente é o Marcelo - e que ama o Fortaleza - eu sei disto, ele ama o Fortaleza.
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O Girão, gente, além de ser um homem público raro - raro -, é um homem de palavra - o que ele falar para você esquece -, um homem de coragem, porque nós dois estamos enfrentando uma briga com o Supremo Tribunal, que não é fácil. Não é qualquer Senador que tem peito aqui, não! Pelo contrário, a maioria borra nas calças! O Girão está comigo, e eu estou com ele, junto!
Mas eu quero mostrar o outro lado, porque o lado político é fácil de falar: o lado humano, do ser humano.
Pablo Neruda, num pequeno trecho, ensinou-me o seguinte:
E que meti a colher até o cotovelo
numa adversidade que não era minha,
no padecimento dos outros.
Então, esse é o exemplo do Girão.
Eu, emocionado, tenho que falar isto. Eu estou vivendo um momento muito difícil na vida. Não tenho nenhuma vergonha de falar. Estou enfrentando uma doença grave, um tumor no pâncreas, preciso fazer a cirurgia urgentemente e estou esperando só a votação da reforma da previdência. O Girão sabe disso. O Girão e a Leila do Vôlei, que é minha irmã há dez anos - o Girão sabe disso -, os dois, ficam todo dia aqui no Plenário em cima de mim. A Leila ficou sem falar comigo três dias: "Vai fazer a cirurgia, pelo amor de Deus! Não espere reforma coisa alguma! Saúde em primeiro lugar!". Eu falei: "Não, eu vou ficar aqui. Eu vou esperar. Sou empregado público, é meu dever e Deus vai me segurar para fazer a cirurgia!".
Enfim, ontem os dois estavam aqui. Cheguei e falei para eles - o Senador Oriovisto e o Senador Amin estavam também na roda. Esta história é bonita. E a história bonita do Fortaleza tem a ver com fortaleza. Fortaleza é um time de paixão. A gente vê o estádio, e não tem como não arrepiar no jogo do Fortaleza. É impossível você não ficar arrepiado no jogo do Fortaleza. Então, essa é uma história de paixão. Já que sua esposa está aqui, Girão, a sua esposa só pode ter orgulho de você. Ela se casou com um homem na verdadeira acepção da palavra e com um ser humano que eu não sei se eu vou conhecer fácil nesse meio político. Eles perguntaram para mim: "Você vai ou não vai?". Eu falei: "Eu vou responder para vocês a verdade, então. A verdade é uma só, eu estou completando a grana. A cirurgia custa R$180 mil. Você sabe disso". A cirurgia de pâncreas - quem sabe aqui? - é cara, não adianta, no Einstein, em São Paulo.
Vocês sabiam que o Senador tem direito de fazer a cirurgia, e o Senado paga? Vocês sabiam disso? Aquele Deputado Federal - meu nome é felicidade; meu nome não é Feliciano, não. Eu não sou picareta, não! -, aquele Deputado Federal Feliciano fez uma cirurgia odontológica, eu acho que ele botou diamante no dente, e pediu para o Senado pagar, e o Senado pagou: R$158 mil. Não foi o Senado que pagou; vocês pagaram, os contribuintes pagaram. O cara pediu o reembolso. Aí os dois, o Girão e a Leila, falaram: "Você tem que pedir, você tem direito, porque você faz jus ao seu mandato, Kajuru. Você não tem nada a ver com o Feliciano, porque a do Feliciano é uma questão estética; a sua é de pâncreas, é diferente, Kajuru. Você tem que pegar esse dinheiro do Senado". E eu falei: "Eu não vou pegar. Eu respeito dinheiro público. Eu não aceito um centavo do Senado!".
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Entra aí no Portal da Transparência do Senado. Senador Kajuru, qual é o custo dele? Zero, zero, absolutamente zero.
(Soa a campainha.)
O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) - Para encerrar.
Eu vou sair disso aqui, que alguns acham que é um chiqueiro, mas, para quem achar que é chiqueiro, vou sair sem levar nem o cheiro nem a caatinga. E dinheiro público não, amigo, eu respeito.
Aí falei para eles, para fechar. Girão, não vou fazer, irmão, porque estou completando a grana, eu vou conseguir para terminar. Sabem o que ele falou para mim, ele e o Oriovisto, os dois? "Nós temos o dinheiro, nós vamos passar o dinheiro para você". "Como? Eu tenho que pagar vocês depois." "Não, não, nós vamos passar o dinheiro para você, Kajuru." Alguém acredita nisso? Eu contei ontem à noite para o Datena, que é igual a um irmão meu, um pai. O Datena chorou no telefone. Ele disse: "Você está brincando. Dois Senadores fizeram isso com você?" "Fizeram." Então, isso é que é a vida.
Para quem acha que todo político é igual... Ah, político é tudo igual! Tem gente diferente, e diferente como homem, como ser humano. Claro que eu não aceitei o dinheiro deles, mas eu tenho que registrar essa história. Eu já consegui o dinheiro, graças a Deus, com as minhas reservas, e vou fazer a cirurgia.
Só para não ser chato, eu fui longo, desculpe, mas foi por emoção, porque eu falei de coração.
O Fortaleza, gente, superou tanta coisa, uniu conquistas, comemorações, homenagens no ano do centenário.
Justamente em 2018, quando completou os cem anos, alcançou o seu principal feito no futebol, o título do Campeonato Brasileiro da Série B. Tornou-se o único clube nordestino a ganhar o título de alguma divisão do Campeonato Brasileiro na era dos pontos corridos.
Na sequência, neste 2019, agora, ganhou o título estadual e a Copa do Nordeste, impondo-se sobre os adversários dos nove estados da Região.
Mais uma glória para a gigantesca Nação Tricolor de Aço de Fortaleza, que já havia vencido a Copa Cidade de Natal, em 1946, uma das primeiras disputadas de âmbito regional no Nordeste. O Fortaleza ganhou ainda o antigo Torneio Norte-Nordeste, em 1970.
Com 42 títulos estaduais, o Fortaleza foi também por duas vezes vice-campeão brasileiro da Série A, nos anos de 1960 e 1968, e duas vezes vice-campeão brasileiro da Série B, em 2002 e 2004.
Pouca gente sabe, Brasil, Pátria amada, mas o Fortaleza é o único clube cearense a ter se classificado em campo para um torneio continental, como vice-campeão da Taça do Brasil de 1968, vencida pelo Botafogo. Lembram-se? Teria de disputar então o quê? A Taça Libertadores da América do ano seguinte. Mas, por causa de divergências com a corrupta Conmebol por causa de datas, a CBF não indicou e o Brasil, à época, não teve representantes na competição, mas seria o Fortaleza disputando uma Taça Libertadores da América.
Os títulos são muitos, mas o grande patrimônio do Fortaleza é a sua fanática torcida, conhecida pelos belíssimos mosaicos que arrepiam qualquer pessoa normal que gosta de esporte, que ama o esporte. Aqueles mosaicos montados nas partidas importantes, como ontem inclusive.
E sempre presente, um clube que representa, vira notícia, como em 2014, quando proporcionou o maior público do ano no Brasil, num jogo da série C, contra o Macaé: quase 64 mil pessoas presentes.
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Eu me lembro como se fosse hoje. O Fagner me ligava toda hora do estádio, toda hora. Aliás, eu falei para o Girão: o Fagner liga toda hora para mandar vídeo, para mandar tudo. Ele ama o Fortaleza. E o Fagner, só para concluir, me emociona quando ele canta: "Fortaleza, clube de glória e tradição". Mas só para não falar do Fagner, Girão, a gente tem que também aqui saudar e bater palmas para ele, porque esse hino do Fortaleza é tão bonito que você tem que dizer quem é o autor, quem é que escreveu: Jackson de Carvalho. (Palmas.)
Então, de forma sincera, eu agradeço a paciência de vocês. Atrasei-me um pouco lá com o Tonet, da Globo, mas ele vai entender o motivo, é justo. Desculpem-me por não continuar, mas depois eu terei pela TV as imagens de sequência e as falas, que eu vou acompanhar e colocarei nas minhas redes sociais, com muito prazer, algo que eu não fiz com ninguém. Nem na homenagem que eu prestei à Rede Globo eu coloquei nas minhas redes sociais, mas o Fortaleza eu vou colocar, faço questão de colocar. Eu tenho 30 redes sociais. Pouca gente, só 96 milhões de acessos - 40 anos de carreira na televisão.
Então, é isso aí. Deus abençoe a todo mundo, paz, saúde. Principalmente Deus, pelo amor de Deus, ficar agarradinho com Deus, cearenses aqui presentes, em nome da Toinha... Que mulher, hein? Obrigado por você existir, bem. Que mulher!
(Intervenção fora do microfone.)
A SRA. ANTÔNIA LIMA - Ouvi as suas palavras muito sinceras. Eu acho que o torcedor do Fortaleza tem sangue na veia. Não é todo mundo que torce, não. Tem que ter sangue!
O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) - Ela é apaixonante, não é?
(Soa a campainha.)
O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) - Um beijo no coração de vocês todos. Muito obrigado pelo carinho! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Kajuru, muito obrigado pela sua presença. Você é uma pessoa que busca aqui a verdade, neste Senado Federal. Inclusive está ganhando a camisa do Fortaleza Esporte Clube, ele que é um irmão. Muito obrigado! Deixa eu falar uma coisa, que as pessoas precisam saber: o Kajuru assinou, foi o que iniciou o processo de busca pela verdade na CPI do Esporte. Nessa CPI nós conseguimos... Você conseguiu quantas assinaturas?
O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO) - Quarenta e nove.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Quarenta e nove assinaturas. Eu fui um dos primeiros a assinar junto com ele, e o Kajuru tentou aqui no Senado, não emplacou; está tentando no Supremo Tribunal Federal. É um cara que busca a ética, abrir caixas-pretas. A verdade tem que vir à tona. E esse é um cara que merece todas as homenagens, um homem sensível, um homem que luta pelos valores da vida, é a favor da vida desde a concepção, é contra jogatina, é contra liberação de drogas, é um cara do bem e aqui no Senado está fazendo diferença. Deus abençoe você, querido. Muito obrigado! (Palmas.)
Nós vamos agora, imediatamente, conceder a palavra ao Presidente da APCDEC, fazendo novamente uma reverência aqui a todos os cronistas, que são fundamentais para o clube, fazem um trabalho heroico no dia a dia, e tiveram muito respeito desde a nossa gestão, compreenderam e apoiaram o trabalho que a gente fez.
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Então, eu quero, neste momento, passar a palavra para o meu amigo Alano Maia.
Muito obrigado, Alano. Seja bem-vindo. Faça aí o seu pronunciamento. (Palmas.)
O SR. ALANO MAIA (Para discursar.) - Obrigado, Presidente. Boa tarde a todos.
Difícil não ficar nervoso aqui diante de tamanha responsabilidade.
Quero saudar o Presidente em nome de toda a Mesa e pedir a nós que viemos uma salva de palmas para a equipe do Senado, que nos recebeu muito bem. (Palmas.)
Saúdo o Presidente do Fortaleza, meu amigo Marcelo Paz, como cronista esportivo, filiado à nossa APCDEC.
Saúdo também, em nome da torcida tricolor, o narrador esportivo mais querido da galera, Júlio Salles. (Palmas.)
Meus amigos e minhas amigas, trago os meus cumprimentos à família tricolor pelo seu centenário.
Em nome de toda a imprensa esportiva cearense, quero parabenizar o digníssimo Senador Luís Eduardo Girão pela brilhante iniciativa, um dia especialíssimo para nós que viemos da capital cearense.
Como comentarista esportivo da Rádio Cidade AM 860 e da Jovem Pan News Fortaleza, sinto-me orgulhoso em poder participar desta belíssima sessão, representando aqui os meus irmãos da APCDEC, do Estado do Ceará, associação esportiva que tem 70 anos de existência e que já teve como Presidente o Senador Cid Saboia de Carvalho, que muito honrou o Estado e esta Casa, a quem eu peço uma salva de palmas. (Palmas.)
Agradeço ao Senador Jorge Kajuru pelo apoio nessa luta de não deixar-se cobrar das emissoras de rádio o direito de transmissão de jogos. Nós queremos ajudar, contribuir e promover o futebol como um todo.
Estamos juntos, Senador, e que a nossa Santa Dulce dos Pobres possa trazer a sua saúde à plenitude para o senhor continuar sendo um porta-voz também dos radialistas.
Agradeço à melhor crônica esportiva do Brasil, a crônica esportiva cearense, que dedica mais de 40 horas diárias ao futebol. Acreditem, são 13 emissoras fazendo a cobertura sistemática do futebol só na capital e Região Metropolitana.
Quero aqui mandar um abraço a todos os radialistas, narradores, comentaristas, repórteres e técnicos de áudio pelo trabalho belíssimo que dignifica a associação da qual sou Presidente.
Por fim, para não me alongar, parabenizo o Fortaleza Esporte Clube, clube por que torço com o maior orgulho, mas sei distinguir também a hora de criticar, de fazer a observação, como bem disse o nosso Presidente Marcelo Paz.
Que venha outro centenário.
Senador Luís Eduardo Girão, a imprensa esportiva do Estado do Ceará lhe agradece, e o Fortaleza também, pelo belíssimo gol feito no dia de hoje.
Muito obrigado. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Muito obrigado, meu irmão Alano Maia, um profissional sério, íntegro, correto e que defende com unhas e dentes a sua classe. Eu tive o prazer de participar do evento que ele faz, anual, com os cronistas de todo o Estado do Ceará, do interior, da capital, um evento muito bonito do qual eu pude participar.
Eu queria neste exato momento já chamar o Presidente do Conselho Deliberativo do Fortaleza, Demétrius Coelho.
Por favor, Demétrius, escolha a tribuna. (Palmas.)
O SR. DEMÉTRIUS COELHO (Para discursar.) - Boa tarde a todos. É muito lindo ver este Plenário tricolor, com essas três cores, neste momento em que este Plenário, não só este Plenário como este País precisam de muita energia positiva. E que essas três cores, até pelo momento que o clube está passando, energizem este Plenário para que, nos próximos dias, nos próximos meses, as melhores decisões para este País sejam tomadas a partir daqui.
Saúdo a todos aqui presentes.
Saúdo o Exmo. Sr. Senador e Presidente Luis Eduardo Girão, Presidente do Fortaleza Esporte Clube, porque uma vez Presidente sempre Presidente, principalmente por tudo que você fez pelo nosso clube. Sou muito grato ao Luis Eduardo Girão por ter me convidado para este dia de hoje, que é o último ato público do ano do centenário, mas também por ele ter confiado em mim desde o primeiro momento em que ele resolveu assumir o clube. Ele me chamou a uma missão, confiou em mim, e eu me sinto muito honrado em até agora ter tornado factível tudo que ele pensou de mim.
Muito obrigado, Presidente. Estou sempre à sua disposição!
Gostaria de saudar Flávio Gomes, ilustre representante da Embaixada Leões do Distrito Federal. Aproveito para homenagear os demais movimentos de torcida: Leões da TUF, que estava aqui representada pelo Emidio...
(Soa a campainha.)
O SR. DEMÉTRIUS COELHO - ... o movimento de torcida Bora Leão, Dudu Damasceno; Glória e Tradição também; JGT; e os demais movimentos de torcida, que são muito importantes, porque eles guiam a torcida na arquibancada, na festa que é feita, como foi mais uma vez a festa de ontem.
Saúdo o Presidente da APCDEC, Alano Maia; os demais radialistas aqui, Tony Pereira, que me deu espaço no seu programa, lá naqueles tempos longínquos. É importante a presença da imprensa, sempre divulgando as coisas do clube. Como bem falou Alano, "muito espaço dedicado ao clube pela imprensa". E a gente sabe muito bem - essa gestão atual sabe muito bem - ouvir críticas principalmente porque elas são construtivas. A gente sabe muito bem isso. Continue assim, fazendo esse trabalho independente, cobrando quando tem que se cobrar e elogiando quando tem que se elogiar.
É uma honra saudar o Lauro Santos: chamo-o de Santos por ser neto de Alcides Santos, que, como o Presidente Marcelo Paz falou, é "o maior dos tricolores", e sem ele nós não estaríamos aqui. Graças a ele nós estamos aqui reunidos celebrando essa grande instituição.
Saúdo meu grande amigo Marcelo da Cunha Paz, Presidente da Executiva. Agradeço as palavras proferidas sobre a minha pessoa, sobre a minha gestão e digo que, sem a reciprocidade, não daria certo. O amigo também é um pacificador, é um cara inteligente e que sabe ouvir.
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E isso tem sido um condutor importante na nossa relação de Presidente com poderes independentes, porém harmônicos. Aproveito e saúdo também o Presidente do Conselho Fiscal, Júlio César Hipólito, e o Presidente do Conselho de Ética e Disciplina, Advincula Nobre.
Saúdo o ilustre representante da embaixada francesa em Fortaleza, que representa o país que deu essas lindas cores ao nosso clube, cuja harmonia sempre estará em cima.
Saúdo a mãe de todos os tricolores, Antônia Porfíria, Toinha, representante dos funcionários do clube, assim como Sérgio Papelin aqui também, cada qual na sua função que traz todo dia o sustentáculo para que o clube possa ser tocado.
Ao craque Clodoaldo, maior ídolo meu, maior craque que eu vi jogar no futebol cearense, ao lado dele o grande Eberson, jogador de suma importância na nossa campanha do ano passado e será neste ano também. Confiamos muito em você, Eberson, confiamos que você voltará inteiro.
Senhoras e senhores, eu queria falar em nome do Conselho Deliberativo de todas as conquistas que tivemos neste período recente do Fortaleza. O Fortaleza Esporte Clube era um clube cujas decisões eram tomadas por pouco mais de cem pessoas. Nosso colégio eleitoral era mais ou menos isso. Nós tínhamos um público de 2 milhões de torcedores, mas quem tomava as decisões eram cento e poucas pessoas. Nós iniciamos o movimento "Democracia, Fortaleza, Democracia tricolor" e hoje as eleições no Fortaleza são diretas, os sócios podem votar. Graças à excelente gestão do Presidente Marcelo Paz, hoje temos 30 mil sócios adimplentes. Eu acho que quase a metade com direito a voto. Isso dá um colégio eleitoral maior do que muitos Municípios do Brasil. Então, a responsabilidade de gerir um clube desses é muito grande.
O Fortaleza é um clube democrático, é um clube popular. Sua torcida, que é a maior torcida do Estado, cada vez cresce mais com o combustível das conquistas, mas isso é muito importante salientar.
Para finalizar, Senador e Presidente Luís Eduardo Girão, eu vou falar uma coisa que meu coração está mandando. Eu aprendi com você que a gente tem que fazer o que o coração manda. Desde ontem eu tenho recebido muitas mensagens de conselheiros tricolores e de torcedores tricolores revoltados com o que aconteceu ontem no jogo Fortaleza x Flamengo. Você que está aqui neste Plenário defendendo tanto a bandeira da ética, da moral, da seriedade - o Senador Kajuru, gostaria que estivesse aqui para ouvir, mas estendo a ele também essa luta -, a gente precisa também pedir isso para o futebol. Não estou aqui levantando suspeição sobre ninguém, mas acredito que a arbitragem no futebol brasileiro precisa de reflexão.
O que aconteceu ontem no Castelão não foi usual.
(Soa a campainha.)
O SR. DEMÉTRIUS COELHO - Geralmente não acontece aquilo que aconteceu ontem no Castelão. Eu queria pedir às pessoas que fazem o futebol brasileiro que repensem a arbitragem, a utilização do árbitro de vídeo, a torcida tricolor hoje está com um sentimento de injustiça imenso no coração. Muitas pessoas pediram para eu fazer este manifesto hoje e faço para pedir transparência na arbitragem, só isso, transparência na arbitragem.
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Tenho certeza de que a arbitragem brasileira é uma arbitragem honesta, é uma arbitragem que tende a acertar. Porém, ela precisa ser mais transparente, tentar ser igualitária com todos. Da mesma forma que a gente prega igualdade na nossa sociedade, a gente tem que ter igualdade no nosso futebol. Então, que a Comissão de Arbitragem da CBF, que a CBF purgue por melhoria da sua arbitragem, que tente dar um tratamento igual a todos os clubes, para que o futebol se resolva dentro de campo, com o resultado do campo. É isso que eu peço.
Encerro agradecendo o espaço e me colocando sempre à disposição de vocês. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Muitíssimo obrigado, meu querido irmão, amigo, Demétrius Coelho. Demétrius Coelho, você não sabe o quanto você é importante para o Fortaleza Esporte Clube.
Eu queria imediatamente já passar a palavra para o Flávio Gomes, que é o Presidente, que é o embaixador-mor da Embaixada Tricolor do Distrito Federal, essa iniciativa que é brilhante.
Por favor, Flávio, você tem cinco minutos para o seu pronunciamento.
O SR. FLÁVIO GOMES (Para discursar.) - Obrigado! Boa tarde, tricolores! A gente prepara um discurso, mas tem que fugir do script, porque, como todo tricolor, a gente fica totalmente emocionado. A gente sabe muito bem dessa frase. Primeiramente, agradeço a Deus, porque sem ele nada disso teria sentido; ao Senador Eduardo Girão, que eu tive a honra de conhecer há dois anos, e nesses dois anos o Fortaleza é só título, é só sucesso. Conheci-o aqui em Brasília, e hoje preside esta sessão solene, o último ato do centenário do nosso Tricolor de Aço. Senador, muita honra. Aliás, ele é conhecido como o Presidente do acesso. Ele vai ser, se Deus quiser, eternizado com isso. Nada contra, viu, Presidente Marcelo Paz, mas o homem é... (Risos.)
Enfim, todas as diretorias do Fortaleza, os seus diretores, em especial ao grande Presidente Marcelo Paz, que tem nos recebido sempre com honra quando a gente vai lá no Pici, que está dando um baile em gestão, quando a gente fala nesse assunto de gestão de futebol. Presidente, continue muitos anos, viu? Vamos longe, vamos longe!
A todas as famílias tricolores. Desde o dia em que o Senador nos contactou, a gente convocou em peso a Embaixada Leões do DF. É uma oportunidade única. Acho que a próxima oportunidade é daqui a cem anos - falei para todo mundo. Em especial a minha família, minha esposa Ivanice, que está ali. Ela aguenta, até de certo modo, a Embaixada. Os meus dois filhos, brasilienses, mas claro, com sangue tricolor: Davi. O Davi quase não entra em campo quando vai para o Castelão. Eu quase não aperreio a Toinha. Aperrear é o termo de lá. Obrigado, viu, Toinha? Desculpe mais uma vez. E a primeira palavra do meu pequeno tricolor, Guilherme, com cinco meses de idade, foi "leão".
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Muito obrigado.
Eu acho que meus pais também... Eu tenho que falar, porque meus pais são os culpados, no bom sentido, de eu ser tricolor: minha mãe era incentivadora e meu pai - vou falar de novo - aperreava para ir ao estádio.
E os cronistas... Eu tenho que falar do Júlio Salles, porque, desde os 12, 13 anos, eu ligo o radinho de pilha - viu, D. Júlio Imperatriz Salles, eu lembro. Torcedor também, ele é leão até no Pará. Então, as últimas do esporte, enfim...
Todos da Mesa, é um grande prazer.
E, voltando aqui, como falei de família, a nossa família, a Embaixada Leões do DF...
(Manifestação da galeria.)
O SR. FLÁVIO GOMES - Eu não sei se... Eu vou quebrar um pouco o script aqui: há algum tricolor de aço aí?
(Manifestação da galeria.)
O SR. FLÁVIO GOMES - Pronto. Desculpa, viu, Presidente? Qualquer coisa, você manda a conta lá para a embaixada.
Essa embaixada, Presidente, se reúne, resumidamente aqui, desde 2001, como uma torcida que assiste às transmissões dos jogos aqui em Brasília, mas sempre foi a torcida Leões do DF. Por quê? A torcida do Fortaleza é grande, então, para a gente não se resumir só a Brasília, a gente adotou Distrito Federal, porque há as cidades-satélites, o Entorno do DF.
O primeiro embaixador foi o Lino, que hoje tem o privilégio - porque se aposentou e voltou para Fortaleza - e hoje assiste ao nosso Tricolor de Aço perto. Está sempre no Castelão.
Eu quero uma salva de palmas para o Lino. (Palmas.)
(Soa a campainha.)
O SR. FLÁVIO GOMES - Já, já, eu termino.
O segundo grande foi o Osvaldo Otton. (Palmas.)
Ele não veio, mas gostaria de estar aqui com a sua família.
Agora, não posso deixar de citar, porque, em todo esse tempo, desde o início, sob a batuta dele - ele gosta dessa palavra -, é o nosso grande líder - por favor, líder, se levante aí: Ricardo Newman, que está aqui com a sua linda família, inclusive é aniversário hoje. Ele aniversaria um dia antes do Fortaleza, grande Igor. Parabéns, Igor. Que Deus o abençoe. (Palmas.)
E sabe aquela frase - você viveu para passar por isso? É a que cabe neste momento. Por que eu digo isso? Eu estou há 14 anos em Brasília. Vocês estão vendo aqui, mais ou menos, pelo crachá que eu sou, há dez anos, servidor desta Casa, servidor concursado. E realmente nunca pensei estar aqui. Eu sou da Liderança do Partido Social Cristão, assessoro os Deputados lá. A gente não pode, claro, falar na tribuna, lógico, mas a gente assessora. Eu nunca pensei estar aqui falando para o meu clube de coração.
A primeira vez foi com 13 anos de idade. O Sr. Ary deve estar aí na TV Senado: papai, te amo. Graças a Deus, você me levou ao estádio e eu sou tricolor hoje.
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E o time daquelas camisas, como é conhecido o nosso Fortaleza, foi a paixão, o amor à primeira vista, quando eu fui a um jogo do Campeonato Cearense.
(Soa a campainha.)
O SR. FLÁVIO GOMES - E 30 anos depois eu estou aqui, falando do meu clube de coração. E realmente é uma honra, é uma honra estar aqui, e um dia antes dos seus 101 anos, com toda a família da Embaixada, a embaixada mais vibrante do Brasil, que, Senador, apesar da distância, pouco mais de 2 mil quilômetros de Fortaleza, sempre ajudou o nosso Fortaleza, seja na torcida, seja em energia positiva nas transmissões, em alguma ação que o clube lança...
(Soa a campainha.)
O SR. FLÁVIO GOMES - Estou terminando.
... e a embaixada tenta chegar junto. E como o nosso Presidente Marcelo Paz fala, "o pouco de muitos", a gente tenta angariar sempre um sócio, torcedor a cada transmissão do nosso Tricolor de Aço, aqui em Brasília.
Muito obrigado, Embaixada Leões do DF; a todos aqui que estão presentes; a toda a massa, à Nação que nos está acompanhando na TV Senado; a todos da Mesa. Obrigado mesmo!
Agora, eu tenho que falar dele também, não é? Clodoaldo. Clodoaldo foi o meu primeiro ídolo - ele não sabe. Eu, torcedor de arquibancada, ia para o estádio escutando o rap dele. Eu não vou cantar aqui porque minha voz está embargada e tal, mas todos conhecem o rap. Clodoaldo, mais tarde eu coloco o rap no encontro da gente!
Clodoaldo...
(Soa a campainha.)
O SR. FLÁVIO GOMES - ... eu sempre soube que você é tricolor! Sempre! Parabéns, continue seu trabalho. E é como fala o Senador Eduardo Girão, é o perdão e a gratidão, e é por isso que o Fortaleza consegue ter tanto sucesso.
E eu termino a minha fala do jeito que eu comecei, aliás, com um pouquinho de alteração. Vocês viveram para passar por isso, principalmente a família Embaixada Leões do DF, porque é uma oportunidade única que a gente tem, quem vive aqui no Distrito Federal, aqui em Brasília, de estar comemorando esta sessão solene do nosso, de todos, Tricolor de Aço.
Obrigado, pessoal. Bora, Leão! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Olhe aí, Dudu, Dudu Damasceno, já fez uma propaganda de graça aí do trabalho.
Muito obrigado, Flávio! Você é uma pessoa especial. Obrigado pela presença da sua família aqui, todos da Embaixada Leões do DF. Inclusive tenho um grande irmão que faz parte hoje da embaixada, que é meu amigo de infância - de infância -, que é o Edson Lima Costa, Juiz hoje, aqui, no Distrito Federal, uma pessoa íntegra, correta, que eu aprendi a admirar também pelo seu trabalho, seu profissionalismo. Muito obrigado pela sua presença.
Antes de passar para o penúltimo orador, - porque nós temos um orador surpresa daqui a pouco... Mas o penúltimo orador vai ser nada menos - olhem que benção a gente tem aqui - o neto, gente, o neto do Alcides Santos, o homem que fundou esse clube que hoje é a razão de existência de muita gente, a gente se emociona e fica feliz por existir, que é o Fortaleza Esporte Clube, do Tricolor de Aço, do Pici, do leão.
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Não é não, Alano? Então, meu querido Lauro. (Palmas.)
O SR. LAURO HENRIQUE SANTOS DE OLIVEIRA LIMA (Para discursar.) - Obrigado.
Falar das coisas do time, das vitórias, de toda a trajetória, já foi tão falado e talvez eu seja um pouco repetitivo em algumas coisas, mas vamos lá.
Senhoras e senhores, Senadores da República, Exmo. Presidente da Mesa, Senador Luís Eduardo Girão, a quem agradeço o convite para participar deste evento especial, através de quem cumprimento todos os políticos presentes bem como essa honrada plateia que prestigia a cerimônia.
Senhoras e senhores, é com imensa alegria que, nesta data, quando nosso formidável time, o Fortaleza, completa seu centenário, fecha o ano do seu centenário, que sinto na alma que o momento não poderia ser melhor. Comemorar tantos anos de lutas e vitórias, podendo enaltecer o trabalho dos dois últimos presidentes do clube, o Senador Eduardo Girão e o meu grande amigo Prof. Marcelo Paz, pessoa que descobri há 20 anos - na verdade 19, mas eu estico 1 -, há 19 anos nós viemos aqui a Brasília, várias vezes, lutar por uma causa da educação, eu e o Marcelo Paz, e, desde essa época, eu vi o caráter, a hombridade, a pessoa que ele já era, mesmo sendo um rapaz naquela época. Há 19 anos ele era bem novinho, ainda continua novo, imaginem 19 anos atrás. Foi uma alegria muito grande conhecê-lo e trazê-lo até para minha família, para minha alegria, para nós compartilharmos mais.
Temos que enaltecê-los pelo feito de, em pouquíssimo tempo, conseguirem um campeonato inédito, a Copa do Nordeste e a memorável campanha que trouxe o time da Série C para a Série A. Todas essas conquistas confirmam a sensação de que as coisas aconteceram na hora certa, do jeito certo, com gente certa. Mas não é só isso.
O profissionalismo desses presidentes, sua dedicação, carinho e cuidado com o time me fazem lembrar da forma como seu fundador, meu avô Alcides Santos, falava de seu time. Alcides Santos, filho de Agapito dos Santos, educador, Deputado Federal, primeiro diretor da Escola Normal Justiniano Serpa, de Fortaleza, viveu grande parte de sua vida na Guanabara, antiga capital federal, tendo alternado sua juventude entre o Rio de Janeiro e Paris, na França, de onde vieram as cores da bandeira do Fortaleza Esporte Clube.
Por ser um esportista, Alcides Santos, em sua juventude, competiu no ciclismo, na França, correndo a Tour de France, e no Rio de Janeiro, no remo, pelo clube Flamengo. O Clube de Regatas Flamengo foi o time pelo qual ele competiu na juventude dele.
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É importante lembrar que até 1912, o Flamengo só era uma escola de remo. Não tinha futebol. Ele só tinha remo. Em 1912, ele já tinha saído desse esporte, remo, e já estava no Ceará, já às voltas com o futebol.
Sem sombra de dúvida, e pelos seus feitos, podemos dizer que Alcides Santos foi um dos maiores atletas cearenses do século XX. Hoje, presente em espírito nessa comemoração, certamente radiante com a longevidade bem sucedida do objeto de seu empenho durante a vida, Alcides Santos garante sua memória em nossos corações. Nosso Estado e a imensa torcida do Fortaleza se orgulham e esperam que, por merecimento, seu nome seja eternizado também em algo de grandeza equivalente em nossa capital, Fortaleza. Vamos lutar agora para ter a Alameda Alcides Santos, bem bacana, porque o pai dele tem. Agapito dos Santos tem uma rua em Fortaleza. Alcides Santos merece a rua dele, lá em Fortaleza.
Alcides Santos vivo teria hoje 110 anos. Está na hora. Não, ele teria 120 anos. É isso? 1889... Vamos lá... 130! 130! Faz tempo, hein? Caramba! Então, será uma justa e generosa homenagem àquele que, de coração aberto, nos deu a possibilidade de alegrarmos nossos corações por um século.
Obrigado! É isso que eu tinha a dizer aqui do nosso querido Alcides Santos. Muito obrigado! Boa noite!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Muitíssimo obrigado, irmão Lauro Henrique Santos de Oliveira Lima, um grande educador, uma pessoa extremamente do bem e solícita, sempre. Nós trouxemos inclusive uma foto, um quadro. Eu não sei onde ele está. Daqui a pouco a gente vai mostrar uma foto para vocês, de um quadro pintado por Ernani Pereira no dia em que Marcelo Paz estava assumindo a Presidência do Fortaleza. Está lá, na Presidência, um quadro com a imagem dele.
Você falou uma coisa ali que eu comentei instantes antes, sem saber do seu discurso. Você comentou que Alcides Santos estava presente aqui em espírito. Eu falei para ele. Eu disse: ele está aqui, está feliz, e as coincidências são incríveis, porque ele foi do Clube de Regatas do Flamengo, ali no remo, e ontem, na véspera do aniversário do Fortaleza, deste momento aqui, o Fortaleza joga com o Flamengo.
Aqui é o Alcides Santos. É o avô dele. Não sei se a câmara dá.... olhe, Marcelo. É o Alcides Santos. (Palmas.)
Eu quero, antes de passar para o último orador... Nós vamos ter depois... Está acontecendo uma transmissão ao vivo. Esta sessão está sendo transmitida ao vivo pela TV Senado, desde o início, pela comunicação competente desta Casa.
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Eu aproveito para parabenizar toda a equipe do Senado, os funcionários, na pessoa do Zezinho, que é de Santa Quitéria e está aqui diariamente. (Palmas.)
O Zezinho fica sempre nos bastidores, mas ajuda todo dia aqui.
Eu queria, antes do último orador, mostrar esse livro em primeira mão para vocês.
Este livro aqui, que está na minha mão, do Dorelland Ponte Lima, que é um escritor que está aqui presente, vai ser lançado em Fortaleza, na próxima semana. Está sendo, em primeira mão, o material mostrado para a gente, já pronto. É um trabalho, pessoal, de 45 anos. Há 45 anos, o Dorelland escreve, revisa, espera o momento certo, vai buscar apoio. E ele está conseguindo lançar a história do Fortaleza Esporte Clube. O número um, este aqui, Lauro, ele vai dedicar a você; e o número dois, ao Presidente Marcelo Paz, que está ali. É um livro muito feito; desde 1974 que ele escreve. Então, hoje, é um sonho, no último dia do centenário do Fortaleza, estar se lançando este livro.
Dorelland, muito obrigado.
Eu queria, se a câmera pudesse mostrar, ele está na nossa frente, está em pé. (Palmas.)
Ele é o escritor que fez este livro com muito carinho.
O último orador está sentado aí na plateia.
Nós vamos ter, depois de encerrar a sessão, para não ficar muito longa, uma homenagem a alguns dos cronistas, alguns dos convidados que estão aqui, inclusive o aniversariante Igor, que vai ser homenageado hoje nesta sessão.
Eu queria passar a palavra a uma pessoa cuja idade eu vou ter que entregar: desde pequenininho ouvindo na rádio, pegando carona e ouvindo, acompanhando a história do Fortaleza, esse grande irmão que está sentado, que está ali quietinho, que é uma pessoa querida pela torcida do Fortaleza. Eu acredito que você, irmão, é uma pessoa que representa a emoção na rádio. Todos, aqui temos grandes cronistas, grandes radialistas que nós vamos citar daqui a pouco, mas eu acredito que o seu trabalho, Júlio, é um trabalho que repercute no meu coração - eu posso dizer por mim - desde a infância. São muitas emoções. Parecia que a gente estava vendo o jogo e você passando cada detalhe.
Eu queria, para encerrar esta sessão, como último orador, que você pudesse vir à tribuna do Senado e fazer uma palavra para a gente.
Júlio Salles. (Palmas.)
O SR. JÚLIO SALLES (Para discursar.) - Olá, nação tricolor! Tudo numa boa? É o Leão do primeiro ao quinto.
Sr. Presidente, eu gostaria, com a sua vênia, de fazer uma pergunta.
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Pergunto ao senhor o que fiz para merecer estar aqui nesta tribuna, onde os maiores tribunos da história política do Brasil já passaram, Tancredo Neves e tantos e tantos outros? Ressalto dois: meu conterrâneo Jarbas Passarinho - e ao sobrinho dele Ronaldo devo minha entrada na história do rádio brasileiro; eu não posso esquecer - e o Senador, meu orientador, meu pai, meu amigo, Cid Saboia de Carvalho, que foi um grande Senador nesta Casa.
Meus irmãos tricolores, fico feliz de conta aqui com o Presidente da associação. Eu tenho a camisa - e uso garbosamente em Fortaleza -, meus leões do Distrito Federal; meu Presidente da APCDEC, em nome do Océlio, do Aluísio e de todos os demais companheiros repórteres - eu já fui repórter um dia; meu querido neto do fundador do Fortaleza...
Quando se fala do fundador do Fortaleza, a gente tem de passar a história do clube. A nossa memória não pode ser apagada. Houve grandes Presidentes, como o pai do Moésio, Cel. Mozart, que teve uma passagem histórica como Presidente do Fortaleza.
Pipiu, jogador que veio da Bahia, queria uma geladeira para assinar contrato com o Fortaleza. "O que vou fazer? Ele, sem dinheiro, o Exército pagava mal naquele tempo. Hoje acho que paga mais ou menos. Ele chegou em casa e começou a tirar as coisas da geladeira dele. A esposa dele: "O que é isso, homem? Está ficando doido? Ele falou: "Não. É porque ela está com defeito, e eu vou levar para o conserto". Ele a levou para a casa do Pipiu. Tirou da casa dele a geladeira e deu para o Pipiu como luvas. É o Fortaleza de ontem que vocês jovens de hoje precisam de conhecer.
Manoel, o português, o Vantoinha o conheceu, era o homem da Panificadora Lisboa. Enfim, nomes e nomes: Ribamar Bezerra, o nosso Presidente que sobe no pé de coco, o grande Mota, o nosso atual Presidente, Presidente de garra, de vitória, de dignidade, que sabe encarar a crítica do mesmo modo como recebe o elogio, com serenidade.
Senador, nem falo. Meus irmãos, se não fosse esse Senador, o que seria do nosso Fortaleza? Ele veio mandado pelo Senhor Deus Todo-Poderoso para nos tirar do azedume da Série C e nos trazer hoje para a Série A. (Palmas.)
Obrigado, Senador. Ele não gosta. Ele é humilde e não gosta de que a gente fale isso.
Mas esse Fortaleza é fantástico. Eu e Aluísio Lima, em uma tarde de sol escaldante, miseravelmente quente, no Acre, em Rio Branco, fomos irradiar um jogo da longínqua Série C - Deus nos livre, nunca mais! -, aí eu observei...
(Soa a campainha.)
O SR. JÚLIO SALLES - Calma, campainha! Tenha calma!
Eu observei um cidadão isolado com a bandeira do Fortaleza. Eu disse: "Aluísio, rapaz, à minha direita, no canto direito da trave tem um torcedor solitário do Fortaleza". Havia um torcedor do Fortaleza, e ele está aqui. Levanta, por favor. (Palmas.)
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É o Álvaro Airton, que hoje mora aqui, vive aqui e é tricolor junto com a turma daqui.
Presidente do Conselho Deliberativo - às vezes já tivemos até algumas questiúnculas, mas todas resolvidas na santa paz, porque tricolor pode até divergir, mas nunca divide o clube -, o excelentíssimo senhor representante deste País, amigo da França, a França que deu para nossa bandeira, para o nosso manto, o azul celestial, o branco da paz e o vermelho do sangue que Jesus derramou para nos salvar. Por isso o Fortaleza é abençoado, por isso nós somos vencedores, por isso somos ganhadores, porque com Deus nós sempre somos vencedores.
Essa Toinha, não vou nem falar... Ela é chata... Chega lá: "Rapaz, toma sanduíche!". "Eu não quero". "Toma aqui suco". Essa Toinha é magnânima, é fantástica. Na pessoa da Toinha, eu saúdo a todas as mulheres tricolores que merecem afeto, carinho, respeito, e na pessoa da Toinha eu saúdo a minha filha, Dra. Regina Cláudia, que deixou de trabalhar... Ê rapaz, hoje cortaram o ponto dela para estar comigo, seu pai, velho.
E também, olhando ali para o Clô-Clô e vendo ali o Edson, já cobrei do Edson: "Vamos, cara, quando é que você vai voltar?". Ele disse: "Breve, estou chegando". Aí eu vou lá atrás. Edson José de Souza, meu compadre, o Croinha.
(Soa a campainha.)
O SR. JÚLIO SALLES - Mozart Araújo Gomes, Moésio Gomes, Lúcio Flávio Figueiredo Cruz, José Amílton Melo de Carvalho, Luiz Francisco do Rego, Pedro Basílio Filho, a "Maravilha Negra", é o Fortaleza de ontem, é o Fortaleza recente, do matador Clodoaldo, é o Fortaleza atual, para a frente, para cima, para onde Deus quer nos mandar.
Agora, para a Sul-Americana, e mais um pouquinho, para a Libertadores, porque lhe roubaram o direito. (Palmas.)
Então, viva o Fortaleza! Hoje nós não encerramos a história do clube. Fechamos um ciclo, para começar, a partir de amanhã, outro ciclo de vitórias mil.
Parabéns, Presidente! Parabéns, nação tricolor! E viva o Leão! Mata, Leão! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Esse é o Júlio Salles, amigo, irmão, incentivador, que muito ajudou e ajuda o Tricolor de Aço.
Pessoal, eu queria também fazer aqui uma referência ao tio Ricardo, como eu o chamo, Ricardo Braga, que está sentado ali. (Palmas.)
O Ricardo Braga, todo jogo ele está lá, mas vocês não sabem de uma coisa: é quem me levava para o estádio pequenininho. Ele é quem dava um jeito, me pegava onde eu estava e me levava para assistir ao Fortaleza.
Eu sou muito grato a você, tio Ricardo. Obrigado por você estar aqui. Deus abençoe você e sua família.
Quero também registrar aqui conosco, e a gente vai fazer uma homenagem, uma singela homenagem a alguns amigos que estão aqui e que colaboraram pelo Fortaleza, mas eu quero, em especial, agradecer ao Plauto, ex-Diretor do Fortaleza. (Palmas.)
Construiu um trabalho...
Eu quero dizer aqui, Plauto: você foi muito importante na gestão de 2017 do Fortaleza, e o Paz me disse também que na gestão de 2018 você construiu uma cultura de paz, e a gente sabe que a paz tem força. O respeito que você teve pela nossa torcida desde a entrada, construindo um ambiente mais favorável, um trabalho que fizemos em conjunto com a diretoria, e que a torcida abraçou, em relação ao adversário. Isso diminuiu muito o índice de violência em Clássicos-Reis, que para mim são os maiores clássicos que existem no mundo! Não há coisa mais bonita de ser ver do que Clássico-Rei naquele Castelão cheio, com aquela rivalidade sadia. É óbvio que, dentro de campo, é um querendo ganhar do outro, e tem de ser assim, mas, fora de campo, nós somos adversários, jamais, jamais inimigos, nós somos filhos do mesmo Deus.
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Eu digo, com toda sinceridade, do fundo do meu coração - a minha esposa sabe, ela está ali, a Márcia, que é torcedora alvinegra -, que torço muito para o futebol cearense. Eu acho que os dois clubes precisam estar na primeira divisão. Isso é bom para o Estado do Ceará, isso honra as duas gigantes torcidas do Estado do Ceará.
Então, eu queria, neste momento, fazer a entrega para o Presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, de um troféu, um troféu que vai direto para o Pici, lá para aquela sala bonita de troféus que ele está reformando. Sessão Especial do Senado Federal em homenagem ao centenário do Fortaleza Esporte Clube, com essa estrela que ele foi o grande comandante para colocar, juntamente com todos os que fazem o Fortaleza. Então, eu passo às suas mãos, Marcelo, o troféu de homenagem ao Fortaleza Esporte Clube.
(Procede-se à entrega de troféu ao Sr. Marcelo Paz.) (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Eu queria agraciar também, no encerramento desta sessão, os nossos irmãos que estão aqui conosco.
Eu queria passar para o Alano Maia. Cadê o Alano?
O SR. ALANO MAIA (Fora do microfone.) - Estou aqui.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Alano, vou quebrar o protocolo e vou lhe entregar aqui, em pé, essa placa para você deixar na sua APCdec querida, placa que marca este momento em que estamos aqui.
(Procede-se à entrega de placa de homenagem.) (Palmas.)
O SR. ALANO MAIA - Meu amigo, Deus te abençoe!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Deus te abençoe.
O SR. ALANO MAIA (Fora do microfone.) - Obrigado por tudo!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Obrigado a você.
Queria aproveitar... O Marcelo daqui a pouco vai encerrar a sessão mostrando a camisa oficial do Fortaleza, e eu queria que as crianças estivessem aqui, os mascotes da Toinha, para a gente encerrar a sessão daqui a pouco aqui; como o Fortaleza é o clube da garotada, a gente tem que encerrar com isso.
Toinha! Cadê a Toinha?
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Estou aqui, minha querida! Antes de você buscar os seus mascotes, venha receber a placa aqui, você que é a torcedora símbolo do Fortaleza. Está aqui a placa da Toinha.
(Procede-se à entrega de placa de homenagem.) (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Presidente, fique aqui, próximo.
É sempre bom...
A SRA. ANTÔNIA LIMA - Eu queria dizer para todos vocês que esta placa não pertence só a mim: pertence a todos os tricolores, porque, sem vocês, eu não teria uma plaquinha bonitinha como esta! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Muito bem! Muito bem! Obrigado, querida. Deus a abençoe! (Palmas.)
Queria também... Nosso grande ídolo, grande ídolo do Fortaleza Esporte Clube... Aliás, são muitos os ídolos. O Fortaleza, a gente não pode esquecer, como foi dito aqui...
Muito obrigado, viu? Parabéns, Júlio, pela memória para honrar grandes atletas aqui. Você falou de uma parte dos atletas, mas há também outros grandes. Eu tenho um amigo que considero muito no Fortaleza, uma pessoa que encarnou... É o Boeck, Marcelo Boeck, grande ser humano que foi o nosso capitão das séries B e C.
Vem cá, Clodoaldo!
Daqui a pouco vamos encerrar com os mascotes.
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Cadê o Guilherme? E o Davi?
Clodoaldo.
O Happy Day a gente não vai repetir, não, porque houve uma mudança no final.
O Clodoaldo é tricolor.
Parece que mudou, não sei se foi por abraçar... (Risos.)
Mas está aqui o Clodoaldo.
(Procede-se à entrega de placa de homenagem.) (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Muito obrigado por tudo.
Deus o abençoe!
Queria também entregar para o nosso Presidente do Conselho Deliberativo do Fortaleza, Demetrius Coelho, que está fazendo um grande trabalho de pacificação, de harmonização, pessoa serena - muito obrigado, querido! -, esta placa.
(Procede-se à entrega de placa de homenagem.) (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Ao nosso Presidente da embaixada, o embaixador-mor da embaixada tricolor, da Embaixada Leões do DF.
(Procede-se à entrega de placa de homenagem.) (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Cadê o Lauro, meu querido irmão Lauro? Venha cá, por favor.
Do fundador - isso aqui você vai guardar com muito carinho -, do fundador do clube, in memoriam, Alcides Santos. Nós estamos tendo aqui o prazer de homenageá-lo.
Muito grato.
(Procede-se à entrega de placa de homenagem.) (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Isso aqui é para o Marcelo Paz, Presidente do Fortaleza. É um presente pessoal para ele.
Este é do clube e este é do Marcelo.
(Procede-se à entrega de placa de homenagem.) (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Aqui vou chamar outro grande radialista, um cronista da primeira hora que está lá no Fortaleza, um parceiro, um homem de bem, educador físico, Aluísio Lima. Venha cá, Aluísio. (Palmas.)
Vou falar como os cearenses: pensem num cabra bom, rapaz, pensem num tricolor que leva...
Grande Aluísio!
Venha cá Aluísio.
Muito obrigado pela sua presença! Tudo de bom!
(Procede-se à entrega de placa de homenagem.) (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Eu quero chamar aqui um homem que tem uma marca. O nome dele já leva uma história, para a gente, muito feliz. Quem se lembra de 2015? E 47... Carlos Cassiano.
Cadê você, meu amigo? Venha cá.
É um grande cronista que cobre o Fortaleza com muito amor. Ele, que trabalhou em Curitiba, no Paraná, fez um trabalho muito importante na crônica nacional.
Obrigado. Deus te abençoe!
Abraço no Pastor Bruno, seu amigo e nosso amigo.
Obrigado, querido.
(Procede-se à entrega de placa de homenagem.) (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Eu quero chamar aqui, olhem só a coincidência - aqui está cheio de coincidência, não é? --, aliás, nem chamo de coincidência, chamo de "jesuscidência".
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Ontem, quem comandou o Fortaleza, no último jogo antes do aniversário, dentro do centenário do Fortaleza ainda, foi o francês Charles Hembert. Ele comandou um técnico, que é o assistente técnico do Rogério Ceni, técnico do Fortaleza hoje. Ele estava suspenso, e quem comandou foi o Charles, que é francês, que já atuou no futebol dos Camarões, na África. Ele tem uma trajetória muito bonita.
Então, eu vou chamar aqui outro Charles, um grande irmão, também abnegado trabalhador, o Charles Gaspar. Cadê o Charles? (Pausa.)
Está aí, rapaz! Venha aqui! (Palmas.)
É o reconhecimento a esse trabalho dedicado, diário. Não é fácil fazer isso. Vocês não têm ideia do quanto vocês contribuem para o Fortaleza.
(Procede-se à entrega de placa de homenagem.) (Pausa.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Agora, vou chamar outro craque, vou chamar aqui um craque fundamental para o Fortaleza em 2018, no ano do centenário, campeão brasileiro. Este aqui teve uma marca muito forte, porque é um homem dedicado, de Deus, um homem de grupo, agregador.
Eu coloquei aqui na placa, tomei a liberdade de colocar não o seu sobrenome; eu coloquei como você é carinhosamente conhecido pela torcida do Fortaleza, por mim e pelo Marcelo Paz, com um detalhe maior ainda: Éderson 91! (Palmas.)
Coloquei o número 91, pessoal, porque ele tem uma coisa muito forte, um vínculo muito forte com o Salmo 91. E a camisa que ele usa... Ele disse ao Papellin que queria usar a camisa 91. Ele deu muitas alegrias para a gente e ainda vai dar muito mais, se Deus quiser.
Obrigado por tem vindo, querido. Tudo de bom! (Palmas.)
Ele está representando aqui os atletas do Fortaleza, todos os jogadores que são heróis.
Leve este nosso abraço para eles. Você está representando aqui caras do bem, trabalhadores dedicados, talentosos jogadores do Fortaleza. Tudo de bom!
(Procede-se à entrega de placa de homenagem.) (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Vou chamar aqui um cara que meu filho... Eu tenho um filho de 18 anos, que pegou esse vírus do Fortaleza, um vírus bom, do bem. Ele é mais fanático do que eu. Você acredita nisso? No jogo, ele está lá. Quando termina o jogo, eu quero falar com ele para comentar sobre como foi o jogo, e ele diz: "Não, espere aí, papai, que eu vou assistir aqui ao Dudu Damasceno, o Bora Leão". Aí eu digo: "Rapaz, eu vou te dizer, viu? Espere aí, filho! Fale comigo!". "Não, deixe eu assistir primeiro aqui, porque eu acho bacana."
Dudu Damasceno, por favor, venha aqui! (Palmas.)
É um jovem agregador também. Quando tem de fazer crítica, ele a faz com cuidado, pensando com justiça, pensando realmente no bem, para estimular. Faz críticas construtivas, e essas são melhores ainda, porque ajudam. O Dudu tem feito um trabalho fantástico. Tem crescido muito o blogue. Já são quantos?
O SR. DUDU DAMASCENO (Fora do microfone.) - Mais de cem mil.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - São mais de cem mil. É o Bora Leão, não é isso?
O SR. DUDU DAMASCENO (Fora do microfone.) - É o Bora Leão.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - É o Bora Leão!
Então, Dudu, muito obrigado por sua presença. Parabéns pelo trabalho! Tudo de bom!
(Procede-se à entrega de placa de homenagem.)
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Vamos, aqui, agora, chamar uma pessoa que, inclusive, estudou com a minha esposa, lá no 7 de Setembro. É uma pessoa bacana, está sempre disponível, faz um trabalho maravilhoso, diário. É o Jorge Telmo!
Por favor, Jorge Telmo. (Palmas.)
Parabéns pelo seu trabalho!
E ele também canta, não é? É, rapaz. Já me deu CD... Ele tem um talento também extra ao esporte.
Grande Jorge Telmo! Parabéns, querido!
O SR. JORGE TELMO - Eu queria agradecer também ao Emanuel Magalhães.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Emanuel.
O SR. JORGE TELMO - A Voz da Fiel Tricolor. Há 20 anos eu trabalho lá, também com o grande a Emanuel, que tem 31 anos de Voz da Fiel, e meu programa Tarde Tricolor. Graças a Deus, também estive na base do Tricolor e fico emocionado de estar ao seu lado, ao lado de todos aqui.
Vamos para frente, Emanuel!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Obrigado.
Um abraço para o Emanuel. Tudo de bom!
(Procede-se à entrega de placa de homenagem.)
O SR. JORGE TELMO - Quero parabenizar todos os repórteres que fazem também o dia a dia do Fortaleza.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Obrigado, querido.
Este aqui é outro fantástico também, que desenvolve um trabalho magistral há muitos anos no Fortaleza. Tive a oportunidade de conhecer sua esposa, a Nereusinha - é assim que vocês a chamam?
O SR. OCÉLIO PEREIRA (Fora do microfone.) - Nereuda.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Nereuda. Nereudinha, não é? Ele até me mostrou hoje uma mensagem.
José Océlio Pereira, mais conhecido como Océlio Pereira. (Palmas.)
Esse aí também tem muita história na crônica esportiva do Estado do Ceará. Ajudou muito, tem ajudado muito o Fortaleza há décadas. Em especial, fica o nosso agradecimento nesta sessão do centenário.
Obrigado, querido.
(Procede-se à entrega de placa de homenagem.)
O SR. OCÉLIO PEREIRA - Obrigado, Sr. Presidente.
Eu queria só agradecer ao Leão e dizer o seguinte: é uma satisfação para todos nós que somos repórteres do Fortaleza... E eu tenho orgulho de dizer que eu tenho 37 anos no Fortaleza, não é, Toinha? Estou ficando velhinho, tenho o direito de ser aposentado já pelo Tricolor.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - E com essa voz...
O SR. OCÉLIO PEREIRA - Obrigado, pessoal.
Obrigado pela atenção, Presidente. Tudo de bom!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Obrigado.
Deus o abençoe. Tudo de bom! Um abraço na família.
O SR. OCÉLIO PEREIRA (Fora do microfone.) - Valeu! Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Vou chamar aqui à frente - estava na tribuna neste instante relembrando momentos fantásticos - jogadores históricos do nosso clube. Vou chamar Júlio Salles.
Júlio, venha cá, irmão, de novo! (Palmas.)
O Júlio, só em subir essas escadas aí, já fez o exercício do dia, não é?
O Júlio veio... Ele é um presente do Estado do Pará para o Ceará. E é torcedor do Leão também lá, do Remo...
O SR. JÚLIO SALLES (Fora do microfone.) - O Leão Azul.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - O Leão Azul. E hoje em dia só pensa Tricolor de Aço.
(Procede-se à entrega de placa de homenagem.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Obrigado, meu amigo. Tudo de bom!
O SR. JÚLIO SALLES (Fora do microfone.) - Eu que digo obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Vou chamar aqui um irmão do Júlio Salles, um irmão cuja amizade ele me transferiu. Um cara do bem, um conselheiro para todas as horas, uma pessoa que tem me estimulado muito no mandato, tem me orientado, tem feito orações. Eu agradeço a todos pelas orações e a ele também.
Meu amigo Paulo Santiago, por gentileza! (Palmas.)
Pessoal, aqui no Senado, a guerra acontece todos os dias. É uma guerra espiritual. E as orações têm sido fundamentais para a gente conseguir fazer a nossa parte, combater o bom combate.
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Com todas as nossas imperfeições e limitações, as orações de todos vocês têm ajudado muito. E a gente vai construir, sim, uma Nação melhor para os nossos filhos e netos, porque quem está no comando não é nenhum de nós: é quem está ali em cima, é Jesus. (Palmas.)
(Procede-se à entrega de placa de homenagem.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Ele, que é devoto de Nossa Senhora de Nazaré.
Esse aqui é que estava em festa com o Círio de Nazaré.
O SR. PAULO SANTIAGO - Vamos homenageá-la?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Vamos.
Olha aqui: ah, muito bem! Viva Nossa Senhora! (Palmas.)
O SR. PAULO SANTIAGO - Obrigado a todos.
Vem comigo!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Muito bem, meu amigo.
Obrigado, viu? Tudo de bom.
Chamo aqui, em nome dos diretores do Fortaleza, que nos ajudaram muito e têm ajudado o Marcelo na época em que eu era Presidente e foram fundamentais também com a harmonia, com a união. Gente, a união é fundamental em tudo. E o Fortaleza ter unido ali todo mundo, o perdão mútuo, foi fundamental. E o Plauto me ajudou muito nisso.
Plauto, por favor, ex-Diretor do Fortaleza, responsável pelo projeto Leão da Paz, que fez muitas atividades tanto no PV quanto no Castelão também. Ele é que veio aí, a caráter - olha só, olha a elegância dele! Ele veio com a gravata vermelha, com o paletó azul. Esse aí foi o...
Gostei, muito bom!
Obrigado, Plauto.
(Procede-se à entrega de placa de homenagem.)
O SR. PLAUTO DE LIMA - Eu é que agradeço.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Obrigado a você.
Muito bem. Pronto.
Vamos agora para outro homem de bem, uma pessoa que faz trabalho, rapaz, um homem trabalhador! Pense num cara que não tem hora para trabalhar, dedicado, faz programa do Fortaleza em vários horários, sempre se desdobrando para cobrir, para saber as novidades: Rodrigues Andrade.
Por favor, meu amigo Rodrigues. (Palmas.)
(Procede-se à entrega de placa de homenagem.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Justa homenagem.
É cantor também. É verdade, rapaz! Olha aqui só há artista, viu? Só há artista. Com CD lançado e tudo: Rodrigues Andrade.
O SR. RODRIGUES ANDRADE - Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Obrigado, querido.
Olha lá, Olha lá, para registrar.
Deus abençoe. Continue firme!
Eu não vou falar a frase que ele colocou porque eu puxei a orelha dele. Eu vou revelar para vocês que houve uma frase que ele falou aí no começo do negócio, quando eu disse: "Rapaz, não faça isso. Calma, vamos lá!"
Esse cara é querido demais pela torcida do Fortaleza. Eu já o admirava lá atrás, em que eu tive a oportunidade de conhecê-lo, quando, em uma das concentrações do Fortaleza, vi o nível que ele tem. E assim que assumi, falei com o Marcelo Paz: "Marcelo, a gente tem que trazer esse cara para ser o supervisor do Fortaleza Esporte Clube". E o Marcelo disse: "Era nele que eu estava pensando!". Aí, pronto: aí foi fantástico!
Sérgio Papellin, venha cá! (Palmas.)
O famoso "Joinha", minha joia.
(Procede-se à entrega de placa de homenagem.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Sérgio Papellin, lá de Iguatu, rapaz, terra boa demais, terra de gente acolhedora!
R
Homem que conhece futebol como ninguém, rapaz, esse aqui, viu?
Muito obrigado, viu, querido: parabéns!
O SR. SÉRGIO PAPELLIN - Valeu!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Fundamental também no Centenário. Fundamental com a paciência dele, com... Querido por todos.
Então, nós vamos encerrar agora, pessoal, com as crianças aqui da Toinha, as mascotes ali, quietinhas, do clube da garotada. Encerrar agradecendo: que Deus dê mais 100 anos para o Fortaleza! Amanhã é o aniversário. Parabéns a todos que fazem o Fortaleza!
Uma sessão por que a gente tem muita reverência, muita reverência - acho que a palavra é essa - em fazer porque é um clube que tem muita história.
Então, eu quero encerrar fazendo aqui um Pai-nosso, pedindo a todos vocês que fiquem de pé para a gente fazer um Pai-nosso em agradecimento a Deus por tudo que nós tivemos. Independentemente do que venha, nós só temos que agradecer por tantas bênçãos no Fortaleza Esporte Clube nesses últimos anos; aliás, no centenário inteiro, porque é um clube de muita glória e tradição.
Então, vamos aqui nos juntar, fazer um Pai-nosso com as crianças, com o clube da garotada.
Que Deus abençoe a todos!
Muito obrigado.
E a gente encerra a sessão depois do Pai-nosso.
(Procede-se à oração do Pai-nosso.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. PODEMOS - CE) - Está encerrada a sessão.
(Levanta-se a sessão às 18 horas e 42 minutos.)