3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
56ª LEGISLATURA
Em 2 de julho de 2021
(sexta-feira)
Às 15 horas
74ª SESSÃO
(Sessão Especial)

Oradores
Horário

Texto com revisão

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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PSDB - DF. Fala da Presidência.) - Declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
A presente sessão especial remota foi convocada nos termos do Ato da Comissão Diretora nº 7, de 2020, que institui o Sistema de Deliberação Remota do Senado Federal, em atendimento ao Requerimento nº 271, de 2021, do Senador Izalci Lucas e outros Senadores, aprovado pelo Plenário do Senado Federal. A sessão é destinada a comemorar o Dia do Quadrilheiro Junino.
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A Presidência informa que esta sessão terá a participação dos seguintes convidados: Sr. Hamilton Teixeira dos Santos, Presidente Nacional da Confederação Nacional de Quadrilhas Juninas; Sr. Sérgio Luiz Santos Pereira, Presidente da Confederação Brasileira de Entidades de Quadrilhas Juninas; Sr. José Pereira da Silva, Presidente de honra da Confederação Brasileira de Entidades de Quadrilhas Juninas; Sra. Michelly Miguel, Presidente da Federação das Quadrilhas Juninas e Similares do Estado de Pernambuco; Sr. Francisco Jozivaldo Ferreira, Presidente da União Junina; Sra. Samara Rosa de Albuquerque Ribeiro, Diretora da União Junina; Sra. Maria Eduarda Leles dos Santos, quadrilheira campeã da União Junina; Sr. Claudeci Ferreira Martins, Presidente da Quadrilha Junina Campeã Nacional de Samambaia, aqui do Distrito Federal; Sra. Vilma Campos Paz Bezerra, Presidente e fundadora da Quadrilha Junina Chapéu de Palha, do Gama, DF; e o Sr. Robson Vilela, Diretor da Liga Independente de Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e Entorno.
E agradeço a presença, neste momento, da nossa querida e amiga Senadora Nilda Gondim.
Convido a todos para, em posição de respeito, acompanharmos o Hino Nacional.
(Procede-se à execução do Hino Nacional. )
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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PSDB - DF) - Assistiremos, agora, a um vídeo institucional.
(Procede-se à exibição de vídeo.)
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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PSDB - DF) - Quero cumprimentar a minha querida amiga Senadora Nilda Gondim, o Senador Veneziano Vital do Rêgo, cumprimentar o Sr. Hamilton Teixeira dos Santos, que é o Presidente Nacional da Confederação Brasileira de Entidades Juninas; o Sr. Sérgio Luiz Santos Pereira, também Presidente da Confederação Brasileira de Entidades de Quadrilhas Juninas; o Sr. José Pereira da Silva, Presidente de Honra da Confederação Brasileira de Entidades de Quadrilhas Juninas; a Sra. Michelly Miguel, Presidente da Federação das Quadrilhas Juninas e Similares do Estado do Pernambuco; o Sr. Francisco Jozivaldo Ferreira, Presidente da União Junina; a Sra. Samara Rosa de Albuquerque Ribeiro, Diretora da União Junina; a Sra. Maria Eduarda Leles dos Santos, Quadrilheira campeã da União Junina; o Sr. Claudeci Ferreira Martins, Presidente da Quadrilha Junina Campeã Nacional de Samambaia, daqui, do Distrito Federal; a Sra. Vilma Campos Paz Bezerra, Presidente e também Fundadora da Quadrilha Junina Chapéu de Palha, aqui do Gama, do Distrito Federal; e o Sr. Robson Vilela, Diretor da Liga Independente de Quadrilhas Juninas do DF e Entorno.
Senhoras e senhores, a escritora Rachel de Queiroz dizia que cada coisa tinha a sua hora e cada hora o seu cuidado. É com esse cuidado que hoje estamos aqui para celebrar uma das manifestações culturais mais importantes do nosso País, que são as festas juninas, com a sua música, as suas comidas típicas e, sobretudo, a sua dança.
Estamos aqui hoje, homenageando os milhares de brasileiros que fazem da quadrilha junina o ponto alto desta festa que movimenta todas as cidades e embala todo o Brasil por, pelo menos, 30 dias. Além da alegria, da dança, da música e das comidas típicas presentes nessas comemorações, os três santos católicos, Santo Antônio, São João e São Pedro, são homenageados no mês de junho. Os folguedos são intensos no mês de junho. Entretanto, grupos profissionais se apresentam em festas e participam de concursos durante vários meses por ano.
A preparação com ensaios, seleção de temas, confecção de roupas começa no mês de janeiro. Os grupos viajam, se apresentando e concorrendo em festivais espalhados por todo o Brasil. Aqui na Capital Federal, os nossos grupos já colecionam títulos e prêmios tanto no nível local quanto no nacional. Já levaram as nossas quadrilhas a se apresentarem em vários países da Europa. Hoje, os Estados têm suas próprias entidades e nacionalmente são representadas na Confederação que as congrega.
As festas juninas chegaram ao Brasil com a vinda da Corte Portuguesa. Inicialmente, era uma festa restrita aos palácios, mas, pouco tempo depois, se tornou popular, com a união dos rituais indígenas para celebrar a agricultura na colheita da mandioca e do milho e a vinda dos jesuítas com suas festas religiosas.
Alguns estudiosos afirmam que as festas juninas trazem grande influência da cultura dos portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Segundo eles, da França, veio a dança, quadrille, os fogos de artifícios chegaram da China e a dança com as fitas teria vindo de Portugal e da Espanha. Há controvérsias sobre essas influências, mas é certo que a quadrille francesa chegou ao Brasil, se popularizou e se fundiu com as danças que já existiam em nossas terras.
Quem já dançou quadrilha, conhece os termos franceses abrasileirados, como "anavantur", "anarriê", "travessê" e "sangé", que, juntos com os portugueses "caminho da roça", "aí vem chuva", "olha o túnel" e "a ponte caiu", entre outros, compõem os passos e gestos da quadrilha junina.
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Neste contexto, cabe lembrar que o grande escritor nordestino, paraibano Ariano Suassuna, com muita propriedade nos ensina que "toda arte é local antes de ser regional, mas, se prestar, será contemporânea e universal".
Senhoras e senhores, para além da alegria da música, da dança e dos folguedos, as festas juninas trazem números que surpreendem. Somente nas festas de Caruaru, Campina Grande, Mossoró, Aracaju e Santo Antônio de Jesus, são mais de 7 milhões de pessoas que participam. Se pensarmos em termos de Brasil, esse número chega a 30 milhões de pessoas. Gera-se emprego e renda. Os comerciantes dizem que o aumento nas vendas chega a 15%.
Embora estejamos passando por uma crise inimaginável com a pandemia do coronavírus, a esperança por dias melhores já está voltando aos corações e mentes dos brasileiros. Tenho certeza de que sairemos dessa pandemia, e nossas celebrações voltarão brevemente, porque somos um povo forte, guerreiro e temos uma fé inquebrantável.
Dias melhores virão e vamos celebrar com nossas quadrilhas as festas juninas e em cada canto deste País. O Brasil vai ultrapassar essa crise e voltaremos a festejar a nossa cultura e nossas tradições.
Celebrar, nesta sessão virtual, o Dia Nacional do Quadrilheiro Junino é a nossa sincera homenagem para todos vocês que fazem, com muito amor e dedicação, a preservação da nossa cultura popular em cada canto deste País.
Faço esta homenagem como sempre tenho feito ao longo dos anos. Essa data jamais poderá passar em branco, pois representa o reconhecimento e o agradecimento ao povo nordestino, responsável pela cultura das festas juninas, que saiu das fazendas e dos rincões para todas as regiões, e, hoje, é universal. E, certamente, vai permanecer, geração após geração, aqui e em outros cantos do mundo.
Senhoras e senhores, já chegando ao final deste pronunciamento, eu tomo a liberdade de render minhas homenagens especiais a duas personalidades. representantes das nossas quadrilhas aqui no Distrito Federal.
Tenho a honra de destacar minha querida amiga, Vilma Campos Paz Bezerra, baiana de nascimento, que aqui chegou pioneira nos anos 60 e fundou em 1983, a Quadrilha Chapéu de Palha e criou o Grupo Teatral Luarte, do Gama. Prestou grandes serviços à cultura popular e à juventude na área social; disputou e foi premiada em vários concursos por longos anos, em todo o Distrito Federal; foi presidente da escola de samba Mocidade Independente do Gama, mas é com a Quadrilha Chapéu de Palha, que, até os dias de hoje, Vilma Campos vem fomentando a cultura popular no Gama, mesmo com todas as dificuldades que enfrenta para manter o trabalho social que realiza por meio do movimento cultural que lidera.
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Outra homenagem especial vai para o meu querido José Pereira, maranhense de nascimento, registrado em Teresina, no Piauí, e que chegou em Brasília, em 1968, e foi morar na Ceilândia, onde criou seu movimento cultural: a quadrilha José Pereira, vitoriosa desde 1996. A quadrilha foi fundada para dar oportunidade aos jovens de participarem das festas juninas e dos festivais da Associação dos Moradores do Setor O.
Hoje, vive em Vicente Pires e se destaca pela fundação da Liga de Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e Entorno, sendo também o fundador da Confederação Brasileira de Entidades de Quadrilhas Juninas (Confebraq), da qual é Presidente e batalhador em defesa de políticas culturais para as entidades irmãs dos Estados brasileiros.
A esses dois guerreiros da nossa cultura popular brasileira, Vilma e Zé, as minhas sinceras homenagens.
Meus amigos e minhas amigas, no início deste pronunciamento usei uma frase da grande escritora cearense Rachel de Queiroz, que repito: "Cada coisa tem sua hora e cada hora o seu cuidado". Hoje, o nosso cuidado e o nosso carinho vão para esses homens e mulheres que fazem da dança e da música a alegria de todos nós.
Estamos aqui, em festa, celebrando o Dia Nacional do Quadrilheiro Junino, uma homenagem a todos que amam nossa cultura, nossas tradições e, sobretudo, acreditam no nosso País e em nossa gente, que trabalha e produz.
Viva Santo Antônio, viva São João e viva São Pedro, os nossos padroeiros juninos e de fé desse nosso grande Brasil.
Obrigado.
Vamos agora assistir a uma contação de história em homenagem ao Dia do Quadrilheiro Junino.
(Procede-se à exibição de vídeo.)
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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PSDB - DF) - Antes de passar a palavra para os nossos convidados, eu concedo a palavra ao nosso Vice-Presidente do Senado Federal, Senador Veneziano Vital do Rêgo.
O SR. VENEZIANO VITAL DO RÊGO (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - PB. Para discursar.) - Presidente, os meus cumprimentos! Eu quero saudá-lo, abraçá-lo aqui de Campina Grande, direto ao nosso Distrito Federal, Capital Brasília.
Quero cumprimentar nas referências elogiosas, reconhecedoras de que V. Exa., meu amigo, Senador competentíssimo, companheiro de Câmara Federal e agora também companheiro a quem tenho como referência de inteligência, de dedicação ao seu povo, de capacidade de legislar sobre todos os mais variados assuntos, mas também um homem de sensibilidade.
Reverencio a D. Vilma, reverencio todos os demais, companheiros integrantes, principalmente da região do Distrito Federal, das nossas cidades satélites. Quero aqui transmitir o meu beijo de filho à Senadora Nilda Gondim e dizer, Senador Izalci, que nós não poderíamos, na condição de filhos paraibanos - no meu caso, filho de Campina Grande, representando-a, assim como a Senadora Nilda -, deixar de agradecer a sua lembrança.
Fiquei muito feliz quando, há cerca de 60 dias ou um pouco menos, nós estávamos prestes a ingressar no mês propriamente dito dos nossos festejos e V. Exa. apresentou esse requerimento que, de logo, recebeu a acolhida, recebeu o apoio para que assim, de maneira singela...
Muito gostaríamos de poder estar aí, em Plenário, recebendo, cumprimentando, abraçando, quiçá até brincando numa quadrilha junina. Mas a realidade que nos é imposta dessa pandemia assim nos faz, virtualmente. Mas isso não perde o caráter de congraçamento, não diminui o seu gesto, a sua atenção, o seu reconhecimento a todos, como bem disse no seu pronunciamento e bem salientou o filme mostrado e apresentado antes, o que significa festejar em junho, não apenas; notadamente sim, mas essa festa faz com que nós participemos, faz com que milhares e milhares de cidadãos se tornem efetivos trabalhadores desde o início do ano - muitos.
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Senador Izalci, se V. Exa. tem essa experiência no Distrito Federal... Principalmente nós aqui do Nordeste bem o sabemos o quão importante ela é e o quanto ela envolve. Ela envolve, sob o aspecto econômico, sem sombra de dúvidas, milhões de reais, principalmente nestes últimos anos e principalmente com os níveis de profissionalização, como bem salientou V. Exa., nos campeonatos, nos torneios, nos congressos em que as nossas quadrilhas, com os seus participantes, estão a embelezar e a levar essa cultura fortíssima da nossa região, que são os festejos. E, dentro desses festejos, uma das mais empolgantes referências é exatamente a quadrilha junina.
Eu tive a honra, a grande honra, Senador Izalci, bem sabem V. Exa. e a Senadora Nilda, que foi uma extraordinária e permanente colaboradora, de ter sido Prefeito de Campina por oito anos. E Campina Grande celebra, com o respeito que todas as demais outras cidades também sempre haverão de ter, uma festa gigantesca! São 30 dias. A gente lamenta que, em razão destas lamentáveis, deploráveis situações de não podermos brincar, não estamos a realizar o maior São João do mundo. E a gente sabe exatamente o quão importante é essa festa.
Senador Izalci, parabéns, meu amigo. Muito grato, muito grato pela sua lembrança, muito grato pela sua iniciativa, aqui, em nome dos campinenses, em nome dos paraibanos, em nome dos nordestinos. Todos os Estados nordestinos celebram as festividades, os festejos, os folguedos, com participação de milhares e milhares de pessoas nas nossas festas juninas, em que também temos a oportunidade de expor a religiosidade que é tão envolvida nesses festejos. Então, um abraço a V. Exa. - muitíssimo grato pela lembrança, felicíssima lembrança - e a todos os que participam conosco deste momento, momento em que abraçamos, em que reconhecemos... Afinal de contas, num Brasil que pouco faz pela cultura - V. Exa. bem o sabe: esta é uma luta diária e permanente nossa, no Senado Federal, como foi também de V. Exa. e nossa na Câmara dos Deputados -, pouco se faz, pouco se olha, pouco se notabiliza, pouco se defere para com a cultura brasileira em todas as suas regiões, em todas as suas áreas. Enfim, é merecedor V. Exa. do nosso reconhecimento. E a seus conterrâneos, que se tornaram conterrâneos de Brasília, do Distrito Federal, o meu preito de gratidão, de agradecimento pela sua iniciativa. Parabéns, Senador.
Parabéns, particularmente, a todos os que fazem as quadrilhas juninas em todo o nosso País.
Um abraço.
Boa tarde a todos.
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PSDB - DF) - Obrigado, meu amigo Senador Veneziano.
Reconhecemos a sua liderança e esse trabalho magnífico em Campina Grande, mas, já, já, Brasília está chegando aí, competindo com Campina Grande!
Vou passar a palavra, agora, à minha querida amiga Senadora Nilda Gondim.
A SRA. NILDA GONDIM (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - PB. Para discursar.) - Boa tarde, boa tarde, Senador Izalci, meu colega da Câmara Federal, atuante, brilhante como Senador. Parabéns pela iniciativa de promover, todos os anos, este encontro quadrilheiro.
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Esta é a manifestação tradicional do Nordeste, que se estende para o Distrito Federal, como você bem o disse, que está pertinho de chegar a Campina Grande. Acho difícil, Senador, porque, em Campina Grande, é o maior São João do mundo!
Lá, todos os anos, na época da gestão de Veneziano Prefeito, nós fazíamos também os casamentos juninos. Eram 100, 120 vinte casais casando no dia de São João. Era a coisa mais linda!
Eu tenho fé e acredito que haveremos de voltar a festejar o São João, o São Pedro, o Santo Antônio, com esse entusiasmo que faz parte do nordestino e do brasileiro.
E quero dizer a você que está de parabéns, Izalci, assim como toda essa equipe que você convidou. Estão envolvidos nesse grande evento do Nordeste, que é o São João, que são as quadrilhas juninas. Como estão fazendo falta, não só pela beleza, pela alegria contagiante, mas também porque era uma forma de ajudar a todos os quadrilheiros, a todos, as nossas quadrilhas tão lindas, que se apresentavam com tanto encanto, com tanta beleza! Parabéns a vocês! Parabéns a todos que estão integrando este encontro tão salutar e tão bonito!
Muito obrigada, Senador Izalci.
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PSDB - DF) - Obrigado, minha querida Nilda Gondim, obrigado pelas palavras.
Concedo a palavra agora ao nosso convidado Hamilton Teixeira dos Santos, que é Presidente nacional da Confederação Nacional de Quadrilhas Juninas.
O SR. HAMILTON TEIXEIRA DOS SANTOS (Para discursar.) - Boa tarde, Senador Izalci! Boa tarde a toda a Mesa e ao pessoal! Boa tarde, Sr. José Pereira! Boa tarde, D. Vilma, que está sendo homenageada hoje aí! Boa tarde, movimento junino do Brasil! E boa tarde, Conaqj e todo o Brasil!
Para mim, é uma satisfação mais uma vez ver aqui o Senador Izalci mais uma vez empenhado nessa causa nossa nobre, do movimento junino. Como eu tenho dito, é o movimento mais forte do País, o movimento mais organizado, porém carece ainda dessa força. Então, o dia 27 foi do Dia do Quadrilheiro. E eu sou o Hamilton, mais conhecido por Tatu. Sou o atual Presidente nacional da Conaqj (Confederação Nacional de Quadrilhas Juninas) do Brasil. Então, para mim, mais uma vez, é uma satisfação saber que o senhor, mais uma vez, vem nos ajudando e também ressaltar que é um dos poucos Parlamentares do Brasil que destina um recurso do Senado Federal - quando era na Câmara Federal também - para o movimento junino, para as quadrilhas juninas, que, de fato, chega à ponta. Então, eu queria aqui, em nome do movimento junino do Distrito Federal, agradecer a você.
Eu dizia, Senador e todos do Brasil, que, em 2019, o movimento junino do Brasil estava na UTI. E muita gente riu de mim. Quando eu dizia, em 2019, que o movimento junino estava na UTI, era porque justamente as quadrilhas juninas estavam se enfraquecendo e estavam se acabando. E aí veio a pandemia em 2020. Então, o que eu dizia, em 2019, que seria para 2020... Em 2020, veio a pandemia, e não tivemos as quadrilhas juninas, não tivemos esse movimento nosso. E, agora, em 2021, também do mesmo jeito: não tivemos o movimento junino. Poucas quadrilhas juninas aqui e acolá ainda vieram com uma dança dos seis casais, dos oito casais, como puderam fazer.
Eu tenho dito que o movimento junino nosso precisa ser mais respeitado. É um movimento que... Muitos Prefeitos, muitos Governadores, Deputados, essa elite política tem o movimento junino como uma "quadrilhazinha" junina que vai ensaiar seis, sete vezes e vai fazer uma "dançazinha" de quadrilha junina: "Ah, eu vou dar aqui uma "ajudinha" de um lanche, de um "transportezinho" só para dançar, porque eles estão aqui para brincar". Para muitos, nós somos vagabundos, para muitos, nós não somos fazedores de cultura popular, quando, na verdade, o movimento junino é uma das maiores cadeias produtivas da cultura do País. E o movimento junino não é só cultura, o movimento junino chegou a um patamar em que ele é o seguinte: hoje é um produto turístico muito grande. Muitas pessoas rodam o País todo atrás dessas festividades para ver as quadrilhas juninas. São grupos de quadrilhas juninas que ensaiam durante o ano todo para dançar dois, três, quatro meses. Então, a gente lamenta um pouco essa falta de respeito com o movimento junino nosso.
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Eu tenho dito aqui, em Brasília, onde eu moro e tenho um grupo, que o movimento está passando por uma fase em que ele tem que ser repensado. Aqui, na Conagj, na Confederação Nacional, nós estamos repensando esse movimento junino. De que forma? A partir do momento em que você passa dois anos sem ter a quadrilha junina, há duas situações. Aquele jovem que saía de casa quinta, sexta, sábado e domingo para ensaiar uma quadrilha junina de janeiro a maio e dançar de final de maio a julho, com a chegada do celular e passando meses sem dançar a quadrilha junina, esse jovem não tem mais esse interesse. Então, qual é a ideia hoje? Se esse jovem parou, é como se aquele fazedor de quadrilha junina, aquele que é o coordenador, que é o presidente do grupo, que, muitas vezes, não compra uma roupa, não compra um móvel para dentro de casa, não compra nada porque o recursozinho que ele ganha é para fomentar a quadrilha junina dele... Mas está na hora de esse movimento nosso repensar e se reinventar. Como eu disse, reinventar. Está na hora de chegar recurso para as quadrilhas mirim, pré-mirim e infantil para você ter essa molecada de novo no movimento junino e ela chegar até à adulta. Por quê? Esse mais velho que falava bem assim: "Ah, eu acho que eu vou parar de dançar quadrilha junina. Este ano é o último ano meu". Pois é, se ele também passou dois anos sem dançar quadrilha junina, ele viu que a quadrilha junina não era o todo dele, então, muitos deles pararam. Se muitos dos antigos pararam com quadrilha junina, se muitas quadrilhas juninas dificilmente voltam no ano de 2022... E dificilmente as quadrilhas juninas voltam no ano de 2022. Nós temos hoje uma média de quase 6 mil quadrilhas juninas no Brasil. E, aí, eu lhe pergunto: sem um fomento, sem uma lei de incentivo, sem nada disso, como é que essas quadrilhas juninas vão conseguir sobreviver? No dia de hoje - que é dia 2, mas comemorando o dia 27, que é o Dia do Quadrilheiro -, eu venho aqui só parabenizar mais uma vez e dizer que está na hora de o movimento junino no Brasil parar e repensar. Será que, no ano de 2022, se necessita fazer campeonato brasileiro? Será que não é hora de você voltar a fazer os festivais de rua, da sua quadra, da sua comunidade, para você atrair novamente esse jovem com anseio da quadrilha junina, para que, no ano subsequente, no ano de 2023, você volte a fazer as competições? Primeiro você tem que dar um passo para trás para depois dar dois para frente e fazer isso completo.
Eu queria, mais uma vez, agradecer a você e a todos aí e dizer que, no último dia 1º de julho, estive com o Presidente e fui bem recebido lá e que, no próximo dia 13 ou 14, teremos uma audiência com a Diretoria da Conaqj aqui, em Brasília, na qual estaremos sendo recebidos pelo Mario Frias e pelo Gilson Machado, da Cultura e do Turismo. E nós vamos levar a demanda por uma lei de incentivo ao movimento junino, às costureiras, aos trios de pé de serra e às quadrilhas juninas - então, essa é a nossa ideia -, e tentar também, junto ao Governo Federal, fazer um grande chamamento público para salvar essas quadrilhas juninas.
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Eu acho que está na hora de os Deputados Federais, de os Senadores, esses que se dizem ser amantes do movimento quadrilheiro, como eu sei que o senhor é, Senador... Aqui em Brasília, o senhor é. Então, se em cada Estado desses a gente tivesse um Senador e um Deputado Federal voltados na linha do movimento junino, eu acredito que o movimento junino nosso não estaria passando o que passa, porque nós sabemos. E, ano que vem, ano de eleição, todo mundo chega para perto das quadrilhas juninas, mas, quando é na fonte para ajudar, eles não querem ajudar.
Eu queria aqui parabenizar novamente o senhor e parabenizar os quadrilheiros do Brasil pelo dia 27. Que Deus possa abençoar a todos vocês.
É como eu digo sempre no lema da Conaqj: é possível fazer mais, é possível fazer diferente. E, aqui, na Confederação, na Conaqj, nós estamos fazendo 90% à fomentação das quadrilhas juninas e 10% à competição, por entender que só assim se consegue manter esse jovem, essa comunidade no movimento junino junta.
Valeu!
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PSDB - DF) - Obrigado, Hamilton.
Concedo a palavra agora ao Sr. Sérgio Luiz Santos Pereira, Presidente da Confederação Brasileira de Entidades de Quadrilhas Juninas.
O SR. SÉRGIO LUIZ SANTOS PEREIRA (Para discursar.) - Senhoras e senhores, boa tarde!
Eu sou Sérgio Luiz, Presidente da Confrebraq (Confederação Brasileira de Entidades de Quadrilhas Juninas).
Quero saudar a todos os presentes na pessoa do Senador Izalci e dizer que, para nós, que fazemos o movimento junino brasileiro, é uma satisfação muito grande estar aqui e poder falar um pouco do nosso movimento junino.
Quero parabenizar a todos os nossos quadrilheiros deste nosso Brasil lindo e também, Senador, parabenizar o senhor diretamente pela postura junto com a cultura, em especial as nossas quadrilhas juninas. Que a gente possa trazer esse fomento para Brasília num modelo nacional, para que a gente possa fomentar todas as quadrilhas deste Brasil. Que todos os Estados possam ter políticas públicas, porque, infelizmente, não são todos os Estados que têm - a gente sabe disso -, mas a gente está aqui para isto, para pedir e agradecer, agradecer mesmo, porque o trabalho que o senhor faz, em Brasília, junto às quadrilhas juninas, é um trabalho excelente. Que a gente possa trabalhar juntos para que a gente possa prolongar tudo isso que o senhor faz aí para todo o Brasil.
O mais é gratidão! Agradeço a todos, agradeço ao senhor, em nome de todo o movimento junino brasileiro.
Um forte abraço.
Fiquem todos com Deus!
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PSDB - DF) - Obrigado, Sr. Sérgio.
Eu passo imediatamente a palavra ao Sr. José Pereira da Silva, Presidente de Honra da Confederação Brasileira de Entidades de Quadrilhas Juninas.
O SR. JOSÉ PEREIRA DA SILVA (Para discursar.) - Uma boa tarde a todos.
Muito obrigado, Senador Izalci. Eu quero cumprimentar a toda a Mesa. Quero cumprimentar os Senadores que aqui estão presentes nesta homenagem à D. Vilma, ao Zé Pereira e, nacionalmente, às quadrilhas juninas.
Senador Izalci, palavras de agradecimento ao senhor é muito pouco, porque o senhor sempre encabeçou esta homenagem às quadrilhas juninas, com esses benefícios que o senhor faz todo ano às quadrilhas juninas.
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Nós, em nome de todo o movimento, queremos lhe agradecer de público, porque são poucos que encabeçam a quadrilha junina como nós quadrilheiros, e o senhor é um quadrilheiro nato, de coração, porque sempre esteve à frente de todo o movimento junino, e a gente sabe que o senhor nunca se negou a nos receber, nem a fazer os benefícios que o senhor faz, dentro do Senado, dentro da Câmara, e, para a gente, é muito pouco só palavras, mas, sim, leve meu abraço. Eu desejo, com toda a sinceridade, muita saúde para o senhor em plena pandemia, para o senhor e toda a família, para que o senhor possa continuar nos dando esse suporte tão importante que o senhor nos dá.
E agradeço ao Sérgio, ao Tatu, que está ali na Conaqj...
A gente sabe muito bem que, em relação ao trabalho da gente, não interessa de que entidade estamos à frente, mas, sim, o que interessa é o nosso trabalho junto à cultura popular, trazendo essa alegria a todos. A gente sabe que a quadrilha junina traz um manifesto muito grande nas festas juninas com a presença das crianças. Quando você olha e vê ao seu lado as crianças com os olhinhos brilhando, arregalados, à meia-noite, muitas vezes, a gente vê uma criança ali, chega a estar com o olhinho... Mas não tem sono, não tem cansaço, não tem frio, não tem sol que tire o olhinho dele diante de uma quadrilha junina. Então, para mim, isso é o que traz a grande importância da quadrilha junina; é ver a criança, é ver o adolescente, é ver o cadeirante, é ver o idoso ali, o idoso lembrando seus bons tempos de quadrilha junina... É uma coisa que encanta a gente. É o que nos dá muita força, fé e coragem para dar continuidade ao nosso trabalho.
Falar de sofrimento de quadrilha junina... Aqui, todos nós sabemos o quanto é árduo o nosso trabalho. Não adianta a gente querer, hoje, homenagear só o Distrito Federal, mas, sim, o Brasil inteiro, pois foi essa a nossa intenção ao criar a Confebraq. Quando convidei o Claudeci para criar a Confebraq, nossa intenção era esta, trazer uma união de norte a sul, do Oiapoque ao Chuí, para que a gente pudesse conhecer o trabalho de cada um, trazer essa manifestação para dentro do coração da gente, independentemente de ser o Nordeste, que primeiro abraçou e fez crescer esse movimento da quadrilha junina.
Parabéns ao Nordeste, mas parabéns também a todo o Brasil! Parabéns a Brasília, que hoje se torna uma referência nacional no movimento junino, não só pelas quadrilhas, pelo forró, não, mas pela união que trouxe, pelo espelho que foi dado por Brasília a todos os Estados! A gente sabe que muitos se espelharam. Até a nossa Senadora teve o prazer de falar que o Nordeste e tal em primeiro lugar, mas, como o Senador Izalci falou, também Brasília em primeiro lugar.
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Mas a nossa grande satisfação, o nosso grande ganho foi justamente o respeito que vocês nos deram dentro da quadrilha junina, abraçando, respeitando e dando suporte para cada um de nós darmos continuidade ao nosso trabalho, que iniciamos há tanto tempo, não só hoje com a idade que eu tenho de Brasília, não só hoje com a idade que eu tenho de vida, de onde eu vim trazendo essa cultura para Brasília também, juntamente com muitos outros colegas.
Só quero parabenizar todos os nossos colegas, Dona Vilma, Tatu, Claudeci, todos os Senadores que aqui estão nos apoiando e especialmente o senhor, Senador Izalci Lucas, por nunca ter nos esquecido.
Muito obrigado pela homenagem, Senador, que o senhor está nos prestando, que está prestando à minha pessoa e aos meus colegas da Liga de Quadrilha, o Robson, todos, toda a Diretoria Executiva. Não vou citar nome para não esquecer alguém.
Muito obrigado ao Sérgio, nosso presidente nacional da Confebraq. Muito obrigado ao Tatu. Carinhosamente a gente chama Tatu, mas a gente sabe que é Hamilton. Mas muito obrigado por tudo, nossas considerações a todos vocês. Muito obrigado a todos.
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PSDB - DF) - Obrigado, José Pereira.
Passo imediatamente agora à Michelly Miguel, que é Presidente da Federação das Quadrilhas Juninas e Similares do Estado de Pernambuco.
A SRA. MICHELLY MIGUEL (Para discursar.) - Olá, boa tarde. Boa tarde a todos e a todas. Boa tarde a toda a Mesa.
Primeiramente, eu gostaria de agradecer ao senhor pelo convite e por esta audiência, esta homenagem a todos nós, quadrilheiros. É um momento muito importante para nós. E sabemos o quanto o senhor trabalha, o quanto o senhor apoia o nosso movimento. Então, desde já, nosso muito obrigada ao senhor.
E é isso, vamos "simbora"!
Gente, falar do movimento junino... Eu me chamo Michelly Miguel, estou atual Presidente da Fequajupe, que é a Federação das Quadrilhas Juninas do Estado de Pernambuco, e também atual presidente da Unej, que é a União Nordestina de Entidades Juninas.
O movimento junino é um movimento que não é apenas a dança, o espetáculo, aquilo que a gente vê no arraial. O movimento junino trabalha o ano inteiro. As nossas quadrilhas trabalham o ano inteiro. Dentro das nossas quadrilhas, nós trabalhamos a educação, a ação social, a saúde, a cultura popular. Somos verdadeiros fazedores de cultura.
Então, esta homenagem do Dia Nacional do Quadrilheiro, para nós, é uma coisa que a gente espera todo ano. Este ano, com a pandemia, infelizmente nós não pudemos comemorar dentro dos arraiais, que é o que a gente realmente gosta. Nós gostamos de dançar dentro dos arraiais, mas entendemos que por conta da pandemia precisamos ficar em casa.
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Mas tivemos São João, sim, virtual. Fizemos o nosso São João virtual. As nossas quadrilhas puderam fazer seus trabalhos dentro das suas peculiaridades, através de lives. Então, para nós, é um momento muito oportuno.
E quero dizer que eu espero que, muito em breve, todos os Senadores, todos os Deputados possam enxergar o nosso movimento como realmente ele merece ser. Então o nosso muito obrigado ao senhor.
Quero aqui parabenizar a D. Vilma, o Sr. José Pereira, pessoas por quem eu tenho um carinho enorme.
Um abraço enorme para todos. Fiquem com Deus e se cuidem. Boa tarde.
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PSDB - DF) - Obrigado, Michelly.
Passo a palavra agora ao Sr. Francisco Jozivaldo Ferreira, Presidente da União Junina.
O SR. FRANCISCO JOZIVALDO FERREIRA (Para discursar.) - Olá! Boa tarde a todos e a todas. Quero agradecer o convite para participar desta sessão solene em homenagem a todos os quadrilheiros do Brasil.
Nós aqui, do DF, com muita luta, muita garra, estamos mantendo essa tradição e tentando não deixar que essa cultura morra. Como nosso presidente nacional falou, aqui também, na União, a gente tenta pregar esses 10% de fomento e só... Ao contrário, 90% de fomento e apenas 10% de competição, porque essa crise por que nós estamos passando não afeta só o movimento junino; está afetando as famílias, os dançarinos, a casa de cada um. E a gente está vendo que há muita gente passando fome.
Fizemos recentemente uma campanha, uma gincana solidária de arrecadação de alimentos, quando tivemos a participação de todos os grupos envolvidos e conseguimos ajudar mais de duzentas famílias, entre outras atividades que, junto à União Junina, nós estamos fazendo para tentar alentar um pouco essas famílias do nosso movimento junino, que estão abandonadas e esquecidas de alguma forma.
E para nós hoje é uma honra e uma alegria estar aqui, mesmo lembrando que não estamos em atividade 100%, mas para mostrar para a população, para o povo que a cultura ainda sobrevive, que a cultura ainda resiste. Gostamos de dizer que nós somos a resistência, e essa resistência vai ser muito importante quando essa pandemia passar, quando nós vamos levar novamente a alegria para quem precisa.
E a quadrilha junina é uma cultura realmente popular, porque eu não preciso ser rico para assistir a uma festa de quadrilha junina. Há no meu bairro, há na rua mais próxima, porque fazedor de cultura é isto: ele não quer fazer só um grande espetáculo, ele quer fazer com que sua quadrilha se apresente primeiro para sua comunidade. Então, Senador, a gente quer agradecer aqui a sua força e dedicação de nunca ter abandonado esse movimento junino.
Eu, que também sou nordestino, com muito orgulho, vim da cidade de Umarizal, lá do Rio Grande do Norte, e hoje estou representando uma cultura que é muito forte no meu Estado. Eu me sinto muito feliz e honrado, principalmente por estar numa instituição que olha para a cultura como uma ferramenta de transformação de vidas, porque é isso que a cultura popular faz, é isso que a quadrilha junina faz. Então, quando a gente apresenta um tema, apresenta um projeto, a gente está trazendo um pouco da vida daquele nordestino que veio para cá, para Brasília, ou que está em outra região, seja ela qual for. Esse trabalho nosso está sendo muito difícil, mas com esses apoios, esses incentivos que vêm através do senhor, nós continuamos a ter uma janela de esperança.
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Eu faço aqui um apelo aos outros Senadores, aos outros Deputados, para que olhem para a cultura como um todo, e não só quando chega a época da campanha, iludindo os seus cabos eleitorais, dizendo que vão trazer melhorias, e, quando esta passa, nem sequer de uma sessão solene tão importante como esta têm vontade, interesse de participar.
Não vou ser longo. A maioria do pessoal aqui falou tudo o que a gente sente, o que a gente pensa. Então, vou agradecer mais uma vez, um agradecimento é pouco, e dizer que a União Junina do DF e do Entorno está à disposição para ajudar a comunidade cultural como um todo através dos seus trabalhos, dos seus esforços, do seu gabinete, junto à nossa amiga Edileusa, que não mede esforços. Em qualquer horário que a gente liga ela atende, orienta. E nós sabemos que isso é ordem sua, de sempre estar nos amparando, porque nem sempre você pode atender todo mundo. Então, nós somos gratos e felizes de fazer parte desse movimento junto com você. Quero parabenizá-la mais uma vez e também cumprimentar a nossa amiga Vilma, representante da Quadrilha Chapéu de Palha, uma guerreira lutadora. É uma homenagem mais do que justa essa que você está fazendo a essa pioneira não só de Brasília, mas do movimento junino, do qual nós temos muito orgulho de fazer parte junto com a União Junina. E também por que não falar do nosso companheiro José Pereira, com muitos anos de batalha e de construção para essa cultura popular? Então, aos dois, meus parabéns.
Senador, mais uma vez, os meus agradecimentos. Quero dizer que a União Junina está aqui para ajudar. Como o nosso Presidente fala, o lema nacional é o lema territorial "É possível fazer mais. É possível fazer diferente!", União Junina.
Um abraço.
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PSDB - DF) - Obrigado, Francisco.
Passo imediatamente à Samara Rosa de Albuquerque Ribeiro, que também é Diretora da União Junina.
A SRA. SAMARA ROSA DE ALBUQUERQUE RIBEIRO (Para discursar.) - Boa tarde, Senador Izalci, boa tarde a todos.
Queria, primeiramente, agradecer a oportunidade que o senhor está nos dando mais uma vez. Quero parabenizá-lo pela iniciativa e agradecer o reconhecimento e o apoio que o senhor sempre nos dá no meio junino.
Faço parte da Diretoria da União Junina Brasiliense. Quero parabenizar os meus companheiros da União Junina e também os nossos filiados, todos os grupos filiados à nossa entidade. Quero estender os parabéns a todos os quadrilheiros de Brasília, do Entorno e de todo o Território nacional. Quero agradecer, mais uma vez, a presença do Tio Zé, assim eu o chamo com muito carinho. Foi quem me apresentou o meio junino, em 2004. Eu tive a honra de estar ao lado dele no meio junino. É uma pessoa maravilhosa. Parabéns, também, a Dona Vilma, que está conosco, que é outra batalhadora, outra guerreira que luta diariamente para manter a tradição.
Queria falar um pouco sobre o que é ser quadrilha, sobre o que é ser quadrilheiro hoje no Brasil, em Brasília, das dificuldades por que nós passamos na questão de fomento, na questão de portas abertas, na questão de oportunidades.
É muito difícil hoje fazer quadrilha, fazer o social com o pouco que nos é dado. Nós, graças a Deus, temos leis, temos projetos que estão nos amparando, mas é difícil chegar às quadrilhas da ponta, é difícil chegar às quadrilhas pequenas.
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Vamos ter mais, queremos mais projetos, queremos mais leis, queremos mais políticos que possam nos apoiar, que possam ver esta causa. Nós trabalhamos com pessoas, nós trabalhamos com famílias, muitas vezes, pessoas doentes mentalmente, espiritualmente, fisicamente, pessoas em estado, em situação de rua, que chegam a nós e são acolhidas. E é por isso, para que a gente possa ampliar, para que as nossas benfeitorias alcancem mais pessoas da nossa comunidade, dos nossos grupos, que nós pedimos, mais uma vez, o apoio, não só do Senador Izalci, que, graças a Deus, já tem nos ajudado, nos apoiado, nos acolhido, mas também de outros políticos, de outros governantes, que possam estar acolhendo e apoiando as nossas causas.
Não é só pela cultura, mas também por uma situação de vida dos quadrilheiros, porque nós tratamos da família, nós tratamos da comunidade como um todo. Ao contrário do nosso Presidente, do que ele falou, eu acho que, sim, a competição gera, ela movimenta a renda na comunidade. Ela gera renda, ela é um gerador de rendas e, sim, nós temos que trabalhar pela competição, pelo trabalho dos grupos, pela disputa. Uma disputa saudável como a gente sabe que existe, porque nós precisamos, sim, ter os nossos campeões para representar Brasília nacionalmente.
Quero, mais uma vez, agradecer ao Senador, quero deixar um abraço à minha Quadrilha Junina Eita Bagaceira, deixar também o meu abraço e os meus parabéns ao Dia dos Quadrilheiros, ao nosso Presidente, Johnni Sousa, e ao nosso Diretor, Rodrigo Tigre.
Muito obrigada, mais uma vez, Senador, e parabéns pela sua iniciativa!
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PSDB - DF) - Obrigado, Samara.
Bem, concedo a palavra agora a Maria Eduarda Leles dos Santos, Quadrilheira Campeã da União Junina.
A SRA. MARIA EDUARDA LELES DOS SANTOS (Para discursar.) - Boa tarde a todos.
Primeiramente, eu queria agradecer ao Senador Izalci, por ser um dos poucos que ainda ajuda o Movimento Junino, e também agradecer à Nação Quadrilheira, porque eu não estou aqui só representando a Quadrilha Junina Pau Melado, mas todos os quadrilheiros do Brasil.
Bom, para falar um pouquinho do Movimento Junino, eu vou citar a Pau Melado. Antes da pandemia, o nosso trabalho era, como se diz, fazer cultura popular é difícil, mas, com a pandemia, ficou mais difícil ainda... Eu vi muitos grupos na pandemia trabalhando com ações sociais, várias doações, e a Pau Melado, nesta pandemia, arrecadou 210 toneladas de alimentos para quase 2 mil famílias. É muito difícil, mas com a ajuda do Movimento Junino, a gente consegue.
Quero dizer que a Pau Melado também não é só uma quadrilha junina, e, sim, um instituto sociocultural, e que hoje a gente tem, agregado, o Mesa Brasil, que ajuda bastante.
A Pau Melado faz parte da União Junina e fizemos, também, uma parceria que foi um concurso para ver qual quadrilha arrecadava mais alimento para o Movimento Junino, no qual a Pau Melado ficou em segundo lugar, e várias outras quadrilhas também participaram.
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E o DF é muito rico com a sua cultura popular, não só a Pau Melado... A Pau Melado, hoje, carrega sete títulos nacionais, levando o DF, e outras quadrilhas também do DF que representam isso. E, como você diz, estamos perto e, com fé em Deus, um dia vamos chegar um pouquinho do São João de Campina Grande.
Nessa pandemia, muitas quadrilhas tiveram que adequar o seu jeito de dançar. A maioria das quadrilhas dança hoje com 20, 30, 40 casais. Então, colocam em torno de 120 integrantes por quadrilha, e as quadrilhas tiveram que se adequar ao novo jeito da pandemia, com todos os protocolos, dançando apenas com seis, oito, dez casais no máximo.
Eu vi várias quadrilhas fazendo ações sociais, e a Pau Melado, na quarta-feira, visitou o Hospital de Ceilândia, para onde a gente levou brinquedos para as crianças que estavam internadas. E a gente também, algumas quadrilhas, tanto da União Junina, quanto da Linq-DFe, participaram da campanha de vacinação do Sesc nos finais de semana.
E eu queria mesmo dizer: um feliz dia do quadrilheiro a todos os quadrilheiros. Não estou representando aqui só a minha quadrilha, mas todos vocês, toda a nação quadrilheira.
E com o meu pai, Tatu, mais conhecido como Tatu, o Hamilton diz: "Está na hora de o movimento junino se abraçar", e se abraçar mesmo, porque está difícil, todo mundo sabe, fazer cultura popular não é fácil. Independentemente de entidade A, B ou C, o movimento junino precisa se reestruturar, e juntos somos mais fortes, porque, como diz o legado da União Junina, "é possível fazer mais, é possível fazer diferente".
Obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PSDB - DF) - Obrigado, Maria Eduarda.
Passo a palavra agora ao Claudeci Ferreira Martins, que é o Presidente da quadrilha junina campeã nacional, aqui de Samambaia, Distrito Federal.
O SR. CLAUDECI FERREIRA MARTINS (Para discursar.) - Olá! Boa tarde a todos.
Primeiramente, cumprimentar o Senador Izalci por sempre estar nos acompanhando, sempre estar nos apoiando, permitindo a realização de políticas públicas para o movimento junino.
Em nome do Izalci, em nome do Sr. Zé Pereira, o nosso grande pai, nosso amigo, e de D. Vilma, eu quero cumprimentar todos que estão participando desta sessão solene, desta audiência solene, em comemoração ao Dia Nacional dos Quadrilheiros.
Eu queria também cumprimentar a Michelly, que está aí, e mandar um abraço à Quadrilha Raio de Sol, fazendo 25 anos, comemorando nesta semana 25 anos de história, uma quadrilha lá de Pernambuco que é referência também pra todo o Brasil.
E dizer que a gente tem falado muito aqui em Brasília, em Nordeste, mas o movimento junino vai além, o movimento junino, hoje, está quase na totalidade das Unidades Federativas do nosso Brasil, organizado em 23 Estados. E o Sudeste tem contribuído demais da conta, o Centro-Oeste, como um todo, tem contribuído demais da conta, assim como o Norte, para o fortalecimento desse movimento, para levar, para poder mostrar a força desse movimento, que é o maior movimento organizado do País.
Então, eu queria parabenizar todos vocês, porque não é fácil ser quadrilheiro. A nossa quadra junina, Si Bobiá a Gente Pimba, está aí fazendo agora, no próximo ano, seus 30 anos de história. Junto com a Quadrilha Sacarrolha, aqui do DF, acho que é a quadrilha que está há mais tempo em atividade. São 30 anos fazendo o mover o fazer junino.
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Então, é para vocês que a Si Bobiá a Gente Pimba vem dizer isso agora: ser quadrilheiro não é fácil, ser quadrilheiro é fazer muito com pouco, se reinventar a cada instante, a cada história. E ser quadrilheiro, e aí eu falo, porque a quadrilha junina, tanto aqui no DF quanto em qualquer local deste País, se você chega a estar ali nas grandes periferias dos Estados, ela tem um fator social gigantesco, vai além do que é brincar quadrilha. É um fator econômico, é um fator social, é um arranjo produtivo, uma cadeia produtiva imensa e que só agrega. É a saúde mental, foi muito bem falado isso aqui, é a saúde mental, não é? É o refúgio de muitos.
Dançar quadrilha junina, ser quadrilheiro é poder ser igual, poder ser igual em determinado período do ano, em que não existe raça, cor, gênero, não existe pobreza ou riqueza, todo mundo se junta dentro de um sonho, dentro de um propósito, dentro de um fazer que nos move, que mexe com nossos corações, que nos emociona, que é refúgio.
E o tema de 2019, o qual permitiu à Si Bobiá a Gente Pimba ser campeã, falava muito bem disso, falava do fardo, do aliviar do fardo. Então, quadrilha junina é aliviar o fardo de inúmeros jovens, às vezes, julgados, subjugados; às vezes, tendo como a única opção de lazer, de encontro a quadrilha junina, de fazer a diferença, de se sentir importante, porque o quadrilheiro junino, por mais que ele passe a semana toda com dificuldade, por mais que o quadrilheiro junino passe a semana toda ali, às vezes, até pensando onde arranjar um dinheiro pra poder subsistir, ele, quando chega ao seu arraial, à sua quadra, à sua quadrilha junina, ele é abraçado, ele é - sabe? - recebido com carinho. E ele, quando veste a sua roupa e pisa no arraiá, se sente importante, ele é estrela. E assim é em todo o Brasil.
E eu falo com emoção porque a gente vê vidas sendo transformadas no movimento junino, são histórias. A gente é psicólogo, a gente é pai e mãe desses quadrilheiros, desses jovens, que é uma galera aguerrida, uma galera que faz a diferença, uma galera que muitas vezes não tem nem pra si e divide com o próximo. Isso é ser o quadrilheiro junino, isso é ser quadrilheiro no nosso País.
Então, Senador, o senhor faz um bem demais da conta, o senhor que nunca nos abandona, o senhor que sempre está conosco através do prêmio junino, que nos permite a gente não ter que cobrar um traje, uma sandália de um quadrilheiro e esse quadrilheiro poder chegar e dançar, brincar o São João com a gente, sabe?
Agradeço a cada um de vocês, aos amigos de luta, ao Tatu, ao Zé Pereira, à D. Vilma, à Michelly, ao Sérgio, ao Jozivaldo, meu parceirão e amigo, a todos que são amigos de fé e a cada presidente de grupo.
A Si Bobiá é a Gente Pimba é a campeã nacional de 2019, mas eu costumo dizer aos meus dançarinos, aos meus brincantes, a quem faz a quadrilha comigo que o maior título é começar junto e terminar junto. Então, todas as quadrilhas deste Brasil são campeãs, porque fazem a diferença na vida de cada pessoa, fazem a diferença na vida de cada quadrilheiro, sabe?
E a melhor quadrilha é a em que a gente está; a melhor quadrilha é a em que você está, quadrilheiro. É a em que o Ivan está aí; é a que em que o Patrese está, a que o Fusca está; é a em que o Jozivaldo está; é a que o Michel está; é a em que o Waguinho está, as quadrilhas do Nordeste inteiro, é a em que cada um está. Essa é a melhor quadrilha, e sabe por quê? O maior título nosso é fazer essa transformação social, é fazer isso.
E aos quadrilheiros da Si Bobiá a Gente Pimpa o meu forte abraço. Como eu digo, eu amo vocês, vocês fazem a diferença na minha vida, porque a gente ganha muito, eu ganho muito com vocês, vocês são o meu refúgio também.
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Então, a cada quadrilheiro do nosso Brasil, a cada quadrilheiro do DF a nossa homenagem por esse reconhecimento da diferença. É muito mais do que São João, é muito mais do que entrar no arraiá: são vidas, é afeto, é reconhecimento, é respeito ao próximo, independentemente de qualquer coisa. Isso é ser quadrilheiro. Então, parabéns a todos os quadrilheiros! E a vocês eu deixo o meu abraço, o abraço da Si Bobiá a Gente Pimba. E que Deus permita, nos abençoe, que logo possamos nos encontrar.
E, Senador, eu peço ao senhor: abrace cada vez mais essa causa, provoque uma audiência pública, vamos chamar... O que a gente tem aqui no DF tem que se espalhar, tem que chegar a Sergipe, tem que chegar à Bahia, tem que chegar a todos os Estados e fazer esse reconhecimento, porque eles precisam.
A gente aqui ainda recebe um prêmio, mas existem quadrilhas afora neste País, no interior deste Brasil, que não têm nada. Eles fazem só com amor, que é o que move o quadrilheiro, só com amor.
Eu queria deixar o meu abraço a Edileuza, a toda equipe do Senador, a toda, porque eu acompanho vocês. Vocês vão ao ministério, vocês brigam pela emenda, para liberar, fazem isso. E aí, em nome da Edileuza, eu quero cumprimentar toda a equipe do seu gabinete - toda a equipe do seu gabinete.
E é isso. Ser quadrilheiro é isso. Um abraço ao meu amigo Douglas, lá do Rio de Janeiro, que faz esse movimento e está aí assistindo, e a todos do Sudeste, do Norte, Nordeste e aqui do DF. A vocês, amigos, irmãos quadrilheiros, o meu abraço, o abraço e o carinho, o reconhecimento da Si Bobiá a Gente Pimba pela luta diária de manter viva a nossa tradição.
Então, que Deus abençoe todos nós!
Parabéns por mais uma iniciativa!
Eu queria muito que o senhor pudesse depois marcar uma audiência pública e nos chamar, assim que retornar, para a gente poder debater. A gente precisa tornar patrimônio imaterial brasileiro, porque é uma cultura de muitos anos, uma cultura genuinamente brasileira e que merece esse reconhecimento. Isto, sim, seria um título para todos os quadrilheiros: esse patrimônio imaterial. Então, abrace isso! O senhor, que já abraça a gente constantemente, abrace isso e vamos fazer a diferença, porque o movimento junino é isso.
O meu abraço a todos vocês!
Desculpem-me pela emoção, pela fala, mas falar de quadrilha junina, falar de ser quadrilheiro, para mim é falar com o coração, é falar com amor, porque eu sei que todos os meus amigos, todos os quadrilheiros do Brasil é assim que se sentem.
Então, um forte abraço e que Deus abençoe todos nós!
E vivam os quadrilheiros do Brasil!
E outra: as pessoas que às vezes vão ao blog, que soltam notinha em jornal dizendo que é bola fora fazer uma audiência pública para falar do Dia Nacional do Quadrilheiro, essas pessoas precisam vir conhecer. Talvez elas não andem na periferia deste Brasil. Talvez elas não veem o que é o fazer junino, o que é social, o que é a cadeia produtiva: a costureira, o vendedor ali da barraquinha, que espera o ano chegar para poder levar a renda para a sua casa. Essas pessoas precisam primeiro conhecer isso. E eu tenho certeza de que, na hora em que conhecerem, vão mudar a sua opinião e vão nos abraçar também, está certo?
Então, Senador, ao senhor o nosso abraço! A todos que estão aqui presente o nosso forte abraço!
E é isso.
Que Deus abençoe todos nós!
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PSDB - DF) - Obrigado, Claudeci. Você é um campeão!
Concedo a palavra à Sra. Vilma Campos Paz Bezerra, que é Presidente e fundadora da Quadrilha Junina Chapéu de Palha, aqui do Gama, do Distrito Federal.
A SRA. VILMA CAMPOS PAZ BEZERRA (Para discursar.) - Boa tarde a todos! Boa tarde, Senador Izalci! O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PSDB - DF) - Boa tarde!
A SRA. VILMA CAMPOS PAZ BEZERRA - Boa tarde a todos os quadrilheiros do Brasil!
Gente, eu me sinto honrada, me sinto feliz por ter sido convidada a participar dessa live em homenagem aos quadrilheiros brasileiros. Para mim foi uma grande honra.
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Eu queria agradecer ao Senador Izalci, ao Tatu, ao Jozivaldo, ao Claudeci, a todos. Não vou citar nomes para não esquecer ninguém. E também à Senadora aqui presente na nossa live.
Gente, para mim, foi uma grande satisfação quando eu recebi o comunicado.
Então, graças a Deus, este é um meio tão bonito, tão legal, tão interessante, tão educativo. Este é um meio que traz meninos que estão indo para o mau caminho de volta ao bom caminho, para que se tornem homens de bem, cidadãos de bem.
Eu comecei neste movimento fundando uma quadrilha para animar a minha comunidade. Jamais eu pensei que ia ter um crescimento tão grande dentro do Distrito Federal com este nosso movimento. Gente, este movimento é um movimento lindo demais. A pessoa que bem entendesse, participaria, ajudaria e não fazia comentários que, em vez de nos engrandecer, nos diminuem.
Eu sei a batalha que tive e a batalha que muitos quadrilheiros têm passado para manter a sua quadrilha ainda em pé.
Gente, é muito bom! Eu faço quadrilha não é por dinheiro, não é por interesse a nada. É simplesmente porque eu amo. Eu amo ser quadrilheira! Eu amo fazer quadrilha!
Quando eu paro, eu digo assim "eu vou parar, para mim não dá mais, não estou aguentando mais fazer", aí eu me sinto triste, para mim, fica faltando alguma coisa. Eu já estou com os meus 71 anos. Mas, enquanto vida eu tiver e saúde também, eu estarei nesse meio.
E agradeço ao Senador Izalci por ter nos abraçado e se dedicado à nossa causa, ao nosso trabalho. Ele reconheceu que o movimento junino não é simplesmente um movimento junino. Este movimento é cultural. É um movimento que traz cultura, traz histórias. É um movimento que nos honra. E ele reconheceu isso. E eu agradeço muito ao Senador Izalci e a outros que também tiveram esse reconhecimento.
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E agradeço também por esta homenagem que estão fazendo, não só a mim, mas a todos os quadrilheiros do Brasil. É uma época ótima, uma época linda. A gente já fica pensando, já está se aproximando o mês de junho. E aí é onde vem a alegria da nossa comunidade, dos nossos jovens, das nossas crianças. Para mim é uma grande satisfação estar participando desta live. E agradeço a todos vocês.
Um forte abraço a todos, ao Zé Pereira, ao Claudeci, ao Tatu, o Hamilton. Agradeço a Michelly, agradeço a todos. E ao Senador Izalci, os meus sinceros agradecimentos e que Deus lhe dê muita saúde e que o senhor esteja aí sempre na luta por todos nós.
Obrigada, Senador, obrigada a todos. O meu boa-tarde.
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PSDB - DF) - Obrigado, Da. Vilma.
Concedo a palavra, então, agora ao Diretor da Liga Independente de Quadrilhas Juninas aqui do DF e Entorno, Sr. Robson Vilela.
O SR. ROBSON VILELA (Para discursar.) - Muito boa tarde a todos os presentes! É uma honra estar falando aqui para todos vocês neste momento e para esses desbravadores, que são os movimentos juninos, em especial, a Da. Vilma, o Sr. Zé Pereira, o Claudeci e todos os outros que fizeram essa trajetória tão bonita, Izalci, fazendo o melhor para que o movimento junino possa ser cada vez mais grandioso, como está sendo.
Para mim é uma honra. Até fico emocionado de estar falando isso agora, porque sou oriundo e filho de todos esses que estão aí falando, sem esquecer de nenhum. Se hoje estou aqui fazendo o melhor pela atual Linq-DFE e seguindo os passos desses que deixaram, eu tenho só que agradecer a cada um por tudo que vocês fizeram por nós em todos anos, desbravando, pegando às vezes, Sr. Zé Pereira, do seu próprio carro, com o Claudeci Martins, indo para os Estados brasileiros para poder criar as entidades em cada Estado. E a gente, aqui em Brasília, tem a honra, eu tenho a honra de estar dirigindo essa entidade e poder estar, Izalci, nesse momento mostrando a cada Estado, seguindo os passos desses grandes baluartes do movimento junino, levando o projeto Brasília Junina para cada Estado brasileiro, um projeto em que o senhor acreditou que era possível chegar na cadeia produtiva do DF, a cada quadra junina, um fomento, mesmo que seja pequeno. O senhor acreditou no primeiro momento, quando era Deputado Federal e continua, a cada momento, como Senador, fazendo o seu melhor.
Então, quero dizer também sobre o título que nós tivemos agora, Cidadão Honorário do Sr. Zé Pereira e outros que vão receber futuramente, Izalci. E peço ao senhor que, se puder fazer uma audiência, consiga colocar os mestres de cultura e de quadrilha junina, que são muitos, no Brasil todo, para que possam receber esse título, que é extremamente importante para mostrarmos o que essas pessoas fizeram no passado. Eu estou aqui à disposição para a gente pode construir esse processo.
E aqui eu quero dizer a todos os quadrilheiros do Brasil, em especial aos do DF, que nós estamos trabalhando muito, graças a emendas parlamentares vindas do Senado. A gente está com um projeto chamado Folclore nas Escolas, pronto para execução, agora, quando do retorno das aulas. Estamos agora próximos, Senador.
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Eu sei que é difícil falar isso quando se fala em competição, mas vamos falar em números. Eu acho que é com números que conseguimos visualizar o tamanho do movimento junino no Brasil. Nós hoje somos 60 quadrilhas no Distrito Federal e 36 filiadas a Linq-DFE. Dessas 36, através de emenda vinda do gabinete do senhor e de outros Parlamentares, nesta pandemia, nós conseguimos que os quadrilheiros tivessem dinheiro para que, quando seja possível e todos os brasileiros estiverem, de fato, vacinados, nós possamos fazer o São João e levarmos as competições para os Estados brasileiros, em especial, para o Distrito Federal.
Então, Senador, quero deixar aqui o meu apelo a todos os Senadores, Deputados Federais e Deputados Estaduais nos seus Estados: usem esse modelo. Esse modelo é um modelo que pode ser utilizado. É uma forma simples. O dinheiro chega à Secretaria de Cultura do seu Estado e, através disso, é feito um chamamento público em que cada quadrilha pode levar sua documentação, ser digna de receber um dinheiro e, como o Claudeci falou, poder colocar um traje típico em cada dançarino, o que não é fácil.
Para os quadrilheiros do DF, em especial, nós estamos, sim, trabalhando muito. Já estendo o convite ao senhor, Senador, para que o senhor possa estar, no próximo mês de agosto, final de agosto para setembro, no nosso "arraiá", que vai acontecer na cidade do Cruzeiro, de forma drive-in, onde nós vamos fazer uma amostra desse momento para que possa chegar cada vez mais recurso na ponta e para que, em 2022, possamos vir e fazer as nossas competições, porque a comunidade, o povo clama de alegria, e nós, como somos o maior movimento cultural do Brasil, temos que dar essa resposta para os brasileiros.
Muito obrigado a todos e um ótimo dia São João para todos!
Convido a todos para os muitos eventos que estão acontecendo virtual e presencialmente nos Estados brasileiros, em especial, aqui, em Brasília.
Claudeci, Seu Zé Pereira e Dona Vilma, muito obrigado por vocês me fazerem sonhar o movimento junino. Graças a vocês, hoje... Vocês foram ferramentas de transformação na minha vida, como eu estou sendo na de muitos.
Muito obrigado à sua assessoria, Senador, que está fazendo um belo trabalho, e a todos, em especial, aos quadrilheiros da Confederação Brasileira de Entidades Juninas (Confebraq) e da Linq-DFE.
Muito obrigado!
Estamos juntos sempre e vamos em frente porque o São João é alegria, e alegria é o que nós vamos levar a cada Estado brasileiro, a partir do ano que vem.
Muito obrigado!
Estamos juntos!
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PSDB - DF) - Obrigado.
Assistiremos agora a mais um vídeo em homenagem aos quadrilheiros juninos.
(Procede-se à exibição de vídeo.)
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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PSDB - DF) - Quero, mais uma vez, dizer da minha alegria de presidir esta homenagem. Com certeza, vamos providenciar, o mais rápido possível, uma audiência pública para discutir esse movimento. Acho que esse modelo implantado aqui no DF pode servir de referência para todos os Estados e Municípios. Acho que o que é bom a gente copia e acho que esse modelo pode dar mais transparência e pode ajudar realmente esse movimento popular que, muito além de uma cultura, é realmente um movimento social e ajuda muitos jovens nas escolas, na periferia.
Então, eu quero aqui cumprimentar a todos e agradecer, aí, a acolhida, a parceria, a amizade com todos vocês.
Cumprida a finalidade desta sessão remota do Senado Federal, eu agradeço a todos, em especial aos nossos homenageados, aqui, a D. Vilma, o Seu Zé, que foram referência para nós aqui desse movimento.
Então, agradeço a todos e declaro encerrada esta sessão solene.
(Levanta-se a sessão às 16 horas e 34 minutos.)