3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
56ª LEGISLATURA
Em 23 de novembro de 2021
(terça-feira)
Às 10 horas
157ª SESSÃO
(Sessão Especial)

Oradores
Horário

Texto com revisão

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O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Vanguarda/PSC - PA. Fala da Presidência.) - Bom dia a todos. Declaro aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos.
A presente sessão especial remota foi convocada nos termos do Ato da Comissão Diretora nº 8, de 2021, que institui o Sistema de Deliberação Remota do Senado Federal, e em atendimento ao Requerimento nº 2.214, de 2021, de minha autoria e de outros Senadores, aprovado pelo Plenário do Senado Federal.
A sessão é destinada a homenagear os 75 anos do jornal O Liberal, do Estado do Pará.
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A Presidência informa que esta sessão terá a participação dos seguintes convidados: a Sra. Lucidéa Batista Maiorana, Presidente do Grupo Liberal; o Sr. Ronaldo Maiorana, Presidente Executivo; a Sra. Rosângela Maiorana, Vice-Presidente; a Sra. Rosemary Maiorana, Diretora Comercial; a Sra. Roberta Maiorana, Diretora da Fundação Romulo Maiorana; a Sra. Ângela Maiorana, Diretora de Produção da TV Liberal; o Sr. Daniel Nardin, Diretor de Conteúdo; a Sra. Aline Viana, Diretora de Vendas; o Sr. Sanchae Camatti, Diretor de Inovação e Tecnologia; o Sr. Sérgio Oliveira, Gerente de Mercado Leitor; o Sr. Valdo Ferreira, Gerente de Operações; o Sr. Cary John, Diretor-Chefe; e o Sr. Felipe Melo, Editor Assistente.
Neste momento, quero convidar a todos para, em posição de respeito, acompanharmos o Hino Nacional.
(Procede-se à execução do Hino Nacional.)
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O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Vanguarda/PSC - PA) - Sras. Senadoras, Srs. Senadores, celebram-se, hoje, os 75 anos do jornal O Liberal, um dos periódicos mais relevantes da Região Norte do País. Seja divulgando acontecimentos de repercussão internacional, seja noticiando fatos de interesse puramente local, o jornal sempre ocupou lugar de destaque no horizonte de interesses do leitor paraense.
O Liberal surgiu em 1946, por ocasião de um projeto político regional de apoio ao Partido Social Democrático (PSD). O jornal nasce por iniciativa do então Senador Joaquim de Magalhães Cardoso Barata, em contraponto ao jornal da oposição, o Folha do Norte.
Vale ressaltar que, à época, circulavam no Brasil ares mais liberais, decorrentes da nova Constituição de 1946, que introduziu inovações democráticas mais robustas, como o voto secreto e universal para maiores de 18 anos. Por detrás dessa auspiciosa atmosfera liberal, se escondia, naturalmente, o esforço mundial de superar as atrocidades da Segunda Guerra, tão bem retratadas pela imprensa da época.
Já maduro, em 1966, O Liberal ganha musculatura suficiente para decretar sua independência em relação às colorações partidárias. De fato, a partir do momento em que o empresário Romulo Maiorana assume a direção, sua linha editorial passa a se comprometer com o jornalismo independente e moderno. Ao perder seu viés panfletário, adquire estrutura liberal, transformando-se em um dos impressos com maior circulação na Amazônia.
Ao final do século XX, do ponto de vista das inovações industriais, seu pátio gráfico vai atravessar uma verdadeira revolução tecnológica, modernizando o visual e o conceito editorial do jornal. Ao efetivar a transição do modo de impressão tradicional para o offset, tal inovação promoveu saltos significativos na qualidade estética e noticiosa do jornal.
Não por acaso, O Liberal é reconhecido como o matutino mais antigo em circulação na imprensa paraense. Nos lares paraenses, ainda hoje chega um jornal que combina notícia e opinião, um jornal que cria um senso de comunidade e identidade cultural muito caro ao público local.
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Prova disso é que, mesmo em plena era digital, o jornal segue sendo prestigiado por um exército de leitores fiéis e assíduos. Perfeitamente adaptado pelo novo ambiente tecnológico trazido pela internet e pelas redes sociais, O Liberal conseguiu manter inabalável sua relevância social e o profundo respeito aos seus leitores e à sociedade.
Em suma, transcorridos 75 anos, cresceu, adquiriu maturidade e potencializou a confiança e credibilidade junto ao público-leitor. Diante de um mundo recheado de fake news de nuvens pesadas de desinformação, virou referência e sinônimo de mídia crítica e confiável. Ao alargar fronteiras comunicativas, expõe firme determinação de bem informar com qualidade e eficiência, seguindo as linhas editoriais mais modernas.
Enfim, Sras. Senadoras e Srs. Senadores, como bem ressaltaram os propositores desta sessão, O Liberal permanece na condição inconteste de protagonista do seu tempo, lançando reflexões inquietantes sobre os temas de impacto na sociedade. Sem jamais abrir mão da qualidade da escrita, do aprofundamento dos temas e da indispensável credibilidade, o jornal e seus editores merecem não somente nossos aplausos, mas também reconhecimento nacional por seus vultosos serviços à democracia brasileira.
Muito obrigado!
Neste momento, vamos assistir a um vídeo institucional do Grupo Liberal, em que certamente teremos detalhes e informações sobre o nosso querido O Liberal, lá de Belém, mas de todo o Estado do Pará.
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(Procede-se à exibição de vídeo.)
O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Vanguarda/PSC - PA) - Muito bem. Eu tenho aqui uma lista de oradores convidados e gostaria de neste momento conceder a palavra a Ronaldo Maiorana, Presidente-Executivo do grupo, por cinco minutos.
Ronaldo, por gentileza.
O SR. RONALDO MAIORANA (Para discursar.) - Bom dia. Queria agradecer a S. Exa. o Senador Zequinha Marinho pela lembrança - é uma honra para nós muito grande, Senador, sermos lembrados -, também agradecer aos demais Senadores do Pará - o Senador Paulo Rocha, o Senador Jader Barbalho - e cumprimentar também o Presidente do Congresso, Senador Rodrigo Pacheco.
Vou fazer uma breve explanação, já que na sua produção foi dito praticamente tudo, então.
É um histórico, como já foi dito por V. Exa. O jornal foi feito em 1946 pelo Governador Magalhães Barata. Aquela época era uma época em que era uma luta entre o PSD e a UDN.
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Papai já adquiriu em 1966, pós-golpe, e teve que pagar até, às vezes, com a sua própria liberdade, com muito esforço, porque tinha muitos amigos, o Dr. Bernardo, o Dr. Hélio Gueiros, que foi Senador da Casa; muitas vezes ele era chamado e às vezes ficava detido por 24 horas, e tudo pela amizade que ele tinha por esses grandes brasileiros que assim o foram. E quero agradecer também aos Senadores, em especial aos que subscreveram o requerimento desta sessão.
Eu acho que o jornal O Liberal hoje vem tratando de duas coisas fundamentais, são dois pilares. Um é o pluralismo, não é? É o jornal que dá voz para quem? Para quem não tinha voz. É um jornal democrático, com todos os aspectos políticos, qualquer tipo de ideologia ou de opção, o jornal vai estar sempre aberto para todos e para o contraditório. E a outra coisa fundamental é dar voz para quem não tem tido voz, que é... Todo mundo fala de Amazônia, seja astro de Hollywood, seja na Europa, nos Estados Unidos e tudo, e nós amazônidas, que vivemos aqui, mais de 20 milhões de amazônidas, algo em torno de 9 milhões no Estado do Pará, muitas vezes nos sentimos sem voz, já que todo mundo fala da nossa querida Amazônia, a verdade e algumas não verdades. Então, o Liberal Amazon foi criado para mostrar o que é a Amazônia, com os seus defeitos, com suas qualidades, com o seu IDH em algumas cidades muito baixo. Até, abrindo aspas, o Ministro Paulo Guedes disse que miséria não combina com meio ambiente. Então, o Pará tem trabalhado nisso, que é muito importante, nossa bancada em Brasília é unida, brigando para reduzir essa miséria. Eu concordo com ele, realmente o nosso povo está em estado de necessidade e não vai entender o que é nem meio ambiente. O Liberal Amazon é publicado pelo jornal O Liberal, está sendo publicado pelo Le Monde na França e deve ser publicado pelo The Boston Globe nos Estados Unidos. Estamos fechando outras parcerias também, para levar o que é a Amazônia de fato.
Eu queria mais uma vez agradecer, agradecer primeiramente a Deus, Nosso Senhor, pela oportunidade de estarmos aqui, e encerrar com um discurso feito pelo papai em 1966, assim que adquiriu o jornal. É um discurso do Editorial, muito interessante, em que ele fala da missão do jornalismo. Antes até do discurso eu queria agradecer ao Sr. Senador e aos demais Senadores e à Câmara também pelo apoio que vêm dando aos jornais impressos e digitais. Um exemplo é o caso dos balanços e tudo. Os jornais empregam centenas, milhares de pessoas e têm uma função social muito grande. E o Congresso nunca faltou com o jornal. Pode não gostar às vezes, ou não, mas nunca faltou com o jornal. Então, isso mostra o compromisso do Congresso Nacional e dos seus representantes, sejam representantes do Estado, da Câmara Alta, sejam os representantes da população, na Câmara baixa. O Congresso inteiro defende a democracia; por consequência, defende o jornal.
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Então, no Editorial, o título começa: "A nossa missão". Sob novo comando, O Liberal volta hoje às mãos dos leitores. Dentro de sua feição tradicional e característica, um jornal moderno e vibrante. Não se trata, de início, de nova fase para que se faça obrigatória uma definição de pontos de vista, mas é de aproveitar-se a oportunidade para que se afirme a disposição da nova direção do diário, e formar um jornal como veículo autêntico das legítimas aspirações do povo paraense.
Fundado sob a inspiração e de um dos maiores homens públicos da Amazônia, o General Magalhães Barata, cujas virtudes de civismo e de espírito público são exemplo e padrão para as novas gerações. O Liberal recebe, a partir de hoje, a orientação de um homem que vence, ensaiou os primeiros passos na difícil, mas atraente, atividade nesta Casa, estimulado pelos conselhos, pelo incentivo de Magalhães Barata. Há, sim, uma identificação da nova direção com as origens do jornal, o que acarreta aquele compromisso de ordem moral e sentimental de tudo fazer para que O Liberal se mantenha dentro de uma linha irrepreensível de bem servir à terra e à gente do Pará, cujo progresso e bem-estar terá que bater-se sem desfalecimento nem recuo.
Não se lançará o jornal contra ninguém, mas, sim, a favor de alguma coisa - entende-se aqui o Pará e a Amazônia. Não se preocupará em destruir, mas, sim, em construir. Não proporá dividir nem diminuir, mas somar - se não for possível multiplicar.
Debaixo dessa diretriz, nossas colunas estão abertas para todos. A prioridade do jornal foi falada anteriormente, sem distinção de classe, credos políticos ou religiosos. O que nos interessa é o desenvolvimento e o progresso do nosso Estado do Pará. Poderes públicos, classes empresariais, operários, funcionalismos liberais e o povo em geral, todos igualmente sofrendo as dificuldades quase insuportáveis da atual conjuntura - de 1966.
Podem contar com este jornal para a defesa do seu legítimo interesse ou para o eventual esclarecimento da opinião pública. A notícia honesta, o comentário criterioso, a crítica justa e respeitosa e a sugestão sensata e oportuna terão sempre guarida nessas páginas, pois entendemos que é essa a função do verdadeiro jornalismo que pretendemos exercer.
A partir da edição de hoje, estamos arrumando as prateleiras.
Aqui eu faço até uma coisa... Isso foi em 1966, não existia internet. Hoje o jornal é multiplataforma. Até me emociono nessa parte. A partir de hoje, estamos arrumando as prateleiras para colocar novas mercadorias. Pretendemos aumentar o número das prateleiras e, por conseguinte, aumentar o número de mercadorias. Tanto quanto possível, o faremos de modo a agradar a todos, mas, antes de pretender somente agradar, preferimos apresentar aquilo que deve fazer bem ao Pará.
Que Deus sempre nos abençoe, nos ajude a bem cumprir a nossa missão.
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Muito obrigado a todos, a todo o Congresso Nacional, especialmente ao Sr. Senador Zequinha Marinho, aos outros Senadores do Estado do Pará e também aos nossos Deputados Federais.
Em nome de Deus, o meu muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Vanguarda/PSC - PA) - Muito obrigado, Ronaldo.
Quero, agora, convidar a Sra. Rose Maiorana, Diretora Comercial do Grupo Liberal, para trazer a sua palavra.
Por favor, Dra. Rose.
A SRA. ROSEMARY MAIORANA (Para discursar.) - Bom dia.
Agradeço, como o Ronaldo falou, essa homenagem que V. Exas. estão fazendo para a gente.
É com muita felicidade que a gente comemora os nossos 75 anos de O Liberal.
Há mais de 40 anos estou à frente da área comercial e da relação com o mercado. De lá pra cá, muitas coisas mudaram, muitas coisas se reinventaram, o papel virou multiplataforma, os anúncios se multiplicaram em várias telas e o mundo cabe também na nossa palma da mão. Vivemos uma grande transformação, mas mudar jamais mudará a relação do Grupo Liberal com os nossos parceiros, agências, anunciantes e assinantes. É para eles que buscamos, todos os dias, inovações para os nossos caminhos.
Hoje somos papel, tela inicial, somos notícia e fato aonde quer que a nossa audiência esteja, aonde quer que o nosso anunciante queira conectar, somos multiplataforma. É com muito orgulho que falo, como o meu irmão Ronaldo falou, de nossa transformação no mercado e essa é também a nossa grande celebração para os 75 anos do jornal.
Agradeço a todos os parceiros, aos nossos colaboradores, a todos os que juntos trabalharam esse grande caminho no legado de transformação conosco.
Muito obrigada a todos, a você, Zequinha Marinho, ao Paulo Rocha, ao Senador Jader Barbalho, a todos os que estão presentes nesta sessão.
Muito obrigada e agradeço a Deus por tudo que está fazendo por todos nós.
O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Vanguarda/PSC - PA) - Muito obrigado, Dra. Rose, parabéns pela palavra.
Eu queria só pedir permissão aos outros inscritos aqui, o próximo é o Daniel, para dar a palavra ao Senador Paulo Rocha, que tem uma agenda um tanto corrida, como todo mundo aqui, e precisa ir para uma outra reunião.
Eu quero abrir o microfone agora para o Senador Paulo Rocha, que também quer trazer a sua palavra nesta sessão especial do jubileu de diamante, 75 anos do jornal O Liberal.
Paulo Rocha.
O SR. PAULO ROCHA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PA. Para discursar.) - Quero saudar a todos e a todas e quero parabenizá-lo, Zequinha, pela bela iniciativa de homenagear esse grande jornal nos seus 75 anos, o que realmente demonstra o reconhecimento da história de O Liberal, que tem a importância que tem perante o desenvolvimento do nosso Estado da Amazônia, o desenvolvimento humano, o desenvolvimento político, enfim, é um jornal que realmente formou consciências no nosso Estado. Por isso, estou aqui para saudar principalmente o Ronaldo, a Rose e a Roberta.
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A minha relação com O Liberal não é só essa relação de política e uma relação agora como Senador. Minha relação é muito intensa, desde jovem, e profissional. Eu sou gráfico. E conheci ainda a Roberta, a Rose e o Ronaldo, muito jovens ainda, pelos corredores de O Liberal, aprendendo com o seu pai essa força do empreendedorismo que eles têm na veia, não é? Todos nós sabemos que um grande jornal, um grande grupo de comunicação, para ter esta força de independência perante os poderes públicos, só se for também um grande grupo empreendedor, para não ficar dependente do poder político de plantão. Então, também O Liberal tem esta força por causa do empreendedorismo e a veia do grande empreendedor que o Rômulo implementou no nosso Estado e que passou naturalmente para os seus filhos e suas filhas.
Então, eu queria parabenizar isto e recordar um pouco da história profissional, porque também isso é outra qualidade de estar sempre na veia da modernização, acompanhando a história do mundo, a modernização do mundo no que tange à área de comunicação. E O Liberal também tem esta característica.
Aí, eu entrei muito fortemente. Eu fui formado na Escola Salesiana do Trabalho. Lá, a Escola Salesiana do Trabalho formava o pessoal do offset, e me tornei um dos principais profissionais de offset, então, na Amazônia. E a primeira foto colorida que saiu, no caso do chumbo para o offset, a primeira foto colorida - a Rose, o Ronaldo devem se lembrar, também a Roberta - era a Rainha das Piscinas. E eu que fiz o primeiro fotolito produzido a cores no jornal O Liberal.
Então, eu tenho essa relação de respeito, de profissionalismo, mas agora muito mais, como Senador da República, reconheço o valor que O Liberal tem para a história do Pará e da Amazônia, e a relação que fez nacionalmente. Acabou se tornando um dos principais e maiores grupos de comunicação do nosso País.
Portanto, eu vim aqui exatamente não só prestigiar esta sessão que o companheiro Zequinha Marinho... Gostou do "companheiro", Zequinha? O companheiro Zequinha Marinho está promovendo para realmente reconhecer, perante o Congresso Nacional, o valor que o Grupo Liberal, o grupo de comunicação Liberal tem para história da democracia paraense, da democracia brasileira, porque foi isto, sempre um grupo que teve essa sua independência política, mas também tem essa veia democrática. E isso é bom para o nosso País, para a nossa Amazônia e para o desenvolvimento humano do nosso povo e da nossa gente.
Parabéns, Rose; parabéns, Ronaldo; e parabéns, Roberta! Grande abraço a todos e a todas. O grupo merece ter essa homenagem.
O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Vanguarda/PSC - PA) - Muito obrigado, Senador Paulo Rocha, resgatando histórias importantes aqui.
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Quero aproveitar também para lembrar que, no sul do Pará, a gente era muito desconectado de Belém, da capital. E, antes de chegar o sinal da TV Liberal, chegou o jornal O Liberal. Eram poucos, tínhamos que correr rápido para comprar, para saber alguma coisa que acontecia naquela época em Belém, porque, senão, não se tinha nada - década de 80; final da década de 70, década de 80 -, as coisas não eram tão fáceis assim como são hoje.
Muito obrigado, Senador. E agora eu...
O SR. PAULO ROCHA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PA) - E ao falar em história, nesse tempo, Rose, o Zequinha Marinho era conhecido como Zequinha do Basa.
O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Vanguarda/PSC - PA) - Verdade.
Quero chamar agora nosso Diretor de Conteúdo do jornal O Liberal, Dr. Daniel Nardin. Por gentileza, tem a palavra por cinco minutos.
O SR. DANIEL NARDIN (Para discursar.) - Senador Zequinha, Senador Paulo Rocha, vocês sabem que, para mim, é uma honra enorme falar com vocês. A gente já se conhece há um tempo. Tive o prazer de trabalhar um pouquinho aí.
Quero agradecer ao Yuri Age, assessor de comunicação, Senador Zequinha, que acompanhou a gente, a toda a equipe de servidores do Senado, que eu conheço bem, que honram essa Casa com um trabalho bem profícuo e forte também nesse período de pandemia.
Sendo muito rápido, é uma honra, como disse, falar com vocês, fazer parte deste momento e, pessoalmente, como jornalista, participar deste ano em que O Liberal completa 75 anos, em um momento em que a gente está trabalhando muitas pautas, mostrando um passado de que a gente se orgulha muito, esse passado do jornal, mas trabalha muito para projetar um futuro com mais conteúdo, com mais novidades e sempre pensando em multiplataformas.
Como vocês disseram - o Senador Paulo Rocha citou -, nós temos como característica, temos no nosso DNA a modernização e a inovação. E é muito legal quando a gente percebe que tem como principal mote trabalhar isso, no sentido de trazer novidades o tempo todo. E é muito bom e até quase profético o editorial do Sr. Romulo Maiorana, de 1966, falar que nós estamos arrumando as prateleiras para colocar novas mercadorias. É exatamente isso que nós estamos fazendo neste momento, nós estamos preparando novos conteúdos. Temos mais ou menos cerca de 30 novos conteúdos para os próximos meses e, entre eles - Senador, o senhor citou o sul do Pará -, teremos, sim, um jornal impresso e também digital no sul do Estado, pensando muito em Marabá e naquela região, porque temos ali um público e uma cultura própria. A gente já está, nesse sentido, com o Ananindeua em Revista, que é um jornal específico de Ananindeua. Também estamos trabalhando em Barcarena. Enfim, O Liberal cresce, a cada momento traz novidades e expande o seu conteúdo.
Então, acho que é um momento de renovar não só com saudosismo e orgulho do passado, mas pensando muito no futuro e tendo como principal mote esse editorial que o Ronaldo leu, que é muito atual, escrito em 1966, mas que fala de diversidade, pluralidade, de dar espaço para diferentes vozes. Acho que é esse jornalismo que a gente busca fazer e, agora, um jornalismo que a gente chama também de conteúdo, tendo aí multiplataformas, trazendo o impresso que leva para o online, um online que puxa para as redes sociais. A gente está presente também numa interligação com a rádio, com a TV Liberal, ou seja, trabalhando numa redação integrada para que o cidadão, o leitor, o usuário de internet tenha um conteúdo leve, mas com a profundidade que o jornalismo pode trazer.
Então, acho que é um momento de celebração.
E estendo aqui, para encerrar, o meu profundo agradecimento a todos que compõem a redação integrada, que são companheiros de jornada desde pela manhã, cedo, até tarde da noite, com o compromisso de que, até o último minuto, até o momento em que o jornal fecha, até com o online, que entra a cada instante, a gente ali esteja preocupado em apurar a informação correta e trazer sempre a informação 24 horas por dia, o tempo todo online, mas sempre com muita preocupação em que a informação seja feita de forma correta, porque acho que é esse o papel do jornalismo. Em um momento de tanta proliferação de notícias por plataformas diferentes, cabe ao jornalismo se reinventar e se mostrar necessário na atual sociedade.
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Então, acho que é esse o recado que a gente passa, agradecendo.
E me desculpa se eu me estendi um pouquinho, mas muito obrigado...
O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Vanguarda/PSC - PA) - Sem problema!
O SR. DANIEL NARDIN - Muito obrigado, Senador.
O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Vanguarda/PSC - PA) - Obrigado, Dr. Daniel.
Quero chamar, para trazer a sua palavra, a Dra. Aline Viana, Diretora de Vendas do jornal O Liberal.
Por favor, doutora.
A SRA. ALINE VIANA (Para discursar.) - Olá! Bom dia a todos!
Primeiro, quero agradecer esta oportunidade desta homenagem.
Para nós, muitas coisas já foram faladas aqui. A gente está em um momento profundo de reinvenção em todas as bases de comunicação. Neste momento, a gente também está passando, no O Liberal, por essas transformações. Essa transformação começa, obviamente, na mudança do digital, mas também perpassa por todas as mudanças necessárias.
Neste momento, dentro do grupo, a gente está também, pegando a fala do Dr. Romulo, arrumando as nossas prateleiras para novas mercadorias. Neste momento, o mercado requer novas conexões, novos projetos, novas formas de comunicar, e é isso que a nossa área comercial e de mercado tem inovado para entregar ao mercado.
Hoje, nós temos dentro do grupo uma house tech, que é um time de inteligência digital, levando projetos customizados e montados sob medida para os nossos clientes. A gente vem aí, como o Ronaldo falou, com mais de 25 projetos nos próximos 12 meses, projetos que vão integrar inovação, customização, mercado, assinantes e audiência. E é isto: a gente segue firme nessa missão.
Mais do que nunca, o jornalismo é a base de tudo. A base de tudo que a gente trabalha é a credibilidade. Porém, agora a gente fala muito de performance. É isto que a gente tem trabalhado dentro do Grupo Liberal: inovação, performance, com credibilidade, para conectar sempre e cada vez mais o nosso mercado com possibilidades mil e diversas. Hoje a gente se posiciona como um hub de comunicação, multiexperiência e multiplataforma. E, a partir disso, vêm muitas novidades no grupo.
Eu queria agradecer, Senador, pela oportunidade, pela homenagem.
Quero parabenizar toda a família Maiorana pelos 75 anos desse legado, dessa firmeza.
Fazer jornalismo é um grande presente, mas também um grande desafio, principalmente em um tempo deste em que a gente vive, de fake news. Porém, é o momento em que a população, a nossa sociedade mais precisa do jornalismo real, do trabalho com credibilidade e curadoria.
Então, eu queria agradecer. Muito obrigada pela oportunidade a todos.
O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Vanguarda/PSC - PA) - Muito obrigado, Dra. Aline. Parabéns pela performance na palavra!
Eu chamo agora o Sr. Sanchae Camatti, Diretor de Inovação e Tecnologia de O Liberal.
São cinco minutos, doutor.
O SR. SANCHAE CAMATTI (Para discursar.) - Bom dia!
Obrigado novamente pela oportunidade. É um imenso prazer estar aqui.
Os colegas que me antecederam na fala conseguiram dar, a partir do que o nosso Presidente falou, uma amplitude de tudo que nós estamos fazendo.
Eu queria começar dizendo que sou o responsável pela tecnologia e que o que move a gente aqui, todos nós, é a paixão pelo jornal. Há a compreensão de que o jornal é a plataforma de comunicação mais completa que existe, porque ela está impressa, está no mundo digital através dos portais, está no áudio através de todas as interações de áudio que nós temos colocado nos projetos, está em vídeos, ou seja, nós somos uma plataforma que hoje embarca todos os tipos de canais de comunicação e, dentro desses canais, todas as suas possibilidades, tanto em redes sociais como em projetos que estamos encaminhando para streaming e tantas outras possibilidades.
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Eu me sinto muito grato por estar aqui, neste momento histórico do jornal, responsável pela tecnologia, que abarca tudo isso que os colegas falaram. A gente vai nesse caminho.
E, nesse sentido, eu preciso dar um testemunho do empenho, da credibilidade que a gente teve dos acionistas, principalmente na pessoa do Ronaldo Maiorana, que é o nosso Presidente, em seguir, em dar todo esse estímulo para que a gente siga por esse caminho, para que a gente consiga cada vez mais encontrar formas para que a gente chegue ao nosso leitor da maneira mais confortável, seja ela impressa, digital, em áudio, em vídeo, em outras tantas plataformas que a cada dia surgem e às quais a gente sempre está muito atento.
E o que nos faz crescer no mundo digital de uma maneira muito estruturada é toda essa credibilidade que vem sendo colocada em páginas impressas há 75 anos. A gente transferiu e mantém essa linha editorial... Eu ouvi pela primeira vez esse discurso do Dr. Rômulo, lá no início, e fiquei um pouco emocionado também porque parece que a gente está seguindo exatamente aquilo que ele preconizou. Quando ele fala desses produtos, de arrumar as prateleiras, a gente tem feito isso com muito carinho, com muita paixão e com muita determinação, mas levando sempre em consideração essa credibilidade toda que o jornal tem ao longo de todos esses anos da sua história.
Eu tenho uma convicção que trago comigo de que tudo isso que a gente vive de novo, plataformas, mundo digital, "n" possibilidades, nasceu do tradicional. O digital nasceu das páginas impressas. O que foi para o mundo digital, para a internet, para as "n" plataformas que surgiram é consequência, surgiu a partir do que estava impresso nos jornais, a partir do que estava sendo feito de maneira tradicional. Então, é a essa conexão que a gente dá muito valor aqui. Nós não desconectamos aqui o mundo tradicional, do jornal impresso, com o digital. Muito antes, pelo contrário, nós conectamos tudo isso da melhor forma. O Daniel falou sobre a integração da redação. E essa integração da redação traz para a gente um exemplo de que tudo que a gente faz aqui está integrado e sempre com vistas àquilo que o nosso presidente falou: o que é que nós podemos entregar para a sociedade, para a comunidade, para o nosso leitor, sempre com credibilidade e sempre com inovação, agora, que é a minha parte, especificamente falando?
Para encerrar, eu queria dizer que eu me sinto muito grato por poder estar aqui neste momento histórico da empresa e com a certeza da responsabilidade de conseguir levar adiante, de uma forma digital e tecnológica, tudo aquilo que foi construído ao longo desses 75 anos.
Obrigado à família Maiorana pela confiança no meu trabalho; obrigado a todos os colegas pelo apoio.
Senador, muito obrigado pela oportunidade. Na sua pessoa, Senador Zequinha, eu saúdo todos os Senadores que estão presentes e que dão apoio ao nosso trabalho. Quero dizer que nós estamos muito comprometidos, em tempo integral, com esse trabalho pelo Pará e pelo jornal O Liberal.
Obrigado.
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O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Vanguarda/PSC - PA) - Muito bem, doutor, muito obrigado pela palavra. É importante, esse mundo da tecnologia é muito vasto e complexo, não é?
Agora, por último, dos oradores convidados, quero chamar o Dr. Cary John, Editor-chefe do jornal, para a sua palavra a partir desse momento.
Por favor.
O SR. CARY JOHN (Para discursar.) - Bom dia, Senador Zequinha Marinho, tudo bem? Bom dia a todos os Senadores e a todas as Senadoras; bom dia, Senador Paulo Rocha, bom dia a todos os colegas de trabalho e à família Maiorana. Eu acompanho a história do jornal há muito tempo, eu comecei aqui, na década de 80, quando ainda era máquina de escrever. A gente usava carbono, papel, era uma coisa bem rústica. E, quando chegou o computador à redação, a gente teve muita dificuldade no uso do computador, porque era uma novidade para todos os jornalistas que trabalhavam aqui. E, ao longo desse período 75 anos, eu acompanhei boa parte dessa evolução do jornal. Com o avanço da tecnologia da comunicação, a gente foi se transformando.
Hoje, você tem muito mais facilidade em acessar. Eu vou falar basicamente do trabalho que é feito pelos jornalistas, pelos colegas jornalistas na apuração, na checagem das informações, nas entrevistas. Hoje a gente está aqui numa reunião virtual e isso era impossível de se pensar anos atrás. Então, o jornal veio acompanhando essa evolução, veio se modernizando. Mas eu acho fundamental falar também do papel social do veículo. A gente dá voz às autoridades públicas, mas também às comunidades, aos movimentos sociais, à comunidade científica, aos especialistas. Nós temos uma cobertura completa em diversas áreas: saúde, economia, política, educação, meio ambiente. Então, isso transforma o jornal em um produto plural, esses espaços estão sempre abertos e essa aproximação com o público sempre aconteceu. No passado acontecia através de cartas que a gente recebia. Hoje, a tecnologia fez essa ligação com esse público ser muito mais ágil, mais dinâmica, mais rápida, mas é importante mostrar também o trabalho do jornalista, eu falo muito pelos jornalistas.
Eu estou aqui há 25 anos. Comecei como redator e hoje sou Editor-chefe. Então, são desafios diários para todos, desde quem pensa na pauta até o final da edição. Mas é um processo que envolve também pessoas que estão na pré-impressão, na impressão, na distribuição: fazer com que o produto chegue à mão do leitor, aos assinantes, aos pontos de venda direta. Esse é um desafio diário para todos os jornalistas aqui; a equipe é uma equipe que tem talentos excepcionais, são pessoas comprometidas com o seu trabalho. Então, eu queria agradecer também à família Maiorana por toda essa confiança na equipe, no trabalho que é feito pelos jornalistas, o que inclui repórteres, fotógrafos, editores, diagramadores, quer dizer, pessoas importantes nesse processo de construção do produto.
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Um bom dia a todos.
E quero parabenizar também a todos que fazem o jornal O Liberal, em seus 75 anos. Ninguém chega aos 75 anos sem essa credibilidade, sem esse reconhecimento público - é importante dizer isso, não é? -, não só da classe política, mas de toda a sociedade, como um todo. Então, assim você vê que o jornal realmente conseguiu chegar aos 75 anos renovado, pois construiu uma imagem importante de credibilidade ao longo dessas sete décadas e meia.
E é isso.
Eu queria agradecer, então, a todos os colegas, aos Senadores, pela oportunidade.
O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Vanguarda/PSC - PA) - Muito obrigado, Sr. Cary John, pela palavra.
Nós estamos chegando ao final de nossa sessão e eu quero facultar a palavra, mais uma vez, ao Ronaldo - se ele desejar fazer uso por alguns minutos -, para que a gente possa chegar ao encerramento. Se ele estiver conosco ainda na sala...
Ronaldo Maiorana, está aqui o Ronaldo
O SR. RONALDO MAIORANA - Estou aqui sim, Sr. Senador.
O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Vanguarda/PSC - PA) - Tudo bem?
O SR. RONALDO MAIORANA (Para discursar.) - Estou bem, estou ouvindo, Senador.
Eu queria, mais uma vez, Senador, agradecer a V. Exa., agradecer ao Senador Paulo Rocha, pelas palavras dele, que me deixaram emocionado. Realmente, é uma amizade de muitos e muitos anos.
E quero agradecer a todo o Congresso, como disse, pela importância do Congresso, que é a Casa do Povo, e ao Senado, que é a Casa dos Estados. Eu só tenho a agradecer a Deus e agradecer aos senhores.
O SR. PRESIDENTE (Zequinha Marinho. Bloco Parlamentar Vanguarda/PSC - PA) - Muito bem, Dr. Ronaldo.
Eu quero aqui cumprimentar a todo mundo, a toda família Maiorana, na pessoa do Ronaldo e da D. Lucidéa, e saudar todo esse esforço que durante anos e anos vocês empreenderam. Não é fácil uma empresa familiar tocar o barco, ser bem-sucedida, superar os desafios como vocês têm feito ao longo do tempo e acompanhar a modernidade, a tecnologia. Vejo que é um quadro excepcional de profissionais que colaboram, tanto da família quanto daqueles que vêm de fora para se somar com o grupo.
Meu abraço a todo mundo, e o meu pedido a Deus aqui é vida longa ao jornal O Liberal e a todo o grupo, para que a gente possa continuar aí vendo esse meio de comunicação servindo tão bem à sociedade paraense, ao norte do Brasil e ao Brasil como um todo.
Cumprida a finalidade desta sessão especial remota do Senado Federal, agradeço às personalidades que nos honraram com a sua participação.
Está encerrada esta sessão de comemoração aos 75 anos do jornal O Liberal.
Muito obrigado.
Bom dia a todos.
(Levanta-se a sessão às 10 horas e 59 minutos.)