4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
56ª LEGISLATURA
Em 17 de junho de 2022
(sexta-feira)
Às 9 horas e 30 minutos
19ª SESSÃO
(Sessão Solene)

Oradores
Horário

Texto com revisão

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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco/PSDB - DF. Fala da Presidência.) - Declaro aberta a sessão do Congresso Nacional destinada a comemorar os 200 anos do Grande Oriente do Brasil.
A presente sessão foi convocada pelo Presidente do Congresso Nacional, em atendimento ao requerimento de autoria minha e do Deputado General Girão.
Convido para compor a mesa com esta Presidência - já está conosco aqui - o Sr. Deputado Federal Delegado Pablo.
Podem bater palmas para ele. (Palmas.)
Sr. Sir David Wootton, Grão-Mestre Assistente da Grande Loja Unida da Inglaterra e ex-Prefeito da cidade de Londres. (Palmas.)
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Convido o Sr. Múcio Bonifácio Guimarães, Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil. (Palmas.)
Convido também o Sr. Aldino Brasil de Souza, Secretário-Geral da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil. (Palmas.)
Convido também o Sr. Vanderlei Geraldo de Assis, Presidente da Confederação Maçônica do Brasil. (Palmas.)
Convido o Sr. Reginaldo Gusmão de Albuquerque, Grão-Mestre do Grande Oriente do Distrito Federal. (Palmas.)
E também o Sr. Josiel Alcolumbre, suplente do nosso ex-Presidente Senador Davi Alcolumbre e Grão-Mestre Estadual de Honra do Amapá, representando os demais estados. (Palmas.)
Convido todos para, em posição de respeito, ouvirmos o Hino Nacional, executado pela Banda de Música do Batalhão da Guarda Presidencial, sob a regência do Maestro Subtenente Luiz Gonzaga.
(Procede-se à execução do Hino Nacional.) (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco/PSDB - DF) - Solicito à Secretaria-Geral da Mesa a exibição, no painel, do vídeo preparado em homenagem aos 200 anos do Grande Oriente do Brasil.
(Procede-se à exibição de vídeo.)
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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco/PSDB - DF. Para discursar - Presidente.) - Quero registrar aqui as seguintes presenças: da Ordem Soberana de São João de Jerusalém, Cavaleiros de Malta, Priorado do Brasil, o Grão Prior Franco Nicoletti e comitiva; dos Estados Unidos da América, a Sultana Princesa Maria Amor Torres Mastura; do Marrocos, a delegação do Marrocos, chefiada por Sua Majestade o Sheik Moulay Al Mehdi.
Quero cumprimentar aqui também o nosso Grão-Mestre estadual Altair Salésio Rodrigues, do Grande Oriente do Brasil de Santa Catarina; o Grão-Mestre estadual Ivo Matias, do Grande Oriente do Brasil do Mato Grosso; o Grão-Mestre estadual José Heldson Carvalho de Aquino, do Grande Oriente do Brasil do Rio Grande do Norte; o Grão-Mestre estadual Mozandi da Silva Castro, do Grande Oriente do Estado do Amazonas; o Grão-Mestre estadual Celestino Laurindo Júnior, do Grande Oriente do Estado do Mato Grosso do Sul; o Grão-Mestre estadual Rógio José Oliveira Lima, do Grande Oriente do Brasil de Alagoas; o Grão-Mestre estadual Aildo Virginio Carolino, do Grande Oriente do Brasil do Rio de Janeiro; o Grão-Mestre estadual Otacílio Batista de Almeida Filho, do Grande Oriente do Brasil da Paraíba; o Grão-Mestre estadual Paulo Eduardo Tavares Vieira, do Grande Oriente do Brasil de Tocantins; o Grão-Mestre estadual Altamiro Lourenço de Souza, do Grande Oriente do Brasil de Minas Gerais; o Grão-Mestre estadual Maurício Mendes Alves, do Grande Oriente do Brasil do Maranhão; o Grão-Mestre estadual Plauto Eugênio Chagas Giulian, do Grande Oriente do Brasil do Rio Grande do Sul; o Grão-Mestre estadual Osmir D'Albuquerque Lima Filho, do Grande Oriente do Brasil do Acre; o Grão-Mestre estadual Roberto Scalercio Pires, do Grande Oriente do Brasil de Rondônia; o Grão-Mestre estadual Clairton de Santana, do Grande Oriente do Brasil de Sergipe; o Grão-Mestre estadual Lourival Arantes dos Santos, do Grande Oriente do Estado de Goiás; o Grão-Mestre estadual Luís Mário Luchetta, do Grande Oriente do Brasil do Paraná; o Grão-Mestre estadual Edilberto Pereira da Silva, do Grande Oriente do Estado do Pará; o Grão-Mestre estadual Hélio Soares da Luz Sodré, do Grande Oriente do Brasil do Espírito Santo; o Grão-Mestre estadual José Fernando Pereira da Silva, do Grande Oriente de Pernambuco; o Grão-Mestre estadual Luiz Fernando Possebon Ribeiro, do Grande Oriente Estadual de Roraima; o Grão-Mestre estadual Gerson Magdaleno, do Grande Oriente do Brasil de São Paulo; o Grão-Mestre estadual Luciano Pinto Sepúlveda, do Grande Oriente Estadual da Bahia; e o Delegado do GOB Ubiracy de Azevedo Picanço Júnior, Delegacia do GOB do Amapá.
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Registro também, da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil, o Grão-Mestre Jorge Ferreira da Guia Filho, da Grande Loja Maçônica do Estado de Alagoas; o Grão-Mestre Marcelo Barbosa Peixoto, da Grande Loja Maçônica do Amazonas; o Grão-Mestre Walter Alves Noronha, da Grande Loja Maçônica do Estado do Espírito Santo; o Grão-Mestre Eleusino Ataide Passos, da Grande Loja do Estado de Mato Grosso; o Grão-Mestre Ademar de Souza Freitas, da Grande Loja Maçônica do Estado de Mato Grosso do Sul; o Grão-Mestre Sérgio Quirino Guimarães, da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais; o Grão-Mestre Marco Antônio Corrêa de Sá, da Grande Loja Maçônica do Paraná; o Grão-Mestre Flávio José de Amorim, da Grande Loja Maçônica de Pernambuco - corrigindo, o Ubiracy de Azevedo Picanço já é Grão-Mestre -; o Grão-Mestre Paulo Benevenute Tupan, da Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia; o Grão-Mestre Alberto Jorge Franco Vieira, da Grande Loja Maçônica do Estado de Sergipe; e o Grão-Mestre Alexandre Modesto Braune, da Grande Loja Maçônica de Tocantins.
Registro também, da Confederação Maçônica do Brasil, João Krainski Neto, Secretário-Geral da Comab; Antônio Clidenor Borges de Oliveira, Grão-Mestre Adjunto do Grande Oriente do Estado do Acre; José Arimatéia de Farias Aires, Grão-Mestre do Grande Oriente Amapaense; José Paulo Sanches Orrutia, Grão-Mestre do Grande Oriente Amazonense; Cassiano Lhopes Moreno, Grão-Mestre do Grande Oriente da Bahia; Antônio do Carmo Ferreira, Grão-Mestre do Grande Oriente do Distrito Federal; Abdalla Hanna Obeid, Grão-Mestre do Grande Oriente de Goiás; José Roberto Pereira Cunha, Grão-Mestre do Grande Oriente do Estado do Maranhão; Gelson Menegatti Filho, Grão-Mestre do Grande Oriente do Estado do Mato Grosso; Rodrigo Pereira Garcia, Grão-Mestre do Grande Oriente do Paraná; Cristian Adrian Flores Maldonado, Grão-Mestre do Grande Oriente do Paraná; Antonio Flávio Varnier, Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista; Guilherme de Queiroz Ribeiro, Grão-Mestre do Grande Oriente Independente de Pernambuco; Jorge Gouvêa Mello, Grão-Mestre do Grande Oriente do Rio de Janeiro; Jack Stewart Andres, Grão-Mestre Adjunto do Grande Oriente de Rondônia; e Sérgio Wallner, Grão-Mestre do Grande Oriente de Santa Catarina.
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Registro também a presença do Supremo Conselho do Brasil do Grau 33 para o Rito Escocês Antigo e Aceito, Antonio Carlos Barbosa Ramos, Soberano Grande Comendador, e de autoridades estrangeiras também: da Europa, Grande Loja Unida da Inglaterra, eminente venerável irmão Sir David Wootton, Grão-Mestre Assistente da Grande Loja Unida da Inglaterra; Grande Loja Regular da Bélgica, mui respeitável irmão Daniel Bauwens, Grão-Mestre da Grande Loja da Bélgica, e comitiva; Grande Loja Legal de Portugal, mui respeitável irmão Armindo Carlos Cortez de Azevedo, Grão-Mestre da Grande Loja Legal de Portugal, e comitiva; da América do Norte, Grande Loja da Flórida, Estados Unidos, mui respeitável irmão Jorge Luis Aladro, ex-Grão-Mestre e Presidente do Comitê de Relações Exteriores da Grande Loja de da Flórida, e também a sua comitiva; do México, mui respeitável irmão Ismael Gutiérrez Loera, Presidente da Confederação das Grandes Lojas Regulares dos Estados Unidos Mexicanos; mui respeitável irmão José Gabriel Benítez Cabrera, Grão-Mestre da Grande Loja Unida Mexicana, de Veracruz, México; mui respeitável irmão Cuahtémoc Plascencia Albiter, Grão-Mestre da Grande Loja Valle de México, México; da América Latina, Confederação Maçônica Interamericana, mui respeitável irmão Geraldo de Souza Macedo, Secretário-Executivo da CMI; da América do Sul, Grande Loja da Argentina de Maçons Livres e Aceitos, mui respeitável irmão Angel Jorge Clavero, ex-Grão-Mestre e atual Grande Chanceler da Grande Loja da Argentina de Maçons Livres e Aceitos, e também sua comitiva; da Grande Loja da Bolívia, mui respeitável Rodrigo Arce Oropeza, Grão-Mestre da Grande Loja da Bolívia; da Grande Loja do Chile, respeitável irmão Rodrigo Salinas, Grande Secretário da Grande Loja do Chile; da Grande Loja Simbólica do Paraguai, mui respeitável irmão José Miguel Fernández Zacur, Grão-Mestre da Grande Loja Simbólica do Paraguai; da Grande Loja dos Antigos Livres e Aceitos Maçons da República do Peru, o respeitável irmão Eulogio Mario Carreras Vasquéz, Grão-Mestre da Grande Loja do Peru; da Grande Loja da Maçonaria do Uruguai, mui respeitável irmão Mário Pera Peluffo, Grão-Mestre da Grande Loja da Maçonaria do Uruguai; da Grande Loja do Estado de Israel, o ilustre irmão David Bem Amotz, Secretário da ARLS Brasil nº 87 do Oriente de Ra'anana, Israel, da Grande Loja do Estado de Israel; de Marcos José da Silva, ex-Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil; e também do nosso querido Laelso Rodrigues, ex-Grão-Mestre também do Grande Oriente do Brasil. (Palmas.)
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Neste momento, eu convido todos a fazerem um minuto de silêncio em decorrência do falecimento ontem do nosso amigo e ex-Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá.
(Faz-se um minuto de silêncio.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco/PSDB - DF) - Cumprimento o Deputado Federal Delegado Pablo; o Grão-Mestre Assistente da Grande Loja Unida da Inglaterra e ex-Prefeito da cidade de Londres, Sir David Wootton; o Grão-Mestre-Geral do Grande Oriente do Brasil, irmão Múcio Bonifácio Guimarães; o Secretário-Geral da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil, Sr. Aldino Brasil de Souza; o Presidente da Confederação da Maçônica Simbólica do Brasil, Sr. Vanderlei Geraldo de Assis; o nosso Grão-Mestre do Grande Oriente do Distrito Federal, nosso irmão Reginaldo Gusmão de Albuquerque; e o nosso Grão-Mestre estadual de Honra do Amapá, irmão Josiel Alcolumbre.
Hoje, aqui, nesta Casa de leis, celebramos os 200 anos do Grande Oriente do Brasil.
A história da Maçonaria em nosso país foi história de luta, que percorreu não só a vitória pela Independência, mas, acima de tudo, aquela que nos tornou uma República e nos fez uma nação que rejeita o preconceito de credo, de cor e de raça.
A Maçonaria sempre lutou pela paz entre as nações e tinha como propósito o ser humano, suas necessidades, sua vida e a dos seus. A história e as ações daqueles que querem um país mais igual e mais justo não pode ser desprezada, porque é exemplo para todos. Essa é a história da Maçonaria no mundo, e não seria diferente no Brasil, em razão daqueles que lutaram pelo nosso país em todas as décadas, em todas as frentes, desde o primeiro momento em que o Brasil, ainda colônia, já lutava por sua Independência. Essa história está registrada e está nas palavras poéticas de nossa Profa. e contadora de história Nyedja Gennari, que será dita a seguir.
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Hoje, recebemos maçons de cada canto deste país, recebemos homens e mulheres que, em sua luta diária, em suas profissões, reservam um tempo e um lugar específicos para o próximo, para aquele que mais precisa.
Essa diretriz também orienta toda a minha vida, cujo objetivo é cuidar das pessoas. Para aqueles que não sabem, o significado da palavra maçom é pedreiro, aquele que constrói. O maçom é um pedreiro social, aquele cujo maior segredo é fazer, desinteressadamente, o bem ao próximo, pois, fazendo o bem ao próximo, estará fazendo o bem à humanidade.
Um dos seus símbolos, o triângulo - formado pelo compasso, o esquadro e a letra G -, se refere ao grande arquiteto do universo, se refere a Deus, nosso Pai, àquele que tem como ensinamento que a vida, o presente e o futuro dependem de nós, de nossas ações, de nossa fé.
Esses pedreiros, inicialmente, de profissão, juntamente com arquitetos, pintores e outros profissionais da arte, da arte de construir, se uniram para fortalecer a associação, que atravessou séculos de guerras, catástrofes e divisões, mas, sempre sob o manto sagrado da liberdade, da igualdade, da fraternidade, conseguiram mudar o curso da história. Ao longo do tempo, especialmente na nossa pátria, esses destemidos maçons do passado devem ser sempre louvados pelo seu amor incondicional ao Brasil, suas terras independentes, seu povo destemido, suas crenças e sua cultura diversa.
Nos momentos mais importantes do nosso país, como a independência, a abolição da escravatura, a proclamação da República e, mais recentemente, a luta pela redemocratização, esses bravos defensores de nossa pátria, os maçons do Brasil, foram, sobretudo, os protagonistas desses feitos. D. Pedro II, José Bonifácio, Gonçalves Ledo, José do Patrocínio, Joaquim Nabuco e Duque de Caxias, entre outros, são exemplos e referência para todos nós.
A história do Brasil maçônico é rica de ensinamentos e fértil em grandezas de toda ordem, devendo os seus feitos serem evocados permanentemente, como chama, neste nível de energia, para que nunca percamos de vista quem somos, de onde viemos e para aonde vamos.
Nossas homenagens, portanto, aos maçons de ontem, que nos legaram extraordinários exemplos de lutas e sacrifícios nos episódios que marcaram os períodos colonial, monárquico e republicano, em nosso país.
Cabe, no entanto, à nova geração, aos maçons de hoje, se incorporem à tarefa que os desafia e que exige mudanças contra as injustiças sociais que afligem e angustiam o nosso povo. Está em nossas mãos, nas mãos de todos os brasileiros de bem, empreender uma verdadeira cruzada contra a discriminação, o preconceito, a falta de civismo, a corrupção e os descaminhos. Será uma luta sem trégua contra o pernicioso e crescente tráfico de drogas, que busca destruir o futuro dos nossos jovens. Uma batalha contra as mazelas que agridem e minam os fundamentos morais e espirituais da família brasileira.
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Os maçons e sua história são um exemplo a ser seguido. Não devemos temer os paus e pedras que virão. Minhas senhoras e meus senhores, os maçons sabem que os brasileiros não querem um país corrupto nem pobre, mas um país mais forte e mais justo. Sabem também que a intolerância e a violência nos colocam em vulnerabilidade constante.
Por isso, não vamos desistir. Vamos lutar para que o sonho de todos, que é a permanente busca pelo aperfeiçoamento da sociedade humana, seja de fato real. Esse sonho, senhoras e senhores, é aquele que está na esperança de que, com amor a Deus, à pátria, à família e ao próximo, com tolerância e sabedoria e sob a tríade da liberdade, da igualdade e da fraternidade, será possível alcançarmos a desejada paz, a felicidade dos povos e o triunfo do bem.
Minhas senhoras e meus senhores, o mundo passa por um pós-pandemia e uma guerra que pode se estender e trazer fome e morte para muitos. O mundo se preocupa com a guerra em si, suas vítimas de canhões e bombas, mas se esquece daqueles que morrerão de fome e de doenças por falta de assistência médica. Aqueles que, em razão das guerras, carecem de alimentos e de cuidados.
O mundo sofre uma guerra que atinge sobretudo aqueles mais vulneráveis pela pobreza. Esses serão sempre as maiores vítimas e não estarão nas estatísticas. Quantos morrerão por tiros e quantos morrerão de fome e por doenças?
Diante do realismo desse quadro, precisamos, a exemplo de D. Pedro II, José Bonifácio, Gonçalves Ledo, José do Patrocínio, Joaquim Nabuco e Duque de Caxias, dentre outros maçons, nos colocarmos como nação livre pelas nossas riquezas, nosso povo, nossa paz e alegria de viver.
A nossa força e vigor aqui, já reafirmamos, farão desta sessão solene um compromisso de luta para que o Brasil possa ultrapassar esse momento tão difícil para o mundo, sem sofrimento para a nossa gente, preservando nossas riquezas e soberania. Com tolerância e sabedoria e sob a tríade da liberdade, igualdade e fraternidade, alcançaremos a desejada paz e ensinaremos às novas gerações e ao mundo a amar ao invés de odiar.
O grande líder Nelson Mandela dizia que ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender. E, se podem aprender a odiar, também podem ser ensinadas a amar.
Aos maçons de ontem, que nos legaram extraordinários exemplos de luta e sacrifícios, nossas mais sinceras homenagens. Aos maçons de hoje, que não fogem à luta, o nosso louvor.
Mas, antes de finalizar, eu quero aqui deixar a minha saudação a essa instituição secular, que tem sempre estado a favor do Brasil, de nossa terra e de nosso povo.
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Salve o Grande Oriente do Brasil!
E, antes de finalizar, quero também saudar o Grande Oriente do Distrito Federal pelos seus 52 anos de existência. A todos vocês, os nossos sinceros agradecimentos.
Salve o Grande Oriente do Brasil! (Palmas.)
Assistiremos, agora, a uma contação de história em comemoração aos 200 anos do Grande Oriente do Brasil, apresentada pela Sra. Nyedja Gennari.
A SRA. NYEDJA GENNARI - Senhoras e senhores, bom dia!
As histórias marcam, inspiram, emocionam, divertem, são inventadas ou reais. Por isso, neste momento, eu convido cada um de vocês a uma viagem, uma viagem por uma história real, emocionante, importante e inspiradora, a história dos 200 anos de fundação do Grande Oriente do Brasil.
O objetivo principal dos fundadores do Grande Oriente era a independência do país. No momento em que a família real era forçada a voltar a Portugal, pela revolução constitucionalista do Porto de 1820, o primeiro passo oficial foi o Fico, em 9 de janeiro, que representou uma desobediência aos decretos emanados das Cortes Gerais portuguesas e que exigiu imediato retorno do príncipe a Portugal e praticamente a reversão do Brasil à subcondição colonial, com a dissolução da união brasílico-lusa, elaborada por influência do Congresso de Viena.
Começava, nesse momento, o processo de aliciamento do Príncipe Regente D. Pedro, que começava a perceber a força do Grande Oriente, o qual continuaria logo depois, quando os maçons fluminenses resolveram, a 13 de maio de 1822, outorgar-lhe o título de Defensor Perpétuo do Brasil.
A Proclamação da Independência foi o resultado do incansável trabalho do Grande Oriente em prol da retirada da submissão de Portugal. Foi uma construção a união dos pedreiros em prol da liberdade do Brasil. E foi um dia como hoje, 17 de junho de 1822, 200 anos dessa celebração do Grande Oriente do Brasil.
Como já bem dito pelo nosso Senador Izalci, o significado da palavra maçom é pedreiro, construtor. E os maçons do Grande Oriente do Brasil, ao longo desses anos, construíram, desde sempre, um Brasil próspero, muito melhor, um Brasil desejável no momento mais importante do nosso país, desde a independência, a Abolição da Escravatura, a Proclamação da República, as Diretas Já e tantas outras. Os bravos defensores da nossa pátria, os maçons, foram os protagonistas desses feitos.
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D. Pedro II, José Bonifácio, Gonçalves Ledo, José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, Duque de Caxias, entre outros, são exemplos de referências para todos nós, e, claro, obviamente, cada um de vocês aqui presentes que constrói no dia a dia muito da nossa história ao longo do tempo e especialmente ao nosso país, pela fraternidade, pelo amor ao próximo, à família, ao país. Sempre nos bastidores de fatos importantes e relevantes da nossa história, maçons do passado e do presente que devem ser louvados pelo seu amor incondicional ao Brasil. Suas terras independentes, seu povo destemido, suas crenças e a sua cultura diversa, um legado único. E, nesses 200 anos, o Grande Oriente do Brasil teve um papel extremamente importante, que deve, sim, ser relevado, falado, dito e redito nesta Casa de Lei, uma história rica de ensinamentos que deve ser comemorada pela grandeza da sua fertilidade de toda ordem, porque seus feitos devem ser evocados permanentemente, como uma chama que nunca se apaga, para que nunca percamos de vista quem somos, de onde viemos e para onde vamos.
Senhoras e senhores, nesta data tão importante em que celebramos o bicentenário do Grande Oriente do Brasil e também o bicentenário da independência, cabe, no entanto, à nova geração, inspirada no exemplo dos antepassados, incorporar a grandiosa tarefa que desafia a empunhar a bandeira de um novo tempo, inspirada no exemplo da família, do amor ao próximo, do amor ao Brasil, na memória daqueles que ficam, no exemplo, no legado, e não existe exemplo maior do que a família, o país e o amor.
A vocês, pelos 200 anos, e a todos os outros que virão, esta é uma singela homenagem do Senador Izalci e de toda a sua equipe.
Eu sou Nyedja Gennari, contadora de histórias. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco/PSDB - DF) - Quero registrar ainda a presença do Grão-Mestre estadual do Grande Oriente do Brasil de Goiás, Sr. Mauro Marcondes da Costa; do Grão-Mestre estadual do Grande Oriente do Brasil da Bahia, Sr. Oscimar Alves Torres; do Grão-Mestre estadual do Grande Oriente do Brasil do Piauí, Sr. Noé Holanda; do Grão-Mestre estadual do Grande Oriente do Brasil do Ceará, Sr. Leonardo Monteiro; do Grão-Mestre estadual do Grande Oriente do Brasil do Amazonas, Sr. Bruno Azevedo; do Grão-Mestre estadual do Grande Oriente do Brasil do Rio Grande do Norte, Sr. José Ivo de Souza; do Grão-Mestre estadual do Grande Oriente do Brasil de Minas Gerais, Sr. Cléscio Galvão; do Presidente nacional da Federação Legislativa Maçônica, Sr. Arquiariano Bites Leão, e também da Presidente nacional da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul, Sra. Jussane Guimarães, representando aqui todas as nossas Cunhadas. (Palmas.)
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Solicito à Secretaria-Geral da Mesa a exibição no painel de vídeo especialmente gravado pelo Sr. Deputado General Girão.
(Procede-se à exibição de vídeo.) (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco/PSDB - DF) - Quero registrar que recebi a mensagem do nosso Deputado Federal Domingos Sávio, também há mais de 30 anos membro do Grande Oriente do Brasil. Vou deixar registrada como lida a sua mensagem.
Passo agora, então, a palavra ao Deputado Federal Delegado Pablo.
O SR. DELEGADO PABLO (UNIÃO - AM. Para discursar. Sem revisão do orador.) - Bom dia, senhoras e senhores! Sejam muito bem-vindos a esta Casa do Povo!
Vou começar aqui fazendo a leitura das nossas autoridades: S. Exa. o Presidente Senador Izalci Lucas; S. Exa. Grão-Mestre Assistente da Grande Loja Unida da Inglaterra e ex-Prefeito da cidade de Londres, Sir David Wootton - welcome! -; Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, amigo Múcio Bonifácio Guimarães; Secretário-Geral da Confederação da Maçonaria Simbólica, Sr. Aldino Brasil de Souza; Presidente da Confederação Maçônica do Brasil, Sr. Vanderlei Geraldo de Assis; Grão-Mestre do Grande Oriente do Distrito Federal, Sr. Reginaldo Gusmão de Albuquerque; Grão-Mestre Estadual de Honra do Amapá, Sr. Josiel Alcolumbre.
Senhoras e senhores, eu quero também deixar registrado que, durante este minuto de silêncio, eu imaginei que estão presentes aqui, com certeza, todos os nossos irmãos que nos deixaram nessa pandemia e nesses últimos anos, para os quais eu queria pedir a todos uma salva de palmas neste momento. (Palmas.)
Registro também, porque alguns devem estar vindo pela primeira vez a esta Casa: acreditem, eu nunca a vi tão lotada, é a primeira vez que eu vejo uma sessão solene, Senador Izalci Lucas... (Palmas.)
... tão bem prestigiada em plena sexta-feira.
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Normalmente as sextas-feiras aqui só são acompanhadas das cadeiras vazias, hoje eu vejo vocês aqui lotando este Plenário.
É uma honra ter todos os irmãos presentes, inclusive todos os irmãos aqui unidos das três potências maçônicas: Grande Oriente do Brasil, Grande Loja, Comab, três troncos diferentes filhos de uma mesma árvore, filhos de uma mesma mãe, todos nós irmãos em Maçonaria.
Eu queria pedir a todos os maçons também que me acompanhassem, em que pese esta seja uma sessão convencional, na leitura do nosso Salmo 133:1:
1 Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!
2 É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce sobre a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes.
3 É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião.
Ali, ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre.
Assim seja, irmãos. (Palmas.)
Vou deixar o livro da Bíblia guardadinho aqui.
Falou-se aqui que a Maçonaria tem 200 anos de existência, coincide com a Independência do nosso país, e eu tenho certeza de que os irmãos maçons que lá ajudaram a Independência foram os que colocaram no nosso hino "Verás que um filho teu não foge à luta".
É a luta que a Maçonaria vem desempenhando durante esses 200 anos, de modo silencioso algumas vezes, mas também retumbante, quando nós tivemos oportunidade de, nos últimos movimentos deste país, ir para as ruas, como cidadãos livres, em luta no combate à corrupção, pela redemocratização do país, pela busca de boas práticas, nas quais tive a felicidade, não só como Delegado da Polícia Federal que sou, mas também como cidadão, de estar ombro a ombro com vários irmãos que vejo aqui hoje: Bruno Carvalho, meu Grão-Mestre do Amazonas; Marcelo Peixoto, da Grande Loja; meu padrinho Augusto Sales; meu irmão siamês Nilson Sato, que aqui está presente; meu amigo que não está presente aqui, mas que nos ajudou bastante a entrar aqui e já se foi, assim muitos outros irmãos que já se foram; e também meu pai, que está aqui presente, que é meu pai, meu irmão, Miguel Martins, que está ali. É um prazer estar com todos aqui presentes. (Palmas.)
Os 200 anos do Grande Oriente do Brasil, para aqueles que não conhecem a Maçonaria - e eu preciso falar isto, porque este pronunciamento fica registrado -, são 200 anos de luta pelo fortalecimento do nosso país, pelo fortalecimento da nossa pátria, pela preservação dos valores que fazem a sociedade ser justa, livre e solidária, que são a família, que são o amor à pátria, que são a preservação dos bons costumes. Nisso, a Maçonaria não só transforma a sociedade, mas principalmente, como todos nós aqui aprendemos todos os dias, faz com que cada um dos membros da Maçonaria seja uma pedra desbastada todo tempo em busca da perfeição, em busca da construção de homens melhores que vão fazer deste país, sem dúvida, um lugar melhor para esta e para as futuras gerações.
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Deixo aqui um abraço a todos os irmãos do Amazonas que nos assistem e a todos os irmãos de todas as três grandes potências deste país, que fazem do Brasil esta grande nação.
Muito obrigado a todos.
Parabéns, Grande Oriente do Brasil! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco/PSDB - DF) - Passo a palavra agora ao nosso Grão-Mestre do Grande Oriente do Distrito Federal, o nosso irmão Reginaldo Gusmão de Albuquerque.
O SR. REGINALDO GUSMÃO DE ALBUQUERQUE (Para discursar.) - Bom dia a todos.
Sr. Senador e mestre maçom Izalci Lucas, Presidente e requerente desta sessão, fazendo também referência ao Deputado Federal General Girão, que, juntamente com o Senador Izalci, foram os responsáveis pela realização desta sessão solene; soberano irmão Múcio Bonifácio Guimarães, Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil; Sr. Deputado Federal Delegado Pablo; Grão-Mestre Assistente da Grande Loja Unida da Inglaterra e ex-Prefeito da cidade de Londres, Sr. Sir David Wootton; Secretário-Geral da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil, irmão Aldino Brasil de Souza; Presidente da Confederação Maçônica do Brasil, irmão Vanderlei Geraldo de Assis; Grão-Mestre estadual de Honra do Amapá, irmão Josiel Alcolumbre; eu faço referência também ao sapientíssimo irmão Ademir Cândido da Silva, Grão-Mestre Geral Adjunto do Grande Oriente do Brasil, e, cumprimentando-o, cumprimento todos os maçons presentes na presente sessão solene. (Palmas.)
Dirijo meus cumprimentos também às fraternas Jussane Guimarães e Elaine Albuquerque, respectivamente Presidente Nacional da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul do Grande Oriente do Brasil e Presidente da Fraternidade Feminina do Grande Oriente do Distrito Federal.
Meus irmãos, senhoras e senhores, a Maçonaria é um centro de união que reúne pessoas tão diferentes, tão distintas, que, se não fosse pela sua doutrina, estaríamos todos afastados uns dos outros.
Estou aqui e tenho a honra de representar os obreiros do Grande Oriente do Distrito Federal, que, juntamente com os Grandes Orientes estaduais, formam a grande corrente sob a batuta do Grande Oriente do Brasil e de seu representante maior, o soberano irmão Múcio Bonifácio Guimarães.
A Constituição do Grande Oriente do Brasil define a Maçonaria como uma instituição essencialmente iniciática, filosófica, progressista e evolucionista, cujos fins supremos são liberdade, igualdade e fraternidade. Ela é progressista, porque todos os seus dirigentes e os seus integrantes, desde o início da fundação do Grande Oriente do Brasil até a presente data, primam pelo progresso da humanidade, buscando sempre o avanço para uma sociedade melhor e mais fraterna. Mesmo não sendo uma religião e primando seus princípios pela razão, proclama a prevalência do espírito sobre a matéria. Recomenda a divulgação de sua doutrina pelo exemplo e pela palavra e combate terminantemente o recurso à força e à violência para consecução de quaisquer objetivos.
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E foi dessa forma, cuidando desses princípios e seguindo seus objetivos, que é a instituição não pública mais antiga da República Federativa do Brasil, completando hoje os seus 200 anos.
Desde 22 de junho de 1822 até hoje, próximo de 22 de junho de 2022, o Grande Oriente do Brasil foi dirigido por personalidades que estiveram sempre presentes no destino do país e também no destino da Maçonaria. São exemplos disso alguns já citados hoje: José Bonifácio; D. Pedro I; Antônio Francisco de Paula de Holanda Cavalcanti de Albuquerque, Visconde de Albuquerque, de quem eu e o eminente irmão Osmir de Albuquerque Lima herdamos o sobrenome, esse é o pernambucano Visconde de Albuquerque; o Marechal Deodoro da Fonseca; o Duque de Caxias, Patrono do Exército Brasileiro, que, apesar de não ter sido Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, foi designado Grão-Mestre de Honra da nossa instituição, porque abriu mão de ser Presidente de uma potência maçônica paralela para que o Grande Oriente do Brasil, em determinado momento, se unisse em uma unidade, e, por isso ele é reconhecido por todos nós como o grande maçom que foi. Mais recentemente, nos tempos mais próximos de nós, destacamos os Grãos-Mestres Álvaro Palmeira, Jair Assis Ribeiro, Francisco Murilo Pinto e Laelso Rodrigues, aqui presente; Marcos José da Silva, que também abrilhanta a nossa sessão; e o soberano Ricardo Carvalho, que também assumiu como Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil em um período interino. (Palmas.)
Reafirmamos que a Maçonaria tem por objetivo tornar feliz a humanidade, pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pelo respeito à crença de cada um e pela prática das virtudes.
A Maçonaria brasileira, hoje, é liderada pelo soberano irmão Múcio Bonifácio Guimarães, que é um pacificador. Contamos também com a presença hoje aqui da Maçonaria regular do Brasil, destacando a Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil e a Confederação da Maçonaria Brasileira. Todos os líderes estão sempre voltados a cada dia tornamos melhores a nossa sociedade, mais justa e mais fraterna.
Parabéns aos nossos líderes!
Parabéns aos obreiros da Maçonaria brasileira!
Parabéns aos líderes e obreiros das potências regulares internacionais que nos prestigiam nesta data!
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Parabéns aos obreiros do Grande Oriente do Brasil!
Todos unidos, estamos no início do infinito na nossa caminhada para o terceiro centenário do Grande Oriente do Brasil.
Muito obrigado a todos. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco/PSDB - DF) - Convido, agora, para fazer uso da palavra, o Presidente da Confederação Maçônica do Brasil, Sr. Vanderlei Geraldo de Assis. (Palmas.)
O SR. VANDERLEI GERALDO DE ASSIS (Para discursar.) - Presidente e requerente desta sessão, Senador Izalci Lucas; Grão-Mestre Assistente da Grande Loja Unida da Inglaterra, ex-Prefeito da cidade de Londres, Sir David Wootton; Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, meu querido irmão Múcio Bonifácio Guimarães; Secretário-Geral da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil, meu querido irmão Aldino Brasil; Grão-Mestre do Grande Oriente do Distrito Federal, irmão Reginaldo Gusmão de Albuquerque; e o Grão-Mestre estadual de Honra do Amapá, querido irmão Josiel Alcolumbre; meus irmãos, minhas queridas cunhadas, sobrinhas, bom dia a todos.
Posso dizer que estou emocionado, porque é a primeira vez que coloco os pés aqui neste Congresso. Isso eu tenho de agradecer, primeiramente, ao meu grande arquiteto do universo, que é Deus, e, em segundo lugar, à nossa ordem maçônica. Se não fosse ela, eu não estaria aqui falando com vocês, neste dia - instituição que eu admiro, respeito e considero.
Eu gostaria de permissão para cumprimentar pessoas muito queridas e que fazem a história da nossa querida Maçonaria. Em primeiro lugar, cumprimento o meu querido irmão Cléscio Cesar Galvão, Grão-Mestre do Grande Oriente de Minas Gerais. (Palmas.)
Meu querido irmão Sérgio Quirino, Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, obrigado, meu irmão, pela parceria que formamos em Minas, pelo acolhimento e por tudo aquilo que a gente pretende e consegue fazer, com união. (Palmas.)
Queria cumprimentar, também, o meu querido irmão e Secretário-Geral da Comab, irmão Krainski. (Palmas.)
A minha esposa, Elizabeth, Presidente da Fraternidade Feminina da Comab, na pessoa de quem eu cumprimento todas as minhas cunhadas e sobrinhas. Se não fosse por essas cunhadas, hoje, com certeza, não estaríamos aqui, porque, sem o aval delas, nós não entramos. Então, a vocês, poderosas cunhadas, o meu fraternal abraço. (Palmas.)
Obrigado.
Meu soberano Grão-Mestre Múcio, é com muita honra e com muita alegria que hoje estamos aqui, através desses irmãos, cumprimentando o Grande Oriente do Brasil pelos seus 200 anos. A árvore floresceu, deu frutos, e, hoje, unidos, coesos, levamos uma Maçonaria pujante para o nosso Brasil. Se nosso objetivo é fazer homens livres de bons costumes, pegar os bons e torná-los melhores, é porque nós temos um propósito, e esse propósito só poderá ser feito através da nossa política; colocar esses homens bons e melhores para que difundam, disseminem os nossos valores morais e éticos e cíveis pelo nosso Brasil.
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Obrigado, meu Grão-Mestre, pela oportunidade de estar aqui hoje.
E viva o Grande Oriente do Brasil! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco/PSDB - DF) - Convido também para fazer uso da palavra o Secretário-Geral da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil, Sr. Aldino Brasil de Souza.
O SR. ALDINO BRASIL DE SOUZA (Para discursar.) - Bom dia a todos.
Reitero os cumprimentos que já foram feitos. Pediram que eu falasse por cinco minutos, e quem me conhece sabe que eu tenho o hábito de falar demais. Então, reitero todos os cumprimentos, destacando aqui o irmão Izalci; o Soberano Grão-Mestre Irmão Múcio e, também, a cunhada Jussane; e, ainda, a minha esposa - senão ela vai ficar com ciúmes -, minha esposa Joane. (Palmas.)
Eu queria falar um pouco sobre Maçonaria. Embora eu saiba que todos aqui conhecem o que é Maçonaria e sabem o que é Maçonaria, talvez também a gente possa chegar a um pouco mais além deste Plenário, para que outras pessoas também possam ouvir e saber o que é a Maçonaria.
A Maçonaria tem muitos conceitos. Eu gosto de um simples que fala que a Maçonaria é uma escola de moral e ética. Gosto muito desse conceito, porque vem ao encontro do que a Maçonaria faz, que é melhorar o ser humano. Muitos dizem que a Maçonaria tem o objetivo de mudar o mundo, mas a Maçonaria jamais teve esse objetivo. O objetivo da Maçonaria é melhorar o homem. O homem, sim, pode melhorar o mundo. Falamos aqui de história do Brasil e de muitos personagens, todos homens, todos maçons. A instituição não faz a mudança de que a sociedade precisa, mas o maçom, sim, ele faz. Todos que foram citados aqui eram maçons. E a Maçonaria tem o objetivo de melhorar essas pessoas. Quando a Maçonaria não consegue fazer isso, a gente também não consegue melhorar a sociedade.
Eu lembro, e os irmãos todos aqui presentes na galeria também devem lembrar, que, quando iniciamos, várias pessoas nos abordaram e falaram que nós seríamos o futuro da Maçonaria. Pois bem, aqui estamos nós. Nós somos esse futuro que todos esperavam lá atrás. Então, não dá para a gente esperar para novos aprendizes serem o futuro da Maçonaria e a gente passar isso para a frente. Nós temos, sim, que assumir esse papel e continuar esse trabalho milenar que a Maçonaria tem feito, aqui no Brasil, através do Grande Oriente do Brasil.
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A Maçonaria já existia antes da fundação do Grande Oriente do Brasil, já trabalhava em prol da sociedade. E esse trabalho, hoje, pode ser muito maior, porque a mão de obra, hoje, é muito maior. Nossos irmãos, no passado, eram muito poucos; hoje, somos muitos.
Precisamos, sim, assumir o papel de continuar o trabalho que os nossos antepassados fizeram. Essa obrigação é nossa, é de cada um. Não dá para a gente ficar passando para frente.
Fico muito feliz quando vejo, já em alguns livros escolares falando de história do Brasil, fazer-se citação ou render-se homenagem à Maçonaria, porque a história da Maçonaria se confunde com a história do Brasil e com a história mundial. Então, não tem como falar de história do Brasil, de história do mundo sem falar da Maçonaria. É impossível!
Embora existam algumas instituições que falem mal da Maçonaria, que preguem que nós adoramos o diabo, que nós bebemos sangue do bode na caveira, que temos que dar um filho para a Maçonaria... Quem fala isso, tenham absoluta certeza, não conhece Maçonaria, não sabe sequer o que é a Maçonaria.
A Maçonaria não trama contra nenhuma instituição, mas a Maçonaria combate veementemente o crime, a corrupção, o despotismo, a tirania. Estes, sim, a Maçonaria combate e tem por obrigação combater, porque todos nós somos homens livres de bons costumes e não conseguimos tolerar algumas coisas.
O nosso trabalho é difícil, é árduo. E eu queria, neste momento, render uma homenagem, Irmão Múcio. Eu acredito que nossas cunhadas são mais merecedoras de todas as homenagens que estão sendo feitas hoje em nome do Grande Oriente do Brasil. Essas homenagens deveriam ser feitas às nossas cunhadas. (Palmas.)
E eu sei do que estou falando, porque, sem a minha esposa, eu jamais teria conseguido fazer o que fiz como maçom. Se eu fiz, viajei, saí de casa, trabalhei em prol da Maçonaria, foi porque a minha esposa me possibilitou isso. E eu tenho absoluta certeza de que cada um de nós que aqui está não é só porque a cunhada deixou entrar na Maçonaria e assinou um papel, não; é pelo que elas têm feito depois disso. Deixar a gente entrar é o menor dos feitos. (Palmas.)
O IBGE diz que a população brasileira é constituída de 50%, ou seja, metade de mulheres e metade de homens. E é uma realidade! Só que a metade de homens é completamente dependente da outra metade. A gente não consegue fazer nada sem as nossas cunhadas.
Então, minhas cunhadas, eu queria dedicar esta minha fala a vocês. As homenagens que o Grande Oriente está recebendo recebam vocês, entendam que são para vocês. Sem vocês, não existiria Maçonaria; sem vocês, a gente não conseguiria fazer nada.
Então, minha gratidão, meu muito obrigado a todos vocês.
Vivam as nossas cunhadas e viva o Grande Oriente do Brasil! (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco/PSDB - DF) - Quero ainda registrar a presença do Grão-Mestre Geral Adjunto do Grande Oriente do Brasil, Sr. Ademir Cândido da Silva; do Grão-Mestre estadual do Grande Oriente do Brasil, no Rio Grande do Sul, Lucas Sytiá; do Grão-Mestre estadual do Brasil em Roraima, Sr. José Eudes; do Grão-Mestre do Grande Priorado do Brasil (Templários), Sr. Mário Sérgio Nunes da Costa; e do Grande Mestre Nacional da Ordem DeMolay, o Sr. Antônio Fortunato.
Passo a palavra agora ao Grão-Mestre Assistente da Grande Loja Unida da Inglaterra e ex-Prefeito da cidade de Londres, Sir David Wootton.
O SR. DAVID WOOTTON (Para discursar. Tradução consecutiva.) - Sr. Presidente, Sr. Grão-Mestre Bonifácio Guimarães, Presidente da Grande Ordem do Brasil, queridos presentes, eu fiz questão de falar daqui para que eu possa falar diretamente aqui e olhar diretamente para o tradutor.
Eu sou o Grão-Mestre Assistente da Loja do Reino Unido e em setembro deste ano eu vou ser nomeado Grão-Mestre Assistente Adjunto.
Eu estou sendo acompanhado hoje pelo Grão-Mestre Adjunto da nossa constituição britânica aqui no Brasil e nosso Grão-Mestre Assistente.
Eu fui comissionado pelo Grão-Mestre, o Lorde de Kent, a me dirigir a vocês aqui e a todos os membros da Grande Ordem do Brasil e a cumprimentá-los efusivamente pelos 200 anos da Grande Ordem. E eu parabenizo vocês em nome da unidade da Inglaterra, em nome também de outras instituições que estão conosco hoje e em nome, ainda, de todos os maçons em torno do mundo que não estão aqui hoje.
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Parabenizo o Sr. Presidente pelo excelente discurso.
Eu apreciei muito conhecer aqui a história da Maçonaria no Brasil e fiquei impressionado em conhecer um pouco mais da contribuição da Maçonaria, desde o início da formação da sociedade brasileira, e também da ambição de vocês para o futuro da sociedade brasileira.
Eu parabenizo vocês por tudo isso e acredito mesmo que outros países têm o que aprender de vocês.
Novamente, em nome dos maçons de todo o mundo e também das delegações que estão aqui hoje de outros países, parabenizo vocês pelos 200 anos de conquistas. Há muitos maçons em todo o mundo que estão cientes, estão atentos a este evento e gostariam de estar aqui conosco.
Para mim, é uma honra estar aqui e ter o privilégio de estar aqui com vocês hoje. E espero muito que tenhamos, no futuro, a oportunidade de estarmos juntos.
Sr. Presidente, muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco/PSDB - DF) - Quero também registrar aqui a presença dos nossos sobrinhos e sobrinhas, os Apejotistas e os DeMolays.
Passo a palavra ao Senador Wellington Fagundes, que está lincado na sessão.
O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco/PL - MT. Por videoconferência.) - Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco/PSDB - DF) - Sim, Senador Wellington.
O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco/PL - MT. Por videoconferência.) - Sr. Presidente Izalci... Está o.k. o som, Sr. Presidente?
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco/PSDB - DF) - Tudo bem. Muito bom.
O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco/PL - MT. Para discursar. Sem revisão do orador. Por videoconferência.) - Sr. Presidente Izalci Lucas, eu quero parabenizá-lo por esta sessão tão importante acerca do reconhecimento da sociedade a todos os nossos irmãos maçons.
Por isso, Sr. Presidente, como amigo, na sua pessoa, com sua permissão, gostaria de cumprimentar todos aqueles que se fazem presentes nesta sessão especial e exclusiva do Congresso Nacional, destinada a comemorar o bicentenário do Grande Oriente do Brasil, a mais antiga associação de lojas maçônicas em nossa nação.
Cumprimento o querido amigo Deputado Eliéser Girão Monteiro Filho, mais conhecido como General Girão, Congressista, representante do querido Estado do Rio Grande do Norte, que assina também o requerimento para este evento, que se traduz, numa justa homenagem a essa sociedade que se confunde com a Independência do nosso país, a partir de 1822, e que, em curso da nossa história, sempre fez com notável presença a defesa dos mais nobres interesses coletivos.
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Manifesto também as minhas congratulações a todos os maçons desta potência, na pessoa do Grão-Mestre Geral, soberano irmão Múcio Bonifácio Guimarães, e, de forma muito fraterna, cumprimento também os maçons mato-grossenses na pessoa do amigo Ivo Matias, Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil de Mato Grosso. (Palmas.)
E mais, entre os dias 20 e 21, o Grande Oriente do Brasil de Mato Grosso teve o privilégio de celebrar este bicentenário de fundação, com a presença do Grão-Mestre Geral Múcio Bonifácio Guimarães e com eminentes grão-mestres de vários estados, além da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul.
Foram dois dias, Sr. Presidente, de intensas atividades realizadas, com homenagens de reconhecimento público pelos relevantes serviços prestados à ordem e também à sociedade civil mato-grossense.
Gostaria ainda de fazer uma breve e importante referência ao maçom Júlio Tardin, Grão-Mestre Honorário do Grande Oriente do Brasil de Mato Grosso.
Senhores e senhoras, a liberdade não é um luxo dos tempos de bonança; é, sobretudo, o maior elemento de estabilidade das instituições. Essas são palavras do imortal e um dos mais ilustres brasileiros, o maçom Ruy Barbosa, de quem busco inspiração para envergar algumas palavras neste momento.
Como já disse, ao longo dos séculos, a maçonaria tem oferecido a inúmeros povos um exemplo de dedicação e zelo às melhores causas.
Entre os mais significativos exemplos, podemos citar a Revolução Francesa, em 1789, e, pouco antes, a Independência dos Estados Unidos, em 4 de julho de 1776.
Nelas, as organizações maçônicas atuaram decididamente para veicular, na história, os mais elevados desígnios humanos, os quais faço questão de enaltecer. São eles: a promoção da liberdade política, da igualdade e da fraternidade entre todos os filhos de Deus, o direito inalienável dos povos na gestão do seu próprio destino e dos seus próprios negócios.
Também, Sr. Presidente, quero aqui, em solo pátrio, como já observei anteriormente, lembrar que o Grande Oriente do Brasil se faz presente desde a nossa Independência, no início do século XIX, atuando pela liberdade e pela autonomia dos nossos concidadãos, no nosso passado. Do simbólico Dia do Fico, de D. Pedro II, ao papel exercido pelo fim da escravidão, norma do sofrimento e iniquidade da nossa história, também à campanha republicana, o nosso Grande Oriente do Brasil impôs a sua marca de organização que prima pela sabedoria, virtude, justiça e humanidade. Está cravado, Sr. Presidente, na história do Grande Oriente do Brasil, o papel da Maçonaria, dia após dia, ano após ano, século após século, presente na vida das pessoas que habitam o nosso planeta com os elevados princípios da fraternidade.
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Antes de concluir, Sr. Presidente, eu gostaria de testemunhar o relevante trabalho que o Grande Oriente do Brasil realiza, em Mato Grosso, como instituição maçônica simbólica, progressista, evolucionista, regular, legal e legítima. É uma organização de caráter cultural, cívico, filantrópico, social e ambiental, organizada para fins não econômicos, uma grande e importante referência na busca da paz e da justiça social, acima de tudo. A participação em tantos projetos, incluindo, sobretudo, os jovens, sempre nos dá a certeza de que temos, em nosso estado, um vigoroso pilar a sustentar os caminhos da nossa sociedade na tarefa filantrópica da caridade e do auxílio desinteressado ao próximo. Direito de viver, liberdade para sempre.
Parabéns, Grande Oriente do Brasil, por seus 200 anos. Parabéns, homens livres e de bons costumes que fazem a Maçonaria do Brasil. Meu muito obrigado, Sr. Presidente, a todos. Com certeza, uma sessão extremamente importante esta que estamos aqui concluindo. Parabéns e felicidade a todos!
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco/PSDB - DF) - Obrigado, Senador Wellington. (Palmas.)
Eu vou passar a Presidência para o Deputado Federal, nosso irmão Delegado Pablo, para que ele possa chamar aqui o nosso Grão-Mestre Geral.
(O Sr. Izalci Lucas deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Delegado Pablo.)
O SR. PRESIDENTE (Delegado Pablo. UNIÃO - AM) - Obrigado, Senador Izalci Lucas. É uma honra estar aqui ao seu lado.
Vamos passar ao nosso próximo orador, nosso Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, Sr. Múcio Bonifácio Guimarães. (Palmas.)
Antes de S. Exa. falar, eu queria fazer um registro aqui - uma falha minha - da presença da minha esposa, Taís Viga Oliva Souza, que está aqui. (Risos.)
Peço para ela ficar de pé. Uma salva de palmas a ela. (Palmas.)
Senão a gente apanha em casa, não pode. Falha tudo, menos isso. (Pausa.)
O Grão-Mestre está com a palavra.
O SR. MÚCIO BONIFÁCIO GUIMARÃES (Para discursar.) - Cumprimentos a todos que aqui nos honram com as suas presenças, mas, pela questão do protocolo, eu, já de início, agradeço, mas muito sensibilizado, a iniciativa dos nossos irmãos Parlamentares todos que apoiaram a realização desta sessão especial na pessoa do Senador Izalci Lucas e também na pessoa do Deputado General Girão. Isso foi fruto de uma organização que aconteceu e foi programada há um ano, e, diligentemente, nós conversávamos e fizemos um compromisso de que esta seria uma das mais memoráveis sessões magnas realizadas em homenagem a essa instituição fantástica, que é o Grande Oriente do Brasil. (Palmas.)
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E a prova está aqui hoje, com o Plenário da Câmara dos Deputados totalmente lotado. Já no evento, em 2019, por iniciativa desses dois Parlamentares, nós realizamos sessão nas dependências do Senado Federal, que tem a metade da capacidade de acolhimento do que aconteceu aqui hoje, e isso nos enche muito de alegria.
Eu cumprimento aqui também o Deputado Pablo, que é lá do Amazonas, que foi entrevistado na nossa série aberta do Programa Roda da Vida, abordando aspectos de segurança, que foi fruto de uma enorme audiência. Muito obrigado, Deputado.
Ao Grão-Mestre Assistente da Grande Loja Unida da Inglaterra, a mais antiga potência do mundo, o ex-Prefeito de Londres, Sir David Wootton, nós também agradecemos muito a gentileza de estar aqui neste momento. Ao Secretário-Geral da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil, o querido irmão Aldino Geraldo de Assis, também nosso reconhecimento aos esforços conjuntos que nós temos desenvolvido. Ao Grão-Mestre Vanderlei Geraldo de Assis, Presidente da Confederação Maçônica do Brasil (Comab), também pela parceria, nosso agradecimento. Grão-Mestre distrital Reginaldo de Albuquerque, na sua pessoa, eu cumprimento todos os grão-mestres das 27 unidades da Federação do Grande Oriente do Brasil, que aqui se fazem unanimemente presentes. (Palmas.)
Ao meu companheiro de gestão, Ademir Cândido, também o meu reconhecimento pelo esforço, Grão-Mestre Geral Adjunto. (Palmas.)
Presidente do Legislativo Maçônico, do GOB, Arquiariano Bites Leão, na sua pessoa, eu cumprimento todos os Deputados Federais, os mais de mil Deputados que compõem aquela Casa Legislativa. (Palmas.)
Na pessoa da Presidente Jussane Guimarães, minha querida, determinada e incansável batalhadora, eu cumprimento todas as fraternas e todas as entidades paramaçônicas aqui presentes. (Palmas.)
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Uma saudação especial a todos que ontem e hoje dirigiram e dirigem o Grande Oriente do Brasil. São saudosos irmãos que, desde 1822, vêm conduzindo essa missão. Três estão vivos e estão aqui conosco, felizmente. Para eles, em nome dos que me antecederam, eu peço os cumprimentos para: Laelso Rodrigues, Marcos José da Silva e Ricardo Carvalho. (Palmas.)
Em nome do Procurador-Geral Osvaldo Zago, eu faço também uma saudação a todo o ambiente constituído pelas lojas maçônicas espalhadas pelo território brasileiro e a ele um cumprimento também especial.
A nossa visitante ilustre, a Princesa Maria Amor, das Filipinas, também meu agradecimento do Grande Oriente Brasil. (Palmas.)
Eu citei aqui os grão-mestres estaduais na pessoa do querido Reginaldo Albuquerque, mas renovo a todos vocês que estão conosco, ajudando a conduzir o Grande Oriente do Brasil, a nossa profunda gratidão.
Eu gostaria também de fazer aqui uma saudação especial a um grão-mestre dos poucos sobreviventes da época da Constituição Cidadã; ele honrou este Plenário, que leva o nome do saudoso Ulysses Guimarães, de quem foi companheiro aqui nesta Casa. É o Grão-Mestre Osmir Lima, do Acre. (Palmas.)
A todos os secretários-gerais, secretários-gerais adjuntos, assessores, apejotistas, DeMolays deixo aqui também os agradecimentos dessa grande, potente e vigorosa maçonaria, constituída no Grande Oriente do Brasil.
Um cumprimento especial à nossa Confederação Maçônica Interamericana, na pessoa do nosso irmão Geraldo Macedo, que aqui se faz presente (Palmas.)
A todos os membros do nosso judiciário maçônico. O GOB é tripartite, como é a federação brasileira. Já foi dito aqui.
Eu cumprimento, na pessoa de todos os ministros dos tribunais - do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça e do Superior Tribunal Eleitoral Maçônico -, a pessoa do Presidente José Manoel, do nosso Supremo Tribunal Federal Maçônico. (Palmas.)
A todas as autoridades que nos prestigiam neste momento - maçônicas, civis, eclesiásticas -, enfim, a esse conjunto fantástico de mais de mil pessoas, que, neste feriado, nos prestigiam com as suas presenças, muito obrigado.
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Mas a nossa mensagem, muito se falou aqui de história e nós temos consciência dessa tradição do Grande Oriente do Brasil. Mas, ao comemorar os 200 anos do GOB, nós estamos comemorando os 200 anos da maçonaria brasileira. É o conjunto de atividades da maçonaria.
Eu sempre me refiro que os ciclos históricos mostram e pontuam os caminhos e as análises que nós devemos percorrer. Eu tenho perfeita consciência como acredito, todos nós maçons, que os eventos de 1927 e de 1973, com o surgimento das outras duas potências regulares, que estão conosco ombreando hoje os destinos da maçonaria brasileira, foram acontecimentos importantes para mostrar o pluralismo de ideias e a vontade de acertar e a vontade de trabalhar em favor do Brasil.
E é isso que tem como reflexo, sobretudo, esse momento histórico, que é gratificante para nós todos e que nos emociona. Dizer que eu não estou sentindo uma profunda emoção seria mentir para vocês. Essa emoção não é uma emoção pessoal. É uma emoção do conjunto de milhares de maçons, que ontem, que hoje estão reverberando esses sentimentos positivos.
Não há pessoalismo. O que tem são centenas de milhares de outros que, antes de nós, vieram conduzindo essa bandeira. Alguns, com realizações notáveis e no anonimato, puderam fazer essa construção fantástica que é o Grande Oriente do Brasil, que é a Maçonaria brasileira.
Nós estamos percorrendo, talvez, se não na institucionalização, mas muito provavelmente pelo sentimento participativo a construção de uma unidade maçônica única e indivisível no Brasil. Tanto é verdade que as três potências regulares estarão reunidas em julho, em Santa Catarina, para poder traçar rumos e objetivos comuns que possam, como hoje estamos fazendo, mostrar ao Brasil e ao mundo que nós estamos firmes, vigorosos, com o sentimento de trabalhar aquilo que é muito difícil, estimular o voluntariado positivo.
Trabalhar o voluntariado é uma coisa muito desafiante. E como essa organização GOB e como as outras organizações, a Comab e a CMSB, têm praticado isso de maneira intensa porque todos nós estamos aqui, depois de um período de pandemia, fazendo o quê? Demonstrando o nosso sentimento de valor social, de família e de culto à pátria. Penso que essa seria, sobretudo, uma etapa consagradora para a nossa instituição GOB e um estímulo como a única instituição civil do terceiro setor a completar dois séculos. Que tenhamos outras! Que tenhamos outras! Nós não vamos nos ufanar disso nem vamos cometer a ótica errada de sermos os melhores. Nós não somos os melhores, mas nós queremos ser, sim, sempre, servidores ativos, não para termos vantagens pessoais, mas para conseguirmos estar inseridos na participação social mais ativa do país. (Palmas.)
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Disso nós não temos dúvida.
Para encerrar, hoje teremos a noite cultural no Grande Oriente do Brasil. Lá nós lançaremos o selo que será certamente uma obra preciosa para os colecionadores filatélicos e lá novamente a união da Maçonaria brasileira se fará presente, porque a missão da potência-mãe é ser consagradamente propulsora de sentimento de união. E é por isso que eu farei o lançamento do selo do GOB ao lado de autoridades maçônicas e representativas, fazendo valer esse sentimento firme, para valer, dessa marca de tradição com inovação do Grande Oriente do Brasil, uma organização que, nesse momento, tem certeza da sua tradição, mas que procura se modernizar cada vez mais para fazer valer a nossa presença no âmbito da sociedade no século XXI, capaz de ser alvo de uma renovação constante e de receber a juventude brasileira no seu seio. Lá nós estaremos com os nossos três Grão-Mestres: Laelso, Marcos José da Silva e Ricardo Carvalho, e com o Grão-Mestre Adjunto Ademir Cândido, lançando o selo do Grande Oriente do Brasil e tendo uma apresentação ao vivo de alguns valores criativos do GOB, como a autora da canção do Grande Oriente do Brasil, do hino do Grande Oriente do Brasil, e do samba do Grande Oriente do Brasil, além do lançamento do livro dos 200 anos do GOB, trabalhado por uma grande equipe de maçons, que tentou relatar, sem personalismo, os momentos mais marcantes da Maçonaria brasileira nessa trajetória independente, soberana, voltada para a cidadania, para a prática de valores culturais e, sobretudo, para uma prática adequada ao século XXI. Nós aguardamos todos vocês a partir das 17h, para celebrarmos esses momentos importantes que revigoram a tradição maçônica aqui no Brasil.
A todos os visitantes que vieram de outras nações o nosso brado de agradecimento. É muito bom dizer que o GOB é respeitado no Brasil e no mundo.
Muito obrigado, Senador Izalci Lucas e Deputado Pablo. (Palmas.)
(Durante o discurso do Sr. Múcio Bonifácio Guimarães, o Sr. Delegado Pablo deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Izalci Lucas.)
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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco/PSDB - DF) - Neste momento, convido todos a ouvirmos o hino em homenagem aos 200 anos do Grande Oriente do Brasil, que será cantado pela autora, a Sra. Joana D'Arc Corrêa da Silva Oliveira.
(Procede-se à execução do Hino em homenagem aos 200 anos do Grande Oriente do Brasil.) (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco/PSDB - DF) - Antes de encerrar a sessão, eu convido ainda todos a ouvirmos o Hino da Maçonaria, que será executado pela Banda de Música do Batalhão da Guarda Presidencial sob a regência do Maestro Tenente Luiz Gonzaga.
(Procede-se à execução do Hino da Maçonaria.) (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco/PSDB - DF) - Eu quero, de uma forma muito especial, agradecer a presença aqui ao nosso ex-Grão-Mestre Geral Laelso Rodrigues pelos relevantes serviços que prestou à Maçonaria; ao meu querido irmão também Marcos José da Silva, meu professor de contabilidade, o melhor professor de contabilidade do país - obrigado, irmão Marcos. Eu quero cumprimentar também o nosso querido Ricardo de Carvalho, também nosso ex-Grão-Mestre; e de forma especial, o nosso querido irmão Múcio Bonifácio.
Senhores, eu quero aqui de forma também muito especial agradecer à Secretaria do Congresso Nacional; ao Presidente da Câmara, o Deputado Arthur Lira; ao Presidente do Congresso e também Presidente do Senado, o Senador Rodrigo Pacheco; a todos os servidores da Câmara e do Senado que abriram esta estrutura da Casa mesmo sendo hoje ponto facultativo. Então, uma salva de palmas para todos os servidores da Câmara e do Senado. (Palmas.)
E agradeço também aos nossos policiais legislativos, que estavam muito preocupados com a quantidade e a qualidade dos nossos convidados. Agradeço muito.
Cumprida a finalidade desta sessão solene do Congresso Nacional, agradeço a todas as personalidades que nos honraram com suas presenças e declaro encerrada a presente sessão.
Muito obrigado.
(Levanta-se a sessão às 11 horas e 40 minutos.)