4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
56ª LEGISLATURA
Em 17 de outubro de 2022
(segunda-feira)
Às 16 horas
101ª SESSÃO
(Sessão Especial)

Oradores
Horário

Texto com revisão

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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF. Fala da Presidência.) - Declaro aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
A presente sessão especial semipresencial foi convocada nos termos do Ato da Comissão Diretora nº 8, de 2021, que regulamenta o funcionamento das sessões e reuniões remotas e semipresenciais no Senado Federal e a utilização do Sistema de Deliberação Remota; e em atendimento ao Requerimento nº 566, de 2022, de autoria desta Presidência e de outros Senadores, aprovado pelo Plenário do Senado Federal.
A sessão é destinada a comemorar o Dia do Administrador.
A Presidência informa que esta sessão terá a participação dos seguintes convidados: Sr. Rogério Ramos de Souza, Vice-Presidente do Conselho Federal de Administração; Sra. Jociara Márcia Silva Correia, membro da Câmara de Comunicação e Marketing do Conselho Federal de Administração; Sr. Carlos Alberto Ferreira Júnior, Diretor da Câmara de Fiscalização e Registro do Conselho Federal de Administração; Sr. Gilmar Camargo de Almeida, Diretor da Câmara de Relações Internacionais e Eventos do Conselho Federal de Administração; Sra. Herlígenas Corrêa de Oliveira Araújo, membro da Câmara de Relações Internacionais e Evento; Sr. Jairo Ubiraci Baptista Brandizzi, Presidente do Conselho Regional de Administração do Distrito Federal (CRA-DF); e Sr. Samuel Albernaz, Presidente do Conselho Regional de Administração do Estado de Goiás (CRA-GO).
Eu convido para compor a mesa o Sr. Rogério Ramos de Souza, Vice-Presidente do Conselho Federal de Administração. (Palmas.)
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Convido também a Sra. Jociara Márcia Silva Correia, que é membro da Câmara de Comunicação e Marketing do Conselho Federal de Administração. (Palmas.)
Convido o Sr. Carlos Alberto Ferreira Júnior, Diretor da Câmara de Fiscalização e Registro do Conselho Federal de Administração. (Palmas.)
Convido também o Sr. Gilmar Camargo de Almeida, Diretor da Câmara de Relações Internacionais e Eventos do Conselho Federal de Administração. (Palmas.)
Convido também a Sra. Herlígenas Corrêa de Oliveira Araújo, membro da Câmara de Relações Internacionais e Eventos. (Palmas.)
E convido também o nosso Presidente do Conselho Regional de Administração aqui do Distrito Federal, Sr. Jairo Ubiraci Baptista Brandizzi. (Palmas.)
Convido a todos, em posição de respeito, a acompanharmos o Hino Nacional, que será executado pelo dueto da Banda do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.
(Procede-se à execução do Hino Nacional.) (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Assistiremos agora a um vídeo institucional.
(Procede-se à exibição de vídeo.)
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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF. Para discursar - Presidente.) - Quero registrar aqui a presença do meu colega, amigo, Senador Guaracy Silveira, nosso grande representante de Tocantins e cumprimentá-lo. Quero cumprimentar o Vice-Presidente do Conselho Federal de Administração, Rogério Ramos; a Jociara Márcia, que é membro da nossa Câmara de Comunicação; o nosso Carlão, o Carlos Alberto Ferreira, Diretor da Câmara de Fiscalização e Registro; o Gilmar Camargo de Almeida, Diretor da Câmara de Relações Internacionais e Eventos; Herlígenas Corrêa de Oliveira Araújo, membro da Câmara de Relações Internacionais e Eventos; o Sr. Jairo Ubiraci Baptista Brandizzi; e Samuel Albernaz. E quero cumprimentar todos os administradores, as administradoras, os convidados.
Eu me sinto muito honrado e feliz por poder solicitar e presidir esta sessão especial, por meio da qual saudamos e homenageamos os administradores do Brasil em sua data comemorativa.
Devo dizer que minha alegria é redobrada pelo fato de ser graduado em Ciências Contábeis pela UDF e de ser pós-graduado em Administração Financeira também pelo UniCeub. Foi por essa minha formação, estudos e trabalho, que cheguei à minha condição de administrador da coisa pública, confirmada pelo exercício de cargos dessa natureza no Governo do Distrito Federal, convidado pelo saudoso Joaquim Roriz, ex-Governador do Distrito Federal. E foi por essa formação também que tive, principalmente, a oportunidade de saber e de trabalhar como Parlamentar, na Câmara, e agora no Senado, para, sobretudo, atualizar as nossas leis, que há muito estavam fora do mundo contemporâneo.
Existem ainda mais motivos que fazem com que, para mim, este momento seja de grande honra, que é poder saudar também aqui os integrantes dessa nobre categoria profissional.
Senhoras e senhoras, os historiadores nos garantem que os administradores, ainda que não existissem os respectivos cursos de graduação na área, eram profissionais muito requisitados pelas empresas de diversos setores da economia, antes mesmo da primeira Revolução Industrial. Como exemplo, podemos citar as grandes companhias inglesas de navegação do século XVII lideradas, de certa forma, por administradores profissionais, antecedendo, nesse contexto, os grandes teóricos da Administração.
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Refiro-me a Jules Fayol, considerado como o fundador da Teoria Clássica de Administração e autor da obra Administração Industrial e Geral, editada em 1916, bem como ao seu antecessor, Frederick Taylor, criador da Teoria da Administração Científica, que se fundamenta na aplicação de métodos da ciência positiva, racional e metódica aos problemas administrativos, a fim de alcançar a máxima produtividade. A ambos devemos prestar o nosso reconhecimento, pela condição de pais fundadores da moderna administração em nível mundial.
Em 1938, aqui no Brasil, já no período de Estado Novo, cabe citar a criação do Departamento de Administração do Serviço Público, o nosso conhecido Dasp, que deu início ao processo que levou à profissionalização da atividade de administrador em nosso país.
Há 70 anos, foram criadas a Escola Brasileira de Administração Pública (Ebap) e, em 1954, a Escola de Administração de Empresas de São Paulo (Eaesp), ambas resultantes da atuação pioneira da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Essa sequência de eventos teve em certo sentido o seu ápice em 1965, mais precisamente em 9 de setembro, quando foi sancionada a Lei 4.769, pelo General Castelo Branco, então no cargo de Presidente da República. É quando se dispõe sobre o exercício da profissão de técnico de administração e também cria-se o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Técnico de Administração.
De lá para cá, a profissão tornou-se ainda mais relevante, especialmente em um planeta largamente interconectado, onde a globalização exige dos administradores uma atualização constante, quase minuto a minuto. Trata-se de um contexto em que os jovens de hoje e, é claro, os profissionais de um futuro cada vez mais próximo valorizam a opção pela carreira de administrador, exercida em amplo espectro de atividades comuns aos setores de economia.
Os profissionais da Administração, que hoje chegam ao mercado mundial, buscam adaptar-se cada vez mais aos complexos cenários dos mais diversos países em que se exige conciliar as características nacionais às exigências de mercados cada vez mais globalizados.
Ao profissional da área exige-se, para além do conhecimento dos princípios, das teorias, dos métodos, dos instrumentos e das ferramentas da Administração, o domínio das habilidades relacionais. De fato, as relações humanas, as formas eficientes e eficazes da comunicação interpessoal, o domínio das capacidades necessárias ao exercício de uma liderança não imposta e a competência para mediação de conflitos são atribuições indispensáveis aos administradores e administradoras de hoje e, ainda mais, de amanhã.
Com todo o cuidado para não cair no óbvio, o administrador é o profissional capaz de sistematizar práticas para gerir uma instituição. A rigor, é o responsável por planejar estratégias, acompanhar o desempenho das atividades, gerenciar os recursos humanos, materiais e financeiros de uma instituição.
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De não menor relevância, é função do profissional ainda desenvolver estratégias de mercado em nível de concorrência. Por outro lado, senhoras e senhores, Senadores e convidados, a profissão pode ser exercida em diferentes formas de atuação. Desse modo, ela se projeta, por exemplo, no exercício do profissional liberal, do perito judicial e do assessor ou consultor. Na prática, trata-se de um profissional apto para resolver questões logísticas, de marketing e de sistemas de informação, além de abordagens em grupo que exijam um apurado senso de liderança.
Aqui em nosso país, a gestão pública ainda carece desse profissional especializado, diferente do que ocorre nos países desenvolvidos, cujos administradores são altamente valorizados. Aqui não são. E aqui a má gestão de recursos públicos, salvo algumas exceções, é recorrente em todos os estados brasileiros. Vocês não são convidados, vocês não são valorizados. Para finalizar, a frase de um empreendedor americano chamado Paul Hawken. Ele disse: Uma boa administração é tornar os problemas interessantes e suas soluções tão construtivas que todos querem trabalhar e lidar com eles.
Para vocês, administradores e administradoras, que venham os problemas, para que possamos ter grandes soluções!
Obrigado pela presença de todos!
Parabéns a todos os administradores e administradoras! (Palmas.)
Quero registrar aqui também a presença da Profa. Jessica de Oliveira e estudante do curso de Administração do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), onde tive o privilégio de estudar e de me formar.
Antes de passar a palavra ao Senador Guaracy, nós vamos assistir a uma contação de história apresentada pela Sra. Nyedja Gennari.
A SRA. NYEDJA GENNARI - Senhoras e senhores, boa tarde! As histórias marcam, inspiram, emocionam, são inventadas ou reais. Por isso, neste momento, eu convido cada um de vocês a uma viagem, uma viagem por uma história real, emocionante e inspiradora.
Então, apertem o cinto da imaginação ou soltem, se preferir, e viajem comigo por uma história que é uma pequena homenagem a todos os administradores que fazem o nosso país pulsar. A administração de empresas tem mais de cem anos de existência. Já a Administração surgiu mais precisamente no ano 5 mil antes de Cristo, quando os antigos começaram a procurar uma forma de solucionar problemas de ordem prática. Foi aí que eles resolveram exercitar a arte de administrar.
No decorrer da revolução da história da Administração, as instituições que mais se destacaram na sociedade foram a Igreja Católica Romana e as organizações militares. Ambas as instituições foram evoluindo com o passar dos anos. Mas o fenômeno que marcou a chegada da Administração no século XX e se estendeu ao longo do século foi a Revolução Industrial, que marcou o crescimento desorganizado das empresas e a intensa concorrência, o que resultou na busca de eficiência e produtividade por parte das organizações. Até então, os homens da Antiguidade, da Idade Média e até do início da Idade Moderna não tinham conhecimento de que já estavam exercitando a administração. De lá para cá, a administração foi ganhando algumas teorias que serviram de base para fundamentar toda a sua história. Assim, a administração foi ganhando espaço e, com o passar dos anos, foi sendo aprimorada. Atualmente, diversas universidades oferecem o curso de Administração no Brasil, sendo ainda esse curso o mais procurado no país.
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Todas as pessoas deveriam ter uma noção mínima da administração, independentemente da profissão. Afinal, transformar a tomada de decisão em algo mais fácil e de forma planejada fará a diferença na vida de qualquer pessoa. Após tudo que vivemos nos últimos dois anos, quando se fez necessário que todos os profissionais se reinventassem, sabemos que o desafio dos administradores tem sido ainda maior. Administrar engloba muitas coisas, mas a principal é a competência, e vocês, administradores, são essenciais à nossa sociedade. Por isso, essa história é uma singela homenagem do Senador Izalci e de sua equipe a todos vocês, profissionais excelentes que fazem o nosso país pulsar. Continuem sendo o braço forte de todos nós.
Eu sou Nyedja Gennari, contadora de histórias. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Registramos a presença de todos os membros aqui do Conselho Federal de Administração.
Passo agora a palavra ao meu colega e amigo, Senador Guaracy Silveira, nosso grande representante de Tocantins.
O SR. GUARACY SILVEIRA (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/PP - TO. Para discursar.) - Senhoras e senhores administradores, homens e mulheres a quem todos nós muito devemos; ao meu Presidente Izalci, parabéns pela iniciativa desta mais do que justa homenagem; a todos os nossos colegas componentes aqui da Mesa, nossa saudação; e ao povo brasileiro que nos vê e nos assiste através da Rádio e da TV Senado.
Meus senhores, a data do administrador é muito nova: 1965. O dia é 9 de setembro. O dia do administrador, meu caro Izalci, meu Presidente, é todo dia, porque nós nunca podemos estar sem estar convivendo com a administração. O contrário da administração é o caos, é a perda, é o desastre. Então, são, senhores, nada menos do que os salvadores do desastre, do caos e da destruição. Então, o dia dos senhores na verdade é todo dia e é toda hora. O dia das senhoras também.
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O reconhecimento da profissão é tão novo, mas de maneira nenhuma ela pode ser nova quando nós vemos a administração presente, meu caro Presidente, em toda a história mundial.
Não nos podemos esquecer, por exemplo, do maior conquistador militar que o mundo teve, que foi Alexandre Magno. Ele teve um reinado muito efêmero, de pouco mais de 15 anos, talvez nem isso, mas a influência de Alexandre Magno ainda vive em nossos dias através do Helenismo, através do alfabeto e de outras coisas da cultura grega. Ele não levou armas, não levou apenas vitórias; ele levou professores, levou administradores para gerir cada região conquistada.
Até hoje, meu Presidente, vivem entre nós princípios da sociedade grega, pelo Helenismo levado pelo mundo, praticamente o mundo ocidental e parte do mundo oriental, por Alexandre Magno.
Então, vamos dizer que Alexandre foi o militar que também administrou o conhecimento, e o conhecimento grego talvez seja o mais vasto do mundo, embora muitas vezes nós não o percebamos.
Vamos pensar historicamente naquela mulher que criou a célebre frase "sobre o Império Britânico, o sol jamais se põe", a Rainha Vitória. Homenageando as mulheres, nós citamos a Rainha Vitória, essa mulher que fez a grandiosidade do Império Britânico. Ela soube administrar o Império, que se foi esfacelando a partir de 1946, mas ela o construiu.
A administração deve estar presente em todo lugar. É impossível viver, desde os nossos lares ao mais complexo grupo empresarial, sem um administrador ou sem uma administração.
Cito, por exemplo, a grande administração hospitalar feita nos Hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês, tão bem administrados por médicos como o Dr. Kalil.
Como político, nós não podemos deixar de pensar num dos maiores estadistas que este País teve, um dos maiores estadistas do mundo, que foi o Barão do Rio Branco.
Amigos, meu Presidente, nós conquistamos parte do território francês no Amapá, grande parte, quase 90%, por ação de Rio Branco - o Acre, parte do Mato Grosso e outras partes -, um administrador da política externa.
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Não podemos esquecer, bem mais próximo de nós, um economista, que também é administrador, Ministro, Deputado e Constituinte, Delfim Neto. Não podemos esquecer o economista, empresário, atual... Paulo Guedes, que tem feito uma excelente administração, no que cabe a ele, no Brasil. Afinal, com todos esses nomes que nós citamos, queremos citar o patrono, o Belmiro, patrono dos administradores.
Mas, senhores, quando nós pensamos o que é administração, o administrador, minha cara Jociara, é um inventor, porque todo dia ele tem que estar inventando alguma coisa. Vocês, senhores e senhoras, são inventores, talvez tão grandes como Edison, porque todo dia os senhores têm que estar pensando o que vão fazer, numa economia tão maluca como, por exemplo, a dos anos 90 para cá.
Há algum tempo, até dez anos passados, um jovem chegava para mim e pedia um conselho sobre que curso devia fazer, o que devia estudar. Agora, meus senhores e senhoras administradoras, quando um jovem chega a perguntar para mim, eu digo: "Faça uma oração e pergunte para Jesus Cristo", porque realmente é difícil darmos a devida orientação.
Então, meus senhores, vocês têm que ser muito mais do que inventores, esperando o dia de amanhã. O dólar vai cair? Vai subir? E a bolsa vai cair? Vai subir? A China vai querer conquistar Taiwan? A Rússia vai continuar suas lutas de conquista? Tudo isso mexe com a economia e, quando mexe com a economia, o administrador é que tem que salvá-la. A responsabilidade é dos senhores e das senhoras. Um erro de governo: administradores, temos de nos socorrer a eles para salvar a economia.
Então, a responsabilidade dos senhores e das senhoras, quando são verdadeiramente patriotas, e eu creio que todos aqui o são, é muito grande. Todos nós, patriotas, temos de pensar em construir um Brasil muito melhor. Muito melhor para nós? Não; eu estou com 71 anos. Quero ir para o céu, mas também não estou com pressa, não é? Mas quero muito mais para meus netos, para a geração do porvir, como também os senhores querem, porque vejo aqui vários companheiros de cabeça branca e um que já perdera os cabelos, não é? (Risos.)
De tanto pensar, de tanto se preocupar, por excesso de responsabilidade.
Então, muitas vezes, a empresa em crise, a quem nós temos que nos socorrer?
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Mas eu não posso deixar de lembrar o grande administrador - e não sei se ele tinha algum título, alguma faculdade, talvez não, um homem quase desconhecido -, o Sr. Manoel Almeida. Manoel Almeida foi na verdade o avô... Aliás, foi pai de Ermírio de Moraes e avô do Antônio Ermírio e do neto José Ermírio, que formou o grande conglomerado Votorantim, que chegou a ter 100 mil funcionários trabalhando, um homem que nasceu para abençoar o Brasil, um grande administrador, um dos maiores que essa terra já gerou.
Conto um exemplo do homem Antônio Ermírio, que eu conheci pessoalmente. Um dia eu o escutei. Ele disse que tinha acabado de montar algumas indústrias de cimento no Canadá e nos Estados Unidos. E ele dizia: "Mas falo com tristeza isso porque eu queria estar gerando mais empregos aqui no Brasil". Olha o que é a capacidade de um administrador... Era um homem que tinha a administração no coração, na cabeça, que fez a grandiosidade deste país, fez a indústria de base, a siderurgia, a tecelagem, a estamparia, a fundição, a metalurgia; afinal, tantas coisas.
Ah, meus companheiros administradores, eu tenho dois filhos que são administradores. Como é bom vê-los, sabendo que V. Sas. são responsáveis pelo grande crescimento que essa pátria pode ter.
Deus sempre teve mania de fazer coisas boas. Fez o Brasil melhor que os outros lugares geograficamente, mas cabe a nós, homens e mulheres, melhoramos este país cada vez mais, construirmos um Brasil pleno de realizações. Os senhores, com a ajuda de Deus, podem fazer isso.
Eu não poderia deixar de homenagear, meu caro Presidente Izalci, um dos que eu considero, como Governador, um dos maiores Governadores que este país gerou, que foi o Governador, o Senador José Wilson Siqueira Campos, que fez do norte de Goiás... (Palmas.) ... um estado próspero e cheio de riquezas.
Então, meus queridos, muitas vezes o administrador não aparece tanto, mas é ele que está por trás do progresso e da grande ação. E, afinal, os senhores e as senhoras são necessários em todos os setores da vida, em todos os setores.
Nós não podemos esquecer um dos maiores administradores, meu caro Presidente, não sei se ele tinha alguma faculdade, se ele estudou alguma coisa, mas foi um administrador emérito, Henry Ford. Permita-me, Sr. Presidente, contar um pequeno trecho da história de Henry Ford.
Henry Ford, nós o conhecemos como a pessoa que inventou a linha de montagem. O administrador é uma pessoa perspicaz, que tem que olhar o que está acontecendo e saber a solução. Aí, minha cara Dra. Jociara, ele entrou num frigorífico e viu um porco sendo desmontando - tirando dele as orelhas, o focinho, os pés - e, depois, o porco já empacotado do outro lado.
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Daí, disse Ford: "Se fizer o contrário, eu vou criar a linha de montagem, o porco entra desmontado e sai montado do outro lado". E assim começou a linha de montagem, que foi o grande sucesso da indústria em todo o mundo. Hoje, tudo quanto é indústria, pequena ou grande, copia essa invenção tão simples de um homem que soube observar, num frigorífico, o desmonte de um suíno.
Meus senhores, minhas senhoras, há coisas que os senhores nunca aprenderam e nunca vão aprender em faculdade ou com alguém ensinando, mas na própria inteligência, na sensibilidade e no dever social.
Meus senhores e minhas senhoras, as mulheres administradoras eu quero homenagear com um trecho bíblico escrito lá no Livro dos Provérbios, capítulo 31, versículos de 10 a 31. Anotem as senhoras para depois lerem. O trecho se chama "Mulher virtuosa".
Quero homenagear os homens administradores também com uma personagem bíblica.
O apóstolo Paulo chegou a um lugar chamado Atenas.
Atenas era um lugar onde o paganismo reinava. Ele levava uma religião nova, levava o cristianismo. Ele olhou, meu caro Presidente, meu caro Izalci, ele olhou e viu que, num certo outeiro, ao lado de Atenas, existiam 365 altares. Cada altar daqueles tinha um nome, um deus.
Se o apóstolo Paulo chegasse violentamente e acusasse aqueles atenienses de um bando de idólatras, ele iria sair apedrejado. Ele fez um pronunciamento diferente. Ele disse: "Varões atenienses, em tudo vejo que sois muito religiosos. Pois, sem querer, vocês fizeram um altar ao deus desconhecido, ao meu Deus, e sobre Ele quero vos falar".
Então, quero homenagear os senhores administradores com esse trecho bíblico do apóstolo Paulo na vida dos senhores, que está também no Livro de Atos, capítulo 17, versículos 22 e 23.
Falando nisso, eu não posso esquecer os grandes administradores que também fazem parte do crescimento das igrejas. Aquela senhora que entrou aqui...
Como era o nome dela, Senador?
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF. Fora do microfone.) - Nyedja.
O SR. GUARACY SILVEIRA (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/PP - TO) - Nyedja.
Ela falou que a Igreja Católica foi e é a maior organização do mundo e é atemporal, tem quase 20 séculos de existência, presente em todos os lugares. Então, a administração levou a isso. Mas trago para minha igreja, para a igreja evangélica, não posso deixar de homenagear também os grandes administradores, como o Reverendo Mário de Oliveira, R. R. Soares, Edir Macedo e tantos outros que têm ajudado o Brasil a ser melhor no dia de amanhã.
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Então, senhores administradores, senhoras administradoras, a minha prece é que Deus lhes dê saúde e, extensivamente, a suas famílias. Que as bênçãos de Deus estejam presentes. Com bom siso, que eu sei que não há de faltar, para, todos juntos, construirmos um Brasil muito melhor e pleno de realização nos próximos tempos e no porvir.
Deus abençoe a todos. Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Bem, eu quero registrar aqui a presença também da nossa Senadora Maria das Vitórias, do Acre, ao mesmo tempo em que eu registro a presença do administrador Fábio Mendes Macêdo, que é o Diretor da Câmara de Gestão Pública do Conselho Federal de Administração, também representando o Acre; registro a presença da ex-Vereadora do Entorno, da Região Metropolitana, a Sra. Laodicéia Rocha, e também da Presidente do Conselho de Mulheres Cristãs do Brasil e administradora, Patrícia Óliver. Obrigado pela presença.
Eu passo a palavra, agora, para falar em nome dos Estados, para o Presidente do Conselho Regional de Administração do Estado de Goiás, o Sr. Samuel Albernaz. (Palmas.)
O SR. SAMUEL ALBERNAZ (Para discursar.) - Sr. Presidente desta sessão, Exmo. Sr. Senador Izalci Lucas Ferreira; também quero cumprimentar o Exmo. Sr. Senador Guaracy Silveira; quero cumprimentar também os administradores, administradoras, professores, acadêmicos, nosso boa-tarde.
Senador Izalci, é muito difícil para mim, neste momento, falar após a fala dos dois Senadores, que falaram, com muita propriedade, sobre a nossa profissão, sobre a importância do administrador, mas para mim é com grata satisfação que participamos desta sessão solene em homenagem ao Dia do Administrador, um profissional de extrema relevância nas empresas privadas e também no setor público, como bem disse o nosso Senador Izalci.
Sem administradores de qualidade e perfil arrojado, as empresas e organizações não andam nem crescem, e o Estado também não caminha, não atende às demandas da sociedade. A construção do futuro do Brasil forte economicamente e justo socialmente faz-se pelas mãos de profissionais da administração, capazes de antever cenários e traçar as diretrizes necessárias para a gestão de resultados.
No contexto da sociedade globalizada, a figura do administrador, sintonizado com a marcha da economia e com as tendências do mercado, é imprescindível para o crescimento de qualquer empresa e também para uma gestão de resultados no âmbito da administração pública.
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Como bem observa o ex-Deputado Federal administrador Sandro Mabel, atualmente Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás:
O empirismo não cabe mais na gestão tanto do setor privado quanto do setor público. É preciso ter um processamento técnico e científico para conduzir a empresa, para traçar os seus objetivos, traçar as suas metas.
É necessário estabelecer, onde a empresa chegar, como essa empresa quer se comportar no mercado, como quer passar para seus consumidores uma visão, uma mensagem, ter um posicionamento de marketing, um posicionamento publicitário satisfatório e, sobretudo, uma gestão realmente efetiva e eficaz.
Essas palavras dão a justa dimensão do papel-chave desempenhado pelo profissional de administração em qualquer empreendimento.
De fato, a velha forma de administrar, arrumando daqui e acudindo dali, como faziam muitos dos empreendedores pioneiros do Brasil, não tem lugar num contexto extremamente competitivo, como se mostra esta era da sociedade tecnológica. Uma avaliação imprecisa dos rumos do mercado pode colocar em risco o trabalho de décadas e levar ao fracasso até mesmo conglomerados fortes, como temos visto em lamentáveis episódios da história comercial brasileira.
Sr. Senador Izalci, neste exato momento, o que se coloca diante do mundo com o desemprego é um desafio para os profissionais de administração. Quando o Estado perde a capacidade de administrar as contas públicas, os prejuízos para a população são inestimáveis. É difícil pensar no tamanho das dificuldades enfrentadas pelos países, sobretudo quando se considera o desemprego dos jovens.
Exatamente por isso, hoje, o Brasil precisa ficar mais alerta em relação aos rumos e aos destinos para onde pretendemos conduzir esta nação. É preciso ter excelentes administradores para traçar as prioridades do país e gerir o Estado com base num plano de metas e também de prioridades.
O momento atual é de administrar o Brasil para que possamos garantir o crescimento sustentável da nossa economia, mas, para que o país não fique ao sabor dos ventos da economia mundial e sempre sujeito a intempéries do mercado, teremos de dinamizar o nosso mercado interno.
O fato, Srs. Senadores, é que hoje o Brasil desponta como exemplo de empreendedorismo e criatividade empresarial. Pelas mãos de excelentes administradores, nossas empresas têm crescido e muitas estão em diversas partes do mundo, mas, lamentavelmente, como disse o nosso nobre Senador Izalci, a gestão pública de resultados continua sendo um desafio para os governos nas esferas federal, estadual e municipal. E, quando não se planeja, a gestão pública cai no improviso, nas medidas paliativas, com extrema perda de eficiência, de eficácia e também de efetividade.
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As instituições de ensino superior têm, nesse sentido, um papel primordial na formação dos futuros profissionais de Administração, porque é nas faculdades que se planta a semente da Administração, da qualidade.
Antes de encerrar, Senadores, queremos render nossa homenagem ao valoroso trabalho realizado pelo Conselho Federal de Administração e Conselhos Regionais de Administração na pessoa que eu referendo aqui, o administrador Mauro Kreuz, ausente nesta sessão, mas bem representado pelo Vice-Presidente do CFA, o administrador Rogério. E, assim fazendo, quero cumprimentar todos os administradores do Brasil, em particular os do meu querido Estado de Goiás.
Queremos registrar também que continuamos trabalhando pela implantação do piso salarial, um instrumento necessário para a valorização profissional.
Parabéns a todos por este dia que engrandece a profissão de administrador!
Muito obrigado.
Parabéns pela realização desta sessão! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Passo a palavra agora à Sra. Jociara Márcia da Silva Correia, membro da Câmara de Comunicação e Marketing do Conselho Federal de Administração.
A SRA. JOCIARA MÁRCIA DA SILVA CORREIA (Para discursar.) - Boa tarde a todos!
Conselheiros Federais, Presidentes, senhoras e senhores, quero cumprimentar inicialmente a mesa nas pessoas do Sr. Senador da República Izalci Lucas, Presidente desta mesa; Sr. Senador Guaracy Silveira; Vice-Presidente do Conselho Federal, nosso amigo Rogério Ramos; Conselheira Federal Herlígenas Corrêa; Conselheiro e Diretor Carlos Alberto; Diretor da Câmara de Relações Internacionais e também Conselheiro Gilmar Camargo; e o Presidente do DF, Administrador Jairo. Cumprimento todos, cumprimento todos os amigos, colegas de Plenário, Conselheiros Federais aqui presentes, Presidentes, e todas as mulheres, em especial as que estão nesta tarde aqui conosco; cumprimento as pessoas que estão em casa assistindo ou ouvindo; cumprimento a amiga e advogada aqui presente, Lígia Sica, que é Diretora de Advocacy do Grupo Mulheres do Brasil, professora da FGV e minha amiga que está aqui conosco nesta tarde prestigiando esta homenagem aos profissionais de Administração do nosso país.
Comemorar o Dia do Profissional de Administração, que este ano completa 57 anos de regulamentação, junto a pessoas que atuam e contribuem para o fortalecimento da administração do nosso país é uma honra para mim. Ser administradora, ser administrador, é administrar a dor das organizações, já diz o nosso amigo Diego, Diretor da Câmara de Comunicação e Marketing do Conselho Federal.
Nós administramos as instituições do nosso país, sejam elas públicas ou privadas, e assumimos diariamente riscos e desafios e também temos que inovar diariamente. É isso que as pessoas que estão aqui fazem pelo nosso país, pelas instituições do nosso país.
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Nossa profissão teve, ao longo desses 57 anos, diversas conquistas, mas ainda há muito a ser conquistado. Esta gestão do conselho federal atual, liderada, capitaneada pelo Presidente Mauro Kreuz, que infelizmente não está aqui presente, mas se faz representado por Rogério Ramos, trouxe o nosso conselho federal a lugares, a espaços nunca alcançados. Nós, nesta gestão, mostramos à sociedade brasileira que podemos contribuir com o crescimento do nosso país.
E, com o meu olhar de mulher, de conselheira e ainda como liderança do Grupo Mulheres do Brasil, não posso deixar de trazer nesta tarde alguns dados. Nós mulheres somos 51,7% da população brasileira e, mesmo assim, Senadores, Senador Izalci, Senador Guaracy, aqui no Congresso federal temos uma participação de 15% apenas de mulheres na atual legislatura; para a próxima legislatura, que se iniciará em 2023, houve um crescimento de 3%; então serão 18% de mulheres nestas Casas representando as mulheres brasileiras.
No CFA nós somos também 18%, somos 5 conselheiras dos 27 estados do país. Quando a gente fala do número de mulheres não se trata de cotas, como algumas pessoas às vezes pensam, pois cotas são para minorias e nós não somos a minoria da população brasileira, nós somos a maioria. Então, trata-se de representatividade. É importante que nós tenhamos essa representatividade em todos os espaços, nas organizações, nos conselhos, nas instituições públicas ou privadas do nosso país. Para encerrar - eu só queria passar esses dados -, como mulher, administradora, empreendedora, eu vislumbro uma administração nas instituições do nosso país com maior participação feminina. Por isso, eu peço um olhar carinhoso, um olhar profissional da nossa gestão do Congresso para essas pautas.
Parabéns a todos os profissionais, a todas as profissionais da administração do nosso país, pelos 57 anos da regulamentação da nossa profissão. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Estou vendo aqui no Plenário o meu querido Senador Wellington Fagundes, nosso grande representante de Mato Grosso.
Convido agora para fazer uso da palavra o Sr. Gilmar Camargo de Almeida, que é o Diretor da Câmara de Relações Internacionais e Eventos do Conselho Federal de Administração.
O SR. GILMAR CAMARGO DE ALMEIDA (Para discursar.) - Boa tarde a todos os profissionais da administração que participam desta sessão e que nos assistem pela TV Senado e pela Rádio Senado. Boa tarde aos estudantes de Administração. Boa tarde aos presidentes dos Conselhos Regionais de Administração presentes nesta sessão. Boa tarde aos conselheiros federais presentes nesta sessão. Boa tarde à Mesa, que eu saúdo na pessoa do Senador Izalci Lucas. E aproveito a oportunidade para agradecer o seu pronto atendimento aos nossos pleitos há anos em homenagem à passagem do Dia do Administrador ou do aniversário da profissão.
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Boa tarde ao Senador Guaracy Silveira. Boa tarde aos meus colegas de Conselho Federal de Administração: Vice-Presidente, Rogério Ramos; minha Vice-Presidente da Câmara de Relações Internacionais, Herlígenas Corrêa; o Presidente do Conselho Regional do Distrito Federal, Jairo Brandizzi; o Diretor da Câmara de Fiscalização e Registro, Carlos Alberto Ferreira Júnior; e a membro da Câmara de Comunicação e Marketing, a Sra. Jociara Márcia da Silva Correia.
Eu vou usar o meu tempo para fazer agradecimento e dizer que, de tudo que já ouvimos nos discursos que foram referenciados da Administração no mundo e no Brasil, eu tiro uma conclusão. A história da Administração do Brasil sempre pautou por conhecimento, estratégias e mobilização.
Foi assim que aqueles técnicos de Administração do Dasp, que foram formados pela Escola de Administração Pública, que iam para os Estados Unidos se formar e defender teses e, com esse conhecimento, chegaram ao Brasil de volta ao Dasp e traçaram a estratégia de criar uma estrutura formal de Administração no Brasil.
E, nessa criação, traçaram uma estratégia: criar a Associação Brasileira dos Técnicos de Administração, a Abta, que construiu um projeto de lei e colocou em votação nesta Casa, na Câmara Federal, através do Deputado Federal Guerreiro Ramos, à época Deputado Federal, com a contribuição de outros membros do Dasp também técnicos de Administração, como Belmiro Siqueira, como Celso Furtado e outros, que faziam parte do quadro de técnicos de Administração do Dasp e também da Abta.
Então, buscaram conhecimento, montaram a estratégia de construir uma associação, construir um projeto. Aprovaram e mobilizaram a associação e técnicos de Administração para que esse projeto fosse votado e sancionado pelo Presidente Humberto Castello Branco.
Posteriormente, veio a mobilização para que houvesse a regulamentação da Lei 4.769, de 1965, que saiu dois anos depois, em 1968. E aí, mais uma vez, tiveram que estudar e traçar uma estratégia de implementação da lei pelo país. E aí, mais uma vez, usaram da estrutura da Abta, em parceria com a Abta.
Montaram a estratégia de usar a estrutura da Abta de recursos humanos, de espaços físicos, de pessoal, de materiais, para poder implementar a Lei 4.769 nos Estados de Minas Gerais, do Ceará, de Pernambuco e da Bahia.
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Posteriormente, com o regulamento, veio a construção da estrutura formal que criou o Conselho Federal de Técnicos de Administração, hoje o Conselho Federal de Administração, e os Conselhos Regionais. E, posteriormente, à medida que cada estado da Federação reivindicava a construção dos conselhos, vinha o estudo, o conhecimento, a estratégia e a implementação.
Hoje, atualmente no Brasil, são 8,8 mil cursos de formação de nível superior em Administração, entre bacharelado e graduação tecnológica em gestão, que fazem parte da mesma casa, o conselho, o Sistema CFA/CRAs. São 400 mil, aproximadamente, registrados nesse sistema. São aproximadamente 1,8 milhão de estudantes de nível superior de Administração, entre graduação tecnológica e bacharelado.
E continuamos com a mesma forma de ação: conhecimento, traçar a estratégia e mobilizar. Atualmente estamos analisando, estudando e traçando estratégias para enfrentar o novo cenário da revolução tecnológica, da globalização, o cenário do ESG, o cenário da mudança de comportamento da sociedade. Para isso, adotamos estratégias diversas, como treinamento, influência na formação, a tentativa de modificar os cursos, a forma de orientar a sociedade para a importância desse profissional. E continuamos mobilizando. Atualmente a nossa mobilização é para convencer, dotar a sociedade, dotar as pessoas, dotar os Parlamentares das Casas federais, Senado e Câmara, para que preservem o grande ganho que teve a sociedade brasileira com a regulamentação das profissões e evitem que projetos que nascem, propostas que nascem passem, no sentido de desregulamentar essas profissões.
Os conselhos profissionais, entre eles o de administração, que completou 57 anos de criação, são fundamentais para garantir à sociedade profissionais com técnica, consciência e evitar o arranjo, evitar que aconteça na sociedade o empirismo.
Então, meu agradecimento pela oportunidade da homenagem e minha reivindicação para que esta Casa, sempre que houver esses projetos, nos ajude a preservar esse direito da sociedade.
Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Quero registrar também a presença do Diretor de Administração e Finanças do Conselho Regional de Administração do DF, o administrador Marcel Maués.
Convido agora, para fazer uso da palavra, o Sr. Carlos Alberto Ferreira Júnior, Diretor da Câmara de Fiscalização e Registro do Conselho Federal de Administração.
O SR. CARLOS ALBERTO FERREIRA JÚNIOR (Para discursar.) - Boa tarde a todas e a todos.
Faço minhas, em nome da objetividade, como disse de manhã...
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Já antecipadamente peço perdão aos que me assistiram na Câmara dos Deputados, hoje na parte da manhã, se, de alguma forma, eu me repetir. Estou vendo algumas caras conhecidas, Senador, e talvez eu me repita em alguns momentos. Já peço desculpas antecipadamente.
Faço minhas as palavras dos que me antecederam nas menções, nos agradecimentos, mas gostaria de fazer três agradecimentos especiais: à minha família - e, ao agradecer à minha família, queria registrar a presença de Cíntia Mara Machado Ferreira, minha irmã, Coordenadora-Geral da Biblioteca do Senado, que está aqui presente, me prestigiando, no dia de hoje. Um beijo, meu amor.
Quero agradecer ao Senador Izalci, que, como disse, é contador. Mas eu tinha dito, na parte da manhã, que a gente tem tido sim um bom retorno tanto do Judiciário quando do Legislativo e do Executivo. Eu não poderia deixar de fazer essa justa e devida homenagem ao Senador Izalci, que há muito tempo nos acompanhada. O Senador, apesar de contador, sempre defendeu as causas dos administradores. Tenha certeza de que, às vezes, defendeu os administradores mais do que alguns administradores que eu conheço. Eu pediria uma salva de palmas ao Senador Izalci, que é um guerreiro. (Palmas.)
Quero agradecer também ao grande arquiteto, ao juiz, ao médico, ao bibliotecário e, por que não dizer, ao grande administrador de todos nós que é Deus e que está aqui para nós reverenciar neste momento tão importante, neste dia de hoje.
Quero registrar a presença do futuro Conselheiro Federal pelo Distrito Federal, já eleito, o nosso administrador Ruizinho - se eu sou o Carlão, ele é o Ruizinho -, Rui Ribeiro de Araújo, para quem eu também peço uma salva de palmas. (Palmas.)
E ao falar das outras profissões, eu queria começar dizendo isto - afinal, me perdoem, eu sou da fiscalização, então nós da fiscalização podemos elevar o tom em certos momentos porque esse é o nosso dever de ofício -: ao falar das outras profissões, senso comum, todo cidadão se entende administrador. Perfeito isso. É admissível. Sob certo sentido, todos nós somos administradores, administramos algo em nossas vidas - tempo, religião, família... Vocês podem imaginar, nós estamos sempre administrando alguma coisa. Mas eu venho aqui para falar da administração profissional, da administração científica. E, ao registrar a presença de estudantes que estão aqui presentes hoje e que são o futuro do nosso país, quero dizer que existem pessoas que estudam a Administração e que, para isso, já estão preparadas.
E, ao dizer que os Poderes nos apoiam, de alguma forma, eu queria deixar um grande recado para o Executivo, que também deixei, na parte da manhã, no dia de hoje. Eu acho que é o seguinte. A gente viu o debate político acontecendo. Não vou falar de política, do sistema, que está pegando fogo, mas vou falar da política nacional. Todos assistiram, provavelmente, ao debate no dia de ontem. O que a gente viu foi que não foram discutidos projeto de nação, projeto de gestão, programa de gestão, enfim, as coisas importantes que os administradores se apresentam para fazer. Nós estamos aqui nos apresentando no dia de hoje - e o pessoal está assistindo em casa, está sendo transmitido ao vivo -, que é o nosso aniversário de 57 anos. Quero dizer para a sociedade, de uma maneira muito clara, que existe, neste país, um contingente, um exército, um batalhão de profissionais da gestão e da administração à disposição deste país, para as empresas públicas e privadas. Somos 4 milhões de profissionais formados neste país, 1,3 milhão de estudantes de Administração, à disposição do poder público e das empresas privadas para fazer essa coisa acontecer e isso tudo funcionar. Então, Executivo, olhe para a gente com mais carinho e dê mais oportunidades aos administradores. Nós estamos aqui dispostos a contribuir e a fazer essa coisa acontecer. Nada contra as outras profissões. Médicos, contadores, advogados, todos são importantes, mas todos eles também precisam da Administração. Se o seu negócio deve prosperar e crescer, é necessária a administração e a boa gestão.
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Então, eu queria deixar um recado. Não estou tomando partido. Existe uma disputa, dia 30 de outubro está chegando. Então, seja qual for o Presidente que ganhe esta eleição: futuro Presidente do país, seja quem for, estamos aqui. O futuro da nação passa por uma outra nação, uma nação de 4 milhões de profissionais, de 1,3 milhão de estudantes, que vão nos ajudar a conduzir este país a um futuro brilhante, que é o que nos espera. O futuro da nação passa por outra nação, que é a nação administração.
Parabéns para nós.
Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Convido agora o Senador Wellington Fagundes para fazer uso da palavra.
O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MT. Para discursar.) - Meu caro Senador Izalci, eu quero cumprimentar a todos que aqui estão presentes nesta sessão, na pessoa também do Senador Guaracy, meu companheiro e vizinho do Tocantins - aliás, aqui está o Brasil central, representando a todos aqui do Senado -, e falar da nossa satisfação de poder estar aqui.
Eu quero cumprimentar também o nosso Presidente do conselho, o Mauro Kreuz, que está se fazendo representar aqui pelo Rogério Ramos de Souza.
Eu faço questão também de cumprimentar - nome complexo - Herlígenas Corrêa de Oliveira, Conselheira também do Conselho Federal de Administração, e a Jociara Márcia Silva Correia.
E eu tenho aqui o meu compromisso pessoal de estar registrando também, em nome lá do meu Estado, o Mato Grosso, o Presidente Hélio Tito Simões de Arruda.
E aqui está a minha grande companheira, Norma Andrade.
Cadê ela? (Pausa.)
Lá.
Fique em pé para que todos possam vê-la com esse cabelo lindo! (Palmas.)
Ela representa aqui também o nosso conselho federal e é da minha cidade, Rondonópolis, com a sua irmã de toda a sua família.
E eu quero aqui, então, cumprimentar a todos os profissionais e até também falo em nome do meu filho Diógenes de Abreu Fagundes, que se formou aqui na UnB e também é um profissional como vocês.
Aqui, em nome dos 500 mil registrados no Conselho Federal de Administração, falo da importância que representam principalmente nesse mundo cada dia mais tecnológico, com os avanços em todas as profissões, mas a administração, sem dúvida nenhuma, tem esse papel relevante.
Eu falo até porque estou chegando agora lá de Portugal, onde nós fomos a um grande encontro exatamente na área do comércio exterior. Estávamos lá num evento de 15 anos da agência portuguesa para investimento no comércio daquele país. Mas hoje, Portugal é um país, Senador Izalci, em que a gente conseguiu sentir muito a segurança jurídica, e isso facilita com que aquele país seja porta de entrada, porque falamos a mesma língua.
Acho que o Brasil se afastou um tempo, mesmo a nossa história se confundindo muito, mas eu creio que agora, principalmente, esse momento pós-pandemia, pós-guerra, é um momento de oportunidade, e por isso lá estive. E eu quero aqui também cumprimentar todas... Inclusive, o Primeiro-Ministro lá estava também, bastante simpático - o Primeiro-Ministro de Portugal António Costa -, com quem eu tive a oportunidade de conversar muito sobre as oportunidades para o Brasil e para também a Europa a partir de Portugal.
Quero também registrar a presença do Vice-Presidente da Embraer, que lá estava, o João Taborda. Enfim, e tantos outros.
Tive a oportunidade de aproveitar essa viagem também porque nós estivemos lá com o Ministro Chanceler brasileiro Carlos França, que foi lá exatamente na Universidade de Lisboa, na Faculdade de Direito, que é a mais antiga - depois tivemos a de Coimbra -, e lá nós fomos exatamente visitar onde será o processo eleitoral, agora, do segundo turno, naquela universidade, que cedeu isso ao Brasil. Por isso eu quero aqui agradecer inclusive também a toda a reitoria da universidade, na pessoa da Vice-Presidente, e a todos aqueles que lá estavam. Registro também que aquele é o maior colégio eleitoral brasileiro fora do Brasil. Então, serão mais de 40 mil eleitores. Quem sabe? Com essa eleição tão apertada, pode ser que esses eleitores lá de fora possam decidir.
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Mas aqui é uma sessão solene e eu não vou entrar no campo da política partidária. Daqui a pouco, nós vamos ter uma reunião com o meu estado, já do segundo turno também, e eu vou me conter aqui em fazer a homenagem a todos vocês e a trazer aqui o meu testemunho do que representa o administrador, que tem a função de desenvolver processos que irão gerar a melhora na qualidade dos produtos e na produtividade dos mais diferentes setores da produção. São importantes instrumentos nos processos de modernização e criação de oportunidades. E quando falamos de oportunidade, de gerar oportunidade, estamos também tratando da abertura de portas para o emprego, principalmente o emprego da modernidade e consequentemente da mão de obra humana.
Esta semana, 15 dias atrás, eu tive a oportunidade de ouvir uma palestra de cientistas dizendo, Senador Izalci, que o mundo vai evoluir tecnologicamente nos próximos cinco anos o que representaria 200 anos para trás. Portanto, teremos que agir muito e sem dúvida nenhuma que o conselho federal, como todos os conselhos das profissões, exerce e exercerá esse papel importante.
Eu falo do meu estado, o Mato Grosso, porque lá nós estamos vivendo um apagão de mão de obra qualificada. Então, é o estado que mais se desenvolve no país hoje, principalmente na agropecuária, com frentes de abertura em todas as áreas do estado. É um estado de 900 mil quilômetros quadrados, com população relativamente pequena.
Eu tive a oportunidade de ser o Relator do Ministério da Educação, para este ano, do Orçamento, Senador Izalci, que é uma das pessoas que mais conhece da educação aqui, no Congresso Nacional, desde quando Deputado, onde lá estivemos trabalhando com ele sempre liderando esse trabalho nosso. E é claro que há esse grande desafio que teremos para este ano, para o pós-pandemia, por todos esses desafios.
Eu estive lá agora, Senador Izalci, e pude ver a influência que a guerra infelizmente está causando no mundo. A preocupação é muito grande. Mas nós temos que falar aqui da vida e principalmente da vida profissional do administrador.
Quero, então, parabenizar a todos e desejar aqui a cada um que enobreça mais essa profissão, pois, com certeza, ela é extremamente importante para um país que quer se modernizar e quer ser competitivo também.
Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Obrigado, Senador Wellington.
Passo a palavra agora a Sra. Herlígenas Corrêa de Oliveira Araújo.
A SRA. HERLÍGENAS CORRÊA DE OLIVEIRA ARAÚJO (Para discursar.) - Boa tarde a todos!
Eu queria cumprimentar o nosso Senador Izalci e, em sua pessoa, todas as autoridades presentes.
Eu vou ser bem breve. Eu acho que nós já tivemos uma aula de teoria da administração. Sim?
Eu não posso deixar de falar porque a academia está no meu coração. Eu sou Professora de Administração, já trabalho há 34 anos - e não vou dizer a minha idade, não é? -, mas eu sou Conselheira Federal pelo Estado do Amapá.
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Desculpa, gente, mas eu gostaria de saudar todos os nossos conselheiros federais que estão aqui presentes, os nossos presidentes que estão aqui presentes e aqueles que estão virtualmente também nos assistindo neste momento. É um prazer muito grande estar aqui com vocês hoje.
Eu represento o Estado do Amapá. O Estado do Amapá, como todos já sabem, é um estado relativamente pequeno, mas é o estado mais preservado do Brasil. Nós temos, da Amazônia, uma cobertura florestal que é a mais preservada do Brasil. Nós estamos vivendo, obviamente, um momento muito complicado, um momento desfavorável. Mas, Senador, administrador gosta de desafios. Nós trabalhamos com desafios. Alunos, se preparem! Esse é um cenário novo em que nós vamos ter que realmente mostrar para que viemos. Não é assim? Então, eu vou só deixar com vocês uma palavra do Peter Drucker, que foi um grande administrador. Ele diz: "O conhecimento era um bem privado, associado ao verbo 'saber'. Agora, é um bem público, ligado ao verbo 'fazer'." E nós, administradores, somos agentes dessa mudança. Nós estamos fazendo a diferença.
Dentre todas as ações que nestes dois últimos anos que eu estou aqui no Conselho Federal nós fizemos, uma das coisas mais importantes foi a colocação das novas diretrizes do curso de Administração. Essas novas diretrizes vão trazer um olhar para o futuro como a gente nunca tinha visto ainda acontecer. E é diante desse cenário que essas diretrizes são implantadas e vão ser executadas.
Para terminar, para não ser muito longa, eu vou tornar a falar do Peter Drucker, que diz assim: "A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo" - tanto nós, administradores, conselheiros, presidentes, como vocês, futuros administradores, e quem sabe conselheiros e presidentes de conselhos regionais.
Muito obrigada! Muito obrigada! Eu, como todos os outros, digo a mesma coisa: espero que as portas desta Casa estejam sempre abertas para atender a nossa profissão de Administração.
Muito obrigada! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Passo agora a palavra ao Vice-Presidente do Conselho Federal de Administração, Sr. Rogério Ramos de Souza.
O SR. ROGÉRIO RAMOS DE SOUZA (Para discursar.) - É com muita alegria que hoje aqui estou, a pedido do nosso Presidente do Conselho Federal de Administração, administrador Mauro Kreuz, que me deu a oportunidade e quis me homenagear aqui representando o nosso Conselho Federal e todo o sistema CRAs/CFA.
Quero cumprimentar de forma muito especial o Senador Izalci Lucas que, como foi muito bem evidenciado aqui pelos que passaram, é um amigo da Administração, um amigo dos administradores, e não perde a oportunidade de sempre poder nos evidenciar, principalmente em um momento como este, em que a gente precisa, cada vez mais, fazer com que a sociedade brasileira, fazer com que os governantes, fazer com que os empresários conheçam essa belíssima profissão que muito pode contribuir com o país.
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Cumprimento o Senador Guaracy, lá do meu Estado do Tocantins. Eu o conheci na casa de Siqueira Campos. Eu era Secretário de Estado, e ele, o Bispo Guaracy. E a gente pôde fazer um trabalho juntos pelo Tocantins. É uma honra ter o senhor aqui, neste dia de hoje.
Nossas conselheiras federais, Herlígenas; Jairo Brandizzi, Presidente do Conselho do DF; Carlos Alberto Junior, Diretor de Fiscalização do Conselho; Gilmar, Diretor de Relações Internacionais do Conselho; nossa querida Jociara, membro da Câmara de Comunicação e Marketing, uma ativista das mulheres; todos vocês, meus conselheiros, nossos Presidentes, ter esta oportunidade, Senador Izalci, de estar aqui no Senado conversando com todo o Brasil sobre essa área importante que é a Administração, para nós é fundamental.
Como foi muito bem colocado aqui, a Administração vem de um longo tempo, de vários momentos. Ela se formalizou, ela se transformou em ciência e pôde, agora, na atualidade, ser revisada, o que foi muito bem colocado, e está diante de uma situação que hoje talvez seja a salvaguarda do nosso país. E o que seria?
Senador Izalci, o senhor, que se formou em Contabilidade, eu costumo dizer que nos balanços patrimoniais das empresas... Eu sou Presidente do Sebrae de Tocantins e digo isso sempre, quando falo com os sebraeanos, que toda empresa pública e toda empresa privada têm uma falha muito grande nos seus balanços patrimoniais. O balanço patrimonial que deveria estar lá é um bem intangível chamado "a inteligência das pessoas que compõem as organizações". Isso deveria estar explícito, porque quanto mais uma empresa tem inteligência, quanto mais ela tem profissionalismo, mais essa empresa, mais essa instituição, mais o poder público podem avançar numa melhoria para tanto a maximização do lucro, das riquezas, como para, consequentemente, o aumento dos IDHs, trazendo todo o envolvimento social de que a sociedade precisa.
As medidas compensatórias, que esta Casa e a Câmara sempre colocam com muita ênfase, são medidas para compensar a miséria do nosso povo, para compensar toda a pobreza em que vive o Brasil, e isso nunca deve deixar de existir enquanto nós não virarmos a chave.
E quando, como a gente vira essa chave? Quando a gente investir na inteligência destes que estão aqui, na inteligência daqueles que estão se formando. Quando a gente quebrar paradigmas e reconhecer as profissões que se preparam, no seu dia a dia, para estar nos postos de trabalho, tanto do setor público como do setor privado e como do terceiro setor, para que possam, com a sua inteligência, com esse bem intangível, transformar nossa sociedade.
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Portanto, quando a gente vem aqui e pede a sensibilização da Câmara e do Senado, do Parlamento, do Judiciário e do Executivo, para que reconheçam que o Brasil, através da educação, através do reconhecimento profissional, pode virar a chave, esta é, sim, a nossa prerrogativa, é a nossa função aqui, é o que nós queremos dizer para todo o Brasil.
Portanto, dia de alegria, dia de felicidade, de comemorarmos 57 anos de profissão; essa profissão que passou por várias fases. E agora estamos numa nova fase de podermos ajudar esses 98% de empresários brasileiros, que são micro e pequenos empresários, com conhecimento; de podermos ocupar os espaços do poder público, para acabarmos, de vez, com a ideia empírica, com a falta de conhecimento e com o amadorismo no setor público, e avançarmos em novas ideias tecnológicas, fazendo com que a gente possa, de forma preparada, de forma consciente, transformar este país.
Muito obrigado, Dr. Izalci, por evidenciar o administrador neste dia de hoje. E os administradores do Brasil, que são quase 500 mil registrados, quase 2 milhões de profissionais formados em Administração, 1,3 milhão de estudantes de Administração, esse grande exército está à disposição, com as suas inteligências, com a sua inovação, com a sua criatividade, para ajudar a transformar este país.
Muito obrigado a todos. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Bem, eu quero, mais uma vez, dizer da minha alegria de poder presidir esta sessão. Desde quando entrei na Câmara Federal, há alguns anos, a gente sempre promoveu, até pela minha formação como contador, alguém que sempre auxiliou para que se tomasse a decisão correta na administração. Sempre fui muito rigoroso na minha atividade profissional e, quando cheguei na área pública, eu vi realmente a forma, a má gestão do nosso país.
Nós não temos projeto de nação. Nós não sabemos o que nós queremos. Não discutimos isso. O que nós queremos para a educação, para a saúde, para o desenvolvimento econômico? Não sabemos. Não discutimos isso. Hoje eu estava vendo, dos 20 componentes da Frente Parlamentar Mista da Educação, nove perderam a eleição. Por quê? Porque a educação não dá voto. Ciência e tecnologia não dão voto. Então, a gente precisa rever isso.
A minha esperança é de que realmente a gente possa ter uma gestão pública eficiente, como são na arrecadação. O Brasil é um dos campeões de arrecadação, mas na gestão pública, no gasto público, não há controle nenhum. É tudo analógico, não tem nada digital. A gente precisa mudar isso. E a minha esperança é de que os administradores, os gestores possam de fato mudar este país. E começarmos a discutir o que nós queremos para o nosso país, o que nós queremos para a nossa cidade, para o nosso estado. Acho que chegou a hora de a gente voltar a discutir isso.
Mas tudo bem, talvez, daqui a quatro anos, a gente possa discutir novamente o que nós queremos para o nosso país, o que nós queremos para a nossa cidade. A minha esperança sempre foi, o Carlão sabe... Quando fizemos, no primeiro dia lá na Câmara Federal, ainda como Deputado... Acho que o primeiro discurso foi nessa linha, há doze anos mais ou menos. Mas espero que com os novos administradores, futuros gestores, a gente consiga realmente mudar o destino do nosso país, porque ainda precisamos de muitas mudanças.
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Na área privada, nós somos quase que exemplo, tanto na contabilidade quanto na administração, somos umas das referências em termos internacionais. Mas em termos de gestão pública, infelizmente, ainda não chegamos nesse patamar.
Eu quero aqui, mais uma vez, saudar cada um dos administradores, administradoras, saudar também o nosso Subtenente Ferreira e o Sargento Juan Albuquerque, que é o nosso dueto do Corpo de Bombeiros e que nos prestigiou aí com o Hino Nacional. Quero agradecer muito a presença de cada um de vocês.
Cumprida a finalidade desta sessão semipresencial do Senado Federal, agradeço às personalidades que nos honraram com a sua participação e declaro, então, encerrada esta sessão.
Muito obrigado. (Palmas.)
(Levanta-se a sessão às 17 horas e 32 minutos.)