1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
57ª LEGISLATURA
Em 20 de abril de 2023
(quinta-feira)
Às 15 horas
34ª SESSÃO
(Sessão Especial)

Oradores
Horário

Texto com revisão

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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF. Fala da Presidência.) - Declaro aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
A presente sessão especial foi convocada em atendimento aos Requerimentos nºs 824, de 2022, e 52, de 2023, de minha autoria, da Senadora Leila Barros, da nossa querida Senadora Damares, aprovados aqui no Plenário do Senado Federal.
A sessão é destinada a comemorar os 63 anos do aniversário de Brasília.
Convido para compor a mesa o Sr. Desembargador José Cruz Macedo, Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. (Palmas.)
Convido também o Sr. Procurador Georges Carlos Fredderico Moreira, Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios. (Palmas.)
Convido também o Sr. André Octavio Kubitschek, bisneto de JK e representante da família JK. (Palmas.)
E convido o Sr. Roosevelt Dias Beltrão, que é o Presidente do Clube dos Pioneiros de Brasília. (Palmas.) (Pausa.)
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A Presidência informa que esta sessão contará também com a participação dos seguintes convidados: Sra. Maria do Carmo Manfredini, mãe do cantor Renato Russo. (Palmas.)
Obrigado pela presença.
Também a Sra. Nancy Ribeiro, mãe da cantora Cássia Eller. (Palmas.)
O Sr. Rivanilson da Silva Alves, irmão do DJ Jamaika. (Palmas.)
Durante a sessão, a gente vai nominar aqui as nossas personalidades presentes.
Quero agradecer já, de imediato, a nossa banda da Escola de Música de Brasília e a nossa querida maestrina Adriana Braga. Obrigado pela participação. (Palmas.)
Os nossos queridos alunos do Caseb sejam bem-vindos a esta Casa. (Palmas.)
Quem já é avô vai entender que quero citar aqui o Bernardinho e a Sophia, que são os meus netos, e a minha esposa Ivone. (Palmas.)
Bem, convido a todos para, em posição de respeito, acompanhar o Hino Nacional, que será executado pela Big Band da Escola de Música de Brasília, sob a regência da Maestrina Adriana Braga.
(Procede-se à execução do Hino Nacional.) (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF. Para discursar - Presidente.) - Quero registrar a presença da D. Ana Monteiro e agradecer a ela, que é lá da... Na minha época chamava Casa dos Velhinhos. Não sei se continua com esse nome. Mas a Ana Monteiro tem 101 anos. Então, na pessoa dela eu cumprimento todos os idosos, ou mais experientes, que aqui estão. (Palmas.)
Quero cumprimentar também o nosso Deputado Federal Paulo Fernando, registrar sua presença e agradecer a ele.
Bem, quero aqui cumprimentar a minha querida colega Leila Barros. Juntos, aprovamos, aqui, no Plenário do Senado, os requerimentos... E também a nossa querida Damares. Aqui, nós três trabalhamos... Independentemente da questão partidária, ideológica, nós temos aqui o nosso objetivo, que é cuidar da cidade, cuidar do Distrito Federal e da população.
Então, obrigado pela participação de todos. É muito importante a nossa união em benefício da nossa cidade.
Cumprimento, então: o nosso Desembargador Presidente do TJ, José Cruz Macedo; o nosso Procurador do Ministério Público, Sr. Georges, que é nosso companheiro já há algum tempo, que representa aqui também o Procurador-Geral da República; e também o Presidente do Clube dos Pioneiros de Brasília, que está sempre presente, Sr. Roosevelt Dias Beltrão; e, representando a família Kubitschek, o nosso querido André Octavio Kubitschek, que representa aqui o Memorial, mas também a família JK.
Quero também registrar aqui a presença dos Embaixadores da Irlanda, da Macedônia do Norte, da República de Malta, de Burkina Faso, de Trinidad e Tobago, de Omã, do Mali, do Panamá, do Peru, do Quênia, dos Emirados Árabes.
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Quero também registrar aqui a presença do nosso ex-Governador, Senador, Deputado, nosso amigo, o Sr. Senador Paulo Octávio; do Deputado Prof. Paulo Fernandes, que já citei; dos Juízes Auxiliares da Presidência do TJ aqui do Distrito Federal Luis Martius Holanda Bezerra Junior e Caio Brucoli Sembongi; e do Administrador Regional da Candangolândia, Sr. Pablo Valente. Quero cumprimentar aqui os nossos homenageados, convidados, nossos alunos queridos aqui - a Escola de Música é um orgulho para nós muito grande -, cumprimentar todos os convidados.
Neste dia, em que comemoramos os 63 anos de nossa capital, vamos celebrar os nossos artistas e poetas dos sentimentos de nossa nação. Vamos homenagear também a nossa educação de qualidade como oportunidade para todos. Já homenageamos aqui, todo ano a gente faz esta sessão solene, alguns construtores, candangos, arquitetos, paisagistas dessa que é a capital de todos os brasileiros, e reconhecida pela ONU como Patrimônio da Humanidade, mas hoje nós vamos lembrar também como tudo isso começou, como nos tornamos referência, desde o início, as nossas escolas públicas, que sempre estiveram no topo, em comparação com o resto do país. Claro que tivemos altos e baixos, a ver diretrizes muitas vezes confusas ao longo de vários governos, mas foi aqui com o Caseb que a educação de qualidade se fez presente em nossa capital.
Vamos falar de música e poesia, porque a nossa música, com a poesia e talentos, fez de Brasília o canto do rock, da MPB e do rap. E temos aqui, ainda, a nossa Escola de Música, que formou grandes instrumentistas, maestros e cantores de ópera reconhecidos no mundo todo. Aqui temos escolas, aqui temos talentos. Para quem nunca acreditou e teima em falar mal da capital, para onde mandam seus representantes, a nossa capital está aqui no coração do Brasil pulsando, dizendo e mostrando o Brasil de todos os brasileiros.
Senhoras e senhores, foi aqui que Renato Russo escreveu suas músicas; foi aqui que Cássia Eller iniciou sua trajetória, que conquistou o país com a sua maravilhosa voz e as mais belas canções; foi aqui que o Jamaika disse dos seus e de sua vida com rimas e sentimentos. Portanto, neste momento de celebração, trouxemos as mães e as famílias desses nossos ídolos. Hoje é dia de música!
Hoje é dia de dizer e afirmar que o Brasil se integrou como a capital aqui no centro do país. Foi aqui que o JK entendeu e fez um único país de norte a sul, de leste a oeste. Saímos da praia, do Rio de Janeiro, para o centro do país. Hoje o país é um só, com estradas e conexões. Com Brasília, passamos a ter, de fato, o Brasil de todos os brasileiros. Hoje podemos e temos espaço para dizer, ver e fazer. Hoje podemos influir e cobrar, podemos melhorar e sabemos onde e como.
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Minhas senhoras, meus senhores, quero aqui neste momento reverenciar as mães e companheiras, porque elas sempre sabem de tudo e quando as seguimos vêm o sentimento, a vontade e a força de fazer.
Às mães aqui presentes, Nancy Eller, Carminha Manfredini e Adriana Pereira, viúva do DJ Jamaika, minhas mais profundas reverências pelo carinho e amor que sempre dedicaram a tudo que ensinaram a eles. E é em nome de vocês que celebramos, é em nome de vocês que aqui estamos e temos forças para continuar.
Trouxe aqui minha esposa Ivone, mãe, avó e companheira, meus filhos Marcelo, Renato e Sérgio, minha netinha Sophia e meu netinho Bernardo, que são a razão do meu viver. (Palmas.)
Nossas mães, irmãos e irmãs, nossas famílias, meus amigos e minhas amigas, vocês são, acima de tudo, referência do amor.
Por isso, Nancy, vou aqui dizer de seu cuidado com a Cássia, com as gêmeas Carla e Cláudia, com a Rubinha e o Ronaldo. Não teve ter sido, e ainda não é, fácil ser mãe de alguém com o talento e o amor de todos nós. Sei que você é mãe de todos e, inclusive, quero aqui ressaltar a sua atuação na enfermagem.
Aprovamos aqui e determinamos definitivamente a questão do piso salarial dos enfermeiros. A sua atuação na enfermagem foi, ao longo de muitos anos, objeto da sua dedicação.
Cara Nancy, temos a música de sua filha, sua voz e seu talento em nossa casa. É muito bom ouvir Cássia Eller!
Mas, para além de seu talento e de sua música inesquecível, Cássia também trouxe ao mundo o músico e cantor Chico, que se revelou e, há pouco, já foi agraciado com a indicação do Grammy Latino de Melhor Canção em Língua Portuguesa. Parabéns, Chico! Muito sucesso! (Palmas.)
Vou também aqui abrir parênteses para a controvérsia, Nancy, para dizer que temos algo muito forte que nos une ainda mais: somos torcedores do melhor time de futebol do Brasil - há controvérsia evidentemente -, o nosso Galo, que era também do coração de Cássia, tanto que colocava o escudo do time em seus instrumentos e também foi agraciada com o Galo de Prata, homenagem do time do seu coração, troféu que poucos tiveram o privilégio de receber.
À querida Carminha, trago aqui a nossa homenagem por seu grande amor de mãe, sua presença e dedicação. Não deve ter sido fácil ser mãe de Renato Russo, com todo aquele talento fervilhando e pronto para explodir em forma de canções na cabeça e nos corações de toda a nossa juventude.
A você, Carminha, quero dizer o que sei que muitos sentem e pensam em todo o Brasil. A música e a poesia de Renato passarão de geração a geração, porque aquilo que é bom, que toca a alma, sempre será eterno.
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Meus amigos e minhas amigas, nossa terceira homenagem vai para a esposa, que acabou de perder seu grande amor, do DJ Jamaika. Reverencio aqui a mulher, a esposa e a mãe, Adriana Pereira, que certamente enfrentou desafios e dificuldades, mas que teve a iluminação de perceber e apoiar seu companheiro, que faria, como fez, a diferença com sua música, sua poesia e seu talento.
O brasiliense Jefferson da Silva, o nosso DJ Jamaika, foi um dos nomes mais influentes do hip-hop brasiliense. Jamaika começou sua carreira aqui em Brasília, na Ceilândia, junto com seu irmão Kabala, a quem agradeço também pela presença. Foi um dos pioneiros do movimento do rap aqui em nossa capital. Liderou vários grupos, dentre eles o grupo Câmbio Negro, autor do clássico do rap nacional Sub-Raça. Na carreira solo, a sua música Tô só Observando tocou em todo o Brasil. DJ Jamaika deve estar feliz lá em cima ao ver a filha Saphira, que aqui está, já se destacando também nos palcos da nossa capital.
Senhoras e senhores, como falei inicialmente, a educação de qualidade já era, desde o início da capital, um projeto para o Brasil. Por isso, quero também dizer que nossos expoentes em todas as áreas, das artes, da ciência, surgiram a partir dessa ideia de uma educação pública de qualidade, que foi pensada e elaborada a partir do nosso Caseb.
Quero acrescentar que Cássia foi aluna da Escola Normal de Brasília e que Jamaika fez toda a sua formação também em escolas públicas aqui do Distrito Federal, cujo início se deu na Escola Classe 27 de Taguatinga.
Obrigado a todos pela presença e viva a nossa educação de qualidade e os nossos expoentes na música, na poesia e na vida de todos nós.
Eu finalizo com a frase de Renato Russo, no seu Faroeste Caboclo, que disse: "Meu Deus, mas que cidade linda!".
Parabéns, Brasília, pela beleza que encanta e por aqueles que para cá vieram e a transformaram nessa cidade linda.
Obrigado a todos pela presença. (Palmas.)
Assistiremos agora a um vídeo institucional.
(Procede-se à exibição de vídeo.)
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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Registro aqui a presença da Coordenadora Regional de Ensino do Plano Piloto, Profa. Sandra Brito, representando aqui a Secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá.
Nossa gratidão à Secretaria de Educação, que forneceu os ônibus para o transporte dos alunos e da Big Band, da gloriosa Escola de Música de Brasília, cujo diretor, o Prof. Davson de Souza, também nos honra com a sua presença.
Assistiremos agora a uma contação de história apresentada pela Sra. Nyedja Gennari.
A SRA. NYEDJA GENNARI - As histórias marcam, inspiram, emocionam, divertem, são inventadas ou reais. Por isso, neste momento, eu convido cada um de vocês a uma viagem. Uma viagem por uma história real, emocionante e inspiradora.
Então, aperte o cinto da imaginação ou solte, se preferir, e viaje comigo pela história de um simples candango brasileiro. Do Planalto Central, nasceu uma estrela da coroa do Cristo Jesus: Brasília. O homem de fé, Dom Bosco, havia sonhado com uma cidade que iria surgir em um belo lugar, cujo céu se envolveria com o asfalto em uma arquitetura bela, leve e majestosa e que se chamaria Brasília.
E, assim, o belo Cerrado, onde a mata do Brasil Central, molhada pelas gotas do orvalho da noite, amenizava a poeira que maltratava os primeiros operários. Valentes homens humildes desse meu Brasil amado. Estes lutavam contra a poeira, o barro e imensas dificuldades, mas à medida que elas aumentavam, mais forte os sonhos ficavam. E a cidade ia surgindo como uma sereia ao sair das águas.
Era a mais sublime imagem que viram os olhos dos valentes operários, engenheiros, arquitetos, urbanistas, e do humilde povo que aqui já vivia. Estupefatos, deslumbrados, gritavam bem alto: doutor, doutor, estamos vencendo! Enquanto lá das grandes metrópoles chegavam aos nossos ouvidos as críticas e o ódio de uma minoria.
Não sabemos como foi que a nossa alma não sucumbiu diante da grande vitória, quando a minha menina se concretizou numa das mais belas realidades.
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Não foram poucos os empecilhos, mas como Deus, pois o grande dono da obra, nada teria força para embargá-la.
Hoje aqui estou, aos pés de Jesus, dizendo, Brasília não é só minha, é de todos os fiéis brasileiros. Ela é uma cidade do alto, e ai de quem tentar barrar o seu progresso!
Não estou indiferente aos tristes acontecimentos que a estremecem, mas tenho fé que o nosso amado Jesus ainda vai concretizar a nossa exuberante capital do país como a mais bela estrela do pavilhão nacional. Ela vai brilhar como uma luz divina, clareando todas as outras nações.
Levante, povo tão amado! Os convido para hoje abraçarmos Brasília dizendo: eu te amo, capital do meu amado Brasil.
Essa é uma homenagem dos Senadores da República, do Distrito Federal, a todo o povo que constrói Brasília com suor, lágrimas, sorrisos, alegria e, sobretudo, muito amor a esta cidade. Parabéns, Brasília! Feliz 63 anos.
Eu sou Nyedja Gennari, contadora de histórias. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Assistiremos agora a uma apresentação musical, que será executada pelos cantores Eliéser e Isadora Salviano.
(Procede-se à apresentação musical. ) (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Essa música é de autoria do Renato Russo, dada a Cássia Eller, que foi a nossa cantora.
Parabéns!
Obrigado.
Vou conceder a palavra, agora, ao Sr. Desembargador José Cruz Macedo, que é o nosso Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
O SR. JOSÉ CRUZ MACEDO (Para discursar.) - Sr. Presidente desta sessão Senador Izalci Lucas, nas pessoas de V. Exa., da Senadora Leila Barros e da Senadora Damares, cumprimento todos os integrantes da Mesa, cumprimento as senhoras e senhores, cumprimento, especialmente, os estudantes presentes nesta sessão.
É impressionante, Presidente Senador Izalci, ver a presença de tantos estudantes, de tanta gente de Brasília, em uma homenagem a esta que também é a nossa cidade.
Presidente, fiquei honrado com o convite que me foi encaminhado por V. Exa. para comparecer a esta sessão de homenagem aos 63 anos de nossa capital, de nossa Brasília, cidade de tantos brasileiros.
Como representante do Poder Judiciário, do TJDFT, eu quero saudar todos, felicitar Brasília por mais esse ciclo de vida, que é calçado em sonhos, sonhos que inspiraram a sua construção, a sua fundação e que revelaram ao mundo, em obras tão marcantes, a capacidade do povo brasileiro.
Brasília, sexagenária, berço de sonhos realizados por muitos que aqui aportaram, de tantos recantos deste nosso Brasil. Inclusive eu, cearense, que vim para cá em 79. Adotei Brasília e fui adotado por Brasília. E aqui prossegui os meus estudos, vindo da Faculdade de Direito do Ceará, universidade pública, e aqui concluí os meus estudos. Aqui advoguei, por mais de 20 anos, e hoje integro o TJDFT.
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Aqui, Presidente, assisti a momentos inesquecíveis nesta nossa cidade. Aqui, vi Brasília defender a democracia. Aqui, vi Brasília construir uma nova Constituição para o nosso país, neste Parlamento, na Casa parlamentar, no Senado Federal, na Câmara dos Deputados. Aqui assisti ao Deputado Ulysses Guimarães promulgando a Constituição do Brasil de 1988, retomando a nossa democracia, garantindo os direitos dos trabalhadores, garantindo maior acesso à Justiça e assegurando aquilo de mais importante: garantindo a democracia, o direito de votar, que nós não tínhamos em Brasília.
Aqui, também, Presidente, senhoras e senhores, estudantes, acompanhei a emenda constitucional que garantiu a eleição de Parlamentares no Distrito Federal. Aqui nós não votávamos. Só a partir de 1986 é que veio a representação para o Distrito Federal, através de oito Deputados e de três Senadores. Foi o povo de Brasília que obteve essa conquista.
Então, Brasília mudou a face deste país. Brasília levou para o Brasil o Centro-Oeste, o que não se conhecia. Juscelino mudou, realmente, o nosso país. Eu, Sr. Presidente, acompanhei aqui também a transformação de nossa capital em patrimônio cultural da humanidade. Em 1987, Brasília conquistou esse título de patrimônio mundial da humanidade, também marco da arquitetura, não só do Brasil, mas do mundo. O mundo reconheceu esta nossa cidade.
Então, esse orgulho nós precisamos levar a todos os lugares, a todos os cantos. Isso é uma obra de arte, uma obra que é única. O nosso Lúcio Costa costumava descrever Brasília de uma forma muito simples. Lúcio Costa dizia que Brasília nasceu do gesto primário de quem assinala um lugar ou dele toma posse: dois eixos cruzando-se em ângulo reto, ou seja, o próprio sinal da cruz.
Então, de forma simples, o nosso Lúcio Costa disse tudo sobre Brasília. E Oscar Niemeyer, nosso maior arquiteto, também mostrou Brasília, mostrou a arquitetura, mostrou o gênio que ele era para o mundo. Brasília, em 2023, Presidente, é uma cidade grande, com muitos problemas, mas também com muitas virtudes. É uma cidade contemporânea, como outras tantas cidades brasileiras, com muita desigualdade, mas com a população vibrante, com muita força.
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A geração Brasília de jovens, que aqui nasceram e que hoje ocupam espaços, no Brasil, em Brasília e no Brasil; a nossa geração Brasília, da Senadora Leila Barros, brasiliense; o Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, brasiliense, o Deputado Wellington Luiz; o Governador de Brasília, Ibaneis Rocha, brasiliense - morou muito tempo no Piauí, mas nasceu aqui em Brasília -, o Governador, ex-Governador Rodrigo Rollemberg chegou aqui no colo dos pais.
Então, Brasília está formando uma geração, uma geração realmente que impressiona o Brasil, seja na administração pública, seja na vida privada, seja nas artes e na cultura, como já destacou o Senador Izalci Lucas. Brasília, capital do rock; Brasília, de Legião Urbana; Brasília, de Renato Russo, de D. Maria do Carmo, que cumprimentamos; Brasília que nos trouxe esse maior poeta, que nos perguntava:
Será só imaginação?
Será que nada vai acontecer?
Será que é tudo isso em vão?
Será que vamos conseguir vencer?
E a nossa contadora de história disse: "estamos vencendo".
É um caminho, é uma luta muito grande, mas esses nossos jovens vão prosseguir nessa luta e vão cada vez fazer Brasília maior, Brasília melhor. A Brasília do nosso Jamaica, que tantas vezes encantou o nosso povo com Uma Chance e outras músicas. Brasília, de Cássia Eller - quem nunca ouviu O Segundo Sol? -; Brasília de Capital Inicial; Brasília dos Raimundos; Brasília capital do reggae; Brasília do Natiruts, de Alexandre Carlo: "Eu sou surfista do Lago Paranoá, eu sou surfista do Lago Paranoá!", tanta gente já ouviu essa música!
Então, Brasília, que se transforma a cada dia, Presidente, levando boas coisas para o Brasil.
Também a política, a política também é muito bem-vinda!
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E os jovens realmente vão perceber isso quando começarem a construir a política. Então, que seja bem-vinda a política.
E parabéns, Presidente, pela iniciativa de V. Exa. para mais uma homenagem! Nós não podemos deixar de homenagear esta obra de arte que é Brasília, o povo de Brasília, os brasilienses e aqueles que, como eu, fomos adotados pela nossa Capital, que continua sendo a capital da esperança, Presidente.
Muito obrigado.
Parabéns, Brasília!
Viva, Brasília! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Passo a palavra agora ao Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, meu querido Georges Carlos Moreira.
Lembrando aqui do nosso querido Oswaldo Montenegro também, que não nasceu aqui, mas foi formado aqui e é um grande poeta.
O SR. GEORGES CARLOS FREDDERICO MOREIRA SEIGNEUR (Para discursar.) - Boa tarde! Boa tarde a todos! Boa tarde aos Senadores!
Eu queria cumprimentar o Presidente, Senador Izalci, a requerente desta sessão também, a Senadora Leila Barros, e a Senadora Damares Alves.
Eu queria inicialmente, antes de falar, agradecer a oportunidade de estar aqui neste momento tão importante. Falar de Brasília é algo que a gente pode ficar falando durante horas e horas, até pelo nosso orgulho e pelo nosso carinho que temos por esta cidade. Particularmente para mim é uma honra estar aqui na Casa Alta do Congresso Nacional.
Não sei se sabem, e temos muitos alunos aqui, aqui é a Casa dos estados e do Distrito Federal. Eu não vou dizer por um capricho, porque posso ser até mal interpretado, mas, por uma necessidade, o Distrito Federal não é um estado. Ele tem uma característica própria e tem uma forma diferente, que nos dá muito orgulho. Eu acho que o Distrito Federal, como unidade desta Federação, com tantos motivos pelos quais nos dão essas alegrias que nós temos aqui na nossa capital.
Então, eu queria agradecer exatamente esta oportunidade.
Cumprimento os demais componentes da mesa, as demais pessoas que estão aqui assistindo, os alunos, especialmente.
Quando a gente fala de Brasília, a gente tem que lembrar que é um sonho muito antigo, é um sonho de Dom Bosco, que todo mundo sempre fala, mas também é um sonho de diversas gerações. Desde a nossa independência, a gente tem o sonho da construção de uma Capital Federal, onde a República, depois de proclamada também, manteve esse sonho, que foi concretizado - e aí eu falo do Sr. André - com a vontade do Presidente Juscelino Kubitschek.
Dali, então, um país totalmente dependente e que vivia do seu litoral - as grandes cidades brasileiras eram do litoral, vinham do litoral. Para termos uma ideia, o Rio de Janeiro, cidade na qual eu nasci, e vou falar um pouco dela, era a maior cidade do Brasil até a metade da década de 1960. Hoje São Paulo é muito maior. Mas para se ter noção de como nós vivíamos muito próximos, muito dependentes do nosso litoral. E Brasília, além de ser uma exigência constitucional, era acima de tudo uma necessidade de se tratar, de se cuidar desse Brasil, que é tão grande, como a gente conhece.
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Como eu falei, a minha vida começou... Eu nasci no Rio de Janeiro mas, com um ano e dez meses, vim para Brasília. Então, como bem lembrado pelo Presidente do Tribunal, Desembargador Cruz Macedo, eu também sou de fora. Eu acho que Brasília é a cidade dos candangos, é a cidade hoje, cada vez mais, das pessoas que aqui nasceram. É uma cidade de todos, e isso é muito orgulho.
Brasília é um lugar... E aí eu falo a todos: nós devemos ter muito orgulho da nossa capital. Nós temos o IDH mais alto do país. Nós temos níveis educacionais elevados. Somos conhecidos... Temos orgulho, por exemplo, da questão da faixa de pedestre, a qual nós cumprimos. Era uma questão de orgulho da própria cidade.
Mas não é só isso. Nós temos orgulho da nossa arquitetura, Patrimônio Cultural da Humanidade, declarado em 1987, e da genialidade de Lúcio Costa. Estamos, muitas vezes, envoltos aqui no nosso quadrilátero, nosso quadradinho, mas é importante nós pararmos e percebermos a beleza da cidade, que é uma beleza arquitetônica, a beleza do Cerrado, a beleza do nosso lago e a beleza dos traços urbanísticos, da genialidade. E isso é mais um motivo para o nosso orgulho. É nosso orgulho também ser a capital federal. É orgulho sermos sede dos Poderes Executivo Federal, Legislativo Federal e Judiciário Federal. Não é à toa que estamos aqui no Senado da República, por onde muitas decisões importantes obrigatoriamente precisam passar.
E aí eu não tenho como deixar de falar talvez do nosso maior orgulho, que é o nosso povo. Brasília é, sem dúvida nenhuma, uma cidade de todos: é uma cidade de cariocas, de brasilienses, mas é de paulistas, de mineiros, de nordestinos, baianos, cearenses, alagoanos, pernambucanos, amazonenses, paraenses. E aí lembro o que bem falou o Senador Izalci, dos times de futebol, a variedade de times de futebol, de torcedores de times de futebol. Isso mostra que essa diversidade é fundamental para que nós possamos nos compreender, nos olhar. Não há nada mais democrático do que a diversidade, do que você olhar para o outro e entender que é diferente.
(Soa a campainha.)
O SR. GEORGES CARLOS FREDDERICO MOREIRA SEIGNEUR - Lembro que a cultura de Brasília é rica porque ela é diversa. Ela é a capital do rock, mas é também a capital do Câmbio Negro, do rap, é a capital do reggae. Ou seja, é essa diversidade que nos faz ricos e que faz rica Brasília.
Então, com muito orgulho eu encerro a minha fala, agradeço por demais a participação. Como bem disse o Presidente do Tribunal, Presidente Cruz Macedo, viva Brasília! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Como a nossa escola de música, a nossa banda, tem um compromisso daqui a pouco, eles ainda têm duas músicas que querem... E são músicas do Renato Russo e também do Carlão Rocha. Eu vou passar para a nossa maestrina comandar.
Então, vamos cantar aí a 1º de Julho.
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(Procede-se à execução musical.) (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Obrigado, Isadora Salviano e Eliéser.
E mais ainda, vamos ouvir Alma Grita, de Carlão Rocha.
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(Procede-se à execução musical.) (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Obrigado à Adriana, à nossa Isadora também, ao nosso Eliéser e a todos aqui da Escola de Música de Brasília pela presença.
Eu quero também registrar, aqui, os nomes dos nossos Embaixadores: o Embaixador da Irlanda, Sr. Seán Hoy; o Embaixador da Macedônia do Norte, Sr. Marjan Barton; o Embaixador da República de Malta, Sr. John Aquilina - desculpem-me a pronúncia, não sei se é exatamente assim -; a Embaixadora de Burkina Faso, Sra. Aminata Sana Congo; o Embaixador de Trinidad e Tobago, Sr. Gerard Greene; o Embaixador de Omã, Sr. Talai Al-Rahbi; o Embaixador do Mali, Sr. Ibrahima Diallo; o Embaixador do Panamá, Sr. Miguel Humberto Lecaro Bárcenas; o Embaixador do Peru, Sr. Rómulo Fernando Acurio Traverso; o Embaixador do Quênia, Sr. Lemarron ole Kanto; e o Embaixador dos Emirados Árabes, Sr. Saleh Alsuwaidi.
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Passo a palavra, agora, ao nosso Presidente do Clube de Pioneiros de Brasília, o nosso querido Roosevelt Dias Beltrão.
O SR. ROOSEVELT DIAS BELTRÃO (Para discursar.) - Fui pego de inopino e não preparei o meu improviso, mas falar de Brasília, falar de Juscelino Kubitschek é fácil.
Meu caro Senador Izalci Lucas, Senadora Leila e Senadora Damares, nas suas pessoas, cumprimento o restante da mesa.
Falar de Brasília é falar de Juscelino Kubitschek, é falar da sorte que ele deu ao escolher o seu assessorado, o seu secretário. Quem escolheu um Israel Pinheiro, quem escolheu um Lúcio Costa, quem escolheu os outros secretários e assessores o fez porque sabia comandar uma nação.
Juscelino, em 1961, sobrevoando Brasília, exclamou: "Meu Deus, não fosse o Israel Pinheiro, eu não teria conseguido construir Brasília!", dada a firmeza de Israel Pinheiro, dada a sua rigidez com as coisas do Governo. E Lúcio Costa, um dos maiores auxiliares de Juscelino, com apenas dois traços em forma de cruz, definiu o traçado de Brasília. Niemeyer, com a sua genialidade, mostrou Brasília para o resto do mundo como uma cidade espetacular, uma cidade com seus palácios exuberantes e inigualáveis no mundo. E assim foi construída a nossa Brasília, que completa 63 anos de inaugurada amanhã.
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Quero homenagear o Senador Izalci, a Senadora Leila e Damares pela iniciativa tão grande, tão boa, tão necessária e devida a Brasília. Brasília tem que ser exaltada a cada ano, exaltada a cada aniversário, porque uma obra dessa, que foi protelada por anos e anos, até a chegada do grande Juscelino Kubitschek - Juscelino, se quisermos enaltecê-lo -, aconteceu agora há pouco.
Bolsonaro, se me permitem, foi um exemplo que seguiu os passos de Juscelino pela honestidade. (Palmas.)
Foi um Capitão exemplar e um homem de visão sem gastança e sem roubar. Mostrou que a honestidade tem o seu lugar, e ele terá o seu lugar na história do Brasil.
Meus amigos, desculpem-me por minha fala, porque, como eu disse no início, eu não preparei o meu improviso, e não é fácil falar neste santuário, que é o santuário dos grandes oradores. Desculpem-me por alguma coisa.
Muito obrigado. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Quero registrar também aqui a presença do Promotor de Justiça e Assessor Parlamentar de Políticas Institucionais do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Sr. Ruy Reis Carvalho Neto; do ex-Secretário de Estado de Esporte e Lazer do Distrito Federal e Chefe da Delegação Brasileira no Futebol Penta 2022, Sr. Weber Magalhães; do Administrador Regional de Planaltina, Sr. Wesley Fonseca; da Presidente da Casa do Candango, a Sra. Margarida Kalil Posada; das Sras. e dos Srs. Professores do Centro Educacional Gisno; das Sras. e dos Srs. Professores do Centro de Ensino Fundamental Caseb.
Quero agradecer à Diretora Angelita Amarante. (Palmas.)
Cumprimento aqui os professores, esses heróis: Ângela Oliveira, Bruno Grossi, Cristiane Castro, Cristino, Elaine, José Augusto, Jussara Cristina, Leonardo Dourado, Lorena Alde, Márcio Leite, Marcos Ulisses, Marina Nunes, Mayara Santos, Michelle Medeiros, Myllena Alencar, Paula, Priscila, Roseene Arurana, Tatiana Lima, Vítor Bernardes. Obrigado pela presença de vocês, professores, e também dos nossos alunos.
Estou vendo aqui a Cosete Ramos, que foi aluna do Caseb. Paulo Octávio também foi aluno do Caseb. Foi aluna e professora... Obrigado pela presença.
Eu vou passar a palavra agora ao nosso querido bisneto do nosso grande político e referência nacional, e até internacional, o nosso JK. Vou passar a palavra para André Octavio Kubitschek, bisneto de JK, que representa aqui a família JK.
Obrigado pela presença.
O SR. ANDRÉ OCTAVIO KUBITSCHEK (Para discursar.) - Boa tarde!
Primeiramente gostaria de cumprimentar o Presidente e requerente desta sessão, Senador Izalci Lucas; a Senadora Leila Barros, também requerente desta sessão; a Senadora Damares Alves; o Sr. Desembargador José Cruz Macedo; o Procurador-Geral de Justiça, Sr. Georges Seigneur; o Presidente do Clube dos Pioneiros de Brasília, Sr. Roosevelt; o Empresário e ex-Senador Paulo Octávio.
Senhoras e senhores, é uma honra muito grande estar nesta tribuna mais uma vez para comemorar Brasília. Esta cidade, que é um dos maiores fatos históricos do Brasil, representa a convergência de muitas forças humanas e políticas, é um símbolo do espírito empreendedor do nosso país. Planejada por Juscelino Kubitschek, Brasília, que foi denominada por ele como meta síntese, seria o polo irradiador de desenvolvimento, a posse efetiva do nosso território e a verdadeira integração nacional.
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Brasília nasceu da vontade política de brasileiros que sonharam com um novo Brasil.
Hoje, ao celebrar os 63 anos, comemoramos não apenas a sua construção, mas todas as lutas travadas por sua consolidação política e econômica.
Foi a Constituição de 1891, a primeira da nossa República, em suas disposições preliminares, em seu art. 3º, que estabeleceu a posse pela união de uma área de 14,4 mil quilômetros quadrados no Planalto Central. Logo em seguida, a Missão Cruls veio aqui com a incumbência, com o objetivo de fazer a demarcação específica de onde seria a nova sede administrativa do nosso país.
Passados 65 anos, em 1956, o Governo Juscelino Kubitschek assumiu o compromisso com o povo brasileiro de cumprir o preceito constitucional ainda então vigente e, durante mil dias, na maior epopeia do século passado, ergueu a mais bela e moderna capital do mundo. (Palmas.)
JK foi o primeiro Presidente a traçar um plano de metas, um programa voltado para engrandecer o Brasil em cinco frentes. Eram elas: educação, energia, transporte, alimentação, indústria de base, e a transferência da capital, que serviu como fomento econômico, atraindo empresas, negócios e gerando oportunidades para milhares de brasileiros. Olhando para trás, fico pensando em tudo que foi realizado em pouco mais de seis décadas. Brasília se consolidou como um centro cultural, econômico, político, administrativo, além de ser reconhecida mundialmente por sua arquitetura singular. A visão de JK nos ensina que somos capazes de grandes feitos quando nos unimos em prol de um propósito único, quando trabalhamos com força, coragem e determinação para superar qualquer obstáculo que se colocar no nosso caminho.
Hoje as minhas homenagens vão para todas as mulheres e todos os homens que, com propósitos elevados e firmes, realizaram o sonho, a esperança de milhares de brasileiros que para cá vieram em busca de um novo começo, de um novo momento, de um novo Brasil.
Parabéns, Brasília! A sua história democrática, o seu espírito empreendedor são motivo de muito orgulho e devem ser lembrados todos os dias. Que Deus abençoe a nossa capital.
Muito obrigado. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Eu vou convidar agora a Senadora Damares, a Senadora Leila para a gente fazer aqui a entrega do certificado em reconhecimento à contribuição para a cultura de Brasília e o Distrito Federal.
Vou convidar aqui a escola Caseb, pelas mãos da Sra. Diretora Angelita Amarante. (Palmas.)
(Procede-se à entrega do certificado.) (Palmas.)
(O Sr. Izalci Lucas deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pela Sra. Leila Barros.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Democracia/PDT - DF) - Vamos fazer uma troca agora de comando da sessão.
Vamos convidar a Sra. Nancy Ribeiro, que é a mãe da nossa querida e inesquecível Cássia Eller, para receber a nossa homenagem.
Peço desculpas aqui, mas antes disso nós vamos dar a palavra rapidamente para a nossa querida Diretora, a Profa. Angelita Amarante, que é a Diretora do Caseb.
Por favor, Professora.
A SRA. ANGELITA AMARANTE GARCIA (Para discursar.) - Boa tarde a todos. É com muita alegria que venho a convite desta Casa, do querido Senador Izalci, da Senadora Leila, da Senadora Damares, que inclusive teve a sua filha Lulu estudando lá no Caseb conosco.
É uma honra estar aqui juntamente com os nossos alunos, professores, servidores, representando uma instituição tão importante, que é a primeira escola de Brasília, o CEF Caseb. Uma escola que tem uma história linda. Por lá passaram vários alunos que se projetaram na política, na música, na educação, em todas as áreas e ajudaram a construir a história de Brasília.
Tenho um carinho muito grande pela Cosete, que sempre esteve lá conosco, sempre exaltou muito a nossa história. E não quero me prolongar, mas agradeço demais a todos. Paulo Octávio também sempre ali um grande colaborador da escola.
E é isso. O CEF Caseb continua sendo uma escola pública, gratuita e que busca hoje, com o ensino integral dez horas, 650 alunos, sempre a educação de excelência e qualidade.
Obrigada a todos.
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A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Democracia/PDT - DF) - Obrigada, Profa. Angelita Amarante.
Agora, sim, nós convidamos a Sra. Nancy Ribeiro, como falei, mãe da nossa querida, inesquecível e saudosa Cássia Eller. Dona Nancy, eu vou falar para a senhora, minha geração foi muito embalada - Izalci, desculpa, eu sou da turma dos anos 70, 80, geração Coca-Cola -, então, Renato Russo e Cássia... Uma salva de palmas para Renato Russo e Cássia Eller. (Palmas.)
(Procede-se à execução musical.)
(Procede-se à entrega de homenagem.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Democracia/PDT - DF) - Grata.
Bom, agora passamos à homenagem para a mãe do nosso querido e saudoso Renato Russo, a dona Maria do Carmo Manfredini. Por favor, gente, uma salva de palmas também. (Palmas.)
(Procede-se à execução musical.)
(Procede-se à entrega de homenagem.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Democracia/PDT - DF) - Bom, deixei esse momento também para falar sobre o DJ Jamaika, enfim. A família está aqui: Adriana, o irmão, que é o Rivanilson.
Em nome do Senado, quero dizer às famílias que neste momento estão sendo homenageadas por essas três personalidades incríveis da nossa cultura, da nossa gratidão por toda a referência e pela cultura.
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A cultura de Brasília... Nós falamos das diversas áreas, não é, Izalci? Mas a cultura de Brasília é riquíssima. É riquíssima. Então nós temos um representante do rap aqui, que era o Jamaika, uma pessoa maravilhosa. Então vou passar a homenagem agora, convidar o irmão do nosso também querido e saudoso DJ Jamaika, o Rivanilson da Silva Alves, para a homenagem.
Obrigada, Rivanilson. (Palmas.)
Referência do nosso rap aqui da cidade. Rap.
(Procede-se à entrega de homenagem. ) (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Democracia/PDT - DF) - Com a palavra o Rivanilson, irmão do DJ Jamaika.
O SR. RIVANILSON DA SILVA ALVES (Para discursar.) - Boa tarde.
Eu sempre tenho uma dificuldade muito grande, porque está tudo muito recente ainda. Mas eu quero agradecer ao Senador Izalci, à Senadora Damares, à Leila, a todos que estão presentes.
O Jamaika foi essa representatividade, em primeiro lugar, da nossa cidade da Ceilândia. Conseguiu colocar o nome da Ceilândia no Brasil e levou para muito mais longe, porque era alguém que amava a cidade. E a partir daquele momento, as pessoas começaram a bater no peito e vestir uma camisa e colocar um boné falando "Eu sou da Ceilândia".
Eu sou de uma quebrada que muitas vezes é esquecida, mas de todas as formas, através da cultura hip-hop, através do break, da dança, através do grafite, através dos DJs, através do rap, que é esse poder da palavra, conseguiu alcançar tantas pessoas.
Eu quero aqui, neste momento, só agradecer muito. Eu vou agradecer também, claro, ao nosso Senhor, agradecer a Deus por este momento, porque as suas misericórdias fazem com que a gente tenha esse segundo de fôlego aqui para poder falar alguma coisa, para poder agradecer. Então, muito obrigado por tudo, meu Deus, muito obrigado por tudo, apesar de tudo que a gente está vivendo, de todos esses momentos, muito obrigado por tudo.
Eu agradeço à Casa, agradeço a cada um, a cada uma que está presente aqui, a todas as mães, às mulheres aí fortes, fortalezas, que fazem a diferença realmente na vida da gente.
E muito obrigado. Obrigado à equipe do Izalci, obrigado a todos. (Palmas.)
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A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Democracia/PDT - DF) - Agora, convidamos a Sra. Margarida Kalil Posadas, que é representante da Casa do Candango, para a homenagem. (Palmas.)
(Procede-se à entrega de homenagem. )
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Democracia/PDT - DF) - Neste momento, os nossos estudantes do Caseb estão indo embora.
Quero agradecer aos professores, à diretora e aos alunos, aos estudantes, por estarem aqui conosco. (Palmas.)
É por vocês. (Pausa.)
Agora, representando a Escola de Música de Brasília, o Sr. Davson de Souza. (Palmas.)
O Diretor da Escola de Música, Davson de Sousa. Seja bem-vindo!
(Procede-se à entrega de homenagem. )
(Procede-se à execução musical. ) (Palmas.)
(A Sra. Leila Barros deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Izalci Lucas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Agradeço à nossa grande cantora, representando aqui a Escola de Música.
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Bem, passo, agora, à minha amiga, parceira e grande representante aqui do Distrito Federal e também autora desta sessão solene, a Senadora Leila Barros.
A SRA. LEILA BARROS (PDT/PDT - DF. Para discursar.) - Obrigada, Senador Izalci.
Boa tarde a todas e a todos.
Primeiro, eu gostaria de cumprimentar o Senador Izalci, que, junto comigo, foi requerente desta sessão; cumprimentar a Senadora Damares Alves, nova integrante da bancada.
Desejo à Senadora Damares muito sucesso na caminhada, primeiro, por ser mulher. Nós sabemos das dificuldades que é estar em cargos de poder que exigem grandes responsabilidades, mas tenho certeza de que nós três faremos, como o Senador Izalci falou, um grande trabalho em prol da nossa cidade.
Obrigada, Senadora.
Seja bem-vinda! (Palmas.)
Cumprimento também o Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, o Sr. Desembargador José Cruz Macedo.
Cumprimento também o Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, o Sr. Georges Moreira.
Cumprimento o Presidente do Clube dos Pioneiros de Brasília, o Sr. Roosevelt Beltrão.
Cumprimento o Sr. André Octavio Kubitschek, representando o Memorial JK e a família Kubitschek.
Sejam bem-vindos!
Muito obrigada.
Gostaria também de cumprimentar os homenageados do dia de hoje, desta tarde: a mãe da cantora Cássia Eller, a Sra. Nancy Ribeiro; a mãe do cantor Renato Russo, a Sra. Maria do Carmo Manfredini; o irmão do DJ Jamaika, o Sr. Rivanilson da Silva; Adriana Pereira, a esposa do DJ Jamaika, e suas famílias; os músicos da Escola de Música de Brasília; a Maestrina Adriana Braga; os estudantes do nosso querido Caseb, que, enfim, tiveram que já partir; as autoridades presentes, embaixadores, representantes das mais diversas embaixadas, que já foram nominadas pelo Senador Izalci Lucas; o ex-Senador Paulo Octávio; o Deputado Federal Prof. Paulo Fernando; Guilherme Campelo, que também representa aqui o meu partido, o PDT.
Sejam bem-vindos!
Os juízes auxiliares da Presidência do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, o Sr. Luis Martius Junior e o Sr. Caio Sembongi; o Administrador Regional da Candangolândia, o Sr. Pablo Valente.
Gostaria também de parabenizar Isadora Salviano e agradecer pela participação dela e também da pianista Silvana Lucena.
Quero citar também a presença da Professora Cosete Ramos, que é Presidente, não só como professora, como estudante, do Caseb, mas também como Presidente da AMA Brasília.
Por favor, uma salva de palmas. (Palmas.)
O Wesley Fonseca, Administrador de Planaltina, cidade que abriga a pedra fundamental de Brasília.
Por favor, a esses administradores e todos os representantes que estão aqui gostaria de agradecer pela presença; e a todos os convidados. Nominei autoridades, aqueles que estão fazendo esta sessão, mas todos que a acompanham, servidores do Senado e todos aqueles que estão nos acompanhando pelos canais de comunicação aqui do Senado Federal.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, ilustres convidadas e convidados, brasileiras e brasileiros que celebram conosco mais um aniversário da nossa amada capital da República, eu, como filha de Taguatinga, é um orgulho representar os meus conterrâneos de todo o DF neste Senado Federal. Inclusive, quando se fala de pioneirismo, lembro muito dos meus pais, dois cearenses que chegaram nesta terra aqui no pau de arara - eles gostavam de falar isso. Hoje, eles são falecidos, mas eu lembro bem que eles vieram, meu pai veio ajudar na construção de Brasília e muitos desses que vieram embalados pelo sonho ficaram um pouco fora desse quadrado. Foram se alojar, se abrigar nas regiões administrativas as quais fazem realmente, de fato, o coração desta cidade. E lá eu nasci, com muito orgulho, fruto desses trabalhadores, dessa mão de obra que fez essa imponente capital do país.
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A todos eles, candangos, a todos eles uma salva de palmas! (Palmas.)
Aos pioneiros, aos candangos, àqueles que trabalharam muito, de sol a sol, e muitos perderam até a vida, a saúde para levantar esses monumentos incríveis que são a nossa capital.
Amanhã, a capital de todas as brasileiras e brasileiros celebra mais um ano de existência. Sob a liderança de Juscelino, a nova capital foi construída para integrar e desenvolver o interior do país, trazendo modernização e progresso.
Dessa forma, Brasília foi concebida para se tornar no futuro um modelo de acolhimento, pluralidade e inovação. A arquitetura de Niemeyer e o plano urbanístico de Lúcio Costa foram fundamentais para moldar a cidade como a conhecemos hoje. Ao longo dos anos, Brasília cresceu, evoluiu, transformando-se em um dos principais centros políticos do nosso país.
Nossa maior riqueza, meu povo, é a nossa gente! Sinto orgulho de pertencer a essa população diversificada, composta de pessoas de todos os cantos do Brasil e do mundo. Essa diversidade étnica e cultural enriquece a cidade e proporciona uma riqueza imensurável de experiência e de conhecimento.
Viver Brasília é ter motivos para se apaixonar. O que dizer da imensidão do nosso céu azul, que parece não ter fim; da beleza do concreto da nossa arquitetura ou da poesia colorida dos nossos ipês? Quem não ama o sabor que envolve os temperos da nossa culinária, as frutas maduras das árvores generosamente espalhadas nos espaços públicos e as manifestações culturais que nos identificam como povo?
Por tudo isso, nós que amamos Brasília e somos gratas a ela, precisamos construir um projeto que solucione problemas estruturais das cidades, como a mobilidade urbana, a saúde, a gritante desigualdade social e a expansão urbana desordenada.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores e todos que aqui estão conosco nesta sessão solene, hoje encontramos em Brasília um cenário de desigualdade social maior do que aquele que víamos há 20 anos, e não dá para fechar os olhos.
O Governo precisa olhar com mais carinho e atenção para essa questão. O desenvolvimento das regiões administrativas precisa ser incentivado. Os governantes são eleitos... Uma alternativa seria a concessão de microcrédito por meio de financiamentos sociais a juros subsidiados para pequenos empreendedores.
Eu digo para vocês que talento, capacidade, força de vontade, esperança e fé no futuro o brasiliense tem, meu povo. Falta apoio, oportunidade para ele chegar mais longe e desenvolver todo o seu potencial. O Governo precisa entender que Brasília é mais do que o Plano Piloto e a região central. Os moradores de todas as regiões do DF têm os mesmos direitos a um tratamento digno, eficiente e que atenda as suas necessidades. Infelizmente, na prática não se cumpre tal obrigação. Já passou da hora de as pessoas serem prioridades nas gestões dos Governos do Distrito Federal. Governantes são eleitos para trabalhar para as pessoas e não para servirem a interesses próprios de empreiteiras ou movidos por interesses outros que não sejam os da população que os escolheu.
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Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, eu cumpro uma missão que me foi delegada pelo voto popular com muito zelo e responsabilidade; mas, sobretudo, com amor e gratidão a esta cidade, que acolheu os meus pais, que vieram do Ceará, e me viu nascer e crescer. Foi em Brasília que eu aprendi a ser gente. Aqui também entendi a importância de um serviço público de qualidade para a população, principalmente para os que mais precisam.
Eu vim de uma família humilde, estudei em escolas públicas - fui aluna do Centro Educacional 2, do 9 e do Centro Educacional 10, de Taguatinga, todos da região, como falei. Aliás, foi o que me incentivou e de que eu tenho muito orgulho.
Quando as pessoas tentam diminuir a minha história, eu falo que eu fui uma atleta, com muito orgulho, uma atleta olímpica, e abri mão de muita coisa na minha vida para representar o meu país; não são tantos os brasileiros que fazem isso com tanto amor. E eu vou dizer para vocês: tenho muito orgulho de ter vestido, durante mais de 15 anos, a camisa da Seleção e de ter representado o meu país mundo afora. (Palmas.)
E foi numa escola pública - vejam bem, vejam bem, que é uma pauta dos três Senadores - aqui de Taguatinga que o professor de educação física, vendo aquela menina bem magrinha, mas que era uma menina que teve uma infância incrível em Taguatinga, foi ele quem abriu as portas de uma oportunidade através do esporte. Ele já via naquela menina magrinha o olhar de tigre, o sangue nos olhos, que só precisava de uma oportunidade, seja na educação, seja no esporte, seja nos palcos da vida, através da cultura. Enfim, oportunidade.
E foi na escola pública, com o professor de educação física, o Prof., a quem eu gostaria de pedir uma salva de palmas, Celso André de Ávila... (Palmas.)
... que, numa conversa com ele, e eu lembro muito bem, Izalci: "Professor, o senhor acha que um dia eu posso jogar pelo Brasil?" Eu me lembro da minha mãe lavando a roupa no tanque e eu, jogando por cima do varal uma bolinha de meia preta, atacava e falava: Leila, do Brasil! E a minha mãe falava para mim: "Minha filha, para de sonhar! Você está em Taguatinga, cidade-satélite de Brasília! Esse lugar que você tanto sonha - de representar o Brasil - está longe." Pois é, esse professor chegou para mim e falou: "Não, você é capaz! Você pode tudo! Acredite!" (Palmas.)
Então, são para esses profissionais que eu trabalho diariamente. São para eles também, porque eu sei, pela minha trajetória, a importância deles. E por conta do esporte, conquistei uma bolsa de estudos em um colégio particular aqui do Plano Piloto. Sabem quando é que eu conheci o Lago Sul? O Lago Paranoá? Com 12 anos, 13 anos.
Essa é a diferença do quadrado e do Guará para lá: muitos não conhecem isso aqui. E nós vamos trabalhar para que todos tenham a oportunidade de conhecer.
E por conta do esporte eu conquistei, enfim, o mundo. Eu dependia de ônibus para me locomover pela cidade. Compartilho essas recordações com todos vocês da minha juventude para expressar a minha solidariedade com quem hoje encara as escolas públicas com problemas de infraestrutura, além da falta de professores, de orientadores educacionais e também de material escolar. Além disso, algumas turmas estão superlotadas, porque nós recebemos denúncias diariamente aqui, e alunos com deficiência estão sem monitores para acompanhá-los. Para completar o lamentável quadro, o medo, que chegou de vez ao ambiente escolar e é um dos maiores debates hoje na sociedade, com essa onda de violência que desafia o bom senso e inacreditavelmente a nossa civilidade.
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Mas, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, também temos que nos debruçar sobre as questões ambientais. O Cerrado está agonizando à espera de que ouçamos o seu pedido de socorro. Temos que gerenciar melhor os nossos recursos hídricos e assegurar que a escassez de água não inviabilize a nossa região para as futuras gerações. Precisamos garantir que o crescimento urbano ocorra de maneira sustentável, preservando nosso meio ambiente e promovendo um estilo de vida que beneficie a população e preserve a riqueza natural da nossa região.
Faço um alerta: a conscientização ambiental e a busca por soluções ecológicas são responsabilidades não só aqui do Congresso Nacional, mas são responsabilidades de todos nós. O futuro está no desenvolvimento sustentável, e não há outra alternativa. Como Presidente da Comissão de Meio Ambiente desta Casa, farei tudo que estiver ao meu alcance para garantirmos um planeta viável para as futuras gerações.
Por outro lado, entendo que também é obrigação do meu mandato cobrar do Governo que cuide melhor da nossa cidade e trate com dignidade e respeito a população. O GDF tem o dever de oferecer serviços públicos de qualidade e ampliar sua rede de proteção social, a fim de amparar os que mais precisam de amparo estatal para suprir suas necessidades básicas.
Jovem ainda, aos 63 anos, Brasília pode se reinventar, resgatando do passado o título de símbolo de modernidade e progresso que já lhe pertenceu. Que possamos, neste dia tão especial, gente, refletir sobre o legado que queremos deixar para as próximas gerações, e nos unir na busca por um futuro melhor para a nossa Capital, para nossa Brasília e para o nosso Brasil. Vamos trabalhar juntos para fortalecer nossa cidade, investindo na educação, principalmente, no esporte, que todos sabem que é a minha vida e a minha pauta, na igualdade de gênero, na sustentabilidade. Nossos esforços conjuntos são a chave para o sucesso e a prosperidade da nossa cidade.
Finalizo a minha fala rapidamente agradecendo a todos os presentes e a todos os brasilienses que diariamente contribuem para a construção de uma cidade melhor. Que esse aniversário seja um marco de renovação e um convite para que cada um de nós desempenhe melhor o seu papel na construção de um futuro mais promissor para nossa Capital.
Para encerrar, eu peço desculpas a todos vocês, aos dois Senadores e aos convidados que estão na mesa, a todos. Eu estou viajando agora em missão, representando o Senado Federal, e vou ter que sair, mas eu quero agradecer a todos, de coração. E fica esta reflexão: só juntos nós iremos transformar, melhorar nossa cidade, a condição do povo da nossa cidade.
E, acima de tudo, com muito amor, com muita parceria - e eu acredito muito nisso, Senadora Damares, Senador Izalci - a gente vai mudar também o ambiente dentro desta Casa. Precisamos dar o exemplo daqui de dentro para fora. Está na hora de acabar com isso.
Obrigada! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Quero registrar a presença e agradecer, inclusive, à Ariadna Moreira, da Escola de Música, que cantou aquela bela música; e também à Marília de Alexandria, nossa pianista. E de uma forma muito especial, registro aqui e agradeço também a presença da Carmem Teresa Manfredini, que é irmã do Renato.
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Obrigado - viu, Carmem? - pela presença, e também o nosso querido Prof. José Alencar Carneiro de Freitas, o marido de D. Carmem Manfredini, obrigado pela presença.
E passo a palavra agora à nossa querida amiga e parceira aqui do Senado e grande representante do Distrito Federal, nossa Senadora Damares Alves. (Palmas.)
A SRA. DAMARES ALVES (Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/REPUBLICANOS - DF. Para discursar.) - Presidente, que sessão bonita, que sessão especial!
Cumprimento toda a mesa. Não vou dizer os nomes para a gente ganhar tempo, mas muito obrigada por estarem conosco, os nossos convidados que estão aqui, a todos vocês obrigada por terem gastado esse tempo precioso conosco nesta sessão. Vocês não têm ideia de como isso é importante para nós. Aos nossos homenageados, à mãe do Renato Russo, à mãe da Cássia Eller, ao irmão do Jamaika, só dizer para vocês o seguinte: eles estão muito vivos em nossos corações, muito vivos. Passem quantos anos passarem, quantas gerações, eles continuarão vivos. E nós amamos todos eles, amamos vocês.
Obrigada, famílias, por estarem aqui, nossos embaixadores e o Brasil que está nos assistindo, nossa Escola de Música, o Brasil que está nos assistindo. Eu só quero dizer uma coisa para o Brasil: apaixonem-se por Brasília. É a cidade mais incrível do Brasil. É o lugar mais especial desta nação.
Senador, eu tenho tanto orgulho, tanta alegria de estar Senadora da República representando o Distrito Federal. É uma alegria, é uma honra, é um presente dos céus... (Palmas.)
... é um presente de Deus. Que lugar do mundo, numa única tarde, pode-se estar falando 300 línguas? Porque nós temos 274 línguas indígenas, quando nós temos encontro das nações indígenas aqui, e nas embaixadas estão falando outras línguas. Lugar nenhum do mundo tem tamanha diversidade como Brasília. Que outro lugar do mundo as religiões se respeitam tanto como Brasília? Numa mesma sala a gente tem o católico, a gente tem o evangélico, a gente tem o muçulmano, a gente tem seguidores de outras religiões. E, na hora do almoço, quando a gente abre nossas marmitas? Tem caruru numa marmita, tem churrasco na outra, tem frango caipira na outra. Isso é Brasília. Brasília é a diversidade, Brasília é alegria, Brasília é a cidade de todos nós. Eu moro aqui há 24 anos e juro para vocês que eu quero passar o resto da minha vida em Brasília, no Distrito Federal. (Palmas.)
É a cidade de todos nós, é cidade de todos os povos.
Venha para cá, Brasil. Venham conhecer Brasília. Eu vejo as pessoas lá fora querendo conhecer as capitais do mundo inteiro. Venham conhecer, antes, a nossa capital, um dos lugares mais incríveis do mundo. E só vou dizer o seguinte: vocês estão no Senado. Pela primeira vez, no Senado, nós temos duas mulheres Senadoras e um Senador. Mas deixe-me explicar uma coisa, essa dinâmica aqui do Senado. Nós somos muito amigos. Eu fui recebida com muito carinho pelos dois Senadores. O Izalci eu já conhecia há muito tempo, e a Leila eu era fã e apaixonada por ela. É difícil ver a Leila e não se apaixonar por ela. Os três Senadores estão trabalhando muito pelo Distrito Federal. Estamos em partidos diferentes, às vezes temos divergências em um ou outro tema, mas, quando o tema é Brasília e Distrito Federal, nós estamos muito unidos e ninguém toca no nosso Fundo Constitucional. O recado vai todo dia. (Palmas.)
Muito obrigada por estarem conosco. Que Deus abençoe Brasília. Que Deus abençoe o Distrito Federal. Que Deus abençoe a capital de todos os povos.
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André, a sua geração está chegando! Que alegria! E só vou fazer um destaque aqui. Quando eu vi o seu pai filmando você... Ele sabe que aqui ele pode conseguir as imagens, depois, de você falando, mas a paixão do nosso ex-Senador Paulo Octávio, filmando você, mostra que Brasília é a capital das famílias, é a capital de todos nós.
Muito obrigada! Bora, Brasil! Apaixonem-se por Brasília! (Palmas.)
Que Deus abençoe vocês!
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Bem, antes de encerrar a sessão, nós vamos assistir à apresentação, pela Escola de Música, das canções Peixe Vivo - que é um símbolo de JK - e Brasília, Capital da Esperança. A Escola de Música de Brasília é um orgulho de todos nós.
(Procede-se à execução musical.) (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Quero muito agradecer realmente à Escola de Música de Brasília, que é um orgulho para todos nós e que, como eu disse no discurso, formou muitas pessoas em Brasília, com muita competência, muita dedicação e muito carinho.
Parabéns a todos vocês e obrigado pela presença!
Bem, não preciso dizer aqui da minha emoção e da minha alegria de presidir mais uma vez esta sessão solene belíssima, com a presença da Senadora Leila e da Senadora Damares, o que demonstra realmente que acima das questões políticas, ideológicas e partidárias está Brasília, o povo de Brasília e o povo do Brasil, porque aqui é a capital de todos os brasileiros.
E quero aqui dizer a vocês que, praticamente, ontem, consolidamos e não vamos deixar Brasília pagar pelo que aconteceu no dia 8 de janeiro. (Palmas.)
Nós faremos a CPMI com muita transparência para que cada um seja responsabilizado pelo ato que fez, mas também pelas omissões que ocorreram, do que hoje a gente não tem nenhuma dúvida. Então, quarta-feira, ao meio-dia, nós estaremos, com certeza, no Congresso Nacional, lendo a mensagem, o requerimento da sessão da CPMI e, depois, a instalação.
Bem, não preciso dizer à Senadora Leila e à nossa querida Damares que as pessoas muitas vezes sabem da pinga que a gente toma, mas não sabem dos tombos que a gente leva. Eu também cheguei aqui em 1970. Já vai fazer alguns anos. Estudei também no Ginásio do Guará, nos anos 70, primeira turma. A inauguração foi em abril. Ontem, nós visitamos a Escola Especial nº 1, que nos atendeu até a inauguração do Ginásio do Guará. Então, foi muita luta, mas Brasília sempre foi a capital das oportunidades, principalmente para os pioneiros que aqui chegaram, desbravadores... Eu ainda cheguei aqui com muito chão vermelho, mas com uma educação de qualidade. Nós estudamos numa escola pública de qualidade, e a gente precisa sair do discurso e entrar realmente na prioridade dos recursos, da valorização dos professores, porque os nossos jovens estão passando por muitas dificuldades: 78% dos nossos jovens do ensino médio não conseguem entrar na universidade e não conseguem ir para o mercado de trabalho porque não têm qualificação profissional.
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Essa é a grande discussão que nós estamos fazendo aqui. A questão da segurança nas escolas era sagrada - a escola era um local sagrado! E, hoje, infelizmente, a gente tem muitas dificuldades, por falta de tecnologia, por falta de laboratório, por falta de infraestrutura; os professores com bastantes - não só os professores, os alunos e a própria comunidade - problemas de saúde mental, pela violência.
E eu digo, Damares, que a minha geração, que a nossa geração, é a geração sem a coxa do frango. Quando minha mãe fazia o frango, a gente ficava esperando os mais velhos, os convidados, os vizinhos, e o que sobrava era para nós. Eu não posso falar muito, não, porque a minha mãe sempre escondia um joguinho lá para mim, do frango, mas o que acabava sobrando para a gente era o pezinho e a asinha. Hoje, quando a gente chega em casa - a Ivone, que está aqui, prepara -, quando eu chego, a coxa já acabou há muito tempo: sobrou o pezinho e a asinha.
Então, é uma geração que ficou... Mas por quê? Porque, de fato, a gente trabalhou muito, suou muito, para que as oportunidades aparecessem, que os nossos filhos pudessem ter oportunidade sem os sacrifícios que tivemos.
É um orgulho muito grande participar, mais uma vez, aqui, com a presença das nossas duas Senadoras - agora eu sou minoria aqui...
A SRA. DAMARES ALVES (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF) - Minoria!
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Mas o assunto aqui é acima de tudo - nós temos, aí, a oitava maravilha - a primeira maravilha, realmente, que é o povo aqui do Distrito Federal.
Então, parabéns a todos!
Nós queremos que as crianças, que os jovens, de todas as regiões administrativas, conheçam a capital, conheçam aqui o Plano Piloto, esse museu a céu aberto, porque, assim como a Leila disse que chegou aqui e conheceu o Plano Piloto com 12 anos, nós temos muitas pessoas - e até pessoas que chegaram há muitos anos - que não conhecem o Congresso Nacional, não conhecem a Esplanada, não conhecem esse museu que está aí à disposição. Isso é falta, exatamente, de se priorizar a cultura, a arte, a educação.
Então, eu quero agradecer a Deus por esta oportunidade.
Cumprida a finalidade de presidir esta sessão tão maravilhosa...
Quero registrar aqui a presença do nosso querido Jaime, nosso Senador Jaime Bagattoli, que é aniversariante, agora, do dia 24, se não me engano...
O SR. JAIME BAGATTOLI (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RO. Fora do microfone.) - Vinte e seis.
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) - Dia 26. Nosso querido representante de Rondônia! E, por acaso, no ano de 1982, eu saí de Brasília e fui fazer auditoria nas cidades todas de Rondônia - Ariquemes, inclusive, por causa da malária. A gente trabalhava, ficava 40, 50 dias - não é, bem? - longe da família, mas trabalhando muito no Estado de Rondônia.
Obrigado, Senador Jaime, pela presença. Parabéns!
Cumprida, então, a finalidade da sessão especial do Senado Federal, agradeço a todos que nos horaram com as suas presenças e declaro encerrada esta sessão.
Muito obrigado.
(Levanta-se a sessão às 17 horas e 19 minutos.)