1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
57ª LEGISLATURA
Em 15 de maio de 2023
(segunda-feira)
Às 10 horas
6ª SESSÃO
(Sessão Solene)

Oradores
Horário

Texto com revisão

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O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG. Fala da Presidência.) - Declaro aberta a sessão solene do Congresso Nacional destinada a homenagear o Estado de Israel pelos 75 anos decorridos de sua criação.
A presente sessão foi convocada pelo Presidente do Congresso Nacional, Senador Rodrigo Pacheco, em atendimento ao Requerimento do Congresso Nacional nº 4, de 2023, de minha autoria e também do Deputado Samuel Viana.
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Compõem a mesa e convido para que tomem assento juntamente comigo o Exmo. Sr. Daniel Zohar Zonshine, Embaixador do Estado de Israel na República Federativa do Brasil; (Palmas.) o Exmo. Sr. Senador Alan Rick, Primeiro-Vice-Presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, para que esteja conosco assim que estiver conosco em Plenário; a Exma. Sra. Deputada Cristiane Lopes; (Palmas.) o Exmo. Sr. Deputado Padovani, nosso Coordenador do Paraná; (Palmas.) também o Sr. Ric Scheinkman, como é conhecido por todos, Presidente da Confederação Nacional das Câmaras de Comércio Brasil-Israel. (Palmas.)
Convido a todos para, em posição de respeito, ouvirmos o Hino de Israel.
(Procede-se à execução do Hino de Israel.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Convido a todos, agora, para, em posição de respeito, ouvirmos o Hino Nacional brasileiro.
(Procede-se à execução do Hino Nacional.)
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG. Para discursar - Presidente.) - Podemos sentar.
Quero dar meu bom-dia e agradecimento a todos que nos acompanham pela TV Senado, que acompanham esta sessão solene de homenagem aos 75 anos de Israel, àqueles que nos ouvem pela Rádio Senado e também por todo o sistema de comunicação do Senado Federal, que tem prestado um trabalho importantíssimo de informação a todos os cidadãos.
Já temos a nominata aqui?
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Ótimo.
Quero saudar todos aqueles que estão conosco na mesa mais uma vez: o Embaixador Sr. Daniel Zohar Zonshine; a Deputada Federal Cristiane Lopes, membro como eu do Grupo Parlamentar Brasil-Israel; o Sr. Deputado Federal Nelsinho Padovani, nosso companheiro do Paraná; o Presidente da Confederação Nacional das Câmaras de Comércio Brasil-Israel, Sr. Ricardo Scheinkman. Quero agradecer-lhes a presença e saudar, mais uma vez, todos os senhores.
No dia 14 de maio...
Saúdo também as autoridades presentes, as Sras. e os Srs. Embaixadores, encarregados de negócios e demais membros do Corpo Diplomático em Brasília de Belarus, Cabo Verde, Guatemala, Panamá, Reino Unido, Rússia, Sri Lanka e Vietnã; a Diretora-Geral do Senado Federal, Sra. Ilana Trombka; o Presidente-Executivo da StandWithUs Brasil, Sr. André Lajst; a Presidente da Associação Cultural Israelita de Brasília, Sra. Tamara Socolik - obrigado pela gentileza -; o Sr. Embaixador Sidney Romero, do Itamaraty, que está aqui presente; e também o Sr. Yonatan Gonen, que é o nosso Vice-Embaixador de Israel aqui em Brasília. Se deixei de citar alguma autoridade, por gentileza se identifique, para que o nosso cerimonial possa dar as devidas honras da Casa.
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No dia 14 de maio de 1948, há 75 anos, foi assinada, em Telavive, por 38 membros do conselho do povo judaico, a declaração de independência do Estado de Israel. A primeira assinatura era a de David Ben-Gurion. Esse documento importantíssimo, senhoras e senhores, fundador de um dos países mais bem-sucedidos da modernidade, foi redigido, como sabemos, em hebraico, a língua ancestral do povo judeu, a língua da Torá ou Pentateuco, como nós cristãos a chamamos, e que foi reabilitada e adaptada aos novos tempos para servir de veículo de comunicação entre os cidadãos do novo Estado ou Estado que ressurgia.
Tenho grande admiração, grande respeito e um enorme carinho pelo povo judeu. Já que hoje homenageamos o Estado de Israel, dirijo-me, mais apropriadamente, ao povo de Israel, aos israelenses, não somente aos judeus, mas a todos aqueles que compõem o Estado de Israel, pois Israel não apenas inclui o povo judeu, mas é um Estado multiétnico, multicultural, tolerante, em que todos os cidadãos gozam dos mesmos direitos políticos e civis. Deve-se sempre lembrar que Israel é o Estado mais democrático e, portanto, mais livre de todo o Oriente Médio. Gosto sempre de citar que os cristãos do Oriente Médio em Israel aumentam em número, a cada ano, o que não acontece na maioria dos países vizinhos. Os judeus, contudo, em Israel, são maioria e inegavelmente foram eles que cumpriram o desígnio histórico de ser os agentes da formação do novo Estado, este Estado que ora completa 75 anos de idade.
O percurso não foi nada fácil. Desde 70 depois de Cristo, os judeus não possuíam uma terra da qual fossem soberanos. Foi este o ano da Diáspora, quando, derrotados pelos exércitos romanos depois de uma sangrenta insurreição, os judeus - a enorme maioria deles - tiveram de sair de sua terra ancestral e espalhar-se pelo mundo. Então, de 70 depois de Cristo, ano convencional do começo da Diáspora, até a Declaração de Independência em 1948, transcorreram nada menos do que 1.878 anos. Que outro povo, no mundo, pode ostentar, em sua história, tamanha persistência em manter a sua unidade cultural e o sentimento de pertencer a uma comunidade própria e que, ao final de quase 2 mil anos de sofrimento e de perseguição infligida por outros povos, sagrar-se vitorioso e voltar a ser senhor de suas terras ancestrais? É uma história única na humanidade.
Ainda no final do século XIX e até a primeira metade do século XX, o movimento político em prol da constituição de um Estado judaico na Palestina passou por alguns capítulos importantes, como a fundação do sionismo por Theodor Herzl, a Declaração de Balfour e o plano de partição da Palestina, aprovado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1947.
Nós, no Brasil, gostamos sempre de lembrar, com muito orgulho, a participação decisiva de um brasileiro na aprovação deste plano. Trata-se de Oswaldo Aranha, chefe da delegação brasileira na ONU (Palmas.) e que presidiu a sessão em que se votou a referida matéria. Sabemos que Oswaldo Aranha não somente deu o voto de desempate, o chamado voto de minerva, em favor da aprovação do plano, mas também trabalhou ativamente nos bastidores da assembleia para que se chegasse a esse resultado.
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Aprovado o plano, fez-se realidade a criação do Estado de Israel.
Sr. Presidente, senhores presentes, movidos pelo sentimento de amizade e de respeito a Israel, um grupo de Senadores brasileiros, no qual me incluo, tivemos a iniciativa de fazer aprovar a Resolução do Senado n° 35, de 2019, que instituiu o Grupo Parlamentar Brasil-Israel. O grupo é aberto à participação de todos os Parlamentares brasileiros - Senadores e Deputados Federais - que a ele queiram aderir.
Uma vez ultrapassados os inconvenientes causados ao normal curso dos trabalhos parlamentares pela epidemia do covid, finalmente pudemos instalar, no último dia 28 de fevereiro, em primeira reunião, o grupo parlamentar. Na oportunidade, tive a grata satisfação e a honra de ser escolhido por meus pares, Senadores e Deputados, Presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, uma instituição que certamente ajudará a estreitar os laços entre os Parlamentares dos dois países.
O Brasil sempre contou com a solidariedade de Israel. O mais recente episódio nesse sentido caracterizou-se pelo deslocamento a nosso território, especialmente ao meu Estado de Minas Gerais, de 130 bombeiros israelenses, em janeiro de 2019, que nos vieram ajudar nos árduos trabalhos de localização de vítimas do terrível acidente de Brumadinho, infelizmente ocorrido em Minas Gerais. Soube que os bombeiros israelenses serão merecidamente homenageados, em solenidade marcada para breve, pelos bombeiros de Minas Gerais, que, ombro a ombro com eles, naquela triste ocasião, labutaram.
Queremos aprofundar nossa cooperação com Israel. Já existem algumas iniciativas nesse sentido. Seja na área de agricultura, especialmente quanto a técnicas de irrigação em terrenos no Semiárido, seja na área de tecnologia da informação, seja na área de segurança pública, seja na área de equipamentos médicos de alta tecnologia, temos muito a aprender e a comerciar com Israel.
Israel, a partir de um território muito pequeno, com grande escassez de terras férteis e de recursos naturais, soube erigir uma sociedade tecnologicamente avançada, com os melhores índices de desenvolvimento humano da região e com alto grau de tolerância política e de liberdade.
Quanto às mulheres, não há outro país do Oriente Médio em que elas contem com mais autonomia. Para dar um exemplo, as mulheres, em Israel, servem ao exército. Como os homens, portam armas e vão à luta. Como os homens, talvez não haja indicador mais eloquente de igualdade efetiva entre gêneros do que o dever igual, com disposição igual para isso, de arriscar a vida e morrer em defesa da pátria, se necessário. Nossa admiração, senhores.
Israel é um pequeno país em tamanho, mas grande em realizações, Sr. Embaixador, valente, corajoso, pois é cercado de países que, muitas vezes, tentam, mas não conseguiram, ao longo do passado, terminar com sua independência, contra a qual trabalham e não fazem segredo algum disso.
Há muito preconceito contra o povo judeu, sempre houve, e o antissemitismo, que é um tipo de racismo, ainda se encontra presente no mundo Ocidental, presente, por exemplo, na imprensa internacional, e é cultivado secretamente, ou não tão secretamente assim, ainda nos dias de hoje por algumas viúvas da Guerra Fria que se colocavam ao lado da União Soviética. Não tenho receio de falar abertamente sobre isso, pois é a verdade.
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Quanto ao comércio entre Brasil e Israel, ele encontra-se em progressão. Ainda que 2021 tenha sido um ano de pandemia, é digno notar que o fluxo do comércio entre as nações, entre 2021 e 2022, dobrou e atingiu a cifra de US$4 bilhões.
No Brasil, residem cerca de 120 mil judeus, que sempre foram muito bem acolhidos por nós e sempre viveram aqui, em segurança e em paz. Eles formam a décima maior colônia judaica do mundo, e a segunda da América Latina.
Caros amigos de Israel, no momento em que, para encerrar este discurso, reitero minhas felicitações pelo aniversário de 75 anos da declaração de independência do Estado de Israel, deixo consignado, também mais uma vez, o firme propósito do Parlamento brasileiro de estreitar a cooperação entre nossos países.
Israel é uma sociedade que, — por sua persistência, por sua intrepidez, por sua inteligência, por sua competência, — nos inspira a todos nós.
Meu muito obrigado aos senhores e agradeço ao Altíssimo a possibilidade de, como Senador, presidir esta sessão e receber a todos os senhores aqui, de uma maneira amigável e admirável pela história que se nos apresenta, por Israel.
Muito obrigado a todos.
Muito bem-vindos. (Palmas.)
Solicito à Secretaria-Geral da Mesa a exibição, no painel, do vídeo preparado pela Embaixada do Estado de Israel.
(Procede-se à exibição de vídeo.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado.
Concedo a palavra, por cinco minutos, ao Sr. Ricardo Scheinkman, Presidente da Confederação Nacional das Câmaras de Comércio Brasil-Israel.
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - De onde você quiser. Pode falar daí, da tribuna...
O SR. RICARDO SCHEINKMAN (Para discursar.) - Está fechado... Agora foi.
Bom dia a todos.
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Primeiro, eu gostaria de agradecer ao nosso grande amigo, Senador Carlos Viana, por todo o carinho e dedicação aqui no Senado, não só com Israel, mas com todos os brasileiros que estão aqui, todos os judeus que moram no Brasil.
Gostaria de agradecer ao Embaixador de Israel, Daniel Zohar Zonshine. Muito obrigado por tudo. É uma luz tê-lo aqui no Brasil, na tua pessoa física. É muito importante o elo entre Brasil e Israel, desde o começo do Estado brasileiro. E temos muito orgulho de tê-lo aqui no Brasil conosco e muito obrigado por todo o teu ativismo e por toda a parceria que nós temos entre a Câmara e a Embaixada de Israel no Brasil.
Senador Alan Rick, muito obrigado pela amizade, pelo carinho, pela parceria. É uma luta diária, como você sabe, mas é uma luta em que nós perseveramos milênios e também vamos perseverar aqui no Brasil, e temos muito orgulho de tê-lo conosco na Frente Parlamentar Brasil-Israel.
Sra. Deputada Cristiane Lopes, muito obrigado pelo carinho. A Câmara dos Deputados é um parceiro incansável da nossa história. É uma parceria de mais longa data que a gente pode contar, e muito obrigado por estar aqui com a gente hoje, nesse momento, nesse ato solene.
Deputado Federal Nelsinho Padovani, como eu estava te falando, a minha família também vem de Curitiba, vem do Paraná.
O tema de agricultura, o tema de tecnologia, é um dos temas mais importantes para a gente, em termos de trabalho entre os dois países. Eu quero mencionar aqui uma frase que, quando a gente estava em Israel, há alguns anos, o Bibi Netanyahu fez um discurso e falou uma coisa que eu nunca vou esquecer: "Se o Brasil é o bolo, que a gente possa ser o fermento desse bolo, para ajudar o Brasil a crescer". E isso a gente tem construído diariamente.
Acabamos de sair da Agrishow, com 195 mil pessoas, e mostramos tecnologia e inovação israelense e estivemos presentes no cenário de tecnologia e inovação do setor agrícola brasileiro e temos muito orgulho de falar que aqui a gente já está trabalhando com seis estados no Brasil, dentro do tema, inclusive no Paraná. Então, muito obrigado, muito obrigado pela parceria, pela amizade, e espero que a gente consiga continuar trabalhando nestes próximos anos.
Eu gostaria de agradecer também, em nome da Confederação Nacional das Câmaras do Comércio Brasil-Israel, ao meu querido amigo, parceiro para toda hora, irmão, Marcelo Mazoni, Vice-Presidente da Câmara, na pessoa de quem saúdo todos os Presidentes das Câmaras de Comércio Brasil-Israel que estão aqui hoje. Eu sempre falo: os cariocas, os paulistas, eles gostam de falar que eles estão na frente do Brasil e que fazem e acontecem, mas eu estou convencido de que os mineiros aqui é que estão na frente. E a Câmara de Comércio Minas Gerais-Israel tem sido uma câmara de muita luta, de muita construção, que realmente está fazendo diferença. E eu quero saudar, através do Marcelo, todos os nossos Presidentes que estão aqui hoje: temos o de Pernambuco, o do Ceará, o de Ribeirão Preto, de São Paulo... Temos o grupo de Minas. Temos aqui o nosso querido Ari, o adido de Agricultura; o nosso Vice-Embaixador, Yonatan Gonen; o meu braço direito aqui em Brasília, Teixeira; e a nossa Primeira-Dama da confederação, a Nivea.
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Eu quero dizer que estou muito orgulhoso e estou até um pouco emocionado em estar aqui hoje para fazer esta homenagem ao Estado de Israel. Se meus bisavós e meus avós estivessem vivos hoje, ao me verem aqui discursando neste Senado, eles teriam muito orgulho de ver o que aconteceu com Israel. Nossa família foi uma das fundadoras, foi uma das que lutaram mais naquele momento. E eu cresci com esse dever e com essa obrigação. Eu tenho muito orgulho, muito orgulho de realmente poder fazer uma diferença entre os nossos países.
Eu quero agradecer também a André Lajst, do StandWithUs. Obrigado! Obrigado por tudo! Sei que seu trabalho é um trabalho diário, árduo. Nos momentos mais difíceis no Oriente Médio, você faz uma grande diferença. A sua voz e a sua personalidade realmente fazem uma diferença no combate ao antissemitismo, ao antissionismo, a toda falta de informação, à misinformação que a gente vive diariamente. André, você tem muita força! Acredito que você representa todos nós quando você escreve, quando você fala. Você comunica ao mundo a verdade!
Eu sei que já mencionei o nome dele, mas quero mencionar o meu querido Yonatan Gonen, o Vice-Embaixador, com quem a gente está trabalhando diariamente para fazer o máximo possível para aumentar o comércio entre Brasil e Israel. Yonatan, bem-vindo ao Brasil, welcome to Brazil! Temos muito orgulho de tê-lo aqui conosco. Muito obrigado por tudo. Espero que seja só o começo da nossa parceria. Tenho certeza de que o trabalho econômico que você está fazendo na Embaixada vai ter um grande impacto no relacionamento entre os dois países. Eu tenho muito orgulho de poder chamá-lo por amigo e de poder trabalhar com você diariamente. Eu quero que você saiba que não só você tem um amigo, mas um parceiro para a vida. Pode sempre contar comigo, com a câmara e com a confederação para tudo que você precisar, não interessa quando, como ou por quê. A câmara é sua, como também é sua, Embaixador Daniel. É um prazer enorme estar com vocês hoje.
Eu gosto sempre de começar minhas falas sobre Brasil e Israel falando um pouco sobre o relacionamento entre os dois países. O nosso querido Senador Viana foi muito sábio em poder falar um pouco de Israel e de como o Brasil afetou. Então, o Osvaldo Aranha não só presidiu a ONU naquele momento, mas ele também articulou para que pudesse ser constituído o Estado judaico, o Estado de Israel naquele momento. Se não fosse pelo Osvaldo Aranha e se não fosse pelo Brasil, eu não sei se a gente teria o Estado israelense hoje. E o Estado israelense é um Estado que me dá a possibilidade de estar aqui como uma pessoa livre, indiferente de que nação, indiferente em que local a gente está, indiferente em que situação nós estamos. E o Estado de Israel é um grande amigo do Estado brasileiro. Sempre foi e sempre será. Não interessa a retórica política, não interessa nisso informação, não interessam interesses individuais, o Estado de Israel é irmão do Estado brasileiro.
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(Palmas.)
Os brasileiros... Quando Portugal começou a descobrir o Novo Mundo, um quarto dos navegadores portugueses eram judeus. A nossa cultura brasileira é uma cultura baseada na cultura judaica, nossas leis, nosso estilo de vida, nosso tipo de comida. Principalmente no estado do nosso querido Viana, tem muita cultura judaica dentro da cultura brasileira. É muito orgulho de a gente ter esse relacionamento desde o descobrimento do Brasil.
Eu queria dar uma mensagem, falar um pouquinho sobre como Israel chegou aonde chegou hoje no cenário econômico. Israel, nos anos 90, estava com hiperinflação, estava com complicação na moeda, estava tentando se posicionar no cenário global e realmente focou as suas atividades e exportações em construção de tecnologia e inovação para o mundo. Hoje, 50% das exportações da indústria israelense são tecnologia e inovação; 15% do PIB israelense é tecnologia e inovação. O Estado de Israel hoje é um estado que cresce, em média, mais de 3% ao ano o seu PIB por causa da tecnologia e inovação, que é algo que, tenho certeza, nós conseguimos replicar aqui no Brasil também. O ecossistema de inovação israelense, os laboratórios israelenses, as universidades israelenses e a infraestrutura israelense são muito parecidos com o que a gente tem aqui no Brasil. Brasil e Israel podem fazer muito juntos.
Como Israel chegou nesse sentido? Cortou imposto, teve estabilidade monetária e de política financeira, incentivou o setor privado acima do setor público, cortou o nível de burocracia das suas empresas, financiou e investiu onde o setor privado não estava e, com isso, chegou a esses números que expliquei.
Eu queria também agradecer a uma pessoa muito querida, antes de continuar a minha palavra, porque sem ela não teria sido feito nada disso que estamos vendo aqui nem nos próximos dois dias com a Câmara: Ziza, muito obrigado por tudo. Muito obrigado pelo carinho. (Palmas.)
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Muito obrigado por estar conosco. E contamos com essa parceria também para o longo prazo.
Brasil e Israel estão colaborando hoje em diversos setores. São centenas de empresas israelenses que estão no Brasil e hoje a gente pode falar que temos dezenas de empresas brasileiras em Israel. Então, são setores de agricultura, como falou o Deputado Padovani, muita coisa no setor de agricultura, em full tech, a parte de fertilizantes e químicos - hoje a metade da balança comercial entre o Brasil e Israel é fertilizante químico, queremos aumentar isso -, petróleo e gás - o Brasil está participando do processo da produção de gás de Israel -, energia, educação, pesquisa e desenvolvimento, tecnologia e inovação, indústria, financeiro, TI, telecomunicação, equipamentos eletrônicos, inteligência artificial, mobilidade, cidades inteligentes, água, computação em cloud, segurança cibernética, sais, internet, marketing e saúde digital. São alguns dos setores.
Nós temos uma meta a bater na Câmara. Então, nos últimos anos, a gente saiu de uma balança entre Brasil e Israel de US$1,5 bilhão e nós queremos chegar a US$4 bilhões, aliás, a gente chegou a US$4 bilhões. Nos próximos anos, nós queremos chegar a US$10 bilhões, mais que dobrar o que a gente tem hoje entre a balança comercial. Eu tenho certeza de que, com as Câmaras, com o Senado, com o Congresso Nacional, com toda a estrutura que nós temos hoje no Brasil puxando o relacionamento Brasil e Israel, nós conseguiremos chegar a esses valores e mais: a gente quer chegar entre US$1 bilhão a US$2 bilhões em investimento colateral entre os dois países, investimento em tecnologia e inovação, em infraestrutura, em indústria, em pesquisa e desenvolvimento etc.
Isso sendo dito, eu convido todos vocês, Senadores, Deputados, Embaixadores, amigos de Israel e amigos do Brasil, para nos ajudar a chegar a essas metas, para participar da Câmara e para ajudar o Senado a conseguir aumentar ainda mais o relacionamento entre os dois países, entre Brasil e Israel.
Muito obrigado. Israel está de parabéns pelos 75 anos. Nós temos muito orgulho de estar aqui hoje e que a gente consiga estar aqui pelos próximos milênios.
Muito obrigado a todos vocês. Obrigado pela amizade do Parlamento brasileiro e boas festas. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Agradeço ao Sr. Ric Scheinkman, Presidente da Confederação Nacional das Câmaras de Comércio Brasil-Israel, pelas palavras.
Concedo agora a palavra ao meu companheiro de Senado, Senador Alan Rick.
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O SR. ALAN RICK (Bloco/UNIÃO - AC. Para discursar. Sem revisão do orador.) - Meu muito bom-dia, Embaixador de Israel no Brasil, representando nossa nação-irmã, Daniel Zonshine; Sr. Presidente desta sessão solene, meu querido amigo, Senador Carlos Viana; querido amigo Ricardo Scheinkman, que nos antecedeu; brilhante discurso. Cumprimento meu amigo, Deputado Federal Nelsinho Padovani, grande defensor do Estado de Israel; a Deputada Federal Cristiane Lopes - muito obrigado, Deputada, por estar conosco na defesa das relações da amizade Brasil-Israel -; todos os amigos aqui presentes, senhoras, senhores, meu amigo Ari Fischer, adido de agricultura da Embaixada de Israel; querido Yonatan Gonen, nosso Vice-Chefe de Missão - que alegria caminhar junto com vocês. Quero cumprimentar também o Embaixador do Itamaraty, Dr. Sidney Leon Romeiro, que está aqui conosco; cumprimentar o cientista político André Lajst, que está aqui conosco também; todos os demais amigos que amam Israel e que defendem as relações do Brasil com Israel, em especial meu querido Pastor Laurindo Shalom - querido Pastor Laurindo, receba o nosso abraço, o nosso carinho pela sua eterna defesa da amizade Brasil-Israel.
Sr. Presidente Carlos Viana, Sr. Embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, demais membros da mesa, Sras. e Srs. Senadores, Sras. e Srs. Deputados, o historiador Michael Brenner, diretor do Centro de Estudos de Israel da Universidade Americana, em Washington, disse: "Os judeus são [...], antes de tudo um povo, uma nação, não uma religião, e assim como outras nações, eles merecem sua pátria e soberania do Estado".
É uma alegria estar aqui celebrando os 75 anos da Independência do Estado de Israel. Um momento de reflexão, gratidão e reconhecimento pela resiliência e determinação do povo de Israel ao longo dessas sete décadas e meia.
Nós testemunhamos a concretização de um sonho que remonta a milênios, um sonho de um lar para o povo judeu, um refúgio onde a cultura, a identidade e a fé pudessem prosperar. Israel, desde a sua fundação, em 1948, emergiu como uma democracia vibrante e resiliente no coração do Oriente Médio, enfrentando desafios sem precedentes e se transformando em uma nação de inovação, progresso e inclusão.
Ao longo desses 75 anos, Israel se destacou como uma potência tecnológica, impulsionando avanços notáveis nas áreas de ciência, agricultura, medicina, cibersegurança e muito mais. Com uma criatividade inigualável, os israelenses têm sido responsáveis por inovações que melhoram a vida de milhões de pessoas em todo o mundo. Desde a modernização do sistema de irrigação por gotejamento até as contribuições pioneiras nas pesquisas em medicina e tecnologia, Israel tem deixado sua marca indelével na história da humanidade.
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Além disso, devemos honrar a dedicação do povo de Israel em alcançar a paz e a estabilidade na região. Israel tem demonstrado repetidamente sua disposição para negociar e buscar soluções pacíficas com seus vizinhos. Acredito firmemente que a paz duradoura só pode ser alcançada por meio do diálogo e do respeito mútuo. E é admirável como Israel tem perseverado neste caminho, mesmo diante das adversidades e desafios complexos que enfrenta quase diariamente.
Enquanto celebramos esse aniversário marcante, devemos também reafirmar nosso compromisso em apoiar a existência segura e próspera do Estado de Israel. (Palmas.)
É nosso dever, como membros da comunidade internacional, promover a paz e a justiça, assim como combater o antissemitismo e todas as formas de discriminação. Como Senadores, devemos trabalhar para aprofundar as parcerias entre nossos países, promovendo intercâmbio cultural, acadêmico, comercial e tecnológico.
Neste momento, gostaria de prestar homenagem aos milhares de israelenses que dedicaram suas vidas à defesa de seu país. A coragem e a determinação desses homens e mulheres são exemplos inspiradores para todos nós.
Que os próximos 75 anos sejam de paz, prosperidade e unidade para o povo de Israel.
Foi citado aqui pelo querido Ricardo, pelos amigos que compõem a mesa, o apoio de Israel em uma das maiores tragédias ambientais do Brasil, acontecida em Brumadinho, em janeiro de 2019. Israel não perdeu tempo: enviou 130 militares especialistas em resgate, socorristas, enfermeiros, pessoas que ajudaram militares brasileiros a buscar resgatar aquelas quase 300 pessoas ainda desaparecidas.
E eu quero citar, Presidente Carlos Viana, algo que marcou muito a minha vida durante o período muito difícil que nós passamos da covid-19 em todo o Brasil, mas especialmente lá no meu pequeno, mas amado e querido Estado do Acre. A Embaixada de Israel no Brasil enviou uma ajuda humanitária: foram mais de 5 mil itens - máscaras, face shields, luvas, álcool em gel e outros insumos -, que nos ajudaram naquele momento em que havia escassez desses itens. Estavam faltando itens no mercado, e as secretarias de saúde e os governos buscavam comprar, e os preços eram exorbitantes. Israel nos fez uma doação de mais de 5 mil itens. Eu gostaria de agradecer ao Embaixador Daniel e ao querido ex-Embaixador Yossi Shelley, que foi o autor, juntamente com toda a equipe da missão da Embaixada de Israel no Brasil, deste apoio humanitário ao meu querido e amado Estado do Acre.
Que as sementes plantadas por aqueles que ajudaram a fundar e construir essa nação continuem a florescer e a inspirar futuras gerações. Que possamos aprender, com o exemplo de Israel, sobre a importância de nunca perder a esperança, mesmo nos momentos mais difíceis, e de lutar pela justiça, pela liberdade e pelo respeito mútuo.
Viva Israel! Que haja paz em Jerusalém.
Baruch haba b'shem Adonai. Shalom. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado ao Senador Alan Rick.
Convido agora para a sua palavra a Sra. Deputada Cristiane Lopes. (Pausa.)
A SRA. CRISTIANE LOPES (Bloco/UNIÃO - RO. Para discursar. Sem revisão da oradora.) - Bom dia a todos.
Quero aqui cumprimentar a Mesa e, na pessoa do Presidente requerente desta sessão, o Sr. Senador Carlos Viana, quero cumprimentar o Embaixador de Israel, Sr. Daniel Zohar Zonshine; o Sr. Senador Alan Rick; o Sr. Deputado Federal Nelsinho Padovani, meu colega de Parlamento; e o Presidente da Confederação Nacional da Câmara de Comércio Brasil-Israel, Sr. Ricardo Scheinkman, dizendo a todos do meu tremor, pela minha honra de, neste momento, fazer parte desta sessão, desta monção honrosa.
Quero aqui agradecer a Deus, em primeiro lugar, pela oportunidade de estar presente aqui entre os senhores e as senhoras e fazer monção honrosa a essa nação que ontem, 14 de maio, Dia das Mães, completou 75 anos.
Nesse momento, enquanto estava ali à mesa, pensando nesse discurso, me veio à mente uma mulher, uma grande mulher chamada Ester, mulher na qual eu me inspiro pela sua ousadia e pela sua coragem, naquele tempo, em defender o seu povo.
Aqui também não posso jamais deixar de agradecer ao meu esposo, Allan Benarrosh, por me dar a honra de carregar um sobrenome judeu.
Os capítulos das Escrituras narram os acontecimentos ocorridos em seu caminho pela história. Ouviu-se o chamado de Deus por intermédio de Abraão. A Bíblia mostra e aponta o crescimento dessa família, formada por seus descendentes. Tantos anos se passaram, escravizados, libertos e, enfim, reconhecidos novamente como uma grande nação, com momentos de grandeza e sofrimento, reis, conquistas e templos, conquistadores, impérios e novas religiões. Grandes sábios e livros monumentais, dispersão, integração, expulsões, inquisição, e um grande sonho amadurece. Finalmente, o Congresso, e o início do retorno.
Ante a visão do Holocausto, paramos estarrecidos, sem compreender como isso pode ter acontecido.
Vibramos de emoção com a proclamação do Estado de Israel. E como ficamos felizes em saber que o Brasil faz parte dessa história!
Aflitos, acompanhamos as guerras que teve e tem de enfrentar e nos detemos nas imagens atuais de desenvolvimento e crescimento, de avanços tecnológicos inimagináveis, da chegada de milhões de novos integrantes e sua absorção, mas sem que a tal ansiada paz com seus vizinhos seja atingida.
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Por tudo isso, elevamos nossas orações a Deus, pedindo que abra o coração dos dirigentes de todas as nações à compreensão de que Ele concedeu vida aos seres humanos não para destruir, provocar sofrimento e matar, mas, sim, para construir, criar e amar.
E quero deixar registrado que Israel apenas se defende em todos os momentos.
Que todos assumam o compromisso de trabalhar por uma paz universal que abranja todas as nações e que permita a todos os povos viverem em paz e segurança.
Que todos os habitantes da Terra sejam libertados das angústias da perspectiva de guerras, do sofrimento provocado por doenças e epidemias, que poderiam ser evitadas ou curadas pelo trabalho conjunto dos cientistas e médicos de todos os laboratórios e da preocupação com o caminho a ser escolhido por nossos filhos, porque o nosso exemplo os conduzirá a vivenciar somente responsabilidade, amor, misericórdia e justiça.
Que os 75 anos do Estado de Israel sejam sucedidos por uma época em que estas orações sejam atendidas e que, de Sião, chegue ao mundo o ensinamento das Escrituras e, de Jerusalém, a palavra do Deus vivo.
Eu, que sou uma pessoa que ama e ora pelo Estado de Israel, como Líder do Parlagrupo Brasil-Israel, representando o meu Estado de Rondônia, e neste momento aqui falo do amor que Rondônia, assim como o Brasil, tem por Israel, deixo todas as portas abertas para o comércio, para a tecnologia, para a prosperidade e para ser canal, ser esse elo para que nós possamos avançar ainda mais e ter a prosperidade que nós sabemos que vem, sim, somente de Israel.
Faço coro também aos milhões de filhos benditos de Deus, adotados ou legítimos, parabenizando essa nação por seu aniversário. O povo de Israel sempre mereceu reconhecimento e merece respeito. Que Deus possa sempre abençoar a pátria e que a preserve de pé, até que ele venha! Shalom, Jerusalém, paz seja a ti!
Meu muito obrigada. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado à nossa Deputada Cristiane Lopes, agradeço.
Vamos ouvir agora o Exmo. Sr. Deputado Federal Padovani, pelo Paraná.
O SR. PADOVANI (Bloco/UNIÃO - PR. Para discursar. Sem revisão do orador.) - Bom dia, amigos, amigas.
Sr. Presidente desta sessão, Senador Carlos Viana; Sr. Embaixador Daniel Zonshine; amigo Senador Alan Rick - obrigado pelas palavras -; Sra. Deputada Cristiane Lopes; Presidente da Confederação Nacional das Câmaras de Comércio, amigo Ricardo Scheinkman - obrigado pelas palavras -; Sr. Laurindo Shalom - muito obrigado por toda a amizade -; Sr. Teixeira - obrigado pela amizade, pelo convite -; amigo Ari Fischer - muito vamos caminhar juntos na integração da agricultura Brasil-Israel.
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Senhores membros do Congresso Nacional, ontem, por coincidência - falou bem a Deputada Cristiane -, comemoramos o Dia das Mães. Amor de Deus é semelhante ao amor de mãe. E ontem comemoramos o dia de quê? Dos 75 anos do aniversário de Israel.
Tenho muita honra de ser escolhido para representar o Grupo Brasil-Israel no Estado do Paraná nesse momento em que comemoramos esses 75 anos. Aceitei com alegria no coração a tarefa. Na Bíblia aparecem 365 vezes a expressão "não tenhais medo".
Quis Deus que um brasileiro, o Diplomata Osvaldo Aranha - por sinal, do Rio Grande do Sul, um gaúcho; e eu, paranaense, também um político da Região Sul do Brasil -, chefe da delegação brasileira na ONU em 1947, presidisse a Assembleia Geral da ONU que instituiu o Estado de Israel. Teve o brasileiro papel preponderante na criação de um Estado judeu e democrático.
Em 1948 a independência judaica, perdida há 2 mil anos, foi renovada. Deixo claro, a resolução da ONU também previa a criação de um Estado árabe, ainda inexistente.
Grandes conquistas nunca virão da zona de confronto. Vamos nos lembrar do Holocausto, para não nos esquecer, jamais, da perseguição, da guerra, da humilhação. Ninguém é maior do que todos nós juntos, e juntos nós não podemos mais deixar que fatos históricos como esse se repitam.
Precisamos mais do que nunca de líderes equilibrados, propositivos, que pensem no bem comum dos povos, como foi o legado de Osvaldo Aranha.
Desde a instituição em 1948, o povo de Israel destacou-se no mundo, contribuindo na ciência, na saúde, na medicina, na química, na matemática e na literatura, na defesa dos direitos dos homens. Reconhecemos sua capacidade em todas as áreas humanas.
Sei o quanto nós brasileiros aprendemos com Israel, na tecnologia das cidades inteligentes, na questão da correção e adubação do solo, na produção de sementes, na agricultura de precisão, no armazenamento e, principalmente, na irrigação.
Reconhecemos que, se o Brasil é gigante no agro, é graças à sua geografia, e essa integração fará do Brasil o maior produtor de alimentos do mundo. Avançaremos muito nas áreas de comércio entre Brasil e Israel. O Brasil hoje já tem um papel preponderante de alimentar 1,5 bilhão de pessoas no mundo. E, junto a Israel, vamos erradicar a fome no planeta. (Palmas.)
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Concluo utilizando parte de um discurso de Shimon Peres, ex-Primeiro-Ministro e ex-Presidente de Israel, que disse:
Estou orgulhoso do renascimento de Israel, da resposta moral e histórica à tentativa de apagar o povo judeu da face da Terra. A história judaica continua em duas vias: a primeira, a via moral, enviada nos Dez Mandamentos, sob a égide do documento que foi escrito há mais de 3 mil anos; e a segunda, a via científica, que desvenda segredos escondidos no passado aos olhos dos homens e que, revelados, mudam a nossa vida.
Comecei com a oração e terminarei com o Hino de Israel:
Nossa esperança não está perdida
Esperança de 2 mil anos
De ser um povo livre em nossa terra
A terra de Sião e Jerusalém.
Vida longa a Israel!
Obrigado a todos. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado pelas palavras, Exmo. Sr. Deputado Padovani.
Vamos conceder, agora, também a palavra ao Sr. André Lajst, Presidente-Executivo do StandWithUs Brasil.
Seja bem-vindo!
O SR. ANDRÉ LAJST (Para discursar.) - Exmo. Presidente desta sessão, Carlos Viana; Senadores; Senador Alan Rick, grande amigo; Deputado Nelsinho; Deputada Cristiane Lopes; Embaixador de Israel e grande amigo Daniel Zonshine; Presidente da Confederação Nacional das Câmaras de Comércio Brasil-Israel, Ric, obrigado pelas palavras, pelo carinho.
Senhoras e senhores, cumprimento também aqui todos os Deputados, todos os Senadores presentes nesta sessão, todos os diplomatas e embaixadores que estão aqui também prestigiando a independência de uma nação amiga, da nação dos senhores.
Irei iniciar minha fala, antes de mais nada, dizendo que Israel não é um lugar físico; Israel é um conceito, Israel é um ideal antes de mais nada.
Eu vou citar aqui algumas palavras do trecho da Declaração de Independência, lida exatos 75 anos atrás, por David Ben-Gurion, em Telavive, abro aspas:
A terra de Israel é o local de origem do povo judeu. Aqui sua identidade espiritual, política e religiosa foi moldada. Aqui eles, primeiro, atingiram a formação de um Estado, criaram valores culturais de significância nacional e universal e deram ao mundo o eterno Livro dos Livros.
Depois de serem forçadamente exilados de sua terra, o povo conservou consigo sua fé durante a sua dispersão e nunca deixou de rezar e sonhar com o retorno para sua terra e com a restauração lá da sua liberdade política.
Impelidos por sua ligação histórica e de tradições, judeus lutaram, gerações após gerações, para se restabelecerem em sua antiga terra natal. Nas décadas recentes, eles voltaram em massa. Pioneiros, desafiadores refugiados e defensores, eles fizeram desertos florescerem, reviveram a língua hebraica, construíram vilarejos e pequenas cidades, criaram uma próspera comunidade que controla sua própria economia e cultura, adorando a paz, mas sabendo se defender, trazendo as bênçãos do progresso para todos os habitantes do país e aspirando ao Estado independente.
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[...]
No dia 29 de novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a resolução do estabelecimento de um estado judeu em Eretz Israel. A Assembleia Geral requereu aos habitantes de Eretz Israel tomarem as medidas necessárias para a implementação dessa resolução.
Este reconhecimento das Nações Unidas pelo direito de o povo judeu estabelecer o seu Estado é irrevogável. [...]
[...]
O ESTADO DE ISRAEL será aberto para imigração judaica e para o recebimento de exilados; patrocinará o desenvolvimento do país para o benefício de todos os seus habitantes; será baseado na liberdade, justiça e paz como imaginado pelos profetas de Israel; garantirá liberdade de religião, consciência, língua, educação e cultura; respeitará os lugares sagrados de todas as religiões; e será fiel aos princípios da Ata das Nações Unidas.
[...]
Nós fazemos um apelo, em meio ao duro ataque lançado contra nós há meses, aos habitantes árabes do Estado de Israel para manter a paz e participar da construção do Estado na base de igual e completa cidadania e através de representação em todas as suas instituições provisórias e permanentes.
Nós estendemos nossa mão a todos os Estados vizinhos e seus povos, numa oferta de paz e boa vizinhança, e apelamos a eles para o estabelecimento de laços de cooperação e ajuda mútua com o soberano povo judeu, estabelecido em sua própria terra.
O Estado de Israel está preparado para fazer a sua parte em um esforço comum para o desenvolvimento de todo o Oriente Médio [fecho aspas].
Esse discurso, lido por Ben Gurion, antecedeu a guerra de 1948. Foi decisão dos vizinhos de Israel iniciarem a guerra.
Setenta e cinco anos depois, judeus em Israel e no mundo inteiro ainda clamam por paz com seus vizinhos e ainda lutam contra o antissemitismo em sua nova versão o antissionismo, que é a negação do direito de existência do Estado de Israel.
Israel se transformou na nação startup, um polo de conhecimento acadêmico, um centro de inovação em empreendedorismo em biomedicina, nanotecnologia, computação, entre outras inovações que salvam milhões de vidas anualmente, uma luz para o futuro da humanidade, um país livre com índices de desenvolvimento humano elevados, onde 20% da sua população é árabe - a população árabe mais livre do Oriente Médio -, onde a livre expressão, direito de protesto e eleições não são um privilégio, mas um direito inerente à sua existência como cidadãos do Estado judeu. Os feitos de Israel nos últimos 75 anos são de perder de vista nos mais variados ramos e setores da sociedade. Porém a tão sonhada paz entre todos os seus vizinhos e Israel ainda parece distante.
Amanhã, dia 16 de maio, nesta mesma Casa, será lembrado o Dia da Nakba, a dita catástrofe palestina, que, na verdade, é o fracasso de cinco países árabes de tentarem impedir a fundação de Israel através de uma guerra de agressão que foi vencida pelo Estado judeu.
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Vejam a diferença de valores: ao invés de focarem no que podem construir, estão focados em acusações difamatórias, em verdades históricas e, muitas vezes, em apoio ao terrorismo. Em vez de focarem em incentivar processos de paz, rejeitam que a paz seja estabelecida.
A dita catástrofe palestina poderia ter sido evitada se lideranças árabes não tivessem negado os mais diversos planos de paz propostos em 1937, 1947, 1967, 2000 e 2008. Em todas essas ocasiões, Israel falou "sim", e a liderança árabe ou palestina disse "não". Os palestinos poderiam ter um país há 75 anos; não têm porque suas intenções nunca foram estabelecer um país nacional ao lado de Israel, em paz e segurança, mas, sim, um país no lugar de Israel, destruindo o único lar nacional do povo judeu.
Cabe àqueles que ainda não entenderem isso entenderem definitivamente que Israel não irá para nenhum lugar. Apenas negociações verdadeiras e transparentes, onde um aceita a existência do outro, levarão a uma paz duradoura.
O recente conflito, que teve cessar fogo no domingo, ilustra exatamente isto: grupos fundamentalistas, como a Jihad Islâmica e o Hamas, não se importam com a população palestina, ao mesmo tempo em que tentam matar a população israelense. Não há equivalência moral. Do outro lado, um país democrático, que se defende, e sua única exigência é viver em paz, em segurança. É chegada a hora de os líderes palestinos focarem no que podem construir para o seu povo e pela paz na região e desistirem definitivamente de ideias destrutivas.
Que a independência de Israel inspire todos vocês. Como diz uma das mais notórias frases do Hino de Israel, em hebraico: "Ha'Tikvá [...] Lihiyot 'am chof'shi bê'artzéinu", esperança de sermos um povo livre em nossa terra e sempre estarmos dispostos a contribuir por um mundo melhor, mais justo e em paz.
Feliz independência ao Estado de Israel. Yom Hatzmaut sameach! Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado ao Sr. André Lajst, Presidente Executivo da StandWithUs Brasil.
Agora, nosso próximo orador convidado aqui - vamos até quebrar um pouco o protocolo - tem um carinho muito grande pelo nosso relacionamento e tem se mostrado um companheiro, Sr. Ari Fischer, Adido de Agricultura e Água da Embaixada do Estado de Israel na República Federativa do Brasil. (Palmas.)
O SR. ARI FISCHER (Para discursar.) - Em primeiro lugar, eu gostaria de agradecer à Mesa, ao Senador Carlos Viana, que é meu amigo já.
Este ano, eu estive em uma missão econômica em Minas Gerais, por uma semana; eu pude ver a grandeza de Minas Gerais e a importância de Minas Gerais no contexto agrícola e o que a gente pode fazer junto. O potencial é enorme. Um dos maiores projetos de irrigação no mundo está em Minas Gerais. Eu fui visitar o Projeto Jaíba. Eu gostei muito.
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Eu queria agradecer também ao Senador Alan Rick, meu querido amigo, e eu garanto para vocês que este ano eu vou para o Acre. Fechado aqui no Senado.
E meu querido amigo Padovani: se Deus quiser, a gente vai estar junto para falar sobre agricultura de precisão na semana que vem.
Como vocês ouviram aqui, um, de cada cinco pratos no mundo, sai do Brasil. Na semana passada, a gente viu que a Índia passou a China em população. Se a gente continuar produzindo agricultura do jeito que a gente produz, não vai ter alimento para o mundo, e o Brasil tem uma responsabilidade muito grande nisso.
Todo mundo está de olho no Brasil, porque é o único país que tem água e que pode produzir o que o mundo precisa. Então, a nossa responsabilidade, essa união entre Brasil e Israel, é superimportante. Juntos, a gente vai poder alimentar o mundo, porque a ideia é produzir mais com menos, e é isso que eu e meu querido Padovani, a gente vai falar na semana que vem, se Deus quiser.
Agradeço ao Embaixador por ter me dado essa oportunidade, essa missão de trazer a tecnologia de Israel para cá - foi ideia dele de trazer para cá para o Brasil. Já estou indo agora para o terceiro ano. E agradeço também a todos os presentes.
E eu queria contar para vocês que, em Israel, nós temos dois mares, o Mar da Galileia - e eu moro em cima do Mar da Galileia já há 30 anos -, e a gente tem o Mar Morto. Na verdade, o Mar Morto não é Mar Morto. Em hebraico, a gente chama de Mar Salgado, e é um mar que dá vida, porque ele produz todo o nitrato de potássio que o Brasil precisa para produzir aqui também.
O meu querido amigo Rick falou sobre as exportações já do... Então, o nitrato de potássio vem do Mar Morto, que é o Mar Salgado na tradução hebraica.
E, falando dos dois mares, eu quero lembrar para vocês que o Mar Morto só recebe água. O Mar da Galileia recebe e fornece água. E é tão interessante, porque as pessoas também são assim: tem pessoas que só querem receber, e não nos ajudam. Os que estão aqui são os que nos ajudam, os que fornecem água; os que fornecem fluxo, coração, que é o único órgão que tem fluxo. E vocês, para nós, são exemplo de fluxo. Como o coração, vocês nos dão a oportunidade de estar aqui e fazer um trabalho conjunto. E tem o Mar Morto, que só recebe e não ajuda. Então, como eu disse, existem pessoas que nos ajudam, pessoas que, infelizmente, nos atrapalham, e vocês aqui, o Senado, são exemplo do Mar da Galileia, pessoas que nos ajudam.
Eu queria agradecer mais uma vez a oportunidade que vocês estão me dando de estar aqui.
O meu avô veio, em 1920, da Hungria, na época da Guerra, na época da recessão, e ele conseguiu criar aqui toda a nossa família, e eu tenho um dever com o Brasil muito grande, pela oportunidade que este país deu para a minha família.
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Agradeço mais uma vez à Embaixada de Israel por ter me trazido para a América do Sul para ser responsável por água e agricultura.
E contem comigo!
Muito obrigado a todos. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado, Sr. Ari Fischer, Adido de Agricultura e Água da Embaixada do Estado de Israel.
Por último, concedo a palavra ao Exmo. Sr. Daniel Zohar Zonshine, Embaixador do Estado de Israel na República Federativa do Brasil.
O SR. DANIEL ZOHAR ZONSHINE (Para discursar.) - Senador, Presidente da Mesa, Carlos Viana; Senador Alan Rick; Deputada Cristiane Lopes; Deputado Padovani; Ric Scheinkman e todos os membros da Confederação das Câmaras de Comércio Brasil-lsrael; colegas amigos Embaixadores aqui; senhores membros do Itamaraty; e amigos; é com grande honra e muita emoção que hoje estou aqui, no Senado Federal, para marcar e celebrar os 75 anos da independência do Estado de Israel.
Estão representados no Senado os diferentes estados do Brasil, em uma integração de muitas culturas, comunidades, paisagens, economias, um mosaico de pessoas. Alagoas não é o mesmo que o Amazonas ou o Rio Grande do Sul; o Piauí não é como o Paraná; o Espírito Santo não é como Mato Grosso. Têm grandes diferenças, mas também têm muito em comum: a língua, os valores, a cultura e o orgulho de ser brasileiros. Agora, imaginem esse tipo de variedade entre as diferentes culturas, tradições e valores existentes em uma região do tamanho de Sergipe. É uma situação complicada, quase impossível. Isso é Israel, onde nasci, cresci, para onde meus pais fugiram da Europa após terem sobrevivido à Segunda Guerra Mundial, onde construíram uma família e toda uma vida.
Meu país é uma combinação de diferenças, combinação de oposições que resultam em uma sociedade vibrante, dinâmica que ainda está em fase de crescimento, de integrar e de procurar o denominador comum. Isso é fonte de contínuas discussões entre as diferentes partes da sociedade, mas, por outro lado, isso é fonte de criatividade. Junto com a necessidade de superar as dificuldades, os desafios, essa combinação resulta em soluções originais, que nós definimos como startup nation ou nação das startups. É um país que forneceu para o mundo inovações como o pen drive, memória flash, a técnica agrícola de irrigação por gotejamento, o aplicativo Waze e muitas outras tecnologias.
Aqui, nesta Casa, digo de maneira aberta que esta experiência que nós ganhamos em Israel ao longo dos anos é também relevante para o Brasil, abre portas para aceitarmos os nossos entre nossos países para disponibilizar melhorias para a vida das pessoas, revelando o potencial que existe na riqueza de diversidade que também configura o povo brasileiro.
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Estamos aqui com vocês para enfrentar os problemas das áreas mais secas do Brasil, para enfrentar os problemas nas áreas mais remotas no Brasil, para enfrentar os desafios da defesa nacional e de segurança pública e outros também. Esta cooperação é importante para os ambos os nossos países e ambas as nossas sociedades.
Esta Casa, o Senado Federal, pode ajudar nesse desafio ao ratificar os acordos, conduzir os assuntos de interesse mútuo, promover a geração de cooperação bilaterais, defender Israel quando necessitamos de ajuda e criar os ambientes positivos para fazer negócios com Israel, fortalecer os laços econômicos científicos, comerciais e outros.
A relevância de Israel para o Brasil é grande também na era de defesa e segurança e na área do meio ambiente. Para enfrentar as mudanças do clima, nós temos muita experiência neste campo e pelo menos parte delas é relevante para Brasília.
Então, caros Senadores e amigos, estamos aqui para cooperar, e tenho a certeza de que ambos os países, ambos os povos devem de se beneficiar disso.
Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Obrigado, Sr. Embaixador. É uma alegria muito grande ouvi-lo e recebê-los todos aqui do Senado Federal.
Neste momento, senhores, caminhando para o encerramento da nossa sessão, nós vamos fazer a entrega de uma placa comemorativa dos 75 anos, com os seguintes dizeres: "Como Presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, gostaria agora de entregar ao Exmo. Sr. Embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zoar Zonshine, placa em celebração aos 75 anos do Estado de Israel, data comemorada em todo mundo, e em respeito à amizade e à luta pela liberdade que inspira nossas nações".
Convido o Sr. Senador Alan Rick e também os Srs. Senadores a estarem conosco aqui à frente para que o façamos, conjuntamente, pelo grupo parlamentar. E quero fazer em especial um convite ao Pastor Laurindo Shalom para que esteja conosco aqui. Tem sido um exemplo de humildade, de trabalho na relação do nosso grupo e do desenvolvimento dos trabalhos. Por favor.
(Procede-se à entrega de placa comemorativa dos 75 anos de criação do Estado de Israel.) (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco/PODEMOS - MG) - Convido os senhores a que retomem seus lugares.
Quero citar aqui um último agradecimento a todos os membros do Grupo Parlamentar Brasil-Israel: ao 1º Vice-Presidente, Senador Alan Rick - o nosso muito obrigado -; ao 2º Vice-Presidente, Senador Jaques Wagner; ao 3º Vice-Presidente, Deputada Greyce Elias; à 1ª Secretária, Deputada Rosana Valle; à 2ª Secretária, Senadora Professora Dorinha; à 3ª Secretária, Senadora Eliziane Gama; ao 4º Secretário, Deputado Sóstenes Cavalcante; à Diretoria Executiva: ao Coordenador do Rio de Janeiro, Deputado Marcelo Crivella; à Coordenadora de Rondônia, Deputada Cristiane Lopes, que está aqui presente - meu muito obrigado -; de Santa Catarina, à Deputada Geovania de Sá; do Amapá, à Sra. Sonize Barbosa, Deputada; do Paraná, ao Deputado Padovani - muito obrigado pela presença -; ao Coordenador do Mato Grosso do Sul, Deputado Rodolfo Nogueira; ao Coordenador do Pará, Delegado Caveira, Deputado; ao Coordenador do Tocantins, Deputado Filipe Martins; ao Coordenador do Estado do Ceará, Deputado Jaziel Pereira; ao Coordenador dos Trabalhos do Grupo Parlamentar Brasil-Israel em São Paulo, Deputado Jefferson Campos; ao Coordenador da Região Norte, Deputado Coronel Ulysses; ao Coordenador da Região Nordeste, Deputado Sargento Gonçalves; ao Coordenador do Centro-Oeste, Deputado Carlos Gaguim; ao Coordenador do Sudeste, Deputado Messias Donato; ao Coordenador do Sul, Deputado Carlos Gomes; ao Presidente do Conselho Consultivo do Parlagrupo, Senador Magno Malta; e ao Secretário-Executivo do Parlagrupo Misto de Amizade Brasil-Israel, Pastor Pedro Laurindo Shalom.
A todos esses senhores que têm me ajudado e colaborado nos trabalhos meu muito obrigado e mais uma vez quero agradecer ao Altíssimo a possibilidade de ser Presidente: ser Senador num primeiro momento, hoje ser Presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel e ter podido presidir esta cerimônia.
Cumprida a finalidade desta sessão solene do Congresso Nacional, agradeço a todas as personalidades que nos honraram com as suas presenças e convido, desde já, para os dois próximos dias em que teremos debates sobre a área comercial, intercâmbio e incentivo no relacionamento Brasil-Israel também aqui no Senado. Todos os senhores e senhoras estão convidados a participar dos debates que teremos com as Câmaras de Comércio Brasil-Israel.
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Declaro encerrada a presente sessão.
(Levanta-se a sessão às 11 horas e 40 minutos.)