2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
57ª LEGISLATURA
Em 5 de julho de 2024
(sexta-feira)
Às 14 horas e 30 minutos
97ª SESSÃO
(Sessão Especial)

Oradores
Horário

Texto com revisão

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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF. Fala da Presidência.) - Declaro aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos.
A presente sessão especial foi convocada em atendimento ao Requerimento nº 1.129, de 2023, de minha autoria e de outros Senadores, aprovado pelo Plenário do Senado Federal.
A sessão é destinada a comemorar o Dia do Quadrilheiro Junino.
Eu quero convidar, para compor a mesa desta sessão especial, a nossa querida - minha amiga e acho que é a mais bonita Senadora aqui do Congresso - Damares Alves. Uma salva de palmas para ela! (Palmas.)
Ela disse que vai dançar junto com a turma que vai se apresentar depois.
Convido o Sr. Hamilton Teixeira dos Santos, nosso Presidente da Confederação Nacional das Quadrilhas Juninas.
Cadê o Hamilton? (Pausa.)
Está chegando.
Convido também Joanivaldo Pereira do Nascimento, Presidente da União Junina. (Palmas.)
Convido também, para compor a mesa, o Sr. Márcio Nunes Pinto, Presidente da Liga Independente de Quadrilhas Juninas (Linq-DFE). (Palmas.)
Grande Márcio!
A SRA. DAMARES ALVES (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF. Fora do microfone.) - Seja bem-vindo!
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Está prestigiado, viu, Márcio?
Convido também o Sr. Robson Vilela Eiras, nosso Fusca, Presidente da Federação de Quadrilhas Juninas do DF. (Palmas.)
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Também o Sr. Marques Célio Rodrigues de Almeida, Presidente da Asforró.
Venha cá, Marques! (Palmas.)
Toca forró para todo o DF, viu, Damares? Muito bom!
O Patrese já chegou, ou não? (Pausa.)
Não.
Também participa remotamente desta sessão o Sr. Deputado Federal Defensor Stélio Dener, de Roraima.
Cadê o Stélio? (Palmas.)
Convido a todos para, em posição de respeito, acompanharmos o Hino Nacional, que será interpretado pelo trio Luizão do Forró.
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(Procede-se à execução do Hino Nacional.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Convido, para compor a mesa, o nosso Patrese Ricardo da Silva Mendes, Presidente do projeto Giro Cultural, do Distrito Federal. (Palmas.)
Quero convidar também a pessoa que criou realmente a Liga Independente das Quadrilhas Juninas aqui, no Distrito Federal e entorno: o Sr. José Pereira da Silva. Obrigado pela presença, Zé! (Palmas.)
Boa tarde! Patrese, como é o negócio do cumprimento inicial dos quadrilheiros? Quem é que puxa? É o Fusca ou você? Você, Fusca? Puxa aí, Fusca!
O SR. ROBSON VILELA EIRAS - Ô, pessoal!
(Manifestação da plateia.)
O SR. ROBSON VILELA EIRAS - Ô, pessoal!
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF. Para discursar - Presidente.) - Muito bom!
Bem, gente, hoje, aqui, nesta Casa de leis, nós vamos homenagear a cultura popular, a festa que parte da rima para a gente festejar. É de Santo Antônio, São João e São Pedro, é de nosso povo do Brasil inteiro, que celebra as nossas crenças, as nossas danças e a alegria de ser brasileiro.
Senhoras e senhores, hoje, mais uma vez, repito aqui a escritora cearense Raquel de Queiroz, que dizia: "Cada coisa tem a sua hora, e cada hora o seu cuidado". É com essa hora e esse cuidado que hoje estamos aqui para celebrar uma das manifestações culturais mais importantes do nosso país, que são as festas juninas, com a sua música, suas comidas típicas e a sua dança.
Estamos aqui, hoje, homenageando os milhões de brasileiros que fazem da quadrilha junina o ponto alto dessa festa, que movimenta todas as cidades e embala todo o Brasil, por pelo menos 30 dias. E é aqui, em nossa capital, a capital de todos os brasileiros, que, com nossos grupos juninos, fazemos essa homenagem.
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Além da alegria, da dança, da música e das comidas típicas presentes nessas comemorações em que os três santos católicos, Santo Antônio, São João e São Pedro, são homenageados, no mês de junho e que se estendem ainda no mês de julho, e além das intensidades dos folguedos do mês de junho, grupos profissionais se apresentam em festas e participam de concursos durante vários meses ao ano.
A preparação, com ensaios, seleção de temas e confecção de roupas começa já no mês de janeiro. Isso significa emprego, significa renda e o sustento de famílias durante o ano em todo o país. São milhares de brasileiros e brasileiras, que, com o seu trabalho e a sua dedicação, fazem dessa nossa festa um evento que envolve milhões de reais no turismo, no comércio, na arte, e mais outros milhões na comunhão da religião.
Os grupos viajam e se apresentam, concorrendo em festivais espalhados por todo o Brasil.
Aqui, na capital federal, vários grupos já colecionam títulos do circuito brasileiro e do circuito local, além de apresentações na Europa e em outros países da América e da Ásia.
Hoje, os estados têm suas próprias entidades, que, nacionalmente, são representadas nas associações e confederações que as congregam.
As festas juninas chegaram ao Brasil com a vinda da corte portuguesa. Inicialmente, era uma festa restrita aos palácios, mas, pouco tempo depois, se tornou popular, com a união dos rituais indígenas para celebrar a agricultura, na colheita da mandioca e do milho, e a vinda dos jesuítas, com suas festas religiosas.
Alguns estudiosos afirmam que as festas juninas trazem grande influência da cultura dos portugueses, dos chineses, espanhóis e franceses. Segundo eles, da França, veio a dança quadrille; os fogos de artifício chegaram da China; e a dança com fitas teria vindo de Portugal e da Espanha.
Aqui se reuniram, com índios, os africanos que aqui chegaram e encontraram um lugar de luta, de ficar e de celebrar.
Há controvérsia sobre essas influências, mas é certo que a quadrille francesa chegou ao Brasil, popularizou-se e se fundiu com as danças que já existiam aqui nas nossas terras e em nossos povos.
Quem já dançou quadrilha conhece os termos franceses abrasileirados, como "alavantu", "anarriê", "travessê" e "changê", os quais, junto com os portugueses "caminho da roça", "aí vem chuva", "olha o túnel" e "a ponte caiu", dentre outros, compõem os passos e gestos da quadrilha junina.
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Mas há as cores, as cores de nossa miscigenação. Isso está em nossas quadrilhas, nas decorações, nas roupas e nas vidas daqueles que fazem essa nossa festa cristã.
Se pensarmos em termos de Brasil, são cerca de 30 milhões de pessoas que participam dessa festa. Geram-se emprego e renda. Os comerciantes dizem que o aumento nas vendas sempre fica em torno de mais de 15% somente no mês das festas. Imaginem ao longo do ano. Isso é emprego e renda, não é política para ganhar eleições. É o brasileiro que faz e sabe fazer, mesmo sem o investimento estatal que deveria não ser apenas uma cédula ou uma aposta eleitoral.
Senhoras e senhores, embora o país esteja passando por uma crise sem precedentes, parece que a esperança por dias melhores nunca sai e sempre está voltando aos corações, às mentes e à vontade de fazer dos brasileiros decentes. Tenho certeza de que o Brasil sairá dessa crise política, econômica e moral que nos abate, porque somos fortes, somos guerreiros e sabemos que somente nós faremos a diferença. Vamos lutar, porque dias melhores virão.
Meus amigos e minhas amigas, no início deste pronunciamento, eu usei uma frase da grande escritora cearense Rachel de Queiroz, que repito: "Cada coisa tem a sua hora, e cada hora o seu cuidado". Hoje, o nosso cuidado e o nosso carinho vão para esses homens e mulheres que fazem da cultura popular das quadrilhas juninas, da sua dança e da sua música a alegria de todos nós e fazem, principalmente, a economia girar, mesmo que alguns não queiram ver o povo nas ruas a se manifestar.
Agora é hora de celebrar, e aí eu quero fazer com vocês uma brincadeira. "Bora" adivinhar? "Bora"?
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Quero ver, hein? Atenção, então. Topam responder às adivinhações ou não?
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - O.k. Então, prestem atenção.
Quem é bom de adivinhar
é capaz de responder.
Tudo o que eu for perguntar
quem souber vai me dizer.
É só prestar atenção
para entrar no nosso clima,
lembrando de São João,
e com a ajuda da rima.
[...]
Quem errar vai levar breque [hein?]
[Atenção, o que é, o que é? O que é, o que é?]
É comida mas tem pé?
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Pé de moleque, não é? Muito bem. Estão bem.
O que é, o que é?
Tem dente, tem cabelinho
Mas não tem pai, nem tem filho
Ele é bem amarelinho
O que é [...] [o que é]?
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - É o milho. Muito bem, o pessoal está indo muito bem.
Agora, vou perguntar para a Damares.
O que é, o que é?
Ela é prima da pamonha
De gostosura tão rica
Guloso dorme e até sonha
Em comer uma…
É uma, uma?
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Canjica! Muito bem. O pessoal está bem, hein?
Aí vem mais uma adivinhação, prestem atenção.
Ela dança na panela
Mesmo se a banda não toca
Parece flor de tão bela
Quem adivinha [o que é]?
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Muito bem.
(Manifestação da plateia.) (Risos.)
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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - No balancê: saia gira...
Dança o pai, a mãe e a filha
Tem cobra, só de mentira
Todos dançam...
O que é?
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Quadrilha, muito bem.
E a Quadrilha que se preze
Tem um noivo que é astuto
Tem noiva, um Padre que reze
O que é isso? Casamento matuto, não é?
Tem um noivo que é astuto
Tem noiva, um Padre que reze
O que é isso? Casamento matuto, não é?
Antes voava no céu
Agora enfeita o salão
Colorido, de papel
Quem sabe o que é?
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Balão, muito bem.
Lá no alto, enfileiradas
Todas bem coloridinhas
Deixam ruas decoradas
Adivinhou?
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Bandeirinhas.
Com sua luz tremulando
Esquenta a festança inteira
Com a chama crepitando
Todo arraial tem [o quê]?
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Fogueira, muito bem. Está vendo o pessoal? Nota dez para vocês, viu?
E, para finalizar as nossas adivinhações:
Tem as teclas de um piano
E quando toca emociona
Gonzagão, há muitos anos
Tocava [...] [o quê]?
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Sua sanfona, muito bem, muito bom.
"Bora" continuar com a nossa celebração, isso foi apenas uma brincadeira de São João.
Agradeço a todos e a todas vocês aqui pela preciosa presença e por essa bela festa de amor e gratidão. Sempre estaremos aqui para celebrar os nossos padroeiros de amor e devoção e sempre estarei aqui para ajudar a nossa cultura popular e a educação.
Muito obrigado. Muito bem. (Palmas.)
Eu vou passar agora também para uma fala da nossa querida Senadora Damares Alves, minha amiga.
A SRA. DAMARES ALVES (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF. Para discursar.) - Presidente Izalci, boa tarde.
Eu cumprimento toda a mesa. Eu não vou citar nomes, porque eu ganho tempo, e tempo para mulher é muito importante.
Que alegria tê-los aqui; todos vocês, que alegria.
Vocês que estão na frente olhem para trás. Acho que vocês não olharam para trás. Faz muito tempo que a gente não vê este auditório tão lindo. Faz muito tempo que esta Casa não está tão bonita, tão colorida. Eu acho que é, já do ano, a cerimônia mais bonita, a sessão mais bonita que a gente está fazendo. Quando termina o ano, a gente olha para trás e a gente vê que não tem nenhuma tão bonita quanto esses momentos em que nós estamos aqui para homenagear o Dia Nacional do Quadrilheiro Junino. Nós ficamos aguardando. Se vocês observarem, toda hora vai entrar um servidor que vai fugir do gabinete, vai entrar aqui e vai sair correndo para o chefe não ver. É assim todas as vezes em que vocês estão no Senado. Sejam bem-vindos.
Talvez alguns de vocês falem assim: "Mas essa Senadora é Pastora, nunca esteve envolvida com a gente". Vocês que pensam. Quando eu era apenas uma mulher anônima aqui no DF, com um chapéu, eu estava em todos os lugares com vocês, e vocês não sabiam quem eu era. Por quê? Eu venho de uma Região do Nordeste, uma região muito pobre. Sim, a região de Angicos, Sergipe, lá onde Lampião foi morto, preso... Venho de lá e venho de uma infância muito pobre - alguns de vocês talvez conheçam a minha história. Não só uma infância pobre, mas filha de um pastor que dizia que eu não podia chegar ao pé da quadrilha - pensem os meus conflitos - e uma infância marcada por uma violência, uma violência sexual. Acho que as pessoas conhecem um pouco da minha história, eu fui barbaramente agredida dos seis aos oito anos. Eu sou uma das milhões de meninas sobreviventes da pedofilia no país. E as minhas amiguinhas também, muitas vítimas da violência.
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E, por muitos anos, era quando o primeiro acorde soava na rua que nós tínhamos alguns minutos de alegria, num momento em que eu não tinha acesso à televisão, interior do Nordeste, início da década de 70 - sim, eu tenho 60 anos; não pareço, com essa carinha de menina, mas eu tenho 60 anos. Fui ter televisão a primeira vez aos 12 anos de idade. Cinema, aos 15, 16. Essa é a minha história. Mas a quadrilha estava lá. O sanfoneiro estava lá. O trio estava lá. A música estava lá. Até as adivinhações... Fraquinhas suas adivinhações, mas foi bonito. Elas estavam lá. Vocês encantaram a minha infância. Vocês trouxeram alegria para a minha infância. Mexia o pé, escondidinha do meu pastor, pai, da minha igreja, que não queria, mas vocês estavam lá.
Aí eu saio do Nordeste, vou para São Paulo, e aquela saudade, apertando o meu coração, do acordeom, do triângulo, das saias coloridas. Aí eu venho para cá em 1998 e eu descubro que era aqui no DF que estavam as melhores quadrilhas do mundo. (Palmas.)
E aí, ia para a igreja mais cedo e mais tarde ia assistir aos concursos. E eu vi, nos últimos 25 anos, o que vocês fizeram aqui no Distrito Federal. Vir aqui hoje como Senadora e reconhecer o trabalho de vocês, das federações, das ligas, das associações, de cada quadrilheiro é dizer para vocês: obrigada, porque ainda hoje, 60 anos depois, eu tenho meninos e meninas que encontram na quadrilha o escape, a alegria, a inserção; eu tenho meninos e meninas que encontram a inclusão numa quadrilha; eu tenho meninos e meninas que encontram na quadrilha a socialização. É isso que vocês estão fazendo. Que outro espetáculo no Brasil, que outra cultura no Brasil em que, com apenas um chapéu e uma fita na cabeça, eu me torno campeã? Que outra arte no Brasil em que, com chinelo de dedo, eu me torno rainha? É, de fato, a manifestação cultural no meu país mais inclusiva.
E vou contar um segredo para vocês. Fui Ministra de Estado, alguns de vocês sabem disso, talvez todos saibam, e eu viajei o mundo, e quando a gente chega numa reunião, num país que está recebendo autoridades do mundo inteiro, eles querem mostrar o que eles têm de melhor na cultura deles, aí a gente tem que assistir. Eu ficava assistindo e ficava pensando comigo: "Hum-hum, não conhecem as quadrilhas de Brasília. Não sabem o que é dançar". Com todo o respeito a todos os países por onde eu passei - parabéns pela manifestação cultural de vocês -, mas eles não sabem o que são as quadrilhas do meu Distrito Federal.
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Parabéns por esta sessão! Parabéns pelo trabalho que estão fazendo!
Eu estava esperando uma quadrilha me convidar para fazer parte. Aí uma ali já me convidou e já estou fazendo aqui meu acerto. Quem sabe serei a noiva na próxima edição. Izalci, você pode ser o padre. (Risos.)
E aqui eu faço um reconhecimento ao Senador Izalci. Ele é um entusiasta, e isso todos nós temos que reconhecer. É o primeiro que apresenta o requerimento de homenagem a vocês, está sempre envolvido, está sempre apoiando. O Senador Izalci é, de fato, um Senador apaixonado por essa manifestação cultural.
Bem-vindos e obrigada por fazer o Senado Federal hoje mais alegre e mais bonito!
Eu encerro dizendo que vocês não têm ideia... Todos sabem das minhas pautas, das minhas lutas pelo fim da ansiedade e depressão, enfrentamento ao suicídio, enfrentamento à violência contra a mulher e à violência contra o idoso, enfrentamento à violência contra a criança. Todas as minhas pautas fazem diálogo com vocês e vocês sabem do que eu estou falando. Quantas mulheres saem de um ciclo de violência quando colocam uma saia dessa e começam a dançar com vocês? Quantos meninos que querem desistir da vida, assim como eu aos dez anos, colocam um chapéu, são recebidos por vocês com tanto carinho e acabam encontrando razão e alegria na vida?
Parabéns a todos os quadrilheiros! Parabéns a todos vocês!
E me aguardem, estou chegando!
Que Deus abençoe vocês! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Neste momento, eu solicito à Secretaria-Geral da Mesa a exibição de um vídeo institucional.
(Procede-se à exibição de vídeo.) (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Muito bem.
Concedo a palavra, agora, ao Sr. Joanivaldo Pereira do Nascimento, que é o nosso Presidente da União Junina. (Palmas.)
O SR. JOANIVALDO PEREIRA DO NASCIMENTO (Para discursar.) - Boa tarde a todos.
(Manifestação da plateia.)
O SR. JOANIVALDO PEREIRA DO NASCIMENTO - Quero cumprimentar a Mesa, parabenizar por este momento único. (Manifestação de emoção.) Eu sou bastante emotivo.
Agradeço por essa homenagem a tantos companheiros que têm aqui de luta: Zé Pereira, Márcio, Fusca, as pessoas dessas lideranças. Digo que é isto: quadrilheiro é coração, é dedicação. Como a nossa Senadora falou aqui, é um trabalho humano acima de tudo, um trabalho humano! Nós nos dedicamos a cada pessoa, de pequenininha a maior. Eu tenho dançarinos de 67 anos dançando, e isso para mim é emocionante, esse respeito que a gente dá e recebe. Então, chegar aqui, com 34 anos de estrada - 34 anos de estrada -, e olhar esse reconhecimento, é maravilhoso.
Só quero dizer a vocês que mantenham esse amor, o respeito acima de tudo com o trabalho, com os colegas, e que vocês possam ser sempre espelhos, como a nossa Senadora falou! Ela estava ali no meio, sempre! E, como muitos que passaram e sempre estiveram no meio, e a gente não percebe, mas quantas pessoas maravilhosas passaram por cada um de nós, não é? Isso me remete... Eu me emociono, porque quantos jovens chegaram a mim, nesses 34 anos, em que eu tive que tirar a arma da cintura para brincarem quadrilha? E tiveram que se dedicar na escola para poder participar da quadrilha, tirar notas boas, porque, senão, não participariam. E os pais, os tios, os avós chegavam, chegam até mim agradecidos: "Nossa, depois que meu filho veio brincar com vocês, se tornou mais responsável, mais obediente, educado!".
Gente, só nós, lideranças, sabemos o trabalho e sabemos o valor, a importância que nós temos na vida de cada pessoa. E vocês também, cada dançarino, cada um de vocês, do menor ao maior, têm essa importância. Vocês são espelhos. Carreguem esse orgulho até o último dia da vida de vocês, mas carreguem com orgulho e carreguem deixando um legado, deixando ali o espelho da sua pessoa para aquele pequenininho que está chegando, para aquele jovem, para aquele mais velho, respeito, carinho, amor! É isso.
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Obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Concedo a palavra agora ao Sr. Márcio Nunes Pinto, Presidente da Liga Independente de Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e Entorno (Linq-DFE). (Palmas.)
O SR. MÁRCIO NUNES PINTO (Para discursar.) - Boa tarde!
(Manifestação da plateia.)
O SR. MÁRCIO NUNES PINTO - Primeiro quero saudar a mesa na pessoa do Senador Izalci, da Senadora Damares, e a todos os membros, diretores que estão aqui hoje, Zé Pereira, nosso fundador - e aí, Senador Izalci Lucas, não é só da Liga, não; é desse movimento do Brasil. O rapaz que está aí do seu lado foi o rapaz que colocou o movimento junino em outro patamar, que regularizou as entidades no Brasil todo.
E, como é uma sessão solene, nós estamos diretamente para o Brasil todo. Nós estamos aqui hoje sentados, quadrilheiros aqui no DF, representando essa nação de milhares de dançarinos de quadrilha que estão assistindo e que compõem essa luta que nós temos aqui diariamente.
Também quero saudar aqui o Marques, que não tem uma quadrilha, mas está do nosso lado, com seus trios. Já é um tempo aí de luta, não é?
E a vocês, quadrilheiros, dançarinos de quadrilha junina, digo que só nós sabemos da luta que é dançar quadrilha junina, fazer esse movimento. Às vezes, a gente está na disputa e a gente se exalta no meio da competição, mas, quando a gente chega em casa, fala: "Meu Deus, eu estou brigando por quê? Aquela quadrilha passa pela mesma coisa por que eu passo". E a gente para para refletir e, no outro dia, a gente se encontra na arquibancada para se abraçar e para comemorar o resultado. E assim vem ocorrendo há muitos anos, aqui no DF.
Já participei de tantas sessões de solene, Senador, que eu fico pensando: o que eu vou falar dessa vez? Todo ano a gente tem que se reinventar, para não falar a mesma coisa. E dessa vez eu pensei: eu vou falar do amor - do amor que a gente carrega aqui dentro do peito. E a gente pensa assim: é loucura o que eu estou fazendo, chegar em casa 4h, 5h da manhã, tomar um banho e ir trabalhar. Isso na quinta, tá? Aí na sexta, sábado, domingo, da mesma forma. E aí chega ao espetáculo, Senadora, você fala assim: "Nossa, que quadrilha linda. Essa quadrilha está bonita". Mas só Deus e o nosso coração sabem o que passamos para estar ali. O público que está lá aplaudindo não tem nem noção do que aconteceu.
É esse amor que motiva a gente a estar aqui à frente. Tenho certeza de que motiva os diretores que ficam aqui, os diretores de quadrilha, tantas personalidades que eu estou olhando aqui, a colega da Êta Lasquêra. Quantos anos a gente está ali na luta, na frente, sendo referência para muitos que estão chegando? É esse amor que mantém a gente ficar na quadrilha. É esse amor que faz com que nós cuidemos um do outro naquele momento de crise, naquele momento em que um não tem condições nem de comer uma canjica - viu, Senadora? -, porque acontece, não tem condições de comer uma canjica no "arraiá" em que foi dançar, porque, com todo o dinheiro que tinha, já se fez rifa, bingo, tudo o que tinha para fazer; não tem dinheiro para comer, mas vai dançar com amor, entrega tudo que tem. E aí o colega do lado olha e fala: "Não, vamos dividir aqui o meu cachorro-quente", e isso acontece no Brasil todo - no Brasil todo! -, mas não deixamos de transbordar o nosso amor quando estamos dentro do "arraiá".
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Vocês são incríveis - incríveis! Especialmente para a Linq-DFE, este ano assisti à primeira etapa da Liga, não tive oportunidade de assistir às outras federações, mas eu sempre passo o olho ali no YouTube, nos stories de grandes amigos que eu tenho aqui, que estão em outras entidades, mas na Liga, quando eu entrei este ano para assistir à primeira etapa, eu falei: rapaz, eu achei que não poderia subir o nível e aumentar o patamar. E aí os quadrilheiros mostram para a gente que são capazes de aumentar, de ir além daquela entrega que foi feita no ano passado. E aí eu falei: caramba, por que a gente não tem esse reconhecimento, de fato? Por que a gente ainda está estagnado? É uma luta.
A gente tem poucas pessoas no DF que compram essa briga, sabe? O Senador Izalci é uma dessas pessoas que luta, mesmo antes de estar aqui no Senado, sempre esteve ao lado do movimento junino - sempre! Entre as crises do próprio movimento, ele nunca nos desamparou. Sem saber de cor, raça, enfim, ele estava ali do lado. Nunca largou a mão. E, hoje, eu venho aqui, de coração, agradecer por tudo o que o senhor tem feito e faz por esse movimento. São poucas as pessoas: nós temos milhares de autoridades pelo Brasil, mas são poucas, poucas as que reconhecem, de fato, esse movimento junino.
Senadora, é o maior movimento cultural do país. E eu falo: nós temos o Carnaval, que é considerado o maior, mas o Carnaval é naquele período. Nós temos as pessoas de barracão, nós temos as pessoas da comunidade, que estão o ano todo fazendo, mas as quadrilhas, por tempo, por quantidade, no Brasil, é maior, porque são mais de 11 meses ensaiando, se dedicando; e, em 11 meses, não é só a diretoria, é a quadrilha completa ensaiando. Então, em número, quantidade de tempo, de disposição, disponibilidade, fazendo cultura popular, o movimento junino é o maior - é o maior! E são poucas as pessoas que reconhecem, de fato, isso.
Então, toda vez que o Izalci traz para cá, para esta sessão - que tem que ser uma provocação, de fato, para que as autoridades possam entender a grandiosidade que é esse movimento -, o que é esse projeto movimento junino, que é um projeto não só da dança, mas é do social, é da educação, porque está tudo interligado. Aqui são pessoas que cuidam, que viram professores, orientadores da vida daquele que está chegando agora, que nos tem como espelho. Então, nesta sessão, para o Brasil todo que está aqui, eu não posso deixar também de agradecer a todos os quadrilheiros do Brasil e parabenizá-los, porque a luta que nós temos no DF é a mesma no país todo, não é?
E, por fim, quero dizer que hoje neste dia, estamos correndo, e convido a todos... Nós estamos com a nossa segunda etapa em Sobradinho, segunda etapa da Liga. Acho que a União também tem etapa neste final de semana em São Sebastião, não é isso? A terceira, não é? Que possa prestigiar, Senadora, tirar um tempinho. O Izalci eu sei que vai estar por lá, porque ele sempre tira um tempo na agenda para acompanhar. Mas que possa ir lá, Senadora, para conhecer a raiz ali dentro, aquela emoção nos bastidores, aquele espaço, desde a concentração até o resultado! Para finalizar a minha fala, aos meus queridos que sempre me transmitem esse carinho, aos quadrilheiros da Linq-DFE muito obrigado por tudo.
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Feliz Dia do Quadrilheiro!
Uma boa temporada para todos. Aqui no DF só está começando a temporada: acho que na Liga é a segunda, a terceira; e na Federação vai ser a terceira também. Está começando a festividade. É isso.
Muito obrigado. (Palmas.)
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Eu vou registrar aqui a presença de algumas quadrilhas que mandaram seus representantes.
Quadrilha Xem Nhem Nhem. Cadê?
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Obrigado.
Quadrilha Sanfona Lascada.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Obrigado.
Quadrilha Sabugo de Milho.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Quadrilha Ribuliço.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Quadrilha Junina Oxente Vixe.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Vai Mas Não Vai.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Triscou Queimou.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Tico Tico no Fubá.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Segue o Fogo.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Si Bobiá a Gente Pimba.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Saca Rolha.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Santo Afonso.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Pinga em Mim.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Rasga o Fole.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Elite do Cerrado.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Os Caboclos do Sertão.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Filhos do Sol.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Arraiá dos Matutos.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Muito bem.
Caipirada.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Caipirada. São caipiras.
Coisas da Roça.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Êta Lasquêra.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Formiga da Roça.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Xamegar.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Chinelo de Couro.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Vira & Mexe.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Mala Véia. (Pausa.)
Cadê a Mala Véia? Levante um só para falar que tem Mala Véia - deve estar chegando.
Pula Fogueira.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Aparecida.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Chapéu de Palha.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Xodó do Cerrado.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Muito bem.
Chapéu de Palha.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Quero registrar também a presença aqui do nosso querido Samuel, do Correio Braziliense.
Por falar nisso, Damares, para você tomar conhecimento, a primeira sessão solene que fiz aqui foi no Congresso, lá na Câmara.
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Enviaram vários jornalistas e televisão da Globo, da Record, da Band, mas vieram no sentido pejorativo, porque, no Congresso Nacional, no mês de junho, uma sessão de quadrilhas... A turma veio, mas, quando viram a apresentação, foi um show. Você se lembra - não é, Márcio? - disso aí.
Então, quero agradecer ao Correio e a todos agora, porque, daqui para frente, a gente percebe o quanto eles estão valorizando e prestigiando o movimento de quadrilha junina.
Antes de passar para os demais, eu vou convidar a todos a prestigiar a apresentação musical do Trio Luizão do Forró. Nós vamos ouvir as canções Anunciação, que é uma composição de Alceu Valença; Feira de Mangaio, que é uma composição de Clara Nunes e Sivuca; e Assum Preto, de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga.
Trio Luizão do Forró.
(Procede-se à execução da música Anunciação.) (Palmas.)
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(Procede-se à execução da música Feira de Mangaio.) (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Muito bem.
Obrigado ao Trio.
Bem, eu convido agora o Sr. Michaell Douglas Pereira para uma apresentação de poesia de cordel.
O SR. MICHAELL DOUGLAS PEREIRA (Para discursar.) - Boa tarde a todos.
Convido vocês a escutarem a poesia que eu trago para vocês.
Quero agradecer à Edileuza pelo convite, agradecer ao Senador Izalci, agradecer a cada quadrilheiro que aqui está.
Tudo começou muitos anos atrás.
Era um sonho bem ousado de uns dançarinos de quadrilha
Que tinham o sonho danado de crescer o movimento.
E que sua dança e sua arte tivessem um investimento
E fossem reconhecidas em todo canto que há.
E esse sonho, minha gente, começou lá no Paranoá.
Com a ajuda da Edileuza,
Trabalhamos arduamente.
Até que aconteceu que,
Em prol do movimento,
O Brasília Junina nasceu.
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O Senador Izalci,
De um coração gigante,
Fez o Brasília Junina,
Um São João itinerante,
Rodou por vários lugares,
Por várias cidades passou.
A nossa arte foi vista
E assim foi reforçado
Que o movimento junino
Merece ser respeitado.
O grande Izalci Lucas
Luta pela segurança,
Saúde, educação,
Luta por todas as áreas,
Mas, no celeiro cultural,
Ele foi apadrinhado,
É um grande quadrilheiro
Então foi consagrado.
Ele não dança Arriúna,
Ele não faz marcação,
Mas luta por nossa arte
Com força, alma e coração.
Lançou o Giro Cultural,
Fenômeno para o DF,
Rodou tantas escolas,
Tanta gente assistiu,
Tanta gente se alegrou,
Avalie tantos grupos que o projeto fomentou.
A cadeia produtiva do DF se mexeu,
É costureira, bordadeira,
Serralheiro, marceneiro,
Fotógrafo, cinegrafista,
Músicos, aderecistas,
Coreógrafos, cozinheiros,
Sapateiros e tantos mais.
Tanta gente envolvida,
Tanta gente contemplada.
Esse projeto cresceu,
Teve a segunda edição,
Caminhando para a terceira.
Novidades vêm aí,
O novo Giro Cultural
Vai fazer você brilhar.
As quadrilhas do DF
Todas vão se apaixonar.
Projeto reformulado,
Pensando no quadrilheiro,
Quem é amante do São João
Dança, dança o ano inteiro.
Viva a arte e a cultura!
Vivam todos os quadrilheiros! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Concedo a palavra agora ao Sr. Robson Vilela Eiras, nosso Presidente da Federação das Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e Entorno. (Palmas.)
O SR. ROBSON VILELA EIRAS (Para discursar.) - Primeiro, eu quero...
(Manifestação da plateia.)
O SR. ROBSON VILELA EIRAS - Ô, "pessoar"!
(Manifestação da plateia.)
O SR. ROBSON VILELA EIRAS - Ô, "pessoar"!
(Manifestação da plateia.)
O SR. ROBSON VILELA EIRAS - Vou começar assim: primeiro, diante da mesa, Izalci, lembrar de um certo caminhão que andava pelas cidades num campeonato do Arimatéia, colocando um som para que possa começar toda essa festança que o Sr. José Pereira, que está ali, do lado ali, iniciou lá atrás. E aquele cabra que está lá atrás, lá, chamado Claudeci Martins...
(Manifestação da plateia.)
O SR. ROBSON VILELA EIRAS - ... correu o Brasil todo para poder fazer com que esse movimento junino tivesse o caminho de pessoas que pudessem entender o que era a política pública para o movimento junino. Através dessas pessoas, Senador e Senadora, eu tive a honra de conhecer outras pessoas Brasil afora e conheci um Deputado, uma pessoa que era Defensora Pública do Estado de Roraima, que hoje é um Deputado Federal, que é o Deputado Stélio Dener - uma salva de palmas para ele... (Palmas.) ... de Roraima, quadrilheiro; quadrilheiro!
E aí eu queria fazer um apelo por questão política mesmo: faltam 20 assinaturas, Senador, para poder a gente ter uma frente parlamentar do movimento junino aqui na Câmara Federal e também no Senado para que a gente possa discutir não somente a política que já tem, mas novas políticas públicas para o movimento junino.
Por que eu falo isso, gente? Eu falo isso porque as falas dos nossos amigos que aqui estão, muitas delas foram tratando da nossa cereja do bolo, que é a dança de quadrilha junina. Mas, antes disso, como a própria Senadora disse, nós temos várias ações, temos várias coisas para realizar e, às vezes, ficamos andando de pires na mão, pedindo algumas coisas, fazendo rifa, galinhada, aquela costura que não tem o que fazer.
Então, a gente precisa muito dessas políticas públicas atacadas no movimento junino de uma maneira maior.
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Aí, Senador, eu sei que o senhor faz a parte do senhor, mas a gente tem necessidade de que a Câmara Federal e o Senado também pressionem o Governo, pressionem as outras coisas. como a gente pressionou aqui, no Distrito Federal. Hoje, nós temos o Distrito de Junino, onde temos etapas iguais para todo mundo, temos recurso igual para todo mundo, sem distinguir cor, raça ou gênero de quadrilha junina. (Palmas.)
Senador, isso tudo vem desde o Distrito Junino, que o senhor colocou, vem desde uma política pública que muitos aqui, como o Tio Zé Pereira, o Claudeci, o Tatu e outros que fazem esse movimento junino lá atrás, começaram. E a gente só tá continuando, Edileuza, junto com você, a fazer o que é, de fato, o movimento junino do Brasil.
E aí, eu queria só destacar aqui uma situação, porque as pessoas acham que... Vou destacar, também a Senadora Leila, que também está nos ajudando em outra situação. A Federação de Quadrilhas Juninas hoje, dentro das nossas políticas, a gente está conseguindo mandar, Senador, duas, três quadrilhas para Tocantins, uma quadrilha está indo para Campina Grande, e outras quadrilhas estão indo agora para outros estados brasileiros representar o Distrito Federal em projetos fora daqui. Isso já é um grande ganho para o movimento junino do Brasil e de Brasília.
Só que tem mais, Senador: nós conseguimos agora, juntamente com recursos públicos oriundos do Governo, por que o senhor lutou lá atrás, com o Distrito, com o Brasília Junina, e a gente recebeu um cachê - não é, gente? - pequeno, de R$6 mil, que está dando, no total, R$24 mil, e a gente conseguiu mais um pouco.
Então, as quadrilhas da Federação Junina, hoje, estão conseguindo, no final, o cachê de R$50 - a gente está conseguindo. (Palmas.)
É pouco? É pouco, mas eu acho que, com a política pública chegando mais, cada vez mais, vai ser mais forte.
Então, eu só queria mesmo destacar essas coisas, dizer que a Federação de Quadrilhas Juninas, às vezes, é uma é uma federação nova? É uma federação nova, sim, mas ela sabe respeitar, de fato e de direito, aqueles que, lá atrás, fizeram o movimento junino do Brasil e de Brasília.
Obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Muito bem!
Concedo a palavra agora ao Sr. Marques Célio Rodrigues de Almeida, que é o Presidente da Asforró. (Palmas.)
O SR. MARQUES CÉLIO RODRIGUES DE ALMEIDA (Para discursar.) - Boa tarde a todos e a todas. Eu queria, nas pessoas do Senador Izalci Lucas e da Senadora Damares, cumprimentar todos da mesa e transmitir a vocês um abraço. Nós estamos aqui para celebrar um dia tão importante.
Importante por quê? Porque, de tantos que já passaram por aqui e falaram, conseguimos identificar, na fala de cada um, o trabalho e a importância que tem o desenvolvimento da cultura nordestina aqui, no Distrito Federal. E por que não no Brasil? Assim como as quadrilhas começaram fazendo aquela coisa com dificuldade, começando cada um a produzir do seu jeito, da sua forma, com a sua comunidade, conseguimos dar um passo bem adiante. Hoje, as federações, as associações e a liga, todas conseguiram levar esse cenário para o Brasil todo.
Mas graças ao apoio daqueles que conseguiram enxergar o que é a cultura nordestina, o que é uma cultura que traz frutos, que traz dignidade, que traz caminhos para que os jovens possam mudar de veredas, não é? Muitos deles, às vezes, caminham numa vereda e não têm muita opção de sair. Com a participação integrada e aquele entusiasmo que a comunidade vai construindo entre uns e outros, ele consegue sair daquela vereda e construir, realmente, um mundo que nós conhecemos, o mundo do nosso Brasil, que é a nossa cultura, que é tão rica, e nisso eu incluo meu forró, o nosso forró, criado por Luiz Gonzaga, que é um dos criadores das músicas principais das quadrilhas. Todos sabem disso, não é? Não existe...
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Eu já fiquei muito feliz quando eu vi a camisa do... Como é que é o nome dele? Anivaldo, que era do Gonzagão... Josivaldo. Desculpem-me. É porque eu estou emocionado, mas é isso mesmo.
Gonzagão é o símbolo do nosso país, não só do Nordeste. Nós estamos aqui no Distrito Federal e sabemos. E nós somos defensores da bandeira dele, com o nosso forró. São 52 trios de forró filiados à Associação dos Forrozeiros, com sede em Ceilândia, cidade que muitos acham que só tem coisas que não devem ser faladas. Não, Ceilândia é o berço da cultura nordestina, é o berço da dignidade de quem quer realmente explorar isso que nós estamos falando da nossa cultura. A vocês, parabéns por esse entusiasmo, parabéns por essa vida aguerrida que vocês fazem, porque não é brincadeira, não é fácil! Eu sei como é que funciona.
E nós do forró sabemos também da importância que é nós tocarmos o nosso forrozinho e vocês dançarem a quadrilha, sempre com as músicas que nós temos em nosso repertório.
Parabéns e vamos à luta! Com certeza, a cada passo que nós dermos, mostrando às autoridades do nosso país, mostrando aos eleitos, para que possam desenvolver ou criar políticas públicas, assim como o Fusca falou, de uma frente parlamentar... Isso é necessário na Câmara Federal ou no Senado - é necessário. Por quê? Porque nós temos que ter voz, e a nossa voz é construída através do voto. Se nós conseguirmos botar o Parlamentar lá dentro, por que é que ele não vai falar nossa língua? Por que é que ele não vai falar com a nossa voz, não é?
Nós só estamos pedindo o simples: ajudem-nos a caminhar com dignidade.
Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Concedo a palavra agora ao Sr. Patrese Ricardo da Silva Mendes, Presidente do projeto Giro Cultural, do Distrito Federal.
O SR. PATRESE RICARDO DA SILVA MENDES (Para discursar.) - Pessoal, boa tarde.
Todo mundo vai vir aqui para agradecer a essa mesa belíssima, a todos os participantes, e não seria diferente também na minha fala. Quero agradecer a todo mundo, agradecer a todo mundo que acredita no movimento junino.
A Senadora Damares... Ainda tem espaço - viu, Senadora? - para você vir. O fardo é muito grande somente para o Izalci.
Primeiro, além de agradecer a todo mundo, eu não posso deixar de citar aqui várias pessoas que são do seu gabinete que acolhem, que atendem e que abraçam o movimento junino, em especial aqui a nossa amiga Edileuza - cadê a Edileuza? -, que nos defende... (Palmas.)
... acredita no movimento junino, conhece as nossas dificuldades, conhece as nossas perspectivas, e seria diferente se ela não estivesse com o Izalci. Tinha que ser com o Izalci, não é?
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O Izalci, nosso Parlamentar, ao longo de todo esse período de movimento junino aqui no DF, foi o Parlamentar que mais colocou recurso dentro do movimento junino, de forma transparente, sem atravessadores, sem pessoas querendo atravessar o movimento, sendo sempre imparcial, acreditando nos grupos, nos movimentos, independente de esferas federativas. Então, a gente tem que ressaltar essa importância, a gente tem que frisar isso, pois ele foi o Parlamentar que mais colocou investimento e recurso.
Nós sabemos ainda, Izalci, que o recurso ainda é pouco, como alguns colegas falaram aqui, mas esse pouco você não tem noção do quanto ajuda.
Tivemos agora o segundo projeto Giro Cultural, que foi um sucesso e que estamos encerrando amanhã na escola da cidade-satélite de São Sebastião. E venho trazer boas notícias. Hoje, também tivemos a prestação de contas aprovada do primeiro projeto Giro Cultural. Isso mostra a capacidade que o Grêmio Recreativo Arraiá Formiga da Roça tem em realizar projeto ao longo desses sete anos para o movimento junino. E quero, de antemão, anunciar também que, esta semana, a equipe do Giro Cultural, que não mede esforços - toda a equipe de recursos humanos não mede esforços -, conseguiu fazer com a terceira edição pudesse acontecer. E essa terceira edição - nós queremos anunciar aqui hoje, Senador - vem de uma forma diferenciada e, mais uma vez, significativa. É a terceira edição do projeto Giro Cultural com emenda do senhor, que vai suprir uma parcela das nossas necessidades, além do movimento também dos forrozeiros junto à Asforró, do nosso amigo Marques. Isso vai desencadear um recurso que vai movimentar a cadeia produtiva, que vai movimentar as nossas costuras, as nossas vestimentas, as nossas despesas internas dentro do grupo. Então, hoje, eu vim aqui trazer notícias positivas: prestação de contas da primeira edição, finalização da segunda edição e aprovação da terceira edição, que já vai começar agora no início do ano que vem. Isso seria diferente sem o apoio de todo mundo que acredita no projeto, que acredita no senhor, que acredita no seu trabalho e que acredita que é possível fazer mais, que é possível fazer essa diferença.
Entra governo e sai governo, entra Deputado e sai Deputado, o senhor está aqui sempre de mãos juntas com o movimento junino, sempre abraçando, sempre acreditando que é possível fazer mais. E a cada ano o senhor vai criando maiores expectativas. É por isto que esse movimento até hoje não acabou: pela sua credibilidade, pela sua confiança e por você abraçar o movimento junino. Eu costumo dizer, Senador, que um povo sem cultura é um povo sem identidade, e o senhor consegue manter essa identidade viva no Distrito Federal. Então, muito obrigado por todo o apoio que o senhor dá ao movimento junino.
Obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Obrigado, Patrese.
Concedo a palavra agora ao nosso querido Sr. José Pereira, Presidente de Honra da Confederação Brasileira de Entidades de Quadrilhas Juninas (Confebraq), Cidadão Honorário de Brasília e criador da Confebraq. (Palmas.) (Pausa.)
O SR. JOSÉ PEREIRA DA SILVA (Para discursar.) - Boa tarde a todos.
(Manifestação da plateia.)
O SR. JOSÉ PEREIRA DA SILVA - Lamento muito, lamento muito... Meus quadrilheiros não almoçaram hoje.
Boa tarde!
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(Manifestação da plateia.)
O SR. JOSÉ PEREIRA DA SILVA - Aí, valeu! Todo mundo acordou. Todo mundo estava dormindo, pensando na próxima etapa.
Eu quero agradecer à mesa aqui, a toda a diretoria da Linq-DFE, da Federação de Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e Entorno, ao Júnior, da União Junina - a toda a diretoria também eu estou agradecendo. Quero agradecer à Edileuza e em especial ao nosso grande Presidente, que é quem faz com que a gente continue nessa luta, nessa batalha tão grande que é a quadrilha junina, o Senador Izalci Lucas. Muito obrigado, Senador, pela atenção, pela consideração, pelo respeito que o senhor tem a todos nós.
Eu queria iniciar perguntando a todas as quadrilhas quem é que está precisando de noivo e noiva, para a gente poder ajudar também, não é? Porque nós temos dois candidatos aqui: o Senador Izalci e a Senadora Damares, não é? (Risos.)
Então, são candidatos a noivos. E qual é a quadrilha que não quer um casal de noivos desses, não é? Quem não quer levanta a mão aí para eu ver. Quem não quer, não é?
Então, quero agradecer à Edileuza e bater palmas aqui, gente, todo mundo, para a Edileuza, essa grande guerreira. (Palmas.)
Eu queria também pedir palmas para vocês para um grupo, porque, sem ele, não existe quadrilha. É o trio de forró. Parabéns aos trios de forró! (Palmas.)
Vocês merecem toda a nossa consideração, porque sem música nós não dançamos, nós não temos quadrilha.
Eu sei muito bem que aqui tem mais guerreiro, pessoa que eu respeito muito também, não só que está aqui na mesa, o Sr. Claudeci Martins. Palmas para o Claudeci, porque é um ícone da cultura nordestina. (Palmas.)
Esse homem já desbravou o mundo ao meu lado. Não fui só eu que fui desbravar o Brasil e talvez - quem sabe? - o exterior, para poder hoje ter o conceito que temos. Brasília hoje é referência nacional, mas para isso nós tivemos que correr muito, entendeu? Hoje, todo mundo quer a Liga, todo mundo quer a Federação, todo mundo quer a União, todo mundo quer a Confebraq, todo mundo quer... Gente, nós começamos com os pés lá dentro da lama, para poder ter hoje o conceito que temos de quadrilha, a referência que temos de nossas entidades, entendeu? Porque nossas entidades de Brasília, por incrível que pareça... Apesar de que, na primeira vez em que nós chegamos ao Nordeste - não é, Claudeci? -, ninguém sabia que Brasília tinha quadrilha junina. Ficaram até admirados pelo que era a quadrilha junina em Brasília.
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Então, hoje eu só quero parabenizar a vocês, quadrilheiros, pelo dia de vocês, o Dia Nacional do Quadrilheiro Junino e o Dia do Quadrilheiro em Brasília - 1º de junho é em Brasília. É projeto aprovado, etc. E dia 27 de junho é nacional, entendeu? Então, parabéns ao Senador, que sempre se lembra dessa data e nos dá essa condição de trazer essa lindeza aqui, todo mundo reunido aqui na... Sei que não estão todos, mas o que tem aqui já agrada muito. Meus parabéns para vocês, viu?
E eu quero que, de pé, vocês batam palmas para o Senador Izalci, de pé, porque é um homem... (Palmas.)
(Manifestação da plateia.)
O SR. JOSÉ PEREIRA DA SILVA - Meus parabéns, Senador! O senhor merece, viu? Isso aqui é pouco que estamos fazendo pelo que o senhor faz por nós, entendeu? Então, é um pouquinho, apenas para o senhor saber que a gente também não se esquece do senhor, em qualquer momento, nós não nos esquecemos do senhor, nós lutamos juntos, ombro a ombro. E parabéns a toda a sua diretoria também, a todos os que o carregam - não é? -, porque não é só o senhor; o senhor sozinho não vai a lugar nenhum, mas a todos que compõem o seu governo aqui dentro, porque é um Senador da República. Então, nós temos que ter muita gratidão por um homem que é Senador da República. A responsabilidade dele não é só no DF, não é só pelas quadrilhas, é pelo Brasil inteiro. Então, temos que agradecer muito a uma pessoa que abraça a nossa ideia.
Claudeci, meu abraço, negão! Saiba que nós estamos juntos também. (Palmas.)
Márcio, meu abraço! Nós estamos juntos.
Júnior, o meu abraço, saiba que nós estamos juntos.
E tem um "formiguinha da roça" ali, chamado Patrese, e eu tenho que também dar um abraço nele.
A você... Esqueci... É Márcio também, não é?
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. JOSÉ PEREIRA DA SILVA - Marques. Meus parabéns, Marques, pelo forró que você segura na capital federal, trazendo o Nordeste para dentro do "arraiá"! Meus parabéns também! (Palmas.)
E a vocês só quero agradecer, a todos vocês, em especial aqui, ó... Eu quero... Desculpem-me, eu amo todas as quadrilhas, mas em especial quero agradecer à Pimba, que também me abraçou muito. (Palmas.)
O.k.? Todos... Meus parabéns a todos.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Obrigado, Zé.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Eu quero convidar o Claudeci para compor a mesa aqui, porque nós vamos fazer uma apresentação agora. Gostaria que você viesse também aqui para a mesa, você, que foi muito importante também para o movimento junino. Venha cá, Claudeci. (Palmas.)
Bem, neste momento, eu convido todos a prestigiarem a apresentação da quadrilha Formiga da Roça. (Palmas.)
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O SR. FRANCISCO LUCIANO DA SILVA - Boa tarde a todos.
(Manifestação da plateia.)
O SR. FRANCISCO LUCIANO DA SILVA - Senador, boa tarde. Boa tarde a todos da mesa.
Acho que o Júnior, Seu Zé, estava falando de nós dois, quando disse que tem quadrilheiro de 60 anos ali. Acho que era de nós dois.
Antes de a gente começar, eu gostaria de parabenizar todos os quadrilheiros aqui presentes e dizer, Senador, que nós quadrilheiros temos uma dívida com o senhor. Temos uma dívida com o senhor, porque eu já falei isto para o senhor e vou repetir aqui para todos ouvirem: existe um movimento junino antes do senhor e um depois do senhor. Então, eu venho aqui, em nome de todos os quadrilheiros, firmar esse compromisso com o senhor e falar que a gente tem uma dívida com a sua pessoa.
Muito obrigado por fazer parte do movimento junino do Distrito Federal e do Entorno.
(Procede-se à apresentação artística.)
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O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Batam palmas para eles, não é? Muito bacana. Parabéns! (Palmas.)
Eu convido agora as Sras. Maria Eduarda, da Quadrilha Ribuliço, e Jéssica, da Quadrilha Saca Rolha, para a leitura de um texto.
Não conheço o texto, viu?
A SRA. JÉSSICA LEITE - Boa tarde!
Peço licença para, em nome do movimento junino de Brasília e entorno, fazer essa homenagem.
Seu nome é Edileuza Campos Pereira Claro, este é o nome de batismo, mas aqui em Brasília, ela é conhecida como a madrinha dos quadrilheiros juninos. Sim, os quadrilheiros juninos, que levam esta arte maravilhosa para os quatro cantos do Brasil e do nosso Distrito Federal.
Ela é nossa madrinha há muitos anos, especialmente quando, de certo modo, ficamos invisibilizados por boa parte dos gestores e Parlamentares. Foi o momento em que ela nos agraciou com a oportunidade de caminhar junto com o nosso Senador, à época Deputado.
Ao nosso ilustre Senador Izalci as nossas mais sinceras manifestações de agradecimento, reconhecimento e gratidão, não só pelos recursos dados todos os anos, mas, especialmente, pelo respeito e carinho.
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Foi a partir da entrada do Senador ao movimento que tudo começou a mudar, sobretudo a nossa existência de fato e de direito; nos livrou dos atravessadores que levam boa parte dos nossos recursos.
Com o surgimento do Brasília Junina, nossa caminhada deu um giro espetacular.
Edileuza atua fortemente com o Senador Izalci, para que possamos ter fomentos para nos apresentar em festividades e também ensinar para as novas gerações o significado de uma quadrilha junina, essa dança folclórica que aquece o coração do povo brasileiro nos períodos juninos, contando histórias de personagens importantes. (Palmas.)
A SRA. MARIA EDUARDA SOARES BATISTA - Boa tarde! Boa tarde a todos.
Nossa amiga Edileuza Campos abraçou a causa desde que seu filho era pequenininho. E, de lá para cá, com seu apoio irrestrito, o movimento junino de Brasília e entorno ganhou força e hoje somos um dos movimentos mais premiados e respeitados Brasil afora. E é claro que este empenho e dedicação nasceu no coração dela, vivenciando e acompanhando as dificuldades, mas principalmente a dedicação e amor que temos pelo São João.
O fole da sanfona a faz vibrar, o colorido das roupas lhe faz brilhar os olhos, por todo amor dos quadrilheiros e, principalmente, pelas orações que oferecemos aos santos juninos e à Nossa Senhora Aparecida, nossa padroeira.
Edileuza, nossa fiel escudeira, investiu seu tempo e aprimorou seu conhecimento, competência e articulação para referendar nosso movimento junino, que alegra os corações dos brasilienses, candangos e visitantes da nossa capital.
Graças a Edileuza Campos Pereira, temos a oportunidade de receber honrarias por um Senador da República, Izalci Lucas, o senhor educação que sempre soube presar pela tríplice aliança: educação, cultura e tecnologia. Sim, nós quadrilheiros seguimos estes três motes, pois sabemos que somente a cultura de um país pode formar cidadãos e ensinar a preservar nossas memórias.
Nesta data tão relevante, agradecemos à nossa amiga e irmã Edileuza por nos defender por tantos anos nesta Casa de democracia e nos proporcionar divulgar nossa arte e dança no Salão Azul do Senado Federal. Agradecemos sua dedicação, carinho, empenho e muito amor.
Edileuza, gratidão por manter a nossa cultura viva, gratidão por nos abençoar! Muito obrigada por tudo!
Obrigada, quadrilheiros juninos do Brasil. (Palmas.)
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Obrigado, Maria Eduarda. Obrigado, Jéssica.
Quero também, de uma forma especial, agradecer - ele não pôde vir aqui - ao meu amigo Jamal, que é o Presidente da Fibra, que sempre nos atendeu, inclusive nas disputas de campeonatos fora de Brasília. Ele sempre se foi muito gentil.
Ah, deixa eu receber aqui... (Pausa.)
Muito lindo.
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Então, agradeço ao Jamal, Presidente da Fibra, que sempre nos ajudou, não é? (Palmas.)
Eu me lembro muito bem de, em 1997 ainda, muitos aqui nem participavam ainda da quadrilha junina, quando nós começamos a assistir, eu tinha um trio elétrico em 1997, que a gente cedia lá no Arimateia, lá em Taguatinga, na QNF. Depois também lá no Senai, lá em Taguatinga, havia muitos torneios, muita festa. E, de lá para cá, a gente vem acompanhando. E a gente, durante muito tempo, vendo as muitas dificuldades de vocês: vendendo água, vendendo coisas no sinal, fazendo feijoada, fazendo isso, muitas dificuldades. Inclusive muitos aqui ensaiando na rua, sem ter espaço nas escolas, nas quadras, com muita dificuldade.
Então, a gente agradece, agora também, às escolas por terem acatado essas demandas, e nós pedimos várias vezes, para que vocês pudessem fazer o ensaio, dentro das escolas, nas quadras. E fico muito feliz também em poder contribuir. São mais de 50 grupos hoje aqui de quadrilhas juninas, e a gente fica muito feliz por ter contribuído com o avanço, com a manutenção dessa cultura tão importante para Brasília e para o Brasil.
Eu quero agradecer a cada um de vocês, por, na sexta-feira, estarem aqui nesta sessão. É uma sessão que está sendo transmitida para o Brasil todo. Eu tenho falado com todos os Senadores sobre a importância de se apoiar o movimento junino nos seus estados, e todos eles têm... Em todos os estados. Em alguns está realmente começando... E outros mais tradicionais, como a Paraíba, em que o Congresso para, inclusive, para que eles possam ir lá em Campina Grande.
Nós tivemos lá um vice-campeão aqui de Brasília, lá em Campina Grande, e também campeão lá no Pará. Então, parabéns a cada um de vocês. Contem sempre comigo, e eu quero aqui agradecer a Deus por esta oportunidade e também a cada um de vocês pela presença.
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - A Sabugo de Milho... A noiva foi campeã também, lá em Campina Grande. Parabéns. Cadê a noiva? Está aí, não? (Pausa.)
Não? Manda um abraço para ela. Isso é muito importante.
Gente, então, cumprida a finalidade desta sessão especial, aqui do Senado, eu agradeço a todos pela presença e declaro encerrada esta sessão solene.
(Levanta-se a sessão às 16 horas e 37 minutos.)