2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
57ª LEGISLATURA
Em 1º de julho de 2024
(segunda-feira)
Às 10 horas
91ª SESSÃO
(Sessão Especial)

Oradores
Horário

Texto com revisão

R
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF. Fala da Presidência.) - Declaro aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos.
A presente sessão especial foi convocada em atendimento ao Requerimento nº 56, de 2024, de minha autoria, da Senadora Leila, da Senadora Damares e de outros Senadores, aprovado pelo Plenário do Senado Federal.
A sessão é destinada a celebrar os 168 anos do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.
Convido, para compor a mesa desta sessão especial, a Senadora Damares Alves. (Palmas.)
Convido também o Sr. Coronel Sandro Gomes Santos da Silva, Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. (Palmas.)
R
Convido também o Sr. Subcomandante-Geral, Coronel Moisés Alves Barcelos. (Palmas.)
Convido também o Sr. Coronel Bilmar Angelis de Almeida, Secretário-Executivo de Gestão Integrada da Secretaria de Segurança Pública aqui do Distrito Federal. (Palmas.)
Convido também o Sr. Procurador Georges Seigneur, nosso Procurador-Geral do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. (Palmas.)
Convido a todos para, em posição de respeito, acompanharmos o Hino Nacional, que será interpretado pela Banda de Música do Corpo de Bombeiro Militar do Distrito Federal.
Obrigado.
(Procede-se à execução do Hino Nacional.)
R
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF. Para discursar - Presidente.) - Quero cumprimentar aqui os meus componentes da mesa.
Nós estamos aqui hoje, nesta Casa de Leis, para comemorar o Dia do Bombeiro Militar, que será celebrado amanhã, dia 2 de julho.
São 168 anos desta corporação que é a instituição mais confiável do país. Isso se comprova com as pesquisas, que, há pelo menos 20% anos, dizem que 80% da população consideram o corpo de bombeiros a instituição em que mais confiam no Brasil.
As crianças, senhoras e senhores, adoram. E as crianças sabem o que é bom: é o sentimento, a percepção e o amor no coração. As crianças sabem que os nossos bombeiros estão na segurança contra o incêndio, no salvamento de pessoas, no programa de aleitamento materno e têm, pelo trabalho, a confiança e o respeito da população. Por isso, são os heróis das crianças. Basta ver que há tempos bombeiros e seus caminhões são os brinquedos mais procurados nas lojas para crianças. É aquele caminhão de bombeiros com os nossos soldados que apagam o fogo, salvam e dão a paz. São eles nossos soldados que lutam contra o fogo e a morte em todos os perigos dessa vida. São nossos heróis, sem dúvida alguma.
R
Vou repetir aqui porque nunca me esqueci. Um dia, eu voltei no tempo, por uma pergunta que fiz a um garoto em alguma cidade aqui do Distrito Federal que eu estava visitando. O garoto estava com o caminhãozinho de bombeiro na mão e eu lhe perguntei o que queria ser na vida, quando crescesse. E ele imediatamente me respondeu: "Bombeiro." E eu lhe perguntei: "Por que você quer ser bombeiro?" E ele me respondeu: "Você não quer?". Aquilo me levou à minha infância e me veio à mente que, em algum momento, eu também quis ser bombeiro; eu tinha o caminhão e os tinha como heróis. Hoje, aqui nesta Casa de Leis, digo que está difícil ser bombeiro, quando o que existe é o fogo, a tragédia e a falta de trazer a paz.
As instituições que nos representam, nos três Poderes da República, sabem como fazer para apagar o fogo, para salvar vidas e trazer a paz nas cidades e nas famílias. Aqui temos uma tragédia diária que nada tem a ver com esses que ora homenageamos, mas com aqueles que têm o poder e o fazer por um país mais próspero com toda a nossa riqueza que temos, mas infelizmente não o fazem. Além disso, agora não mais nos permitem que falemos com liberdade. Estamos cerceados, proibidos; e, o pior, acabaram de dar aos criminosos o poder das drogas.
Aos nossos bombeiros digo que terão muito mais trabalho, já que o crime e as drogas foram liberados pelo Supremo Tribunal Federal, que hoje dita todas as regras do país. E o que há de se fazer para alimentar, salvar e trazer a paz, quando o nosso Governo mente, gasta o que não pode, se corrompe em licitações espúrias e nem sequer faz o que deveria para ajudar um estado próspero, vítima de tragédias, como a que ocorreu no Rio Grande do Sul? Cabe, ao final, aos nossos bombeiros, mal pagos, mal assistidos e mal remunerados, ajudar a nos salvar - e aos nossos irmãos - da tragédia à que estamos postos pelo descaso daqueles que deveriam nos apoiar, fazer e garantir pelo menos o lugar de existir.
Senhoras e senhores, sei que minha fala deveria ser mais de aplauso do que de carência, mas sei dessa categoria e a acompanho com o seu trabalho excepcional, sei e acompanho suas dores e seus desassossegos para fazer o trabalho a que se propõe. Os nossos soldados bombeiros fazem muito, muito mais do que poderiam fazer nas tragédias diárias dessa vida.
Senhoras e senhores, o bombeiro é, de fato, o nosso herói, porque salva do fogo, dos perigos e da tempestade, nos salva da morte e nos proporciona viver. Cada dia é um novo desafio. A cada dia não se sabe o que os nossos bombeiros vão encontrar pela frente. Todas as crianças querem ser heróis. É pena que, quando se tornam adultas, muitas se esquecem dos exemplos e da luta desses nossos salvadores. Gostei que ele me lembrasse dessa vontade e nunca mais me esqueci desse momento e dessa hora. Eu me lembro até hoje de mim pensando o quanto aquela pergunta me colocou nos prumos dessa vida para fazer e lutar.
R
Cada vez que tem uma contenda, uma batalha a tocar, eu lembro daquela carinha me olhando e perguntando se eu queria ser bombeiro.
Meus senhores e minhas senhoras, a missão de salvar vidas, exercida com excelência por esses profissionais, precisa de reconhecimento, de valorização à altura do desafio que eles assumem diariamente.
Por isso, desde que vim para o Congresso Nacional, primeiro, na Câmara dos Deputados e, depois, aqui no Senado, tenho trabalhado para que esse reconhecimento seja feito com a justiça que merecem os nossos bombeiros.
É preciso promover e dar aos nossos policiais bombeiros aquilo a que têm direito.
Embora tenhamos lutado, ainda não acho que essa luta foi suficiente para que a gente reconheça o trabalho e as ações de nossos soldados bombeiros. Mas temos que continuar e dar mais atenção não só aqui nesta Casa de leis, mas, sobretudo, no Executivo e no Judiciário, que completam os nossos três Poderes.
Para finalizar, vou repetir aqui uma frase de Santa Teresa d'Ávila, que diz: "o Senhor não olha tanto a grandeza das nossas obras, olha mais o amor com que elas são feitas".
São vocês, bombeiros e bombeiras, que fazem de sua missão de salvar uma missão de amor, uma missão bem-feita.
Parabéns a vocês! (Palmas.)
Neste momento, eu solicito à Secretaria-Geral da Mesa a exibição do vídeo com o discurso da Senadora Leila Barros.
A SRA. LEILA BARROS (Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF. Para discursar. Por vídeo.) - Olá, amigas e amigos do nosso Corpo de Bombeiros Militar aqui do Distrito Federal.
Gostaria muito de estar com vocês, nesta sessão especial que comemora os 168 anos da corporação, mas, infelizmente, eu estarei representando o Senado Federal, como Líder da Bancada Feminina no Senado Federal, no evento P20, que é o encontro de parlamentares do G20 que vai acontecer em novembro deste ano, no Rio de Janeiro.
Não poderia deixar de, neste vídeo, manifestar a minha absoluta confiança e o orgulho pelo trabalho da corporação. Nestes tempos de muito individualismo, de muita polarização, a gente vê essa aguerrida corporação trabalhando em prol da nossa sociedade brasiliense.
Parabenizo todos vocês também pela missão ao Estado do Rio Grande do Sul.
Eu estive em duas diligências para o Estado, no Vale do Taquari. Visitamos Encantado, Roca Sales, Canoas e vimos a realidade. Realmente, é uma realidade que nos impressiona.
Tenho certeza de que vocês representaram, foram um pedaço do Distrito Federal, da nossa Brasília, em solidariedade, trabalhando em prol dessas vidas e acolhendo, por todos nós, esse estado que sofreu muito com essas enchentes. E nós sabemos que a reconstrução não será a pequeno ou médio prazo, será longa.
Como Senadora da República, eu não poderia deixar de enaltecer o trabalho da corporação e de todos aqueles bombeiros militares que estiveram lá no front, no Estado do Rio Grande do Sul.
Minha gratidão, em meu nome, em nome da bancada federal do Distrito Federal, por todo o trabalho que vocês fazem em prol da nossa cidade de Brasília.
Muito obrigada. (Palmas.)
R
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Passo a palavra agora à nossa querida Senadora Damares Alves. (Pausa.)
A SRA. DAMARES ALVES (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF. Para discursar.) - Bom dia, Sr. Presidente, Senador Izalci, meu amigo, meu parceiro, meu companheiro.
Eu vou contar um segredo para vocês, bombeiros. Quando dá dia 31 de dezembro e o ano vai virando, as assessorias já começam a preparar os requerimentos de sessão de homenagem; tem que entrar antes. Eu acho que o Senador Izalci não dorme no dia 31 de dezembro. (Risos.)
A gente tenta ser o primeiro a protocolar, aí ele protocola e manda a mensagem: "Pode assinar que já está lá"; é assim que ele tem lidado com as homenagens aos nossos heróis do Distrito Federal. O Senador Izalci tem um respeito e uma admiração muito grande por todos os senhores, assim como a Senadora Leila. É difícil dizer assim: quem é o Senador do Corpo de Bombeiros do DF? Os três são apaixonados pelo Corpo de Bombeiros do DF, e é uma alegria recebê-los todos nesta manhã.
Quero cumprimentar o nosso Comandante Coronel Sandro; é uma honra! É a primeira vez que o recebemos como Comandante-Geral nesta Casa. Já estivemos juntos em algumas outras ocasiões. Seja bem-vindo, comandante! Que Deus o abençoe neste novo desafio, nessa nova fase! Estamos muito felizes pela escolha do seu nome e ainda morrendo de saudade da Comandante Mônica - e o senhor sabe porquê -, porque nós mulheres ficamos muito felizes quando tivemos uma comandante mulher, que passou e deixou a sua digital e a sua marca, mas, nos novos desafios agora, que Deus colocou em suas mãos, que o senhor seja bem-sucedido.
Nosso Subcomandante Moisés, que alegria recebê-lo aqui.
Nosso querido, meu amigo de cadeira, de mesa, já há alguns dias, Coronel Angelis, muito prazer estar recebendo-o novamente aqui.
Com o nosso querido Subprocurador-Geral, Dr. Georges, que também é um parceiro e um amigo, já estamos conversando sobre os desafios deste ano, inclusive sobre os que envolvem o Corpo de Bombeiros do DF.
Eu quero pedir permissão aos senhores para registrar a presença do Dr. Manoel, que é o meu primeiro suplente e está aqui. Ele veio também para prestar homenagem a todos os senhores. Manoel, que alegria tê-lo nesta sessão! Que Deus o abençoe! O Manoel é o Presidente do União e meu primeiro suplente, mas nós temos um mandato muito compartilhado. Então, nós estamos sempre juntos nas atividades no Senado e fora dele.
Todos os senhores, muito bem-vindos!
O que dizer? Eu acho que Izalci roubou o meu discurso quando eu ia falar de criança. E agora? O que eu vou falar? Bombeiro combina com criança, Izalci. Que mais eu posso falar? Como vocês são amados! Eu acho que essa introdução que o Senador Izalci trouxe deu o tom desta sessão hoje: gratidão, bravura, ternura. Eu ficaria muito com a palavra ternura.
Nesse momento em que o DF passou por tantos desafios, o ano de 2023 não foi fácil para o corpo de policiais militares e bombeiros do DF, foi um ano difícil para todos nós.
R
Eu estava falando sexta-feira, na sessão passada: nós começamos com desafios - nesta legislatura, não vou falar das demais, nesta legislatura -, arcabouço fiscal, retirada do nosso fundo constitucional, que afetariam diretamente os senhores lá na ponta, que afetariam diretamente a segurança pública no Distrito Federal.
Depois, a gente veio com o desafio da Lei Orgânica da Polícia Militar, Lei Orgânica da Polícia Civil. Aí a gente veio depois com o grande desafio do reajuste. Quantas batalhas, quantas batalhas.
Agora, a gente vem novamente com um outro desafio, que está posto à mesa, que é a federalização da segurança pública no Brasil. Nós vamos precisar nos sentar com os senhores, ir aos quartéis, fazer rodas de conversa, ouvi-los.
Nós - tanto eu como o Senador Izalci - temos como prática, nos nossos mandatos, não tomar nenhuma decisão sem ouvir os que estão diretamente envolvidos com ela.
A gente vai começar esse processo, agora, de trazê-los para uma conversa, de trazê-los para um diálogo sobre a federalização da segurança pública no DF, na qual os senhores estão diretamente envolvidos.
E existem outros desafios que estão postos também, que envolvem diretamente o nosso corpo de bombeiros.
A gente fala muito do herói, a gente fala muito do bravo, a gente fala muito da dedicação, mas existe uma ação de que vocês estão no dia a dia cuidando, que a gente tem falado muito pouco nesta Casa e no Brasil, e eu quero destacá-la: a saúde mental do nosso povo.
Eu tenho ido aos quartéis. Inclusive, Brasília - atenção, Brasil -, vocês que têm uma unidade do corpo de bombeiros próximo à sua casa, visitem-na. Sempre tem um cafezinho quente lá, mas falta um bolo, falta um pãozinho de queijo. Vão lá, visitem.
Às vezes a gente faz tantos discursos de agradecimento, mas a gente passa em frente a um quartel, no Dia dos Pais, e não desce para abraçar os bombeiros pais, a gente não desce para abraçar as bombeiras mães, a gente não desce para abraçá-los, no dia das crianças, porque eles estão ali cuidando de crianças, nas atividades que eles fazem e que não divulgam, nos bombeiros mirins no Brasil inteiro e aqui no Distrito Federal, nas ações assistenciais.
Eu estive, na pandemia, nos quartéis, e vi o quanto vocês fizeram pelo nosso povo aqui no Distrito Federal. Eu sei que vocês vão além do que é pedido, além da atribuição e, com certeza, muito além do salário, muitas vezes.
Nós sabemos quem são os bombeiros do Distrito Federal, mas eu queria fazer este chamamento às igrejas, às instituições, à sociedade civil: abracem mais os nossos bombeiros, visitem os quartéis.
Às vezes é uma necessidade tão pequenininha. Nesses dias eu fui a um quartel, e tudo de que eles precisavam era de uma tinta numa quadra.
Aí a gente tem que esperar uma licitação, tem que esperar um orçamento, tem que falar com o comando geral, que tem que falar com a Secretaria de Segurança.
A comunidade está ali do lado; e eles queriam pintar uma quadra para atender crianças.
Eu acho que a sociedade podia se envolver mais, estar mais com os senhores e entender as grandes missões do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.
E hoje eu quero falar sobre essa missão nobre que os senhores têm conduzido, que é o cuidado da saúde mental do nosso povo.
R
Eu sei que quando o telefone toca, quando toca o alarme, o quanto vocês se dispõem, mas sei também o que vocês encontram do outro lado.
Nesses dias, eu estive na unidade, acho que na de Itapoã - São Sebastião ou Itapoã -, nós estávamos sentados em uma roda de conversa - permitam-me falar à unidade - e nós choramos juntos. E tem sido assim quando eu vou aos quartéis: eu sento para tomar café, às vezes não tem pão de queijo, mas eu tomo café com vocês, e ouço. É nas rodas de conversas que eu tenho ouvido que o nosso povo no Distrito Federal está doente, que o nosso povo está precisando ser curado. E das rodas de conversa tenho trazido, para o Parlamento, propostas, iniciativas; das rodas de conversa tenho trazido, para o Parlamento, os desafios.
Mas eu queria encorajá-los. Eu sei que não é fácil, eu sei que não tem sido um momento fácil. Nós estamos encontrando, hoje, no nosso Distrito Federal, meninos de oito anos tentando suicídio; nós estamos encontrando, no nosso Distrito Federal, hoje, crianças se cortando; nós estamos encontrando, no nosso Distrito Federal, hoje, pessoas, em uma quantidade cada vez maior, querendo desistir da vida. Mas, quando a sirene chega perto, quando esses laranjinhas chegam perto, quando o coturno do bombeiro chega perto, quando o olhar de vocês chega perto, faz toda a diferença.
Em nome das famílias do Distrito Federal que devem a vida de seus filhos, de seus pais, de suas esposas, de seus avós a vocês, eu venho aqui dizer ao corpo de bombeiros muito obrigada. Muito obrigada a todos vocês que saem de casa cedinho, que às vezes não sabem se voltam, que se dedicam além do que é pedido. Nós temos muito orgulho do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, nós temos muito orgulho de cada um de vocês. Que Deus abençoe vocês, que Deus abençoe as famílias de vocês!
Eu tenho uma fé declarada, eu estou num estado que respeita a minha expressão de fé e é por isso que luto. E por ter essa liberdade de expressão de fé, inclusive aqui na tribuna, eu vou rogar ao meu Deus que mande um exército de anjos em volta de cada unidade do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, cuidando de quem cuida no meu DF. Que Deus abençoe vocês!
Trazê-los aqui para receberem esta homenagem é o mínimo que os três Senadores que representam o DF podem fazer. Nós os respeitamos, nós os amamos, nós precisamos dos senhores. O Distrito Federal não seria melhor sem os senhores, o Distrito Federal deve muito a cada um dos senhores. Que Deus os abençoe!
Sejam bem-vindos ao Senado Federal. (Palmas.)
R
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Bem, eu quero registrar a presença aqui do meu amigo Manoel Arruda, que é suplente da Senadora Damares e também Presidente do União Brasil - seja bem-vindo, Manoel -; e do nosso amigo também, ex-Deputado Distrital Aylton Gomes - seja bem-vindo a esta Casa, Aylton.
Quero cumprimentar, ao registrar aqui também a presença, o Cláuder Aguiar de Araújo, que é da Caixa Beneficente dos Bombeiros Militares do DF (Caben); o Sr. Jair Dias, Clube dos Bombeiros; o Coronel Eugênio Cesar Nogueira, Associação dos Oficiais do Corpo de Bombeiros; o Sr. Milton Antônio Paduan, Associação dos Oficiais da Reserva Remunerada e Reformados da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros - obrigado pela presença -; o Coronel Wellington Moura e Silva, Clube dos Oficiais do Corpo de Bombeiros Militares do DF. Sejam todos bem-vindos. Obrigado pela presença.
Neste momento, eu solicito à Secretaria-Geral da Mesa a exibição de um vídeo institucional preparado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.
(Procede-se à exibição de vídeo.) (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Neste momento, concedo a palavra ao Sr. Coronel Bilmar Angelis de Almeida, nosso Secretário Executivo de Gestão Integrada da Secretaria de Segurança Pública aqui do Distrito Federal.
O SR. BILMAR ANGELIS DE ALMEIDA (Para discursar.) - Bom dia a todos.
Eu gostaria de cumprimentar a mesa, o Exmo. Sr. Senador Izalci Lucas, Presidente desta sessão, e a Sra. Senadora Damares Alves. E gostaria de cumprimentar a Senadora Leila, que não está presente, mas se faz sempre presente.
Aliás, gostaria, Senador Izalci, de destacar o papel que a bancada do Distrito Federal tem em prol da segurança pública hoje e sempre. Acompanho o trabalho dos senhores desde a época da 12.086. Eu sei que o senhor brigou muito por ela e tem sempre lutado para que as categorias tenham as suas conquistas e para que as organizações sejam fortalecidas.
Eu gostaria de cumprimentar o Sr. Procurador-Geral do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Dr. Georges Seigneur, amigo querido; o Coronel Sandro Gomes, Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros; e o Coronel Moisés Alves Barcelos.
R
Gostaria também de fazer algumas saudações aqui, em nome de todo efetivo da polícia militar, ao Coronel Átila, meu contemporâneo de academia. Eu sou veterano, viu, Senador Izalci? O Coronel Átila está quase chegando lá. Querido amigo, gostaria de, na pessoa do Coronel Átila, cumprimentar todo efetivo dos bravos heróis do fogo, "Vida alheia e riquezas a salvar".
Gostaria de cumprimentar todos os veteranos da corporação, na pessoa do Coronel Paduan. Coronel Paduan, receba a nossa saudação.
Excelentíssimas autoridades, bravos bombeiros, servidores da segurança pública, todos os amigos presentes, hoje nós estamos em uma sessão para celebrar o aniversário do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, instituição que, há décadas, tem sido um pilar fundamental da segurança pública. Nesta data especial, lembramos a coragem, a dedicação e o compromisso desses heróis que arriscam as suas vidas diariamente para proteger a nossa comunidade. O corpo de bombeiros, sob a liderança visionária do Coronel Sandro, tem adotado uma abordagem abrangente e integrada para garantir a segurança de todos.
Em nome do nosso Secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, gostaria de deixar registrado que, além do combate a incêndio e da emergência médica, os senhores têm um papel fundamental na melhoria da qualidade dos índices de segurança pública do Distrito Federal. Muitas vezes, o primeiro atendimento do indivíduo que é acometido de uma lesão por arma de fogo é feito pelo militar do corpo de bombeiros. O tempo de resposta ali decorrente garante, além da vida, a melhoria na nossa estatística, é aquilo que garante que nós sejamos a segunda capital mais segura do Brasil.
Gostaria também de destacar, no âmbito do Governo do Distrito Federal, no âmbito da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, o programa DF Mais Seguro, que prioriza não só o combate a incêndios, mas também a questão da saúde mental e física dos policiais, dos bombeiros, dos policiais civis e dos agentes do Detran, com investimentos em tecnologia e treinamento e a colaboração entre todas as instituições da segurança pública.
O nosso Secretário de Segurança Pública, Dr. Sandro Torres Avelar, sempre sugere que não basta a integração. A gente tem que ir além, tem que dar um passo além: a gente tem que trabalhar dentro do conceito de integralidade. Muitas vezes, demoramos um pouquinho a entender, mas, com o passar do tempo, nós percebemos que, somente com o envolvimento de todas as instituições da sociedade civil organizada, dos conselhos comunitários de segurança pública, das regiões integradas de segurança pública, nós vamos conseguir trazer uma melhoria à sensação de paz, à sensação de qualidade de vida para o cidadão brasiliense.
Gostaria também de render as minhas homenagens ao corpo de bombeiros, que, neste ano de 2024, desempenhou missões humanitárias no Rio Grande do Sul, prestando socorro a comunidades afetadas pelas enchentes. Mais de 300 agentes se uniram às forças locais e federais em ações de salvamento, resgate, vigilância e identificação. Mais de mil pessoas foram salvas nessas operações, além de pessoas que se encontravam em situação de risco e animais resgatados.
R
Além disso, gostaria de também registrar que o corpo de bombeiros, bravamente, enfrentou e enfrenta incêndios florestais no âmbito do Brasil, no Mato Grosso do Sul e em outras regiões, tornando-se referência internacional de excelência em qualidade de serviços públicos.
E eu gostaria de abrir um parêntese, Comandante Sandro: eu conheci os 27 corpos de bombeiros brasileiros no período em que eu estive no Ministério da Justiça. Eu acho que nada se compara ao do Distrito Federal em termos de qualidade de material humano, em técnica, em disciplina de tropa e em doutrina. Isso não se constrói da noite para o dia. Isso é fruto de um trabalho árduo, é fruto de um trabalho diuturno, incessante. Os senhores, cada vez mais, consolidam no Brasil a doutrina de corpos de bombeiros militares e se tornam referências para os demais.
Neste momento em que expresso a minha profunda gratidão pelo aniversário do corpo de bombeiros, eu gostaria de agradecer a toda a mesa, ao Comandante Sandro e a todos os profissionais que, com coragem e profissionalismo, enfrentam seus desafios diários. Que a chama da coragem e da solidariedade continue a iluminar o caminho de cada um dos senhores!
Deixo aqui, nesta manhã, o meu fraterno abraço, o fraterno abraço do nosso Secretário de Segurança Pública, Dr. Sandro Torres Avelar, e saio desta sala hoje com a certeza de que, graças ao corpo de bombeiros, Brasília se torna uma capital mais protegida, mais segura e mais feliz.
Um grande abraço, fiquem com Deus e um bom dia para todos! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Concedo a palavra agora ao Sr. Procurador Georges Seigneur, que é o nosso Procurador-Geral do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
O SR. GEORGES SEIGNEUR (Para discursar.) - Bom dia a todas e todos.
Cumprimento, inicialmente, o Sr. Presidente desta sessão, Senador Izalci Lucas, que, junto com a Senadora Leila, que também cumprimento, fez a propositura desta sessão solene muito importante para o nosso Distrito Federal. Eu queria também cumprimentar a Senadora Damares e dizer da importância de que o Senado esteja todo reunido para homenagear o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, que tanto presta serviços à nossa cidade.
Eu queria cumprimentar o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros, Coronel Sandro Gomes Santos da Silva, o Subcomandante do Corpo de Bombeiros, Coronel Moisés Alves Barcelos, o Secretário Executivo de Gestão Integrada da Secretaria de Segurança Pública, Coronel Angelis, e queria aproveitar para também cumprimentar o Dr. Manoel Arruda, Presidente do União Brasil e suplente da Senadora Damares.
Inicialmente, eu queria falar sobre a honra, mais uma vez, de estar aqui, no Plenário do Senado Federal, falando sobre a nossa cidade, falando sobre o Distrito Federal e, neste caso, sobre o corpo de bombeiros.
R
Quando nós lembramos a importância e a relevância dessa instituição que é o corpo de bombeiros militar, falamos da instituição, provavelmente, com o maior grau de aceitação dentro da sociedade brasileira - o corpo de bombeiros. Esse apoio da população decorre não só da missão digna feita por todos vocês, mas também pela forma pela qual a população é atendida num momento de perigo.
Na verdade, quando a gente está nos bancos escolares, seja como aluno, seja depois como professor, a gente sempre tem, no direito penal, um conceito que é o estado de necessidade. O estado de necessidade fala de salvar de perigo, e nada representa melhor a ideia, a noção do salvar de perigo, do que a atuação, a nobre missão feita pelo corpo de bombeiros militar. Na verdade, quando a gente tem uma... Muitas vezes, nós lembramos das questões relacionadas ao fogo, mas não é só isso; o corpo de bombeiros, em inúmeras atividades de risco, vem para proteger a nossa sociedade.
E eu tenho mais orgulho de estar falando aqui exatamente pela parceria que existe hoje, que o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios tem com o corpo de bombeiros militar, exatamente porque é uma parceria que sobressai - e não só a promotoria da auditoria militar, mas inúmeras... Eu estava comentando a Fundação 193. E a forma como eu falo isso é por ter sido Promotor de Fundações, então eu tenho essa... Por ter sido não, ainda sou; na verdade, eu estou como Procurador-Geral, mas ainda sou Promotor de Fundações. E falo da importância exatamente dessa parceria, dessa compreensão das atividades, e aí, como bem mencionado pelo Coronel Angelis, na verdade, dessa integração entre todos os órgãos que tratam da segurança pública - especialmente da segurança pública, mas os órgãos públicos, muitas vezes, precisam, sim, interagir. É importante que nós tenhamos essa missão.
E a gente vê muito isto - e eu falo agora no campo da proximidade do Poder Judiciário, Defensoria, Ministério Público, Poder Judiciário, polícia civil, mas, da mesma forma, quando a gente fala na segurança pública, polícia civil, polícia militar, bombeiros -: quando nós temos uma integração maior, nós conseguimos ter resultado melhor para aquele que quer o serviço. Muitas pessoas entendem, claro, a separação de cada uma das instituições, mas às vezes elas entendem que é só o Estado. E essa é a importância da nossa atuação conjunta nesse sentido de preservar e de proteger a sociedade. A nossa missão - e aí eu falo nossa, não só dos bombeiros, mas do Ministério Público, de todas as instituições - é devolver à sociedade aquilo que ela espera que nós possamos fazer. E isso o corpo de bombeiros faz muito bem.
Então, queria encerrar falando da nobre missão de o corpo de bombeiros ter encaminhado reforços à população do Rio Grande do Sul. Falo isso porque o Ministério Público também encaminhou reforço - pequeno, cada um dentro da sua possibilidade -: nós encaminhamos para auxiliar o Ministério Público do Rio Grande do Sul, e o corpo de bombeiros ajudou a população. Isso mostra um pouco aquilo que deve ser a nossa missão: ajudar a população sem olhar a quem. Esse é um papel de todos nós, que todos nós envolvidos precisamos ter. E mais uma vez eu falo: o corpo de bombeiros faz isso de forma tão especial que a sociedade assim reconhece.
R
Então, parabéns ao Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal pelos seus 168 anos. Que venham mais muitos e muitos anos!
Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Concedo, agora, a palavra ao Sr. Coronel Sandro Gomes Santos da Silva, que é o nosso Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar aqui do Distrito Federal.
O SR. SANDRO GOMES SANTOS DA SILVA (Para discursar.) - Bom dia a todos.
Gostaria de cumprimentar o Sr. Presidente desta sessão, o Senador Izalci, que, por muitos anos, sempre batalhou em prol do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar do Distrito Federal - das forças de segurança em si - e da população do DF. Muito obrigado.
À nossa Senadora Damares muito obrigado por nos chamar aqui hoje; Senadora que sempre nos bem representa aqui no Distrito Federal na bancada juntamente com a Senadora Leila.
Ao Sr. Procurador-Geral do Ministério Público, Georges Seigneur, muito obrigado. Falei certo? (Pausa.)
Não. (Risos.)
Eu não queria ler a segunda parte e acabei... (Risos.)
Ao meu colega de turma, meu companheiro, o Coronel Barcelos, muito obrigado pela sua parceria. Muito obrigado. Que Deus nos abençoe! A gente está com essa dificuldade de comandar o corpo de bombeiros, mas eu tenho certeza de que, com o seu apoio e dos demais coronéis da corporação que estão aqui presentes hoje, nós vamos conseguir elevar a tropa, cada vez mais, a um lugar melhor.
Ao Secretário Executivo de Gestão Integrada, o Coronel Bilmar Angelis, muito obrigado. Nosso companheiro da polícia militar, que é a corporação que é nossa irmã mais velha e é uma corporação tão importante quanto - e até mais importante, quem sabe - o corpo de bombeiros. A gente sempre vai andar juntos, porque nós somos irmãos, e a gente está sempre com o irmão mais velho.
Ao Dr. Manoel Arruda, Presidente do União Brasil no DF, muito obrigado. O senhor nos visitou lá, e tivemos uma conversa muito boa. Muito obrigado, doutor.
O Coronel Paduan - desculpe-me pelo horário, Presidente - é o culpado de eu estar aqui hoje comandando vocês, porque ele ligou para cada um dos candidatos à época, e a gente tinha turma de... era filho de coronel - vamos ser bem práticos -, tinha filho de coronel e, se um perdesse, alguém entrava na fila atrás, e ele fez questão de ligar para cada um. Eu estava de férias lá no Rio, fui a rapinha do tacho, fui chamado de última hora. Eu vim das férias - eu estava curtindo lá - e fui o último a entrar da minha turma. Já tinha um filho de coronel, que é o meu colega de turma... Ele conseguiu entrar de novo. Então, muito obrigado, Coronel. O senhor ligou para cada um, o senhor representa mesmo aquilo que a sociedade espera de um comandante, de um chefe. Muito obrigado.
Também já falei muito obrigado à presença de todos os coronéis aqui que vieram voluntariamente. A gente está aqui, neste dia, neste local que representa o Brasil todo. E a tropa, o comando espera muito... Vou me dirigir a vocês: o comando espera muito de vocês, mas não é só o comando que espera de vocês, não; todo o Distrito Federal, toda a sociedade espera muito de nós. Mas eu tenho certeza de que, pela qualificação, pelo empenho... E, quando eu olho para cada um de vocês, eu sei que a gente vai dar sempre o melhor para a população do Distrito Federal. Então, saibam que vocês têm um comandante que está do lado de vocês, nos momentos bons e nos momentos ruins, e que vamos estar sempre juntos nessa empreitada.
R
A nossa banda de música, que está sempre abrilhantando nossos eventos, é a banda de música mais pedida de todas, é a mais tocada, porque toda vez a gente fica recebendo ofício de tudo quanto é lugar para poder... a banda de música. A gente já está chamando mais gente para a banda de música, virão 20 e depois mais 20, e nós vamos montar um "bandão". (Risos.)
O nosso ex-Deputado Aylton Gomes... Aylton, obrigado, viu? Você ajudou muito o corpo de bombeiros a chegar ao que é hoje, trabalhou muito em prol da gente. Muito obrigado pelo seu trabalho que vem sendo feito. Hoje nós temos outros Parlamentares graças, também, ao trabalho que você fez. Muito obrigado, viu?
Gostaria também de ler um breve discurso aqui.
Bom dia, senhoras e senhores presentes.
Nosso empenho não é apenas com a capital. Lutamos diariamente para estarmos à vanguarda, para podermos atuar sempre com eficiência pela capital e pelo país, e também já atuamos fora dele.
Este ano tivemos a oportunidade e o desafio de atuar diretamente no Rio Grande do Sul. Em situações dessa complexidade, colocamos à prova todos os tempos de calmaria e a disciplina com que nos preparamos.
Naquele momento, quando a gente teve aquela calamidade no Rio Grande do Sul, o pessoal já começou a me ligar: "Está tendo problemas no Rio Grande do Sul", meus oficiais começaram a ligar. A gente conversou também, o Governador entrou em contato comigo para a gente mandar a equipe lá para o Rio Grande do Sul. O Governador estava de férias naquele momento, ele entrou em contato, e nós, prontamente, colocamos a equipe para ir para o Rio Grande do Sul, e nós mandamos os melhores. Foram os melhores - para o Rio Grande do Sul - que nós temos no corpo de bombeiros.
Naquele momento também chegou alguém: "Quem vai comandar? Quem vai comandar?", chegaram alguns nomes de alguns tenentes coronéis, jovens tenentes-coronéis, como a Paula Tiemy, que foi a primeira a comandar lá. Eu, prontamente, já coloquei: "Vai a Paula", porque eu fui instrutor dela - ela ouviu muito de mim - e eu sabia que ela era competente e capaz para atuar lá. E ela representou nossos 20%... o corpo de bombeiros hoje tem aproximadamente 20% de mulheres, o que dá 1,2 mil mulheres. E a Paula as representou muito bem. Você fez um trabalho excelente, Paula, e eu sempre falo isto para você: você ainda vai subir muito no corpo de bombeiros e, se Deus quiser, um dia você ainda vai estar aqui comandando essa tropa, para você mostrar que, cada vez mais, as mulheres podem, está bom? Parabéns.
Também, gostaria de agradecer aos demais militares que foram lá ao Rio Grande do Sul. Nós mandamos médicos, enfermeiros, mandamos toda uma equipe, toda preparada para lá ficar totalmente autônoma. Mandamos mais de 40 militares, e hoje nós temos uma equipe lá no Rio Grande do Sul, trabalhando em prol daquela população.
O corpo de bombeiros... a gente trabalha hoje, vocês sabem melhor do que eu: a gente é do Brasil. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal não é do Distrito Federal, é do Brasil. Nós temos bombeiros no Rio Grande do Sul, nós temos bombeiros hoje na Amazônia, nós temos bombeiros no Pantanal: todos atuando em catástrofes.
E, justamente nesse sentido, quando eu assumi o comando, também juntamente com... para a gente tentar minimizar alguns problemas que vêm ocorrendo até aqui, no Distrito Federal, nós levamos uma proposta que a gente já tinha levado antes, uma proposta de criação dos conselhos - não é, secretário? -, como o Conselho de Proteção Comunitária. Então, o corpo de bombeiros também está apoiando a Secretaria de Segurança Pública, juntamente com nossos Parlamentares, para a gente poder fazer os Núcleos de Proteção Comunitária - aquele tão sonhado Núcleo de Proteção Comunitária, que a gente sempre quis fazer.
R
Estão indo mais de 50 vagas para a Defesa Civil - para as administrações, não -, para a Defesa Civil, para a gente poder fortalecer mais a defesa civil aqui no Distrito Federal, porque defesa civil se trabalha com prevenção, não é verdade? Não se trabalha com pós, se trabalha com o antes. Então, justamente isso, nós estamos fortalecendo a defesa civil, para o corpo de bombeiros trabalhar em parceria com a Defesa Civil e cada vez fortalecer mais aquela instituição.
Então, tragédias, catástrofes e incidentes sempre aconteceram e sempre acontecerão. O Governo age para minimizar os danos, mas independente do que aconteça, tenha a certeza - isso é certo - de que nós estaremos lá, com os nossos melhores militares, para representar todos os brasileiros e representar esperança e salvamento. A gente sempre manda os melhores, tá? Às vezes, alguns estados mandam mais gente do que nós, a verdade é essa; mas nós mandamos os melhores e em boa quantidade, isso é certo, para o Brasil todo, tá?
Então hoje celebramos, nesta sessão solene, o nosso 168º aniversário. Um novo ciclo para continuarmos fazendo o de que nos orgulhamos, e que norteia nossa missão, porque senhoras e senhores, qual é a nossa missão? Vidas alheias e riquezas salvar.
Deus abençoe a todos. Muito obrigado. (Palmas.)
A SRA. DAMARES ALVES (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF) - Quebra de protocolo me permite?
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Lógico, evidente.
A SRA. DAMARES ALVES (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF) - Em sessão solene, pode.
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Aqui você manda.
A SRA. DAMARES ALVES (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF) - Vamos fazer um momento infância, um momento kids. Tem muita criança assistindo, gente, a esta sessão. Então eu queria falar com elas.
O nosso Plenário está cheio de bombeiros. Nós temos bombeiros, e aquele que falou ali, olha, é o que manda nos bombeiros, é o comandante. E este aqui é o comandante 2. Olha como a roupa dele é bonita, olha só.
TV Senado, pode mostrar para as crianças a roupa do bombeiro, que bonita?
Mas eles também estão sentados aqui no Plenário. Nós temos bombeiros homens e nós temos bombeiras. As bombeiras de Brasília são lindas. Elas estão hoje vestidas de laranja. É a cor que as identifica. Mas aqui nós temos bombeiros também com cabelo branco, nós temos bombeiros bem jovens, temos bombeiros sem cabelo também. O nosso Plenário está lindo.
Mas eu queria mostrar para as crianças do Brasil três bombeiros muito especiais.
Atenção, crianças!
TV Senado, mostra para as crianças esses três bombeiros muito especiais.
Quero mostrar para vocês o Bombeiro Sheik.
Mostra o Bombeiro Sheik, TV Senado.
Eu queria aqui... Olha lá o Bombeiro Sheik, que lindo!
Eu quero mostrar também para as crianças - está ali - o Bombeiro Baruk. Quem é o Baruk?
Mostra o Baruk. O Baruk.
E quero mostrar para as crianças do Brasil também que em Brasília, a gente tem o Bombeiro Delta.
Mostra o Bombeiro Delta.
Esse é o Bombeiro Delta.
Nós temos três bombeiros muito especiais aqui no Plenário: Sheik, Baruk e Delta.
Muito obrigada, Senador.
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Muito bem, Damares.
Bem, hoje aqui, nós vamos homenagear os nossos bombeiros e bombeiras que ao Rio Grande do Sul foram e ajudaram homens e mulheres, famílias, crianças e animais a se salvarem da tragédia à qual estavam postos. Aos nossos bombeiros e bombeiras do DF, pelo trabalho excepcional realizado, o nosso agradecimento eterno.
Quero aqui dizer que estive lá e ouvi deles o agradecimento e o elogio pelo trabalho que lá fez o nosso Corpo de Bombeiros do DF.
Assim, hoje faremos esta homenagem, aqui no Senado Federal, para os nossos soldados bombeiros e bombeiras, pelo seu trabalho ao povo do Rio Grande do Sul.
R
Então, neste momento, eu gostaria de realizar a leitura dos nomes dos integrantes da equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal que participaram dos trabalhos de suporte à população do Rio Grande do Sul, por ocasião da catástrofe ambiental ocorrida no estado.
À medida que os nomes forem citados, eu peço a gentileza de se colocarem em pé.
Tenente-Coronel Daniel Saraiva Gomide. (Pausa.)
Está de plantão.
Tenente-Coronel Paula Tiemy Nogueira. (Palmas.)
Major Leonardo Rodrigues Tizzo. (Pausa.)
Botou o pessoal de plantão hoje, hein, comandante?
Capitão Ítalo Sanglard Borel Ferraz. (Pausa.)
Já está trabalhando esse pessoal...
Foram para o Mato Grosso do Sul, eu acho, viu?
Capitã Camilla Pilotto Muniz Costa. (Palmas.)
Capitão Eduardo Martins Guimarães Soares. (Pausa.)
Capitã Aymê Pires Serrano. (Palmas.)
Vê-se que as mulheres não faltam, não, viu, Damares? (Risos.)
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Capitã Inácia Melo dos Santos. (Palmas.)
Capitão Felipe Augusto Campos Soares. (Palmas.)
Primeiro-Tenente Marcos Iglesias Garabato. (Pausa.)
Primeiro-Tenente Lukas Bezerra da Silva. (Palmas.)
Segundo-Tenente Caio Cezar Abreu da Rocha. (Palmas.)
Sub-Tenente Paulo do Nascimento Benigno. (Pausa.)
Sub-Tenente Jefferson de Faria Lima. (Palmas.)
Sub-Tenente Udiberlei de Souza Monteiro. (Palmas.)
Sub-Tenente Ailton Elias de Sousa. (Pausa.)
Sub-Tenente Pascoal Augusto Junior. (Palmas.)
Primeiro-Sargento Jackson da Silva Salles. (Palmas.)
Primeiro-Sargento João Batista Oliveira Santos. (Palmas.)
Primeiro-Sargento Franklin Cardoso de Amorim. (Pausa.)
Primeiro-Sargento Jhonny Marconi Rocha. (Palmas.)
Primeiro-Sargento Deusmar Nunes da Silva. (Pausa.)
Primeiro-Sargento Geraldo Faria de Andrade. (Palmas.)
Segundo-Sargento Ivan Rocha Peixoto. (Palmas.)
Segundo-Sargento Wedsney Luis Lopes. (Palmas.)
Segundo-Sargento Jéssica Cristianne Amaral. (Palmas.)
Segundo-Sargento Renan Augusto Lourenço. (Palmas.)
Segundo-Sargento Allan Jhony Castro. (Palmas.)
R
Segundo-Sargento Francisco Erivan Brito. (Palmas.)
Segundo-Sargento Fábio Garcia. (Palmas.)
Segundo-Sargento Fabio Garcia e Souza. (Palmas.)
Segundo-Sargento Klauss Ficher. (Palmas.)
Segundo-Sargento Eduardo Alves Calixto. (Palmas.)
Segundo-Sargento Oséias de Souza Ferreira. (Palmas.)
Segundo-Sargento Adão Soares de Brito. (Palmas.)
Terceiro-Sargento Luiz Henrique de Freitas. (Palmas.)
Terceiro-Sargento Arthur Costa Erenha Duckur. (Palmas.)
Terceiro-Sargento Sílvia de Araújo Jácomo. (Palmas.)
Terceiro-Sargento Rafael Ferreira dos Santos. (Palmas.)
Terceiro-Sargento Lucas Vieira da Silva. (Palmas.)
Terceiro-Sargento Diego Araújo da Palma. (Palmas.)
Terceiro-Sargento Cainan da Silva de Araújo. (Palmas.)
Terceiro-Sargento Elisa Ivo Colle. (Palmas.)
Cabo Mário César Paranaguá. (Palmas.)
Soldado Plácyo Duarte Silva. (Palmas.)
Soldado Hadryan Raphael de Sousa. (Palmas.)
Quero também uma salva de palmas para Baruk, Delta e Sheik. (Palmas.)
Neste momento, convido a oficial Sra. Tenente-Coronel Paula Tiemy Nogueira, chefe da primeira equipe que participou do trabalho de suporte ao Rio Grande do Sul, para receber o Diploma de Honra ao Mérito, representando todos os seus integrantes.
(Procede-se à entrega do diploma à Sra. Paula Tiemy Nogueira.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Concedo a palavra à Sra. Tenente-Coronel Paula Tiemy Nogueira.
A SRA. PAULA TIEMY NOGUEIRA (Para discursar.) - Bom dia, senhoras e senhores.
Gostaria de cumprimentar o Sr. Presidente desta sessão, Senador Izalci Lucas; a Sra. Senadora Damares Alves; a Senadora Leila, que não pôde estar presencialmente aqui; o Sr. Procurador-Geral do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Georges Seigneur; o Sr. Comandante-Geral do CBMDF, Coronel Sandro; o Subcomandante-Geral, Coronel Barcelos; e ao Sr. Secretário Executivo de Gestão Integrada da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, Coronel Bilmar, na pessoa de quem cumprimento todos os colegas de farda e convidados.
R
É com grande satisfação e honra que estou aqui hoje para expressar minha gratidão por ter representado o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e o Distrito Federal na recente missão no Rio Grande do Sul.
Primeiramente, quero agradecer ao Comando do CBMDF pela confiança depositada em mim e na minha equipe. Foi um privilégio poder levar o nome da nossa instituição para além das fronteiras do Distrito Federal, contribuindo com nossos conhecimentos e habilidades em uma missão tão importante.
Durante nossas operações no Rio Grande do Sul, tivemos a oportunidade de trabalhar lado a lado com colegas de outras corporações, compartilhando experiências e aprendizados que certamente enriqueceram a nossa prática profissional. A cooperação e a solidariedade demonstrada por todos os envolvidos foram fundamentais para o sucesso da missão e reafirmaram a importância do trabalho em equipe em nossa profissão.
Gostaria também de agradecer à população do Rio Grande do Sul, bem como ao Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul, pela acolhida calorosa e pelo apoio contínuo. O espírito de comunidade e a resiliência que testemunhamos foram inspiradores e reforçaram nosso compromisso em servir à sociedade e protegê-la.
Não posso deixar de mencionar a minha equipe, que trabalhou incansavelmente, com dedicação e profissionalismo, para garantir que cumpríssemos nossa missão com excelência. Cada um dos senhores e senhoras desempenhou papel crucial, e sou imensamente grata pelo esforço e dedicação e camaradagem demonstrados.
A primeira equipe foi composta por quatorze bombeiros, dois agentes da Defesa Civil e dois cães de busca e salvamento, a Delta e o Baruk. Nós percorremos mais de 2,2 mil quilômetros em menos de dois dias, parando a cada duas horas para que nossos cães Baruk e Delta pudessem dar aquela descansada. Na primeira semana, dormíamos em média duas horas, duas horas e meia. E tal esforço não foi em vão. Foram mais de 150 pessoas salvas, entre elas 20 bebês e crianças e mais de 100 animais.
Inicialmente fomos designados para a cidade de São Leopoldo, cidade que teve quatro de seus maiores bairros alagados e milhares de pessoas e animais ilhados - pessoas que, do dia para a noite, perderam tudo e, mesmo assim, mesmo com todas as adversidades, mesmo dormindo em abrigos ou em casa de parentes, passavam o dia e a noite oferecendo a nós bombeiros ajuda, comida, água e café.
No decorrer dos dias, nossa equipe foi acionada também para trabalhar na cidade de Bento Gonçalves, que sofreu terríveis deslizamentos e tinha diversas vítimas desaparecidas. Dessa forma, o CBMDF trabalhou em duas frentes: nos alagamentos em São Leopoldo e no soterramento em Bento Gonçalves.
Enquanto trabalhávamos em Bento, o risco iminente de novos deslizamentos era diário, mas mesmo assim nossa equipe não mediu esforços e trabalhou arduamente em busca das vítimas desaparecidas nos soterramentos.
R
Os dias de trabalho foram intensos; porém, a sensação de estar ajudando aqueles que necessitam é gratificante, e, por isso, agradeço a oportunidade de ter chefiado os nossos militares nessa missão.
Por fim, agradeço a todos os presentes por estarem aqui hoje e por reconhecerem o valor do nosso trabalho. Continuaremos nos dedicando, com afinco e comprometimento, sempre buscando aprimorar nossas habilidades para servir melhor a nossa comunidade.
Muito obrigada a todos. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Neste momento, eu convido o Sr. Primeiro-Sargento Johnny Marconi Rocha Lima Batista, chefe de equipe da segunda equipe que também participou do trabalho de suporte no Rio Grande do Sul, para receber o Diploma de Honra ao Mérito, representando todos os seus integrantes.
(Procede-se à entrega do diploma ao Sr. Johnny Marconi Rocha Lima Batista.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Muito bem!
Concedo a palavra ao Sr. Primeiro-Sargento Johnny Marconi Rocha Lima Batista.
O SR. JHONNY MARCONI ROCHA LIMA BATISTA (Para discursar.) - Bom dia a todos e todas.
Gostaria de agradecer ao Senador Izalci; gostaria de agradecer também à Senadora Damares; ao Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros, Coronel Sandro; ao Subcomandante, Coronel Barcelos; ao representante da Secretaria de Segurança Pública, o Coronel Bilmar, com quem nós passamos a nossa adolescência - eu o conheço muito bem -; ao representante também do Ministério Público. Enfim, a todos os oficiais, a todo o corpo de bombeiros o nosso agradecimento também.
A minha fala é a respeito da nossa vida operacional naqueles dias. E eu a começo deixando, primeiramente, um versículo bíblico, que fala assim: "Quem segue a justiça e a lealdade encontra vida, justiça e honra". Está lá em Provérbios 21:21.
Estivemos ali enfrentando uma situação em que eu, com os meus 30 anos, já completos agora em dezembro, nunca havia tido a oportunidade de estar: um terreno de combate, vamos dizer assim, devido a tudo que nós vimos ali. E foi uma oportunidade também para encerrar a carreira com muitos amigos competentes que estiveram ali conosco nessa frente.
R
Algumas situações nos marcaram, como a da primeira equipe, que resgatou o cavalo no terceiro andar de um prédio. Foi uma operação delicada e teve um êxito de bastante visualização. Também tivemos ali uma ocorrência de afogamento, em que a primeira equipe também teve êxito em fazer o salvamento de voluntários que emborcaram a embarcação; eles, automaticamente, rapidamente, fizeram ali os primeiros socorros.
Tivemos também, na nossa segunda equipe, algo que nos marcou muito: a situação da Sra. Lourdes. O vizinho dela, com aquele olhar de cuidado por ela, por ela morar sozinha e ser vizinha a ele, chamou a D. Lourdes para ir à casa dele. Infelizmente, o deslizamento tomou conta da casa desse vizinho, e a D. Lourdes veio a falecer, enquanto a casa dela ficou de pé, ficou intacta.
Tivemos a situação da D. Sandra, que auxiliamos a encontrar a 44km do local de onde ela foi arrastada. E tivemos muitas outras situações, em que ainda temos esse sentimento de solidariedade com aquele povo do Rio Grande do Sul, e deixamos aqui, ainda, o nosso sentimento.
Gostaria de ler uma poesia do Tenente Rubens Lacerda. Ele não deixou aqui a corporação à qual pertence, mas achei muito relevantes as palavras dele, que falam assim:
Bombeiro militar:
Às vezes, o limite físico de ser um humano é apenas o início do meu trabalho.
Às vezes, o meu corpo é obrigado a não diferenciar o frio do quente, nem o dia da noite.
Às vezes, feriados e datas festivas são mais um dia de trabalho.
Às vezes, sem que meus familiares sequer desconfiem, retorno ao meu lar após ter a minha vida por um fio.
Às vezes, sou criticado ou não recebo um simples obrigado por ter trazido de volta à vida quem já havia desistido dela.
Sou cobrado diariamente a ser um especialista em [mergulho de resgate,] primeiros socorros, análise de estruturas, reações químicas, cinemática de trauma, sistemas de forças, normas de segurança e tantas outras matérias que passeiam e se estendem por biomédicas, humanas e exatas.
Mas, acreditem... ao som das sirenes, utilizo-me de tudo o que possuo, inclusive a minha própria vida, para salvar meros desconhecidos.
Faço o impossível na hora e um milagre em 5 minutos.
Quando todos correm para longe, eu corro para perto. Quando se desesperam, eu chego. Quando gritam, eu acalmo.
R
Quando desistem, eu começo. Quando choram, eu afago. Quando eu perco, não me perdoo. Quando sorriem, retorno ao meu posto-base.
E quando fecho os olhos, agradeço a Deus por mais um dia de dever cumprido. Me achou louco? Acertou... um louco apaixonado pelo meu trabalho. Um trabalho que me diverte, me sustenta e me traz a verdadeira paz de espírito, que muitas pessoas morrem sem conhecer.
E é por isso que, em [...] [já 30] anos de bombeiro, nem sequer por um segundo, eu me arrependo da opção que fiz.
Vida por vidas; salvamento.
Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Gostaria de fazer um registro de agradecimento ao Corpo de Bombeiros Militar aqui do DF, na pessoa do Tenente-Coronel Victor, à equipe de salvamento que trabalhou no resgate feito ontem de um componente de um tradicional grupo de trilhas que se machucou. Sem a ajuda desses excelentes profissionais do corpo de bombeiros, o resgate não teria sido possível; então, mais uma vez, nossa gratidão a essa corporação tão respeitada pela nossa comunidade.
Antes de encerrar esta sessão, eu quero dizer da minha alegria, da minha satisfação e da honra de estar presidindo esta sessão. Nós temos grandes desafios aqui - a Senadora Damares sabe -, tanto é que nós... O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal sempre foi a melhor corporação do Brasil e também teve a melhor remuneração do Brasil. Hoje, continuamos a melhor corporação do Brasil e temos um dos piores salários do Brasil.
Nosso compromisso aqui, da nossa bancada, é da luta pela recuperação salarial; estamos trabalhando nisso, cobrando do GDF, também, a reestruturação, para que chegue rapidamente a esta Casa, para que a gente possa trabalhar essa recomposição. Já resolvemos parcialmente a questão do auxílio-moradia, mas precisamos fazê-lo de uma forma mais definitiva, não é?
Contem conosco aqui sempre. Nós estamos acompanhando tanto a polícia militar como o corpo de bombeiros, que têm se valido muito do trabalho voluntário. São as únicas instituições - bombeiro e PM - que têm o trabalho voluntário tributado no Imposto de Renda. Talvez seja o menor de todos eles, mas o voluntário existe, hoje, já como salário definido. As pessoas abrirem mão do voluntário, hoje, é difícil, porque já o incorporaram à sua renda, e muitos têm dedicado muito tempo à corporação, não podendo, muitas vezes, compartilhar mais tempo com a família, e isso acaba comprometendo, inclusive, a saúde mental.
Por isso, a urgência, a relevância e a importância de lutarmos por essa recuperação o mais rápido possível. Então, faço aqui um apelo, evidentemente, ao comandante, mas em especial ao Governador, para que encaminhe para o Congresso essa recomposição, para que possamos trabalhá-la. (Pausa.)
R
Quero registrar também a presença aqui, porque trabalharam lá no Rio Grande do Sul, do Capitão Flávio Ude Zica Ferraz, do Capitão Felipe Henrique de Jesus e do Terceiro-Sargento Jonathan Nascimento de Souza. (Palmas.)
Muito bem.
Quero registrar que o nosso querido amigo, o Senador Mourão, fez também aqui, numa sessão ordinária do Senado Federal, uma grande homenagem a todos os policiais, bombeiros e membros da Defesa Civil que compareceram ao Rio Grande do Sul. Então, agradeço o reconhecimento do nosso querido Senador Mourão.
Bem, antes do encerramento desta sessão, eu convido a todos a acompanharem a Canção do Soldado do Fogo, muito bonita por sinal.
(Procede-se à execução da Canção do Soldado do Fogo.) (Palmas.)
R
O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Quero, inclusive, agradecer muito à Banda do Corpo de Bombeiros Militar. Sempre somos atendidos em todas as vezes que solicitamos sua presença. Obrigado a todos vocês!
Agradeço, de uma forma muito especial, a cada um de vocês que aqui esteve.
Cumprida a finalidade desta sessão especial do Senado Federal, agradeço muito e declaro encerrada esta sessão.
(Levanta-se a sessão às 11 horas e 45 minutos.)