2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
57ª LEGISLATURA
Em 25 de novembro de 2024
(segunda-feira)
Às 16 horas
165ª SESSÃO
(Sessão Especial)

Oradores
Horário

Texto com revisão

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O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR. Fala da Presidência.) - Declaro aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos.
A presente sessão especial foi convocada em atendimento ao Requerimento nº 608, de 2024, de autoria desta Presidência e de outros Senadores e Senadoras, aprovado pelo Plenário do Senado Federal.
A sessão é destinada a celebrar o centenário da União dos Escoteiros do Brasil (UEB).
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Fazem parte da mesa os seguintes convidados: à minha direita, na ponta, o Sr. Ivan do Nascimento, Presidente da União dos Escoteiros do Brasil.
Seja muito bem-vindo! (Pausa.)
À esquerda, também na ponta, o amigo Sr. Paulo Salamuni, Procurador Municipal na cidade de Curitiba, Paraná, e ex-Presidente da UEB. (Palmas.)
À minha esquerda também - sejam todos e todas muito bem-vindos e bem-vindas! -, a Sra. Mônica Saraiva de Albuquerque, Diretora-Presidente da Região Escoteira do Distrito Federal. (Palmas.)
Aqui à minha direita, com muita alegria, a jovem escoteira Manuela Rocha Silva Macêdo Pereira, jovem escoteira aqui do Distrito Federal. (Palmas.)
Acompanhando a Manuela, a Sra. Flávia Roberta Rocha Silva Macêdo Pereira, à minha direita, mãe da Manuela.
Uma salva de palmas. (Palmas.)
Também à minha esquerda - seja muito bem-vindo! -, o jovem Lorenzo Rocha Almeida, jovem escoteiro do Distrito Federal. (Palmas.)
Quero também cumprimentar a todas e todos que estão aqui no Plenário do Senado Federal. Sejam todos e todas muito bem-vindos e bem-vindas para esta sessão especial, que procura celebrar, homenagear, mas principalmente celebrar os cem anos da União dos Escoteiros do Brasil (UEB).
Quero cumprimentar também, pelos meios de comunicação do Senado, todos e todas que nos acompanham pelo Brasil, porque o Brasil inteiro está acompanhando. É um movimento - a União dos Escoteiros - que precisa ter o apoio não só do Senado, dos órgãos públicos, mas de toda a sociedade.
Quero cumprimentar, de uma forma especial, também, o Senador Eduardo Girão, do Estado do Ceará, aqui presente, que fez absoluta questão de estar presente também nesta cerimônia. (Palmas.)
Muito bem.
Convido a todos e todas para, em posição de respeito, acompanharmos o Hino Nacional.
(Procede-se à execução do Hino Nacional.) (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Na sequência, ouviremos o Hino Rataplan, canção tradicionalmente associada ao movimento escoteiro no Brasil.
(Procede-se à execução do Hino Alerta.) (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Queremos destacar também a presença do Sr. Superintendente Comercial da Casa da Moeda do Brasil, Leonardo Alves - seja muito bem-vindo! -; da Sra. Superintendente Executiva de Relacionamento Institucional dos Correios, Karina Leite Ribeiro Nassaralla; do Sr. Diretor Presidente da Regional dos Escoteiros do Rio Grande do Sul, Everton Barragan. (Palmas.)
Muito bem. Podem até levantar a mão para todo mundo localizar.
Aqui estavam o Superintendente Comercial da Casa da Moeda, Leonardo Alves; a Superintendente Executiva de Relacionamento Institucional dos Correios, Karina Nassaralla; o Sr. Presidente da Regional dos Escoteiros do Rio Grande do Sul, Everton Barragan; o Sr. Presidente da Região Escoteira do Mato Grosso, Rodrigo Paiva. (Palmas.)
Muito bem. Seja muito bem-vindo!
O Sr. Presidente do Grupo dos Escoteiros Santos Dumont do Distrito Federal, Júnior Gabriel, e o Sr. Presidente da Região Escoteira do Mato Grosso, que eu já mencionei, Rodrigo Paiva, que está aqui presente.
Obrigado pela presença.
Gostaríamos de ressaltar que não é todo dia que uma instituição pode comemorar cem anos de existência, com relevantes serviços prestados à sociedade brasileira, em especial ao seu segmento mais jovem. Por si só, este fato justificaria a prestação desta singela homenagem à União dos Escoteiros do Brasil. Mas não é só isso; há muito mais. Como bem sintetiza o lema de seus cem anos, a UEB (União dos Escoteiros do Brasil) aporta um verdadeiro legado de transformação e impacto positivo para o Brasil, ao inspirar, preparar e fortalecer um enorme conjunto de gerações à luz dos mais elevados valores sociais e morais.
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Saúdo, portanto, todos os Senadores e Senadoras que assinaram o Requerimento nº 608, de 2024, e mesmo aqueles que não assinaram, às vezes, por não terem tido a oportunidade de ver o documento, porque a União dos Escoteiros do Brasil é uma unanimidade nesta Casa, para a celebração desta merecida homenagem.
O escotismo foi fundado pelo militar britânico Robert Baden-Powell, em 1907. Movimento juvenil de caráter educacional, apartidário, sem finalidade lucrativa, baseado no voluntariado e que visa o desenvolvimento pessoal do jovem, segundo um esquema de valores contido em um compromisso designado Lei Escoteira.
Entre nós, o movimento escoteiro chegou em 1910, espalhando-se rapidamente pelo território nacional. Em seus primórdios, havia associações regionais, mas não uma entidade nacional e unificadora. Foi assim que o Almirante Benjamin Sodré lutou pela unificação das instituições, fomentando o que viria a se constituir, em novembro de 1924, na União dos Escoteiros do Brasil. Hoje a UEB orgulha-se de ser o maior movimento de educação não formal do país... (Palmas.)
... presente em todas as regiões do Brasil, reconhecida em decreto federal como organização de utilidade pública. Também é a única instituição brasileira reconhecida pela Organização Mundial do Movimento Escoteiro, desde sua fundação até os dias atuais.
A ética dos escoteiros valoriza o convívio humano e o trabalho em equipe, valoriza a harmonia com a natureza e tem como valores centrais a fraternidade, a lealdade, o altruísmo, o respeito, a honestidade, a disciplina e a responsabilidade. Para cumprir sua missão de contribuir para a educação de crianças e de adolescentes de acordo com tão nobres ideais, no intuito de formar cidadãos plenos e capazes de contribuir para a sociedade, a União dos Escoteiros do Brasil conta com um Conselho de Administração Nacional e uma Diretoria Executiva Nacional, direção que hoje está nas mãos, sob liderança do nosso amigo Ivan Alves do Nascimento, do Rio Grande do Norte, aqui à minha direita - novamente digo: seja muito bem-vindo -, na pessoa de quem felicito a entidade pelos cem anos de sua importante presença no país.
Saudações a todos os escoteiros e escoteiras do Brasil. Vida longa a seus ideais!
Muito obrigado. (Palmas.)
(Manifestação da plateia.)
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O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Muito bem. Isso é bonito de ver e ouvir, ver a empolgação junto e a disciplina também no processo todo para dar certo. (Risos.)
Registro também a presença, com muita honra, da Sra. Deputada Distrital Paula Belmonte, aqui presente - escoteira também, que bom; (Palmas.) Representando o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, a Sra. Chefe da Assessoria Especial para Assuntos Parlamentares e Federativo, Felícia dos Reis, que está aqui presente também. (Palmas.) Muito bem. Passemos em seguida, então, a palavra ao Sr. Ivan do Nascimento, que é Presidente da União dos Escoteiros do Brasil (UEB).
Se quiser usar a tribuna ou o próprio... Eu acho que a tribuna é melhor, não é?
(Intervenções fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - É. Obrigado.
O SR. IVAN ALVES DO NASCIMENTO (Para discursar.) - Boa tarde a todos.
Cumprimento-o e agradeço ao Sr. Senador e escoteiro Flávio Arns, Presidente desta importante sessão solene, por propor esta homenagem aos escoteiros do Brasil.
Cumprimento o Sr. Senador suplente e ex-Presidente dos escoteiros do Brasil, Paulo Salamuni.
Cumprimento a Sra. Mônica Albuquerque, Presidente da Região Escoteira do Distrito Federal.
Cumprimento a escoteira Manuela Pereira e o escoteiro Lorenzo Rocha, por estarem aqui também presentes.
Cumprimento o Sr. Leonardo Alves, Superintendente da Casa da Moeda.
Também cumprimento Karina Leite, Superintendente dos Correios.
Cumprimento a todos os presentes e, em especial, a todos os irmãos escoteiros, e o faço cumprimentando o nosso eterno chefe Rubem Süffert, nosso Escoteiro-Chefe. (Palmas.)
Senhoras e senhores, os escoteiros do Brasil estão aqui hoje, no Senado Federal, representando milhões de crianças, adolescentes e jovens, voluntários e famílias que escreveram uma linda história e ergueram a União dos Escoteiros do Brasil.
Somos uma organização que congrega famílias. Somos quase cem mil associados, espalhados por todos os estados brasileiros e estamos em mais de 600 municípios do Brasil: uma organização voltada a apoiar a juventude na sua jornada de aprender, crescer, fazer, liderar e inspirar outros jovens e a sociedade.
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Nos últimos 20 anos, quase 1,5 milhão de pessoas foram impactadas diretamente pelo escotismo.
Em pesquisa recente, Senador, verificamos que mais de 80% das pessoas que passaram pelo movimento escoteiro, quando entrevistadas, revelam que agradecem aos escoteiros do Brasil pela contribuição positiva em sua vida.
Em um mundo cada vez mais próximo das guerras, somos 58 milhões de escoteiros presentes em mais de 175 países, que vivem as experiências da educação para a paz.
No escotismo, vivenciamos a cultura do respeito às pessoas, reconhecemos que somos diferentes e que essas diferenças colaboram para o crescimento individual e coletivo e que temos vulnerabilidades e potencialidades. Sabemos que, somente juntos, incluindo todos, podemos criar um mundo mais justo, fraterno e sustentável.
Em um mundo polarizado pela falta de diálogo, somos pela democracia, pela participação de todos, pela ajuda mútua, pelo aprender fazendo, sozinho e em grupo. Pode parecer utopia, um pensamento romântico do mundo, mas é possível. Preferimos pensar que estar sempre alerta para ajudar o próximo e praticar diariamente uma boa ação é um bom começo para aprender a liderar e contribuir para a construção de um mundo melhor.
Destaco algumas ações realizadas pelos Escoteiros do Brasil neste ano.
Está aqui com a gente o Presidente Everton, da Região Escoteira do Rio Grande do Sul. Presidente, na grande catástrofe que há pouco se abateu sobre o Rio Grande do Sul, eu liguei para várias famílias, Senador, até em solidariedade, para ver do que eles precisavam e saber como eles estavam e como estavam também os escoteiros, seus familiares e suas famílias.
Rapidamente, respondiam que estavam todos muito bem, mas precisavam de alimentos, fraldas, agasalhos, calcinhas, cuecas, cobertores, colchões e outros produtos. Não queriam para si, mas para as pessoas que os escoteiros estavam resgatando em seus barcos ou que estavam hospedando em suas sedes transformadas em abrigo ou onde estavam trabalhando como voluntários ou ainda para fazer as refeições que iam distribuir logo mais.
Acham que só os mais velhos estavam ajudando? Os meninos e meninas de oito anos, nove anos faziam cartinhas carinhosas que seguiam junto com cada kit de material de higiene pessoal que seria entregue pelos mais velhos para as pessoas que estavam ilhadas.
Neste ano de comemorações do centenário, resolvemos dar um presente para as comunidades onde atuamos: 100 mil árvores plantadas. Os Escoteiros do Brasil atenderam ao chamado, e já estamos próximos de alcançarmos essa meta.
Foram diversas ações desenvolvidas em todo o país. Mobilizamos familiares, organizações parceiras, prefeituras, comunidades, um verdadeiro mutirão pela sustentabilidade do planeta.
Estamos levando o escotismo para as escolas, preenchendo o espaço ocioso do contraturno, em que crianças e adolescentes podem aprender e se divertir, aprender a vencer desafios, aprender a importância de aprender, de estudar, de conhecer, de preservar o espaço escolar, colocando em prática as teorias, a importância de trabalhar em grupo, de liderar, de fazer sem medo de errar.
Quem disse que aprender é chato? Que a escola não é divertida?
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Na semana passada, um grupo de escoteiros da Escola Municipal Santa Inês, no interior da Bahia, que tem suas atividades nas terças-feiras e quintas-feiras à tarde, no contraturno, plantou árvores na escola e visitou o museu da cidade, para ganhar distintivos de especialidades. Não basta aprender; precisa fazer e compartilhar com os demais. Assim são os escoteiros.
Senador Flávio, essa é uma iniciativa que eu convido para participar, também está aqui o Senador Girão, que eu convido também para participar e ajudar os Escoteiros do Brasil. Podemos levar a oportunidade de ser escoteiro a muito mais crianças e jovens e ajudar as escolas públicas com atividades educativas que farão a diferença nas vidas de crianças e jovens e contribuirão para que essas crianças queiram ficar na escola.
Valorizamos a diversidade do ser humano e incluímos, com respeito e fraternidade, crianças, adolescentes, jovens e adultos. E utilizamos essa diversidade como ferramenta educativa.
Relato o depoimento de uma mãe de escoteiro, que foi publicado no jornal Folha do Litoral, de Aracruz, lá no Espírito Santo:
No início, quando o Enzo entrava em crise, eu sentia uma vontade de desistir e envolvê-lo em um casulo, para que não respingasse nele a incompreensão do mundo. Naqueles momentos de dúvidas e dor, recebemos o apoio dos escotistas [do grupo escoteiro de que fazemos parte], que [...] se dispuseram a estudar e compreender o comportamento atípico do meu filho. Sei que não foi fácil mudar toda a estrutura da alcateia e garantir a inclusão, a inserção social e real dele. Hoje, com méritos dos [voluntários do escotismo, os escoteiros] [...] respeitam as diferenças, são empáticos, acolhedores, não excluem o Enzo das atividades, pelo contrário, valorizam seus conhecimentos.
É o que relata a mãe Jucineia, desse escoteiro.
Poderia falar de inúmeras situações e atividades educativas que oferecemos, mas vou falar ainda dos acampamentos. Nos acampamentos, estava conversando aqui há pouco, desejo das crianças e dos jovens, entregamos a esses uma experiência única de fraternidade e vivência em harmonia com a natureza. Passar a noite em uma barraca, risadas ao pé de uma fogueira, cantar com os amigos e amigas, tomar banho de rio ou de chuva, só isso já seria muito bom. Mas ainda são oferecidas inúmeras atividades em que os jovens são desafiados. Esses desafios os fazem perceber que podem vencer qualquer barreira, que conseguem organizar o trabalho coletivo, fazer a sua parte, ajudar os outros a se superarem, sorrir nas dificuldades e ser feliz apesar dos resultados. Isso é estar pronto para a vida, Senador. É isso que entregamos para a juventude brasileira.
Não sabemos como será o futuro, mas essas crianças e esses jovens saberão como se adaptar, serão resilientes e vencerão os desafios que se apresentarão, e serão felizes.
Por fim, quero dizer que esses exemplos de atividades que relatei são a essência da prática do escotismo. Os escoteiros do Brasil, através do seu projeto e método educativo, sempre atual e em sintonia com a juventude, realizam essas atividades educativas há cem anos. São assim nesses cem anos, é isso que os escoteiros fazem.
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Hoje nos cabe agradecer e representar todas as gerações de voluntários que contribuíram com a formação de milhões de crianças, adolescentes e jovens, na esperança de formar pessoas felizes, líderes em suas comunidades, que gostam de gente, que respeitam as pessoas como elas são, que cultivam a paz, que preservam o planeta para as próximas gerações, que vivenciam suas crenças com alegria e respeito às demais, que acreditam na democracia e que contribuem para a criação de um mundo melhor para todos.
Senador Flávio Arns e todos que estão aqui presentes ou nos vendo através da TV Senado, esses são os relatos do que somos. Nossos valores são esses. Nós somos, com muito orgulho, os Escoteiros do Brasil.
Sempre alerta todos! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Muito bem!
Agradeço ao Ivan do Nascimento, que é Presidente da União dos Escoteiros do Brasil (UEB), inclusive fazendo esse apelo para os Prefeitos e Prefeitas, reeleitos ou eleitos, Vereadores, porque nós temos 600 municípios no Brasil com grupos escoteiros. Vamos, todos trabalhar em conjunto, coletivamente, com a comunidade, sob a orientação da UEB, para expandirmos esse número no Brasil, porque é essencial o escotismo na formação do jovem, da jovem, seja pela educação não formal, pelo grupo de amigos, pela saúde mental inclusive, formação do caráter, da liderança, do diálogo, da busca de convergência. O Brasil precisa disso. Os escoteiros são o exemplo de que isso é possível. Então, apelo a todos os municípios nesse sentido.
Passo a palavra ao Senador Eduardo Girão.
O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE. Para discursar.) - Sr. Presidente, meu querido amigo Senador Flávio Arns, tinha que ser o senhor a ser o autor, a ser o Presidente desta sessão histórica. Raramente, a gente vê o Plenário do Senado Federal completamente lotado.
Eu conheço muito pouco, confesso a minha ignorância, sobre a União dos Escoteiros do Brasil, a UEB, mas eu posso dizer uma coisa: todo escoteiro que eu conheci na minha vida, e não foram poucos, são pessoas de bem, íntegras, que inspiram fraternidade, que expiram lealdade, respeito à natureza, respeito ao próximo. E vocês estão de parabéns, porque cem anos, um centenário, é uma data muito especial, e esta Casa os recebe de braços abertos.
Você, que é quase nosso vizinho, Dr. Ivan do Nascimento, ali do Rio Grande do Norte, professor, a sua fala foi inspiradora. Fica a nossa responsabilidade. Você está aqui, nós estamos aqui, hoje, sendo presididos por um Senador que é um ícone, é uma referência da educação no Brasil, que é uma grande bandeira dele, e todos nós aqui o seguimos dentro dessa linha da educação, de valores humanos. E acredito muito que União dos Escoteiros do Brasil tem muito a colaborar.
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Quero também aproveitar para cumprimentar a minha querida Deputada Paula Belmonte, que foi escoteira. Soube também que o senhor foi escoteiro, Zilda Arns...
E também quero cumprimentar a minha conterrânea, a Madalena Carneiro, que estava ali me passando, me explicando um pouco dessa união, desse trabalho tão bonito que os escoteiros fazem no Brasil. Nós só temos é que ter gratidão por todos vocês. O meu amigo gaúcho, que estava ali... Desculpe-me, seu nome?
(Manifestação da plateia.)
Rubens. Ele é paulista e estava também ali conversando comigo. Trouxe os filhos aqui, não é?
Eu fico extremamente feliz em poder estar participando deste momento.
Parabéns, Senador Flávio Arns.
Parabéns também ao Sr. Procurador do Município de Curitiba, que é ex-Presidente da União dos Escoteiros do Brasil, Paulo Salamuni, suplente de um grande Senador da República aqui, o Senador Oriovisto Guimarães, um homem de bem. Olha só as coincidências, porque não existe coincidência, não é?
Então, parabéns aos jovens, a todos vocês que aqui estão.
Eu quero pedir desculpa, pois vou ter que sair. Vou ficar acompanhando. Tinha outros compromissos agendados, mas fiz questão de estar aqui, e vou acompanhar também a apresentação da Nyedja, que vai também, depois, colocar uma homenagem aqui.
Deus abençoe vocês.
Parabéns! Muita paz. (Palmas.)
O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE. Fora do microfone.) - Eu vou aprender. (Risos.)
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Agradecemos, Senador Eduardo Girão. E vamos juntos nessa caminhada de apoio.
Quero também aproveitar a oportunidade para saudar a família de outro grande ex-Presidente da União dos Escoteiros do Brasil, também do Paraná, Igor Kipman, falecido há poucos anos também... (Palmas.)
... e grande amigo nosso.
Então, a saudação e o abraço para a família também.
Solicito à Secretaria-Geral da Mesa a exibição de um vídeo institucional.
(Procede-se à exibição de vídeo.) (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Passo, em seguida, a palavra ao Sr. Paulo Salamuni, Procurador Municipal na cidade de Curitiba, ex-Presidente da UEB e também Primeiro-Suplente do Senador Oriovisto Guimarães, do Paraná, e grande amigo. Se fôssemos contar todas as histórias, ficaríamos algum tempo aqui.
Com a palavra, Paulo.
O SR. PAULO SALAMUNI (Para discursar.) - Mais escoteiros, melhores cidadãos. Esta é a nossa missão.
Os árabes dizem "maktoub", está escrito. Estava escrito, meu estimado amigo, Senador da República e Presidente desta sessão, Senador Flávio Arns, que o meu primeiro pronunciamento nesta tribuna viesse a ser exatamente uma homenagem à União dos Escoteiros do Brasil.
Eu quero cumprimentá-lo, Senador, e já de pronto agradecer ao senhor, lembrando que a gratidão é a memória do coração. Quero agradecer ao seu gabinete e a V. Exa., e o faço nas pessoas do suplente Flávio Vicente, seu assessor, que foi contemporâneo meu, Vereador - ele em Maringá; eu em Curitiba -, professor; e do estimado - já posso dizer - escoteiro honorário Aires, o Aires Neves. O Aires já foi protagonista da outra sessão que nós fizemos em homenagem aos 100 anos do Movimento Escoteiro mundial, em 2007. Então, obrigado a vocês e estenda a todo o seu gabinete.
Eu estou aqui também a pedido e em nome do Senador Oriovisto Guimarães, seu dileto amigo e colega, pela impossibilidade de estar aqui, para também representá-lo, ele que foi escoteiro e chefe escoteiro no interior do Paraná.
Estimado Presidente da União dos Escoteiros do Brasil, Ivan Nascimento, quero saudá-lo de forma entusiasmada, assim como saudar os Vice-Presidentes: a nossa querida amiga de longa data, Carmen Barreira, e o Irineu Resende, que provavelmente está nos acompanhando, que são os Vice-Presidentes da União dos Escoteiros do Brasil.
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Quero, da mesma forma, saudar a Diretora-Presidenta da Região Escoteira do Distrito Federal, a amiga Mônica Saraiva de Albuquerque; a escoteira Manuela Rocha Silva Macêdo Pereira - Manuela, você nos representa a todos -; e o escoteiro do Distrito Federal Lorenzo Rocha Almeida.
Quero saudar, de forma muito entusiasmada, porque o Brasil nos acompanha... O nosso velho Ulysses Guimarães, sempre que saudava os seus apoiadores, dizia: "S. Exas. os militantes". E eu aqui quero devolver às S. Exas. lobinhas e lobinhos, escoteiras e escoteiros, guias e seniores, pioneiras e pioneiros, dirigentes e escotistas que fazem voluntariamente esse trabalho em prol do Brasil, da juventude do Brasil, e não poderia ter um lugar mais adequado e ideal para estarmos, no Senado da República, que é a Casa do Brasil, para homenagear essa instituição de tamanha grandiosidade pelo que representa para o Brasil e para a juventude do Brasil. Todos nós, a grande maioria... Temos inúmeros voluntários no Brasil com espírito profissional, porque fazem com excelência e de forma profissional.
Eu aqui quero saudar a Ana e a Denise por tudo o que fizeram, porque são profissionais e com espírito voluntário, para que tudo pudesse ocorrer.
Senador Flávio Arns, é preciso fazer alguns registros aqui. Eu quero registrar aqui que o Senador Girão e a Deputada Paula Belmonte falaram que não poderia ser outro, pela dedicação que o Flávio tem às causas do Brasil e da sociedade organizada no Brasil.
Mas vamos mais longe um pouco. Eu me emociono muito, porque, dos 100 anos da União dos Escoteiros do Brasil, eu, neste ano, faço parte, ininterruptamente, de 50 anos exatamente, metade dessa história, e tive a honra e o privilégio, por onde eu passei - eu sou embaixador disso - de ter sido chefe do meu grupo, Presidente da nossa região do Paraná e por oito anos como Presidente da União dos Escoteiros do Brasil.
Mas eu preciso falar a vocês que nós vamos mais longe, Senador Flávio, porque eu quero dedicar esta sessão, muito sensibilizado e emocionado, a um escoteiro, a um escoteiro especial, que foi o seu filho Osvaldo. A sua dedicação, a da Odenise, sua esposa, e a do grupo escoteiro que o acolheu, a um filho especial, que tinha poucos anos de vida, pela sua dedicação, pelo amor do senhor como pai, como mãe, pela causa das APAEs, fez com que ele vivesse muito além do que a ciência e a expectativa deram a ele. Isso é reconhecido! Então, que nós dediquemos ao Osvaldo, ao escoteiro Osvaldo Arns, que leva o mesmo nome do seu pai, o saudoso Professor e Reitor da Pontifícia Universidade Católica, então Universidade Católica, que foi meu reitor e amigo de longa data... Eu dedico ao senhor e à sua família, ao nosso Flávio... Lembro, ainda, que o Flávio foi Presidente, durante muitos anos, da União Parlamentar Escoteira do Brasil. Estivemos juntos, Flávio - V. Exa. representando a Câmara, junto com o saudoso Deputado João Faustino -, no Chile, em Valparaíso: eu, como Vereador, representando a UEB; V. Exa. representando a Câmara Federal; e o nosso saudoso e inesquecível Igor Kipman representando o Itamaraty, Embaixador que ele era. Estivemos lá e fomos recebidos pelo Presidente da República - isso no ano de 1992! -, o Presidente do Chile, Patricio Aylwin.
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Eu quero saudar, de forma também tão entusiasmada - eu vejo aqui ex-Presidentes -, o meu Escoteiro-Chefe, Rubem Süffert, Escoteiro-Chefe do Brasil, e a sua esposa, Zalex. Eu tenho... Ele é muito novo, sempre foi precoce, porque eu tenho os meus certificados assinados por ele! Inclusive, no Acampamento Nacional Escoteiro da Integração, em Desvio Rizzo, Caxias do Sul, em 1974, o senhor era o Chefe de Campo, e eu, o monitor da Patrulha Pantera.
Quero agradecer, Rubem...
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PAULO SALAMUNI - Então, somos confrades, aí, de patrulha.
Quero saudar, então, Rubem, com esta homenagem, todos aqueles muito antigos, porque são cem anos, Flávio, não é? É um século! Inclusive, quero falar de uma pessoa que foi muito cara a esta Casa e ao Brasil, que é o Senador Guido Mondin, Ministro Guido Mondin. Peço uma salva de palmas. (Palmas.) Nos momentos mais difíceis, ele estendeu a mão aos escoteiros do Brasil; inclusive, na entrada principal do gabinete da Presidência, há uma obra de arte - que, infelizmente, um tempo atrás, alguns vândalos acabaram arrebentando, mas acabou de ser restaurada -, que é a obra de arte pintada por ele, pelo Senador, que foi escoteiro na vida e auxiliou demais a União dos Escoteiros do Brasil.
Quero saudar o Alessandro Vieira, que foi Presidente. Eu vejo aqui vários ex-Presidentes de região, Presidentes. O Alessandro foi Presidente, e, quando eu fui Presidente, ele era Presidente da Região Escoteira do Distrito Federal, e fizemos boas coisas juntos; inclusive, a bela sede que está lá foi fruto dessa nossa parceria.
Quero dizer aqui aos Superintendentes dos Correios da alegria de tê-los aqui. Nós temos um ex-Comissário Regional - ele está, acho, com quase 100 anos -, lá no Paraná, o Prof. Ernani Straube, que tem uma das maiores coleções de selos do Brasil e muitos selos do movimento escoteiro. Imagine o quanto, ao longo desses anos de atividades... Foi, assim, no Jamboree Pan-Americano, nos dois lançamentos, em Foz do Iguaçu; na Conferência Mundial que foi realizada aqui; na Conferência Interamericana que foi realizada em Curitiba. E também temos, Sr. Superintendente, muitas moedas cunhadas ao longo do tempo em homenagem aos escoteiros.
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Eu quero dizer, e o nosso Presidente Ivan já falou sobre a nossa instituição, que, para nós chegarmos aqui, Senador Flávio Arns...
(Soa a campainha.)
O SR. PAULO SALAMUNI - ... foi preciso a coragem de milhares e milhares de voluntários. E a coragem é a matéria-prima da civilização. Sem ela, o dever e as instituições perecem. Sem a coragem, as demais virtudes sucumbem na hora do perigo. Sem a coragem, não haveria a cruz nem os Evangelhos. Foi preciso muita coragem para chegar aqui.
E quando o Senado da República homenageia a União dos Escoteiros do Brasil, é porque nós chegamos. Nós chegamos, chegamos! Esperamos este dia, este centenário como o vigia espera a aurora. Bem-aventurados os que chegam! Não nos desencaminhamos na longa jornada, não caímos no caminho. Cem anos da União dos Escoteiros do Brasil! O nosso "Sempre alerta!" aos escoteiros.
Eu vou concluir aqui, Senador, com um roteiro, porque o escoteiro - a palavra "escoteiro" é até usada como em "Ele caminha escoteiramente" - é aquele que vai à frente, vai abrindo caminho, que caminha, como o Caio Vianna Martins, o escoteiro símbolo do Brasil, caminhou, com as suas próprias pernas. E para caminhar é preciso ter um roteiro, uma bússola, um norte.
Eu quero fazer a homenagem a todos os escoteiros do Brasil, à União dos Escoteiros do Brasil, de um poema de um poeta português chamado Sidónio Muralha, que faleceu, fugido da ditadura de Salazar, lá em Curitiba. Sua esposa ainda é viva, uma médica, e há lá uma fundação chamada Sidónio Muralha.
Ele tem um poema que define os escoteiros como são, e eu, com este poema, homenageio V. Exa., Flávio: obrigado pelo seu "sim" de sempre. O Flávio esteve junto conosco, foi pessoalmente ao Jamboree Mundial do centenário dos escoteiros da Inglaterra, foi conosco a todos os eventos, nunca nos faltou nesse aspecto. E é por isso que o senhor é um legítimo representante do povo brasileiro aqui no Senado da República.
Diz o Sidónio Muralha... E com isso eu concluo, homenageando a todos que estão aqui presentes. Esta é a marcha, é a jornada de um escoteiro. Quantas pessoas nós conhecemos, quantas atividades, quantos fogos de conselho, quantos acampamentos, quantas jornadas com pessoas inesquecíveis e especiais?
Diz o Sidónio Muralha, então vale para todos nós:
Parar. Parar não paro.
Esquecer. Esquecer não esqueço.
Se caráter custa caro
pago o preço.
Pago embora seja raro.
Mas homem [e mulher, escoteira e escoteiro] não têm avesso
e o peso da pedra eu comparo
à força do arremesso.
Um rio, só se for claro.
Correr sim, mas sem tropeço.
Mas se tropeçar, [eu] não paro
- não paro nem mereço.
E que ninguém me dê amparo
nem me pergunte se padeço.
Não sou nem serei avaro
- se caráter custa caro
pago o preço.
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Viva o Brasil!
Viva a União dos Escoteiros do Brasil!
Obrigado, Senador Flávio Arns!
Este é um marco: chegamos aos cem anos!
E Baden-Powell dizia: para ver se algo dá certo na vida, tem a unidade de tempo de dez anos.
Portanto, a UEB (União dos Escoteiros do Brasil) já deu certo dez vezes.
Vamos bem alto!
Uma vez escoteiros: sempre escoteiros!
(Manifestação da plateia.)
O SR. PAULO SALAMUNI - Um por todos: todos por um!
(Manifestação da plateia.)
O SR. PAULO SALAMUNI - E o nosso lema: "Sempre alerta!".
(Manifestação da plateia.) (Palmas.)
O SR. PAULO SALAMUNI - Para o Senador: um, dois, três! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Obrigado, Paulo Salamuni. Obrigado também pela homenagem, pela lembrança a Osvaldo Arns Neto, neto do Osvaldo Arns, Professor seu, seu Reitor.
E eu sempre me dirigia a ele também como "grande filho". E ele respondia: "Aí, grande pai".
Estávamos juntos sempre, e faz muita falta, mas fica o exemplo e a referência.
Concedo a palavra à Sra. Mônica Saraiva de Albuquerque, Diretora-Presidente da Região Escoteira do Distrito Federal.
A SRA. MÔNICA SARAIVA DA SILVA DE ALBUQUERQUE (Para discursar.) - Boa tarde, escoteiros, escoteiras. Boa tarde, Senador e todos os presentes.
Celebrar os cem anos da União dos Escoteiros do Brasil com esta sessão solene, nesta Casa, nos enche de orgulho e nos traz a certeza de que estamos fazendo certo, de que trabalhar em prol do jovem da nossa sociedade é, sim, fazer o nosso melhor possível por nossa juventude e pelo mundo.
A celebração deste centenário relembra tantos momentos vividos na história, na história do Brasil, tantos momentos de superação, em que sorrimos nas dificuldades e mantivemos o nosso "sempre alerta" no aprender fazendo, na superação de desafios e no ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião, honrando a nossa promessa escoteira. Relembra os momentos que nos fizeram chegar até aqui, das crianças, jovens e adultos que fizeram e fazem parte desta história, deste centenário.
Esses momentos, essas lembranças nos guiam rumo aos próximos cem anos da União dos Escoteiros do Brasil, porque, se deu certo, devemos continuar!
Ter o reconhecimento e o apoio do poder público ao movimento escoteiro nos auxiliará no crescimento do escotismo e no atingir mais jovens, crianças e também adultos, para que tenhamos melhores cidadãos para o mundo.
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Desejo que o sonho de Baden-Powell e dos nossos fundadores da União dos Escoteiros do Brasil continue a crescer em nossos corações.
Desejo a todos nós um "sempre alerta". (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Muito bem.
Agradeço à Presidente, Coordenadora-Presidente... Diretora-Presidente, não é? Que bom.
A SRA. MÔNICA SARAIVA DA SILVA DE ALBUQUERQUE (Fora do microfone.) - Assim... Aqui...
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Ah, sim! Aqui, olha!
A SRA. MÔNICA SARAIVA DA SILVA DE ALBUQUERQUE (Fora do microfone.) - Uma vez escoteiro, sempre escoteiro.
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - É, uma vez escoteiro, sempre escoteiro.
Agradeço à Diretora-Presidente da Região Escoteira do Distrito Federal, Mônica Saraiva de Albuquerque.
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - E temos a honra também de ter aqui a Paula Belmonte, que é Deputada Distrital no Distrito Federal.
Gostaríamos de passar a palavra a V. Exa. também, Deputada Paula Belmonte, escoteira. Não é que foi escoteira: uma vez escoteira... Como é que é? Uma vez escoteira...
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Isso mesmo. (Pausa.)
Eu acho que é melhor por aqui, Paula. Lá é a rampa. É importante a gente sempre pensar na acessibilidade, não é? Então, essa rampa aqui permite que qualquer pessoa em cadeira de rodas possa chegar aqui à Mesa Diretora sem o apoio de ninguém. Isso é acessibilidade.
Então, com a palavra, Paula Belmonte.
A SRA. PAULA BELMONTE (Para discursar.) - Senador, primeiramente, eu quero dizer da minha emoção de estar aqui com esse lenço, vestida com este lenço, na Câmara Alta do nosso país, comemorando os cem anos do escotismo.
Eu aqui ouvi a palavra do Presidente Ivan, falando da representatividade e de todo o trabalho que o escotismo faz. Ouvi aqui a palavra também do ex-Presidente Paulo, que nos traz história. Nós assistimos a esse vídeo institucional, com que eu acredito que muitos de nós nos emocionamos. Porque eu faço parte... Tenho 51 anos, Senador, e 45 anos atrás eu fiz parte da primeira Alcateia feminina do Marechal Rondon, que eu estou vendo aqui (Palmas.) e da qual temos a Carmen, o Rubem, que me conhecem desde pequena. Eu sou de uma família de quatro filhos, e nós todos fomos lobinhos, escoteiros, guias seniores e pioneiras.
Fiz parte também da Patrulha Pantera e fui monitora da Patrulha Caxinguelê. Depois, eu fui para o Grupo Escoteiro Messiânico. Estou vendo aqui alguns amigos que sabem o que a gente vivenciou e se emocionam. Depois, nós fomos para o Moraes Antas.
Quero cumprimentar aqui a Mônica, que é a nossa Presidente aqui do Distrito Federal; cumprimentar Lorenzo e Manuela, que significam essa nova geração, vocês estarem aqui.
Mas eu quero falar da minha experiência com o escotismo. Eu entrei como lobinha e fui, como eu disse, escoteira. À época em que eu era lobinha, nós tínhamos que ainda passar pasta de dente no cinto.
Como escoteira, Senador - eu estava lembrando esses dias -, reconheci uma pessoa. Estava numa audiência pública como Presidente da Comissão de Fiscalização e Transparência, e eu falei: "Eu conheço você. Como é seu nome?". Aí ela falou: "Bianca". E foi escoteira conosco, Alessandra. Lá no Messiânico ainda. Naquela época, nós ainda vestíamos meia cinza e saia cinza até o joelho. E eu, na minha adolescência dos 14 anos, não tinha vergonha; muito pelo contrário, eu andava pelas ruas de Brasília com muita honra de vestir esse uniforme. Era a época em que ainda tínhamos que lustrar o cinto, e tínhamos inspeção para verificar como estava a nossa gandola. E fazíamos... Quem é aqui de Brasília conhece, fiz uma excursão da Igreja Messiânica, andando, eu e mais três, até o Vale do Amanhecer.
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(Manifestação de emoção.)
O escotismo me ensinou a fazer o melhor possível. O escotismo me ensinou a estar sempre alerta. O escotismo me ensinou a servir a população.
Então, hoje, eu não faço parte, efetivamente, de algum grupo escoteiro, mas quero aqui registrar que, no escotismo, nós temos, em Brasília e no Brasil, pessoas do bem, como foi falado.
Hoje, temos Deputados, temos Senadores, mas temos bombeiros, temos professores, temos pessoas que fazem a diferença.
Quero dizer, Senador, que achei muito justa a homenagem a um filho. Eu sei o que é a perda de um filho. Eu perdi também um filho e estou na política pelas nossas crianças. O senhor é uma referência na educação, como foi dito aqui pelo Senador Eduardo Girão. E, como estamos aqui numa sessão solene, gravada, e muitas pessoas estão nos escutando e vão nos escutar, gostaria de falar para as pessoas algo que para mim é muito significativo, que é a promessa escoteira.
Vamos lá. Vocês podem me ajudar?
Não estou encontrando aqui, eu até li.
"Prometo pela minha honra..."
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Então, vamos ficar em pé e renovar a promessa escoteira, não é?
A SRA. PAULA BELMONTE - "Prometo pela minha honra fazer o melhor possível para: cumprir meus deveres para com Deus e a minha pátria; ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião; obedecer à lei escoteira; e servir a União dos Escoteiros do Brasil".
(Manifestação da plateia.)
A SRA. PAULA BELMONTE - Que Deus nos abençoe! E uma vez escoteiro, sempre escoteiro.
Grata por esta sessão tão linda, Senador, e que Deus abençoe cada um de vocês. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Agradeço à Paula Belmonte. Parabéns pelas palavras, todas muito importantes, fortes, e por esse apelo para todos os Prefeitos, Prefeitas - como dito antes -, Vereadores, Vereadoras, Deputados Estaduais - a Paula Belmonte é Deputada Distrital -, para termos o Movimento Escoteiro sob a orientação da UEB, e os regionais também e estaduais, em todos os municípios do Brasil, não é verdade? Isso é importante.
Parabéns!
Obrigado, Deputada Paula Belmonte.
Esta é uma mesa não só Diretora, mas uma mesa redonda. Sintam-se todos e todas incluídos.
Passo, em seguida, a palavra, com muita honra, para as pessoas em função das quais estamos aqui, que são a Manuela e o Lorenzo, representando todos os jovens, crianças e adolescentes do Brasil.
Então, eu passo, em primeiro lugar, a palavra para a Flávia, quase minha xará, mãe da Manuela, e para a Manuela para também falarem um pouco da experiência e da participação no escotismo e como isso influenciou também a caminhada de vida, não só da Manuela, mas também da família, e como vocês veem isso para o restante do Brasil.
A SRA. FLÁVIA ROBERTA ROCHA SILVA MACÊDO PEREIRA (Para discursar.) - Boa tarde a todos.
Estou extremamente emocionada com todas as falas que já foram ditas aqui.
Eu fui jovem no Movimento Escoteiro, aqui em Brasília, Grupo Escoteiro João XXIII, que é o 7º DF, e tenho uma maternidade atípica. Sou mãe da Manuela, que é uma pessoa com deficiência intelectual e deficiência física. Quando os meus filhos alcançassem a idade de ingressar no Movimento Escoteiro, eu tinha certeza de que os levaria. A princípio, com um pensamento bem capacitista, eu imaginei levar o meu filho, que não tem deficiência, mas, chegando ao grupo, a chefia olhou e falou assim: "Mas por que a Manu não vai entrar?". E eu, colocando aquele monte de muros e obstáculos, não imaginava e não idealizava a Manuela realizando as atividades, mas me senti empolgada pela empolgação dela ao convite espontâneo.
Nós que somos pais de crianças atípicas, normalmente, não somos convidados a levar nossas crianças a muitos lugares. Então, quando a gente recebeu o convite, a gente sentiu um coração aberto. Eu voltei para o meu grupo, para o grupo em que eu fui jovem, e ali, assim, não foi nada fácil, mas foi tudo possível; foi tudo possível porque as pessoas que estavam ali - e aí eu vou estender à comunidade escoteira do Distrito Federal, a princípio - começaram a enxergar essa possibilidade junto com a gente. Então, a gente passou a trabalhar todas as possibilidades para que a Manuela conseguisse praticar o escotismo e entender os valores que são propostos dentro do Movimento Escoteiro como todas as demais crianças. E aí a gente foi construindo coisas muito grandes.
A gente construiu uma Manuela mais autônoma, uma Manuela que tem coragem de falar na frente de um monte de pessoas. Ela era uma criança bem retraída, mas entendia que, naquele espaço ali, a fala dela seria acolhida, e essa fala de acolhimento se estendeu para todas as áreas da vida dela. E aí, assim, ela consegue dizer do jeito dela, da forma dela tudo aquilo que ela quer, porque ela tem certeza de quem ela é, e o Movimento Escoteiro tem muita participação nisso. O Movimento Escoteiro nos ajudou a construir uma Manuela empoderada, uma Manuela que se enxerga capaz.
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Então, essa Manuela que se enxerga capaz mostra para a gente o valor que o Movimento Escoteiro tem. E, se for falar especificamente das crianças atípicas, neurodivergentes, que são uma grande população e precisam ser acolhidas, o Movimento Escoteiro abre as portas para essas famílias.
A gente entende que o voluntariado é precário, no sentido de quantidade de adultos na acolhida, mas toda família que aceita o desafio tem as portas abertas, e a gente recebe mais uma família membro do Movimento Escoteiro.
Então, eu estou muito emocionada de estar aqui; emocionada porque fui jovem; emocionada, porque eu conheço a história dessa instituição; emocionada, porque a minha família toda é abraçada por essa instituição - a gente tem lá a Manu, tem a vó da Manu, tem primos. E eu vejo o quanto o movimento escoteiro propicia para uma série de crianças que não tinham possibilidades, não é?
E hoje eu sou a Akelá lá no meu grupo escoteiro e eu tenho uma série de crianças atípicas, que também estão experimentando a mesma oportunidade que a Manuela teve. E, quando a gente ouve o retorno de pais e mães dizendo assim: "Está autônomo nesse sentido; começa a construir uma frase; toma a frente de uma atividade", muitas pessoas típicas talvez não consigam enxergar a dimensão do que são pequenos alcances para eles, mas para a gente é significativo demais.
E, hoje, ver a Manuela representando o movimento escoteiro no espaço de maior decisão do nosso país, sentada no Plenário aqui, representando uma classe que a gente sabe que tem muita gente que precisa se ver representada aqui, eu digo que isso é a força do movimento escoteiro. É para isso que a gente está aqui, para dizer para qualquer jovem que ele pode, sim, e pode sempre.
E acho justo a Manu falar o que ela pensa desse movimento e o que ela acha. Ela tem alguma dificuldade de lembrar algumas coisas, não é, filha?
A Sra. Manuela Rocha Silva Macêdo Pereira (Para apartear.) - É.
A SRA. FLÁVIA ROBERTA ROCHA SILVA MACÊDO PEREIRA - Mas você vai falar.
Acho que está todo mundo esperando.
Boa tarde.
A Sra. Manuela Rocha Silva Macêdo Pereira - Boa tarde. (Palmas.)
A SRA. FLÁVIA ROBERTA ROCHA SILVA MACÊDO PEREIRA (Fora do microfone.) - O que você quer falar do movimento escoteiro? Você se sente como lá?
Pode falar.
A Sra. Manuela Rocha Silva Macêdo Pereira - Confortável.
A SRA. FLÁVIA ROBERTA ROCHA SILVA MACÊDO PEREIRA (Fora do microfone.) - Confortável? Você gosta de estar lá?
A Sra. Manuela Rocha Silva Macêdo Pereira - Gosto.
A SRA. FLÁVIA ROBERTA ROCHA SILVA MACÊDO PEREIRA (Fora do microfone.) - E o que você já fez lá?
A Sra. Manuela Rocha Silva Macêdo Pereira - Torre de escalada.
A SRA. FLÁVIA ROBERTA ROCHA SILVA MACÊDO PEREIRA (Fora do microfone.) - Hum... O que mais? Você já foi em cachoeira?
A Sra. Manuela Rocha Silva Macêdo Pereira - Já fui em cachoeira.
A SRA. FLÁVIA ROBERTA ROCHA SILVA MACÊDO PEREIRA (Fora do microfone.) - O que mais? Onde você estava ontem? A... cam...
A Sra. Manuela Rocha Silva Macêdo Pereira - Acampamento.
A SRA. FLÁVIA ROBERTA ROCHA SILVA MACÊDO PEREIRA (Fora do microfone.) - E você gosta de estar lá? Você se sente incluída?
A Sra. Manuela Rocha Silva Macêdo Pereira - Sinto.
A SRA. FLÁVIA ROBERTA ROCHA SILVA MACÊDO PEREIRA (Fora do microfone.) - O que você acha que as pessoas pensam quando te veem lá
A Sra. Manuela Rocha Silva Macêdo Pereira - Eu acho que as pessoas pensam que eu sou capaz.
A SRA. FLÁVIA ROBERTA ROCHA SILVA MACÊDO PEREIRA (Fora do microfone.) - É isso! (Palmas.)
Quer falar mais alguma coisa? Não? Está bom! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Muito bem.
Agradecemos à Flávia, à Manu - Manuela. Parabéns!
O depoimento é muito importante e interessante, porque esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo para o Brasil todo e depois vai ser retransmitida em horários diferentes também.
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Isso sempre vai gerar discussão, debate, encaminhamentos, e o depoimento, a fala sua - viu, Manuela? - e a da Flávia, tão bonitas, tão importantes, também vão impactar, vão fazer com que mais pessoas se engajem nesse esforço, para que ninguém fique... Os ODS falam, ninguém fique para trás. Nos escoteiros, que ninguém fique para fora do Movimento Escoteiro, que tenha a chance e a oportunidade - palavra bonita que a Flávia usou, e a Manuela também, as duas usaram - de ser acolhido. Acho que a coisa mais bonita da vida é alguém ser acolhido.
Muito bom. Passo, em seguida, a palavra ao Lorenzo Rocha. (Pausa.)
Você vai à tribuna, Lorenzo? Está bom. Manda brasa aí. (Risos.)
Lorenzo Rocha Almeida, jovem escoteiro do Distrito Federal.
O SR. LORENZO ROCHA ALMEIDA (Para discursar.) - Boa tarde.
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Boa tarde.
O SR. LORENZO ROCHA ALMEIDA (Para discursar.) - Eu vim falar com vocês o que é o escotismo para mim. Eu sou escoteiro desde sempre, desde pequenininho, tipo um ano de idade. Minha família inteira faz parte do Movimento Escoteiro. O escotismo para mim é uma forma de ver o mundo, é uma forma de viver, é uma formação do meu caráter.
Muitas pessoas, muitos amigos falam que eu estou perdendo o meu sábado, que a gente poderia estar curtindo, se divertindo, saindo para os lugares, e eu discordo muito do pensamento deles, porque o escotismo é uma coisa muito importante para mim. Fez eu ser quem eu sou hoje em dia, faz parte das minhas escolhas em todas as situações da minha vida, desde alguma coisa na escola a algo fora dela. Então, para mim o escotismo é um estilo de vida, é uma forma como eu vejo o mundo.
E, agora, a gente está completando cem anos da UEB. Eu queria agradecer aos meus chefes e às pessoas do passado que fizeram o movimento ser como ele é hoje em dia, dentro do Brasil e fora dele.
Então, eu só tenho que agradecer a vocês, um grato gratíssimo para todo mundo. Obrigado.
Sempre alerta! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Quero cumprimentá-lo. Muito bom.
O SR. LORENZO ROCHA ALMEIDA - Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Parabéns, hein? Mensagem bonita.
Lorenzo Rocha Almeida, jovem escoteiro do Distrito Federal. Foi uma mensagem muito importante, bonita e inspiradora.
Assistiremos, agora, a uma contação de história apresentada pela Sra. Nyedja Gennari. (Pausa.)
A SRA. NYEDJA GENNARI - Senhoras e senhores, boa tarde.
As histórias marcam, inspiram, emocionam, divertem, são inventadas ou reais. Por isso, neste momento, eu convido cada um de vocês a uma viagem, uma viagem para uma história real, emocionante e inspiradora. Então, apertem o cinto da imaginação - ou o soltem, se preferirem - e venham comigo para o tempo do "era uma vez", onde tudo é possível, e cada palavra nos leva a um novo mundo. Vamos juntos por essa história?
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Era uma vez, um sonho que cruzou mares e montanhas, trazendo ao Brasil um movimento que mudaria vidas e inspiraria gerações.
Há cem anos, em 1910, o escotismo, fundado por Baden-Powell, na Inglaterra, chegou ao nosso país. Não foi apenas uma ideia que desembarcou, mas um chamado para formar jovens corajosos justos e prontos a ajudar.
No início, eram apenas pequenos grupos espalhados pelas grandes cidades, despertando a curiosidade da sociedade, mas a magia do escotismo logo conquistou corações, com seus valores de respeito à natureza, ao próximo e à vida honrada.
Em pouco tempo, de norte a sul, as barracas foram armadas, as fogueiras acesas e as bandeiras tremulavam, simbolizando uma união em torno de algo maior, um compromisso com o mundo e com o futuro.
Em 1924, no Rio de Janeiro, o escotismo brasileiro deu um passo histórico, sob o convite de Benjamin Sodré e Mário Cardim, associações como a dos Escoteiros Católicos do Brasil, a Confederação Brasileira de Escoteiros do Mar e a Confederação dos Escoteiros do Brasil uniram-se em uma só organização.
Esse marco não apenas atendeu ao chamado de Baden-Powell, mas também abriu portas para que o Brasil fosse representado como a unidade da Liga das Nações, um momento de união que ecoou como exemplo de força e propósito. E como não mencionar o exemplo inspirador de Caio Vianna Martins? Em 1938, ele protagonizou um ato de bravura que se tornou eterno no movimento escoteiro. Durante um acidente que envolveu sua tropa, Caio, monitor de sua patrulha, cuidou dos feridos e pensou primeiro nos outros, mesmo em meio à adversidade. Hoje, seu gesto heroico é lembrado por meio da Medalha Cruz de Valor Caio Vianna Martins, concedida apenas a escoteiros que realizam atos de coragem e heroísmo exemplares.
Em 1950, outro marco mudou a história do movimento no Brasil. Após décadas de trabalho, foi aprovada a unificação da União dos Escoteiros do Brasil (UEB), encerrando as federações e associações existentes. Esse sonho de unidade tornou-se realidade graças às pessoas como o Prof. Ernani Costa Straube, paranaense, que, aos 96 anos, ainda é um exemplo vivo de dedicação, com mais de 80 anos de serviço ao escotismo. Junto a ele, muitos outros irmãos escoteiros ajudaram a construir a base sólida que temos hoje.
O movimento cresceu, adaptou-se aos seus tempos e tornou-se mais inclusivo, abraçando a diversidade e acolhendo todas as religiões. Mais do que um passatempo, o escotismo tornou-se uma escola de vida.
Em tempos de paz, ensinou união.
Em tempos difíceis, foi um farol de resiliência e força.
Cada acampamento, cada jornada e cada desafio foram lições que moldaram líderes e cidadãos conscientes, prontos para enfrentar o futuro.
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Neste ano tão especial de 2024, o centenário trouxe desafios e conquistas que reafirmam o compromisso dos escoteiros com os seus ideais. No Rio Grande do Sul, onde um evento climático extremo atingiu 90% dos municípios, os escoteiros rapidamente se mobilizaram, ajudando as suas comunidades em momentos de grande dificuldade.
No mesmo ano, o maior Jamboree Nacional Escoteiro reuniu quase 7 mil participantes, integrando regionais e associações de todo o país, em uma celebração de união e aprendizado.
Ao longo desses cem anos, o escotismo do Brasil transformou-se em um movimento de inclusão, liderança e amizade. Jovens que passaram por ele tornaram-se líderes, profissionais e, acima de tudo, cidadãos conscientes e felizes.
Hoje, ao celebrarmos este centenário, olhamos para trás com gratidão e para o futuro com esperança. Os escoteiros brasileiros seguem prontos para oferecer às crianças e jovens um programa educativo, sintonizado com as demandas do mundo atual.
Não sabemos exatamente como será o futuro, mas sabemos que os jovens formados pelo escotismo estarão preparados para liderá-lo. Guiados pelos valores de fraternidade, responsabilidade, respeito às diferenças e amor ao próximo, eles continuarão construindo um mundo ideal, e assim a história dos escoteiros brasileiros continua a ser escrita, inspirada pela chama que nunca se apaga e pelo compromisso de fazer sempre o melhor para servir.
Hoje, nesta sessão especial, aqui no Senado Federal, rendemos homenagens a todos que compõem o movimento escoteiro, a cada jovem, líder, voluntário e apoiador que carrega no peito o verdadeiro espírito escoteiro, o espírito que nos ensina a nunca desistir, a permanecer sempre alerta frente aos desafios, a entregar o coração em cada ato de fazer o melhor possível e a dedicar as ações ao mais nobre propósito: servir.
Que essa chama de compromisso e fraternidade continue a iluminar o Brasil e o mundo, inspirando gerações a construir um futuro mais justo, inclusivo e cheio de esperança.
Eu sou Nyedja Gennari, contadora de histórias. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Agradecemos a você, Nyedja Gennari. Parabéns!
Convidamos, neste momento, o Sr. Ivan do Nascimento, Presidente da UEB (União dos Escoteiros do Brasil), que irá agraciar com medalhas as seguintes personalidades.
Para receber a Medalha Impeesa, convido o Sr. Rubem Süffert, em agradecimento pelos 60 anos de serviços prestados.
O Sr. Rubem está aqui presente. (Palmas.)
Peço que o filho e os netos... Parece que estão aqui também? (Pausa.)
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Estão bem aqui também. Podem subir aqui. O filho já está aqui, o neto também. São três gerações.
O SR. RUBEM SÜFFERT (Fora do microfone.) - Tenho 12 netos. (Risos.) (Pausa.)
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Pode subir aqui, pela escada aqui, no lado direito. Isso. A esposa também. (Pausa.)
A esposa, por favor, aqui, juntos.
Agradecemos pela presença. Que bom!
O SR. PAULO SALAMUNI (Fora do microfone.) - Então, vamos lá! Ao nosso Escoteiro-Chefe: um, dois, três. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Ivan do Nascimento, com a palavra.
O SR. IVAN ALVES DO NASCIMENTO - "A União dos Escoteiros do Brasil, atendendo aos relevantes serviços prestados, concede a Rubem Süffert a Medalha Impeesa, de acordo com decisão do Conselho de Administração Nacional.
Data: 11 de novembro de 2024."
(Procede-se à entrega da Medalha Impeesa ao Sr. Rubem Süffert.) (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Muito bem.
Aproveitando a presença do Rubem Süffert, a quem a gente parabeniza pelo recebimento da medalha, mas também pela caminhada de vida em conjunto com a família, porque uma caminhada de vida tem a participação, sem dúvida, da esposa, dos filhos, dos netos, é uma caminhada da família.
E aproveitamos, Rubem, porque também o senhor será agraciado com a Moeda do Centenário.
O SR. IVAN ALVES DO NASCIMENTO - Outorgamos a Moeda do Centenário dos Escoteiros do Brasil a Rubem Süffert, Escoteiro-Chefe de 1976 a 1982 e de 1984 a 1989; e Comissão Executiva Nacional, de 1983 a 1984, pelos inestimáveis serviços prestados em nossa instituição.
Obrigado por fazer parte dessa história, Rubem.
Eu, quando era escoteirinho, você era o Escoteiro-Chefe que eu sempre gostei de ter a assinatura nos meus certificados. Então, para mim, é uma honra muito grande estar entregando esta moeda para você também.
Muito obrigado.
(Procede-se à entrega da Moeda do Centenário ao Sr. Rubem Süffert. ) (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Então, está sendo concedida ao Sr. Rubem Süffert, além da Medalha Impeesa, pelos 60 anos de serviços prestados, também a Moeda do Centenário, que é outra homenagem também da União dos Escoteiros do Brasil para o Sr. Rubem Süffert e família, e pedimos uma salva de palmas também.
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O SR. PAULO SALAMUNI (Fora do microfone.) - O Rubem foi lobinho, escoteiro no primeiro grupo escoteiro do Brasil, o Georg Black, mais antigo em funcionamento até hoje, que é de 1913. O escotismo chegou em 1910 no grupo dele, de Porto Alegre, na Sogipa, de 1913. Depois foi nosso Escoteiro-Chefe. Fomos os últimos a utilizar essa nomenclatura... E eu tive a honra de ter presenciado e receber a UEB com 40 mil membros no Brasil todo e entregar com 100 mil membros.
Um, dois, três. (Palmas.)
O SR. RUBEM SÜFFERT (Fora do microfone.) - Eu também tive a satisfação de dirigir o primeiro clã de pioneiros...
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Rubem Süffert, eu quero... Alô, Rubem, eu quero sugerir que possa usar a tribuna ou aqui no microfone também - desculpe-me, temos um microfone individual aqui.
O SR. RUBEM SÜFFERT (Para discursar.) - Está bom. É só para comentar que foi uma honra com a minha família dirigir o primeiro clã com pioneiras da América e do Hemisfério Sul. Existiam pioneiras naquele tempo em dois países da Europa e tínhamos 50 pioneiros e pioneiras. Hoje não tem nenhum outro clã com esse número de pioneiros e pioneiras. E nós tínhamos um informativo mimeografado que era semanal, chamava-se PIO. Eu tenho a coleção completa, de um lado fazendo a avaliação da reunião anterior e do outro lado estimulando os pioneiros a participarem da atividade e da programação seguinte. Isso no grupo escoteiro Georg Black, em que, para nossa satisfação, o chefe de grupo, minha akelá, inclusive, que até hoje é viva, chefe Wilma Schiefferdecker, aceitaram ser assistentes no clã. Então, foi uma experiência maravilhosa e a gente divulgava essa experiência com esse informativo PIO para todo mundo. Mandávamos o PIO para países que tinham movimento escoteiro, divulgando a possibilidade de participação das moças em uma porção de países de todo o mundo.
Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Parabéns! Agradecemos e parabenizamos novamente o Rubem Süffert, por ter sido agraciado com as medalhas, e os parabéns se estendem à família, esposa, filhos, netos presentes ou acompanhando à distância.
Também pedimos que o Sr. Ivan do Nascimento, Presidente da UEB, agracie com a Medalha Velho Lobo a Sra. Carmen Barreira, em agradecimento pelos 50 anos de serviços prestados.
Convido a Sra. Carmen Barreira para ser agraciada com... Está presente? Está aqui, já está aqui. Parabéns, Carmen! (Pausa.)
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Muito bem. Está sendo agraciada com a Medalha Velho Lobo, também, a Sra. Carmen Barreira, em agradecimento pelos 50 anos de serviços prestados ao movimento Escoteiros do Brasil, e com a família também.
Parabéns!
(Procede-se à entrega da Medalha Velho Lobo à Sra. Carmen Barreira.) (Pausa.)
O SR. PAULO SALAMUNI (Fora do microfone.) - Um, dois, três!
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Venha aqui um pouquinho. Qual é o seu nome?
A SRA. LIS SANTIAGO DEZAN (Fora do microfone.) - Lis.
O SR. PAULO SALAMUNI (Fora do microfone.) - Lis. É flor de Lis.
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Lis. Você é lobinha também?
A SRA. CARMEN BARREIRA (Fora do microfone.) - Não, ela é filhote. É o nome novo, que a gente está experimentando...
O SR. PAULO SALAMUNI (Fora do microfone.) - Filhote, que é agora é o novo ramo...
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Filhote, anterior ao lobinho.
A SRA. CARMEN BARREIRA (Fora do microfone.) - É.
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Muito bem. Parabéns, Lis! Gostei muito.
O SR. PAULO SALAMUNI (Fora do microfone.) - É a flor de Lis.
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Parabéns, está bom? Quer vir aqui atrás? Quer? Vem aqui então. Vem aqui. (Risos.)
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Só, por favor, também, se quiser... Aqui temos um microfone, Carmen Barreira, se quiser.
A SRA. CARMEN BARREIRA (Para discursar.) - Assim como a Paula Belmonte, fui da primeira Alcateia, que é onde as meninas começaram no escotismo. (Pausa.)
O Marechal Rondon está começando também uma experiência dos filhotes, que é um ramo novo aprovado dentro da União dos Escoteiros do Brasil, no ano do centenário, que estamos experimentando com crianças de cinco a sete anos.
E a Lis, que é minha neta, terceira geração, porque meus filhos, Salomão e Paula, foram de lobinhos a pioneiros, também faz parte da União dos Escoteiros do Brasil, com seu registro, sua carteirinha, e já fez a cerimônia de acolhida, em que ela recebeu, naquele dia, o lenço do Grupo Escoteiro Marechal Rondon.
Assim como esses 50 anos de escotismo... Eu dedico ao Grupo Escoteiro Marechal Rondon, que foi e será, sempre, a minha segunda casa.
E quero agradecer a cada um que está aqui. Não desistam, porque o escotismo vale a pena.
Muito obrigada.
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Muito bem, a Lis está aqui ao meu lado, para a gente dizer para todos os Prefeitos, Prefeitas e Vereadores que a gente pode começar a ter esse atendimento já bem cedinho.
Quantos anos você tem?
A SRA. LIS SANTIAGO DEZAN (Fora do microfone.) - Cinco.
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Cinco? Cinco anos? Então, parabéns, Lis! Que bom. Valeu. Parabéns! (Palmas.)
Quer ficar aqui? Quer ficar? Não? Quer ir com a avó? (Risos.) Então, vai com a avó lá, está bom? Senão, pode ficar também.
Muito bem, Dr. Ivan.
O SR. IVAN ALVES DO NASCIMENTO - É com muita honra também, Senador, que entregamos uma Moeda do Centenário dos Escoteiros do Brasil ao Senador Flávio Arns, que faz parte também da história dos escoteiros do Brasil. É com muita honra porque representa, faz parte desta história, uma história construída com tantas pessoas, com tantas gerações que têm tanto contribuído para a juventude do Brasil. É sempre uma honra entregar uma medalha desta, que não é individual, mas representa esse trabalho coletivo.
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Peço ajuda para entregar esta medalha aos ex-Presidentes dos Escoteiros do Brasil Paulo Salamuni e Alessandro Garcia. (Pausa.)
"Moeda do Centenário. Outorgamos a Moeda do Centenário dos Escoteiros do Brasil a Flávio Arns, Senador da República, pelos inestimáveis serviços prestados à nossa instituição. Obrigado por fazer parte desta história. As moedas são numeradas de um a 60. Esta é a moeda 061.
Data: 23 de novembro de 2024."
(Procede-se à entrega da Moeda do Centenário ao Senador Flávio Arns.) (Pausa.)
O SR. PAULO SALAMUNI (Fora do microfone.) - Ao nosso Senador escoteiro, por favor, um, dois, três! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Agradeço e digo que esta medalha e o diploma também, Moeda do Centenário, inspirem os Senadores, as Senadoras e todo o Brasil a trabalharmos juntos a favor do movimento escoteiro. Tantas coisas boas já aconteceram pelo movimento ao país, e tanto ainda poderá contribuir. Não é verdade?
Então, vamos em frente.
Obrigado. (Palmas.) (Pausa.)
É com grande honra que iniciamos, agora, a cerimônia de lançamento da medalha comemorativa "+100 anos de Aventura - Escoteiros do Brasil", celebrando o centenário de uma organização que há 100 anos inspira, educa e transforma gerações, como nós vimos aqui, de jovens brasileiros.
A arte de colecionar medalhas é uma tradição secular. Com a finalidade de difundir essa arte, a Casa da Moeda do Brasil, por meio do seu Clube da Medalha, é responsável pela continuação dessa atividade, registrando e eternizando, em metais nobres, elementos importantes do nosso Brasil, do nosso povo e da nossa cultura.
Hoje, a Casa da Moeda do Brasil faz uma justa homenagem a essa jornada centenária com a criação de uma medalha especial, cujo design reflete a essência e os valores do movimento escoteiro.
Criada por Daniele Syndara e modelada por Erika Takeyama, artistas da Casa da Moeda, a medalha destaca, em seu anverso, ao centro, a inscrição - entre aspas - “+100”, representada com os símbolos que compõem a marca comemorativa do centenário.
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Logo abaixo, a frase, entre aspas, "anos de aventuras" complementa a composição, utilizando a mesma tipologia da marca. Na parte inferior, estão as eras, 1924 e 2024, separadas pela flor-de-lis, símbolo universal dos escoteiros. Este lado celebra o espírito de aventura e união que define o movimento.
Já no reverso da medalha, encontramos um cenário que reúne todos os elementos que representam as atividades escoteiras: trilhas, aventuras, acampamentos, educação prática, método escoteiro, atividades manuais e ao ar livre. No entorno, a inscrição, entre aspas, "União dos Escoteiros do Brasil, construindo um mundo melhor" reafirma o compromisso com a transformação social e o impacto positivo do Movimento Escoteiro.
Com alegria, convido o Sr. Leonardo Alves, Superintendente Comercial da Casa da Moeda do Brasil, e o Sr. Ivan Nascimento, Presidente da União dos Escoteiros do Brasil, para realizar o ato simbólico de descaracterização dos cunhos originais, garantindo a exclusividade desta tiragem comemorativa.
As medalhas comemorativas "+100 anos de aventuras Escoteiros do Brasil" estarão disponíveis para aquisição no Clube da Medalha da Casa da Moeda do Brasil, por meio do site www.clubedamedalha.com.br, permitindo que todos possam levar consigo esse símbolo de história, transformação e aventura.
(Procede-se ao ato simbólico de descaracterização dos cunhos originais.)
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Lorenzo. (Pausa.)
Olha, seria bom, até para explicar para as pessoas algum aspecto, não é? O microfone está sendo passado para...
O SR. LEONARDO ALVES (Para discursar.) - Boa tarde a todos.
Nós estamos, neste momento, descaracterizando a matriz que produziu essas medalhas. Isso quer dizer que novas medalhas não serão feitas com essa matriz, o que garante raridade a esses elementos que foram cunhados com essas matrizes. Este é um ato simbólico que garante então raridade e limitação na tiragem de cada medalha produzida.
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Lorenzo agora está também participando da cerimônia. Dr. Ivan, Presidente da UEB, também (Palmas.)
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Agradecemos.
O SR. LEONARDO ALVES - Vou só fazer um pequeno registro de que o par de cunhos está sendo agora doado para o acervo da União dos Escoteiros do Brasil. (Palmas.)
O SR. IVAN ALVES DO NASCIMENTO (Para discursar.) - Em nome dos Escoteiros do Brasil, agradeço à Casa da Moeda por essa homenagem e espero que ela possa nos representar. Que todas as pessoas que tiverem essa moeda, comprarem essa moeda, possam se lembrar dessa história rica dos Escoteiros do Brasil.
Muito obrigado pela homenagem.
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Agradecemos ao Leonardo Alves, que é superintendente comercial da Casa da Moeda do Brasil. É uma cerimônia bonita, simbólica e importante.
Parabéns pelo trabalho!
Também em comemoração aos 100 anos da União dos Escoteiros do Brasil, os Correios vão lançar selos comemorativos e carimbos que retratam momentos marcantes da história.
Neste momento, convido a Sra. Karina Leite Nassarala, Superintendente Executiva de Relacionamento da Empresa Brasileira de Correios, para, junto com esta Presidência e com o Sr. Ivan do Nascimento, Presidente da União dos Escoteiros do Brasil, nos posicionarmos junto à mesa para o ato de obliteração dos selos e carimbos em homenagem ao centenário da União dos Escoteiros do Brasil.
Peço licença então para me dirigir também até lá.
(Procede-se ao ato de obliteração dos selos.) (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Desejo novamente agradecer a presença da Presidência da União dos Escoteiros do Brasil, da Flávia, da Manu, da diretoria também, do Paulo Salamuni.
O SR. PAULO SALAMUNI (Fora do microfone.) - Eu posso sugerir aqui um encaminhamento final?
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Muito bem, com a palavra...
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Passo a palavra ao Paulo Salamuni.
O SR. PAULO SALAMUNI (Para discursar.) - Obrigado, Senador.
Assim como nós estamos nos despedindo, Presidente Ivan, Presidente Flávio Arns, dos primeiros 100 anos da União dos Escoteiros do Brasil - hoje é a despedida, porque foi agora no dia 4 de novembro - entramos já nos próximos 100. Então, vamos aproveitar que estamos nos encaminhando para o final da sessão solene para a Mesa ficar em pé e aqui vamos fazer a cadeia da fraternidade, como estamos aqui, por fila, para que nós possamos cantar a Canção da Despedida dos 100 anos e saudar os novos 100 anos que virão pela frente. Nós podemos ficar aqui na Mesa, para a Manuela participar, de pé. Podemos nos levantar aqui. Emendem os círculos. Fechem um pouco ali. (Pausa.)
Então, vamos lá, nós despedir dos primeiros 100 anos, dando as boas-vindas aos próximos 100 anos da nossa União dos Escoteiros do Brasil.
Então, vamos juntos.
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(Procede-se à execução musical.)
O SR. PAULO SALAMUNI - Que o Senhor proteja a União dos Escoteiros do Brasil, desde aquele escoteiro e lobinho do mais longínquo rincão até os dirigentes da nossa instituição.
Obrigado ao Senado da República.
Obrigado, Senador Flávio Arns.
Obrigado, Presidente Ivan.
Obrigado a todos os irmãos e irmãs de ideal, escoteiros do Brasil.
(Procede-se à execução musical.)
O SR. PAULO SALAMUNI - Uma vez escoteiros...
(Manifestação da plateia.)
O SR. PAULO SALAMUNI - Um por todos...
(Manifestação da plateia.)
O SR. PAULO SALAMUNI - E o nosso lema?
Sempre alerta!
(Manifestação da plateia.) (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Muito bem.
Quero novamente agradecer à Presidência da União dos Escoteiros do Brasil, ao Dr. Ivan, à Flávia, à Manuela, obrigado pela presença, assim como ao Lorenzo, à Mônica, ao Paulo e ao Marcos Henrique, que estava nos ajudando aqui também.
Quero agradecer a presença de todos e todas vocês que representam o movimento escoteiro do Brasil, que nos acompanham pela TV Senado, pelos meios de comunicação do Senado, então esse abraço se estende a todo o Brasil.
Estamos todos juntos aqui celebrando o Centenário da União dos Escoteiros do Brasil, uma cerimônia bonita, marcante, importante, e todos nós, no Brasil, como já dito, assumimos o compromisso - Prefeitos, Prefeitas, Vereadores, Vereadoras, Deputados, Governadoras e comunidade - na expansão do movimento, porque o movimento escoteiro pode, através de tudo o que realiza, em termos de educação, de sustentabilidade, de meio ambiente, de atitudes, de promoção da vida, de formação para os desafios... Não é, Manu?
A SRA. MANUELA ROCHA SILVA MACÊDO PEREIRA - É.
O SR. PRESIDENTE (Flávio Arns. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) - Como você colocou, de chegarmos a um Brasil, de construirmos um Brasil cada vez melhor, mais humano, com mais diálogo, mais entendimento, mais cidadania, e o movimento escoteiro é o exemplo de que isso é possível de ser realizado.
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Parabéns. Vamos em frente. Força, coragem, esperança! Vamos trabalhar, aqui dentro do Senado Federal e dentro do Congresso Nacional, para contribuirmos - viram, Lorenzo e Manuela? - para que mais jovens, no caso de vocês, mais crianças e mais adultos se sensibilizem com a causa escoteira.
Parabéns! Valeu a pena; foi uma cerimônia muito bonita, uma sessão especial marcante.
Agradecendo novamente a todos e todas que nos honraram com a presença aqui no Plenário ou pelos meios de comunicação, declaro encerrada a presente sessão especial.
Obrigado.
(Manifestação da plateia.) (Palmas.)
(Levanta-se a sessão às 18 horas e 05 minutos.)