2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
57ª LEGISLATURA
Em 10 de dezembro de 2024
(terça-feira)
Às 10 horas
178ª SESSÃO
(Sessão Especial)

Oradores
Horário

Texto com revisão

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A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF. Fala da Presidência.) - Declaro aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
A presente sessão especial foi convocada em atendimento ao Requerimento nº 550, de 2024, de autoria desta Presidência e de outros Senadores, aprovado pelo Plenário do Senado Federal.
A sessão é destinada a homenagear os atletas e paratletas que representaram o Brasil nas Olimpíadas e Paralimpíadas em Paris 2024.
Compõem mesa desta sessão especial os seguintes convidados.
Senador Jorge Kajuru. (Palmas.)
O Sr. Yohansson do Nascimento Ferreira, Vice-Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). (Palmas.)
A Sra. Silvana Mayara Cardoso Fernandes, Medalhista Paralímpica no Taekwondo. (Palmas.)
O Sr. Daniel Xavier Mendes, Medalhista Paralímpico na Natação. (Palmas.)
A Sra. Maria Clara Augusto da Silva, Medalhista Paralímpica nos 400m. (Palmas.)
O Sr. Guilherme Schimidt, Medalhista Olímpico no Judô. (Palmas.)
E o Sr. Caio Bonfim, Medalhista Olímpico na Marcha Atlética. (Palmas.)
Esse "senhor" é tão formal para nós atletas, não é? (Risos.)
Bom, a Presidência informa que esta sessão terá também a participação dos seguintes atletas.
A Sra. Verônica Hipólito, Medalhista Paralímpica nos 100m. (Palmas.)
O Sr. Rafael Carlos da Silva, o Baby, Medalhista Olímpico no Judô. (Palmas.)
A Sra. Antonia Keila da Silva, Medalhista Paralímpica nos 1.500m. (Palmas.)
O Sr. Aser Mateus Almeida Ramos, Medalhista Paralímpico no Salto em Distância. (Palmas.)
A Sra. Elizabeth Rodrigues Gomes, Medalhista Paralímpica no Lançamento de Disco e Arremesso de Peso. (Palmas.)
O Sr. Miquéias Elias Rodrigues, Medalhista Paralímpico na Canoagem. (Palmas.)
A Sra. Patrícia Pereira dos Santos, Medalhista Paralímpica na Natação. (Palmas.)
O Sr. Ronan Nunes Cordeiro, Medalhista Paralímpico no Triatlo. (Palmas.)
A Sra. Wanna Helena Brito, Medalhista Paralímpica no Arremesso de Peso. (Palmas.)
A Sra. Thalita Vitória Simplício da Silva, Medalhista Paralímpica nos 400m. (Palmas.)
A Sra. Michelle Moysés, Diretora de Parcerias Paradesportivas da Secretaria Nacional de Paradesporto, do Ministério do Esporte. (Palmas.)
Sejam todos e todas muito bem-vindos!
Bom, eu convido a todos para, em posição de respeito, acompanharmos o Hino Nacional, que será executado pelo Clube do Choro de Brasília - na pessoa do nosso Reco do Bandolim, a todos vocês eu cumprimento com muito carinho, muito carinho e muito respeito pela nossa cultura e pelo Clube do Choro aqui de Brasília -, na voz da jovem Laura Medeiros, dez anos, que foi finalista do The Voice.
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Seja muito bem-vinda, Laura!
É um prazer termos todos vocês aqui conosco.
(Procede-se à execução do Hino Nacional.) (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF. Para discursar - Presidente.) - A sessão especial que ora iniciamos tem o objetivo de celebrar um feito extraordinário, uma jornada de superação e brilho que nos enche de orgulho e reafirma a nossa confiança no futuro.
Estamos aqui para prestar uma calorosa homenagem aos atletas e paratletas que representaram o Brasil com coragem, talento e garra nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024.
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Esses jogos marcaram mais um capítulo especial na história do esporte brasileiro. Em relação às edições anteriores, nossos resultados não só evoluíram, mas também revelaram a força do espírito brasileiro, sempre resiliente diante dos desafios. Medalhas foram conquistadas, recordes foram quebrados e, acima de tudo, o coração do Brasil foi tocado pela dedicação de cada atleta e paratleta que vestiu a nossa bandeira.
Emocionados e com sentimento de gratidão, destacamos nossos medalhistas, cujos nomes já estão gravados na memória esportiva do país. Cada medalha, seja de ouro, seja de prata ou bronze, simboliza mais do que um prêmio: é o resultado de anos de esforço, sacrifício e paixão. Vocês são a prova viva de que o trabalho árduo e o amor pelo esporte podem superar qualquer obstáculo.
Nos Jogos Olímpicos de Paris, os atletas brasileiros brilharam ao conquistar um total de 20 medalhas, sendo três de ouro, sete de prata e dez de bronze, um marco que reflete o talento e a dedicação do esporte nacional.
Entre os brasileiros e brasileiras que chegaram ao lugar mais alto do pódio, destacaram-se Beatriz Souza, no judô; Rebeca Andrade, na ginástica artística; e a dupla Ana Patrícia e Duda, no vôlei de praia.
As medalhas de prata vieram com Caio Bonfim, na marcha atlética 20km; Willian Lima, no judô; Rebeca Andrade, no individual geral e no salto da ginástica artística; Tatiana Weston-Webb, no surfe; Isaquias Queiroz, na canoagem velocidade; e a seleção feminina de futebol.
Já as medalhas de bronze foram alcançadas por Larissa Pimenta, no judô; Rayssa Leal, no skate street; a equipe feminina de ginástica artística; a equipe mista de judô; Bia Ferreira, no boxe; Gabriel Medina, no surfe; Augusto Akio, no skate park; Edival Pontes, o Netinho, no taekwondo; Alison dos Santos, nos 400m com barreiras; e a seleção feminina de vôlei.
Especialmente notável foi o desempenho em modalidades coletivas, com as medalhas na ginástica artística feminina, judô por equipes mistas, futebol feminino e vôlei feminino, evidenciando a força do trabalho em equipe e a união do esporte brasileiro. Essas conquistas são um tributo ao esforço e ao talento de nossos atletas, que orgulhosamente representaram o Brasil no cenário esportivo mundial.
O espírito olímpico, embora culmine na medalha, é muito mais do que isso: é participar, é competir, é representar o Brasil com amor e orgulho, é dar o melhor, independentemente do resultado. Hoje homenageamos não apenas os detentores das 20 medalhas conquistadas pelo Brasil, mas cada um dos 289 atletas que compuseram a delegação brasileira; uma delegação que, pela primeira vez em nossa história, foi composta por uma maioria de mulheres, que representaram 56% dos atletas que defenderam a nossa bandeira em Paris.
Já nos Jogos Paralímpicos, os paratletas brasileiros foram protagonistas de uma campanha histórica, demonstrando ao mundo o verdadeiro espírito de superação. Com um total impressionante de 89 medalhas - 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze -, o Brasil conquistou a 5ª posição no quadro geral, superando marcas anteriores e consolidando sua força no esporte paralímpico mundial.
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Cada conquista simboliza uma jornada de dedicação e resiliência. Gabriel Araújo brilhou na natação, com ouros nos 100m costas, 50m costas e 200m livres na classe S2. Petrúcio Ferreira venceu os 100m na classe T47 do atletismo, reafirmando seu lugar como um dos maiores velocistas do mundo. Carol Santiago encantou ao dominar os 50m e 100m livres, além dos 100m costas da classe S12 da Natação. A força feminina também marcou presença com Ana Carolina Moura, campeã no taekwondo até 65kg na classe K44, e Alana Maldonado, ouro no judô até 70kg, na classe J2.
Ganharam ainda medalhas de ouro: o Sr. - está aqui o "senhor" de novo, não é? - Júlio César Agripino, Ricardo Mendonça, Yeltsin Jacques, Claudiney Batista, Jerusa Geber, Fernanda Yara, Beth Gomes, Rayane Soares, Fernando Rufino, Mariana D'Andrea, Tayana Medeiros, Rebeca Silva, Arthur Silva, Willians Araújo e Talisson Glock.
Conquistaram a medalha de prata para o Brasil: Joeferson Marinho, Bartolomeu Chaves, Aser Mateus Ramos, Rayane Soares, Thalita Simplício, Wanna Brito, Beth Gomes, Raissa Machado, Thiago Paulino, Zileide Cassiano, Ricardo Mendonça, Luis Carlos Cardoso, Igor Tofalini, Brenda Freitas, Érika Zoaga, Phelipe Rodrigues, Wendell Belarmino, Talisson Glock, Cecília Araújo, Patrícia Pereira, Carol Santiago, Débora Carneiro, Gabriel Bandeira, Lucilene Sousa, Douglas Matera, Matheus Reine, Ronan Cordeiro e Alexandre Galgani.
Por fim, levaram as medalhas de bronze: Yeltsin Jacques, Ariosvado Fernandes, Vinícius Rodrigues, Júlio César Agripino, Mateus Evangelista, André Rocha, Cícero Nobre, Lorena Spoladore, Verônica Hipólito, Maria Clara Augusto, Giovanna Boscolo, Antônia Keyla, Christian Gabriel, Paulo Henrique dos Reis, Thomas Ruan, Vitor Tavares, Miquéias Rodrigues, Cássio, Jardiel, Jefinho, Jonatan Silva, Luan, Maicon Júnior, Matheus Bumussa, Nonato, Ricardinho, Tiago Paraná, André Dantas, Emerson Ernesto, Josemárcio Sousa, Leomon Moreno, Paulo Saturnino, Romário Marques, Lara Lima, Maria de Fátima Castro, Rosicleide Andrade, Marcelo Casanova, Gabriel Bandeira, Talisson Glock, Mariana Gesteira, Mayara Petzold, Beatriz Carneiro, Lídia Cruz, Patricia Pereira, Daniel Mendes, Samuel Oliveira, Arthur Xavier, Ana Karolina Soares, Silvana Fernandes, Cátia Oliveira, Joyce Oliveira, Bruna Alexandre, Luiz Felipe Manara, Cláudio Massad e Danielle Rauen.
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Contudo, senhoras e senhores, igualmente importante foi a participação daqueles atletas olímpicos e paralímpicos que, mesmo sem alcançar medalhas, mostraram ao mundo o verdadeiro significado de vitória, demonstrando coragem, garra e determinação em cada prova. Esses heróis e heroínas são exemplos vivos de que o espírito esportivo vai muito além do pódio, inspirando uma nação inteira.
Sabemos que, muitas vezes, as condições de preparação não são as ideais. É impossível ignorar que, em muitos casos, os nossos atletas e paratletas precisam se dividir entre treinos extenuantes e jornadas profissionais alheias ao esporte, porque também são estudantes, trabalhadores, mães e pais, que encontram tempo e energia para se dedicar a um sonho que é pessoal e, ao mesmo tempo, coletivo. Essa realidade torna suas conquistas ainda mais impressionantes e dignas de aplausos.
Aqui, também, acho que é importante reforçar e reconhecer o papel dos técnicos e das comissões técnicas que acompanharam os nossos atletas e paratletas em Paris e ao longo de suas carreiras.
Também merece todo reconhecimento o Comitê Olímpico Brasileiro e o Comitê Paralímpico Brasileiro, o CBC, os clubes, a confederação brasileira de clubes, as confederações, o Ministério do Esporte, porque nós sabemos que, por trás de uma medalha, de um atleta, tem todo um ecossistema, tem toda uma cadeia produtiva, que dá, de alguma forma, esse suporte para nós atletas. Eu falo nós, porque a gente sai do esporte, mas ele não sai da gente, não é, Baby? O Baby, que agora está também aposentando, sabe; o Emanuel, que agora será o nosso Diretor-Geral do COB, sabe também; e todos os atletas que estão presentes sabem que, por trás das nossas medalhas, tem as nossas famílias, tem os nossos técnicos, tem os nossos amigos. É muito mais do que apenas estar ali representando o Brasil, tem muita gente por trás nos ajudando e dando esse suporte.
Queridos atletas e paratletas, vocês competiram e, mais do que isso, nos inspiraram. Em cada salto, corrida, luta e ponto conquistado, vimos exemplos, com certeza, de determinação, disciplina e, acima de tudo, compromisso. Para cada jovem que acompanha suas histórias, vocês são muito mais do que atletas; vocês são referências. São a prova de que, com esforço e perseverança, é possível alcançar o extraordinário.
Hoje celebramos as medalhas e, acima disso, os valores olímpicos e paralímpicos, que formam um país mais forte, mais unido e mais esperançoso. Vocês nos lembram de que a verdadeira vitória está na superação e no impacto que suas trajetórias têm sobre cada brasileiro.
Que Paris 2024 seja lembrada como um marco de crescimento e como um prenúncio de conquistas ainda maiores. Vocês são heróis, e o Brasil se orgulha de cada um e cada uma de vocês!
Muito obrigada, em nome do Senado Federal, em nome de cada Senador, em especial ao Presidente do Senado Federal, Senador Rodrigo Pacheco, que, junto conosco, apoiou integralmente a realização desta audiência.
E viva o esporte brasileiro, vivam os nossos atletas olímpicos e paraolímpicos e viva o esporte brasileiro. (Palmas.)
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Bom, eu estou segurando a emoção aqui, porque, quando começa o Hino - olhando todo mundo uniformizado, nós temos aqui a maioria uniformizada - é muito emocionante.
Quero cumprimentar aqui e citar a participação da Senadora Damares Alves, que é Senadora aqui pelo Distrito Federal.
Seja muito bem-vinda, Senadora. (Palmas.)
Bom, eu solicito à Secretaria-Geral da Mesa a exibição de um vídeo institucional.
(Procede-se à exibição de vídeo.) (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Pois não, Senadora Damares.
A SRA. DAMARES ALVES (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF. Para discursar.) - Permita-me falar da bancada.
Eu só quero dizer como é linda essa Mesa. Eu quero cumprimentar todos da mesa. Nós na mesa a atleta que Brasília mais ama, que é a Leila; e do lado dela o comentarista que o Brasil mais ama; e nós temos diferentes gerações na mesa. E eu estou do lado do atleta que eu mais amo no Brasil, que, por coincidência, é o marido da atleta que eu mais amo.
Deixe-me dizer uma coisa, Emanuel e Leila: muitos dos que estão aqui não viram vocês jogarem, e eu peço a quem não viu que vá lá no YouTube ver o vídeo dos dois.
Mas o que eu quero falar aqui neste momento é do orgulho que vocês nos deram em 2024, meninos, meninas, todos vocês.
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Vocês encheram as nossas casas de alegria e de lágrimas, Caio - a gente chorou com você. Vocês nos deram tanto orgulho! A gente fugia de vez em quando do Plenário para ir lá atrás, no cafezinho, e assistir a vocês, não era, Leila? E ficava compartilhando aqui: "Ó, foi medalha. Não foi". Gente, obrigada, obrigada por tudo que vocês fizeram nas Olimpíadas e nas Paralimpíadas. O Brasil ama vocês.
E eu estou aqui... A Leila não pode falar porque ela está presidindo a mesa, mas, em nome de todas as Senadoras - nós temos 16 Senadoras nesta Casa; de 81 Senadores, 16 são mulheres -, em nome de todas elas, da Bancada Feminina, da qual Leila é a Presidente, eu vim aqui abraçá-los.
Está todo mundo nas Comissões, os Senadores todos loucos nas Comissões, querendo correr para cá - eu consegui fugir, mas vou ter que voltar para lá -, todos os Senadores desta Casa, todos. E esta sessão aqui foi aprovada por todos, e o nosso Presidente, num dia tão difícil, abriu esse espaço, porque esta Casa respeita e admira todos vocês.
Parabéns! E, Leila, parabéns às famílias deles! (Palmas.)
Sem as famílias por trás, apoiando, chorando, celebrando, sem as famílias vocês não chegariam aonde chegaram.
Que Deus abençoe vocês, orgulho da minha nação, os nossos atletas olímpicos e paraolímpicos. Que Deus os abençoe. Leila e Kajuru, essa mesa aí é incrível. Parabéns para vocês. (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - A Senadora Damares foi muito assertiva na fala. Nós estamos vivendo essas duas últimas semanas aí bem complicadas aqui na Casa, e realmente isso demonstra o quanto os atletas e paratletas representam para nós aqui na Casa, porque nós estamos votando Orçamento, teto de gastos, enfim, muita coisa acontecendo, autoridades, não é, Senador Kajuru? Sei que a maioria dos colegas não poderá estar aqui conosco, mas todos, como a Senadora Damares falou - todos -, apoiaram este momento aqui com vocês. É uma pena que... A gente sabe do calendário, do calendário no final de ano, Senadora Damares e Senador Kajuru, a maioria já está finalizando as competições ou está indo para as últimas, para pontuar, já pensando no próximo ciclo olímpico, e outros estão descansando, mais do que merecido.
Então, obrigada pela presença, Senadora.
Bom, neste momento, eu vou conceder a palavra ao Senador Jorge Kajuru.
O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO. Para discursar.) - Antes de mais nada, quero dizer para vocês que o apelido da Senadora Damares é Damares Bolt, porque ela consegue estar em todas ao mesmo tempo.
Bem, ele deveria estar aqui, mas, como ele não está, eu queria pedir um aplauso a ele, primeiro por ser um super-recordista mundial e um brasileiro absolutamente diferenciado do esporte e, além disso, ele tem uma outra medalha que ele conquistou: a Leila do Vôlei. Eu me refiro ao nosso novo Diretor do COB, o Comitê Olímpico brasileiro, Emanuel Rego, por gentileza. (Palmas.)
Amiga irmã de 30 anos, Leila do Vôlei, muitíssimo obrigado por esse convite, que me deixa muito honrado, pois estou completando 50 anos de carreira nacional na televisão brasileira e transmiti seis Olimpíadas e nove Copas do Mundo ao vivo.
Antes de mais nada, brasileiras geniais e brasileiros geniais, minhas únicas vossas excelências, o desejo sincero de Deus e saúde em suas vidas, nas de seus familiares e amigos, e de um Natal mais justo, mais amoroso. Que Deus lhes guie para um próspero ano novo com felicidade, porque é o que merecem todos que estão neste Plenário!
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Acima, na galeria, o meu abraço especial ao Clube do Choro. Quando eu cheguei aqui, eu segurei para não chorar, porque, exatamente no momento em que eu me sentei, Leila, a Laura começou a tocar uma música do meu padrinho de casamento que é lindíssima e que se chama Madalena, de Ivan Lins, o músico brasileiro mais tocado no mundo. E tem um pedaço dela que fala do que nós sentimos por vocês, que diz o seguinte: que do nosso amor ninguém duvide, porque o nosso amor existe. E esse é o nosso amor por vocês, que realmente existe e realmente é verdadeiro.
Eu vou quebrar o protocolo, como sempre. Isso que a Damares falou, que tem outros Senadores em outras Comissões, é verdade, ela não mentiu de forma alguma. O que acontece aqui, gente, no Senado e lá no outro lado, lá naquela rodoviária chamada Câmara, é o seguinte: é que tem muita gente preguiçosa que não trabalha na segunda e não trabalha na sexta. Aqui tem um apelido que eu criei, que antes era TQQ, terça, quarta e quinta; agora é TQ, terça e quarta; na quinta, todo mundo viaja. Aí acontece o quê? Acumula tudo. Então a gente não tem como estar, ao mesmo tempo, em todas as Comissões. O que a Leila sofre, sendo Presidente e membro titular, como eu, é impressionante.
Aí hoje eu estava aqui esperando começar a sessão, veio a minha assessora: "Começou a votação de autoridades". Eu falei: "Dane-se, eu não vou sair daqui. Aqui é mais importante para mim". Aqui estão as minhas principais autoridades, as outras que cada um vá lá, vote e faça o seu papel. E pronto e acabou.
Isso realmente me irrita, porque a Leila e eu trabalhamos todo dia. Ela mora aqui, eu moro em Goiânia, mas é todo dia mesmo. Ela mais do que eu ainda, porque ela é no sábado e no domingo. Eu, sábado; no domingo, não; no domingo, eu desligo o telefone para ninguém encher minha paciência. Ela deixa o dela ligado.
Olhem, tem algo que rapidamente eu preciso dividir com vocês. A minha Rádio K do Brasil, que foi considerada a melhor do país, em 1998, na Copa da França, e que tinha como sócio meu amigo e irmão Galvão Bueno, passou a transmitir Olimpíadas e, nas últimas quatro Olimpíadas que ela transmitiu, eu determinei que ela continuasse depois das Olimpíadas. Por quê? É normal que toda rádio que transmite a Copa do Mundo, quando termina a Copa, venha embora. E aí passa a, daqui do Brasil, dar informações sobre as vitórias de vocês. Eu resolvi, então, manter parte da equipe e transmitir até o final os Olímpicos e os Paralímpicos.
Vocês, com uma digníssima e admirável palavra chamada superação... Porque, a cada quatro anos, vocês se superam cada vez mais, os resultados são melhores. A gente vê isso acontecer a cada quatro anos, o que a gente não vê no futebol, principalmente agora, que eu não tenho nem vontade de ver a seleção brasileira jogar. Eu prefiro ver até o Ratinho. Vejam o desespero que estou.
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Essa superação de vocês me faz trazer um comentário, Leila, que eu ainda não fiz contigo, que é o futebol. Eu sou do mundo do futebol - mais, não é? -, convivi com Sócrates, com Zico, com Falcão, eu sou dessa época, mas também com Pelé, com Rivellino, com Gérson. No futebol, o segundo colocado é derrotado; o terceiro colocado, coitado, está morto, é esquecido, é às vezes xingado e não é nem perdoado; o quarto colocado, nem se fala. Não, quanto aos olímpicos e paraolímpicos, o segundo lugar é merecedor de aplauso, de reconhecimento pela sociedade esportiva brasileira; e também, por essa mesma população brasileira, o terceiro colocado, o quarto colocado. Às vezes uma medalha de bronze mexe mais até do que uma medalha de ouro.
Eu vi a entrevista da Leila do Vôlei no programa nosso, que agora está para o mundo inteiro na Rede TV!, com o Caio, e eu vi, quando ela pegou na medalha, a sensação que a gente tem. Depois eu vi o tanto de medalha que tem - de que eu nem me lembro mais quantas - o Emanuel, e o peso da medalha. Eu sou do tempo em que a medalha não pesava, não é? E hoje realmente ela pesa.
Então, vocês são absolutamente merecedores desta homenagem do Senado Federal. Peço desculpas a vocês, porque todos os Senadores e Senadoras deveriam estar aqui, mas têm os seus compromissos. Eu entendo, mas, como eu sou desobediente, eu prazerosamente estou aqui, e pronto e acabou. E, se levar multa, vou fazer o quê? Se levar uma falta, eu vou fazer o quê? Mas estou aqui porque quero.
E termino com um dos poemas de que eu mais gosto na vida, porque sou frasista, sou apaixonado com poema e com poesia, li mais do que eu vivi. E vocês merecem um, por tudo que vocês fazem por este país e com todas as dificuldades que vocês têm. Ele é rápido.
Se teu sonho for maior que ti
Alonga tuas asas
Esgarça os teus medos
Amplia o teu mundo
Dimensiona o infinito
E parte em busca da estrela...
[...] [Voem] alto!
[...] [Voem] longe!
[...] [Voem] livre!
[...]
Voem olímpicos e paraolímpicos!
Agradecidíssimo. (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Grata, amigo.
Bom, eu vou conceder a palavra agora ao Sr. Yohansson do Nascimento Ferreira, que é o Vice-Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), por cinco minutos.
O SR. YOHANSSON DO NASCIMENTO FERREIRA (Para discursar.) - Um bom dia a todos.
Senadora Leila, ex-atleta e medalhista olímpica, já deixo aqui também um abraço do Mizael Conrado, nosso Presidente, para o Senador Kajuru também, porque ele tem um enorme carinho por todos vocês; do Presidente também eleito do CPB, José Antônio Freire, que estará comigo no CPB em mais um ciclo.
A todos os atletas aqui presentes, olímpicos e paraolímpicos, deixo aqui meu cumprimento, em especial à Elizabeth Gomes, medalhista de ouro nos últimos jogos de Paris em 2024.
Emanuel, meu amigo, cinco olimpíadas não são para qualquer um, não é? Não satisfeito, tem uma medalha de cada cor - ouro, prata e bronze. Você estará à frente junto com o meu amigo Marco La Porta e Yane Marques na Vice-Presidência do COB.
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Já deixo aqui o CPB de portas abertas para trabalharmos em conjunto, para que o esporte olímpico e paralímpico continue avançando.
Como falo, é também missão do CPB ser referência no esporte paralímpico, da iniciação ao alto rendimento, e incluir a pessoa na sociedade através do esporte.
Olha só como o esporte é maravilhoso, olha só o que o esporte pode nos proporcionar.
Eu tenho certeza de que os valores do CPB, a nossa preocupação desde as crianças que estamos atendendo nos festivais paralímpicos... Inclusive, no último dia 4, estivemos em 120 cidades de todo o Brasil. Atendemos, só neste ano, nesse projeto do Festival Paralímpico, quase 50 mil crianças com deficiência de todo o nosso Brasil. E, certamente, todos os atletas aqui, medalhistas, vocês servem de inspiração. Em algum momento, vocês foram crianças. Verônica Hipólito esteve comigo no campeonato mundial em 2013 - ela com 16 anos, ainda me chamando de Sr. Yohansson e ainda se espelhando em vários atletas - e hoje é uma referência no esporte paralímpico.
Então, Senadora, é muito feliz esta sessão aqui, até para prestarmos conta de tudo que o esporte vem fazendo em benefício do nosso país.
Caio, que emocionante a sua medalha de prata na marcha atlética. Eu, por muitos anos, fui atleta do atletismo, vejo as barreiras que enfrentamos no treinamento do dia a dia, e você, lutando Olimpíada após Olimpíada, conquistou mais uma medalha, essa tão sonhada medalha de prata para o nosso Brasil.
Vocês aqui, família de todos os atletas... A maioria aqui somos de esportes individuais. O esporte não é só feito de uma única pessoa. Olha só nossa equipe multidisciplinar que trabalha conosco no nosso dia a dia, o nosso Assessor Especial de Comunicação, Daniel Brito - na pessoa dele, eu cumprimento a todos nós da equipe do CPB. O trabalho é um trabalho duro, é um trabalho árduo. E eu tenho também como grande apoiador aqui esta Casa, o Senado Federal, por estar apoiando as leis que podem financiar e dar longevidade ao esporte paralímpico.
Senadora, eu já vi que foi um desafio para a senhora falar as 89 medalhas conquistadas pelo Brasil nos Jogos Paralímpicos, 25 delas foram de ouro, e aqui eu tenho o compromisso de um trabalho para que o Brasil em Los Angeles possa conquistar três dígitos de medalhas. Então, vá se preparando, Senadora, para que em 2028 possa mais uma vez estar aqui nesta Casa falando de, quem sabe, mais de cem medalhas no esporte paralímpico.
Atletas, mais uma vez, olímpicos e paralímpicos: que venha 2028, que mais uma vez se escutem muitos Hinos Nacionais e que o Brasil se apaixone cada vez mais pelo nosso esporte brasileiro.
Muito obrigado. (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Grata pela participação, Yohansson, pela fala. Mande meu abraço ao Mizael e também, em especial, ao José Freire, que assumirá o exercício a partir de 2025.
Sucesso ao nosso CPB, e nós estaremos aqui sempre de portas abertas, para estarmos juntos pelo nosso paradesporto.
Vou passar a palavra agora para Silvana Mayara Cardoso Fernandes, que é medalhista paralímpica no taekwondo, representando os atletas das Paralimpíadas de Paris 2024.
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A SRA. SILVANA MAYARA CARDOSO FERNANDES (Para discursar.) - Bom dia à Senadora Leila, ao Senador Jorge, e ao Yohansson, que é o Vice-Presidente do CPB.
Hoje é um momento de muita alegria não só para mim, mas para todos os atletas. Eu acho tão importante a gente conseguir a medalha quanto também um reconhecimento por ela. E a gente fica muito feliz por estar finalizando o ano com esse reconhecimento e iniciando um novo ciclo bem mais motivada.
O Yohansson falou uma coisa muito importante que é sobre o investimento. Se o Brasil teve esse grande brilho nas Olimpíadas e Paralimpíadas, a gente tem muito a agradecer a vocês também pelo investimento, porque, quando a gente investe no esporte, a gente não investe apenas só no atleta, a gente também está investindo no cidadão do amanhã. Eu acho que está aqui para todos vocês um grande exemplo disso que é a Senadora Leila, ex-atleta, que hoje está aqui nos representando, representando os nossos direitos aqui. Então, minhas palavras são mais de gratidão por este momento.
Se Deus quiser, 2028 vai ser um ciclo de mais sucessos para o esporte brasileiro. (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Obrigada, Silvana, pela fala e pela participação aqui conosco.
Eu vou passar a palavra agora para Maria Clara Augusto da Silva, que é medalhista paralímpica nos 400 metros.
A SRA. MARIA CLARA AUGUSTO DA SILVA (Para discursar.) - Bom dia.
Estou um pouco nervosa, mas vou desenrolar aqui.
Quero agradecer, Sra. Leila, pelo convite de poder estar aqui juntamente com esses grandes atletas. Meu amigo Yoh, que me acompanha desde o início... Sempre que a gente se encontrava... "Acredite em você, porque você vai longe". Hoje, poder dividir esta mesa com você é um privilégio, assim como também trazer uma medalha, porque você sempre acreditou em mim. E é isso.
Pegando um pouco da fala de Silvana, é muito importante o investimento em nós atletas para que, futuramente, a gente possa trazer muito mais medalhas, chegar a bater o recorde de cem medalhas.
Também quero agradecer aos meus patrocinadores pelo apoio - Bolsa Atleta, Loterias Caixa. É muito gratificante trazer essa conquista para o Brasil e também para o meu interior. Para quem não sabe, eu moro lá no Rio Grande do Norte, num interiorzinho chamado Elói de Souza, com pouco mais de 6 mil habitantes. Então, foi uma festa enorme trazer essa medalha. Sou a primeira medalhista da cidade.
Agradeço imensamente a todos, principalmente à torcida do povo brasileiro, que dá um gás a mais na gente, e espero trazer mais conquistas para nós.
Obrigada. (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Obrigada, Maria Clara, pela participação.
Bom, eu gostaria de registrar a presença da Andrea Raulino, que é da Apae-DF; Ricardo Vidal, representando a Confederação Brasileira de Atletismo; Eliane, da Associação Educação-Esporte dos Portadores de Necessidades Educativas Especiais & Amigos; Juliano Martins, representando a Associação Canomama; Vanessa, representando o Projeto Defesa das Mulheres; Wesley Alves, representando a Federação Brasiliense de Ginástica; Marlon Barreto, Vice-Presidente da Federação de Vôlei de Brasília; Gabriel Aguiar, Presidente do Real Brasiliense Voleibol Clube; Coronel Luís Fernando, representando o Comando Militar do Planalto; Ricarda Lima, medalhista olímpica de vôlei; Josilene, representando o Projeto Juntos Transformando Vidas; Michel, da Instituição Lipocc; Naira Rodrigues Gaspar, Diretora dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania; Rafael Batista Ferreira, representando a Liga Brasiliense de Voleibol; Iolanda Yamamoto, atleta da vela adaptada; Antônia Keyla, medalhista paralímpica do atletismo.
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Vou passar a palavra agora para Daniel Xavier Mendes, medalhista paralímpico na natação.
O SR. DANIEL XAVIER MENDES (Para discursar.) - Bom dia a todos.
Primeiramente, é um prazer estar aqui. Queria agradecer novamente à Leila, a todos os presentes na mesa, e falar um pouquinho sobre este fim de ano, quando a gente realmente deve comemorar. É um dia de celebração por tudo o que a gente passou nesses últimos três anos - no caso, o último ciclo foi um pouquinho mais curto por conta da pandemia. Mas eu queria agradecer novamente a presença... por a gente poder estar aqui.
E queria também falar que essa questão do esporte paralímpico, que é a nossa área, principalmente com o Yoh falando sobre o investimento que a gente está tendo com esse crescimento do esporte paralímpico... eu acho que não só o esporte é muito importante - acho que a maior vitória não é só a questão de quando a gente chega aqui com uma medalha de bronze, ouro; de que a gente tenha participado das Paralimpíadas - no nosso âmbito paralímpico, mas principalmente a mudança de vida, não é? Inclusão é a questão de você se sentir pertencente ao movimento. Este foi o meu caso: por muito tempo eu não conhecia o esporte paralímpico - e por diversas... enfim, divulgação na mídia, no Rio 2016 -, mas quando você conhece o esporte, se sente parte de um movimento. Eu acho que uma parte muito importante e o maior legado que a gente pode trazer do esporte - não só o paralímpico, mas na vida toda - é a questão de relações humanas.
Então, assim, queria agradecer novamente por trazer essa sessão, esse momento tão especial; trazer muitos atletas, amigos e pessoas que lutam pelo esporte. Fico feliz que a gente possa, de alguma forma, representar o nosso país de uma maneira boa lá fora. A nossa campanha de 89 medalhas foi muito significante. A gente passava na Vila Olímpica e toda hora a gente via alguém com medalha, chegava lá no prédio do Brasil... foi bem diferente. Foi minha primeira, então, com certeza é uma coisa muito marcante.
Mas eu queria deixar muito também o que não é tão falado: a gente foca muito nas conquistas realmente, a gente está aqui na figura de uma pessoa que possa inspirar, mas acho que a introdução ao esporte é muito importante não só nessa realização pessoal, nessa questão de que a gente possa vir aqui e inspirar pessoas, mas sim na mudança de vida pessoal de cada um, nas relações, nas questões de autoaceitação também, que a gente sabe que tem muito isso. Então eu queria novamente agradecê-la, e é isso.
Los Angeles começa agora, e que venham cem medalhas, enfim, quantas tiverem que ser.
Obrigado, gente. (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Poxa, primeira medalha, Daniel. Já começou com o pé quente. Começar bem é sempre importante. É muito legal olhar a geração, essa nova geração paralímpica, e ver que nós temos atletas que irão nos representar por pelo menos mais um ou dois ciclos, e isso já é realmente um prenúncio de bons resultados, no próximo ciclo, em Los Angeles.
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E agora vou passar a palavra para um atleta por quem eu tenho muito carinho. Eu o vi galgando degrau por degrau, numa luta, numa modalidade extremamente difícil, que é a marcha atlética. Aproveito para também parabenizar os pais dele, que estão aqui, que são o João Sena e a Gianetti Bonfim. (Palmas.)
Técnicos e companheiros inseparáveis do nosso amigo Caio Bonfim, que é medalhista na marcha atlética.
Seja bem-vindo, amigo.
O SR. CAIO BONFIM (Para discursar.) - Bom dia. É um prazer estar aqui. Cumprimento a mesa. Senadora, obrigado por este momento.
Foi a minha quarta Olimpíada, e, em cada Olimpíada, você vai vivendo uma coisinha. No começo, da primeira, eu vejo evolução já. Acaba a Olimpíada, a gente era esquecido; lembravam da gente daqui a quatro anos, tanto que apelidei de torcedor urso: eles hibernam e acordam de quatro em quatro anos. Poder estar aqui, nesta homenagem, mostra que, mesmo em dezembro, com toda a correria, estão se lembrando dos atletas, não só dos que ganharam medalhas, mas dos que foram para os Jogos Olímpicos.
Eu cresci numa casa onde, em tempos de Olimpíada, a TV sempre estava ligada, e a gente passava o dia assistindo a tudo. Eu não imaginava que um dia eu poderia estar na Olimpíada. Eu lembro que a Olimpíada de Pequim foi a mais difícil para assistir, porque passava de madrugada. Eu lembro do Emanuel, de alguns jogos dele, da briga para conquistar o bronze. Quando eu cheguei, em 2012, eu nunca me esqueço disto: nós fomos treinar lá no Crystal Palace; estávamos saindo do treino, e quem estava treinando era o Emanuel. Aí eu e meu pai nos sentamos: "Vamos assistir ao treino!". Ninguém tem esse privilégio de assistir. Pedimos autorização para a treinadora, não é? Eles estavam com uma prancha de surf para bloquear; de tanto que eles eram bons, tinha que ser uma prancha de surf lá para atrapalhá-los.
Então, vai se marcando a nossa vida, e hoje a gente pôde chegar aqui, como medalhista e estar com esse pessoal fera, do paralímpico principalmente. Guilherme, estivemos lá. Lembro de assistir a ele - não sei se ele lembra - , de assistir algumas provas de judô com ele, lá na no prédio do Time Brasil, fazendo algumas perguntas de leigo lá para tentar entender o que era judô.
Então, quero só agradecer mesmo. Obrigado, Senadora, porque a gente tem que ser lembrado, e isso é importante para que a gente ganhe uma consciência esportiva no nosso país, para que de quatro em quatro anos... o atleta não vive só de quatro em quatro anos. Nós temos várias demandas, e quando a gente tem esse olhar, principalmente desta Casa aqui, que tem que... Vamos festejar, mas vamos lembrar que eles estão na ativa, não é? Estão continuando, precisamos desse legado.
Então, obrigado e parabéns a todos os atletas medalhistas, não é? Porque a gente sabe que ir para a Olimpíada não é fácil; sair dela com uma medalha é incrível.
Então, parabéns! Obrigado mais uma vez. (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Grata pela presença, mais uma vez, aqui conosco, Caio.
Bom, eu vou solicitar à Secretaria-Geral da Mesa a exibição de um vídeo com o discurso da atleta Ketleyn Quadros, que é brasiliense e medalhista no judô.
A SRA. KETLEYN QUADROS (Para discursar. Por vídeo.) - Olá, bom dia a todos. Senadora Leila, quero muito agradecer por reconhecer o nosso trabalho dentro e fora da política. Aos meus queridos amigos, companheiros de seleção, é sempre um prazer muito grande estar com vocês e compartilhar momentos incríveis como esse. Eu realmente só posso agradecer pelo carinho, pelo reconhecimento de uma vida voltada para o esporte, que me abriu portas para muitos caminhos. Então, realmente essas medalhas olímpicas transformaram a minha vida, mas especialmente em uma campeã da vida, uma cidadã melhor, uma filha melhor, uma irmã melhor, só potencializando os valores que foram adquiridos dentro de casa. Então, eu sou uma suspeita para falar do esporte e por ter esse reconhecimento de um trabalho todo prestado ao esporte e levando esperança para diversos lugares, para as crianças, para as pessoas que se identificam com essa jornada esportiva e acreditam na esperança dessa oportunidade, eu realmente quero muito agradecer e que possamos sempre melhorar e melhorar.
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Obrigada, Senadora Leila. Tenha uma excelente celebração. (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Um beijo para você, Ketleyn. Obrigada.
Bom, eu vou conceder a palavra agora ao Guilherme Schmidt, que é o medalhista olímpico no judô.
O SR. GUILHERME SCHIMIDT (Para discursar.) - Bom dia a todos. Gostaria de agradecer à Senadora Leila pelo convite e dizer também que eu sou muito grato, porque lá no início, quando ela era da Secretaria de Esporte, ela me apoiou muito.
Ainda quando garoto, sonhando em participar das competições, muitas vezes eu e minha mãe fomos lá na secretaria pedir passagens para participar de circuitos mundiais, sonhando com essa caminhada olímpica, que não é fácil. A gente sabe que, sem incentivo, sem pessoas que acreditam, a gente não chega a lugar nenhum. Acho que a conquista é um trabalho de várias mãos e é desde o início, acho que vem desde a base.
Eu comecei o judô num projeto social aqui em Brasília, no Sesi da Ceilândia, uma grande coincidência, foi onde a Ketleyn Quadros e a Érika Miranda começaram também, lá no Sesi da Ceilândia, que hoje é uma escola parque. Eu sempre tive muito incentivo.
E é muito gratificante participar dos Jogos Olímpicos, voltar como medalhista. Tive que sair de Brasília em 2019 para ir em busca desse sonho. E, hoje, voltar para Brasília e receber essa homenagem aqui no Senado, diante da Senadora Leila e de todos da mesa, é um orgulho muito grande, eu me sinto muito honrado, porque era um sonho participar dos Jogos Olímpicos.
Falar de Olimpíada... Na minha infância, eu assistia muito com o meu pai ao vôlei, à natação, vi o César Cielo. Eu me lembro do vôlei ali, de ver o Giba, ver o vôlei de praia, ver o Emanuel também. Então, é muito gratificante hoje voltar para a minha cidade e receber essa homenagem, ser inspiração para outras crianças, para outros jovens.
Eu também só tenho a agradecer a todo o incentivo do programa Paar, do Exército, das Forças Armadas, à Secretaria de Esporte daqui de Brasília, que me ajudou muito também. Eu acho que o incentivo tem que vir da base, não só quando o atleta já está lá no topo, porque eu acho que, quando está no topo, é fácil incentivar, mas quando está iniciando é que surge o sonho e surge a vontade de vencer.
Então, quero só agradecer a todas as pessoas, falar que vale a pena investir no esporte, que, como os outros disseram também, investir no esporte não é só investir no atleta, mas sim nos cidadãos futuros.
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Eu acho que é isso, e só tenho a agradecer. E vamos festejar esse momento e celebrar. Eu acho que estamos no momento de celebrar, tanto no esporte olímpico quanto no paralímpico. (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Obrigada, Guilherme. Grata pela lembrança, pela lembrança desse momento, e estando aqui ao meu lado, meu Deus do céu! Aí que eu vejo o quanto a idade passou e eu estou mais coroa mesmo. (Risos.)
Gente, olhando para trás, é muito interessante ver que sempre houve um atleta ou um paratleta que nos inspirou - tão grande é a importância do que hoje vocês representam, não é, Yohansson? Lá atrás, fomos eu e tantos outros que também inspiraram, também Emanuel, Baby, Ketleyn. Então, é olhar para frente.
A minha maior luta nesta Casa... Quando as pessoas me viam, meus colegas, quando eu cheguei aqui na Casa, era aquele olhar da desconfiança: "O que ela está fazendo aqui, uma atleta?". Acredito que o tempo passou, e todos os meus colegas, pelas falas da Senadora Damares e do Senador Kajuru e dos nossos servidores do Senado, que estão diariamente comigo, sabem... Nós aprendemos desde muito cedo três coisas fundamentais: sermos resilientes; sermos trabalhadores, porque nós não chegamos a lugar nenhum sem muito treino, sem muito esforço e sem muita dedicação; e uma coisa que a gente aprende, que eu trouxe para a minha vida política - e, certamente, no que vocês trilharem para a vida de vocês pós-carreira, vocês continuarão sendo homens e mulheres gigantes - que é lidar com diferenças. Nós não precisamos nos amar, mas nós precisamos nos respeitar, independentemente do adversário que esteja à nossa frente.
Então, nós aprendemos desde muito cedo o respeito às diferenças, o respeito ao colega. Nós não nascemos iguais, nós não pensamos de forma igual. Isso me trouxe, isso foi, digamos, um grande presente que o esporte me deu, e certamente trouxe também para a vida de vocês. Então, pós-carreira, nós temos aqui o Yohansson, nós temos o Emanuel, temos tantos outros atletas que entenderam que o esporte nos ensina a conviver e a compartilhar com o divergente a todo momento. E isso é fundamental.
Quero dizer que é um prazer estar aqui com vocês. Eu me sinto absolutamente íntima desse momento com vocês, mesmo tendo já encerrado a minha carreira há muitos anos - o Emanuel também sabe disso -, ao mesmo tempo sabendo que nós estamos com uma geração muito promissora no esporte paralímpico e também no esporte olímpico, isso é muito bom. E quero dizer, em nome da Casa, porque é aqui que nós decidimos a vida do brasileiro, em todos os setores, que o esporte brasileiro vai poder sempre contar com esta Casa aqui.
Hoje... Eu acredito que, em seis anos dentro do Senado, os meus colegas já entenderam o porquê da importância de se ter representatividade dentro do Congresso. Não é só ser mulher, mas também ser de outros setores, ter um atleta, ter um índio, ter um negro, ter a diversidade de um país tão continental, tão rico, para debater temas que são polêmicos e fundamentais para todos. A cultura: temos aqui a representatividade de uma área, de um setor tão forte que é a cultura. Então, a educação, a cultura e o esporte, eu falo sempre, são o caminho para o progresso neste país. É um caminho que nós deveríamos tratar com muito carinho e, acima de tudo, com muito comprometimento aqui, dentro desta Casa, cada um dos 81 Senadores. É isso aqui que é exemplo de formação, de cidadania, de construção de valores que são fundamentais para uma juventude próspera, para um país próspero - educação, cultura e o esporte.
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Bom, agora realizaremos a entrega individual de um certificado aos nossos atletas olímpicos e paralímpicos, como forma de materialização do reconhecimento que esta Casa e todo o país possuem acerca do comprometimento, do esforço e da dedicação de cada um de vocês ao esporte brasileiro.
Os atletas serão chamados individualmente. Eu vou descer daqui, da tribuna, para que possamos homenagear cada um de vocês, está bom? Muito obrigada. (Palmas.) (Pausa.)
Olha, gente, esse momento aqui é incrível, eu nunca tinha visto nesses seis anos no Senado político influencer descendo... A gente sempre improvisando. Obrigada, viu?
Gente, uma salva de palmas para os servidores daqui do Senado. (Palmas.)
Olha, vocês são incríveis, incríveis!
Bom, o Senado Federal da República Federativa do Brasil concede essa justa homenagem a Elizabeth Rodrigues Gomes, como forma de reconhecer sua participação e conquista nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Sua medalha representa o orgulho da nação. Sua dedicação, talento e espírito de superação inspiram milhares de brasileiras e brasileiros. Assinado: Senador Rodrigo Pacheco e Senadora Leila Barros.
Muito obrigada.
Obrigada, Elizabeth. Parabéns.
(Procede-se à entrega de certificado à Sra. Elizabeth Rodrigues Gomes.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Obrigada, Elizabeth.
Bom, eu vou proceder à mesma leitura.
O Senado da República Federativa do Brasil concede essa justa homenagem à Patrícia Pereira dos Santos, como forma de reconhecer sua participação e conquista nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Assinado: Senador Rodrigo Pacheco e a Senadora Leila Barros.
Obrigada, Pati.
(Procede-se à entrega de certificado à Sra. Patrícia Pereira dos Santos.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Obrigada, Patrícia.
Eu não vou ler, eu vou passar para os jovens, porque, senão, eu vou ficar aqui até amanhã. (Risos.)
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Então, o diploma para a Verônica Silva Hipólito. (Pausa.)
Gente, uma salva de palmas para a Verônica. (Palmas.)
Obrigada.
(Procede-se à entrega de certificado à Sra. Verônica Silva Hipólito.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Obrigada.
Wanna Helena Brito Oliveira. (Palmas.)
Que linda!
Obrigada.
Aqui, para você.
(Procede-se à entrega de certificado à Sra. Wanna Helena Brito Oliveira.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Obrigada, Wanna.
Rafael Carlos da Silva, nosso querido Baby, do judô. (Palmas.)
Obrigada.
Obrigada por ter vindo, Baby.
(Procede-se à entrega de certificado ao Sr. Rafael Carlos da Silva.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Manda o meu beijo lá para o Pinheiros, para o Presidente.
Antonia Keyla da Silva Barros. (Palmas.)
Ó, somos da mesma família! É parente.
Aqui.
(Procede-se à entrega de certificado à Sra. Antonia Keyla da Silva Barros.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Obrigada.
Miquéias Elias Rodrigues. (Palmas.)
Miquéias, obrigada. (Pausa.)
Nós que agradecemos.
(Procede-se à entrega de certificado ao Sr. Miquéias Elias Rodrigues.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Obrigada, Miquéias.
Ronan Nunes Cordeiro. (Palmas.)
Obrigada.
(Procede-se à entrega de certificado ao Sr. Ronan Nunes Cordeiro.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Obrigada, Ronan. (Pausa.)
Thalita Vitória Simplicio da Silva. (Palmas.)
Oi, Thalita. Obrigada.
(Procede-se à entrega de certificado à Sra. Thalita Vitória Simplicio da Silva.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Obrigada.
Aser Mateus Almeida Ramos. (Palmas.)
Aser, obrigada.
(Procede-se à entrega de certificado ao Sr. Aser Mateus Almeida Ramos.)
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A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Obrigada, Aser. (Pausa.)
Vamos subir. (Pausa.)
Caio Bonfim. (Palmas.)
(Procede-se à entrega de certificado ao Sr. Caio Bonfim.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Daniel Xavier Mendes. (Palmas.)
(Procede-se à entrega de certificado ao Sr. Daniel Xavier Mendes.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Silvana Mayara Cardoso Fernandes. (Palmas.)
(Procede-se à entrega de certificado à Sra. Silvana Mayara Cardoso Fernandes.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Guilherme Schimidt, do nosso judô. (Palmas.)
(Procede-se à entrega de certificado ao Sr. Guilherme Schimidt.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Maria Clara Augusto da Silva. (Palmas.)
(Procede-se à entrega de certificado à Sra. Maria Clara Augusto da Silva.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Bom, antes de irmos para a parte final da nossa sessão, vou conceder a palavra para o nosso Senador Wellington Fagundes.
Seja muito bem-vindo, Senador.
O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MT. Para discursar.) - Bom dia a todos, bom dia a todos os brasileiros que nos assistem aqui, nesta sessão tão especial, em homenagem a todos aqueles que representaram o Brasil nas Olimpíadas e nas Paralimpíadas de Paris.
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Eu cumprimento toda a mesa na pessoa da nossa Senadora Leila, uma grande atleta e que sabe - não é, Senadora? - que não tem limites para a pessoa que tenha qualquer deficiência. O limite é a coragem que vocês tiveram em estar competindo.
Por isso, quero aqui dizer que, hoje, nos reunimos para celebrar atletas que brilhantemente representaram o Brasil nas Olimpíadas e Paralimpíadas de Paris. Cada um de vocês não apenas competiu, mas carregou nos ombros a esperança e o orgulho de uma nação inteira.
Esses jogos não foram apenas um espetáculo de esportes, mas um palco para histórias de superação, resiliência e, acima de tudo, coragem. Cada medalhista e cada medalha conquistada, cada recorde batido e cada esforço realizado são provas do talento, da disciplina e do espírito indomável do atleta brasileiro.
Os atletas paraolímpicos, em especial, nos ensinaram que as barreiras existem apenas para serem superadas. Vocês são símbolos de inclusão, igualdade e força, mostrando que o impossível é apenas uma questão de perspectiva.
Reconhecemos ainda a importância das equipes técnicas, dos treinadores, das famílias e de todos os que estiveram nos bastidores garantindo que o desempenho de nossos representantes fosse o mais elevado possível. Mais do que títulos, vocês trouxeram inspiração, inspiraram crianças a sonharem com o pódio, jovens a acreditarem no valor do esforço e todos nós a sermos melhores em nossas jornadas pessoais.
A cada bandeira hasteada e a cada hino tocado, sentimo-nos orgulhosos de sermos brasileiros. E que esta homenagem seja um lembrete de que a nação reconhece e valoriza o que vocês fizeram por nós.
Por isso, muito obrigado por representarem o Brasil com honra, talento e, acima de tudo, paixão. (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Grata, Senador Wellington Fagundes, Senador pelo Mato Grosso. É um prazer tê-lo aqui conosco.
Bom, antes do encerramento desta sessão, nós seremos presenteados com a execução da música Isto Aqui, O Que É?, composição de Ary Barroso, já agradecendo ao nosso Clube do Choro, Reco do Bandolim, Henrique Neto, Eduardo Viegas, Nelson Serra, George Costa, e à Laura Medeiros, que cantou conosco o Hino.
A composição de Ary Barroso é uma das músicas que mais representam o sentido de brasilidade.
Isto aqui, ô, ô
É um pouquinho de Brasil, iá, iá
Deste Brasil que canta e é feliz
Feliz, feliz.
É também um pouco de uma raça
Que não tem medo de fumaça, ai, ai,
E não se entrega, não.
(Procede-se à execução musical.)
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A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) - Bravo! (Palmas.)
Grata pelo presente, querido Clube do Choro.
Cumprida a finalidade desta sessão especial do Senado Federal, eu agradeço às personalidades que nos honraram com a sua participação.
Viva o esporte brasileiro!
Muito obrigada. (Palmas.)
(Manifestação da plateia.)
(Levanta-se a sessão às 12 horas e 06 minutos.)