Notas Taquigráficas
3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
57ª LEGISLATURA
Em 11 de setembro de 2025
(quinta-feira)
Às 10 horas
114ª SESSÃO
(Sessão Especial)
| Horário | Texto com revisão |
|---|---|
| R | O SR. PRESIDENTE (Dr. Hiran. Bloco Parlamentar Aliança/PP - RR. Fala da Presidência.) - Bom dia a todas e a todos. Declaro aberta a sessão. |
| R | Sob a proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos. A presente sessão especial foi convocada em atendimento ao Requerimento nº 240, de 2025, de autoria desta Presidência e de outros Senadores, aprovado pelo Plenário do Senado Federal. A sessão de hoje, com muita honra, é destinada a comemorar os 80 anos do nosso querido Conselho Federal de Medicina. Eu convido, para compor esta mesa da sessão especial, as seguintes personalidades. Meu querido Senador, alvinegro que nem eu, Nelsinho Trad - cadê o Nelsinho? -, médico urologista, mas o que ele é mesmo é botafoguense. (Palmas.) Senadora Dra. Eudócia, que tem um voo daqui a pouco, mas veio aqui nos prestigiar, nossa colega médica lá de Alagoas. (Palmas.) Deputado Zacharias Calil, o maior separador de siameses do mundo, nosso colega médico, Relator do nosso projeto da proficiência na Câmara dos Deputados - Zacharias, venha para cá - e motociclista que nem eu também. (Palmas.) Deputado Allan Garcês, que é meu colega lá de Roraima da universidade e agora está no Maranhão, Deputado Federal pelo Maranhão. Cadê o Allan? (Palmas.) Senhora... Desculpe-me, Hiran, ia cometer uma gafe e pular seu nome, Hiran. Meu xará, Presidente José Hiran da Silva Gallo, Presidente do Conselho Federal de Medicina do Brasil. (Palmas.) Representando todos os Conselhos de Medicina, com a devida vênia ao meu querido amigo Domingos Sávio, que está aqui presente - não fui eu que escolhi, viu, Domingos? Não vá ficar com raiva de mim, não -, Sra. Andréa Antunes Caldeira de Andrada Ferreira, Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa Catarina. Venha para cá, Andréa. (Palmas.) Sra. Yáscara Pinheiro Lages Pinto, Conselheira Federal titular do Estado do Piauí. (Palmas.) E temos a honra de receber aqui, no Senado da República, a Dra. Ana Paula Martins, que é Ministra da Saúde do Governo de Portugal e vem abrilhantar a nossa sessão. Dra. Ana Paula, por favor. (Palmas.) Antes de continuar a nossa sessão, eu quero também registrar a presença da mulher que me ajuda sempre a chegar aos meus objetivos, minha esposa Gerlane Baccarin, que está aqui presente - ela está escondidinha porque é muito reservada, mas ela está aqui presente também. (Palmas.) Convido a todos para, em posição de respeito, acompanharmos o Hino Nacional da República. (Procede-se à execução do Hino Nacional.) |
| R | O SR. PRESIDENTE (Dr. Hiran. Bloco Parlamentar Aliança/PP - RR. Para discursar - Presidente.) - Queridos colegas, antes de continuarmos a nossa sessão solene, eu quero também registrar a honrosa presença do nosso querido amigo, médico, Senador Rogério Carvalho. Seja muito bem-vindo, Rogério! (Palmas.) |
| R | Eu quero aqui saudar todos os nossos colegas, indistintamente, que estão presentes nesta nossa grande festa do Conselho Federal de Medicina: todos os presidentes de conselho, nossos conselheiros estaduais, os conselheiros federais, a Diretoria do conselho, as autoridades que nos visitam daqui e de fora do nosso país. Vejo ali na galeria o Prof. Rui Nunes, lá da Universidade do Porto - leve um abraço aos nossos portugueses. Nós estamos muito felizes em tê-los aqui. É com grande honra que, em nome de todos os colegas médicos, saudamos os 80 anos de história do Conselho Federal de Medicina, uma trajetória de oito décadas dedicada à ética, à fiscalização do exercício profissional e, acima de tudo, à defesa da saúde do povo brasileiro. O Conselho Federal de Medicina tem sido uma voz firme, inabalável da medicina organizada em nosso país. Em um cenário de constantes desafios, sua atuação se mostra fundamental para a defesa intransigente das prerrogativas médicas e da dignidade do exercício profissional. O Conselho Federal de Medicina, em sua incansável jornada, também tem sido o principal defensor da valorização do médico e de suas prerrogativas. Um profissional valorizado, com condições de trabalho adequadas e autonomia para atuar é um profissional que oferece o melhor de si para o cuidado com os seus pacientes. Esta é a principal finalidade do Conselho Federal de Medicina e do sistema de conselhos regionais: garantir que a medicina seja praticada com estrita observância a princípios éticos fundamentais. A preocupação com a boa prática não é uma coisa nova. Na época dos gregos, por exemplo, havia o juramento de Hipócrates, que se tornou atemporal. Em nome de todos os médicos, de todos os tempos, Hipócrates disse: "[...] os regimes para o bem do doente [...] [serão aplicados] segundo o meu poder e entendimento, [mas] nunca [nunca, jamais] para causar dano ou mal a alguém". No Brasil, a normatização, a fiscalização, o registro e o disciplinamento da prática médica tiveram início oficial em 1945, isto é, há 80 anos. Foi naquela época, em 13 de setembro de 1945, que o Decreto-Lei nº 7.955 previu a criação do Conselho Federal de Medicina. Já estava lá, no art. 1º do decreto, o objetivo primordial do Conselho Federal de Medicina, entre aspas: "[...] zelar pela fiel observância dos princípios da ética profissional no exercício da medicina". Foi o passo inicial, e muito bem dado, para a instalação dos conselhos regionais. Naqueles primeiros anos, o Conselho Federal tinha um desenho institucional diferente do que conhecemos hoje. Ele era organizado e financiado por sindicatos e era supervisionado pelo Ministério do Trabalho. |
| R | A partir de 1957, 68 atrás, portanto, por meio da Lei nº 3.268, o Conselho Federal adquiriu a personalidade jurídica que nos é familiar até hoje, tornando-se uma autarquia de direito público e conquistando a autonomia técnica e normativa de fiscalizar a prática médica. Hoje em dia, é difícil imaginar a medicina e a saúde em nosso país sem as contribuições do Conselho Federal e dos seus regionais, sem os códigos de ética médica em evolução, sem as resoluções, pareceres, notas técnicas e recomendações que disciplinam a atividade médica, sem seus esforços de divulgação, comunicação e pesquisa, sem a publicação sempre atualizada da demografia médica, sem a interação produtiva e respeitosa do Conselho Federal de Medicina, que ele mantém com os Poderes da República, dando lugar muitas vezes a normatizações éticas que transcendem a própria prática médica. Também não há como pensar no futuro da medicina sem abordar a qualidade da formação dos nossos profissionais. O Conselho Federal de Medicina tem liderado com coragem a luta por um ensino de excelência, o chamado padrão ouro de formação, que prepara os futuros médicos para os desafios de um sistema de saúde complexo, extremamente complexo. É nesse contexto que a proposta do Exame Nacional de Proficiência em Medicina se torna crucial - o projeto mais importante da medicina deste século. (Palmas.) Não é uma medida punitiva, mas, sim, um compromisso com a sociedade, e a sociedade entende isso. As pesquisas mostram que 96% dos brasileiros defendem que os médicos façam uma prova para obter o seu registro profissional. É um dado contundente, que reflete a confiança da população na medicina, mas também sua preocupação com a segurança e a qualidade dos serviços prestados por nós médicos. Nesse sentido, a sinergia entre o Conselho Federal de Medicina e a Frente Parlamentar da Medicina do Congresso Nacional tem se mostrado decisiva para o avanço de pautas essenciais para a saúde pública e para a classe médica do nosso país. Trabalhamos juntos em um diálogo constante e produtivo para que a voz dos mais de 600 mil médicos brasileiros ressoe com protagonismo absoluto nesta Casa. Por fim, quero deixar aqui os meus mais sinceros parabéns ao Conselho Federal de Medicina por seus 80 anos de trabalho ininterruptos e essenciais ao país. Agradeço, em nome do povo brasileiro, como cidadão, a cada um dos seus membros e, em especial, aos mais de 600 mil médicos que compõem a nossa carga de trabalho e que dedicam suas vidas, dia e noite, a cuidar da nossa saúde. E quero fazer aqui, também, uma gratidão particular. Hoje, está aqui, nesta Casa, uma amiga que foi Conselheira comigo por praticamente 15 anos da nossa vida lá em Roraima. Ela me ajudou muito, quando fui Presidente do Conselho por duas vezes e, mais do que isso, fizemos uma educação médica continuada que me deu envergadura, e que eu tenho certeza de que me ajudou a chegar até aqui. E, mais do que isso, me ajudou no dia em que eu disse assim: "Olha, eu vou ser candidato a um cargo eletivo". Ela disse: "Vai, que eu te dou até uma casa minha para ser o teu comitê, e 0800". |
| R | Está aqui minha querida amiga Nympha Carmen Salomão. Eu quero agradecer, de todo coração, a sua amizade e tudo aquilo que você fez por mim na minha carreira. (Palmas.) Minha querida colega médica e da minha Universidade Federal do Amazonas, onde nos formamos, seja muito bem-vinda! Deus te abençoe! E eu quero aqui também fazer uma referência especial ao nosso querido irmão Hiran Gallo, que comanda, com sua diretoria, o Conselho Federal, com tanto denodo, com tanta eficiência. Meu querido Hiran, parabéns pelo seu trabalho, da sua diretoria e de todos os conselheiros federais e estaduais do nosso país. (Palmas.) Esse conselho, como ontem comentávamos na casa do nosso Presidente Davi Alcolumbre com a Ministra Ana Paula, de Portugal, Ministra da Saúde, é o mais importante Conselho Federal de Medicina do mundo, e isso se deve ao trabalho de todos nós. Que Deus nos abençoe! Parabéns por esse dia tão especial para a Medicina brasileira! Um grande abraço. Muito obrigado. (Palmas.) Solicito agora à Secretária-Geral a exibição de um filme institucional. |
| R | (Procede-se à exibição de vídeo.) (Palmas.) |
| R | O SR. PRESIDENTE (Dr. Hiran. Bloco Parlamentar Aliança/PP - RR) - Bom, quero também registrar a presença aqui no nosso dispositivo do nosso querido Líder progressista, Dr. Luizinho, nosso colega médico e autor do projeto de lei da proficiência, que tramita na Câmara dos Deputados e que está com urgência constitucional no Plenário. Luizinho, seja muito bem-vindo. (Palmas.) E eu quero aqui pedir minhas desculpas ao meu querido colega Senador Rogério Carvalho. Rogério vai se manifestar, mas Rogério foi tão prestigiado que não tem mais lugar aqui em cima (Risos.). Eu olhei para um lado e para o outro e não tem nem cadeira mais aqui. Então, você me perdoe. Você vai ser o próximo a falar depois aqui do Nelsinho Trad, por cinco minutos cada um, para a gente agilizar. Com a palavra o nosso Senador Nelsinho Trad, nosso colega urologista. Quero também registrar a presença - estou vendo-o ali em cima - do meu goleiro de futebol de salão na faculdade, o ex-Presidente deste Conselho Federal, o nosso querido Edson de Oliveira Andrade, a quem eu peço uma salva de palmas. (Palmas.) Muito obrigado, Edson, pela presença. Nelsinho, por favor. O SR. NELSINHO TRAD (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - MS. Para discursar.) - Muito bom dia, Dr. Hiran, que, na condição de Senador e colega médico, sempre defende as pautas relacionadas à nossa classe, à saúde como um todo. É uma honra estar sendo presidido por V. Exa. neste momento tão importante, destinado a comemorar os 80 anos do Conselho Federal de Medicina. Cumprimento aqui o meu colega Rogério Carvalho, a Dra. Eudócia, que teve que sair - também médica, assim como o Rogério - para buscar a filha para poder ir para o aeroporto. Cumprimento aqui o Deputado Federal Allan Garcês e, com muito carinho, também o Deputado Zacharias Calil. Quero aqui dar um testemunho para todos. Nós estávamos em Londres, conhecendo a evolução do sistema de saúde digital daquele país, da Inglaterra, quando o Dr. Zacharias Calil apresentou alguns dados e casos da sua estatística, como o maior detentor de casos de separação de gemelares siameses. Na mesma hora, o diretor do hospital onde a gente estava pediu para que a gente retornasse à tarde, fora da agenda determinada, para poder fazer com que os colegas daquele hospital pudessem assistir, ouvir os depoimentos e a experiência do Dr. Zacharias Calil. |
| R | Para nós, é um orgulho ter V. Exa. aqui junto com a gente. (Palmas.) Ministra de Saúde do Governo de Portugal, Ana Paula Martins, seja muito bem-vinda. Sinta-se em casa no nosso país, no Brasil. Cumprimento também o Dr. José Hiran da Silva Gallo, Presidente do Conselho Federal de Medicina; a Dra. Andréa Antunes; a Dra. Yáscara Pinheiro. Eu não poderia deixar de também manifestar o meu cumprimento à Dra. Luciene Elias, Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Mato Grosso do Sul, a quem envio o meu abraço, e a toda a comitiva aqui presente. Em nome dos ex-Presidentes, cumprimento também o Dr. Mauro Luiz Ribeiro, também lá de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, que abrilhanta esta solenidade. Como o Hiran falou que eu sou botafoguense, o Mauro está feliz da vida, porque ele é tricolor carioca e, ontem, eliminou os baianos. A Bahia que me desculpe, mas o Mauro está rindo de orelha a orelha. Cumprimento aqui a Dra. Damares, que não é médica de profissão, mas tem uma sabedoria de vida que nos inspira a ter a sensibilidade tão importante na nossa profissão para poder atender aquele que nos procura. O Conselho Federal de Medicina e os conselhos regionais de medicina exercem um papel fundamental na sociedade brasileira. Eu imagino que, com a evolução da mídia social, da saúde digital, dos avanços que se impõem diante de regulações e regulamentações que precisam ter... (Soa a campainha.) O SR. NELSINHO TRAD (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - MS) - ... para que se possa ter um funcionamento adequado, deve ser laborioso e difícil o trabalho dos conselhos, nos estados e em nível federal, sendo o tutor de todos eles. Eu sou médico e, de vez em quando, atendo no meu consultório. O consultório ainda funciona, com alguns colegas que lá estão. Eu peço licença, Hiran, para contar aqui e dar um testemunho. Nesses dias, eu cheguei ao meu consultório pela manhã, e tinha um colega atendendo. Lá, tem quatro urologistas que atendem. Na hora em que eu passei pela sala de espera, uma senhora me reconheceu e falou para o filho dela: "Olhe aí o Dr. Nelsinho, eu quero ser consultada por ele, porque era ele que atendia o seu pai", que já tinha falecido. Aí ela me abordou, eu a cumprimentei e falei: "Mas a senhora já está marcada com outro colega, ele também é muito bom". "Não, eu faço questão de que o senhor me atenda." Aí fiquei naquele impasse e falei: "Então, está bom, venha aqui na minha sala". Na hora em que ela sentou à minha frente, junto com o filho, ela se queixou de uma dor lombar. Aí o menino falou assim: "Eu posso falar alguma coisa?". Falei: "Pode". Aí tirou do bolso um papel e falou: "Eu já pesquisei, a minha mãe está com essa dor lombar, e ela pode ter uma contratura muscular, um problema de hérnia de disco, um cálculo renal, um herpes zóster". E foi falando os diagnósticos diferenciais de dor lombar. "E, se for um desses aqui que eu disse, os exames que o senhor tem que pedir são estes aqui"; e foi enumerando, pá-pá-pá. "E tem mais, o tratamento é esse aqui". Aí eu olhei para ele, e ela falou: "Mas pare menino! E o que nós viemos fazer aqui?". Aí eu levantei da minha cadeira, fui até ela e dei um abraço nela; e falei: "Isto aqui você não vai encontrar no Google, na internet, em lugar nenhum". Aí ela olhou para ele e falou: "Não falei para você? Já estou boa!". (Risos.) |
| R | Então, pessoal, essa evolução tem um limite para ela poder ultrapassar. Eu sou ainda do tempo do exame clínico, do exame físico, de olhar no olho do paciente, de sentir a dor dele, de colocar o ombro, para que ele possa ser acolhido. É lógico que todos esses avanços são importantes, mas nada substitui isso. E nós estamos aqui no Senado da República, com a ajuda do Hiran, levando para frente o tão sonhado piso salarial dos médicos e dos dentistas. Já fizemos um relatório, muito bem emendado pelo Hiran; já conseguimos encaminhar uma fonte de custeio, para poder não ficar nas costas dos Executivos dos municípios e do Estado. Tem mecanismos, sim, para poder atender e valorizar aquele que fica lá na ponta, dando esse abraço, que é tão importante para a gente avançar nas questões da saúde. O exame de proficiência, muito bem conduzido pelo Hiran e que tem o Zacharias Calil na relatoria da Câmara dos Deputados, é algo que também precisa ser encarado e precisa ser analisado. Tem os aspectos também que precisam ser observados de quem quer incentivar isso para promover cursos de formação, para poder passar, uma vez que isso está instalado; temos que moderar e ponderar tudo. Agora, eu vou dar um outro exemplo: nós temos uma cidade no interior do meu estado que é vizinha de uma cidade do Paraguai, que se chama Ponta Porã - ao lado, é Pedro Juan Caballero -, e tem 97 mil habitantes. Só de alunos de medicina na cidade do Paraguai tem 20 mil pessoas. Aí eu fui lá fazer uma agenda política. Nada contra isso, no sentido de que quem se esforça para estudar merece o seu lugar ao sol; mas eu fui servido num restaurante, e o garçom falou assim: "O senhor é o Dr. Nelsinho?". "Sou". "Vou ser colega do senhor". Eu falei: "Como assim?". "Não, falta um ano para me formar; eu estudo aqui no Paraguai". Eu falei: "Que legal! Estude bastante, porque, para exercer a profissão no Brasil, você vai ter que fazer o Revalida; você vai ter que estudar mais porque é um risco para você e para aquele que vai ser atendido por você". (Palmas.) |
| R | Então, muita calma nesta hora. Nada contra os avanços e as oportunidades que as pessoas têm que ter, mas com uma boa formação e com a dignidade que a nossa profissão e que o branco que a gente veste precisa continuar sendo respeitado pela sociedade, porque só nós sabemos... (Soa a campainha.) O SR. NELSINHO TRAD (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - MS) - ... o que é passar num vestibular, num Enem para ser médico, o que é estudar seis anos numa faculdade, com mais seis de residência, para você ficar pronto para atender a sociedade com dignidade, com respeito e com ética. Parabéns aos 80 anos do Conselho Federal de Medicina! (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Dr. Hiran. Bloco Parlamentar Aliança/PP - RR) - Muito obrigado, Senador Nelsinho. Ao mesmo tempo, chamo aqui, para fazer a sua fala, o nosso querido Senador Rogério Carvalho, Médico Fiscal do Conselho Regional de São Paulo, grande parceiro nosso nessa luta pela proficiência. Eu também queria, antes de passar a palavra a V. Exa., pedir a devida vênia para registrar aqui, porque tem tanta autoridade aqui que tem que ser feito aos poucos. Eu quero dar as boas-vindas ao Sr. Embaixador da República de Guiné-Bissau, M'bala Alfredo Fernandes. Seja muito bem-vindo! (Palmas.) Representando o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, a Sra. Secretária-Geral da Ordem dos Advogados do Brasil, Dra. Rose Morais. (Palmas.) Ministra Conselheira da Embaixada de Portugal, Cristina Matos. (Palmas.) Sra. Bastonária da Ordem dos Médicos de Angola, Elisa Gaspar. (Palmas.) Sr. Presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Edson Ferreira Liberal. (Palmas.) Sra. Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear e Imagem Molecular, Elba Etchebehere. (Palmas.) Sr. Presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Leonardo Oliva. (Palmas.) Diretor-Presidente da Sociedade de Anestesiologia do Distrito Federal, Marcus Aviz. (Palmas.) Sra. Conselheira Titular do Conselho Federal de Medicina do Estado do Piauí, Yáscara Pinheiro Lages. (Palmas.) Presidente da Federação Médica Brasileira, Fernando Mendonça. (Palmas.) Sra. Presidente da Associação dos Estudantes de Medicina do Brasil, Arina Peixoto Nobre. (Palmas.) Sr. Presidente do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, André Cristiano dos Santos. (Palmas.) Sr. Presidente do Sindicato dos Médicos do Grande ABC, José Roberto Murisset. (Palmas.) Sr. Deputado Estadual pelo Estado do Ceará, Aloísio Brasil. (Palmas.) Sra. Presidente da Unimed Porto Velho, Saleh Razzak. (Palmas.) Ex-Senador da República, ex-Presidente do Conselho Regional de Medicina do meu Estado e Conselheiro Federal, meu querido amigo, Wirlande da Luz. (Palmas.) Meu querido Rogério. O SR. ROGÉRIO CARVALHO (Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PT - SE. Para discursar.) - Obrigado, Sr. Presidente, meus cumprimentos a V. Exa. pela autoria do requerimento. Quero cumprimentar, na pessoa do Dr. Hiran Gallo, todas as autoridades aqui presentes, compondo a mesa de honra. Quero cumprimentar todos os colegas médicos e médicas. Independentemente da função que ocupam, todos, antes de mais nada, são médicos e médicas. Primeiramente, para mim, é uma satisfação muito grande estar aqui nesta audiência comemorativa dos 80 anos do Conselho Federal de Medicina. |
| R | A medicina, para nós todos, é um divisor de água nas nossas vidas. Ao ingressar nesta profissão, a gente acaba mudando bastante a nossa perspectiva de vida. Tanto a minha quanto a da maioria daqueles que ingressaram nessa profissão, a perspectiva de vida e os rumos das nossas vidas se transformaram. Ainda é uma profissão extremamente conceituada, respeitada na sociedade, e esse respeito, esse conceito requer de cada um de nós a nossa cooperação para isso. Nesse sentido, os conselhos que foram criados por decreto e depois pela lei, de 1957, sancionada pelo Presidente Juscelino Kubitschek, que cria o Conselho Federal de Medicina e os conselhos regionais, foram um passo importante para a gente cumprir essa finalidade, que é proteger a sociedade, como disse muito bem o Dr. Hiran Gallo, e proteger a própria profissão para garantir que ela cumpra os seus desígnios, para garantir que ela seja de fato um instrumento em defesa da vida. Eu fico muito feliz de saber que, ao longo da história do Conselho Federal de Medicina e dos conselhos regionais, essa foi, na maior parte do tempo, não em toda a parte do tempo, porque não é fato que em toda a parte do tempo se acerta o tempo todo, mas, na maior parte do tempo, a atuação dessa autarquia especial. Eu quero começar a falar e reivindicar o lugar de instituição pública, porque é uma instituição pública definida por lei, comandada pela própria corporação, mas é uma instituição pública e tem um papel público, uma finalidade pública de garantir o interesse público. O interesse público nada mais é do que garantir que os profissionais tenham uma prática que caminhe no sentido da finalidade maior da profissão, que é a defesa da vida, a proteção à vida, o prolongamento da vida, tudo aquilo que diz respeito à vida. Aqui o Senador Nelsinho, da forma como ele sabe fazer, colocou com muita simplicidade, mas com muita profundidade, o desafio que a gente tem para o futuro, que é como lidar com uma captura e quase a transformação de uma tecnologia dura, a prática, o exercício e a produção de diagnóstico... (Soa a campainha.) O SR. ROGÉRIO CARVALHO (Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PT - SE) - ... a definição de conduta a partir do uso de inteligência artificial e até mesmo da captura de todo o conhecimento sobre a forma de determinadas tecnologias que a gente chama de tecnologias duras. Vou concluir, Sr. Presidente, mas só queria concluir esse raciocínio. O SR. PRESIDENTE (Dr. Hiran. Bloco Parlamentar Aliança/PP - RR) - Eu lhe dei mais cinco minutos, meu querido amigo. O SR. ROGÉRIO CARVALHO (Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PT - SE) - Obrigado, Presidente. Então, diante dos desafios que a gente tem no futuro, diante dessas novas formas de captura do trabalho médico, nada vai substituir aquilo que está na dimensão humana. |
| R | Eu, esta semana... Nunca tinha participado de um desfile cívico aqui em Brasília e me chamou a atenção o fato de ver um desfile organizado, um desfile que é quase uma equação matemática, e aquilo empolgava pelo volume e pela demonstração de força, e a gente via uma manifestação dos espectadores em relação ao desfile baseado na força e na organização. É uma forma de gerar, chamar a atenção e produzir algum tipo de emoção. Mas, no momento em que entrou um grupo, já quase no final, tocando instrumentos, com uma música que fala da vida e da história de nós brasileiros, aquilo mudou o tipo de manifestação das pessoas que estavam na avenida. E eu fiquei perguntando: por quê? Se não era muito organizado, se não era uma coisa muito cheia de disciplina, mas tinha algo muito diferente: era cheio de humanidade e de produção subjetiva. E ali me veio essa dimensão da matemática pura que estará representada na inteligência artificial, que estará representada nas novas tecnologias, que capturam a essência do trabalho médico, do trabalho em saúde, do trabalho humano de forma geral... Não vai substituir a dimensão transcendental que nós carregamos. E é essa dimensão transcendental... Não estou dizendo com isso que a medicina tem que caminhar para este caminho, mas isso só é possível na interação entre seres humanos e na atuação viva nossa no exercício de uma prática profissional. Portanto, estar vivo, exercer uma profissão com a nossa própria vida, com a nossa própria existência viva e transcendente, fará e continuará fazendo a diferença na cura, no cuidado, ou seja, na materialização de uma prática que vai prolongar, que vai restabelecer a autonomia e que pode curar as pessoas. Portanto, não temos como impedir, tampouco parece razoável impedir a evolução das tecnologias, mas elas, com certeza, precisam estar subordinadas ao comando e ao uso dos profissionais enquanto seres vivos que, com sua própria existência, vivem todas as dimensões, inclusive aquela que transcende a própria condição material que nos faz vivo. Que isso seja a essência a ser colocada no dia a dia das nossas profissões e, para isso, a gente precisa alcançar... Concluindo, Sr. Presidente, e agradecendo a V. Exa.. A gente precisa alcançar um grau de equilíbrio, de maturidade e de cooperação entre todos nós, para que a gente vença, preserve e mantenha a força e a importância dessa profissão na sociedade. Muito obrigado e parabéns pelos 80 anos. Eu me sinto feliz de fazer parte de uma organização tão importante e tão decisiva para a melhoria da medicina no nosso Brasil. Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.) |
| R | O SR. PRESIDENTE (Dr. Hiran. Bloco Parlamentar Aliança/PP - RR) - Obrigado, Senador Rogério Carvalho. Passo, em seguida, a palavra ao nosso Líder do Progressistas na Câmara de Deputados, autor do projeto de proficiência na Câmara, o Deputado Luizinho, do Estado do Rio de Janeiro. O SR. DR. LUIZINHO (Para discursar.) - Muito bom dia a todos. Quero saudar aqui o nosso Presidente da sessão, o nosso Senador Dr. Hiran Gonçalves, o nosso Presidente da Frente Parlamentar Mista da Medicina; saudar o Presidente do nosso Conselho Federal de Medicina, Dr. Hiran Gallo; saudar os meus companheiros de Câmara dos Deputados, Zacharias Calil e Allan Garcês; saudar o Senador Nelsinho Trad, o Senador Rogério Carvalho. Eu quero aqui começar a minha fala agradecendo a Deus a oportunidade, Meira, de ser médico. Deus me deu uma grande oportunidade, como deu à maioria dos senhores e senhoras aqui hoje, de ter essa profissão, essa profissão que nos permite mudar a vida e a história das pessoas. Quando Deus nos tocou e nos deu essa oportunidade, deu-nos o compromisso com a vida, com a pessoa humana; mas, mais que isso, Deus me deu a oportunidade de representar o Estado do Rio de Janeiro aqui na Câmara dos Deputados. E Deus também colocou, no meu caminho, o então Deputado Dr. Hiran Gonçalves e juntos, Hiran, junto com o Zacharias Calil, que chegou conosco a esta Casa, trabalhamos já no mandato anterior, Presidente Hiran. E aqui eu quero fazer uma saudação especial ao nosso Presidente anterior do Conselho Federal de Medicina, o Dr. Mauro, uma das pessoas mais corretas que eu conheci, nos últimos anos da minha vida, pela atuação dele durante a pandemia. (Palmas.) Um colega que foi diariamente, Hiran, atacado, e foi de uma sobriedade, de um compromisso, de uma honestidade com a profissão médica que eu dificilmente vi na minha trajetória. Trabalhamos aqui durante a pandemia, todos os dias da pandemia, na Comissão externa da covid, Zacharias Calil, para poder dar condições aos nossos colegas de enfrentarmos algo nunca visto na história da humanidade; mas nós trabalhamos e ajudamos o país num dos momentos mais difíceis. Mas um pouquinho antes ainda da covid, Hiran, nós trabalhamos para que fosse implementado o Revalida no país, para que essa profusão de escolas médicas não destruísse a medicina, e é o Revalida que tem impedido que essa precariedade de cursos de Medicina, realizados aqui, principalmente no nosso vizinho da América do Sul, coloque a nossa Medicina em cheque. Além do Revalida, a gente tem sido diariamente - diariamente - assustado com novos cursos de Medicina, por decisões judiciais, com as mais diversas formas de precariedade, Hiran, com cursos em que os alunos vão encontrar médicos, durante o seu curso, muitas vezes no internato. Olhando de fora, ao longo dos quatro anos do meu mandato e na convivência diária, dirigida pelo Hiran na Frente Parlamentar Mista da Medicina, a gente conversou com o Conselho Federal de Medicina, com a Associação Médica Brasileira, com a Academia Nacional de Medicina e principalmente com o Hiran sobre o exame de proficiência. Eu não tenho dúvida de que se a gente não tem controle da entrada de novos cursos, nós temos que ter o controle do acesso de quem está se formando como médico. Ninguém tem problema com a formação de mais médicos num país como o nosso, mas nós queremos, sim, um médico de qualidade. |
| R | Eu quero aqui, parabenizando o Conselho Federal de Medicina por esta sessão dos seus 80 anos, ressaltar o meu compromisso, Hiran: enquanto eu estiver nesta Casa aqui, nós vamos defender a medicina, nós vamos defender a saúde do país. Enquanto a gente estiver no Congresso Nacional, Hiran... (Palmas.) ... nós vamos trabalhar para mudar essa história. E eu tenho certeza de que é através do exame de proficiência médica que a gente vai mudar a história da medicina do Brasil, porque pode ter inteligência artificial, pode ter telemedicina, mas nada vai substituir o médico, Hiran, porque a capacidade nossa, ainda, de examinar, de olhar um doente, é o que faz a diferença nas nossas vidas. A cada dia que passa, o nosso tempo de formado... Sem ser saudosista, Hiran, eu fico olhando... Há poucos dias, na minha casa, um amigo da minha família levantou, já à noite, Hiran, um amigo da minha esposa, levantou e, neste dia a dia meu aqui muito pouco fico no Rio de Janeiro, tinha lá uns seis meses que eu não o encontrava e ele andou com uma marcha - a filha dele é médica, nossa colega, e ele tem convivência com médicos - e, pela marcha dele, eu falei: "Isso aí é alguma doença neurológica", "Não, vai ali...", "Isso é uma doença neurológica". Pedi a um colega nosso, o Dr. Paulo Niemeyer, que o examinasse. O Paulo Niemeyer o examinou e falou de pronto: "Luizinho, isso aqui é, realmente, uma doença neurológica grave". Então, a nossa capacidade ainda de, pela semiologia, olhar para um paciente, fazer um diagnóstico diferencial, ninguém vai substituir. Pode-se gerar todo tipo de inteligência, pode-se gerar todo tipo de modernização, mas nada nem ninguém vai substituir o médico. Enquanto nós estivermos aqui no Congresso Nacional, nós vamos trabalhar todos os dias para que o médico, a cada dia, possa ter uma qualidade melhor e possa, a cada dia, a sociedade reconhecê-lo como insubstituível. Parabéns ao Conselho Federal de Medicina. Parabéns ao Senador Hiran. Obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Dr. Hiran. Bloco Parlamentar Aliança/PP - RR) - Obrigado, Deputado Luizinho. Convido, em seguida, para fazer uso da palavra, o Deputado Federal Zacharias Calil. O SR. ZACHARIAS CALIL (Para discursar.) - Bom dia. Bom dia a todos. Gostaria de cumprimentar nosso Presidente, requerente da sessão solene, o nosso colega Dr. Hiran Gonçalves, pelo qual cumprimento a todos os Senadores. Cumprimento aqui todo este Plenário lotado. Parabéns, Hiran, eu acho que você conseguiu algo inédito. Se a gente for nominar todo mundo aqui, eu não vou nem ter tempo de fala, pelas autoridades aqui presentes. Cumprimento aqui o nosso Presidente do Conselho Federal de Medicina, Dr. Hiran Gallo, e, na pessoa dele, eu cumprimento todos os médicos do Brasil todo. Fiquei muito feliz com a fala do Senador Nelsinho Trad em relação à nossa presença lá em Londres. Eu fiquei envaidecido aqui com a fala dele, na qual eu apresentei os casos que nós temos realizado aqui, os feitos como médico, como detentor de patente e tudo. |
| R | O hospital a que ele se referiu, na realidade, foi o Imperial College. E na época, lá alguém perguntou, você tem ideia de onde você está apresentando esse trabalho, junto com a missão que nós estávamos lá de Deputados, Senadores, aqui no Imperial College? Eu falei, não, não tenho a mínima ideia do que seja isso. Assim, a gente sabe do efeito que você tem em uma instituição como aquela. E você acredita, Hiran, que foi publicado no jornal do Imperial College essa apresentação minha? Assim, dedico a todos os médicos no Brasil. A separação de crianças siamesas, na qual nós somos referência no mundo todo. Nós utilizamos uma técnica de realidade aumentada, foi o primeiro caso no mundo. E também o medicamento que desenvolvemos no tratamento das malformações vasculares, que são os hemangiomas e os linfohemangiomas. Prestei bastante atenção aqui também no que o Deputado Luizinho falou. O Luizinho presidiu a única Comissão de saúde que funcionou, não só de saúde, mas foi a única Comissão que funcionou na época do covid. Foi um ano de Comissão, da qual nós tivemos mais de 200 sessões, recebemos mais de 500 convidados, inclusive embaixadores de outros países, como a Rússia, por exemplo. Então, assim, o que a gente tem feito na Câmara é muito importante, porque às vezes, não aparece, não é? E hoje é um dia também de nós relembrarmos os nossos feitos aqui na Câmara Federal. Por exemplo, em maio de 2024, em revolta contra aquela situação do Ministro Alexandre de Moraes, da assistolia fetal, querendo autorizar o aborto, o feticídio, eu apresentei, no Plenário da Câmara, uma simulação de como é feita a assistolia fetal em mulheres acima de 22 semanas de gestação. Foi uma repercussão nacional, eu nem imaginava que aquilo ali ia repercutir tanto. Tanto é que bloqueou. Até o momento, não se fala em feticídio, que a gente defende muito essa situação, principalmente quanto ao aborto. Em 2022 também, nós quebramos o monopólio estatal das empresas, passando a empresa privada a produzir os radioisótopos. Quem está aqui e é da área... (Soa a campainha.) O SR. ZACHARIAS CALIL - ... de medicina nuclear sabe muito bem que isso aí, a importância que isso significou para a medicina brasileira. Então nós temos trabalhado muito, principalmente no Revalida, no Programa Mais Médicos, na abertura indiscriminada das faculdades de Medicina e agora, eu, como Relator na Câmara, do projeto de proficiência médica, quer dizer, é onde nós temos, sim, que trabalhar e mostrar o nosso trabalho, mostrar para a sociedade, principalmente para a classe médica, a que nós viemos. Semana passada, teve um projeto aqui, que eu vou ler aqui para vocês. Inclusive o Conselho Federal de Medicina tem uma participação intensa na Comissão de Saúde, não é, Presidente Gallo? Eu vejo aqui a Gabi, que é a assessora do Parlamentar, ela tem um trabalho excepcional também, orientando-nos. Então teve um PL, o 49, de 2023... (Soa a campainha.) O SR. ZACHARIAS CALIL - ... da Enfermeira Ana Paula, que é do PDT do Ceará, que altera a lei para estabelecer novas regras para a prescrição de medicamentos por enfermeiros autônomos em exercício, em consultório ou clínica de enfermagem, bem como penalidades para o descumprimento da norma. Então, hoje todo mundo quer ser médico, todo mundo quer invadir... Nós pedimos a retirada de pauta. |
| R | Aí vem a farmácia também querendo autorizar que farmacêuticos façam prescrições médicas, quer dizer, são atos médicos em que todos querem interferir, e nós temos trabalhado muito para que isso não aconteça. Então, fica aqui: hoje é um dia de celebração, um dia em que olhamos para trás com orgulho e para a frente com esperança. Celebramos os 80 anos do Conselho Federal de Medicina, uma instituição que, desde 1945, tem sido guardiã da ética, da ciência e da dignidade na prática médica em nosso país. O CFM nasceu com a missão de proteger a sociedade e orientar os médicos e, ao longo dessas oito décadas, cumpriu essa missão com coragem, sabedoria e compromisso. Foram anos de conquistas marcantes, ou seja, a normatização da reprodução assistida, a definição de critérios para a morte encefálica, a regulação da cirurgia robótica e, mais recentemente, o acompanhamento ético da inteligência artificial na medicina. Nós temos trabalhado muito aqui, tanto na Câmara quanto no Senado, em relação à inteligência artificial, e também na Comissão de Ciência e Tecnologia, da qual eu faço parte. Cada resolução, cada parecer, cada posicionamento público do CFM é a expressão de um compromisso profundo com a vida. E eu vejo assim: com a vida em todas as suas formas, complexidades e fragilidades. Hoje, rendemos homenagem a todos os profissionais que, sob a orientação do conselho, honraram o Juramento de Hipócrates com empatia, excelência e responsabilidade. Médicos e médicas que, mesmo diante dos maiores desafios, mantiveram acesa a chama da vocação. Que este legado continue a inspirar futuras gerações. Que o CFM siga firme, como farol ético e técnico, guiando a medicina brasileira pelos caminhos da inovação, da humanização e da justiça. Parabéns, Conselho Federal de Medicina! Parabéns à medicina brasileira, e que venham muitos outros anos da história, sempre em defesa da saúde, da ética e da vida. Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Dr. Hiran. Bloco Parlamentar Aliança/PP - RR) - Parabéns, Zacharias. Ao mesmo tempo em que convido o nosso querido Deputado Allan Garcês para fazer uso da palavra, por cinco minutos, eu vou ser cada vez mais exigente, porque senão eu vou atrapalhar a sessão que vai haver no conselho à tarde - vamos nos estender até a tarde aqui, viu? Tem muita gente para falar. Quero também registrar a presença aqui do Presidente da Associação Nacional de Medicina do Trabalho, Francisco Fernandes - tem que aplaudir; os outros vocês aplaudiram, vamos aplaudir. (Palmas.) O Presidente da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, nosso querido amigo Antonio Meira Júnior. (Palmas.) A Presidente da Associação Brasileira de Medicina de Emergência, Camila Lunardi. (Palmas.) A Presidente da Associação Brasileira de Medicina Legal e Perícia Médica, Rosa Amélia Andrade Dantas. (Palmas.) |
| R | O Presidente do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Rubens Chojniak. (Palmas.) O Vice-Presidente da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego, Ricardo Hegele. (Palmas.) Querido Allan, por favor. O SR. ALLAN GARCÊS (Para discursar.) - Presidente, Hiran, eu solicito a sua permissão para vestir o nosso jaleco de médico. O SR. PRESIDENTE (Dr. Hiran. Bloco Parlamentar Aliança/PP - RR) - Permissão concedida. Você está em casa. (Palmas.) O SR. ALLAN GARCÊS - Meus colegas médicos, eu gostaria, antes, de saudar a mesa, na pessoa do nosso Presidente, e de parabenizá-lo pela proposição da solenidade em homenagem ao nosso Conselho Federal de Medicina. Quero saudar também o Presidente do Conselho Federal de Medicina, Dr. Hiran Gallo, e o Senador Hiran, de quem já também falamos. Quero saudar o Senador Nelsinho; a Senadora Eudócia; o Deputado Dr. Zacharias, que me antecedeu; a Dra. Ana Martins, Ministra da Saúde do Governo de Portugal; a Sra. Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa Catarina, Dra. Andréa; a Sra. Conselheira Federal Titular do Conselho Federal de Medicina pelo Estado do Piauí, Yáscara; o Presidente do meu Conselho Regional de Medicina, Dr. Albuquerque, e os meus colegas médicos, também, do Estado do Maranhão, a Dra. Leopoldina. Quero saudar a colega que eu estou vendo aqui, a Dra. Nympha, lá do Estado de Roraima - no qual também, Hiran, juntos nós atuamos como médicos. Fui professor... É onde eu fui concursado. O meu primeiro concurso de titular foi na Universidade Federal de Roraima, onde a senhora também é professora. Meus colegas, completar os 80 anos de uma instituição é coroar um trabalho que vem sendo realizado. A gente está aqui de passagem, todos nós estamos aqui de passagem, eu, como Deputado Federal, os Senadores, vocês, colegas médicos - eu vejo na galeria muitos colegas médicos. O que vale nesta vida, o que vale quando a gente está de passagem, é deixar um legado. Os Presidentes do Conselho Federal que passaram pela nossa entidade deixaram um legado. Eu vi agora há pouco o nosso Líder, Dr. Hiran, e o Luizinho fazerem uma menção ao Dr. Mauro, ex-Presidente, que, na época da pandemia, foi realmente muito atacado, pressionado. Era médico pressionando médico, era médico contra médico. Eu não vou aqui entrar na questão das ideologias que um lado e outro defendiam, mas o nosso Presidente, nessa época, deu autonomia para os médicos brasileiros tratarem os seus pacientes, e se não fosse a autonomia que a gente já tem no nosso código de ética ser referendada e confirmada pelo Dr. Mauro, realmente a situação ficaria muito mais difícil na saúde do nosso país. Então, eu gostaria de uma salva de palmas para o Dr. Mauro, relembrando a sua atuação aqui. (Palmas.) |
| R | Cada um passa e tem o seu legado. Hoje, sentado aqui à mesa, está o Dr. Hiran Gallo, e ele já está fazendo o seu legado. Ele já tem o seu legado. O exame de proficiência, como o Dr. Hiran falou, é o ato mais importante do século para a nossa profissão. Eu sou coautor do projeto de proficiência médica, junto com o meu colega Dr. Luizinho. E eu digo para os senhores: se não fosse a negligência do Governo Federal em abrir escolas médicas de forma indiscriminada, escolas que não têm capacidade de preparar um médico e colocá-los no campo de trabalho com qualidade, porque não tem hospital escola, porque não tem laboratórios, porque faltam equipamentos adequados. (Interrupção do som.) (Soa a campainha.) O SR. ALLAN GARCÊS - Isso forçou o Conselho Federal de Medicina a regulamentar de forma efetiva a qualidade dos médicos no mercado, criando o exame de proficiência em medicina. E nós, Deputados Federais e Senadores, estamos aqui, na vanguarda, acompanhando isso, ajudando e trabalhando para a nossa profissão. Contem com esse apoio! Contem comigo, Dr. Hiran, e meus colegas também, no Conselho! Ontem, no Conselho Federal de Medicina, eu disse e vou repetir: ninguém defende os médicos se não for o próprio médico. (Palmas.) Isso eu falo com experiência nesta Casa. (Soa a campainha.) O SR. ALLAN GARCÊS - Se não é a Frente Parlamentar da Medicina, se não são os colegas médicos da medicina, não vai ter ninguém para defender a gente. E eu falei isso ontem no Conselho Federal de Medicina, para registrar a importância dos senhores médicos, para presidentes dos conselhos regionais de medicina e do Conselho Federal formarem lideranças para estarem aqui nesta Casa para defenderem a nossa classe e defender a saúde pública. (Palmas.) É necessário nós termos médicos Senadores na frente parlamentar, defendendo a nossa profissão. Dr. Hiran, o senhor tem uma missão superimportante como Presidente, e o senhor a está exercendo. Aí, quando eu digo Hiran, os dois ficam perguntando: "Está falando com quem?". (Risos.) Estou falando com os dois, cada um na sua Presidência. Vocês estão de parabéns, Dr. Hiran Gonçalves e Hiran Gallo, pela condução na frente parlamentar e no Conselho Federal de Medicina! Que se multipliquem esses 80 anos, para que outros presidentes venham e deixem novos legados, porque a gente está de passagem, mas a instituição, o Conselho Federal, vai seguir por mais 80 anos e muito mais outros 80 anos. Muito obrigado, pessoal. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Dr. Hiran. Bloco Parlamentar Aliança/PP - RR) - Obrigado, querido Allan. Passo, em seguida, a palavra... O SR. ALLAN GARCÊS - Dr. Hiran. O SR. PRESIDENTE (Dr. Hiran. Bloco Parlamentar Aliança/PP - RR) - Pois não. O SR. ALLAN GARCÊS - Eu queria só fazer uma menção aqui de um detalhe rápido, permita-me. |
| R | Requerimento nº 238/2025. Sr. Presidente da Comissão de Saúde, requeiro a V. Exa., nos termos do art.117, inciso XIX, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados... (Soa a campainha.) O SR. ALLAN GARCÊS - ... o envio de moção de louvor e aplauso ao Conselho Federal de Medicina, na pessoa do Presidente José Hiran da Silva Gallo, pelo reconhecimento dos serviços prestados por essa entidade, em alusão aos 80 anos do Conselho Federal de Medicina. Sessão... Assina Deputado Federal Allan Garcês, com muita honra. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Dr. Hiran. Bloco Parlamentar Aliança/PP - RR) - Obrigado, Allan. Passo, em seguida, a palavra à nossa querida colega, Dra. Andréa Antunes Caldeira de Andrada Ferreira, Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa Catarina, que vai falar representando os nossos regionais, por cinco minutos, por favor. A SRA. ANDRÉA ANTUNES CALDEIRA DE ANDRADA FERREIRA (Para discursar.) - Bom dia a todos. Nas pessoas do Dr. Hiran Gonçalves e do Dr. Hiran Gallo, eu cumprimento todas as autoridades presentes, ilustres membros da mesa, digníssimos Conselheiros Federais e Presidentes dos conselhos regionais de medicina, prezados convidados e distinta plateia. É com elevado sentimento de honra e profunda consciência da responsabilidade que me dirijo a esta Casa Legislativa, o Senado Federal, representando todos os presidentes dos conselhos regionais de medicina do Brasil, para solenemente comemorar o 80º aniversário da fundação do Conselho Federal de Medicina. Essa data marca não apenas a longevidade da nossa instituição, mas, principalmente, o seu papel fundamental na defesa da ética e da saúde da população brasileira. Instituído em 1945, o Conselho Federal de Medicina emergiu da imperiosa necessidade de regulamentar e fiscalizar o exercício da medicina em todo o território nacional. Desde a sua fundação, o CFM tem se erigido como baluarte da ética profissional, zelando pela excelência e segurança da assistência médica prestada à sociedade brasileira. Sua atuação incansável constitui um legado inestimável, digno de aplausos e reconhecimento. Ao longo de oito décadas de existência, o CFM não se limitou ao cumprimento do seu mister regulatório. Demonstrou notável capacidade de adaptação às dinâmicas e transformação da ciência médica e das demandas sociais, aprimorando a sua gestão e expandindo as suas competências. Em um cenário de constantes desafios, o Conselho Federal tem sido a voz firme na defesa das prerrogativas médicas, assegurando que o profissional da medicina possa exercer sua nobre profissão com autonomia e segurança, sempre em benefício do paciente. Nós, conselheiros e presidentes dos conselhos regionais de medicina, somos os braços operacionais do Conselho Federal, em cada unidade federativa. Atuamos na vanguarda da fiscalização do exercício profissional, na rigorosa aplicação do Código de Ética Médica e na defesa dos interesses da sociedade e dos profissionais médicos em suas respectivas jurisdições. A colaboração e a sinergia entre o Conselho Federal e os conselhos regionais configuram a força motriz que impulsiona o progresso da medicina brasileira. Conjuntamente, envidamos esforços para assegurar que os princípios da ética, da ciência e da humanidade permeiem todas as ações dos nossos profissionais, desde os grandes centros urbanos até as mais longínquas localidades do país. |
| R | Não importa se o médico está registrado em uma região de fronteira ou em um grande centro urbano, os conselhos de medicina estão sempre presentes, apoiando o médico, protegendo a sociedade e garantindo que a medicina seja exercida com excelência e ética em todo o território nacional. Nesses 80 anos, a medicina brasileira enfrentou e superou desafios de magnitude ímpar. Fomos testemunhas de avanços científicos e tecnológicos sem precedentes, ao mesmo tempo em que nos defrontamos com complexas questões sociais e sanitárias. Em cada um desses momentos, o Sistema CFM-CRM manteve-se firme, atuando com probidade e discernimento. É também fundamental reconhecer o papel decisivo que o Congresso Nacional desempenha na regulamentação do exercício da medicina. A aprovação da Lei 3.268, de 1957, que reformulou o nosso sistema conselhal, exemplifica como a atuação legislativa é essencial para proteger a sociedade. (Soa a campainha.) A SRA. ANDRÉA ANTUNES CALDEIRA DE ANDRADA FERREIRA - Da mesma forma, o Parlamento brasileiro tem atuado para garantir que a prática médica seja exercida com segurança, competência e ética, e a aprovação da Lei nº 2.842, de 2013, que é a Lei do Ato Médico, é um marco que exemplifica essa história. A defesa do ato médico é uma pauta que exige constante diálogo entre os Poderes. O CFM, em sua missão institucional, tem exercido um papel fundamental nessa articulação política, defendendo não apenas os médicos, mas principalmente os pacientes e a qualidade dos serviços de saúde. A nossa atuação junto ao Congresso Nacional busca sempre o equilíbrio entre a autonomia profissional e a proteção social. Contudo, o presente nos impõe novos e prementes desafios. O Conselho Federal de Medicina, em conjunto com os conselhos regionais, permanece vigilante e atuante na construção e aplicação dessas leis, que são fundamentais para a proteção da sociedade e a valorização da profissão. (Interrupção do som.) (Soa a campainha.) A SRA. ANDRÉA ANTUNES CALDEIRA DE ANDRADA FERREIRA - Nesse sentido, e com a aprovação de mais de 90% da sociedade, torna-se ainda mais imperiosa a aprovação da exigência da prova de proficiência aos egressos do curso de medicina, com o objetivo de garantir a capacidade técnica dos novos médicos e, por consequência, a qualidade da assistência à população do nosso país. Projetamos o futuro com uma inabalável convicção de que os vindouros anos apresentarão novas exigências e oportunidades. A ascensão da inteligência artificial, a expansão da telemedicina, a crescente complexidade das patologias e a premente necessidade de um sistema de saúde mais equitativo e acessível demandarão de nós e das futuras gerações de médicos ainda maior dedicação, inovação e compromisso inarredável. Que esta solene cerimônia se configure em um momento de reflexão sobre o passado glorioso, celebração dos momentos presentes e renovação dos nossos votos pelo futuro. Ao Congresso Nacional... (Soa a campainha.) A SRA. ANDRÉA ANTUNES CALDEIRA DE ANDRADA FERREIRA - ... renovamos o nosso compromisso de diálogo construtivo e sabemos que a regulamentação adequada do exercício profissional é uma construção coletiva que exige engajamento dos representantes do povo brasileiro. Estou concluindo. Aos colegas médicos, reafirmamos que os conselhos existem para valorizar nossa profissão e proteger a prática ética. À sociedade, garantimos que continuaremos incansáveis na missão de assegurar uma medicina de qualidade, ética e comprometida com a vida, e que o Conselho Federal de Medicina e os conselhos regionais permaneçam como pilares inabaláveis da ética, da ciência e da defesa da vida. Parabéns ao CFM pelos 80 anos! |
| R | Que sigamos juntos, CFM e CRMs, construindo uma medicina cada vez mais forte, ética e a serviço da saúde do povo brasileiro. Muito obrigada. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Dr. Hiran. Bloco Parlamentar Aliança/PP - RR) - Obrigado. Obrigado, Dra. Andréa. Chamo em seguida, para fazer uso da palavra, a Exma. Sra. Ministra da Saúde de Portugal, Ana Paula Martins. (Palmas.) Ministra, a senhora me permita, antes de começar a fala, registrar aqui a presença do Sr. Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Lauro Lourival Lopes (Palmas.), da Sra. Presidente em exercício do Instituto Brasileiro de Perícia Médica, Ana Carolina de Almeida Couto (Palmas.), do Sr. Presidente da Sociedade de Neurocirurgia de Mato Grosso, Giovani Mendes (Palmas.), do Sr. Presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Ricardo Amorim Corrêa (Palmas.) e da Sra. Vice-Presidente da Academia de Medicina de Mato Grosso, Marisa Fratari. (Palmas.) Por favor, Ministra. A SRA. ANA PAULA MARTINS (Para discursar.) - Sr. Presidente e requerente desta sessão, Senador Dr. Hiran Gonçalves, Sr. Senador Nelsinho Trad, Sr. Deputado Federal Allan Garcês, Sr. Deputado Federal Zacharias Calil, Sr. Presidente do Conselho Federal de Medicina, José Hiran da Silva Gallo - na sua pessoa, permita-me que cumprimente todos os conselheiros federais -; Sra. Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa Catarina, Andréa Antunes Caldeira de Andrada Ferreira; Sra. Conselheira Federal Titular do Conselho Federal de Medicina pelo Estado do Piauí, Yáscara Pinheiro Lages Pinto; também ilustres autoridades, embaixadores, representantes diplomáticos, senhores bastonários, Bastonária de Angola e Vice-Bastonário de Moçambique, é com enorme honra que participo, em nome do Governo de Portugal, desta sessão solene que celebra os 80 anos do Conselho Federal de Medicina do Brasil. Este tributo é mais do que uma comemoração: é o reconhecimento a todos os médicos e médicas que, em cada canto deste país, aliviam o sofrimento, salvam vidas e constroem diariamente um Brasil melhor, mais justo e saudável. Fazem-no não apenas por serem uma profissão ancestral, hipocrática, fazem-no por vocação. Que esta celebração continue a reforçar a ligação histórica, cultural e científica entre Portugal e o Brasil. Em nome do Governo de Portugal, que aqui represento, como Ministra da Saúde, associo, desta forma, todos os nossos médicos e médicas de Portugal a este tributo e deixo o nosso reconhecimento fraterno a este país-irmão. |
| R | Finalizo com uma palavra de profunda gratidão pelo convite que o Presidente Hiran Gallo nos fez para hoje aqui estar, parabenizando toda a liderança sempre renovada e esclarecida, a sua energia contagiante, a sua visão estratégica, a visão estratégica que este Conselho, ao longo de 80 anos, foi capaz de assumir para defender uma medicina de qualidade para os povos a quem prometemos, como políticos e através da nossa ação política, proteger. Além da ciência, a compaixão define a nossa humanidade. Os médicos são anjos sem asas, que levam esperança a cada um de nós. Eu não sou médica e falo, como Ministra da Saúde, com todas as profissões de saúde, com a mesma honestidade, transparência e lealdade, mas costumo dizer aos não médicos que, se quiserem ser médicos, vão estudar medicina. (Palmas.) Essa é a solução, porque somos todos importantes, mas quem quer ser médico tem de estar habilitado para o ser. É a única forma de preservar a relação médico-doente, que deve ser patrimônio imaterial da humanidade. E também quero dizer que, muitas vezes, quando associamos aos médicos privilégios, meus senhores e minhas senhoras, vale lembrar que os privilégios são acompanhados de responsabilidades, de muita responsabilidade. E o médico tem essa responsabilidade e assume, de fato, a relação entre a vida e a morte como mais nenhuma profissão o faz. Contem, por isso, sempre com Portugal. Que a nossa cooperação se aprofunde e que os nossos laços sejam inquebrantáveis. Muito obrigada. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Dr. Hiran. Bloco Parlamentar Aliança/PP - RR) - Muito obrigado, Ministra Ana Paula. Foi curta e falou tudo, hein? Parabéns! Muito obrigado. E quero agora chamar aqui o nosso bastonário, querido amigo, Presidente do Conselho Federal de Medicina, meu xará e irmão, para fazer uso da palavra: Hiran Gallo. (Palmas.) Eu quero pedir a devida vênia ao Hiran para registrar também a presença da Sra. Presidente da Associação Médica Homeopática Brasileira, Ana Amélia Olandim, que também se faz presente neste Plenário. (Palmas.) O SR. JOSÉ HIRAN DA SILVA GALLO (Para discursar.) - Bom, bom dia a todos. Muito me honra estar nesta celebração dos 80 anos do Conselho Federal de Medicina. Todos vocês recebam meu abraço fraterno. Eu quisera abraçar cada um que está aqui, mas eu aproveito o meu tempo, que, segundo o nosso Presidente Hiran... Olha, um Hiran não é fácil, dois fica mais difícil ainda. Eu quero aqui dizer que o nosso Presidente, Senador Hiran Gonçalves, me concedeu uma hora, não foi, Presidente? (Pausa.) Obrigado. Não me contrariem, por favor. |
| R | Então, quero aqui cumprimentar o nosso ilustre Senador Presidente da Frente Parlamentar Mista, Hiran Gonçalves; nosso Deputado Zacharias Calil, Presidente da Frente Parlamentar Mista da Saúde; o Deputado Federal Luizinho - deixo meu abraço a ele, que é uma pessoa que nunca falta aos pedidos dos médicos brasileiros -; o Deputado Allan Garcês, uma pessoa fantástica, que nos ajuda todas as vezes que nós estamos precisando. Quero cumprimentar a nossa querida Andréa Antunes Ferreira, Presidente do Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina; a nossa estimada amiga - permita-me chamá-la de irmã -, Yáscara Lages Pinto, uma pessoa por quem eu tenho uma eterna gratidão. Eu quero cumprimentar a nossa ilustre Ministra da Saúde de Portugal, Dra. Ana Paula - a senhora me deixa muito feliz com a sua presença em nosso país -; cumprimento também o nosso ex-Presidente Edson de Oliveira Andrade, que está ali, quietinho, e a sua esposa Elizabeth Andrade (Palmas.); o nosso ex-Presidente também, Dr. Mauro Luiz de Britto Ribeiro (Palmas.), pessoa que muito contribuiu para que a medicina brasileira chegasse aonde chegou, com sucesso. Cumprimento o Presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte, Marcos Jácome; o Ricardo, de Minas Gerais; o João Paulo, de Rondônia, Angelo Vattimo, de São Paulo e o grande Otavio Marambaia, da Bahia; todos os presidentes de sociedades médicas de especialidades e seus representantes: Edson Liberal, da Pediatria; Francisco Fernandes, da Medicina do Trabalho; Rubens, da Radiologia; e eu não poderia deixar de lembrar do meu amigo da Abramet, Antonio Meira. Bom, como disse o nosso Presidente Hiran Gonçalves, é uma honra incomparável representar o meu Conselho Federal de Medicina nesta sessão solene que comemora os 80 anos de criação de nossa autarquia, numa trajetória marcada por ciência, ética e compromisso com a sociedade - e aproveito para agradecer à minha linda esposa, Élida Gallo, que está ali me acompanhando. (Palmas.) Agradecemos ao Senador Hiran Gonçalves, Presidente da Frente Parlamentar Mista da Medicina, pela proposição desta solenidade, a qual nos permite, num momento ímpar, trazer ao Parlamento nossa percepção... (Soa a campainha.) O SR. JOSÉ HIRAN DA SILVA GALLO - ... sobre os avanços e desafios que se apresentam ao país, isso é porque o senhor está me alertando de que faltam ainda 50 minutos. Quando foi publicado o Decreto Lei nº 7.955, que institui os conselhos de medicina no Brasil, o Congresso Nacional era um jovem de 121 anos. Assim, ao longo das últimas oito décadas, as trajetórias do CFM e do Congresso Nacional têm se cruzado, revelando um DNA que nos torna irmãos de luta. Mas o que o Conselho Federal de Medicina e o Congresso Nacional têm em comum? Posso garantir que os pontos de convergência são muitos. O CFM e o Congresso são instituições respeitadas e reconhecidas pelo seu profundo envolvimento na construção de políticas públicas no Brasil, sendo compostos por homens e mulheres com trajetórias marcadas pela defesa da saúde, da vida e da dignidade da população. |
| R | As duas Casas são legitimadas pelo poder do voto de seus pares, num exercício amplo e transparente de democracia representativa. Em decorrência disso, são espaços plurais que respeitam o debate sobre os assuntos que nos mobilizam. A preocupação comum é encontrar soluções que garantam ao nosso povo acesso à saúde com eficiência e segurança. Não foram poucas as vezes em que conselheiros de medicina e Deputados e Senadores uniram forças para atingir esse objetivo. Nós temos que lutar por uma medicina de qualidade. Nós não podemos permitir, no nosso país, dois tipos de medicina: uma para o rico e outra para o pobre. Contra isso, nós lutaremos com toda a coragem. O caminho proposto que colocava em risco a equidade no atendimento e o bem-estar das pessoas foi derrubado com leis estruturantes que fazem a diferença no nosso país. Foram aprovadas e entraram em vigor. Foi assim com a criação do Sistema Único de Saúde, com a regulamentação dos planos de saúde e com a aprovação dos sucessivos orçamentos da União, nos quais, anualmente, se buscam garantir recursos para uma assistência do povo brasileiro. Sim, há momentos de tensões, mas têm sido superados com maturidade e respeito. O CFM compreende as pressões que recaem sobre os legisladores e contrapõe isso com argumentação consistente, como resultante de uma elaboração positiva, registrada em diferentes momentos. A aprovação da Lei 12.842, do ato médico, que definiu os atos exclusivos da medicina, é um exemplo. Isso nós devemos a todos os Deputados Federais e Senadores. E faço questão de lembrar aqui o Ronaldo Caiado, que nos ajudou, o Calil e o nosso ex-Presidente Edson de Oliveira Andrade. É um exemplo. Após mais de uma década de tramitação e debates, a Lei do Ato Médico foi aprovada, trazendo maior segurança aos pacientes e clareza sobre limites e responsabilidade de cada categoria profissional da área da saúde. A mesma sinergia entre o CFM e o Congresso existiu nos debates sobre a Lei 13.959, de 2019, que institui o Revalida, o exame nacional de diplomas médicos estrangeiros. Quero agradecer, mais uma vez, aos Deputados que nos ajudaram para que nós tenhamos a revalidação dos diplomas dos estrangeiros. Depois ainda, durante a pandemia da covid-19, o CFM foi fundamental para que o Congresso regulamentasse a prática da telemedicina no Brasil, por meio da Lei 14.510, de 2022. Os pareceres e resoluções na nossa autarquia subsidiaram os Parlamentares nessa tomada de decisão que representou um salto para o futuro da assistência médica brasileira. Esses são apenas alguns entre vários casos. Afinal, há mais de 6 mil proposições relativas à saúde em tramitação no Congresso. Desse total, o CFM acompanha de perto aproximadamente 700. Nesse ponto, faço uma pausa para fazer duas breves menções ao ilustre Senador Hiran Gonçalves, justas e especiais. (Soa a campainha.) |
| R | O SR. JOSÉ HIRAN DA SILVA GALLO - Em primeiro lugar, destaco o trabalho da Comissão de Assuntos Políticos do CFM, coordenada pelo Conselheiro Antonio Meira Júnior, que tem demonstrado sua capacidade e comprometimento com a causa médica. Isso deve-se à Comissão de Assuntos Parlamentares, e aí eu agradeço a todos os conselheiros federais que ajudam nesse embate. Liderado por ele, essa comissão, apoiada pelos outros conselheiros federais, Presidentes de CRMs e assessores da melhor qualidade, tem se desdobrado diuturnamente, para dar conta dessa missão de extrema importância para pavimentar as relações entre o CFM e o Legislativo. Posso assegurar, Senador, que as muitas portas abertas mostram que o êxito já foi alcançado. A segunda referência, igualmente importante, é a parceria que o CFM estabeleceu com duas atuantes frentes parlamentares no Congresso: a da saúde, coordenada pelo Deputado Zacharias Calil; e a da medicina, liderada pelo ilustre Senador Hiran Gonçalves. (Soa a campainha.) O SR. JOSÉ HIRAN DA SILVA GALLO - Sem o apoio desses políticos do bem, historicamente engajados com a defesa da vida e da saúde, tudo seria muito mais difícil. Por isso, publicamente, agradeço a essas duas frentes parlamentares e às suas Lideranças, pelo muito que têm feito pelos médicos, pela medicina e pela saúde da população brasileira. Diante dos desafios que nos aguardam, é preciso alimentar essa energia. Isso seria fundamental para que o CFM continue a somar, positivamente, em debates de alta relevância no Parlamento. Um dos focos de atenção são as regras de uso de novas tecnologias, como a inteligência artificial na saúde e na medicina. Como temos repetido em diferentes oportunidades, é preciso preservar nosso patrimônio ético. (Soa a campainha.) O SR. JOSÉ HIRAN DA SILVA GALLO - A inovação deve ser incorporada sem ameaças à autonomia do médico e ao sigilo dos pacientes. Estes são dois pilares dos quais nós não abriremos mão - pilares hipocráticos -: a autonomia e o sigilo médico. Além disso, jogamos luz sobre a nossa maior prioridade no momento: a aprovação do Exame Nacional de Proficiência em Medicina. Presença constante no Parlamento, nossos conselheiros têm sensibilizado Senadores e Deputados Federais sobre a urgência dessa medida, que será a grande salvaguarda para a saúde e a integridade da sociedade. Aqui, eu quero fazer um parêntese e agradecer ao ilustre Senador Rogério Carvalho, de Sergipe, que tem abraçado essa causa do exame de proficiência. (Palmas.) Com a abertura de 449 escolas de medicina, Senador, até a hora em que eu saí do Conselho Federal de Medicina - eu acho que esse número acabou de aumentar... (Soa a campainha.) O SR. JOSÉ HIRAN DA SILVA GALLO - ... muitas com falhas na infraestrutura e sem corpo docente, a formação em Medicina se tornou deficitária, expondo a população a riscos no atendimento e trazendo aumento dos custos assistenciais do Sistema Único de Saúde. Por isso, esse processo de avaliação, que encontra similares nos países mais desenvolvidos do mundo, tem apoio de todos os setores; mais de 90% dos médicos brasileiros e estudantes de medicina apoiam e são favoráveis a esse exame, com 96% da população brasileira também. Essa pesquisa foi feita pelo Datafolha, com o financeiro do Conselho Federal de Medicina. |
| R | Portanto, permitir que apenas recém-formados aprovados nesse exame possam atuar no país é condição essencial à preservação da segurança do paciente, da eficácia do ato médico e da confiança e credibilidade depositadas em nosso ofício. (Soa a campainha.) O SR. JOSÉ HIRAN DA SILVA GALLO - Meus amigos e amigas, ao completar 80 anos, o CFM chega ao limiar de um novo tempo para a medicina e para a saúde do Brasil. Cientes de nossa missão, sabemos que o futuro que desejamos não depende de tecnologia ou infraestrutura, depende do médico brasileiro. Esse futuro depende de nós: médicos bem formados, responsáveis e comprometidos com a saúde, com a vida, com a justiça e com a ética. É na ética médica que buscaremos nossa maior inspiração para seguir adiante, construindo pontes, estabelecendo diálogos, sem nunca abrir mão de valores intrínsecos e fundamentais. Em nome da medicina, continuaremos a agir com empatia, respeito e dignidade, pois nossa missão se cumpre somente quando o ser humano permanece no centro de nossas ações. (Soa a campainha.) O SR. JOSÉ HIRAN DA SILVA GALLO - Posso dizer que hoje é um dia de extrema alegria para todos nós. Meu coração bate forte de entusiasmo e... (Manifestação de emoção.) Desculpe-me pela emoção. Meu coração bate forte de entusiasmo e de gratidão pela linda caminhada trilhada pelo CFM e CRMs ao longo desses 80 anos. Com orgulho de cada passo que foi dado, junto com meus pares, renovo a esperança de avançar firme - à luz do juramento de Hipócrates - rumo ao futuro. Nesse futuro, a medicina será efetivamente valorizada e reconhecida pela sua importância e os nossos conselhos de medicina se manterão firmes como guardiães da ética, da justiça e da dignidade humana do nosso país. (Soa a campainha.) O SR. JOSÉ HIRAN DA SILVA GALLO - Com sabedoria, com determinação, com bom senso e, sobretudo, com coragem - que esta não me falta -, vamos alcançar esse objetivo. Parabéns aos conselhos de medicina! Parabéns aos conselheiros federais e a toda a nossa diretoria! Aproveito aqui e peço uma salva de palmas para nossos Deputados que estão aqui presentes e para o nosso Senador, a quem eu quero prestar uma homenagem particular. (Palmas.) (Pausa.) |
| R | O SR. PRESIDENTE (Dr. Hiran. Bloco Parlamentar Aliança/PP - RR) - Bem, quero chamar aqui à frente do dispositivo o nosso querido colega Zacharias Calil para receber a homenagem do Conselho Federal de Medicina. Zacharias, por favor. (Palmas.) (Procede-se à entrega de certificado ao Deputado Zacharias Calil.) O SR. PRESIDENTE (Dr. Hiran. Bloco Parlamentar Aliança/PP - RR) - Bom, agora a organização ficou... (Risos.) Bom, Allan Garcês, por favor, também venha receber a sua homenagem do Conselho Federal de Medicina. (Palmas.) (Procede-se à entrega de certificado ao Deputado Allan Garcês.) (Pausa.) O SR. PRESIDENTE (Dr. Hiran. Bloco Parlamentar Aliança/PP - RR) - Senhoras e senhores, antes de encerrar, eu quero aqui registrar que a nossa história, a história da medicina no Brasil é feita de dedicação, de ciência, de humanidade, e é por isso que, no dia 15 de outubro, às 10h da manhã, nós vamos realizar uma sessão especial, aqui neste Plenário, em homenagem ao Dia de São Lucas, que é o dia 18 de outubro, que é o nosso dia. Essa solenidade que está sendo organizada pela Frente Parlamentar Mista da Medicina é uma oportunidade de nós reconhecermos e valorizarmos o trabalho médico no Brasil. Então, eu quero aqui fazer um desafio, Presidente, Presidentes dos regionais, das nossas associações, das nossas sociedades de especialidade, dos nossos movimentos sindicais, para que nós façamos uma solenidade maior ainda do que esta, porque esta foi a maior sessão solene de que eu já participei nesta Casa. (Palmas.) O meu querido Antonio Meira está um pouco enciumado porque ele fez aqui uma da Abramet, que foi muito grande, mas essa foi maior, Antonio, foi maior... (Risos.) Mas nos ajude a fazer uma maior no dia 15! |
| R | Eu quero também registrar, Antonio, que você e a Comissão de Assuntos Políticos do nosso Conselho Federal têm sido extremamente diligentes, eficientes e presentes aqui no Parlamento. O movimento médico brasileiro deve muito a vocês. (Palmas.) Você merecia estar aqui, mas hoje não tinha lugar para todo mundo. Eu tive que fazer uma escolha de Sofia aqui, viu? Parabéns a você! Eu quero aqui... O Allan está me dizendo que, no dia 16, vai ter uma sessão solene alusiva ao médico ortopedista. Certamente foi uma ideia brilhante do nosso Presidente da Sbot, o nosso querido Paulo Lobo. Então, está feito o convite aqui. Vamos prestigiar esses eventos, porque esses eventos nos dão muita envergadura nesta Casa. Esta Casa aqui funciona com participação, com pressão. E, quando todo mundo vê esses eventos aqui, todo mundo fica respeitando a Medicina do Brasil. Parabéns a todos vocês! Eu queria agradecer aqui... Todo mundo foi muito educado e respeitou os horários de fala. Agradeço a todos vocês. Antes de terminar também, agradeço à minha mulher, que está aqui presente e está sempre me ajudando. Ela disse assim: "Tu te esqueceste de falar do Nazareno". Perguntei: "Cadê o Nazareno?" Ela disse: "O Nazareno está ali em pé". O Nazareno é meu colega oftalmologista, meu amigo de muito tempo - oftalmologista que nem eu, de mão cheia -, conselheiro federal desse conselho, conselheiro há muito tempo do Conselho Regional e está ali atrás. Eu ia cometer essa gafe, Naná - eu o chamo de Naná. Graças a Deus, a minha mulher está ali e está sempre me protegendo para evitar que eu faça esses deslizes. Está registrada sua presença. Um beijo para ti. Tudo de bom. (Palmas.) Bom, cumprida a finalidade desta sessão especial, eu agradeço a todas as personalidades, a todos os colegas, às famílias que estiveram aqui nos prestigiando e declaro encerrada esta sessão. Um grande abraço a todos. Deus os abençoe. (Palmas.) (Levanta-se a sessão às 12 horas e 10 minutos.) |

