Notas Taquigráficas
3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
57ª LEGISLATURA
Em 19 de setembro de 2025
(sexta-feira)
Às 14 horas e 30 minutos
120ª SESSÃO
(Sessão Especial)
| Horário | Texto com revisão |
|---|---|
| R | O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF. Fala da Presidência.) - Declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos. A presente sessão especial foi convocada em atendimento ao Requerimento nº 19, de 2025, de autoria desta Presidência e de outros Senadores, aprovado pelo Plenário do Senado Federal. A sessão é destinada a homenagear o Sistema S (Senai, Senac, Sesi, Sesc, Sebrae, Senar, Sest, Senat e Sescoop). Convido, para compor a mesa desta sessão especial, o Sr. José Carlos Cirilo, Diretor-Geral do Departamento Nacional do Serviço Social do Comércio (Sesc), representando o Presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, o Sr. José Roberto Tadros. Podem aplaudi-lo. (Palmas.) Convido também o Sr. Paulo Mól, Diretor Superintendente do Serviço Social da Indústria (Sesi), representando o Presidente da Confederação Nacional da Indústria, o Sr. Antonio Ricardo Alvarez Alban. (Palmas.) (Pausa.) Convido também o Sr. Nilson Leitão, Consultor da Presidência da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), representando o Presidente João Martins da Silva Junior. (Palmas.) Convido também a Sra. Nicole Goulart, Diretora-Executiva Nacional do Serviço Social do Transporte (Sest Senat), representando o Presidente da Confederação Nacional do Transporte, o Sr. Vander Costa. (Palmas.) |
| R | Convido também o Sr. Marcelo Bregagnoli, Secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação. (Palmas.) E a Sra. Karla Oliveira, Gerente-Geral do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), representando o Presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras, Sr. Márcio Lopes de Freitas. (Palmas.) Convido a todos para, em posição de respeito, acompanhamos o Hino Nacional. (Procede-se à execução do Hino Nacional.) (Palmas.) |
| R | O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF. Para discursar - Presidente.) - Quero cumprimentar o Secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Marcelo Bregagnoli; o representante do Presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, o Sr. Diretor-Geral do Departamento Nacional do Serviço Social do Comércio, José Carlos Cirilo; a representante do Presidente da Confederação Nacional do Transporte, a Sra. Diretora-Executiva Nacional do Serviço Social do Transporte, Nicole Goulart; o representante do Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, o nosso colega Deputado e Consultor Nilson Leitão; o nosso representante do Presidente da Confederação Nacional da Indústria, o Sr. Diretor Superintendente do Serviço Social da Indústria, Paulo Mól; e o representante do Presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras, a Sra. Gerente-Geral do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo, Karla Oliveira. Cumprimento todos os Presidentes aqui de sindicatos, de associações, servidores, alunos, professores e convidados. Hoje a homenagem é para esse sistema que, com uma única letra, consegue fazer toda a diferença na vida das pessoas. É uma letra que constrói empresas, cria fundações, ensina e qualifica profissionais, gera oportunidades, prepara para o futuro e muda para melhor a vida das pessoas. É uma única letra, sozinha, mas que faz tudo isso muito bem, acompanhada de várias outras letras. É o "s" que está presente em tudo: o "s" de saúde das pessoas, investindo em ações que atendem desde o cidadão comum até os colaboradores das grandes indústrias e comércio; o "s" de serviços para o trabalhador, com cursos profissionalizantes e consultoria para quem quer empreender; o "s" de sonhos transformados em realidade, servindo de palco para melhorar a cultura do nosso país, sendo apresentada de forma acessível para todos. Esse é o Sistema S, que nasceu de um pacto, da união entre os setores produtivos e a sociedade em torno de um objetivo comum: qualificar pessoas, fortalecer empresas e gerar oportunidades. Desde então, cada entidade do sistema desempenha um papel decisivo na vida de milhões de brasileiros. E, quando falamos de números, falamos de impacto real. São milhões de matrículas em cursos profissionalizantes todos os anos, sendo milhares de jovens encaminhados ao primeiro emprego, milhares de empresas recebendo orientação técnica e também de gestão, milhões de famílias alcançadas por programas de cultura, esporte, saúde e lazer. É um sistema que não é teoria; é prática, é vida, é vida transformada. |
| R | São décadas de dedicação à educação profissional, à formação de trabalhadores, à inovação empresarial e ao fortalecimento da economia nacional. Uma trajetória que se confunde com o próprio desenvolvimento do país. Não há futuro do trabalho sem qualificação, não há competitividade sem inovação, não há cidadania plena sem acesso à cultura, ao lazer e ao conhecimento, e é exatamente neste tripé que o Sistema S se sustenta: formar pessoas, transformar vidas e impulsionar o país. Hoje, ao prestarmos essa homenagem, celebramos cada orientador que ensina, cada técnico que instrui, cada colaborador que acredita na missão do sistema. Celebramos milhões de brasileiros que, ao longo da história, encontraram no Sistema S a porta de entrada para o emprego, para o empreendedorismo e para uma vida melhor. Que este momento renove o compromisso desta Casa com a valorização e o fortalecimento do Sistema S, que possamos seguir lado a lado, Parlamento e sociedade civil, visando ampliar o alcance dessas iniciativas e, assim, garantir que o Brasil continue sendo referência em educação profissional e desenvolvimento social. Ao Sistema S, a nossa mais sincera homenagem e o nosso reconhecimento, tendo a certeza de que a sua contribuição seguirá sendo fundamental para os próximos capítulos da história nacional. O Sistema S é o "s" de soberania para a nossa indústria, para as nossas empresas, para o nosso comércio e cooperativas. Da solidariedade à sustentabilidade, que o sistema continue sendo "s" de sucesso, "s" de seriedade e "s" de símbolo de orgulho nacional. Ao Sistema S, o nosso muito obrigado. (Palmas.) Solicito à Secretaria-Geral da Mesa a exibição de um vídeo institucional preparado pelo Sistema Sesc Senac. (Procede-se à exibição de vídeo.) (Palmas.) |
| R | O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Convido para fazer uso da palavra o Sr. Diretor-Geral do Departamento Nacional do Serviço Social do Comércio, José Carlos Cirilo. O SR. JOSÉ CARLOS CIRILO (Para discursar.) - Exmo. Sr. Senador Izalci Lucas e demais Senadores, autores desta iniciativa tão meritória, Exmos. Srs. Senadores e Sras. Senadoras aqui presentes, senhores e senhoras representantes dos serviços sociais autônomos da indústria (Sesi/Senai), da agricultura (Senar), do transporte (Sest/Senat), Sescoop e Sebrae, demais autoridades e convidados presentes, em nome do Presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, Dr. José Roberto Tadros, transmito respeitoso cumprimento e a honra de compartilhar com esta mesa para celebrar esta homenagem de reconhecimento público da contribuição inestimável dos serviços sociais autônomos e do compromisso dos empresários com o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Permitam-me dirigir uma saudação especial e respeitosa ao Exmo. Senador Izalci Lucas e demais Senadores e Senadoras, autores desta homenagem, pela sensibilidade e compromisso com as causas estruturantes deste país, materializada nesta sessão solene. |
| R | Ao propor esta homenagem, os senhores valorizam e reforçam a importância dos serviços sociais autônomos que, ao longo de oito décadas, transformam diariamente a realidade de milhões de brasileiros, especialmente daqueles que necessitam de oportunidades, de qualidade de vida e de qualificação profissional, para que possam contribuir para o desenvolvimento dos setores produtivos deste país. A CNC-Sesc-Senac integram, de forma indissociável, o esforço conjunto das confederações e serviços sociais autônomos ora homenageados, para promover o desenvolvimento social e econômico deste país. Assim, é com grande honra que represento o Presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), bem como o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), para agradecer e reconhecer esta justa homenagem. A CNC, criada em 1945 como entidade representativa junto com as federações e os sindicatos dos setores de comércio de serviços e turismo, com o objetivo de apoiar e modernizar a atividade empresarial, defendendo os interesses do setor, com base em valores como liberdade, segurança jurídica e democracia na construção de um ambiente favorável ao progresso. Cabe também à CNC a missão de gerir, manter e defender a atuação do Sesc e do Senac, formando o Sistema CNC-Sesc-Senac, que cuida da qualificação profissional e a promove. Com a presença nacional e 80 anos de história, o Sesc e o Senac são instituições reconhecidas pela excelência na prestação de serviços sociais e na educação profissional. Suas ações chegam a todos os cantos do país. Muitas vezes constituem uma única opção do acesso à cultura, ao lazer, à saúde, ao esporte, à educação e à qualificação profissional em municípios onde o Estado ainda não chega com a mesma intensidade. Como Diretor-Geral do Sesc, muito me honra estar aqui representando o Presidente José Roberto Tadros e começar falando do Sesc, que foi criado em 13 de setembro de 1946, em um contexto de pós-guerra, marcado por incertezas e pela necessidade de novos caminhos para o desenvolvimento social. Fruto da iniciativa visionária dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo, o Sesc nasceu com a missão de promover o bem-estar e a qualidade de vida dos trabalhadores do setor e de seus dependentes. Para isso, desenvolve ações que promovem o acesso às atividades de educação, saúde, cultura, lazer e assistência, uma atuação pioneira de responsabilidade social antes mesmo que esse conceito ganhasse nome. |
| R | A trajetória do Sesc é guiada por um olhar atento às necessidades da população e às características de cada região do país. Desde os primeiros serviços voltados à assistência à maternidade, à infância e à saúde bucal, áreas que representavam importantes lacunas sociais à época. Ao longo de sua história, o Sesc construiu uma sólida estrutura em todo o território nacional. Até 2024, eram 642 unidades fixas em 341 municípios, além de 151 unidades móveis, alcançando mais de 2 mil cidades, entre capitais e localidades do interior. Na ação educacional, o Sesc promove o aprendizado ao longo da vida, com uma rede que atende da primeira infância à maturidade. Em 2024, mais de 78,9 mil alunos estavam matriculados na educação básica e mais de 79 mil alunos em cursos de educação ampliada. Na saúde, o Sesc promove o bem-estar integral dos trabalhadores e seus dependentes, com serviços clínicos odontológicos e ações de prevenção. A rede conta com 192 clínicas fixas e 60 móveis. Em 2024, o programa Sesc Saúde Mulher realizou mais de 43 mil mamografias em 22 unidades móveis. Na cultura, o Sesc amplia o seu acesso às artes, forma plateias e valoriza artistas. Em 2024, promoveu milhares de atividades em música, literatura, dança, artes visuais e teatro. Mantém ainda mais de 220 bibliotecas fixas e 45 móveis, com um acervo de mais de 2 milhões de obras. No lazer, é referência mundial no turismo social. Em 2024, suas 41 unidades de hospedagem receberam mais de 750 mil pessoas, além de oferecer excursões e passeios que estimulam o desenvolvimento local. Também promove atividades físicas, esportivas e recreativas em academias e espaços de convivência. Na assistência, destaca-se o programa Sesc Mesa Brasil, que já distribuiu mais de 770 milhões de quilos de alimentos em seus 30 anos. Só em 2024, foram mais de 57 milhões de quilos distribuídos para retirar novamente o Brasil do Mapa da Fome. O Sesc também é pioneiro na valorização da pessoa idosa, com o Programa Trabalho Social com Pessoas Idosas, e atua, de forma visionária, na pauta da sustentabilidade com 42 áreas naturais preservadas. Entre elas, está a Reserva Particular do Patrimônio Natural do Brasil Sesc Pantanal, a maior do país, com 108 mil hectares, abrigando mais de 630 espécies de animais e 250 espécies de plantas. |
| R | Em 2024, o Sesc realizou mais de 12,5 milhões de ações, beneficiando mais de 108 milhões de pessoas. Por isso, afirmamos, em cada canto deste Brasil, que a vida acontece com o Sesc. Com a missão igualmente nobre, o Senac, fundado em 10 de janeiro de 1946, já atendeu mais de 78 milhões de pessoas em todo o país. Entre seus programas de destaque, está o Programa Senac de Gratuidade (PSG), criado em 2009, que já beneficiou mais de 5,7 milhões de alunos. O programa de aprendizagem comercial capacita jovens de 14 a 24 anos, promovendo a sua inserção no mercado de trabalho. O Senac está presente em mais de 2 mil municípios. Para ampliar o acesso, criou o Programa Senac Móvel, com 89 carretas-escolas e uma balsa-escola na Amazônia, levando cursos às comunidades remotas. Além da população em geral, o Senac apoia empresas por meio do Programa Senac Empresas, com soluções sob medida nas áreas de gestão, hospitalidade, gastronomia, moda, beleza, tecnologia da informação e outros setores. Também firmou parcerias com os ministérios dos Governos estaduais e Prefeituras para atender indígenas, quilombolas, ribeirinhos, detentos e egressos do sistema prisional, além das mulheres em situação de vulnerabilidade. Ao longo de oito décadas, o Senac reafirma a sua missão de contribuir para o desenvolvimento econômico e social do país com excelência educacional, compromisso com a inclusão e articulação com os setores público e privado. A atuação do Sesc e do Senac, sob a coordenação da CNC, materializa o compromisso do sistema comércio com a transformação social e a promoção da cidadania. São instituições que não oneram o orçamento público, mas retornam à sociedade os recursos do setor produtivo de forma transparente, eficiente e com elevado relevo social. Encerrando, neste momento, mais uma vez, em nome do Presidente da CNC-Sesc-Senac, agradecemos esta honrosa homenagem e reafirmo o nosso compromisso com os trabalhadores do comércio e com as empresas que representamos. O trabalho permanente e dedicado do Sistema CNC-Sesc-Senac em prol do setor produtivo dos trabalhadores se renova diariamente com empenho, zelo e propósito. Quem conhece o Sesc e o Senac luta por eles. Quem faz parte do sistema acredita no poder da integração, na excelência e no compromisso com o Brasil. Diante disso, reitero a importância de preservar e fortalecer o papel dos serviços sociais autônomos que são patrimônio da sociedade brasileira. O Sistema CNC-Sesc-Senac é, portanto, parte desse esforço coletivo pela construção de um país mais justo e produtivo. Muito obrigado. (Palmas.) |
| R | O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Quero registrar aqui a presença do Sr. Diretor Adjunto do Serviço Nacional do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest Senat), Vinicius Ladeira; do Sr. Presidente do Sindicato das Indústrias da Informação do Distrito Federal (Sinfor), Carlos Jacobino; do Sr. Presidente do Sindicato das Empresas de Loterias, Antônio Simoneto; do Sr. Conselheiro da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal, Fábio de Carvalho; do Sr. Vereador do Município de Peçanha, Minas Gerais, Alair Ricardo Ferreira; do Sr. Vereador do Município de Peçanha, Minas Gerais, Ancelmo Barbosa; do Sr. Wilson Nobre, Professor da Fundação Getulio Vargas; da Sra. Chefe de Gabinete da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal, Caetana Franarin. Quero cumprimentar aqui também os alunos do Sesc e do Senac e também o Grupo Mais Vividos, do Sesc. Sejam bem-vindos. (Palmas.) Quero registrar e agradecer também a presença e o apoio do Athayde Passos e também do Paulo Domingues, da Assessoria de Relações Institucionais da Fecomércio. Solicito à Secretaria-Geral da Mesa a exibição de um vídeo institucional preparado pela Organização das Cooperativas Brasileiras. (Procede-se à exibição de vídeo.) (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Convido a Sra. Gerente Geral do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo, Karla Oliveira. A SRA. KARLA OLIVEIRA (Para discursar.) - Muito boa-tarde a todos. Gostaria de cumprimentar, em especial, o Presidente desta sessão, Senador Izalci Lucas, e, na sua pessoa, também cumprimentar a todos os representantes dessa ilustre mesa, assim como os demais Senadores que lhe acompanham nesta homenagem, que muito nos deixa com o sentimento de privilégio de poder estar aqui hoje, todos juntos, neste momento. |
| R | Conforme foi dito, também quero cumprimentar todos. Que beleza ver este Plenário cheio, tantos jovens, tantas mulheres aqui representadas, tantos setores representados... Realmente, é uma alegria. Como já foi dito, o Sistema S é um patrimônio do Brasil. Há décadas, várias décadas, vem trabalhando muito fortemente para levar formação para as pessoas, saúde, qualidade de vida, cultura, lazer, realmente trazendo impacto social, reduzindo desigualdades e formando, inclusive, gerações de pessoas que trabalham hoje dentro dos diversos setores. Tenho certeza, quando eu olho tantos jovens aqui, de que várias gerações já passaram pelas entidades do Sistema S. Isso também, certamente, muito nos orgulha. Aqui, para mim, é uma alegria muito grande, uma honra muito grande representar o Sistema OCB, o Sescoop (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo), em nome do Presidente, Márcio Lopes de Freitas, e da nossa Superintendente, Tania Zanella, e fazer parte desse time, o time do Sistema S, que faz tanta diferença e transforma a vida das pessoas. Acho que é importante - todos viram aqui, no vídeo que nós passamos - o nosso Anuário do Cooperativismo. Em 2025, nós lançamos esse anuário. A gente representa 4,4 mil cooperativas que estão presentes em todo o país; mais de 3,5 mil municípios estão representados aí pelas nossas cooperativas. Somos, hoje, 26 milhões de cooperados em todo o Brasil - isso mesmo, 26 milhões de cooperados -, cujos setores, cujas cooperativas que eles representam geram cerca de 600 mil empregos diretos. E, desses 600 mil empregos diretos, eu tenho a alegria de também compartilhar que mais da metade da força produtiva do nosso cooperativismo, em âmbito nacional, conta com mais da metade da força de trabalho representada por mulheres - são as mulheres mostrando a nossa força, a força de trabalho, para o cooperativismo e, certamente, para todos os demais ramos representados. Então, é uma alegria muito grande, uma honra muito grande estar aqui, hoje, fazendo parte desse time. E, com este grande desafio de atender essas 4,4 mil cooperativas, 26 milhões de cooperados, quase 600 mil empregados, o Sescoop tem uma missão muito clara, a missão de formar pessoas, desenvolver cooperativas e fortalecer o cooperativismo. Temos uma regra na nossa atuação enquanto sistema OCB, enquanto Sescoop: precisamos gerar valor para as nossas cooperativas, levar excelência nos nossos trabalhos, nas nossas soluções, para alcançar e impactar positivamente as nossas cooperativas. Essa é a nossa forma de trabalho, e essa forma de trabalho é muito focada também por meio da realização de diagnósticos. Nós entendemos que trabalhar com dados é fundamental, para que a gente possa gerar informações estratégicas para a tomada de decisão das nossas cooperativas e para que nós também possamos, cada vez mais, ser assertivos na oferta das soluções mais adequadas para as necessidades de cada uma das nossas cooperativas. Temos diagnósticos nas áreas de gestão, de governança, de negócios, tudo isso para que possamos, realmente, gerar essa entrega de valor para as cooperativas e para que a gente faça, realmente, uma entrega de soluções mais assertivas. E, entre essas soluções, eu gostaria de destacar a nossa plataforma de educação à distância. |
| R | É uma plataforma que hoje conta com mais de 250 cursos, cuja avaliação passa dos 90%, avaliação essa registrada pelos seus mais de 150 mil usuários. Isso significa dirigentes capacitados, cooperados, trabalhadores capacitados para enfrentar, hoje, os desafios do futuro. Além da nossa capacitação, nós também estamos muito focados no desenvolvimento de mercados, na inserção das cooperativas em mercados, tanto em mercado nacional quanto em mercado internacional. Por isso que, por meio do Sescoop, várias cooperativas têm se beneficiado de ações por meio de feiras, rodadas de negócio, missões nacionais e internacionais, gerando uma expectativa de bilhões de recursos em negócios, tanto em âmbito nacional quanto em âmbito internacional. Estamos também muito focados no tema da sustentabilidade. Essa também é uma fonte importante da nossa atuação, enquanto o S do cooperativismo. Com o apoio do Sescoop, muitas cooperativas, diversas cooperativas já realizaram seus inventários de carbono, da emissão de carbono. Várias cooperativas também se beneficiaram de ações de eficiência energética. Diversas cooperativas também têm-se beneficiado de ações voltadas para a governança, a inclusão, a diversidade, trazer cada vez mais jovens, as mulheres dentro também do contexto das cooperativas, não só como empregadas, mas dentro da estrutura de liderança das cooperativas. Esse todo é um trabalho articulado que o Sescoop tem feito, para cumprir essa premissa primordial do nosso trabalho: gerar valor às cooperativas, impactar positivamente os negócios das cooperativas, com a compreensão muito clara de que, ao impactar positivamente os negócios das cooperativas, isso transborda, chegando às comunidades, levando o desenvolvimento local nas diversas localidades onde as nossas cooperativas estão inseridas. Por isso, nessa breve fala, eu realmente reforço o agradecimento por essa homenagem tão bonita, tão representativa e tão importante para o setor, reforçando esse compromisso do Sistema S - do qual fazemos parte, com muito orgulho - de levar desenvolvimento para as pessoas, levar desenvolvimento para as comunidades e apoiar a construção de um país mais justo, com mais prosperidade, trazendo impacto para todos. Muito obrigada e uma boa-tarde a todos. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Quero registrar também a presença dos instrutores do grupo dos alunos do Senac e do Sesc presentes aqui na galeria: a Sra. Kelly Alves de Oliveira, a Sra. Geórgia Barreto e o Sr. Wellington de Castro Leima. Obrigado pela presença. (Palmas.) Convido agora, para também fazer uso da palavra, o nosso consultor e Deputado representando aqui a Presidência da Confederação da CNA, Sr. Nilson Leitão. O SR. NILSON LEITÃO (Para discursar.) - Boa tarde a todos e a todas. Cumprimento o Presidente dessa mesa, Senador Izalci Lucas, um amigo. |
| R | Quero parabenizá-lo. Você sempre promove homenagens e eventos, pela sua sensibilidade com o setor que gera emprego e gera renda neste país, e isso é uma diferença enorme. Então, eu o parabenizo por tudo isso, mas também pelo seu trabalho por Brasília e pelo Brasil. Muito obrigado. Eu estou aqui a pedido do Dr. João Martins, Presidente da CNA, porque está acontecendo, neste momento, nesta semana, em Belo Horizonte, um grande evento da carne, e o evento é promovido pela CNA e pela Federação de Minas Gerais. Então, a pedido dele e também do Diretor do Senar, o nosso querido Daniel Carrara, eles pediram para que eu viesse falar algumas palavras, exatamente, dessa beleza criada lá em 1942, ainda pelo Presidente Getúlio Vargas, o Sistema S, que nasce com o Senai, e depois os outros setores vieram, aprendendo que não era apenas gerar o emprego, mas que precisava capacitar, ensinar, profissionalizar e melhorar, cada vez mais, este Brasil e esses brasileiros. Eu cumprimento toda a mesa, todas as nossas federações aqui já citadas, representadas, as confederações, a nossa OCB, o Governo, aqui representado pelo Ministério da Educação, pelo Marcelo Bregagnoli, enfim, cumprimento cada um e cada uma de vocês. Eu vou ser muito breve, mas apenas fazer esse breve relato. A Confederação Nacional da Agricultura e o Senar têm esta função, como as demais de outros setores, justamente de alcançar a melhoria da capacitação, da qualificação do setor rural brasileiro. O Brasil é rural, e todas as nossas fronteiras nasceram primeiro pelo pioneirismo dos nossos agricultores ou do setor de base florestal, pelos nossos pecuaristas... Foram eles que chegaram primeiro, para desbravar regiões, construir pontes, construir estradas e buscar uma nova vida, não é? Muita gente chegou a regiões como essa, para desbravar o Brasil, este Brasil do interior. Na mala, apenas a esperança e a vontade de trabalhar. E o Brasil desenvolveu e começou a cobrar novas culturas, novo tipo de produção, o mercado se abriu, o Brasil se relacionou com outros países... Até a década de 70, nós éramos importadores de alimentos. A partir daí, o Brasil se desenvolveu, relacionou-se e passou a ser um dos maiores vendedores de alimentos do mundo, um dos maiores produtores de alimentos do mundo. O Sistema S é mais atual do que nunca e mais imprescindível do que nunca, porque a tecnologia, o avanço e a modernidade andaram mais depressa do que a mão de obra, andaram mais depressa do que os setores, e agora o mundo cobra justamente isso. Não é mais ensinar o produtor como ele planta a batata ou o tomate, ou o algodão ou a soja, ou o arroz ou o milho. É muito mais do que isso. É como dominar uma máquina com tecnologia que pode andar sozinha no campo; é dominar justamente um sistema que, hoje, cada vez avança mais, e a tecnologia, a modernidade, vêm cobrando isso de pessoas das quais a grande maioria - que estava no campo - nem estudo, nem o primeiro grau tinha, nem o primário tinha. Era um mundo de muitas pessoas que não tiveram acesso ao estudo, e hoje tem que romper essa barreira com desafio ainda maior. O Sistema S se torna cada vez mais importante, porque o Brasil é cada vez mais cobrado pelo mundo para avançar no seu modelo de produção. Ele é cobrado para poder ter competitividade, em que a globalização que aconteceu, há pouco tempo, passa a trombar, agora, com um viés que tem um caminho de volta. |
| R | Então, o Brasil precisa estar preparado. E o melhor jeito de o Brasil estar seguro, o Brasil ter essa fortaleza e ter uma segurança real da sua capacidade é capacitando as pessoas. O emprego é, sem dúvida nenhuma, o maior programa de justiça, de dignidade que se pode dar para o ser humano, mas hoje em dia não basta o emprego, precisa ainda mais aquilo que já foi visto há muitos anos, mas que precisa avançar cada vez mais, Senador, que é o conhecimento, a formação, a atualização, a tecnologia na veia de todos - não de poucos; de todos. E eu acho que isso o Sistema S compreendeu há muito mais tempo, andou com a velocidade enorme e é impressionante. Hoje o Senar tem, como a maioria, o ensino à distância, o nosso EaD, e 50% dos inscritos são mulheres, para aprendizagem de profissões da área rural. É uma coisa impressionante, é muito bonito isso, porque se percebe que naquela área rural também tinha a tradição de o homem ir para o campo e a mulher ficar em casa, para cuidar dos filhos, para fazer a comida, para cuidar da casa, e isso se inverte também na área rural. Se na cidade isso já é uma realidade, no campo também é. Grande parte dessas mulheres assumem esse papel. E o Senar dando oportunidades e criando também novos cursos exatamente que atendam esse público tão importante que é a maioria do nosso país. Então, eu não tenho dúvida nenhuma de que, além de o Sistema S preencher uma lacuna enorme que o Estado brasileiro não tem condições de alcançar, que é a capacitação, vem por último uma outra necessidade: o nosso jovem. O nosso jovem hoje tem pressa, ele não tem muita condição... aliás, ele não tem muita expectativa de ficar quatro, cinco anos no banco da universidade, ele vai, ele estuda, mas ele quer para ontem. Então, os cursos técnicos, profissionalizantes, neste país inteiro, deixaram de ser apenas um socorro ao desemprego, à falta de formação e passaram a ser uma necessidade da demanda dessa juventude, que tem pressa de aprender ontem, de aprender logo, quer estar no mercado de trabalho, com aquilo que ele pode fazer rápido, essa capacitação, e ainda não alcançou também na estrutura do Estado brasileiro. Por fim, eu parabenizo aqui essa iniciativa. O Sistema S tem muito desafio ainda pela frente. O Brasil está engatinhando ainda nessa caminhada longa de ser um grande ativo da economia mundial, ainda representamos muito pouco quando se trata do PIB mundial, mas o maior patrimônio nosso está sendo cuidado exatamente por vocês e pelo sistema, que são as pessoas. Não é um emprego apenas; é realmente o conhecimento, a formação, a modernização, a tecnologia que precisam alcançar todos, independentemente de condição econômica. E o Sistema S, geralmente, atende justamente o que tem menos condições econômicas. E isso é uma beleza enorme. Então, parabéns ao sistema; parabéns, Izalci, nosso Senador; parabéns ao Senado Federal; e Deus abençoe a todos. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Quero registrar também a presença do Sr. Presidente da Associação das Empresas Revendedoras de Veículos do Distrito Federal, Neto Rodrigues; o Sr. Presidente do Sindicato dos Centros de Formação de Condutores de Veículos Automotores do Distrito Federal, Joaquim Loiola; o Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Distrito Federal, Erivan Araújo; a Sra. Presidente do Sindicato dos Floricultores, Fruticultores, Horticultores do Distrito Federal, Sandra Vitoriano; e o Presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Distrito Federal, Geraldo Nascimento. |
| R | Solicito à Secretaria-Geral da Mesa a exibição de um vídeo institucional preparado pelo Sistema Sest Senat. (Procede-se à exibição de vídeo.) (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Convido agora para fazer uso da palavra a Diretora-Executiva Nacional do Serviço Social do Transporte, Nicole Goulart. A SRA. NICOLE GOULART (Para discursar.) - Boa tarde a todos. Exmo. Senador Izalci Lucas e demais Senadores autores do requerimento desta sessão, prezados colegas das demais entidades do Sistema S, senhoras e senhores; em nome do Presidente da CNT, Vander Costa, e com grande honra - acho que o senhor percebeu, Senador Izalci, o orgulho com que todos nós falamos até agora de representar um sistema tão pungente como o Sistema S -, a gente participa desta solenidade, que homenageia o Sistema S, um dos pilares do desenvolvimento social e econômico do Brasil. O senhor bem comentou logo no começo, Senador, que nós somos responsáveis por qualificar pessoas, construir empresas e gerar oportunidades - e o senhor resumiu muito bem. Aqui, como representante do Sest Senat, nós atuamos há mais de três décadas transformando o setor de transporte e a vida de milhões de brasileiros. O Sest Senat nasceu da consciência do setor transportador sobre a importância de cuidar dos seus trabalhadores e de investir na qualificação profissional. Somos um dos S mais jovens, fomos criados em 1993 e temos atuado com excelência na promoção da saúde, na capacitação técnica e na valorização dos profissionais do transporte. Hoje, temos uma atuação pautada pelo compromisso com a empregabilidade, a inclusão, a inovação no setor de transporte e o desenvolvimento do país. Nos últimos anos, realizamos mais de 17 milhões de atendimentos em nossas mais de 170 unidades operacionais em funcionamento em todas as regiões do nosso país. |
| R | Com essa estrutura mostrada um pouco no vídeo, impactamos diretamente a população de mais de 5 mil municípios brasileiros, com serviços de saúde, qualidade de vida e capacitação profissional. Acreditamos que fortalecer quem movimenta o Brasil é impulsionar o crescimento do país. São milhares de pessoas, assim como esses jovens que estão aqui, que encontram, no Sest Senat e nas demais entidades do Sistema S, não apenas serviços, mas dignidade e oportunidades. Quero destacar especialmente a nossa atuação na saúde, com foco na prevenção de doenças, uma marca registrada da nossa instituição. Em nossas clínicas, todos os trabalhadores e seus familiares recebem atendimentos odontológicos, de psicologia, nutrição, fisioterapia, além dos nossos programas de esporte. Com esses atendimentos estamos, na prática, reduzindo afastamentos, prevenindo doença, desafogando o sistema público de saúde e garantindo o transporte, que continua em movimento com segurança para toda a sociedade brasileira. Também acreditamos que investir em educação é abrir portas para o futuro. Desenvolvemos programas de aprendizagem técnica, capacitações profissionais e ações que ampliam a empregabilidade do setor. E aqui não poderia deixar de cumprimentar o Secretário Marcelo, com quem temos algumas parcerias, né, Secretário? Uma delas, que faço questão de destacar aqui, é o projeto Asas para Todos, que trata de capacitar mulheres, especialmente as em situações de vulnerabilidade, para que elas possam fazer manutenção de aeronaves, que é uma área muito carente para o nosso setor. Então, muito obrigada - viu, Secretário? - pela parceria que nós temos, inclusive também com o projeto Qualifica Mais. Além disso, cito aqui o projeto Mais Motoristas, que contribui para ampliar a oferta de motoristas qualificados, contribuindo diretamente para a geração de emprego, renda e segurança no trânsito. Nós temos, Senador Izalci, uma necessidade de mais de 1 milhão de motoristas profissionais no nosso setor. A gente percebe que os motoristas estão envelhecendo, saindo do nosso setor, e que os jovens não têm interesse de vir trabalhar no nosso setor. Então, o que a gente faz hoje? A gente custeia o processo de mudança de categoria e forma esses jovens, essa população que quer virar motorista profissional. Nós sabemos, o Brasil hoje tem a sua matriz eminentemente rodoviária; então, nós sabemos que para todos os setores aqui, com todo respeito, funcionarem bem, comércio, indústria, precisa-se do transporte. Então, com isso a gente se preocupa com muita... Esse é um projeto prioritário nosso - sabe, Senador? -, defendemos diariamente isso lá no nosso setor, e nós já entregamos mais de 12 mil novas habilitações custeadas integralmente com os recursos do Sest Senat. Promovemos ainda iniciativas de inclusão social e cidadania, como o Projeto Impulsiona, que capacita pessoas em situação de vulnerabilidade; e o Projeto Proteção, que atua no enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes. Além disso, temos como premissa que a cidadania se faz com integração social; promovemos, portanto, esporte, cultura e lazer com um evento que eu destaco aqui, que é a Copa Sest Senat de Futebol 7 Society, que é um dos maiores campeonatos amadores do país e que leva saúde, convivência e alegria para milhares de trabalhadores e suas famílias. Nós reunimos mais de 10 mil atletas de empresas de transporte no campeonato masculino e feminino anualmente. |
| R | Senhoras e senhores, quando o Congresso Nacional homenageia o Sistema S, está reconhecendo um modelo que gera desenvolvimento sem depender do orçamento público, que aproxima a sociedade civil do estado e que contribui para a redução das desigualdades no Brasil, como já citado aqui por todos que me antecederam. O Sest Senat é mais do que uma instituição de ensino ou assistência; somos, assim como os demais, um agente de transformação. Conectamos empresas e trabalhadores, promovemos saúde, educação, cultura, lazer e contribuímos diretamente para o crescimento econômico do país. Nosso trabalho fortalece o setor transportador, gera empregos, fomenta a inovação e melhora a vida de milhões de brasileiros. Neste momento de reconhecimento ao Sistema S, reafirmo o nosso compromisso com o Brasil. Seguiremos firmes ao lado das empresas, dos trabalhadores, das instituições públicas, para que o transporte continue sendo o motor do progresso nacional. Muitíssimo obrigada e viva o Sistema S! (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Convido, também para fazer uso da palavra, o Diretor Superintendente do Serviço Social da Indústria, Paulo Mól. O SR. PAULO MÓL (Para discursar.) - Boa tarde a todos. Cumprimento o Sr. Senador Izalci Lucas, na pessoa de quem cumprimento todos os Parlamentares. Muito obrigado. Todos são muito bem-vindos. Muito obrigado pelo convite. Estou muito honrado, em nome do Dr. Ricardo Alban, que é o Presidente da CNI, de participar dessa solenidade em homenagem ao Sistema Indústria. Eu estou aqui feliz em homenagem ao Sistema S, em especial ao Sistema Indústria, e aqui eu vou falar especificamente do Serviço Social da Indústria, do qual eu tenho a honra de ser o Diretor Superintendente. Então eu vou falar aqui muito do nosso Sesi, do Serviço Social da Indústria, que tem apoiado tanto a história do Brasil, a história da indústria no Brasil. E, quando se fala do Sistema S especificamente, Senador, há algo que me chama muito a atenção, e aí conto um pouco dessa história um pouco da indústria: ano que vem o Sesi completa 80 anos. O ano de 1946 foi a data de criação; em 2026 completamos 80 anos. O Senai já completou, já está com 83. E o que conta para a história nesse processo? Um país que pensou em ser grande lá na década de 40 mudando o seu status de um país eminentemente rural e agrário para um país que pensasse uma indústria. E a criação do Sistema S e do Sistema Indústria veio exatamente como forma importante de dar esse passo para a criação desse novo país, este país grande, um país que, para se transformar de uma sociedade rural para uma sociedade urbana, para que caminhasse para a indústria, precisava transformar pessoas. A transformação das pessoas foi necessária para dar esse passo e fazer o Brasil que temos hoje. E o Sistema S - especificamente o Sistema da Indústria - foi criado exatamente neste momento para fazer uma revolução neste país e mudar a cara deste país, o que aconteceu no pós-guerra, na década de 40. |
| R | Então, eu vejo o desenho do Sistema S como o desenho de, em um determinado momento, dirigentes deste país, Parlamentares deste país, pensando num projeto de país grande, que criam uma instituição para desenvolver um projeto em nome de um país, desenvolver um projeto para que possamos fazer do Brasil um país grande, justo, com muitas oportunidades. Então, por isso fico muito feliz. O Sesi está presente em todo o território nacional por meio de seus departamentos regionais e ele se consolidou como uma rede robusta, diversificada e comprometida com sua missão institucional. Ao longo dos anos, ele se transformou em referência nas áreas de educação, na área de cultura e na área de saúde, sempre alinhado às necessidades da indústria e da sociedade. Essas demandas de saúde, de educação e de cultura vão mudando ao longo das décadas, ao longo dos tempos, e este é o papel do Sesi: cada vez mais estar alinhado a essas demandas. O propósito do Sesi é claro: transformar a vida das pessoas para que possamos construir uma indústria mais competitiva. Para isso, permanece atento às novas e urgentes demandas que emergem do cenário econômico e dos desafios do desenvolvimento industrial. Para ilustrar a relevância e o alcance das ações do Sesi, eu vou compartilhar apenas alguns números. O Sesi hoje conta com quase 500 escolas na área de educação; ele tem matriculados hoje quase 400 mil alunos; hoje, é a maior rede privada de ensino do Brasil - é algo importante, muito importante. Na área de saúde, hoje, o Sesi atende a 3,5 milhões de trabalhadores. Então, esse é um processo extremamente importante, desde promoção da saúde, atendimento básico. Então, são várias ações colocadas aí. Ao longo dessa trajetória de êxito, o Congresso Nacional tem sido um parceiro fundamental do Sesi - e aqui vai o nosso agradecimento -, contribuindo para o aprimoramento dos marcos legais que orientam e fortalecem a sua atuação - a atuação do Sesi. Essa parceria tem sido essencial para garantir melhores condições de vida aos trabalhadores da indústria e seus dependentes. Registo, portanto, meu agradecimento a todos os Parlamentares que reconhecem e apoiam o trabalho do Sistema S, especialmente ao Exmo. Sr. Senador Izalci Lucas, que tem sido um parceiro muito forte, cuja indicação e colaboração constantes têm sido fundamentais para o alinhamento das nossas ações com as necessidades da sociedade e da indústria. Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Eu concedo a palavra também ao Sr. Felipe Morgado, que é o Superintendente de Educação Profissional e Superior do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). O SR. FELIPE ESTEVES PINTO MORGADO (Para discursar.) - Exmo. Sr. Senador Izalci Lucas, cumprimento o senhor, na pessoa de quem cumprimento a todos os Parlamentares e autoridades aqui presentes; e meu colega Marcelo Bregagnoli, Secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, na pessoa de quem cumprimento a todos os professores, estudantes e diretores de unidade deste país. Cumprimento a todos os colegas do Sistema S, do qual eu tenho muito orgulho de fazer parte há muitos anos, há mais de 20 anos. Estar aqui, hoje, nesta tribuna, é um momento de muita responsabilidade de falar do primeiro serviço social autônomo, o Senai, que surgiu no dia 22 de janeiro de 1942. Desde então, o Senai busca homenagear e formar trabalhadores para ajudar a indústria a ser mais competitiva. |
| R | Então, homenagear o Senai não é apenas celebrar uma sigla; é celebrar a força do trabalho, a engenhosidade da nossa indústria e, acima de tudo, transformar, por meio da educação, a vida de milhões de trabalhadores. Desde a sua existência, o Senai formou mais de 92 milhões de brasileiros em mais de 92% dos municípios brasileiros. Só no ano passado, no ano de 2024, foram mais de 3 milhões de matrículas em cursos de educação profissional, desde a formação inicial, cursos técnicos, cursos superiores de graduação e pós-graduação. Além disso, eu gostaria de destacar a empregabilidade dos egressos do Senai. No último ano, no ano de 2024, nós tivemos uma empregabilidade recorde - medimos a empregabilidade desde 2002 -, chegando a 85,6% dos nossos alunos empregados em até um ano após a conclusão do seu curso. Isso demonstra o quanto o Senai está preocupado em alinhar a sua oferta à necessidade do setor produtivo. Para a indústria nacional, o Senai é um parceiro estratégico, um verdadeiro motor de competitividade em um mundo que move na velocidade da quarta revolução industrial. Não há soberania sem tecnologia, não há crescimento sem inovação e não há nada disso sem capital humano qualificado. É nos laboratórios, nas nossas oficinas, nas nossas escolas, nas nossas salas de aula que o futuro da indústria brasileira é forjado todos os dias. A instituição lidera a vanguarda do conhecimento. Mais recentemente, nós criamos os institutos de inovação. Hoje são 28 institutos de inovação e 59 institutos de tecnologia, que são a ponta da lança do desenvolvimento de soluções para a nossa indústria ser mais digital, verde e mais produtiva. A rede de institutos de inovação... Hoje foi divulgado um dado importante de uma pesquisa feita pela Universidade de Lund e por dois institutos Fraunhofer, na Alemanha: ao PIB per capita brasileiro os institutos de inovação adicionaram R$985, contribuindo com 0,6% do PIB brasileiro. É muito importante destacar esse impacto de um estudo relevante da inovação, impactando o PIB e impactando a inovação realizada pelos institutos de inovação. Falar de neoindustrialização, economia de baixo carbono e transformação digital é falar do trabalho do Senai, que, em conjunto com as indústrias, vem desempenhando e acompanhando toda essa transformação que nós estamos vivendo neste momento. Olhem para as grandes obras de infraestrutura que integram o país, olhem para os produtos que levam a marca do Brasil para o mundo, olhem para a inovação que brota nos nossos parques tecnológicos. Em cada um desses feitos, vocês vão encontrar as mãos das pessoas e dos talentos formados pelo Senai. O Senai é reconhecido pela ONU como modelo de educação profissional no Hemisfério Sul e pela OIT como referência em educação profissional para a América Latina. Representar essa instituição me dá muito orgulho, assim como mostrar que a nossa instituição une com maestria o saber teórico, a aplicação prática e o aprender a fazer, o que significa emprego. |
| R | Portanto, celebrar nesta Casa Legislativa reafirma o seu compromisso com a educação profissional superior, com a tecnologia e com a inovação como vetor de desenvolvimento social e econômico, e esta justa homenagem nos inspira a continuar investindo, fortalecendo instituições que, como o Senai e as demais instituições do Sistema S, não apenas ensinam uma profissão, mas constroem cidadãos, pavimentam o caminho para um Brasil mais próspero, mais justo e mais industrializado. Muito obrigado, e - vou copiar a colega Nicole - viva o Sistema S! (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Quero registrar a presença também da Sra. Coordenadora Líder da Câmara de Mulheres Empreendedoras da Fecomércio, Bernardeth Martins. Solicito à Secretaria-Geral da Mesa que proceda também à exibição de um vídeo institucional preparado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. (Procede-se à exibição de vídeo.) (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Passo a palavra agora ao Secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Marcelo Bregagnoli. O SR. MARCELO BREGAGNOLI (Para discursar.) - Muito boa tarde a todas as pessoas aqui presentes. Gostaria de saudar o nosso Senador Izalci Lucas e parabenizá-lo pela homenagem neste momento tão importante que a educação profissional e tecnológica atravessa. Então, gostaria de parabenizá-lo, Senador, e a todos os Parlamentares, ao Senado Federal, saudar o dispositivo e todas as mulheres aqui presentes, nas pessoas da Nicole Goulart e da Karla Oliveira, e dizer da satisfação em ver a educação profissional e tecnológica avançar tanto na questão de gênero, na questão de inclusão, tão importante para o nosso país, para este diverso país. |
| R | Gostaria de fazer uma saudação a todos os dirigentes, colaboradores, docentes, técnicos do Senai, do Senac, do Sesi, do Sesc, do Senat, do Sebrae, do Senar, do Sescoop; e, em especial, fazer uma saudação muito carinhosa, fico feliz aqui em ver esta Casa repleta de estudantes da educação profissional e tecnológica, estudantes dos programas Jovem Aprendiz e Mais Vividos - isso demonstra, Senador, a capilaridade e diversidade dessa educação profissional e tecnológica -, são dois programas referenciados. Então, saúdo vocês, estudantes, parabenizando por essa inserção, pela oportunidade gerada através da educação profissional e tecnológica. Aqui reconheço o Sistema Nacional de Aprendizagem pelo seu trabalho e contribuição à sociedade, algo diferenciado que ajuda - e muito - na questão da redução das desigualdades, através da geração do emprego, da renda, fruto dos processos educacionais e também, obviamente, do seu papel social dentro da saúde, do esporte, do lazer, da cultura, dos aspectos tecnológicos, já mencionados aqui, dos serviços de modo geral. O Serviço Nacional de Aprendizagem é uma referência nacional, e, dentro dessa referência nacional, conclamo todos para que, neste momento evidenciado da educação profissional e tecnológica, façamos parte desse pacto nacional, pacto nacional evidenciado através da Política Nacional de Educação Profissional e Tecnológica, instituído pela Lei 14.645, no qual teremos, a partir do ano que vem, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Profissional e Tecnológica. Também agradeço a todo o sistema pela execução do Programa Pronatec, aqui já mencionado pela Nicole, o bom exemplo do Asas para Todos, dentro do aspecto do Mulheres Mil, do Qualifica Mais, mas também destaco outra ação muito importante que vem acontecendo dentro de uma área essencial, dentro de uma região tão importante que é a Região Amazônica, que é o Pronatec Bioeconomia, tão bem conduzido por vocês. Quero destacar, neste momento, nesta oportunidade, e conclamar para que possamos atuar conjuntamente para fortalecer o Juros por Educação. Dentro do âmbito do Propag, nós temos a oportunidade, neste momento, do aumento efetivo de matrículas em educação profissional e tecnológica, nessa articulação conjunta que faremos junto aos estados, para que possamos avançar no aspecto quantitativo e, sobretudo, qualitativo. O Ministro Camilo Santana, a quem trago um abraço aqui, Senador Izalci, sempre reforça esse papel do binômio qualidade e quantidade. E, através do Juros por Educação, podemos ter uma oportunidade sustentável dentro da visão orçamentária e dos planos de aplicação que serão trabalhados pelos estados. Então, aqui quero desejar muito sucesso e realizações e agradecer a todos vocês que fazem a diferença para milhões e milhões de jovens, pessoas que contribuíram tanto com este país, no aspecto social, no aspecto tecnológico de serviços. Sucesso ao Sistema S. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Eu quero dizer da minha alegria, é uma honra muito grande presidir uma sessão solene em homenagem ao Sistema S, que presta relevante serviço para o país. Fico pensando que, se não fossem vocês, como é que nós estaríamos, porque essa luta da educação profissional é longa e a gente precisa. |
| R | Quando fiz o meu ensino médio aqui em Brasília, nos anos 70, todos nós saíamos do ensino médio, quem quisesse, com o curso profissional: técnico de administração, técnico de contabilidade, edificações, eletricista, técnico de enfermagem, normal. E acabaram com isso! Hoje, nós temos 22% dos jovens nas universidades, nas faculdades, e 78% dos jovens não estudam e não trabalham, à exceção daqueles que fazem o Sesc, o Sistema S. Então, é uma necessidade! Eu vim para o Congresso muito em função dessas coisas, porque, na área pública, só pode fazer o que é permitido. Eu tive o privilégio de presidir a Comissão do novo ensino médio, que era exatamente para estender isso em todo o país, para que todos os jovens pudessem ter a opção de fazer um curso profissionalizante, mas, no Brasil, infelizmente, a gente não tem política de Estado, a gente tem política de Governo e cada Governo que entra faz questão de acabar e começar de novo. E, hoje, você tem uma geração pagando esse preço, desempregados e sem qualificação. Quando fui secretário, tive o privilégio de ser Secretário de Ciência e Tecnologia por duas vezes aqui, nós não tínhamos nenhum instituto federal, nós federalizamos Planaltina e conseguimos trazer. Hoje nós somos 11 institutos federais em Brasília. Nós tínhamos três escolas técnicas e eu consegui assinar com o MEC, à época, mais nove escolas técnicas do GDF, que foram construídas agora, já há algum tempo, no Guará, Brazlândia, Santa Maria, Ceilândia, Estrutural e Paranoá. E temos institutos federais no Riacho Fundo II, no Recanto das Emas, São Sebastião, Riacho Fundo I, Asa Norte, Planaltina, Gama, Recanto e Samambaia. De alto nível, porque, de fato, os institutos federais e também as escolas técnicas de Brasília, juntamente com o Sistema S, são exemplos de formação profissional. Mas é muito pouco ainda, a gente precisa realmente dar oportunidade para os jovens porque, no mundo todo, nos países desenvolvidos, 60% dos jovens fazem cursos técnicos. Só no Brasil que a gente não conseguiu chegar ainda a 11%, 12%, então, a gente precisa realmente priorizar isso para que os nossos jovens possam sair do ensino médio com uma profissão, aqueles que não terão acesso às universidades. Então, quero aqui agradecer muito realmente ao Sistema S porque vocês fazem a diferença, fazem com qualidade, com muita competência, com muito carinho, com muito amor, diferentemente daquilo que é feito normalmente por obrigação, em que muitas vezes não se preocupam com a qualidade da formação. Quero aqui agradecer a presença de cada um de vocês. A luta aqui é grande porque ainda há resistência no sistema, por incrível que pareça. Uma das poucas coisas que funcionam neste país para valer mesmo é o Sistema S e, de vez em quando, ainda tem alguém querendo mexer, alterar ou diminuir. Então, contem comigo aqui e, realmente, é muito importante que a gente valorize cada vez mais o Sistema S, que seja expandido isso em todas as demais atividades. Eu agradeço a cada um de vocês que está aqui. Cumprida, então, a finalidade desta sessão de homenagem ao Sistema S, eu declaro, então, encerrada a presente sessão. Obrigado. (Palmas.) (Levanta-se a sessão às 16 horas e 01 minutos.) |

