Notas Taquigráficas
3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
57ª LEGISLATURA
Em 1º de setembro de 2025
(segunda-feira)
Às 10 horas
103ª SESSÃO
(Sessão Especial)
| Horário | Texto com revisão |
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| R | A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF. Fala da Presidência.) - Declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. A presente sessão especial foi convocada em atendimento ao Requerimento nº 355, de 2026 - de 2026, olha isso! -, de 2025, de autoria desta Presidência e de outros Senadores - desculpem-me, já estou lá na frente, já estou pensando em 2026 -, aprovado pelo Plenário do Senado Federal. A sessão é destinada a comemorar o Dia do Profissional de Educação Física, que é celebrado hoje. Eu convido para compor a mesa desta sessão especial os seguintes convidados: o Sr. Prof. Martim Francisco Bottaro, que é Diretor da Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília, nossa querida UnB (Palmas.); a Sra. Diana Sazano Kyosen, que é Presidente da Confederação Brasileira de Desportos de Surdos - ela está a caminho (Palmas.); o Sr. José Carlos Salgueiro Pinheiro, Relações Institucionais do Comitê Olímpico do Brasil (COB) (Palmas.); o Sr. Roberto Nóbrega, Presidente do Conselho Regional de Educação Física da 7ª Região (Palmas.); e o Sr. Claudio Augusto Boschi, que é o Presidente do Conselho Federal de Educação Física. (Palmas.) |
| R | Sejam todos bem-vindos. Convido a todos para, em posição de respeito, acompanharmos o Hino Nacional, que será interpretado pela banda de música do Colégio Militar do Distrito Federal - o que é uma honra, pois é primeira vez que se apresentam aqui, que estão conosco em uma sessão solene; sejam todos bem-vindos, alunos -, sob regência do Primeiro-Tenente José Sandro Martins da Costa. Sejam muito bem-vindos. (Procede-se à execução do Hino Nacional.) |
| R | A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF. Para discursar - Presidente.) - Bravo, alunos! Bravo, sensacional! Obrigada por estarem aqui conosco nesta sessão tão importante. Eu gostaria de também registrar a presença na galeria dos alunos do curso de Direito da Faculdade de Direito de Franca, São Paulo. Sejam todos muito bem-vindos. Sras. Senadoras, Srs. Senadores, profissionais da educação física que hoje nos honram com sua presença, representantes de entidades, autoridades, cidadãs e cidadãos que acompanham esta sessão pelos canais do Senado Federal, é com imensa satisfação e profundo orgulho que declaro aberta esta sessão especial destinada a celebrar o Dia do Profissional de Educação Física. O Dia do Profissional de Educação Física, comemorado em 1º de setembro, hoje, Dia do Profissional de Educação Física, marca a data de regulamentação da profissão no Brasil pela Lei nº 9.696, de 1998, que criou o sistema Confef-CREFs. Desde então, esses profissionais conquistaram espaço, visibilidade e, sobretudo, responsabilidade social. São eles os guardiões da qualidade de vida, da promoção da saúde e do incentivo ao esporte em todas as suas dimensões. Mais do que uma comemoração, este é um ato de reconhecimento. Reconhecimento a homens e mulheres que, diariamente, se dedicam a transformar vidas por meio do movimento, da disciplina e do cuidado integral com a saúde física e mental da população. Vivemos um tempo em que, infelizmente, o sedentarismo e a obesidade alcançam índices alarmantes. Segundo o Atlas Mundial da Obesidade, um em cada três brasileiros é obeso. Isso gera impactos diretos na saúde pública, elevando os custos do SUS e diminuindo a qualidade de vida de milhões de pessoas. Mas, felizmente, encontramos nos profissionais de educação física um aliado estratégico. São eles que orientam, movimentam e acompanham cidadãos de todas as idades, classes sociais e níveis de instrução. Com sua atuação, evitamos doenças crônicas, problemas de saúde mental e fortalecemos o esporte de base de alto rendimento. Eu, como ex-atleta, sei que devo muito a esses profissionais. Sem eles, não teria chegado à Seleção Brasileira de Voleibol e conquistado os resultados que tanto orgulharam o nosso país. Não poderia deixar de fazer uma menção especial aos educadores físicos do Distrito Federal, muito simbolizados aqui pelo meu professor, que me ajudou a iniciar na minha carreira, aliás, como aluna de Educação Física, o Prof. Elias. Por favor, uma salva de palmas para o Prof. Elias. (Palmas.) Prazer tê-lo aqui, mestre. Minha terra natal, que tenho a honra de representar nesta Casa, o DF conta hoje com milhares de profissionais registrados no Conselho Regional de Educação Física da 7ª Região (Cref7/DF), que tem contribuído para uma realidade bastante positiva. Brasília figura entre as capitais com maior percentual de praticantes regulares de atividade física do país, superando a média nacional de indicadores do IBGE e do Ministério da Saúde. Isso só é possível porque os profissionais de educação física atuam em escolas, academias, clubes, projetos sociais, hospitais, clínicas de reabilitação e em programas de promoção de saúde em comunidades, garantindo acesso, inclusão e cidadania. |
| R | Quero, portanto, render minha homenagem ao Cref7/DF, sua diretoria, seus conselheiros e conselheiras pelo trabalho incansável de valorização da profissão e de defesa da sociedade contra práticas irregulares e perigosas. Esta sessão também é um momento de reflexão e compromisso. Como Parlamento, precisamos continuar a lutar por políticas públicas que incentivem a prática de atividade física e esportiva em escolas, comunidades e espaços públicos, investimentos em infraestrutura adequada garantindo acessibilidade e inclusão, e valorização da profissão, assegurando direitos trabalhistas e condições justas de atuação. Nosso objetivo é que a atividade física seja parte da cultura de cada localidade brasileira, do campo às metrópoles, tornando-se um pilar de saúde pública e, principalmente, de desenvolvimento humano. Queridas e queridos profissionais de educação física, hoje este Senado se move para homenageá-los; se move porque acreditamos de forma inegociável que vida é movimento; se move porque reconhecemos que melhorar a qualidade de vida da nossa gente é um trabalho em equipe, e vocês são parte essencial dessa equipe; se move porque sabe que o Brasil precisa de cada um de vocês para ser um país mais saudável, ativo e justo. A todas e todos o meu respeito, a minha admiração e os meus mais sinceros parabéns. Que sigamos juntos transformando vidas por meio do movimento! Muito obrigada. (Palmas.) Bom, eu solicito à Secretaria-Geral da Mesa a exibição de um vídeo institucional. (Procede-se à exibição de vídeo.) A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF) - Neste momento, eu peço a todos um minuto de silêncio em homenagem ao Sr. Hezir Espíndola, advogado e pioneiro da Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília, que infelizmente faleceu ontem. Então, à família, aos amigos do Sr. Hezir, a nossa solidariedade. Por favor, um minuto de silêncio. (Faz-se um minuto de silêncio.) |
| R | A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF) - Eu gostaria de registrar a presença do Sr. Coronel de Infantaria Marcelo Flavio Sartori Aguiar; da Sra. Presidente da Federação Brasília Open Boxe, Monica de Oliveira Sales Santos; do Sr. Presidente da Federação Brasiliense de Futebol de Salão, Nivaldo de Oliveira; do Sr. Presidente da Associação de Atletas de Basquetebol, Raphael Silveira; do Sr. Presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Distrito Federal, Amarildo Fernandes; do Sr. Presidente da Associação dos Representantes dos Esportes para Pessoas com Deficiência do Distrito Federal, o Sr. Marcelo Ottoline; e do Sr. Presidente do Instituto Odália Santarém e da União das Igrejas Independentes, o Sr. João Benedito Santarém. Sejam todos bem-vindos. Neste momento, eu vou conceder a palavra ao Prof. Martim Francisco Bottaro, que é o Diretor da Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília, nossa querida UnB. O SR. MARTIM FRANCISCO BOTTARO MARQUES (Para discursar.) - Bom dia a todas as pessoas aqui presentes. Este é um momento bastante importante para nós profissionais de educação física, professores de Educação Física. Então, eu queria agradecer o convite aqui, principalmente, da Senadora Leila, para estar aqui neste momento, representando a Universidade de Brasília, representando as universidades em geral. Acho que é muito importante a gente, neste momento, falar um pouquinho da importância da universidade na formação do profissional de educação física. Queria também, antes de iniciar aqui, cumprimentar os membros aqui da mesa: o Presidente do Confef, amigo de muito tempo, o Prof. Claudio Boschi; o representante do Comitê Olímpico, José Carlos - prazer -; e o Prof. Roberto Nóbrega, amigo de longa data, Professor, com quem trabalhamos juntos aí bastante tempo, hoje Presidente do Cref da 7ª Região, aqui de Brasília - e parabéns, Roberto, pelo novo desafio aí. E, em nome também das alunas, das senhoras da hidroginástica que vieram aqui homenagear os professores, gostaria de cumprimentar a Senadora Leila pelo momento aqui, mais importante aqui, em relação ao profissional da área da educação física. A minha função aqui é trazer um pouquinho da importância da universidade. Eu acho que os outros colegas da mesa vão falar um pouquinho sobre a importância da profissão, sobre a importância do papel do educador físico, do professor de Educação Física. A Senadora Leila acabou de falar muito bem sobre a importância desse profissional no contexto da formação das pessoas, no contexto da saúde, no contexto do alto rendimento, do qual ela participou. Então, eu vou tentar focar falando um pouquinho aqui sobre a importância da universidade na formação desses professores. Para ter aquela carteirinha ali que passou no vídeo, precisa ter uma universidade, precisa ter uma formação por trás disso. |
| R | Então, senhoras e senhores, convidados, colegas de profissão - principalmente, vários colegas -, este é o momento para a gente também encontrar velhos conhecidos, né, Elisa? Então, parabéns para todos vocês aqui. Então, hoje, neste dia, celebramos o Dia do Profissional ou do Professor de Educação Física, uma data que nos convida não apenas a reconhecer a relevância social do nosso trabalho, mas também a refletir sobre os caminhos que nos conduzem a essa profissão que tanto contribui para a saúde, a qualidade de vida e principalmente o desenvolvimento humano. Nesse contexto, já que a minha função aqui é falar um pouquinho da universidade, é impossível falar da grandeza da educação física sem destacar o papel central das universidades na formação de seus profissionais. A universidade é o espaço em que a prática se encontra com a ciência, em que o amor pelo movimento humano se alia ao rigor das pesquisas e da reflexão crítica. É dentro dela, da universidade, que deixamos de ser apenas admiradores do esporte, da atividade física ou do exercício e nos tornamos profissionais preparados para atuar em diferentes áreas do cenário da sociedade. É na universidade que aprendemos a compreender o corpo, a conhecer o corpo não apenas no aspecto biológico - isto é bastante importante, conhecer o corpo também no aspecto biológico -, mas também na sua dimensão social, cultural e psicológica. É na universidade onde descobrimos que a educação física vai muito além do campo esportivo, alcançando a saúde pública, como foi dito pela Senadora Leila, a reabilitação, a educação física escolar - não podemos esquecer, porque a gente sempre tem uma tendência a lembrar a educação física como esporte, esporte de alto rendimento, mas não podemos esquecer a educação física escolar -, o lazer, a inclusão social - que é um ponto bastante importante, no qual o profissional de educação física atua fortemente - e até mesmo a promoção de políticas públicas, como foi já dito também pela Senadora Leila. A formação acadêmica nos ensina a questionar, pesquisar e buscar constantemente novos conhecimentos - uma das funções da universidade é justamente a produção do conhecimento, das pesquisas, para que todos os profissionais sejam sempre atualizados, trabalhando dentro da ciência. Ela, a universidade, nos lembra que a educação física é uma ciência em movimento, que se transforma a cada nova descoberta, e que somente com bases sólidas, éticas e críticas podemos nos manter atualizados e relevantes diante dos desafios contemporâneos. Mais do que o conteúdo técnico, a universidade nos oferece algo ainda mais valioso: ela nos forma como cidadão capaz de atuar com responsabilidade, ética e principalmente compromisso social. É nela que construímos nossa identidade profissional, aprendendo que o nosso trabalho não é apenas prescrever exercícios ou ensinar esporte, mas, sobretudo, formar pessoas mais saudáveis, mais conscientes e mais integradas com a sociedade. Portanto, ao celebrar este dia tão importante para nós todos aqui, devemos também celebrar a universidade, pois é nela que começa o caminho que nos transforma em educadores do movimento humano, promotores da saúde e agentes de transformação social. Que possamos, nós, profissionais de educação física, honrar a formação que recebemos na universidade e continuar a valorizar o conhecimento científico e manter a missão de servir à sociedade com dedicação e competência. Portanto, parabéns a todos os profissionais de educação física aqui presentes. Que nunca nos esqueçamos de que nossa trajetória começa pelo espaço universitário e se estende para a sala de aula, em cada quadra, em cada academia, em cada comunidade e em cada vida que tocamos com o nosso trabalho. Neste dia, que possamos valorizar não apenas a nossa profissão, mas também o espaço que nos preparou para exercer esse papel tão essencial. |
| R | Portanto - encerrando aqui já a minha fala -, gostaria de dar os parabéns a todos os profissionais de educação física, que carregam consigo o compromisso de mover corpos, inspirar mentes e transformar o futuro. Muito obrigado. (Palmas.) A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF) - Nós é que agradecemos ao Prof. Martim, que é o Diretor da Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília, nossa querida UnB. Muito obrigada pela participação. Eu vou conceder a palavra agora ao Sr. José Carlos Salgueiro Pinheiro, Relações Institucionais do Comitê Olímpico do Brasil (COB). O SR. JOSÉ CARLOS SALGUEIRO PINHEIRO (Para discursar.) - Bom dia a todos. Exma. Sra. Senadora Leila Barros, Presidente da Comissão de Esporte do Senado Federal; Exmos. Senadores e Senadoras; excelentíssimas autoridades presentes, já nominadas, Sr. Claudio Boschi, Presidente do Conselho Federal de Educação Física; Roberto Nóbrega, Presidente do Conselho Regional de Educação Física da 7ª Região e Sr. Martim Francisco, Diretor da Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília; colegas profissionais de educação física aqui presentes; senhoras e senhores, antes de iniciar as palavras, Senadora Leila, eu queria registrar uma forte emoção que eu tive quando entrei aqui, no Plenário, e identifiquei a banda do glorioso Colégio Militar de Brasília. Uma forte emoção porque, nesse colégio, fui professor durante vários anos e pude identificar alguns ex-alunos, que iniciaram comigo, lá nas quadras de voleibol, no sétimo, oitavo ano, e hoje estão aí no segundo, terceiro ano, quase terminando o seu ciclo, representando o Colégio Militar aqui, nesta importante sessão plenária. Quero parabenizar o comandante do colégio, Coronel Sartori e toda a equipe do Colégio pela excelência do trabalho que lá é realizado. É com grande honra que, em nome do Presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Sr. Marcos La Porta, da Sra. Yane Marques, Vice-Presidente, e do Sr. Emanuel Rego, Diretor-Geral - todos eles profissionais de educação física -, ocupo esta tribuna para celebrar o Dia do Profissional de Educação Física, data que nos convida a refletir sobre a relevância social, econômica e cultural da nossa profissão e do esporte em nosso país. |
| R | A educação física vai muito além das quadras, academias e pistas; é uma ciência aplicada ao desenvolvimento humano, capaz de transformar vidas, prevenir doenças e gerar inclusão. Cada aula em uma escola, cada sessão em uma academia, cada treino em um clube ou centro esportivo é uma ação direta para formar cidadãos mais saudáveis, mais disciplinados e mais participativos. A expectativa de vida da população mundial tem crescido. No Brasil, segundo projeções do IBGE, a expectativa de vida para quem nasce em 2025 deve ser de 76,8 anos, mas o desafio não é apenas viver mais, e sim viver com qualidade. Até 2050, o Brasil terá mais idosos do que jovens, e isso nos impõe uma reflexão: como garantir que a população envelheça com autonomia, vitalidade e saúde? A resposta está no incentivo à atividade física regular desde cedo, guiada por profissionais capacitados. A prática orientada de exercícios pode reduzir em até 40% o risco de doenças cardiovasculares, melhorar funções cognitivas, fortalecer ossos e músculos, prevenir depressão e ansiedade. Nesse sentido, os profissionais de educação física são agentes de longevidade, combatendo o sedentarismo, que hoje é considerado pela Organização Mundial da Saúde um dos maiores problemas de saúde do planeta, reduzindo o impacto de doenças crônicas, promovendo saúde mental, autonomia e bem-estar. O trabalho do profissional de educação física não se limita somente à saúde; ele também movimenta a economia. Segundo Relatório PIB do Esporte Brasileiro, realizado pelo instituto Sou do Esporte, baseado num estudo realizado desde 2020, o setor esportivo brasileiro movimentou, em 2023, R$183,4 bilhões, representando 1,69% do PIB nacional, valor superior, inclusive, ao PIB da cultura, que é 1,55%. Esse mercado gerou 3,3 milhões de empregos diretos e indiretos, abrangendo desde comércio de artigos esportivos a atividades recreativas, indústrias, até setores de mídia e publicidade. Mais do que isso: cada R$1 de recurso público investido em esporte retorna R$12,83 para a economia, e cada R$1 do setor privado gera R$23,36 em retorno econômico. Esses números provam que o esporte é um investimento estratégico: gera saúde, reduz custos do sistema público, dinamiza a economia e fortalece o desenvolvimento social. Exmos. Senadores, é fundamental reconhecer o papel desta Casa e do Congresso Nacional no fortalecimento da educação física e do esporte. As leis da loteria e de incentivo ao esporte são provas concretas do impacto direto do trabalho legislativo. Elas injetam vida e recursos em projetos esportivos e sociais, financiando novos talentos e infraestrutura esportiva em todo o país. O poder social dessas leis é imensurável, especialmente em um país com as carências do Brasil. O esporte é uma ferramenta poderosa de inclusão, afastando jovens da criminalidade, promovendo saúde física e mental e ensinando disciplina, trabalho em equipe e respeito. |
| R | A recente aprovação no Senado Federal, por unanimidade, do Projeto de Lei 234, de 2024, que propõe a Lei de Incentivo ao Esporte como política pública permanente, abre novas perspectivas para projetos sociais, clubes formadores, escolas e instituições, que, com o apoio técnico de profissionais qualificados, oferecem oportunidades a milhares de crianças e jovens em todo o Brasil. Essa legislação demonstra que, quando o Parlamento entende o esporte como política pública de Estado, os benefícios se multiplicam para toda a sociedade. Senhoras e senhores, o Comitê Olímpico do Brasil tem um papel fundamental nesse processo. O COB é responsável por preparar e apoiar nossos atletas olímpicos, mas seu compromisso vai muito além das arenas de competição. A nova gestão do COB tem um propósito claro: transformar o Brasil em uma verdadeira nação esportiva. Isso significa democratizar o acesso e usar o esporte como ferramenta ao alcance de todos, o que não seria possível sem o papel fundamental do profissional de educação física. O COB investe constantemente em formação e capacitação de profissionais de educação física por meio do Instituto Olímpico Brasileiro, o IOB. Ao longo de 16 anos de história, o IOB ofereceu mais de 700 cursos, com mais de 62 mil alunos capacitados, sendo os profissionais de educação física o seu principal público-alvo. Além do IOB, o COB apoia projetos de base, valoriza a ciência do esporte, fomenta pesquisas em fisiologia, nutrição, preparação física, áreas nas quais nossos profissionais de educação física atuam diariamente. Graças a esse ecossistema de suporte que o Brasil vem alcançando resultados históricos em competições internacionais, mas também que milhares de profissionais de educação física puderam se especializar, ampliar seus conhecimentos e aplicar técnicas modernas que beneficiam tanto o alto rendimento quanto o esporte educacional e de participação. O COB compreende que não há atleta sem treinador, não há rendimento sem preparação física, não há vitória sem ciência do movimento. Por isso, a valorização do profissional de educação física é também uma missão olímpica. Não podemos falar em desenvolvimento esportivo sem garantir condições dignas e reconhecimento aos profissionais de educação física. É preciso investir em formação continuada, em políticas de empregabilidade, em integração entre esporte, saúde e educação. Um país que valoriza seus professores e treinadores é um país que aposta em um futuro melhor. Se desejamos mais medalhas, mais inclusão, mais saúde pública e maior longevidade, precisamos valorizar quem promove tudo isso na prática: os profissionais de educação física. Senhoras e senhores, o Dia do Profissional de Educação Física não é apenas uma homenagem; é um chamado à responsabilidade, é o reconhecimento de que esses profissionais são protagonistas na construção de um Brasil mais ativo, mais saudável e mais competitivo. Em nome do Presidente do Comitê Olímpico do Brasil, agradeço mais uma vez à Senadora Leila Barros, Presidente da Comissão de Esporte do Senado Federal, na pessoa de quem agradeço a todos os demais Senadores pela justa celebração e reafirmo o compromisso do Comitê Olímpico do Brasil com cada profissional da área. |
| R | Que esta sessão inspire ainda mais a cooperação entre o poder público, o COB, as confederações esportivas e todos que dedicam suas vidas à educação física e ao esporte. Parabéns a todos os profissionais que, com dedicação, resiliência e conhecimento, ajudam o Brasil a viver mais, viver melhor e alcançar mais alto, dentro e fora das quadras, nas escolas, nas praças, nas academias e nas arenas olímpicas. Muito obrigado. (Palmas.) A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF) - Nós que agradecemos a participação, José Carlos Pinheiro, mandando um abraço ao La Porta, que é o Presidente do nosso Comitê Olímpico do Brasil. Vou passar a palavra agora para o Sr. Roberto Nóbrega, Presidente do Conselho Regional de Educação Física da 7ª Região (Cref7-DF). Antes da fala do Sr. Roberto Nóbrega, eu gostaria de registrar a presença do João de Sena Bonfim, que é Presidente do Instituto Caso (Centro de Atletismo de Sobradinho) - seja bem-vindo, Sena -, e dos atletas, assim como do Prof. Rufino Ramos, que é também treinador lá no Paranoá; do Prof. Edmilson, Presidente do Instituto Libravo - Presidente, seja bem-vindo -; do Prof. Rafael Negreiros, treinador do Akros-DF, ginástica acrobática; do Ricardo Moreira, Presidente do Instituto Pro Brasil - seja bem-vindo, Ricardo; do Manuel Evaristo, responsável pelo esporte da Associação dos Delegados da Polícia Civil do DF - seja bem-vindo; do Prof. Aloísio Lima, Presidente da Federação de Tênis de Mesa do DF - Prof. Aloísio, seja bem-vindo; do Patrick Aguiar, que já foi Presidente do Cref7 e que agora é Presidente da Câmara de Orientação e Ética Profissional do Conselho Federal de Educação Física - seja muito bem-vindo, Patrick; da representação do Conselho Regional de Educação Física; do Coordenador Lúcio Rogério Gomes e dos alunos do projeto Ginástica nas Quadras e Hidroginástica da Ceilândia - sejam bem-vindos -; e do Prof. Raphael Silveira, Presidente da Escola Brasília Basquete. Sejam todos muito bem-vindos! (Palmas.) Mais uma vez, reforço a presença aqui do Prof. Marcelo Otolline, que é o Presidente da Associação dos Representantes do Esporte para Pessoas com Deficiência e faz um lindo trabalho aqui no DF. Seja bem-vindo, Professor! Com a palavra agora o Sr. Roberto Nóbrega, Presidente do Conselho Regional de Educação Física da 7ª Região. Seja bem-vindo! O SR. ROBERTO NÓBREGA (Para discursar.) - Obrigado. Bom dia a todos. Senadora Leila, que honra estar aqui falando em nome da nossa educação física! Prof. Cláudio Bosch, Presidente do Confef, Prof. Carlos Pinheiro, representando o Comitê Olímpico Brasileiro, Prof. Martim Bottaro, Diretor do Curso de Educação Física da Universidade de Brasília, todos aqui presentes, eu quero deixar meu abraço aqui fraterno a esse grupo de hidroginástica que se prontificou a estar presente hoje aqui. É um projeto maravilhoso que eu conheço desde o início. Parabéns pela presença de vocês. (Palmas.) Quero parabenizar a presença dos professores do Centro Olímpico do Gama, de Santa Maria e de Planaltina, que responderam rapidamente ao nosso chamado aqui para estarem presentes e outros colegas aqui. É difícil nominar, porque eu conheço quase todos aqui pessoalmente; então, se eu falar nominalmente, pode ser que eu esqueça de um ou outro, aí é muito arriscado. Então, fica o meu fraterno abraço a todos os profissionais de educação física e demais colegas que estão aqui representando, juntamente com esses profissionais. |
| R | Quando eu recebi o convite para falar aqui no Senado, eu preparei um discurso acadêmico, mas depois desisti dele, porque eu vivi a educação física com as transformações que ela provocou ao longo da história. Eu vi e acompanhei o meu avô, que era técnico de remo do Vasco da Gama, lá na Lagoa Rodrigo de Freitas, e ele foi técnico, porque ele era remador. Eu acompanhei o meu pai, que fez a Escola de Educação Física Militar lá no Rio de Janeiro e veio dar aula na Universidade de Brasília - o Prof. Martim sabe disso -, e, Professor, em 1967, a carteira assinada aqui na UnB era como técnico de futebol de campo, não era como professor de Educação Física. E eu tenho certeza de que, quando o senhor foi para lá, foi assinada a sua carteira como professor de Educação Física. Eu vi, aqui em Brasília, na década de 80, três academias: uma na Asa Norte, uma no Núcleo Bandeirante e uma em Taguatinga. Hoje são 1,4 mil. Eu vi a Educação Física - senti na pele - entrar pelos fundos da escola, como professor, e hoje estou aqui, no Senado, falando com vocês aqui. É difícil falar isso, por quê? Porque eu estou falando de coração, não estou falando de um discurso acadêmico, que eu poderia ter preparado - e preparei. Eu vi a educação física não sendo permitida para idosos, porque idoso perdia massa muscular, perdia força. E hoje ela é recomendada. A educação física hoje tem um reconhecimento da sociedade enorme. Por quê? Porque os profissionais de educação física fizeram esse trabalho ao longo do tempo, e a sociedade reconhece isso. Eu acho que mais importante do que qualquer lei é o reconhecimento da sociedade. Hoje você vai ao médico, uma senhorinha, um senhorzinho - e eu tenho certeza de que vocês devem ter ido -, e eles falaram para vocês assim: "Vai fazer uma atividade física. Vai fazer educação física. Mas, olhem, não esqueçam que vocês precisam ser acompanhados por um profissional, para fazer a coisa certa, a coisa correta, para não deixar ocorrer nenhum transtorno ao longo dessa atividade que você precisa fazer"! Hoje, uma família, o pai e a mãe procuram uma escola e falam assim: "Olha, eu vou botar meu filho naquela escola ali, porque lá tem uma quadra, lá tem uma piscina, lá tem uma aulinha de judô, tem uma aulinha de vôlei". E aí eles vão e matriculam o filho deles lá. Por quê? Porque tem uma educação física de qualidade. E, antes, o que ele escolhia? "Não, eu quero ver se tem português e matemática". Mas hoje não. Ele quer saber se tem uma atividade esportiva para o filho dele, senão ele não coloca o filho dele lá. |
| R | Você vê as pessoas que estão em vulnerabilidade social e vai a uma reunião dessas e fala: "Olha, vamos colocar atividade esportiva para esses meninos, porque é isso que vai tirá-los da vulnerabilidade social". Aí você pega uma gestante que vai ao médico: "Olha, vai fazer atividade física, mas não esqueça de fazer essa atividade com um professor habilitado, que tenha registro profissional, porque é a garantia que você vai receber um bom serviço". Você pega... Eu vi isso de corpo presente, o Prof. Ulisses - o Prof. Marcelo está aqui e sabe do que eu estou falando -, que chegou ao Cief e falou assim: "Roberto, deixa eu usar a pista de atletismo porque eu tenho três alunos aqui com deficiência". Hoje é um projeto gigantesco, com deficiência, lá no Cetefe, de uma referência não só nacional, mas mundial. Aí eu falei: "Gente, olha como é que a educação física está aqui em Brasília". Eu tenho certeza, Prof. Boschi, o senhor é representante do nosso Conselho Federal, de que esses dados que eu estou dando aqui em Brasília são em nível nacional também, como o senhor acabou de conversar ali: que o senhor tinha uma escola de Educação Física em Minas e hoje o senhor tem 150, e nós temos 17 aqui no DF! E é isso que a educação física representa para todos nós. Estou vendo aqui o Prof. Sena... Eu conheço o senhor lá de Sobradinho, o pai do Caio; o senhor lá, debaixo do sol - o senhor e a sua esposa, que são da Secretaria de Educação e fazem um trabalho maravilhoso lá, e têm resultado. Eu vejo tudo isso acontecendo, quando eu vi o Ginástica nas Quadras aqui... E por que era Ginástica nas Quadras? Porque eram sete quadras aqui do Plano Piloto. Nós transformamos esse programa em programa Ginástica nas Quadras, Escola e Comunidade: de sete turmas e duzentos e poucos alunos, que eram só aqui no Plano Piloto, conseguimos transformar isso num grande Programa Escola e Comunidade e passou para 170 turmas, 8 mil alunos, com senhorinhas ali com a blusinha amarela fazendo aquela atividade. Fizemos o acompanhamento dos Centros de Iniciação Desportiva (CID), em que a senhora, Prof. Dra. Leila... A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF) - Pode me chamar de Professora, por favor. O SR. ROBERTO NÓBREGA - ... Senadora Leila, olha só que orgulho eu falar isso... A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF) - Eu fui da primeira turma do CID. O SR. ROBERTO NÓBREGA - Eu vi! Nós fizemos a orientação do CID, lá no Cief, e o seu Prof. Hélio abriu um CID lá de vôlei, em Taguatinga, era uma modalidade coletiva, e, depois, nós abrimos para modalidades individuais. E, se isso não tivesse sido feito, a senhora não teria a expressão mundial que teve. Por quê? Porque o professor... E aí eu não vou dizer dos atos, os atos institucionais auxiliam, ajudam o dia a dia, mas se não for o professor lá, no dia a dia, trabalhando com o seu aluno, de qualidade, de referência de trabalho, os resultados não aparecem, e hoje a educação física não seria o que está sendo representada dentro da sociedade. Por quê? Porque o profissional faz um bom trabalho e ali a sociedade entende como aquilo sendo importante para o benefício da sua saúde. Se o profissional não fosse respeitado e de qualidade, esse trabalho não adiantaria. |
| R | Não adianta a senhora, Senadora Leila, fazer um monte de lei aqui, e lá na ponta o professor não trabalhar corretamente, porque não vai ser uma referência essa atividade física, em benefício da saúde, contemplada pela sociedade. Por quê? Porque eles querem resultado lá na ponta, indiferentemente de onde esteja sendo feito. Eles querem o benefício daquilo ali para eles, para as crianças, para os jovens, para os adultos, para os idosos, eles querem resultado. E quem é que consegue esse resultado lá na ponta? É o professor de Educação Física junto com os alunos dele. Eu vi isso acontecer ao longo desses anos, e por isso é que eu preparei um discurso totalmente acadêmico, mas eu falei: "Sabe de uma coisa...?". Ontem à noite, eu falei: "Eu vou jogar isto aqui de lado, aqui, e eu vou falar o que vier na minha cabeça lá". Por quê? Porque eu acho que isso significa muito mais. Quando a senhora falou ali do Fernando Elias, eu o conheço também há muito tempo, e fazer resultado, fazer trabalho é muito melhor do que leis institucionais. Por quê? Quando a gente vê o cara usando o cinto de segurança porque ele não vai ser multado, isso é diferente de ele usar o cinto de segurança para a segurança dele; ou de se verem as pessoas fazendo a educação física na escola, a atividade física nas academias ou nos parques ou em qualquer lugar porque aquilo ali é benefício para a saúde delas. É diferente de você ter uma lei obrigando aquilo ali a ser feito. É bom você ver as crianças saindo da vulnerabilidade social, porque o esporte promove isso, e só acontece - reforçando e dizendo aqui o meu muito obrigado -, por causa do professor, que está lá na ponta trabalhando com todos esses. Muito obrigado. (Palmas.) A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF) - Nós é que agradecemos, Prof. Roberto Nóbrega, a sua fala, o seu depoimento por toda a sua vivência dentro da educação física. Eu falo muito para as pessoas que a gente sai do esporte, mas ele não sai da gente. A gente leva tudo que a gente aprende, os valores, seja dentro de uma quadra de vôlei, seja dentro de uma piscina, numa aula de hidroginástica, seja numa pista de atletismo. Eu falo que, no esporte, para além da atividade, aquela dose diária de endorfina, de serotonina é tão importante para o nosso emocional, para o nosso mental. Tem algo que no esporte é incrível: o esporte educa. O esporte ensina você a lidar com frustrações, ensina você a entender que ganhar e perder... Não conseguir fazer um movimento de primeira, que vai exigir de você resiliência, que vai exigir de você foco, vai exigir de você determinação, isso lhe ensina na vida. Isto você leva para a sua vida: a persistir, a insistir. E a outra coisa fundamental que eu acho no esporte, que eu trouxe para a minha vida e da qual eu falo é assim: "Meu Deus, já estou quase uma década na política, e sete anos dentro desta Casa, e sou uma Parlamentar que preza muito o diálogo". O esporte lhe ensina a entender as diferenças. Você não vai ser igual o seu amigo que está do lado, principalmente no esporte coletivo, numa equipe; você não vai pensar igual a ele; você não vai agir igual a ele, apesar de ser equipe, de terem os mesmos treinamentos, por mais individualizados que sejam. Mas, mais do que isso, você vai aprender a respeitar, a respeitar o seu colega, a respeitar o pensamento divergente. É isso para mim o maior legado que o esporte trouxe. Para mim é saber o seguinte: eu não preciso - e infelizmente deveria ser o ideal - amar as pessoas, mas respeitar... E o esporte o ensina demais a respeitar: respeitar a hierarquia, respeitar o comando, e isso faz parte da vida. E o esporte, para mim, enquanto Leila, ex-atleta, atleta olímpica, eu falo: por mais que eu tenha saído dele, ele não saiu de mim. E é isto: saber que ele me educou para a vida, me ensinou a lidar com frustrações, a lidar com diferenças, a cair, levantar e persistir - cair, levantar, persistir e prosseguir. Eu acho que isso, para qualquer pessoa, independentemente da faixa etária, seja ela uma criança de seis anos ou um idoso de 80, além da atividade física, da promoção da saúde, é educação, são valores que o esporte agrega ao nosso dia a dia. Por isso aí, eu vou ser infinitamente grata. |
| R | Bom, eu gostaria... Desculpem o desabafo, aproveitando este momento de coração... Eu gostaria de também anunciar aqui a presença do meu colega de bancada, Senador Izalci Lucas. Por favor, uma salva de palmas para o Izalci (Palmas.), colega de bancada, um grande parceiro aí nesses sete anos - não é, Izalci? Eu vou dar... Acredito que você queira fazer uso da palavra. Seja muito bem-vindo, Izalci. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF. Para discursar.) - Bom dia! A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF) - Bom dia. O SR. IZALCI LUCAS (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Não tomaram café hoje, não? Bom dia! (Manifestação da plateia.) O SR. IZALCI LUCAS (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) - Aí! Bacana! Melhorou. Tem que estar animado. Se é da educação física, tem que estar todo mundo animado. Primeiro, eu quero aqui cumprimentar a minha querida amiga, nossa querida Leila Barros, que é a autora desse requerimento; nosso Presidente, também, do Conselho Federal, o Claudio Augusto Boschi; nosso representante do Comitê Olímpico do Brasil, José Carlos Pinheiro; o nosso Presidente do Conselho Regional aqui da 7ª Região, nossa região aqui, Roberto Nóbrega, foi também Secretário lá atrás, na época do Roriz - faz tempo que nós estamos nessa luta. Quero cumprimentar aqui o Diretor da Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília, Martim Francisco; cumprimentar aqui todos os nossos professores, educadores, a turma da ginástica, a turma lá da hidroginástica. Estão gostando de lá? (Palmas.) Animado, né? Gente, é com grande honra e entusiasmo que eu me dirijo a vocês hoje para falar um pouquinho sobre uma profissão que é, ao mesmo tempo, ciência, arte e vocação, a do profissional de educação física. Muito além das quadras, academias e campos, o profissional de educação física é um agente de transformação social, é um promotor da saúde, do bem-estar e da qualidade de vida. É ele quem, com competência técnica e também com sensibilidade humana, atua na prevenção de doenças, na reabilitação, na promoção do envelhecimento ativo, no desenvolvimento motor de crianças e jovens, na performance dos atletas e, principalmente, na formação do cidadão. A educação física é uma ciência do movimento, mas é também uma ciência da convivência, porque por trás de cada exercício, de cada treino, de cada jogo está a promoção de valores como o respeito, a disciplina, a superação, o trabalho em equipe e a inclusão. Vivemos tempos em que o sedentarismo, o estresse, os problemas de saúde física e mental crescem de forma alarmante. Nesse cenário, o profissional de educação física não é apenas necessário, ele é fundamental. A sua atuação se conecta diretamente com políticas públicas de saúde, educação e esporte, colaborando com uma sociedade mais ativa, mais saudável e mais consciente. É preciso também reconhecer que o profissional de educação física é um estudioso, é alguém que se dedica anos na formação acadêmica, que estuda anatomia, fisiologia, biomecânica, psicologia, pedagogia e tantas outras áreas, para oferecer um trabalho sério, ético e eficaz. Portanto, respeitar este profissional é respeitar a ciência, a saúde e a educação. |
| R | Hoje, nós celebramos aqueles que inspiram, que motivam, que transformam vidas através do movimento. Celebramos o professor de Educação Física das escolas, os treinadores, os personal trainers, os preparadores físicos, os pesquisadores, os gestores do esporte, todos aqueles que escolheram como profissão contribuir para o desenvolvimento humano por meio do corpo e movimento. A todos os profissionais de educação física, o nosso mais profundo respeito e gratidão. Sigam firmes na sua jornada, conscientes da importância e da beleza da missão que carregam. Parabéns a todos os profissionais de educação física! Parabéns, Leila! (Palmas.) A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF) - Nós que agradecemos a sua participação aqui, Izalci. É um prazer tê-lo aqui conosco nesta sessão. E é isso, eu acho, assim, que, para além dessa questão também da academia, tem os projetos sociais, e muitas vezes eu falo isso por causa própria: o professor muitas vezes é a extensão das famílias, principalmente nas regiões mais vulneráveis. Hoje nós apoiamos mais de 190 projetos aqui em Brasília, e o que a gente vê é a relação desse professor com os meninos, com aquela turma que vive numa área vulnerável. Muitas vezes aquele professor de Educação Física, além de formar, além de fazer esse jovem se desenvolver de forma integral, muitas vezes é a ponte entre aquele jovem que tem inúmeras dificuldades na sua família, no seu seio familiar... E ele toma uma dimensão, nesse papel, enorme. Eu falo isso porque eu estou acompanhando os inúmeros projetos e sei que muitas vezes aquele profissional, praticamente, o convívio diário daquele profissional com o aluno, com o atleta, é fundamental no desenvolvimento dele; e ele muitas vezes é aquela ponte entre o próprio jovem que vive inúmeras dificuldades dentro daquele ambiente familiar e a família. Eu gostaria de falar também aqui sobre os atletas do Caso: temos aí a Profa. Betânia Pereira Feitosa e os atletas, que foram campeões sul-americanos agora, Luíse Rosa Braga e Henrique Rodrigues Alencar. Gente, uma salva de palmas para os nossos dois jovens atletas, recentemente campeões sul-americanos. (Palmas.) Parabéns, Professor! A Nayeri Albuquerque, Presidente do Minas Brasília Futebol Feminino, também é outra guerreira. Seja bem-vinda, Nayeri! A gente sabe também das dificuldades do futebol feminino no nosso país. Está se desenvolvendo, mas ainda precisamos de mais investimentos. O Prof. Adiel Carvalho, do CID do Núcleo Bandeirante e Professor do DF Vôlei também. Seja muito bem-vindo, Prof. Adiel! A Kazumi Yamamoto é representante do Projeto Vela para Todos. Sejam muito bem-vindos. Eu vou passar a palavra agora para o Sr. Claudio Augusto Boschi, que é o Presidente do Conselho Federal de Educação Física. |
| R | Seja muito bem-vindo, Dr. Claudio. O SR. CLAUDIO AUGUSTO BOSCHI (Para discursar.) - Bom dia - permita-me esta forma -, madrinha da Educação Física no Senado Federal, Senadora Leila Barros. Estamos falando dessa forma, porque é o mínimo de gratidão que a profissão pode ter por aqueles que respeitam, divulgam e sabem qual é o caminho e com que o ardor profissional da Educação Física se dedica às atividades que, por algum motivo, ele venha a comandar. Não poderia deixar também de agradecer ao Senador Izalci Lucas pelas palavras carinhosas tecidas há pouco. Quero cumprimentar o Presidente do Conselho Regional de Educação Física da 7ª Região, Roberto Nóbrega, e, na pessoa dele, cumprimentar, hoje, os atuais 22 conselhos regionais. Daqui a um ano, o Confef estará em Brasília, e teremos um Conselho Regional de Educação Física em cada um dos estados. Faltam cinco estados. Isso está sendo dito de público porque já é uma decisão do plenário do Conselho Federal de Educação Física. A mudança para Brasília é uma questão colocada em lei e é também um respeito, por ser a capital federal. Cumprimento o amigo José Carlos Pinheiro, Relações Institucionais do Comitê Olímpico do Brasil. Por favor, leve ao triunvirato que comanda o Comitê Olímpico do Brasil de profissionais de Educação Física e também ao triunvirato de comando do Comitê Olímpico do Brasil o nosso agradecimento, o nosso carinho. Para muito orgulho, na próxima sexta-feira, tem reunião plenária do Confef, e o Presidente Marco La Porta estará lá em comemoração ao Dia do Profissional da Educação Física. Cumprimento o Prof. Martim Bottaro, Diretor da Faculdade de Educação Física da UnB e, na pessoa dele, todas as pessoas aqui presentes. Permitam-me, na pessoa da 1ª Vice-Presidente do Conselho Federal de Educação Física, Denise Araújo, cumprimentar todos os conselheiros federais, todos os conselheiros regionais e os mais de 700 mil profissionais hoje inscritos no sistema Conselho Federal de Educação Física e Conselhos Regionais de Educação Física. Foi dito há pouco pelo José Carlos da emoção de chegar aqui e encontrar o grupamento do Colégio Militar, que saudamos também. Para nós, que tivemos uma participação na regulamentação profissional, não tem palavras para dizer sobre uma mesa composta por profissionais de Educação Física e pela madrinha da Educação Física no Senado Federal; por percebermos que, hoje, estruturas de renome mundial, como é o Conselho Olímpico do Brasil, têm na sua direção profissionais de Educação Física; e por todas as palavras que foram ditas aqui aos profissionais de Educação Física. E mais: nunca poderíamos imaginar que, no Dia do Profissional de Educação Física, 1º de setembro, nós estaríamos participando de uma solenidade, uma audiência, de uma sessão solene no Congresso Nacional, mais especificamente no Senado Federal. |
| R | Leila, muito obrigado, em nome de todos nós, por esse momento que é marcante na nossa área, e nós sabemos o quanto foi penoso chegar aonde nós chegamos e nós sabemos o quanto nós incomodamos os Parlamentares para que a gente pudesse atingir alguns objetivos assim colocados. E é muito gratificante para o profissional de Educação Física, é muito gratificante para o empresariado que atua na área de atividades físicas, recreativas, esportivas e similares. Volto a repetir: o Brasil hoje é o segundo maior mercado na área das chamadas academias. Só com uma diferença: o Brasil tem perto de 75 mil estabelecimentos registrados e os Estados Unidos têm 82 mil estabelecimentos. Porém, os Estados Unidos têm 330 milhões de habitantes, o Brasil tem 213 milhões de habitantes, o que mostra a presença forte do profissional de Educação Física, mas principalmente o denodo, persistência e competência do empresariado em perceber que o profissional de Educação Física é fundamental à execução daquela atividade que ele abraçou e que ele comanda. Da mesma forma, a Educação Física escolar é um ato de cidadania, assim como o respeito, como foi muito bem dito pela Senadora Leila, e a manutenção do professor de Educação Física escolar para que nós tenhamos no futuro pessoas que valorizem a educação, valorizem a saúde e valorizem o esporte. Quantos já surgiram ao longo dessa pirâmide que os Jogos da Juventude, os Jogos Escolares... E semana que vem tem a abertura dos Jogos da Juventude aqui em Brasília, e aí dá uma saudade muito grande dos Jogos Estudantis Brasileiros dos anos 80 e início dos anos 90, de cuja coordenação eu participei, e eram em Brasília. São atividades que mostram não o gigantismo, mas mostram a competência e o ardor não só do professor de Educação Física, mas, naquele momento, do aluno atleta. É nesse momento que a gente percebe que estamos no caminho certo. Cometemos erros? Com certeza, ninguém deixa de cometê-los. Mas tenho a absoluta franqueza e certeza de que o professor de Educação Física escolar, o profissional de Educação Física, quer seja na área de saúde, quer seja na área de educação e na área de esporte, ele tem muita vontade, muita competência e muita benevolência no trato com o ser humano. Isso hoje é fundamental. E é com essa imagem que nós estamos trabalhando e por essa imagem é que o sistema Conselho Federal e Conselhos Regionais de Educação Física trabalha dia a dia. Estávamos com algumas situações pendentes. Nós estamos junto ao Parlamento brasileiro, seja na Câmara dos Deputados, seja aqui no Senado Federal, buscando o que seja melhor para a sociedade, porque, volto a repetir, Educação Física escolar é um ato de cidadania. Esporte é como disse a Senadora Leila: a gente pode sair do esporte por algum motivo, mas ele não sai da gente. Por quê? Porque ele é formador do caráter, da responsabilidade e de que é possível atingir... A saúde, então, nem se fala. Infelizmente, a covid nos demonstrou claramente essa situação. E o Brasil é um dos países que tem a profissão de Educação Física regulamentada, com controle rígido, legal, e tem o profissional de Educação Física, hoje, 450 mil alunos em cursos superiores de Educação Física no Brasil. É esse mundo que está sendo representado hoje, nesta solenidade, e é nesse mundo que, ao encerrar, nós podemos dizer, com certeza, ao Senado Federal, na pessoa da Senadora Leila Barros: o profissional de Educação Física tem uma grande virtude - é muita virtude, é muita emotiva a colocação -, ele sabe ser grato a quem tem carinho, respeito e amor pela profissão de Educação Física. É com essas palavras que a senhora pode ter certeza de que o profissional de Educação Física está, em meu nome, por ser Presidente do Conselho Federal de Educação Física, fazendo um agradecimento ao Senado Federal por ser uma sessão solene, mas especificamente a você por esta sessão, que já se repete ao longo desse tempo. |
| R | Muito obrigado por este momento, muito obrigado mesmo! (Palmas.) A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF) - Eu que agradeço, Claudio. Eu não posso nunca esquecer as minhas origens, muito pelo contrário; eu acho que a maior virtude do ser humano é gratidão. E se há uma coisa a que eu sou muito grata é a um profissional de Educação Física que me viu numa quadrazinha lá em Taguatinga, o Prof. Celso Careca, me viu lá no Centro Educacional 02, no Centrão de Taguatinga, jogando uma bolinha, uma bola de handebol em cima do gol, dentro de uma quadra, jogando por cima, e falou: "Olha, aquela menina magrinha tem jeito, hein?". Porque também vocês são muito observadores, não é? Então, a ele, ao Prof. Celso Careca, ao Marcos Koche, ao Elias, que está aqui, ao Paulo Pernambuco, são tantos profissionais - como o Brasília é um celeiro, não é? -, tantos profissionais bons, o Ulisses e o Ottoline, aqui na área do paradesporto. Então, assim, gente, uma gratidão imensa a todos vocês neste momento, aqui. Eu não faço mais do que... Além de um prazer, Claudio, é o mínimo que eu tenho que fazer, porque eu sei que vocês ajudam a transformar inúmeras vidas. Educação, esporte e cultura neste país é um caminho, assim, é uma das bandeiras que eu mais levanto nesta Casa, porque eu sei que são transformadores, não é? Eu gostaria de registrar a presença da Márcia Carneiro, que é a Vice-Presidente do Cref-7, que está aqui conosco; do Prof. Fábio Santos Brandão, do instituto Juntos Transformando Vidas; da Profa. Nilza Martinovic, que é da Universidade Católica, inclusive a Católica foi a primeira que ofertou o curso privado de Educação Física, já vai completar 50 anos; da Profa. Mirian, do instituto Associação Juventude Desportiva, que é coordenadora e professora; da Profa. Michele, do instituto Centro Olímpico de Santa Maria; aos centros olímpicos aqui também, que fazem um trabalho lindo - eu tive a oportunidade de ser Secretária, a gente inaugurou o de Planaltina, que estava há um tempão fechado, não finalizava a construção, então foi um momento muito especial, o centro olímpico, aqui, acho que são 11 ou 12, é vida, a gente vê transformando realmente vidas -; e dos Profs. Sensei Alzemir Dias e Sensei Driele Amanda, do instituto Juntos Transformando Vidas. Gente, mais uma vez, eu gostaria de parabenizar todos os profissionais de Educação Física do nosso país, desde a universidade, da academia, até aqueles que estão nos campos, naqueles campos de terra batida vermelha, nos rincões deste país, ajudando a transformar a vida. São profissionais que realmente merecem o nosso respeito, não só pela promoção, mais uma vez reforçando, da saúde, da atividade física, que é fundamental para a gente ter uma sociedade saudável, mas, mais do que isso, têm um trabalho social, uma alma social, uma alma coletiva que indiscutivelmente - eu sei, porque eu sou prova disso - são profissionais que ajudam a transformar vidas, são os profissionais da educação, educação! É isso aí. |
| R | E, cumprida a finalidade desta sessão no Senado Federal, eu agradeço às personalidades, a todos aqui, que nos honraram com suas falas, com suas participações e, acima de tudo, a todos vocês que nos acompanharam nessa bela sessão especial. Muito obrigada. E boa semana! (Palmas.) (Levanta-se a sessão às 11 horas e 20 minutos.) |

