Notas Taquigráficas
3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
57ª LEGISLATURA
Em 4 de setembro de 2025
(quinta-feira)
Às 14 horas
108ª SESSÃO
(Sessão Especial)
| Horário | Texto com revisão |
|---|---|
| R | O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SP. Fala da Presidência.) - Declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos. A presente sessão especial foi convocada em atendimento ao Requerimento nº 606, de 2025, de autoria do Senador Plínio Valério e de outros Senadores, aprovado pelo Plenário do Senado Federal. A sessão é destinada a celebrar os 46 anos de regulamentação da profissão de Biólogo. Compõem a mesa desta sessão especial os seguintes convidados - eu vou pedir para que venham à frente, à medida que eu for chamando -: a Sra. Alcione Ribeiro de Azevedo, Presidente do Conselho Federal de Biologia (Palmas.); o Sr. José Roberto Feitosa Silva, Vice-Presidente do Conselho (Palmas.); a Sra. Vilma Monteiro Celestino, decana do Colégio de Biólogos do Peru (Palmas.); a Sra. Andréa Graciano dos Santos Figueiredo, Conselheira e Secretária do Conselho Federal de Biologia (Palmas.); o Sr. Santiago Valentim de Souza, Tesoureiro do Conselho Federal (Palmas.); e a Sra. Inga Ludmila Mendes, representante dos Presidentes e ex-Presidentes dos Conselhos Regionais de Biologia. (Palmas.) A Presidência informa que esta sessão terá também a participação dos seguintes convidados: Sra. Daniela Marreco Cerqueira, Diretora da Terceira Diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Convido a todos para, em posição de respeito, acompanharmos o Hino Nacional, em um vídeo especial preparado pelo Conselho Federal de Biologia, com imagens que retratam a trajetória e a importância da profissão de Biólogo no nosso país. (Procede-se à execução do Hino Nacional.) (Palmas.) |
| R | O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SP. Para discursar - Presidente.) - Senhoras e senhores, antes de mais nada, eu gostaria de agradecer a presença de cada um de vocês aqui. Este é um dia muito especial para uma profissão muito especial que precisa ser honrada e festejada aqui, no nosso país, não só porque acontece no dia a dia, mas também por tudo que nós precisamos preparar no nosso país para o futuro, para as coisas boas e para as coisas difíceis que virão. Nós vivemos uma pandemia aqui, no país, onde ficou muito clara a importância da ciência, a importância de profissões como a de Biólogo, junto com outras profissões, para que nós tivéssemos a solução e salvássemos vidas. E isso vai acontecer cada vez mais. Então, eu gostaria, de coração, de agradecer a cada um de vocês, nesta quinta-feira à tarde, e agradecer também àqueles que nos acompanham aqui pela rede do Senado, pela TV Senado, porque é importante se passar para a população a importância da ciência. Eu espero que as pessoas que estejam nos assistindo propaguem essa ideia, propaguem a ideia de que a ciência pode ajudar no dia a dia, e ela vai ajudar a construir um futuro melhor, como tem feito ao longo da nossa história. |
| R | Agradeço também a todos que nos acompanham aqui, no Senado. Nós registramos, na galeria, o grupo de alunos de arquitetura da Thomas More - Interieur, Design & Architectuur, da Bélgica. Thank you for being here with us. Thank you very much. I hope you enjoy your time here, in Brazil, as well. Thank you. Não gosto muito de ler discurso, mas eu vou fazer isso hoje aqui para não perder o fio da meada. Senhoras e senhores, é uma grande honra presidir esta sessão especial em celebração aos 46 anos da regulamentação da profissão de Biólogo no Brasil. Quero agradecer ao Senador Plínio Valério a iniciativa e a confiança em me permitir conduzir este momento. Hoje, estamos aqui para reconhecer e valorizar uma das profissões mais essenciais para o presente e para o futuro da nossa sociedade. A regulamentação da profissão, em 3 de setembro de 1979, por meio da Lei nº 6.684, foi um marco histórico. Ela deu respaldo legal e institucional a profissionais que já desempenhavam um papel vital na saúde no meio ambiente e na biotecnologia desde então. A biologia se consolidou como um pilar para a preservação da vida e para o desenvolvimento sustentável do nosso país. Falo como Senador da República, mas também como astronauta e como alguém que acredita profundamente no poder da ciência e da educação. Desde a minha infância simples, em Bauru, até a minha primeira missão no espaço, sempre fui movido pela curiosidade, e a biologia me inspira justamente por mostrar que tudo está conectado, das menores células às florestas que cobrem o nosso planeta, da gota de chuva que cai sobre a Amazônia às longas secas no Sertão brasileiro. Durante o período em que estive à frente do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, entre 2019 e 2022, eu tive a oportunidade de apoiar iniciativas diretamente ligadas à biologia e à conservação. Um dos momentos mais marcantes foi a visita ao Instituto Mamirauá; para quem não conhece, recomendo, em Tefé, que fica no coração da Amazônia. Ali, inauguramos o Laboratório Flutuante Vitória-Régia e o Laboratório de Selva Peixe-Boi, ambos parte do programa Salas (Sistema Amazônico de Laboratórios Satélites), que leva laboratórios satélites para dentro da Floresta Amazônica e de forma muito dinâmica. Também lançamos o sistema Providence, uma tecnologia inédita de monitoramento em tempo real da biodiversidade da Reserva Mamirauá, e isso significa levar a ciência para dentro da floresta, 24 horas por dia, permitindo que biólogos acompanhem as transformações do ambiente em tempo real. Fortalecemos a Torre Atto, uma cooperação entre Brasil e Alemanha, que é hoje o maior observatório em floresta tropical do mundo, com 325 metros de altura. Ali, pesquisadores brasileiros e estrangeiros estudam a interação entre a floresta e a atmosfera, contribuindo para o entendimento do clima global. Foram mais de R$8 milhões investidos na sua infraestrutura, além de quase R$90 milhões destinados à instalação de 50 novos laboratórios modernos na Amazônia. |
| R | Aqui, um parêntese: quando eu assumi o Ministério da Ciência e Tecnologia, uma das coisas que me chamou muita a atenção, numa das reuniões com a comunidade científica - aqui está o Dr. Marcelo Morales, que era o nosso Secretário de Pesquisa -, foi o mapa em que havia ali aquela linha do Tratado de Tordesilhas passando no meio do Brasil e o número de laboratórios a leste e a oeste dessa linha. Ficou muito clara ali a necessidade que nós temos de expandir a nossa ciência a oeste dessa linha; Essa foi uma das razões por que esse programa Salas foi criado na Amazônia, para aumentar o número de laboratórios e o nosso conhecimento da Amazônia. Outra coisa que me chamou a atenção durante uma daquelas conversas foi o fato de nós conhecermos ainda tão pouco da biodiversidade da Amazônia. Nas palavras do representante da Academia Brasileira de Ciências naquele momento, menos de 4% da biodiversidade é conhecida, ou seja, tem muita coisa ainda para a gente conhecer e utilizar de forma sustentável as possibilidades que nós temos na Amazônia e nos outros biomas brasileiros. Outro destaque foi o apoio ao Inpa (Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia), que segue formando recursos humanos em áreas estratégicas, como o doutorado em Biologia de Água Doce e Pesca Interior, fundamental para o manejo sustentável e para a segurança hídrica da região. Não posso deixar de mencionar o Museu Paraense Emílio Goeldi, que, junto com o Inpa e o Mamirauá, organizou uma coletânea com cem experiências de tecnologia social na Amazônia, mostrando como a ciência transforma realidades, valoriza o conhecimento tradicional e gera soluções para as comunidades locais. Nesse período, também foram destinados R$20 milhões, via Finep, para a construção da primeira fase do Laboratório de Manuseio de Coleções Líquidas do Museu Nacional, um passo decisivo no processo de reconstrução da instituição após a tragédia de 2018. Mas ciência não se faz isoladamente, temos também conquistas importantes no cenário internacional. Em 2021, firmamos um memorando de entendimento com o Museu de História Natural de Viena, na Áustria, uma instituição com mais de 30 milhões de objetos em suas coleções biológicas, geológicas e antropológicas. Esse acordo reforçou a cooperação científica e a digitalização de acervos, alinhando o Brasil a uma instituição de referência mundial. Em 2020, também assinamos um acordo com o Smithsonian Institution, nos Estados Unidos, para projetos conjuntos em pesquisa e educação científica. Em 2019, o Brasil passou a integrar o Programa Copernicus, da União Europeia, garantindo acesso gratuito aos dados dos satélites Sentinel, fundamentais para o monitoramento da Amazônia e de toda a biodiversidade brasileira. No mesmo espírito, assinamos com a Nasa o acordo para calibrar e validar o satélite GPM, que mede precipitação global e tem uso direto em estudos sobre o ciclo da água e desastres naturais e reforçamos a nossa participação também no Instituto Interamericano de Mudanças Globais, que promove cooperação científica nas áreas de biodiversidade, clima e políticas públicas ambientais. Essas iniciativas internacionais se somam ao papel do sistema brasileiro, que é o Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira que integra o Brasil à rede global de coleções biológicas. É um exemplo de como os nossos museus e institutos, como o Goeldi, o Inpa e o Mamirauá, contribuem com dados e conhecimento para o mundo. Hoje, como Senador da República, continuo nessa trajetória de defesa da ciência, da biologia e da sustentabilidade, por meio de projetos de lei que tramitam nesta Casa, entre eles o PL nº 5.002, de 2023. |
| R | E é bom que as pessoas tenham ciência desses projetos para nos apoiarem aqui a tramitar mais rápido esses projetos. Eu vou dar um exemplo desse primeiro aqui. Esse projeto institui a Política Nacional de Gestão Integral de Riscos de Desastres Naturais, com forte impacto na saúde coletiva e prevenção. Quando eu apresentei esse projeto... E, diga-se de passagem, esse projeto foi desenhado não por mim, mas por uma equipe enorme do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), com a Defesa Civil e as nossas equipes aqui. Eu trabalhei, ao longo da minha vida, cerca de 30 anos com prevenção e investigação de acidentes aeronáuticos e gestão de riscos, e, quando eu apresentei o projeto, uma das dúvidas que falaram para mim foi: "Mas nós já temos, em 2012, uma lei que fala sobre prevenção de desastres naturais". Aí, você pega e fala assim: "Escuta, você me consegue dizer a diferença entre prevenção e gerenciamento de riscos?", e a maioria das pessoas não sabe que a prevenção é uma parte do gerenciamento de riscos. Isso foi em 2023, e, depois, nós tivemos as enchentes no Rio Grande do Sul - também fiz parte da equipe, do comitê aqui -, e, naquele momento, houve toda aquela comoção, o que é natural e importante, essa compaixão com as pessoas que estão lá, que estavam lá sofrendo essa situação, mas o que a gente observa é o seguinte, que, durante algum tempo, falaram: "Não, a gente precisa dar prioridade para os projetos que tratam sobre desastres naturais". Elegemos oito projetos - esse aqui era um deles -, para dar prioridade na tramitação. Pergunte se esse projeto terminou, se ele veio aqui para o Plenário. Não. Ou seja: são esses saltos de galinha que acontecem durante o momento em que há uma comoção por algum fato marcante, um evento trágico, e depois não anda. O que nós precisamos ter é realmente um trabalho de consistência em apoiar e tramitar os projetos que têm importância para o Brasil, independentemente de quem os apresenta, mas é importante que esta Casa e a Casa vizinha aqui, a Câmara dos Deputados, consigam fazer a avaliação e colocar projetos de importância como esse aí para tramitar, e não só ter toda uma comoção num momento, e depois parar. Acontece exatamente a mesma coisa quando a gente fala dessas tragédias que acontecem nas escolas, com ataques, a violência nas escolas, às vezes um aluno atacando outros alunos e professores, às vezes uma pessoa de fora que invade uma escola e faz uma barbaridade dessa. Naquele momento, com toda a comoção, com toda a pressão da imprensa, você vê os projetos dando mais um salto, e aí param. Depois que param de falar, para. Isso não pode acontecer dessa forma. Isso aí precisa... Estas Casas nossas, as Casas do nosso Congresso, representando a população brasileira, precisam dar prioridade e continuidade nos projetos que vão até o final, antes que aconteça outra tragédia, não ficar esperando acontecer. Só para dar um exemplo do que acontece. Portanto, é importante trazer esses projetos, para falar um pouco sobre eles, para que a comunidade, a comunidade científica, a comunidade acadêmica, pressionem os seus Parlamentares, para que eles continuem a dar andamento nos projetos que são estratégicos e prioritários para o Brasil. Também o PL 4.364, de 2023, que fortalece a Política Nacional sobre Mudança do Clima, estabelecendo metas de mitigação de gases de efeito estufa. Também apresentei o PL 5.723, de 2023, que institui a Política Nacional de Economia Circular, incentivando práticas de sustentabilidade e reaproveitamento de materiais. |
| R | Reparem que muitos dos meus projetos são de 2023, 2024, porque eu os trouxe do ministério, depois de ter visto, do lado do Executivo, as necessidades que nós tínhamos da legislação aqui. Então, eu já os trouxe, de certa forma, embaixo do braço. Em dois anos, foram mais de 300 projetos que nós apresentamos, justamente para colocar em dia isso, e, como eu falei, muitos deles ficam parados em alguma Comissão, aguardando serem pautados, porque outras, entre aspas, "prioridades" acabam entrando na frente. PL 1.993, de 2024, que cria a Política Nacional de Coleções Biológicas Científicas, garantindo a organização, a gestão, a proteção dos acervos biológicos do país. PL 2.167, de 2025, que estabelece a Política Nacional de Medicina Nuclear, ampliando diagnósticos, terapias e fortalecendo a produção nacional de radiofármacos. PL 2.298, de 2025, que institui a Política Nacional de Pesquisa Polar e reforça a Política Nacional sobre Mudança do Clima, ampliando a participação brasileira nos estudos estratégicos dos polos. Senhoras e senhores, a biologia está em tudo, como muitos sabem: na saúde, na agricultura, na biotecnologia, na conservação, na educação. É a ciência que salva vidas e projeta o futuro, e é por isso que hoje, ao celebrarmos o Dia do Biólogo, reconhecemos o papel indispensável desses profissionais na construção de um país mais justo, saudável e sustentável. Eu quero me dirigir especialmente aos jovens que nos assistem aqui e pela TV: se você ama a natureza, se sente curiosidade sobre os seres vivos, se deseja contribuir para um mundo melhor, considere a biologia como um caminho. O Brasil precisa de mentes criativas, nós precisamos do seu talento e do seu comprometimento, como de todos os nossos biólogos que estão aqui. Encerrando, eu deixo aqui a frase que sempre me guiou: não existem sonhos impossíveis; estudem, trabalhem, persistam, sempre façam mais do que esperam de vocês. Parabéns a todos os biólogos e biólogas do Brasil. Esta Casa celebra o trabalho de vocês com orgulho, admiração e esperança. Muito obrigado a todos. (Palmas.) Gostaria de também registrar a presença da Vice-Presidente de Política Institucional do Conselho Federal de Contabilidade, Sra. Maria Dorgivânia Arraes Barbará - obrigado por vir -; do Sr. Vice-Presidente do Conselho Federal de Biomedicina, Dr. Renato Minozzo - aqui conosco também, obrigado pela presença -, do Sr. Superintendente da Escola de Saúde Pública do Ceará, Luciano Pamplona - também obrigado. Solicito à Secretaria-Geral da Mesa a exibição de um vídeo institucional especialmente preparado para esta sessão, em homenagem aos 46 anos da regulamentação da profissão de biólogo e ao trabalho dos profissionais que constroem ciência e preservação de vida em nosso país. |
| R | (Procede-se à exibição de vídeo.) (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SP) - Neste momento, eu passo a palavra ao Senador Plínio Valério, autor do requerimento para esta sessão especial, que se encontra remotamente conosco. Plínio, você tem a palavra por quanto tempo precisar, e parabéns pela ideia, por essa homenagem que faz muito sentido para o nosso país neste momento! Obrigado. O SR. PLÍNIO VALÉRIO (Bloco Parlamentar Democracia/PSDB - AM. Para discursar. Por videoconferência.) - Primeiro, meu amigo Senador, o agradecimento pela sua disposição, pelo seu companheirismo em comandar esta sessão tão especial para mim. Havia previsto já uma entrevista à Revista Oeste para o dia 4, e não foi possível ficar por aí, já estou em São Paulo. Por isso é que eu estou até sem terno. Mas - viu, Astronauta Marcos? -, muito obrigado, meu irmão. Você tem se mostrado um companheiraço, e é bom que quem esteja aí ouvindo saiba que, quando eu falei, ele logo disse "com o maior prazer", não colocou nenhuma vírgula e nenhum senão. Obrigado, amigo Senador Marcos Pontes, que tem sido um companheirão - em pouco tempo já podemos nos chamar de amigos. O Dia do Biólogo foi ontem, e deveria ser ontem, mas, infelizmente, quando a gente marca ou pede alguma sessão, já tinha na frente, e ficou hoje, para o dia 4. Mas, na realidade, o Dia do Biólogo são todos os dias, porque uma profissão dessa, mesmo reconhecida só em 1979, a gente pode remontar aí aos primórdios, lá nos ancestrais, quando mexiam com medicina e história natural - os biólogos estão nisso aí. Quero saudar a minha amiga Tenente Alcione, que é a Presidente do Conselho Federal e Regional; o nosso amigo Mário Luiz Farias; e, claro, todos os outros convidados. É sempre um prazer enorme estar prestando essa homenagem a todos vocês. Eu vi aí esse pequeno vídeo e também li, quando a gente precisa fazer homenagem - eu conheço e tenho amigos biólogos -, e queria destacar essa área da saúde. Eles tiveram uma participação muito grande, por exemplo, para identificar o sexo do feto na gestação. Por si só, isso aí já seria suficiente para fazer essa homenagem. E os conselhos regionais espalhados neste Brasil me parece que são em torno de dez. |
| R | E eu ouvi agora que, mais do que ciência de preservação, é de recuperação da vida. Isso é fundamental, isso é muito bonito, isso é lindo. Eu acho que, se eu não fosse jornalista, eu teria sido biólogo. Um grande abraço a todos vocês. Sintam-se em casa. Em particular, quem estiver aí na minha poltrona, sentado no meu lugar, onde tem "Plínio Valério Amazonas" em particular, um grande abraço. Minha Tenente, grande abraço, grande homenagem a todos vocês, homenagem merecidíssima! E eu só queria estar aí, mas, olhem, meu amigo Marcos Pontes está aí e me representa muito bem - Marcão, obrigado! Parabéns a todos vocês aí. Homenagem justa! Estou aqui em São Paulo, para uma entrevista. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SP) - Agradeço a participação e a amizade do Plínio Valério, um grande Senador, que defende os interesses do Estado do Amazonas. No dia a dia, a gente vê aqui todo o esforço que ele tem em defender o meio ambiente, mas da forma correta, o desenvolvimento sustentável daquela região, pensando em cada uma das pessoas que está ali dentro do estado e que precisa ser considerada. Elas precisam ter a sua qualidade de vida levada em conta também. O Plínio Valério está aqui, e eu espero que tenha muito sucesso aí em São Paulo também. Valeu! O SR. PLÍNIO VALÉRIO (Bloco Parlamentar Democracia/PSDB - AM. Por videoconferência.) - Um abraço. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SP) - Nós estamos em situações trocadas: você está no meu estado, e eu estou aqui. (Risos.) Neste momento, eu concedo a palavra à Sra. Daniela Marreco Cerqueira, Diretora da Terceira Diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por cinco minutos. Por favor. A SRA. DANIELA MARRECO CERQUEIRA (Para discursar.) - Boa tarde. Muito obrigada, Senador. Eu cumprimento e parabenizo o Senador Plínio Valério, requerente desta sessão; o Senador Marcos Pontes também, por conduzir esta sessão; e a Sra. Alcione Ribeiro, na pessoa de quem cumprimento todos os representantes do Conselho Federal de Biologia. Para mim, é uma honra muito grande poder estar aqui hoje nesta sessão. Eu sou formada em Ciências Biológicas, graduada em 2001 na Universidade de Brasília. Tive a oportunidade de seguir os caminhos da biologia, fazendo mestrado e doutorado em Biologia Molecular. Desde 2006, eu sou concursada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Como o Senador falou muito bem, a biologia está em tudo, e a Anvisa está em tudo também. As áreas de regulação e de atuação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária são muito diversas e conversam muito bem com a biologia. Nós temos hoje, na agência, 7 servidores que são formados em Ciências Biológicas, temos 19 servidores com especialização na área de ciências biológicas, 16 servidores com mestrado em Biologia também... Então, a gente vê a interface tão importante da biologia com as ações desempenhadas pela vigilância sanitária. E os vídeos a que nós assistimos hoje, tanto aquele durante a execução do Hino Nacional quanto o vídeo produzido também pelo Conselho de Biologia, mostram como são diversas as áreas de atuação do biólogo e como a biologia tem interface com a biotecnologia, com a ecologia, com o meio ambiente, com a preservação e com o cuidado à vida. Então, eu me sinto extremamente honrada de estar neste dia homenageando os 46 anos de regulação da profissão da biologia. |
| R | Aproveito também para me colocar e para colocar a Anvisa à disposição do Conselho Federal de Biologia. Como o Senador também explicitou, são diversos projetos de lei, diversos temas tão importantes para a ciência e para a regulação da vida que nós precisamos trabalhar, então, agora, nesta posição, como diretora da agência, me coloco totalmente à disposição para trabalharmos, cada vez mais, pela regulação desses projetos tão importantes, que podem vir a ajudar em diversas áreas. Dentro da Anvisa, eu tive a oportunidade também, com todo o conhecimento que eu adquiri durante a minha formação em Ciências Biológicas, de trabalhar com diversos temas, e o conhecimento que eu adquiri, durante a minha graduação, durante o meu mestrado e durante o meu doutorado, me permitiu analisar processos de registro de medicamentos para avaliar a qualidade, avaliar a segurança, avaliar a eficácia. Tive a oportunidade de trabalhar com a regulação do mercado farmacêutico também, em termos farmacoeconômicos. Tive a oportunidade de trabalhar com outros produtos sujeitos à vigilância sanitária, como dispositivos médicos, cosméticos, saneantes. No momento da pandemia, trabalhamos com as regras de fronteiras: o que era necessário para a entrada de viajantes no Brasil, o que nós precisávamos fazer para mitigar os riscos nas viagens nos navios de cruzeiros. Então, por tudo isso, eu tenho muita gratidão, porque é um conhecimento que eu adquiri durante o meu curso, durante a minha formação em ciências biológicas, e, novamente, reitero aqui o grande orgulho de estar participando desta sessão hoje e me coloco totalmente à disposição para avançarmos e permitirmos que, cada vez mais, tenhamos mais pessoas, mais biólogos atuando nessa área e nos ajudando na preservação da vida e na construção da ciência. (Soa a campainha.) A SRA. DANIELA MARRECO CERQUEIRA - Muito obrigada novamente. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SP) - Muito obrigado à Sra. Daniela Marreco Cerqueira, Diretora da Terceira Diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Parabéns pelo trabalho. Neste momento, eu concedo a palavra à Sra. Vilma Montero Celestino, decana do Colégio de Biólogos do Peru, para cinco minutos de fala. A SRA. VILMA MONTERO CELESTINO (Para discursar.) - (Pronunciamento em língua estrangeira, aguardando posterior tradução.) (Palmas.) |
| R | O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SP) - Muito obrigado, Sra. Vilma Montero Celestino, decana do Colégio de Biólogos do Peru. Concedo a palavra à Sra. Alcione Ribeiro de Azevedo, Presidente do Conselho Federal de Biologia, por cinco minutos. A SRA. ALCIONE RIBEIRO DE AZEVEDO (Para discursar.) - Primeiramente eu quero agradecer aqui o requerimento desta sessão especial ao meu querido amigo Senador Plínio Valério e também ao nosso querido Astronauta. Vou cumprimentar a Mesa em nome do Exmo. Sr. Senador Astronauta Marcos Pontes e da Exma. Sra. Vilma Montero, decana do Colégio de Biólogos do Peru. Estar nesta Casa, senhores, é sempre emocionante, uma Casa que rege as nossas normas, que representa os nossos estados do Brasil. E aqui temos o futuro do nosso Brasil. Cumprimento também os nossos Presidentes dos Conselhos Regionais de Biologia, os nossos biólogos federais, os nossos conselheiros. Cumprimento a nossa futura bióloga aqui, que está agora na Anvisa - futura bióloga, porque vai registrar. Senhoras e senhores, é com grande honra que participamos desta sessão especial no Senado Federal em homenagem aos 46 anos da regulamentação da profissão de Biólogo e da criação do sistema CFBio/CRBio. A cada aniversário, celebramos não apenas um histórico, mas também o papel fundamental que os biólogos e biólogas desempenham para o desenvolvimento do Brasil. |
| R | Somos a profissão que alia ciência, ética e compromisso social, sempre em defesa da vida. Desde 1979, com a promulgação da Lei 6.684, construímos um sistema profissional que vem se tornando cada vez mais forte, com alcance nacional e internacional. Hoje, somos milhares de profissionais registrados, atuando em áreas estratégicas que vão do meio ambiente à saúde, da biotecnologia à educação, da pesquisa científica à gestão pública. Não é exagero dizer que os biólogos estão na linha de frente de alguns dos maiores desafios contemporâneos: conservação da biodiversidade, enfrentamento das mudanças climáticas, produção sustentável de alimentos, vigilância epidemiológica, inovação e tecnologia. Em todos esses campos, o Brasil sempre conta com a competência e a dedicação dos nossos profissionais da Biologia. Este momento nesta Casa, Senado Federal, é também um reconhecimento da relevância social da nossa categoria. Aqui, no coração da democracia brasileira, reafirmamos nosso compromisso com o desenvolvimento científico, com a justiça social e com a sustentabilidade. Que esta sessão inspire as novas gerações de biólogos a seguirem acreditando na força transformadora da nossa profissão. Em nome do Conselho Federal de Biologia e do sistema CFBio/CRBio, agradecemos esta homenagem justa... (Soa a campainha.) A SRA. ALCIONE RIBEIRO DE AZEVEDO - ... que nos foi concedida pelo Senador Plínio Valério e capitaneada pelo nosso Senador Astronauta. O nosso muito obrigado! Feliz Dia do Biólogo, brasileiros e peruanos! Obrigada. (Palmas.) (Pausa.) O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SP) - Senhoras e senhores, daremos início agora à homenagem especial aos profissionais que representam a história, a força e o futuro da Biologia no Brasil e em nossa América Latina. São homens e mulheres que dedicam suas vidas à ciência, à pesquisa, à educação e à preservação da vida em todas as suas formas. Para a entrega das homenagens, convido a Sra. Alcione Ribeiro de Azevedo, Presidente do Conselho Federal de Biologia, a se juntar a mim nesta celebração. Convido todos os homenageados a se dirigirem à frente, à medida que forem sendo chamados, para que possamos realizar a entrega das homenagens. |
| R | A Sra. Alcione Ribeiro de Azevedo; o Sr. Eduardo Brito, que receberá em nome do Senador Plínio Valério; a Sra. Vilma Montero Celestino; o Sr. Edison Kubo, representando a Sra. Neiva Maria Robaldo Guedes, Presidente em exercício do Conselho Regional de Biologia nº 1, e representando o Estado de São Paulo; o Sr. Gustavo Pessôa de Rezende, Presidente do Conselho Regional de Biologia nº 2; o Sr. Jairo Luis Candido, Presidente do Conselho Regional de Biologia nº 3; o Sr. Gladstone Correia de Araújo, representando o Sr. Carlos Frederico Loiola, Presidente do Conselho Regional de Biologia 4; o Sr. Mário Luiz Farias Cavalcanti, Presidente do Conselho Regional de Biologia 5; o Sr. José Felipe de Souza Pinheiro, Presidente do Conselho Regional 6; o Sr. Vinícius Abilhoa, Presidente do Conselho Regional 7; o Sr. César Roberto Góes Carqueija, Presidente do Conselho Regional 8; o Sr. João de Deus Medeiros, Presidente do Conselho Regional 9; e a Sra. Idalucia Schimith Bergher, Presidente do Conselho Regional 10. Este é um momento de reconhecimento solene e de justa gratidão a cada um de vocês pelo papel fundamental no fortalecimento da Biologia e na construção de um futuro mais sustentável para o nosso país. (Palmas.) (Procede-se à entrega de placas de homenagem.) (Palmas.) |
| R | O SR. PRESIDENTE (Astronauta Marcos Pontes. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SP) - Registramos a presença, na galeria, dos alunos do curso de Direito da Faculdade Dom Alberto, de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul. Obrigado pela presença. (Palmas.) Registramos também a presença, na galeria, dos alunos do curso de Direito da Universidade São Judas Tadeu, de São Paulo. (Palmas.) Obrigado por estarem com a gente. Senhoras e senhores, neste momento nós encerramos a sessão especial em homenagem aos 46 anos da profissão regulamentada de Biólogo, registrando a importância desta categoria profissional para o desenvolvimento científico, a preservação da biodiversidade e a construção de um futuro sustentável no nosso planeta. Aos biólogos e às biólogas que dedicam suas vidas à ciência, à educação, à pesquisa e à proteção da vida em todas as suas formas, o Parlamento brasileiro presta hoje sua mais sincera homenagem. Muito obrigado a todos vocês! (Palmas.) Parabéns! Saindo um pouco aqui do protocolo, eu queria registrar o seguinte... |
| R | O que eu vou falar vai parecer um pouco estranho, principalmente do ponto de vista científico, mas, para quem teve a oportunidade de olhar a Terra do lado de fora e circular, lembrando que nós dávamos uma volta na Terra, uma órbita a cada 90 minutos, ou seja, 45 minutos do lado do dia, 45 minutos do lado da noite, numa velocidade acima de 28 mil quilômetros por hora, às vezes as pessoas perguntam o que era a coisa mais interessante de se ver lá do espaço: a Terra, essa Terra em que nós estamos aqui e a que, muitas vezes, a gente não dá o valor que deveria dar. É como se fosse - é a impressão que você tem, e é fato - uma espaçonave da qual nós somos os tripulantes, cerca de 7 a 8 bilhões de tripulantes nessa espaçonave azul maravilhosa que nós chamamos de Terra, que nos dá todas as condições para viver de uma forma impressionante, incrível, em que tudo foi feito de uma certa forma em que a gente tem as condições ideais para sobrevivência nesse planeta. E é bom não se enganar: embora nós tenhamos pesquisas espaciais, exploração espacial retornando à Lua agora com o programa Artemis, indo à Marte e a outros locais em deep space exploration, vamos chamar assim, esse ainda é o nosso único planeta, essa é a nossa casa. E é muito bom a gente cuidar da nossa casa, porque isso é o que a gente tem. Às vezes as pessoas se esquecem disso, e, olhando do lado de fora, é como - aí que vem a parte estranha - se o nosso planeta fosse algo vivo. Obviamente que tem vida na superfície do planeta, mas estou falando do planeta em si; é como se fosse algo vivo que cuida de cada um de nós aqui. Então a cada um de vocês, biólogos e biólogas, que estão no dia a dia trabalhando com todos os detalhes de toda essa maravilha que existe em cima dessa nossa espaçonave, parabéns pelo trabalho de vocês! E àqueles que estão nos acompanhando aí remotamente também, os biólogos e as biólogas. Àqueles jovens que estão pensando que carreira seguir, essa é uma carreira que, como foi mostrado aqui, possui todos os atributos para te trazer não só sucesso profissional, mas também felicidade em cada momento, em cada descoberta. E tem muita coisa a ser descoberta ainda. Sucesso e longa vida à nossa biologia no Brasil e no planeta Terra, na nossa espaçonave Terra! Parabéns a vocês! (Palmas.) Cumprida a finalidade desta sessão especial do Senado Federal, agradeço às personalidades que nos honraram com a sua participação, agradeço a todos que nos acompanharam também remotamente e àqueles que estão aqui na galeria - nós precisamos de juristas muito bons no nosso país. Está encerrada a sessão. Obrigado. (Levanta-se a sessão às 15 horas e 10 minutos.) |

